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Salvador - 2005
Resistência ao Cisalhamento dos Solos
Aterro
Resistência ao Cisalhamento (Atrito entre superfícies)
R φ N
V=N.tan φ →
V N
= . tan φ → τ = σ . tan φ solo puramente granular
A A
Onde:
c
σ
τ = c’+ σ’.tan(φ’)
σ1+σ 3 σ1 −σ 3
σα = + cos(2α )
2 2
σ 1 −σ 3 σ 1 −σ 3
τα = sen(2α ) ; τ max =
2 2
σ x+ σ y 1
σ 1, σ 3 = ± (σ y − σ x) 2 + 4.(τ xy) 2
2 2
1
τ max = (σ y − σ x) 2 + 4.(τ xy) 2
2
EXEMPLO
Dadas as Tensões sobre um elemento abaixo. Determine as tensões normais e
cisalhantes sobre um plano inclinado de 35° com a horizontal
σ1+σ 3 σ1−σ 3
σα = + cos(2α ) =
2 2
σ 1 −σ 3
τα = sen(2α ) =
2
σ 1 −σ 3
τ max = =
2
www.mdsolids.com
Plano de Ruptura (Ângulo Crítico)
τ
ASSIM:
Resposta: 16,8o
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS
Em campo destaca-se o ensaio de Palheta (Vane) que fornece a resistência não drenada
de argilas, a partir do torque necessário para cisalhar uma amostra in situ, ao longo de
uma superfície definida pelo tipo de palheta utilizado.
Ensaio de Cisalhamento Direto;
Consiste em determinar, sob uma tensão normal σ (Ν/Α), qual a tensão de cisalhamento
τ (Τ/Α∗), capaz de provocar a ruptura de uma amostra de solo colocada dentro de uma
caixa composta de duas partes deslocáveis entre si. Diferentes tensões normais em
amostras do mesmo solo com a respectiva resistência ao cisalhamento obtida, fornecem a
envoltória de ruptura e os parâmetros de resistência.
Encontre os valores de c e φ
As correspondentes tensões Normais e Cisalhantes são determinadas
como segue:
σ2 =
τ2 =
σ3 =
τ3 =
σ4 =
τ4 =
Resumo:
ENVOLTÓRIA DE RESISTÊNCIA
σ x+ σ y 1 1
σ 1, σ 3 = ± (σ y − σ x) 2 + 4.(τ xy) 2 ; τ max = (σ y − σ x) 2 + 4.(τ xy) 2
2 2 2
Valores Típicos de Ângulo de Atrito
Areias
Argilas
SOLICITAÇÃO NÃO DRENADA × DRENADA
Em muitos problemas práticos, é possível separar os efeitos de um
carregamento no solo em 2 fases:
É importante ressaltar que nem sempre a situação final de construção
(quando as tensões totais foram modificadas pelo carregamento e
nenhuma transferência de esforços ocorreu entre as poro-pressões e as
tensões efetivas) representa a condição mais desfavorável.
s → Resistência ao Cisalhamento
τ → Tensão Cisalhante = Fcisalhante/Área
FUNDAÇÃO SUPERFICIAL OU ATERRO (Solo argiloso saturado)
Condição:
NÃO DRENADA versus DRENADA
Pedras porosas nas extremidades de corpo-de-prova permitem sua comunicação com o
exterior da célula a fim de assegurar a drenagem da amostra nos ensaios drenados. Elas
também podem ser ligadas a um transdutor capaz de medir a pressão da água nos vazios
do solo nos ensaios não drenados.
O ensaio clássico consiste em fazer crescer a tensão-desvio (σd = σ1 - σ3) até a ruptura
do corpo de prova, mantendo-se constante a pressão hidrostática σ3.
São realizados três ou quatro ensaios sobre corpos-de-prova idênticos com pressões
hidrostáticas σ3 diferentes, determinando as tensões principais na ruptura. Traçam-se os
círculos de Mohr correspondentes a cada um dos estados de tensão dos corpos-de-prova
na ruptura.
Exercícios _ Resistência ao Cisalhamento
1) Para uma argila Normalmente Adensada, estes são os resultados de um ensaio triaxial
drenado:
Tensão Confinante = 112 kPa
Tensão desviadora na Ruptura = 175 kPa
Encontre:
a) O ângulo de atrito, φ
b) Determine o ângulo θ que o plano de ruptura faz com o plano principal maior
RESOLUÇÃO:
Para uma argila N.A → τ = σ.tg(φ)
σ3 = σc = 112 kPa
σ1 = σc + σd = 112 + 175 = 287 kPa
Envoltória de Ruptura
ENSAIOS TRIAXIAIS: TIPOS DE ENSAIOS:
Tipicamente:
Ensaios drenados: Areias
Ensaios não drenados: Argilas
Φ =0
Su
σ
Δσ3-1 Δσ3-2 Δσ1-1 Δσ3-3 Δσ1-2 Δσ1-3 Δσ3-4 Δσ1-4
Argila su (KPa)
Mole (muito mole) 12 – 24
Média 24 – 48
Rija 48 – 96
• C.U. (consolidated undrained):
- Ensaio com fase (1) é permitido consolidar sob uma determinada σc.
- Fase (2) cisalhamento sem drenagem, logo há geração de poro pressão
no C.P.
- Tensões totais e efetivas são possíveis de serem medidas (su; Φ’, c’).
- Mais lento que o ensaio U.U.
- Tipicamente é o ensaio triaxial quando se deseja parâmetros efetivos (c’, Φ’).
τ
Φcu
σ 3 σ 1 σ
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
DESENVOLVIDO POR
DIAGRAMA p–q
45°
ENVOLTÓRIA DE RUPTURA
d c tg (φ )
Sen(φ)=tg(β) c= =
cos(φ ) d tg ( β )
Trajetória de tensões é o lugar geométrico dos pontos cujas coordenadas são dadas
por:
σ1 + σ3 σ1 - σ3
p= q= (Lambe; 1969)
2 2
τ, q
q1
q0 q1
p0 p1 σ, p
q' = q ; p’ = p - u
σv
Trajetória de tensões para ensaio triaxial em que σ3 ≅ cte e σ1
1 – Condição inicial: σv = σh = σc
σh
2 – Durante o carregamento: σ3 ≅ cte e σ1
T.T q
D C
45°
A: Δσh = Δσv
B D: Δσh = -Δσv
C: Δσh = 0; Δσv
1
B: Δσh = Δσv
2
A p
Em termos de trajetória de tensões, um elemento de solo rompe quando sua T.T.E,
toca uma reta denominada reta Kf.
τ,q
Φ’
α'
Reta Kf
r σ1 - σ3
r
2
c' a'
σ3’ σ1’ σ, p, σ’, p’
l2
l1
tanα' = sinΦ’
r
= tanα' = sinΦ’
l1
c' a'
= tanΦ’ = tanα'
l l
qr = p’r.tanα’+a’
Para um elemento de solo na natureza levado a ruptura a partir do seu estado de
tensão inicial, tem-se:
kf
q TTE1
TTT
TTE2
k0
. A
U0
• q’ = q; p’= p - u
P’0 P0 p’, p
EXERCÍCIO:
Solução:
Φ=?
173 388
tgΦ
36 36
48 80 .tg Φ Φ=31°
TRAJETÓRIA DE TENSÕES:
Nas argilas normalmente adensadas, durante o cisalhamento desenvolvem-se pressões neutras
positivas. A T T E será deslocada para a esquerda de um valor igual a (u). A pressão neutra, em
qua1quer etapa do carregamento pode ser obtida traçando-se uma horizontal entre a T T T e a T T E.
expandir-se quando cisalhadas, mas são impedidas de fazê-lo porque a drenagem não está permitida.
Como conseqüência, nas argilas fortemente adensadas desenvolvem-se pressões neutras negativas
(σ 1 – σ 3 ) Δu
49 35
73 57
86 72
94 82
100 88
No quadro estão registrados os valores dos acréscimos de pressão neutra desenvolvidos durante o
ensaio até a ruptura da amostra.( Tensões em kPa). Traçar as trajetórias total e efetiva deste ensaio.
Solução:
A tabela do ensaio será completada com as informações necessárias para o traçado do diagrama p-q.
No diagrama p-q obtém os valores das inclinações das envoltórias transformadas total e efetiva,
através dos quais determina-se os ângulos de atrito total e efetivo da argila normalmente adensada.
α' = 24,1° Φ’ = 26,6° envoltória transformada efetiva
α' = 14,1° Φ’ = 14,5° envoltória transformada total
TRAJETÓRIA DE TENSÕES: EXERCÍCIO 2
Os resultados mostrados na tabela foram obtidos na ruptura de uma série de ensaios adensados-não
drenados, com medida da pressão da água, em amostras de argila saturada. Determinar os valores
dos parâmetros efetivos da coesão e ângulo de atrito, usando a envoltória de resistência modificada,
em um diagrama p-q.
Solução:
Com a tabela relativa aos dados do ensaio, foi elaborada a tabela abaixo:
σ3 σ1 u σ' 3 σ' 1 (σ’ 1 – σ’ 3 )/2 (σ’ 1 + σ’ 3 )/2
150 342 80 70 262 96 166
300 691 154 146 487 170 316
450 954 222 128 732 252 480
As duas últimas colunas foram levadas para o diagrama p-q, ajustando-se a envoltória transformada:
cisalhante
Resolução
σ1 + σ 3 σ1 −σ 3
a) σ’ ( sobre o plano de ruptura ) = + cos 2θ
2 2
σ1 −σ 3
τf = sen 2θ
2
σ3 = 112 kPa ; σ1 = 287 kPa; θ = 58°
⎛ φcu ⎞ 2⎛ φcu ⎞
σ 1 = σ 3.tg 2 ⎜ 45 + ⎟ ; 147,7 = 84.tg ⎜ 45 + ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
⎡ −1 ⎛ 147,7 ⎞ 0,5 ⎤
φcu = 2.⎢tg ⎜ ⎟ − 45⎥ = 16°
⎢⎣ ⎝ 84 ⎠ ⎥⎦
σ’3 = σ3 - Δud = 84 – 47,6 = 36,4 kPa
σ1 = σ1 - Δud = 147,7 – 47,6 = 100,1 kPa
⎛ φ ⎞= 2⎛ φ ⎞= ⎡ −1 ⎛ 100,1 ⎞ 0,5 ⎤
σ '1 = σ '3.tg ⎜ 45 + ⎟ 100,1 = 36,4.tg ⎜ 45 + ⎟ φ = 2.⎢tg ⎜
2
⎟ − 45 ⎥ = 27,8°
⎝ 2⎠ ⎝ 2⎠
⎢⎣ ⎝ 36, 4 ⎠ ⎥⎦
16) No caso de um estrato de solo argiloso, o nível d’água está a 1m de profundidade abaixo da
superfície do terreno. Amostras foram retiradas a 4 m de profundidade e os parâmetros: c’ = 0,65
kgf/cm² e φ’ = 15º foram obtidos via ensaio de cisalhamento direto. Calcule a resistência ao
cisalhamento ao longo do plano na profundidade 4 m da superfície. O solo pode ser assumido
saturado acima do nível d´água e γsat = 21 kN/m³
ATRITO ATRITO+ENTROSAMENTO
DILATÂNCIA
FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS II
EMPUXOS DE TERRA
ESTRUTURAS DE ARRIMO
São utilizadas quando se necessita manter uma diferença de nível na superfície do terreno mas o
espaço disponível não é suficiente para vencer o desnível através, de taludes.
ESTRUTURA RÍGIDA
A forma da estrutura não se altera com a pressão lateral de terra e experimenta, somente , rotação e
translação como um todo.
Base
ESTRUTURA FLEXÍVEL
EMPUXO DE TERRA
Empuxo é a resultante das pressões laterais de terra ou de água, que atuam sobre uma estrutura de
arrimo.
ESTADOS DE EQUILÍBRIO
Na experiência da figura foi colocada areia pura, atrás de um anteparo vertical, que pode sofrer
movimentos de translação.
FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS II
o No estado ativo, o solo experimenta uma expansão e a tensão horizontal diminui até um valor σA-
O par de valores σA e σv definem um círculo tangente à envoltória de resistência ao cisalhamento
do solo.( centro O2).
o No estado passivo, o solo é comprimido e a tensão horizontal cresce até um valor σp. O par de
valores σp e σv define outro círculo tangente à envoltória de resistência ao cisalhamento do solo.
(centro O3).
o Deslocamentos adicionais no anteparo, para além daqueles que provocam as condições ativa e
passiva, não mais alteram os valores assumidos pelas tensões horizontais.
= =
ESTADO ATIVO
RUPTURA ‐ ESTADO ATIVO
REDUÇÃO da tensão principal menor – sem
rotação da direção principal de tensão
KA
ESTADO PASSIVO
RUPTURA ‐ ESTADO PASSIVO
Aumento da tensão principal menor – com
rotação da direção principal de tensão
FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS II
a) Teórico
b) Observado
FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS II
EMPUXO ATIVO
EMPUXO PASSIVO
EXERCÍCIOS
SOLUÇÃO:
Caso a):
1- sen 35
KA = 0,27
1+ sen 35
PA =57,4 kN/m
Caso b):
Área
1 1/2 x 0,27 x 17 x 2² = 9,2
2 0,27 x 17 x 2 x 3 = 27,6
3 1/2 x 0,27 (20-9,8) x 3² = 12,4
4 1/2 x 9,8 x 3² = 44,1
PA = 93,3 kN/m
CORTINA LIVRE:
Ea
d f Ep
f H+f
Σμ0 Σp. =Ep.
3 3
Reescrevendo:
3 3
ka .(H + f) - (kpf ) = 0
1-senΦ 1
ka = =
1+senΦ 3
1
Kp = =3
ka
H = 4m
1
3f3 - . 4+f 3 =0
3
3 9f3 – (4 + f)3 = 0 2f3 - 12f - 16 = 0 f = 37m d = 1,2.f = 4,4m
CORTINA ASSOCIADA A TIRANTE:
Ht
H T
d f
o
Equações:
2 2
ΣM0 Ep f+ H-Ht - Ea H+f - Ht = 0 (Equilíbrio em relação ao ponto “o”)
3 3
T + Ep – Ea = 0 (translação)
1 2
Ea = ka . γ . H+f
2
1
Ep = kp . γ . f 2
2
Td = n.St.T
- n = 1,2
- St = espaçamento entre tirantes
- m = 1,2 a 1,4
- Td = força do tirante (projeto)
EXERCICIOS:
1)
Ht
15°
T
Solo arenoso
Φ = 30°
d f O γ = 20 KN/m³
Determine: f, d, T, Td
Resolução:
1)
H = 7m I
2 2
Ep f+ H-Ht - Ea H+f - Ht = 0
Ht = 2m 3 3
1 II
Ep = kp . γ . f 2 = 30 .f 2
2
1 III
Ea = k . γ . H+f 2 = 3,33 . 7+f 2
2 a
II + III I
17,17 . f³ + 109,87 . f² - 233,80f – 435,66 = 6
f ≅ 2,6 m d = m.f = (1,3).2,6 ≅ 3,4 m
2)
T + Ep - Ea = 0
187,2
Td = ≅ 194 KN/m
cos15°
2) Um muro de gravidade de concreto tem 6,6 m de altura e 3,2 m de largura. Se a
espessura do solo em frente ao muro é de 2 m, determine: Ea, Ep e Fs.
Propriedades do solo:
6,6 m
2m
3,2 m
1-senΦ Φ
1) ka = =0,271 ka = tan2 45-
1+senΦ 2
1 Φ
kp = =3,69 kp =tan2 45+
ka 2
3) Empuxo passivo
1
Ep = kp .γ . H2 =132,84 kPa
2
(2)
Ea
Ea
Ep 133
Fs= = =1,24 1,25
Ea 107
5) Peso do muro:
6,6.3,2.1.24 = 507 kN = w
(Provão 1998) - Um projeto de expansão de um pátio de estacionamento de um
shopping center, situado numa cidade brasileira, previu, devido à pouca disponibilidade
do terreno, um corte vertical com 3 m de altura e 60 m de comprimento, em um talude
de solo argiloso, cujos parâmetros geotécnicos determinados nas unidades do Sistema
Internacional foram os seguintes: Peso específico aparente úmido: 17 kN/m3; Teor de
umidade natural: 24%; Coesão: 30 kPa; Ângulo de atrito interno: 13°.
Levando-se em conta que o local está sujeito, durante parte do ano, a fortes
precipitações pluviométricas, verifique se este corte necessita de uma obra de
contenção, respondendo SIM ou NÃO e justificando sua resposta pelo cálculo do fator
de segurança.
As características mineralógicas do solo permitem que se admita como peso específico
dos sólidos o valor de 26,5 kN/m3 e, por outro lado, para este caso, considere que o
fator de segurança deve ser superior a 1,5