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TESTE BENDER GESTÁLTICO COMO INSTRUMENTO

DE AVALIAÇÃO PARA SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA1

Sandra Luiza dos Santos2


Jefferson Silva Krug3

RESUMO
O Transtorno Depressivo é uma patologia de grande incidência na população geral.
Considerando essa realidade e buscando desenvolver instrumento para auxílio na
avaliação de sintomas depressivos, esse estudo teve como objetivo investigar se
comportamentos expressivos gráficos na execução do Teste Bender Gestáltico
podem indicar sintomatologia depressiva. Verificou-se a variável tamanho, rotação,
colisão, perseveração e fragmentação das subpartes das figuras encontradas na
literatura como possíveis indicadoras de sintomatologia depressiva. Para tanto
utilizou-se como referencial de sintomas depressivos o Inventário de Depressão de
Beck (BDI). Este estudo utilizou-se das informações contidas no Banco de Dados
derivados da pesquisa desenvolvida pelo Curso de Psicologia da FACCAT. A
amostra foi composta por 204 sujeitos, de ambos os sexos, voluntários, com idades
entre 17 e 69 anos. Os dados foram analisados estatisticamente através do
programa SPSS 13.0. Realizou-se uma análise de validação concorrente e os
resultados evidenciaram a presença de associação entre algumas das variáveis
estudadas e níveis de depressão.

Palavras-chave: Depressão. Teste de Bender-Gestalt.

INTRODUÇÃO
O Transtorno Depressivo é uma patologia de grande incidência na população
geral. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-IV-TR, 2003), o risco, em amostras comunitárias, de desenvolver Transtorno
Depressivo Maior, oscila entre 10 e 25% para mulheres e entre cinco e 12% para
homens. Segundo o manual, estes números parecem não ter relação com etnia,
educação, rendimentos ou estado civil.

1
Artigo de pesquisa apresentado ao Curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara,
como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão II.
2
Discente do curso de Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara; E-mail: sandra@tca.com.br
Endereço para contato: Rua Emílio Lúcio Esteves 1288, Taquara-RS; Telefone 51 3542 18 29.
3
Professor e Coordenador do curso De Psicologia das Faculdades Integradas de Taquara; E-mail
jeffkrug@faccat.br. Endereço para contato: Av. Getúlio Vargas, 1594, sala 309, Porto Alegre-RS.
Agradecimentos: Ao professor Giovanni Pergher pelo suporte na análise estatística deste estudo. As
colegas Juliana Carminatti, Silvia Schein e Elisangela Jacobs pelo auxílio nas aplicações dos testes.
2

Por ser a depressão uma patologia muito presente na população geral, cresce
a necessidade de desenvolver instrumentos para a realização de diagnósticos
precoces, a fim de que o tratamento deste transtorno possa ser realizado antes de
seu agravamento. De acordo com Kessler (1994), apud Atkinson et al, (2002 p. 562),
“os transtornos depressivos são relativamente comuns, sendo que 17% das pessoas
têm um episódio de depressão profunda em algum momento da vida”.
Uma das alternativas para lidar com o aumento gradativo de casos e,
principalmente, obter respostas mais satisfatórias aos métodos terapêuticos
atualmente adotados, é a identificação precoce da depressão, diminuindo, desta
maneira, os riscos de agravamento dos quadros patológicos incipientes. Dessa
forma, percebe-se que há, em nosso meio, a necessidade de se desenvolver mais
instrumentos que auxiliem no diagnóstico da depressão, uma vez que sua
identificação sempre se mostrou controversa (CAMINHA et al, 2003).
Um dos possíveis instrumentos de auxílio ao processo diagnóstico precoce da
depressão são os testes psicológicos. Usualmente, estes testes são utilizados como
instrumentos auxiliares numa avaliação psicológica mais ampla, quando se faz uso
de outras técnicas como entrevistas e observações de comportamento.
Naturalmente, cada um dos testes psicológicos possui uma finalidade, devendo
estar em dia com seus parâmetros de validade e fidedignidade, ou seja, quanto ao
que se pretende medir e quanto à constância destas medições. Neste sentido,
alguns dos instrumentos mais utilizados para o diagnóstico da depressão são os
testes psicológicos.
Nas suas construções, os testes psicológicos devem passar por estudos que
comprovem suas qualidades, garantam credibilidade e reconhecimento perante a
comunidade científica e leiga (NORONHA; VENDRAMINI, 2003). Atualmente, de
acordo com Weschsler (1999), apud Noronha, (2002), o Brasil se encontra em uma
fase de retomada das pesquisas sobre Avaliação Psicológica.
Dentre os testes psicológicos mais conhecidos no país, pode-se mencionar o
Teste Bender Gestáltico (CUNHA, 2000). Alguns estudos indicam que, no caso de
adultos, este teste serve como um instrumento que, de acordo com a forma como é
corrigido, pode ser utilizado para avaliar dificuldades orgânicas ou emocionais, entre
estas a depressão (SILVA; NUNES, 2007).
3

Considerando os altos índices de depressão na população geral, tendo


conhecimento de que os testes psicológicos são instrumentos utilizados para
fornecer informações, e visando a elaboração de um diagnóstico, é importante que
os estudos na área estejam preocupados com a criação de novos instrumentos.
Além disso, faz-se necessária a atualização dos instrumentos existentes, através da
verificação dos parâmetros psicométricos e projetivos destes, assim como, a solução
de problemas presentes na Avaliação Psicológica como um todo.
A partir dessas informações, o presente estudo buscou conhecer se
comportamentos expressivos gráficos na execução do Teste Bender Gestáltico
podem indicar sintomas depressivos. Para tal, objetivou-se verificar se os diferentes
padrões de tamanhos, o movimento de rotação, a perseveração na cópia das figuras
1, 2 e 6, a colisão de figuras e a fragmentação das subpartes, na execução do Teste
Bender Gestáltico podem ser considerados indicativos de sintomatologia depressiva.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para a elaboração da fundamentação teórica, optou-se por abordar,
primeiramente, a depressão a partir de suas características epidemiológicas, clínicas
e sociais. Posteriormente, aborda-se de maneira geral o uso de testes psicológicos
para diagnósticos clínicos, os indicadores de depressão em alguns testes de
natureza expressiva gráfica, especificando, no quarto tópico, a construção e
validação de testes psicológicos psicométricos.

1.1 Aspectos Epidemiológicos, clínicos e sociais da depressão


A depressão se caracteriza por quatro conjuntos de sintomas principais. Além
dos sintomas emocionais (humor), existem sintomas cognitivos, motivacionais e
físicos. Todos estes sintomas devem estar presentes para que uma pessoa seja
diagnosticada como depressiva, porém, quanto mais sintomas ela apresentar e
quanto mais intensos eles forem, maior será a certeza do diagnóstico (ATKINSON et
al, 2002).
Estima-se que pelo menos 12% da população adulta teve ou terá um episódio
depressivo de severidade clínica que justifique tratamento. Embora tenham ocorrido
avanços na terapia química da depressão, não há evidências de que sua
prevalência tenha diminuído. O relatório especial do National Institute of Mental
4

Health sobre The Depressive Disorders, em 1973, elaborado por Secunda, Katz,
Friedmam e Schuyler, apud Beck et al, (1997, p. 3), afirmou que: “a depressão
corresponde a 75% de todas as hospitalizações psiquiátricas e que durante qualquer
ano dado, 15% de todos os adultos entre 18 e 74 anos podem sofrer sintomas
depressivos significativos”. Estes dados sugerem que a depressão está entre os
principais problemas enfrentados pela saúde pública atualmente no mundo
(CAMINHA et al, 2003).
Uma das alternativas para lidar com o aumento gradativo de casos e,
principalmente, obter respostas mais satisfatórias aos métodos terapêuticos
atualmente adotados, é a identificação precoce da depressão, diminuindo, desta
maneira, os riscos de agravamento dos quadros patológicos incipientes. Desta
forma, percebe-se que há, em nosso meio, a necessidade de se desenvolver mais
instrumentos que auxiliem no diagnóstico da depressão, uma vez que sua
identificação sempre se mostrou controversa (CAMINHA et al, 2003).
Um dos possíveis instrumentos de auxílio ao processo diagnóstico precoce da
depressão são os testes psicológicos. Usualmente, estes testes são utilizados como
instrumentos auxiliares numa avaliação psicológica mais ampla, quando se faz uso
de outras técnicas como entrevistas e observações de comportamento.
Naturalmente, cada um dos testes psicológicos possui uma finalidade, devendo estar
em dia com seus parâmetros de validade, ou seja, quanto ao que se pretende medir
e fidedignidade quanto à constância destas medições. A fim de aprofundar o estudo
desse tema, passa-se agora a discorrer sobre os instrumentos de testagem
psicológica.

1.2 Instrumentos de Testagem Psicológica


A avaliação psicológica tem como objetivo descrever e
classificar o comportamento dos indivíduos, buscando enquadrá-los em alguma
tipologia que permita ao profissional tirar conclusões sobre os mesmos, assim como,
também, saber de que maneira ele mesmo deve se comportar, agir e reagir a esses
indivíduos. Isso pode ser feito, através dos mais variados métodos e técnicas, entre
elas, a avaliação por meio de testes psicológicos (PASQUALI, 2001).
De acordo com Pasquali (2001, p.18), “um teste é um
procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a
5

ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas”. O teste psicológico pode ser


entendido como um conjunto de tarefas pré-definidas que o testando precisa
executar. Esta tarefa, geralmente, dá-se em uma situação artificializada e/ou
sistematizada. O comportamento do avaliando, nesta situação, será observado,
descrito e julgado.
Muitos são os problemas encontrados na área de Avaliação Psicológica.
Alguns instrumentos estão desatualizados e são pouco estudados nacionalmente.
Também existem poucos instrumentos para avaliar determinados construtos, outras
vezes, ocorre a má utilização dos instrumentos por parte de muitos profissionais
(NORONHA, 2001). Para que haja uma reversão deste quadro, fazem-se
necessários estudos sobre instrumentos psicológicos, tendo em vista a necessidade
de que as avaliações sejam mais confiáveis e precisas em todos os contextos de
atuação profissional.
Para avaliar o comportamento do sujeito, o psicólogo pode utilizar-se de vários
tipos de testes como: o teste de manchas, o teste de contar histórias, os testes de
escalas, o teste de desenho da casa, da árvore e da figura humana, assim como, os
testes de reprodução de figuras. Os testes de desenho são avaliados, a partir do
comportamento expressivo gráfico do sujeito e do resultado de avaliações dos
comportamentos de amostras em pesquisas.
Segundo Van Kolck (1984), o uso do desenho como técnica projetiva é
especial, uma vez que o desenho se constitui em condição ótima para a projeção da
personalidade. Através do desenho, o sujeito pode vir a manifestar aspectos seus,
dos quais não tem conhecimento, não quer ou não pode revelar.
O desenho pode ser entendido como um comportamento expressivo gráfico,
pois consiste no estilo gráfico de resposta dada pelo sujeito. Cada pessoa, diante de
um mesmo estímulo, analisa de forma individual a tarefa a ser executada. O
entendimento da expressão gráfica preocupa-se com a forma do comportamento
para compreender as características da personalidade (ALVES; ESTEVES, 2004).
De acordo com pesquisas, o grafismo, de maneira geral, pode ser usado como
forma de comunicação. Ele também pode ser usado no contexto psicoterápico, como
meio de contato, investigação e tratamento, ocupando, ainda, lugar de destaque
como instrumento indispensável no diagnóstico psicológico (VAN KOLCK, 1984).
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Dessa forma, o psicólogo deve demonstrar interesse na estrutura e no


conteúdo dos desenhos produzidos. O tamanho do desenho, a pressão da linha, a
qualidade da linha, a posição do desenho na folha, a precisão, o grau e a área de
completude e de detalhamento, a simetria, a perspectiva, as proporções, o
sombreamento, o reforço e o que foi apagado pelo sujeito, tudo abrange a fase
estrutural ou expressiva do desenho (HAMMER, 1991).
Hammer (1991), sugere que, muitas vezes a expressão psicomotora é mais
eloqüente do que palavras. Com freqüência, o nervosismo que transparece através
da tensão dos músculos da face ou o tremor das mãos, desmente as palavras
utilizadas como esconderijo para as reais emoções. Cada indivíduo se expressa
através de padrões de movimentos que são característicos e que revelam a unidade
(ou falta dela) de sua personalidade, e que também expressam os padrões culturais
do movimento que moldou a sua própria maneira. Grassano (1996, p. 142) cita que
“os testes gráficos revelam os aspectos estruturais de base porque são os que
oferecem menor possibilidade de controle intelectual ou mascaramento”.

1.3 Indicadores de Depressão em Testes Expressivos Gráficos


Segundo Alves e Esteves (2004), a força do movimento expressa a força do
impulso psíquico, podendo se manifestar de várias formas, como a amplificação do
movimento, a aceleração da velocidade, o reforçamento do traço ou a intensidade
da pressão sobre o lápis. Por exemplo, quanto mais depressiva a pessoa se
encontra, mais restritos serão seus movimentos e, quanto mais alegre, mais
expansivos seus movimentos gráficos. Tomando este princípio como base, buscou-
se citações sobre indicadores de depressão em alguns testes expressivos gráficos.
Dentre as várias possibilidades de inferência sobre as características
psicológicas oferecidas pela análise do comportamento expressivo gráfico nos testes
de desenho, encontramos na literatura diversos aspectos a serem considerados
indicativos de traços depressivos. Esses indicadores podem ser classificados de
acordo com uma metodologia de análise, na qual este estudo buscou avaliar o
tamanho das figuras, rotação, perseveração, fragmentação das subpartes e colisão.
Van Kolck (1984) considera o desenho como uma projeção do autoconceito do
indivíduo, em que o tamanho corresponde ao modo de reação do sujeito ao
ambiente. Se o tamanho é pequeno, reflete sentimento de inferioridade e
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inadequação. Em relação ao tamanho do desenho no teste H -T- P – uma técnica


projetiva de desenho que tem como objetivo investigar a personalidade do indivíduo,
através do desenho de uma casa, de uma árvore e de uma figura humana - diversos
autores, entre eles Grassano (1996) e Hammer (1991), enfatizam que a redução do
mesmo expressa sentimentos de inadequação, inferioridade, desconforto e, talvez,
tendência ao retraimento e sentimentos de menos valia.
Esta interpretação é reforçada por Buck (2003) através da afirmação de que, no
Teste H-T-P, o uso de uma área extremamente pequena do espaço disponível na
folha apontaria sentimentos de inadequação e tendência a se afastar do ambiente.
Os desenhos pequenos no H-T-P seriam comuns em pessoas depressivas, pois
indicariam a presença de baixa auto-estima e sentimentos de insignificância, entre
outras características relacionadas à depressão (RETONDO, 2000; ESQUIVEL;
HEREDIA; LUCIO; 1994). Conforme Corman (2003), no Teste do Desenho da
Família, linhas curtas são indicativas de inibição da expansão vital indicando forte
tendência para a introversão. Grassano (1996) também associa o tamanho pequeno
no Teste da Casa-Árvore-Pessoa como um indicativo de personalidade depressiva,
o que corrobora a opinião de outros autores de que o tamanho reduzido de
desenhos seria indicativo de sentimentos de inferioridade, insegurança, retraimento
e depressão (CUNHA, 2000; HAMMER, 1991; ESQUIVEL, HEREDIA; LÚCIO, 1994).
No Teste PMK também se pode identificar essa relação entre diminuição do
tamanho do desenho e traços depressivos. Para Mira e Minicucci, apud Alves e
Esteves (2004), uma tendência de inibição e limitação comportamental poderia ser
observada neste teste através da diminuição dos comprimentos lineares em relação
aos modelos. O mesmo se evidencia na interpretação do Teste Palográfico. Nesse
teste o tamanho diminuído dos palos poderia significar timidez, inibição, sentimento
de inferioridade, inadequação e passividade. Já a intensa diminuição dos palos
apontaria para características como falta de confiança em si próprio, tendência ao
desalento e depressão. Alves e Esteves (2004) afirmam que o tamanho reduzido dos
palos seria um dos três sinais de depressão, acompanhados de linhas descendentes
e traços brandos, frouxos e vacilantes.
Ainda no que tange à avaliação do tamanho das figuras produzidas em testes
expressivos gráficos, Sisto (2003) cita a pesquisa de Gavales e Milton, em que
estudantes com altas pontuações na escala de ansiedade tendem a reproduzir em
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tamanho menor seus desenhos. Também refere o trabalho de Johnson que, ao


estudar pacientes que apresentavam redução no diâmetro do desenho (constrição),
em seus registros antigos do Teste Bender Gestáltico, observou diferenças
significativas nos escores de depressão. De maneira semelhante, Hutt (1998), bem
como Clawson (1992) e Koppitz (1989), indicam que a redução do tamanho das
figuras deste último teste expressaria sentimentos de inadequação, insegurança,
pobreza de impulsos, tendência ao retraimento e constrição emocional. Há a
sugestão, ainda, de que a progressiva diminuição nos desenhos do Bender
possivelmente estaria associada com introversão, inibição e reações depressivas
(HUTT, 1998).
Hammer (1991), diz que quando o sujeito é solicitado a executar o desenho da
casa e na seqüência o da árvore, e demonstra uma certa fadiga, esta atitude deveria
ser considerada, entre outras coisas, um estado depressivo definido. O autor diz,
ainda, que os desenhos de testandos significativamente deprimidos apresentam
como característica pobreza de detalhes ou uma incapacidade de completar todos
os desenhos.
Outro fator a ser considerado nos testes expressivos gráficos como indicativo
de depressão é a rotação dos desenhos ou partes destes4. Hughes, apud Alves e
Esteves (2004), diz que a direção das linhas, no Teste Palográfico, simbolizaria o
estado de ânimo de um sujeito. Seriam, então, as linhas descendentes
representativas da fadiga, uma vez que, o movimento do braço estaria relaxado e
aproximado do corpo, revelando estados de depressão. Alves e Esteves (2004)
ainda acrescentam que um alinhamento descendente superior a vinte graus é
indicativo de depressão, crise existencial e sentimento profundo de incapacidade.
No Teste Bender Gestáltico, por sua vez, pequenas rotações no desenho da
Figura 3 e a leve rotação no sentido horário da Figura 6 seriam indicativos de
depressão (HUTT, 1998). Clawson (1992), observou, no mesmo teste, que crianças
com afeto embotado e pobreza de impulsos fazem rotações no sentido dos ponteiros
do relógio.

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O fenômeno da rotação, com esta nomenclatura, só pode ser observado em testes nos quais a
instrução se refere à reprodução de estímulos previamente apresentados ao avaliando, como no
caso do Teste Bender Gestáltico, Teste Palográfico e Teste PMK. Neste sentido, não seria possível
constatar rotações em testes como o H-T-P, Desenho da Família, Desenho Livre, entre outros.
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Também se encontra na literatura dos testes expressivos gráficos a referência,


ainda que menor em relação ao critério tamanho, outros itens indicativos de
depressão como, fragmentação e perseveração.
Observa-se, portanto, que alguns traços expressivos gráficos indicativos de
depressão em testes de desenho, também são citados na literatura como presentes
na avaliação do Teste Bender Gestáltico. No entanto, percebemos uma grande
carência de pesquisas sobre este teste, principalmente na verificação de seus
indicadores para auxiliar no diagnóstico de depressão.
Sabe-se que a constância de traços da produção gráfica de pessoas que
sofrem das mesmas patologias permite caracterizar o modo como estas se
“retratam” no desenho. Por exemplo, pessoas asmáticas tendem a desenhar Figuras
Humanas com o tórax dilatado, sombreado, pescoços curtos ou largos ou ausência
destes. Suas representações da Figura da Casa costumam apresentar janelas em
profusão e pequenas, situadas em zonas altas, até mesmo no teto (GRASSANO,
1996). No que tange à presente pesquisa, pretende-se averiguar a constância de
traços de produção gráfica em pessoas que apresentem sintomas depressivos.

1.4 Construção e validação de testes psicológicos psicométricos


Segundo Pasquali (1997), o ensino universitário apresenta uma
lacuna na elaboração de instrumentos psicológicos de uso corrente e necessário
para pesquisa e prática profissional das ciências humanas e sociais, em especial do
psicólogo. Também, se observa a necessidade de estabelecer embasamento
científico para oferecer respostas adequadas e compatíveis como acontece em
outros ramos da ciência, especialmente em termos de questões diagnósticas,
criadas por modificações introduzidas nas classificações oficiais, o que têm levado à
remissão, renormatização e criação de novas estratégias de avaliação (CUNHA,
2000).
Conforme literatura da área, a medida em ciências do
comportamento, especialmente em psicologia, deveria ser chamada somente de
psicometria, assim como ocorre quando se fala de outras ciências afins, sociometria,
econometria, politicometria etc (PASQUALI, 1997). Em psicometria busca-se medir
níveis de comportamentos que podem ser interpretados mediante construtos
psicológicos. Assim, o teste se constitui como uma “hipótese empírica representando
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um traço latente, hipótese esta que deve ser demonstrada válida através da
metodologia científica, isto é, o teste empírico” (PASQUALI, 1999 p. 31).
Em decorrência destas descrições, pode-se inferir que a
psicometria em sentido restrito trata da medida de construtos psicológicos ou de
traços latentes por intermédio de comportamentos verbais ou motores que seriam a
representação daqueles traços. Um dos parâmetros com que lida a psicometria é a
legitimidade de tal representação (validade) (PASQUALI, 1999).
Para que o instrumento psicológico tenha reconhecido sua
validade, o mesmo deve avaliar aquilo que se propõe avaliar. Anastasi & Urbina
(2000) nos trazem que não se pode dizer apenas que um teste tem alta ou baixa
validade, mas que é necessário estabelecer a validade considerando o uso
específico para o qual foi elaborado.
Em decorrência dessa necessidade as
correlações/associações entre um novo teste e testes semelhantes mais antigos são
citadas, às vezes, como evidência de que o novo teste mede aproximadamente a
mesma área geral de comportamento que outros testes designados com o mesmo
nome, tais como os “testes de inteligência” ou os “testes de aptidão mecânica”,
foram criados para avaliar. As correlações com outros testes são empregadas de
uma outra maneira para demonstrar que o novo teste está relativamente livre da
influência de certos fatores irrelevantes (ANASTASI & URBINA, 2000).
De acordo com Anastasi (1998), apud Cunha (2000), uma das
validades relacionadas a construto é a validade convergente. Esta verifica se a
medida em questão está substancialmente relacionada a outras formas de medidas
já existentes do mesmo construto. Alta correlação entre um novo teste e similar já
existente é considerada como evidência de que o novo teste mede
(aproximadamente) o mesmo traço de comportamento (ou construto) que o antigo
teste (já validado) estava designado a medir. Outros autores como Thomas (1996),
citam a mesma nomenclatura de validade concorrente, pois aplica duas medidas ao
mesmo tempo. Ela refere à relação entre o desempenho do instrumento de interesse
e o desempenho de outro instrumento semelhante e que já tenha sua validade
conhecida. Portanto, como é apresentado a seguir, neste estudo utilizou-se deste
recurso científico de validação de testes para encontrar a validade convergente
(concorrente) entre um teste reconhecido Beck Depression Inventory (BDI) para
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avaliar sintomatologia depressiva e outro instrumento de interesse, a saber o Teste


Bender Gestáltico (TBG).

2 MÉTODO
O presente estudo caracteriza-se como descritivo-exploratório,
de caráter quantitativo. Segundo Pasquali (1997), pesquisa quantitativa testa, de
forma precisa, as hipóteses levantadas para o estudo e fornece índices que podem
ser comparados com outros. Conforme Jung (2004, p. 61), “os modelos quantitativos
utilizam a elaboração de enunciados analíticos e a descrição matemática das
variáveis e relações existentes entre as mesmas para modelar um determinado
fenômeno”. De acordo com este autor, um estudo exploratório tem por finalidade a
descoberta de teorias e práticas que modificarão as existentes, ou seja, seu objetivo
fundamental é a obtenção de novos princípios para substituírem ou modificarem os
atuais. Assim pode-se definir este estudo como descritivo-exploratório.
Inicialmente, o projeto foi avaliado e aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da FACCAT. Posteriormente foram consultadas as informações
contidas em um Banco de Dados previamente criado pelo Grupo de Pesquisa e que
se encontra em posse do mesmo. A pesquisa que deu origem ao Banco de Dados
consultado teve a participação de 204 pessoas, sendo que parte deste grupo foi
constituído por usuários de Centros de Atenção Psicossocial - CAPS, outra parte por
alunos de Instituições de Ensino e ainda, por pessoas atendidas em Postos de
Saúde da Região da Serra e Vale do Paranhana, no Estado do Rio Grande do Sul.
Quando da coleta dos dados, utilizou-se como instrumentos o
Inventário de Depressão de Beck (BDI), segundo versão brasileira atualizada e com
parecer favorável do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e, na seqüência, o Teste
Bender Gestáltico (TBG). A aplicação dos testes seguiu os modelos sugeridos pela
literatura, a saber: para o Inventário de Depressão de Beck, utilizou-se o manual da
versão em português das Escalas de Beck (Cunha, 2001); e para o Teste Bender
Gestáltico, foram considerados os critérios de aplicação de Koppitz (1989).
O treinamento dos aplicadores foi necessário para que
houvesse padronização na aplicação e correção dos testes psicológicos. Os
protocolos foram corrigidos por três juízes mediante critérios criados e desenvolvidos
pelo grupo de pesquisa baseados na literatura do Teste Bender Gestáltico. Os
resultados levantados foram tabulados e, através do Programa SPSS 13.0,
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analisados estatisticamente. Para tanto se utilizou o teste estatístico do Qui-


Quadrado que permite avaliar se um conjunto de freqüências observadas difere de
um outro conjunto de freqüências esperadas. Além disso, realizou-se análise de
correlações através do teste p (rô) de Sperman para verificar a existência de
relações lineares entre as variáveis testadas. Para as análises estatísticas, foi
utilizado o nível de significância de 5 % (p< 0,05) (DANCEY; REIDY, 2006).

3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


Os primeiros resultados levantados por este estudo referem-se aos dados
sócio-bio-demográficos dos sujeitos que participaram da pesquisa. A Tabela 1
apresenta os dados dos 204 participantes do estudo que deram origem ao Banco de
Dados pesquisado.

Tabela 1
Freqüências e porcentagens relativas
aos dados sócio-bio-demográficos

Dados Sócio-bio-demográficos (n=204)


Idade Sexo
Mínima 17 Feminino 77,5% (158)
Máxima 69 Masculino 22,5% (46)
Média 29 Escore Bruto BDI
Mínimo 0 (8)
Estado Civil Máximo 56 (1)
Solteiro 62,3% (127) Média 16,38
Casado 31,4% (64)
Divorciado 4,9% (10) Nível de Depressão (BDI)
Viúvo 1,5% (3) Mínimo 50,0% (102)
Escolaridade Leve 14,3% (29)
Fundamental Incompleto 35,8% (73) Moderado 23,0% (47)
Fundamental Completo 4,9% (10) Grave 12,7% (26)
Médio Incompleto 4,9% (10) Tratamento da Depressão
Médio Completo 37,3% (76) Sim 39,7% (81)
Superior Incompleto 16,7% (34) Não 60,3% (123)
Superior Completo 0,5% (1) Uso de Medicação
Ocupação Sim 31,4% (64)
Estudante 24,0% (49) Não 68,6% (140)
Industriário 18,6% (38) Uso de Óculos
Dona de Casa 10,8% (22) Sim 24,0% (49)
Vendedor 6,4% (13) Não 50,5% (103)
Beneficiários do INSS 4,9% (10) Não respondeu 25,5% (52)
Secretária 3,4% (7)
Doméstica 3,4% (7)
Outros 28,5% (58)
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Como pode ser visto, a idade dos sujeitos varia de 17 a 69


anos, tendo como média 29 anos. A escolaridade predominante é ensino médio
completo (37,3%), tendo um número pequeno de participantes do estudo com curso
de graduação (0,5% - superior completo). O sexo preponderante é o feminino
(77,5%) e estado civil é solteiro (62,3%). Quanto à ocupação, o grupo de estudantes
tem a maior representatividade (24,0%) dentre as mais diversas profissões.
Observa-se também que mais da metade do grupo não usa óculos.
O escore bruto no BDI, como pode ser visto, variou entre 0 e
56 pontos (m=16,38), o que representa escore de depressão mínima, segundo o
manual do teste. Além disso, mais da metade do grupo não fez ou não faz
tratamento para depressão (60,3%) e não usa medicação para esta patologia
(68,6%).

Tamanho
A seguir apresenta-se uma tabela com os dados coletados para averiguar a
associação entre tamanho na cópia das figuras do Teste Bender Gestático (TBG) e
os resultados obtidos nos protocolos do Beck Depression Inventory (BDI) para
sintomatologia depressiva.

Tabela 2
Resultados da análise de associação através do teste
Qui-Quadrado e o Resíduo Estandardizado Ajustado (REA)
entre a variável “Tamanho” e “Nível de Depressão”

Variáveis χ2 p< REA (resíduo estandartizado


ajustado)
Tamanho diminuído (protocolo) x Não houve Não houve Nenhuma interpretação significativa
Nível de depressão associação associação
Tamanho aumentado (protocolo) Não houve Não houve Nenhuma interpretação significativa
x Nível de depressão associação associação
Quantas Fig. Diminuídas x Nível Não houve Não houve Oito Fig. Diminuídas tendem a
depressão associação associação escore de depressão grave
Sete Figs. aumentadas apresentam
escore correspondente a depressão
grave.
Quatro a cinco Figs. aumentadas
Quantas Fig. Aumentadas X 38,152 0,02 apresentam escores
Nível de depressão correspondentes a depressão
moderada.
Uma Fig. aumentada apresenta
escore correspondente a depressão
mínima.
Alteração severa (aumento ou
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Tamanho (Fig. A) x Nível de Não houve Não houve diminuição) tende a níveis de
depressão. associação associação depressão moderada ou grave.

Tabela 2
Resultados da análise de associação através do teste
Qui-Quadrado e o Resíduo Estandardizado Ajustado (REA)
entre a variável “Tamanho” e “Nível de Depressão” (cont.)

Variáveis χ2 p< REA (resíduo estandartizado


ajustado)
Alteração severa (aumento ou
Tamanho (Fig. 1) x Nível de 8,375 0,02 diminuição) tende a níveis de
depressão depressão moderada ou grave.
Aumento severo tende a níveis de
depressão moderada ou grave no
Tamanho (Fig. 2) x Nível de 16,171 0,01 BDI.
depressão Diminuição severa tende a
depressão mínima e leve
Tamanho (Fig. 3) x Nível de 7,004 0,04 Alteração leve tende a níveis de
depressão depressão mínima ou leve.
Tamanho (Fig. 4) x Nível de 29,412 0,01 Diminuição severa tende a níveis de
depressão depressão moderada ou grave
Tamanho (Fig. 5) x Nível de 23,314 0,03 Diminuição severa tende ao nível de
depressão depressão grave.
Alteração severa (aumento ou
Tamanho (Fig. 6) x Nível de 19,428 0,01 diminuição) tende aos níveis de
depressão depressão moderada ou grave.
Diminuição severa tende aos níveis
Tamanho (Fig. 7) x Nível de 20,812 0,01 de depressão moderada ou grave.
depressão Ausência de alteração no tamanho
tende ao nível de depressão mínima
Tamanho (Fig. 8) x Nível de Não houve Não houve Aumento severo tende ao nível de
depressão associação associação depressão leve

Observa-se na Tabela 2 que ter figuras aumentadas ou diminuídas no protocolo


do Bender, aparentemente não representa um indicativo de sintomatologia
depressiva. Isso porque se constatou que não houve associação das variáveis
“tamanho diminuído” e “tamanho aumentado” com a variável “nível de depressão”.
No entanto diversas associações foram constatadas entre “nível de depressão” e
“alteração” em figuras analisadas individualmente.
A mesma Tabela mostra que “alterações severas” (aumento ou diminuição) na
Fig. 1 (χ² = 8,375 e p < 0,02) e Fig. 6 (χ2 = 19,428 e p < 0,01) associaram-se e o
Resíduo Estandartizado Ajustado (REA) indicou que os sujeitos apresentaram níveis
de depressão moderada ou grave no protocolo do Beck Depression Inventory (BDI)
15

quando alterações severas no tamanho das figuras ocorreram5. Isso nos permite
inferir que o comportamento de “aumentar” ou “diminuir” na cópia destas figuras,
poderia nos indicar a presença de sintomatologia depressiva. Já na Fig. 2 (χ2 =
16,171 e p < 0,01) houve associação entre ”nível de depressão” moderada ou grave
e “tamanho aumentado severo”6 da figura. E nas Fig. 4 (χ2 = 29,412 e p < 0,01).,
Fig. 5 (χ2 = 23,314 e p < 0,03) e Fig. 7 (χ2 = 20,812 e p < 0,01) encontrou-se
associação entre o “nível de depressão” moderada ou grave e “diminuição severa”.
Esses resultados que descrevem associação entre diminuição do tamanho e
depressão reforçam o que se encontrou na literatura. Van Kolck (1984), Grassano
(1996), Hammer (1991), Buck (2003), Corman (2003) entre outros, nos trazem que
perturbações psíquicas nas quais há presença de sintomatologia depressiva
(sentimentos de menos valia, inferioridade, baixa auto-estima etc) apresentam
comportamento expressivo gráfico de diminuição na execução dos testes de
desenho (RETONDO 2000; ESQUIVEL; HEREDIA; LÚCIO, 1994).
Chama atenção, porém, que o aumento do tamanho das figuras também se
associou a níveis de depressão, não indo de encontro com o citado anteriormente
pela literatura. A partir disso pode-se concluir que não há um padrão único de
comportamento das pessoas na reprodução das nove figuras do Teste Bender
Gestáltico (TBG) quanto a variável “tamanho” e “níveis de depressão”. Portanto,
sugere-se que a análise do tamanho das figuras para avaliação de sintomatologia
depressiva sejam feitas considerando-se o comportamento expressivo gráfico em
cada uma das figuras separadamente.
Ainda que os resultados apontem para a ausência de correlação entre “quantas
figuras aumentadas” e o “Escore Bruto do BDI”, o mesmo ocorrendo para “quantas
figuras diminuídas” e o “Escore Bruto do BDI”, quando analisada a associação entre
a “quantidade de figuras aumentadas” e o “nível de depressão” (χ2 = 38,152 e p <
0,02), constatou-se que indivíduos que copiaram sete figuras do TBG aumentadas
tendiam a escores de depressão grave no BDI. Os que reproduziram de quatro a
cinco figuras do TBG aumentadas, obtiveram escores de depressão moderada e os
que copiaram uma figura aumentada apresentaram escore de depressão mínima no

5
Não houve associação na Fig. A, mas o REA sugere o mesmo padrão interpretativo da Fig. 1 e 6.
6
Para fins desta pesquisa, considerou-se “tamanho aumentado severo” quando a figura foi
reproduzida com 50% ou mais de, pelo menos, uma de suas dimensões.
16

protocolo do BDI. Já em “quantidade de figuras diminuídas” não houve associação,


porém o REA nos permitiu constatar que os sujeitos que copiaram oito figuras em
tamanho diminuído tendem a escores de depressão grave pelo protocolo do BDI
Esses resultados sugerem que protocolos do Teste Bender Gestáltico com
muitas (4 ou mais) figuras aumentadas podem ser indicativos de sintomatologia
depressiva, o que novamente contradiz a literatura da área. Apenas nas situações
em que o individuo diminui oito figuras na reprodução do TBG é que podemos,
segundo a análise, sugerir níveis de depressão grave, estando assim, os resultados
de acordo com o que Cunha (2000) nos traz, ou seja, que a presença de cinco ou
mais figuras diminuídas podem representar características de retraimento,
constrição, timidez e assim serem consideradas como características de
sintomatologia depressiva.
Constata-se, portanto, que o avaliador do teste deve estar atento às “alterações
severas” e à “quantidade de figuras” reproduzidas, sejam elas “aumentadas ou
diminuídas”. É o que sugere, ainda, a análise da Fig 7 (χ2 = 20,812 e p < 0,01), pois
sujeitos que apresentam escores de depressão moderada ou grave não desenharam
esta figura no tamanho normal.

Rotação
A seguir apresenta-se a Tabela 3 com os dados coletados para averiguar a
associação entre o comportamento de “rotação” na cópia do desenho do Teste
Bender Gestático (TBG) e os resultados obtidos nos protocolos do Beck Depression
Inventory (BDI) para sintomatologia depressiva.

Tabela 3
Resultados da análise de associação através do teste
Qui-Quadrado e o Resíduo Estandardizado Ajustado (REA)
entre a variável “Rotação” e “Nível de Depressão”

Rotação das Figuras χ2 p< REA (resíduo estandartizado


ajustado)
Rotação (Fig. A) x Nível de 4,20 0,04 Rotação tende a níveis de
depressão. depressão moderado ou grave.
Grau Rotação (Fig. A)x Nível de 20,320 0,01 Rotação severa tende ao nível de
depressão depressão grave
Rotação (Fig. 1) x Nível de 8,196 0,01 Rotação tende a níveis de
depressão. depressão moderada ou grave.
Rotação severa tende a níveis de
Grau Rotação (Fig. 1)x Nível de 9,088 0,02 depressão mínima ou leve.
17

depressão Alteração leve tende a níveis de


depressão moderada ou grave.
Rotação (Fig. 2) x Nível de Não houve Não houve Nenhuma interpretação significativa
depressão. associação associação

Tabela 3
Resultados da análise de associação através do teste
Qui-Quadrado e o Resíduo Estandardizado Ajustado (REA)
entre a variável “Rotação” e “Nível de Depressão” (cont.)

Rotação das Figuras χ2 p< REA (resíduo estandartizado


ajustado)
Grau Rotação (Fig. 2)x Nível de Não houve Não houve Rotação severa tende a escores de
depressão associação associação depressão mínima no BDI
Rotação (Fig. 3) x Nível de Não houve Não houve Nenhuma interpretação significativa
depressão. associação associação
Grau Rotação (Fig. 3)x Nível de 12,938 0,01 Rotação severa tende a nível de
depressão depressão grave no BDI
Rotação (Fig. 4) x Nível de Não houve Não houve Nenhuma interpretação significativa
depressão. associação associação
Grau Rotação (Fig. 4)x Nível de Não houve Não houve Rotação severa tende a níveis de
depressão associação associação depressão grave no BDI
Não rotar a Fig. tende a escores de
Rotação (Fig. 5) x Nível de 3,876 0,05 depressão moderada ou grave no
depressão. BDI.
Rotação leve tende a níveis de
depressão mínima ou leve.
Grau Rotação (Fig. 5)x Nível de 7,906 0,02 Ausência de rotação tende a níveis
depressão de depressão moderada ou grave no
BDI.
Rotação (Fig. 6) x Nível de Não houve Não houve Nenhuma interpretação significativa
depressão. associação associação
Grau Rotação (Fig. 6)x Nível de Não houve Não houve Rotação severa tende ao nível de
depressão associação associação depressão grave
Rotação (Fig. 7) x Nível de 6,127 0,02 Rotação tende ao nível de
depressão depressão moderada ou grave
Grau Rotação (Fig. 7)x Nível de 6,669 0,04 Não apresentar alteração tende a
depressão níveis de depressão mínima ou leve
Rotação (Fig. 8) x Nível de Não houve Não houve Nenhuma interpretação significativa
depressão associação associação
Grau Rotação (Fig. 8)x Nível de 16,292 0,02 Rotação severa tende a níveis de
depressão depressão grave.

A análise estatística, cujos dados podem ser vistos na Tabela 3, indicou que
houve associação entre as variáveis “nível de depressão” e “rotação” na Fig. A. (χ2 =
4,24 e p < 0,04), Fig. 1 (χ2 = 8,196 e p< 0,01) e Fig. 7 (χ2 = 6,127 e p < 0,02). Além
disso, o REA sugeriu que os sujeitos que apresentaram o comportamento de
“rotação” alcançaram escores de depressão moderada ou grave nos protocolos do
18

BDI. Isso pode indicar que essas três figuras devem ser observadas como possíveis
indícios de sintomatologia depressiva.
Esses dados corroboram o que é afirmado por Clawson (1992), embora esta
autora não tenha indicado quais figuras devem ser observadas para avaliar a
relação entre rotação e depressão. Ela apenas cita que crianças com afeto
embotado e pobreza de impulsos apresentam rotação na cópia do TBG. Já as
Figuras 2, 3, 4, 6 e 8 não apresentaram associação entre as variáveis citadas, assim
como, nenhuma interpretação significativa na análise do REA. Na Fig. 5, observou-
se que, mesmo não ocorrendo associação, não rotá-la durante a cópia do Bender
indicou escores de depressão moderada ou grave no BDI. Isso demonstrou que o
avaliador deve estar bastante atento na correção do protocolo para observar que
este resultado pode ser mais um preditor de sintomatologia depressiva.
De acordo com Hutt (1998), pequenas rotações na Fig. 3 e a leve rotação na
Fig. 6 seriam indicativas de depressão. Os resultados encontrados nessa pesquisa
não sugerem concordância com o que este autor descreve, pois não houve
associação entre “rotação” e “nível de depressão” na Fig. 3 tampouco na Fig. 6 e a
análise do REA não apresentou nenhum resultado significativo.
Além da análise dos resultados de “rotação” investigou-se o “grau de rotação”
das figuras na reprodução do TBG. Observou-se que ocorreu associação entre a
variável “grau de rotação” e “níveis de depressão”, sendo que os indivíduos que
apresentaram “rotação severa”7 nas Fig. A (χ2 = 20,320 p < 0,01), Fig. 3 (χ2 = 12,938
e p < 0,05) e Fig. 8 (χ2 = 16,292 e p < 0,02), atingiram escores de depressão grave
no BDI. Esses resultados nos permitiram avaliar que existem indicativos
significativos de sintomatologia depressiva quando os mesmos estiverem presentes
nos protocolos do TBG.
Dos protocolos que se associaram apresentando grau de “rotação leve”, a Fig.
1 (χ2 = 9,088 e p < 0,02) apontou resultado mais significativo porque a análise do
REA indicou escore de depressão moderada ou grave no protocolo do BDI. Esses
dados também foram observados por Cunha (2000 p. 298) que afirma, “pequenas
rotações têm maior valor que as severas, para indicar desajustamento”. Portanto,
sugere-se que o avaliador, na correção do Bender, preste atenção ao

7
Para fins dessa pesquisa considerou-se “rotação severa” quando a figura foi reproduzida com 45
graus ou mais de rotação.
19

comportamento expressivo gráfico do sujeito nesta figura como mais um indicativo


de traços depressivos.
Um aspecto que chama atenção foi que não rotar a Fig. 7 pode ser analisado
como um indicativo de sintomatologia depressiva, pois houve associação (χ2 = 6,665
e p < 0,04) entre as variáveis analisadas. Nestas circunstâncias, a interpretação do
REA mostrou escores de depressão moderada ou grave no BDI. Esse resultado,
portanto, destoa do padrão identificado nas análises da maioria das outras figuras.
De acordo com os dados coletados nas Figs. 4 e 6, não ocorreu associação,
porém o REA nos permitiu avaliar que a rotação severa nestas figuras caracteriza
uma tendência dos sujeitos a obter escores de depressão grave. Novamente
ressalta-se que, assim como na variável tamanho, este resultado mostra a
importância de fazer uma análise individual de cada figura como instrumento auxiliar
na identificação de traços depressivos.
De posse desses dados podemos inferir que as variáveis “rotação” e “grau de
rotação” podem ser consideradas preditoras de sintomatologia depressiva desde
que analisadas individualmente ou agrupadas conforme sugerem os resultados.
Salienta-se que, do mesmo modo que não foi possível identificar apenas um
comportamento padrão quanto ao “tamanho” na identificação da sintomatologia
depressiva na execução do Bender, para as variáveis “rotação” e “grau de rotação”,
também não se verificou um padrão único de comportamento em todas as figuras do
teste como indicador de sintomatologia depressiva.

Perseveração nas figuras 1, 2 e 6


Logo abaixo se apresenta a Tabela 4 com os dados coletados para averiguar a
associação entre o comportamento de perseveração nas figuras 1, 2 e 6 na
reprodução dos desenhos do Teste Bender Gestáltico (TBG) e os resultados obtidos
nos protocolos do Beck Depression Inventory (BDI) para sintomatologia depressiva.

Tabela 4
Resultados da análise de associação através do teste
Qui-Quadrado e o Resíduo Estandardizado Ajustado (REA)
entre a variável “Perseveração” e “Nível de Depressão”

χ
2
Perseveração das Figuras p< REA (resíduo estandartizado
ajustado)
Perseveração tende ao nível de
20

Perseveração (protocolo) x Nível de 23.608 0,01 depressão moderada ou grave.


depressão Não perseveração tende ao nível de
depressão mínima ou leve.
Perseveração tende ao nível de
Perseveração (Fig. 1) x Nível de 13,446 0,01 depressão moderada ou grave.
depressão Não perseveração tende ao nível de
depressão mínima ou leve.

Tabela 4
Resultados da análise de associação através do teste
Qui-Quadrado e o Resíduo Estandardizado Ajustado (REA)
entre a variável “Perseveração” e “Nível de Depressão” (cont.)

Perseveração das Figuras χ2 p< REA (resíduo estandartizado


ajustado)
Perseveração tende a nível de
Perseveração (Fig. 2) x Nível de 14,306 0,01 depressão moderada ou grave.
depressão Não perseveração tende a nível de
depressão mínima ou leve.
Perseveração tende a nível de
Perseveração (Fig. 6) x Nível de 16,674 0,02 depressão moderada ou grave.
depressão Não perseveração tende a nível de
depressão mínima ou leve.

A análise da Tabela 4 permite afirmar que houve associação entre


perseveração e nível de depressão (χ2 = 23,608 e p < 0,01), e o REA indica que
indivíduos com nível de depressão moderada ou grave no protocolo do BDI, tendem
a perseverar na Fig. 1 (χ2 = 13,446 e p < 0,01), na Fig. 2 (χ2 = 14,306 e p < 0,01) e
na Fig. 6 (χ2 = 16,674 e p < 0,02). Além disso, os sujeitos que apresentaram escores
correspondentes ao nível de depressão mínima ou leve não perseveraram em
nenhuma das três figuras. Esses resultados permitiram inferir que o comportamento
de perseveração nestas três figuras pode ser um indicativo de sintomatologia
depressiva. Para Paín (1992), o comportamento de Perseveração (repetição) de
certos elementos do Teste Bender Gestáltico, sobretudo dos pontos, está
relacionado com estados de ansiedade intensa e dificuldade de concentração. Já
para Cunha (2000), quando esta característica está presente na reprodução dos
desenhos do TBG indica que o indivíduo pode apresentar dificuldade de
planejamento e prejuízo na concentração.
Algumas hipóteses podem ser pensadas para explicar melhor o
comportamento de perseveração nas Figs. 1, 2, 6 e sua associação com
sintomatologia depressiva grave ou moderada. Entre elas dificuldade para pensar,
concentrar-se ou tomar decisões, assim como a dificuldade para perceber o todo de
21

uma situação (aspecto gestáltico do teste) (DSM-IV-TR, 2003). Essas características


do paciente com humor deprimido poderiam gerar uma atenção mais seletiva a um
determinado fator da lâmina, como por exemplo, a distância entre a borda do papel,
a lâmina e os pontos das figuras, sem ater-se ao número de pontos dos desenhos,
gerando uma conseqüente perseveração.

Colisão
A análise dos resultados que buscou averiguar a associação entre as variáveis
“colisão” de figuras e “nível de depressão” não apontou nenhuma associação. O
REA também não forneceu nenhum resultado capaz de sugerir qualquer tipo de
interpretação. Isso apontou que, neste estudo, o comportamento de colidir figuras
durante a cópia dos desenhos do TBG não deve ser considerado um indicativo de
sintomatologia depressiva. Esses resultados vem ao encontro do que observou-se
na literatura, pois diversos autores consultados como Grassano (1996), Hammer
(1991), Hutt (1998), Alves & Esteves (2004), Esquivel, Heredia, Lucio (1994) e
Cunha (2000) entre outros, não relacionam o comportamento “colisão” de figuras
com traços depressivos.

Fragmentação das subpartes


A seguir apresenta-se a Tabela 5 com os dados coletados para averiguar a
associação entre o comportamento de “fragmentação das subpartes” (separação) na
cópia dos desenhos do Teste Bender Gestáltico (TBG) e os resultados obtidos nos
protocolos do Beck Depression Inventory (BDI) para sintomatologia depressiva.

Tabela 5
Resultados da análise de associação através do teste
Qui-Quadrado e o Resíduo Estandardizado Ajustado (REA)
entre a variável “Fragmentação” e “Nível de Depressão”

Fragmentação de Subpartes χ2 p< REA (resíduo estandartizado


ajustado)
Fragmentação (protocolo) x Nível 8,211 0,01 Fragmentação tende a depressão
de depressão moderada ou grave
Fragmentação (Fig. A) x Nível de 3,925 0,05 Fragmentação tende a depressão
depressão moderada ou grave
Fragmentação (Fig. 4) x Nível de 7,225 0,01 Fragmentação tende a depressão
depressão moderada ou grave
22

Na análise da fragmentação das subpartes verificou-se que houve associação


2
(χ = 8, 211 e p < 0,01) entre esta variável e os níveis de depressão do BDI. O REA
indicou que os protocolos dos sujeitos que apresentaram escores de depressão
moderada ou grave tendem a apresentar fragmentação das subpartes na cópia dos
desenhos do teste Bender Gestáltico, especialmente na Fig. A (χ2 = 3,925 e p< 0,05)
e na Fig. 4 (χ2 = 7,225 e p< 0,01). Estes resultados corroboram o que Clawson
(1992) escreve sobre fragmentação das subpartes da Fig. A e da Fig. 4. De acordo
com essa autora, este comportamento expressivo gráfico pode ser indicativo de um
elemento depressivo da personalidade.
Assim como na variável perseveração, foram levantadas algumas hipóteses
para melhor explicar esse comportamento. Na fragmentação das subpartes
novamente pode-se pensar em alguns fatores que devem ter interferido nestes
resultados. Entre eles pensou-se em desatenção, atenção seletiva e dificuldade para
ver o todo do desenho, característicos de sintomas depressivos (DSM-IV-TR, 2003).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabe-se que para serem considerados confiáveis os resultados dos
instrumentos psicológicos devem apresentar certas características indispensáveis.
Tais condições dizem respeito a evidências de validade, precisão e padronização.
No que se refere ao Teste Bender Gestáltico, desde que foi desenvolvido, diversos
estudos têm buscado criar sistemas objetivos de análise, dado que, a autora,
Lauretta Bender, deteve-se somente a analisar as qualidades visomotoras desse
instrumento.
Esse estudo buscou averiguar a presença de associação/correlação entre os
níveis de depressão e as variáveis: tamanho, rotação, perseveração, colisão e
fragmentação das subpartes durante a execução do Teste Bender Gestáltico.
Conclui-se que, quanto a variável “tamanho”, os resultados mais significativos
fizeram menção ao “alterações severas” (aumentadas ou diminuídas) e a
“quantidade de figuras aumentadas ou diminuídas” como possíveis indicadores de
sintomatologia depressiva. Quanto à variável “rotação”, o indicador principal de
depressão identificado neste estudo relacionou-se ao “grau de rotação severo”. A
23

análise da variável “perseveração” indicou que em todas as figuras analisadas esse


comportamento pode ser indicativo de sintomatologia depressiva. No que refere à
variável “fragmentação das subpartes”, observou-se que as Figs. A e 4 poderiam
indicar a presença de sintomas depressivos. Já a variável “colisão” não se mostrou
eficaz para a avaliação de traços depressivos.
A partir desses resultados, entendeu-se que devem ser consideradas as
diferentes formas das figuras do Teste Bender Gestáltico. Talvez elas induzam a
variados padrões de expressão gráfica do sujeito deprimido, explicado pelo fato do
teste ser composto por figuras com diferentes organizações gestálticas. Pode-se
pensar que, dependendo dessa organização, esse indivíduo apresente um tipo
específico de comportamento gráfico, não evidenciado em outra figura que não
possua a mesma estruturação gestáltica. Portanto, seria um erro generalizar a todas
as figuras do Teste Bender Gestáltico que alterar o tamanho, rotar uma figura,
perseverar ou fragmentar as subpartes de algumas delas seriam, por si só, um
indicativo claro de sintomatologia depressiva, pois cada figura exige do avaliando
uma ação perceptiva muito diferente de outra.
A presente pesquisa, apesar do rigor utilizado nos procedimentos empregados,
apresentou algumas limitações. Entre elas, pode-se citar que a participação de um
número maior de sujeitos poderia resultar em dados mais significativos para análise.
Assim como uma melhor distribuição amostral, no que tange aos níveis de
depressão, também seria relevante para os resultados. Além disso, percebeu-se a
importância de estudos que utilizem uma abordagem empírica através da divisão de
grupos controle e experimental, para identificar com mais exatidão os objetivos desta
pesquisa que buscou avaliar o comportamento expressivo gráfico na cópia do TBG e
os níveis de depressão através do BDI.
Ademais, sugere-se que, tendo em vista os resultados significativos
encontrados neste estudo, novas pesquisas sejam realizadas para verificar a
possibilidade do uso destes achados para a construção de um padrão de correção
do Teste Bender Gestáltico, visando a utilização deste como auxiliar na avaliação de
sintomas depressivos.

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