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SUMÁRIO

Introdução _______________________________________________________________ 3

I – Música, louvor e adoração ________________________________________________ 4

1. A música e o louvor na Bíblia __________________________________________ 4

1.1. A música na vida da Igreja: Benção ou maldição? ________________________ 5

1.2. O que Deus procura: Adoração ou adoradores? ___________________________ 6

2. Características de um Adorador __________________________________________ 7

2.1. Submissão________________________________________________________ 7

2.2. Dedicação ________________________________________________________ 8

2.3. Consagração ______________________________________________________ 9

2.4. Intimidade com Deus ______________________________________________ 11

2.5. O perfil de um ministro (a) de louvor _________________________________ 13

3. Carta aos Levitas _____________________________________________________ 13

Conclusão ______________________________________________________________ 15

Bibliografia _____________________________________________________________ 16
INTRODUÇÃO

N
unca em outros tempos a música ganhou tanto espaço na vida cúltica das
Igrejas como nos nossos tempos. O presente estudo visa nortear as preocu-
pações decorrentes desta abertura, bem como, indicar os passos para que o
ministério de música e louvor – e, sobretudo, seus membros – atue de forma abençoadora na
vida da Igreja.
I – MÚSICA, LOUVOR E ADORAÇÃO

1. A música e o louvor na Bíblia

Ao iniciar este estudo, creio que é necessário relatar um pouco da importância da mú-
sica no contexto bíblico. Ao todo, são aproximadamente 800 citações relacionadas ao canto,
ao louvor, a música e a adoração. A Bíblia é um livro que ressalta a importância da música e
do louvor na vida do povo, mas não qualquer povo, a Bíblia mostra a importância destes
fatores na vida do povo de Deus, em sua expressão máxima de aclamação, exaltação, de-
pendência e amor ao seu Deus e Senhor.

Nas Escrituras está relatado o conhecido cântico que Moisés compôs ao lado de sua
irmã Miriã (Ex. 15:1-19). Este cântico foi composto logo após o livramento e a libertação
que Deus proporcionou ao povo que estava vivendo em situação de escravidão no Egito.
Quando já estava no final de sua vida, Moisés compôs um novo cântico, que está registrado
em Deuteronômio 32:1-44. Estes cânticos têm como principal função, dirigir o povo ao re-
conhecimento da grandeza de Deus, preparando-os para que este Deus grandioso pudesse
falar, responder e moldá-los conforme a sua vontade, plano e propósito eternos.

Outra personagem importante no contexto da música e do louvor na Bíblia foi Davi.


Este sem dúvida foi o músico mais famoso de toda a Bíblia, compositor de inúmeros e belos
hinos de louvor ao nosso Deus. Suas composições revelam as dificuldades, incertezas, an-
gústias, necessidades, alegrias, choro, dentre muitas outras características, mas, a sua men-
sagem principal sempre se pautou no chamado à adoração e ao louvor, como formas de ser
5

liberto, curado, perdoado e transformado. Seu desejo era agradar a Deus, tanto que, este é o
único a ser chamado de “homem segundo o coração de Deus”, que se importava com a von-
tade de Deus e deste modo, alegrava o coração de seu Senhor.

Poderíamos citar outros exemplos, mas, analisando estes, podemos afirmar que a mú-
sica tem um lugar de destaque na obra de Deus. É claro que não atua de modo isolado e não
deve ofuscar a pregação da Palavra, mas possui um caráter e uma especificidade. Assim,
podemos afirmar que a música tanto nos dias de Moisés e Davi, quanto nos nossos tempos é
acima de qualquer outra definição, “ministério e serviço ao corpo de Cristo” 1, possui res-
ponsabilidades e funções que lhe são pertinentes e que não devem ser substituídas ou rene-
gadas a segundo plano.

1.1. A música na vida da Igreja: Benção ou maldição?

Tendo como ponto de partida a referência de que a música é “ministério e serviço ao


corpo de Cristo”, é chegada a hora de examinarmos nossa caminhada enquanto ministério.
Temos sido canais de benção para a nossa igreja ou temos sido maldição? - como têm sido
as nossas ministrações? – elas têm gerado vida ou morte? – ou se constituem em simples
passatempos em nossos cultos?

Um ministério de música e louvor é benção na vida da igreja quando tem consciência


de seu chamado e esmera-se em dar o melhor para Deus. Um ministério é benção quando
seus membros são pessoas em processo de tratamento, sendo moldados por Deus para que
realizem a sua vontade e assim, recebam unção capaz de “arrancar o fardo e despedaçar
todo jugo” 2.

De igual modo, um ministério torna-se maldição na igreja quando seus membros vi-
vem em conflito uns com os outros, rivalizando-se e ostilizando-se. Um ministério torna-se
maldição quando seus membros valorizam o seu “ego”, não se submetem às autoridades e
quando possuem pouco conhecimento da Palavra de Deus, não tendo, portanto, um encontro
verdadeiro com Deus. Não devemos nos esquecer que o Arcanjo encarregado da orquestra
celestial, conhecido na época como Lúcifer e hoje como Satanás, um dia deixou o seu ego e
sua vontade dominarem a sua vida. Ele quis ser maior do que Deus, valorizando a sua con-

1
Marcos Witt. O que Fazemos com estes músicos. P. 46
2
Isaías 10:27
6

dição de beleza e esplendor. Foi condenado e ao ser expulso do Céu, levou consigo um terço
dos anjos de Deus.3

Nos tempos de Wesley, quando jovens se sentiam vocacionados para o ministério pas-
toral, eram lhes feitas três perguntas básicas, como forma de uma avaliação inicial: 1) Tens
a Graça? , 2) Tens os dons? e 3) Tens os frutos?

Ter a Graça significa ser salvo e estar sob o comando e senhorio de Jesus e selado
com seu Espírito Santo; ter os dons é sinônimo de aptidão natural e ter os frutos, é o sinal
visível da atuação da Graça de Deus por meio do dom ou aptidão natural, gerando transfor-
mação e vida.

Enquanto ministros da Nova Aliança nós – ministros (a) de louvor – precisamos ter a
consciência de nosso lugar na obra de Deus. A condição básica para servimos consiste no
exemplo que Jesus nos deixou. Em Mateus 20:28 Jesus disse: “Porque o Filho do homem
não veio para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos”.

O exemplo de nosso Mestre aponta para servir e dar. Servir ao propósito eterno de
Deus, sendo instrumentos de sua graça e através de nossa doação, trazer à tona uma nova
realidade.

Encerrando este tópico, creio que o ministro (a) de louvor deve possuir o caráter de
Cristo. Deve ministrar vida. Sua música tem que possuir unção capaz de acalmar os ânimos,
restaurar emoções e tranqüilizar um ambiente (Como exemplo, podemos observar I Sm.
16:17-23). O ministro (a) de louvor deve carregar a presença de Deus por onde quer que
ande.

1.2. O que Deus procura: Adoração ou adoradores?

O crescimento que a música cristã alcançou nos últimos anos gerou uma mentalidade
de que Adoração seria mais um estilo de música entre muitos outros existentes. Desta for-
ma, há muitos que pensam em Adoração como forma ou espaço da música cristã. Mas Deus
tem revelado claramente que, acima de tudo, Adoração deve se constituir em um estilo de
vida.

3
Isaías 14: 11-14; Apocalipse 12:4
7

Não devemos apenas cantar em adoração, mas vivermos em adoração. Não apenas
louvarmos com nossos cânticos, mas ministrarmos a Deus nosso amor. O evangelista João
relatou o que Jesus pensava sobre esta questão: “Mas vem a hora e a hora é esta, em que
os verdadeiros adoradores adorarão em espírito e em verdade, porque estes são os que
o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e importa que seus adoradores o
adorem em espírito e em verdade”. 4 Neste texto encontramos as bases nas quais devemos
alicerçar nosso ministério, não de adoração, mas de adoradores.

A adoração deve ser primeiramente uma realidade espiritual gerada em nosso espírito
antes de tomar qualquer forma exterior.

Deus não procura adoração como mera expressão: Deus procura o adorador. Um cora-
ção de adorador deve ser encontrado em cada um de nós, antes da expressão da adoração,
que pode se dar em forma de música, dança, levantar de nossas mãos, choro, riso, alegria,
enfim, através de inúmeras manifestações.

A adoração deve refletir-se de maneira prática em nosso cotidiano. Viver em adoração


deve se constituir em nosso estilo de vida diário. Viver em adoração deve ser um estilo de
vida que glorifica, acima de tudo, o nome de nosso Senhor Jesus Cristo!

2. Características de um Adorador

São muitas as marcas que um adorador (a) deve carregar em sua vida. Neste ponto,
trataremos de algumas, que de maneira geral, devem servir como indicadoras, de muitas
outras que devemos carregar em ao longo de nossa caminhada não apenas ministerial, mas,
sobretudo, ao longo de toda a nossa vida cristã.

2.1. Submissão

Esta é uma marca fundamental não apenas para ministros (as) de louvor, mas para to-
dos os cristãos (as) em geral. Provérbios 16:18 diz que “a soberba precede a ruína, e a alti-
vez de espírito precede a queda”. I Pe 5:5 diz que nós devemos nos revestir de humildade,
“porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.

4
João 4:23-24.
8

Ser submisso significa ser discípulo (a) de Jesus, pois a Bíblia afirma em Fl. 2:6-8
que Jesus, “existindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus,
mas antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens, e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte, e morte de cruz”. Jesus se despojou de tudo o que era, de tudo o que tinha
para servir e agradar o coração do Pai. Desta forma, Jesus nos chama a seguir o seu exem-
plo, ou seja, nos chama a negar-nos a nós mesmos.

Ser submisso (a) não significa ser tolo (a), mas revela que em nosso caráter estão pre-
sentes qualidades como mansidão, humildade, domínio próprio, que são partes integrantes
do fruto do espírito descrito por Paulo em Gálatas 5:22.

A submissão no contexto do ministério de música e louvor de nossas igrejas é um


ponto conflitante. Os músicos são por natureza pessoas obstinadas: isso gera conflitos entre
os membros do ministério e principalmente, muitas vezes com a própria liderança da Igreja.

O ministro (a) de louvor deve manter uma relação de proximidade com seu pastor (a).
Na narrativa de Gênesis 4:20-21, podemos fazer uma alusão a esta proposição. Jabal é con-
siderado o “pai de todos os que têm tendas e criam gado”, em outras palavras, Jabal é tido
como o pai dos pastores. Jabal tinha um irmão chamado Jubal, considerado o “pai de todos
os que tocam harpa e órgão”, ou seja, de acordo com o texto bíblico, Jubal é o pai dos músi-
cos. O que quer dizer isto?

Para que o louvor possa fluir livremente em nossas igrejas, é necessário que exista
uma relação de proximidade entre os pastores e os instrumentistas (cantores). “Os que estão
na música e os que estão no pastoreio, necessitam ter uma relação mais intima e estreita”. 5

2.2. Dedicação

A visibilidade que o ministério de música e louvor tem dentro das igrejas, favorece o
interesse e desperta uma grande procura para ingressar no mesmo. Isso em parte é muito
bom. Todos nós somos chamados a desenvolver nossos dons e talentos, mas, por outro lado,
a grande procura por este ministério muitas vezes resulta em uma falta de qualidade.

5
Marcos Witt. O que fazemos com estes músicos? . P. 34
9

Para ingressar no ministério de música e louvor, como o próprio nome já diz, é neces-
sário um mínimo de musicalidade. Lidar com o canto e os instrumentos exigem dedicação.

Como já mencionado, a Bíblia nos mostra como exemplo de um homem dedicado à


música, e principalmente, ao louvor, o salmista Davi. Escritor e compositor de inúmeros
salmos, Davi estava pastoreando as ovelhas de sua família, quando foi chamado por Deus.
Ele estava se dedicando àquilo que lhe fora proposto como função, ou seja, cuidar de ove-
lhas, ainda que, isto não lhe desse nenhuma visibilidade. Atos 13:22 e I Samuel 13:14 rela-
tam que Davi era um homem “segundo o coração de Deus”, ou seja, uma pessoa dedicada a
agradar e a ouvir a voz do seu Deus e Senhor.

Segundo os relatos bíblicos, Davi montou uma estrutura para o louvor na Casa de
Deus inimaginável para aquele tempo. Empregou um grande número de levitas instrumen-
tistas, aproximadamente, quatro mil 6 que se dedicavam integralmente ao ministério 7, ho-
mens separados e preparados para louvarem e até mesmo profetizarem com seus instrumen-
tos8.

Uma pessoa dedicada é certamente sinônimo de uma pessoa responsável e entusias-


mada com seu trabalho, que tem por objetivo estar cada vez mais preparado (a), mais apto
(a) para exercer sua função. A dedicação nos torna mais fiéis, mais compromissadas com
nossas tarefas. Eclesiastes 9:10 diz: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o con-
forme as tuas forças, porque na sepultura, para onde vais, não há obra, nem indústria,
nem ciência, nem sabedoria alguma”. Neste contexto, devemos nos ater ao exemplo de
nosso Mestre Jesus. “O traço marcante em sua vida foi que ele fazia a vontade do Pai. Seu
caminho não é de sabedoria ou sucesso, mas de dedicação, responsabilidade e fidelidade”. 9

2.3. Consagração

Este talvez se constitua no tema de maior discussão e divergência nos últimos tempos.
Talvez por sua importância, mas, sobretudo, por sua implicações. Falar em consagração é ao
mesmo tempo falar em exclusividade e aplicá-la ao serviço de Deus.

6
I Crônicas 23:9
7
I Crônicas 9:33
8
I crônicas 16:4; 25:1.
9
Frank Dietz. A pessoa que Deus Usa. P. 39
10

Consagrar-se a algo ou a alguém é uma decisão pessoal de vida. Ninguém pode nos
forçar a isto, nem mesmo Deus, pois o que Ele deseja é que seu povo decida livremente
amá-lo e glorificá-lo, como resposta ao seu amor e ao seu chamado.

São muitos os exemplo bíblicos de vidas que se consagraram ao serviço divino. Isaías
estava orando no templo (todo o capítulo 6), buscando a presença de Deus, quando, teve
uma visão que mudou radicalmente a sua vida. Isaías encontrou-se com o eterno Deus, e foi
confrontado consigo mesmo. Esta visão levou-o a reconhecer a necessidade que ele tinha de
estar separado exclusivamente para o ministério, servindo a Deus de uma maneira que não
pudesse ser questionada.

A “brasa viva” que o Serafim retirou do altar celestial tocou os lábios de Isaías, con-
sagrando-o, santificando-o e enviando-o a fazer com que a Palavra de Deus fosse pregada
aos homens e mulheres de seu tempo, palavra que perdura até os nossos tempos. Isaías se
tornou em um homem diferente dos demais de sua geração.Assim, podemos entender que o
Senhor Deus nos chama à santidade.

Como ministros, Deus nos deu o privilégio de serví-Lo no altar. De falar em seu no-
me, de ministrar ao seu povo e isso exige de nós, uma verdadeira revolução em nossas vi-
das. Precisamos ser tocados pela “brasa viva” do altar celestial. Precisamos urgentemente
nos encontrar com Deus, para que não sejamos mais os mesmos, mas que, possamos como
Paulo, dizer que Cristo vive em nós, que somos seu Santuário e Tabernáculo de sua habit a-
ção.

Somos então convocados a cultivar uma vida em que possamos contemplar a oração, o
jejum, a leitura bíblica. Desta forma, somos chamados a nos santificarmos, a nos tornar “sal
da terra e luz do mundo” 10, a “não nos conformarmos com este século, mas transformar-nos
pela renovação de nossas mentes” 11
. Somos chamados à santidade não para sermos meros
ministros (as) de louvor, mas porque a santificação e a consagração representam a vontade
de Deus para nossas vidas. 12

10
Mateus 5:l3-l4
11
Romanos 12:2
12
I Tessalonicenses 4:3-7
11

A consagração nos leva ao compromisso de ministrar Vida, de sermos canais pelo


quais Jesus possa falar a sua Igreja. A benção ou o poder de Deus primeiro passa pelo altar
(Sl 133): daí a importância de “canais limpos e desobstruídos” no altar do Senhor, sem ne-
nhum tipo de “entulho” ou restrição que possa reter o fluir de Deus sobre o seu povo.

Concluindo, o apelo final na questão da santificação e consagração de nossas vidas,


pode ser firmado sobre a ordem de Deus a Abraão: “Sê tu uma benção” 13, e parafraseando
o autor, que sejamos nós, ministros (as) de louvor uma benção na vida de nossas Igrejas.

2.4. Intimidade com Deus

A intimidade em qualquer relacionamento é construída ao longo do tempo. Do mesmo


modo, também isto se aplica ao nosso relacionamento com Deus.

O Senhor nos chamou, deu sua vida em nosso favor, nos perdoou, nos purificou, mas
isto não significa que nos tornamos seus amigos.

Intimidade acima de quaisquer aspectos envolve conhecimento. Quanto você conhece


de Deus? – quanto você tem buscado? – suas experiências são realmente suas ou você ainda
se baseia nas experiências dos outros?

“Buscar-me-eis e me encontrareis quando me buscardes de todo o vosso coração, diz o


Senhor. Serei achado de vós, e mudarei a vossa sorte...” 14
. Para nos tornarmos íntimos de
Deus, é necessário que desejemos a sua presença em nossas vidas, é necessário que estej a-
mos apaixonados por Ele. O salmista escreveu “Como suspira a corça pela corrente das
águas, assim suspira por Ti a minh’alma. A minh’alma tem sede de Deus, do Deus vi-
vo...” 15 . Você tem desejado a presença de Deus em sua vida?

Ser íntimo de alguém não significa que se saiba o que a outra pessoa está pensando,
mas cria vínculos que nos permitem sentir o que a outra pessoa sente, com um olhar ou um
gesto, agradar e arrancar um sorriso.

13
Gênesis 12:2
14
Jeremias 29:13-14
15
Salmos 42:1-2
12

“A intimidade do Senhor é para aqueles que o buscam” 16


, ou seja, para aqueles que
estão aos seus pés, desejando ardentemente um olhar ou simplesmente um toque. Jesus entre
os doze tinha um discípulo que lhe era mais chegado. Com este discípulo, Jesus certamente
compartilhou algumas coisas que aos outros não fora dito. O Senhor não faz acepção de
nenhuma pessoa, todos os que se achegam a Ele, são abençoados, curados. Mas nem todos
(as) se aproximam D’ele com a intenção de conhecê-lo em profundidade. Esta é a grande
diferença entre muitos cristãos.

Existem aqueles (as) que fizeram de Deus o seu bem maior, sua maior alegria. Entre-
garam-se totalmente aos seus caminhos, sem medir as conseqüências desta escolha. Seja
para a morte ou para a vida, sua existência foi totalmente entregue aos cuidados de Deus.

Existem coisas que ninguém poderá fazer em nosso lugar. Existem pregadores, minis-
tros, escritores, mas não podemos simplesmente basear nossas experiências naquelas que
outros já experimentaram. Entre muitas coisas que ninguém pode fazer em nosso lugar, tal-
vez uma das principais e mais importantes seja esta: Ninguém pode dedicar tempo a Deus
em nosso lugar. Ouvir Deus falar é uma experiência que nós precisamos desfrutar por nós
mesmos. Deus quer a nós, Ele nos convida a sentir o toque de sua mão, Ele quer que nos
banqueteemos à mesa (Ap. 3:20), Ele quer dedicar o seu tempo a nós. Assim que começar-
mos a agir desta forma, Deus passará a ser a melhor parte de nossos dias.

Como ministros (as) de louvor, nós precisamos ter esta sensibilidade. Precisamos nos
preocupar com aquilo que Deus espera de nosso louvor. Precisamos oferecer a Deus um
louvor agradável, como oferta suave que é fruto do nosso relacionamento com o Senhor.
Não podemos apenas cantar ou tocar, existe a necessidade de sermos mais profundos em
nosso relacionamento com Deus.

Deus não é um simples garçom, pronto a atender nossos pedidos. Você já experimen-
tou deixar que Deus o ame? – você já sentiu todo o amor que Deus tem pela sua vida?

Concluindo, creio que Deus quer, acima de tudo, que nós o amemos, mas, que deix e-
mos espaço para que Ele nos ame. Há muitas ocasiões em que Deus deseja que nós esteja-
mos quietos e deixemos que Ele cante, sendo nós o motivo de sua canção (Sf. 3:17). “Per-

16
Salmos 25:14
13

mite que Deus o tenha bem junto de si, e permita que Ele o ame – não fique surpreso se o
seu coração começar a ouvir uma música nunca antes ouvida, e se os seus pés aprenderem a
dançar como nunca dantes” 17
. “Busque ao Senhor enquanto se pode achar, Invocai-o en-
quanto está perto”.18

2.5. O perfil de um ministro (a) de louvor

Encerrando este tópico, podemos sintetizar em linhas gerais, o perfil de um ministro


(a) de louvor: 1) Musicalidade, 2) Chamado (a), 3) Fiel ao ministério, 4) Disposto (a) e dis-
ponível, 5) Pontual e assíduo, 6) Dedicado (a) ao ministério, 7) Amigo (a), 8) Submisso (a)
e obediente, 9) Possui vida devocional, 10) Coração de Adorador, 11) Separada e finalmente
12) Intimidade com Deus.

3. Carta aos Levitas


Ele lhe deu o Talento de descobrir o tom,
Ele o deu a voz pra desatar os nós,
De seus sentimentos teu e dos momentos meus,
E viu que era bom ouvir “aquele som”.
Então te deu o mar, o leito do luar,
Então te fez sonhar te fez poetizar.
E encheu você de amor para saber compor com carinho,
Para entender a dor do homem sofredor.
Ele te deu a honra de estar no altar
E conduzir a igreja quando vai cantar.
Ele te fez salmista.
Ele te deu um grito.
Ele te deu a chave para velejar
No mar do coração de tantas emoções,
Desilusões e medos, então...
Ele te deu um quê, eu não sei bem por quê,
Para entender e ver o que ninguém vê,
Tirar do impossível o visível som.
Não queira nunca não, buscar explicação.

17
Max Lucado. Simplesmente como Jesus. P. 65
18
Isaías 55:6
14

Navegue na unção da tua inspiração


E agradeça a Deus o Dom que Ele te deu.
Pois só será feliz aquele aprendiz
Que diz: “És Tu, Senhor, a fonte do meu louvor”.
Ele te deu a honra de saber cantar.
Ele te deu a chance de poder tocar.
Ele te deu a graça.
Ele te deu a força.
Porém, dependa Dele para conquistar.
O vento, o tempo, o ar, o mar.
Aprenda a aprender e cante e toque para ensinar,
Para falar de Cristo, enfim, para louvar.

Letra e Música: Atilano Muradas


15

CONCLUSÃO

C
omo palavra final neste pequeno estudo, fica a oração para que nós possa-
mos verdadeiramente ser os adoradores que agradam o coração do Pai. Que
Ele possa se alegrar com o nosso louvor, mas que não simplesmente to-
quemos ou cantemos. Que verdadeiramente possamos, com a força e a ajuda do Espírito,
erguer um trono de louvor e exaltação constante em nossas vidas, onde quer que estejamos,
para que o nome do nosso Deus seja exaltado, e que a sua graça possa ser manifestada por
meio dos “sinais” que acompanham todo (a) aquele (a) que crer.
BIBLIOGRAFIA

DIETZ, Frank. A Pessoa que Deus Usa. Trad. Hans Udo Fuchs. 2a ed. Curitiba: Descoberta
Editora Ltda. 2000.
LUCADO, Max. Simplesmente como Jesus. Trad. Carla Ribas de Sousa. 7a ed. Rio de Janeiro:
CPAD. 2002.
WITT, Marcos. O que Fazemos com estes músicos: Respostas aos desafios que as Igrejas En-
frentam com relação ao ministério da música e do louvor. Trad. Marta Serrão. São Pau-
lo: W4endonet Comunicação. 2000.
WITT, Marcos. Adoremos.Trad. Elida Sarraf e Revisão de Myrian Talitha Lins. Belo Hori-
zonte: Editora Betânia. 2001.
REILY, Duncan Alexander. Missão, Organização e Agentes do Metodismo – Biblioteca Vida
e Missão / Metodismo no 02. São Paulo: Imprensa Metodista. 1997.

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