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PORQUE PLANEJAR?
1.1 INTRODUÇÃO:
EXEMPLO 1.1:
Por exemplo, imagine um engenheiro civil responsável pela
concretagem de um complexo rodoviário. Em determinado momento da usinagem
do concreto, o engenheiro suspeita que o concreto está fora das especificações
quanto à resistência. Nesse momento há indícios de falha no sistema produtivo,
Como para iniciar uma pesquisa, deve-se ter um objetivo inicial sobre
o fenômeno em estudo, a metodologia científica é a composição de raciocínios e
procedimentos para verificar a validade das teorias, questões ou hipóteses. As
pesquisas científicas caracterizam-se por um processo que tem início a partir dos
objetivos, formulação de questões ou hipóteses, passando pelo planejamento da
forma de coletar as informações necessárias, até a análise e conclusão.
REFORMULAÇÃO DO FORMULAÇÃO DE
CONHECIMENTO QUESTÕES OU HIPÓTESES
8 2
PLANEJAMENTO
CONCLUSÕES
3
7
TESTES COLETA
6 4
ANÁLISE
5
FIGURA 1.1: Esquema do Método Científico
Note que a pesquisa tem início com o objetivo e formulação de questões, a qual no
fundo está condicionada ao conhecimento do problema, a necessidade de uma retrospectiva do
fenômeno no tempo, geograficamente, etc.
OBSERVAÇÃO:
25. As técnicas estatísticas disponíveis não são aplicadas a questões que sejam
preenchidas dissertativamente, as chamadas “questões abertas”. No caso da
existência de tais questões, pode-se contornar o problema, usando as respostas
existentes na pesquisa, classificando-as a seguir em grupos de respostas, de
modo que haja possibilidade de aplicação de técnicas estatísticas.
EXEMPLO 1.2:
·24 fazer uma lista das características, fatores ou variáveis que devem ser
analisados e medidos, segundo o objetivo proposto,
1.3 - VARIÁVEIS:
Note que dizemos que o engenheiro deve medir variáveis, mas não
definimos o que sejam variáveis ou fatores. Sempre que estivermos registrando
ocorrências durante a pesquisa, de modo que os resultados dessas ocorrências não
sejam conhecidos à priori, podendo variar de registro para registro, estamos medindo
uma variável. As variáveis são características da peça em estudo, do tratamento
dado, do ambiente a que ela é submetido, dos resultados, etc.
OBSERVAÇÃO: O número de variáveis a serem observadas, não deve ser muito grande, pois quanto
maior for o número de variáveis , maior é a complexidade do problema e da
análise.
EXEMPLO 1.3:
EXEMPLO 1.4:
EXEMPLO 1.5:
35. A nota da prova pode ser considerada dependente do tempo de estudo. Nesse
caso o tempo de estudo é a variável independente.
EXEMPLO 1.6:
Esquematicamente:
FIGURA 1.2
Quando o engenheiro tem condições de verificar a influência das
variáveis independentes(VI) sobre as dependentes(VD), controlando em laboratório
as possíveis causas(VI), observando então o efeito nas variáveis dependentes, temos
uma pesquisa experimental ou estudo experimental.
1.4 - EXPERIMENTO:
Um experimento pode ser entendido como ensaios com a constituição de grupos ou
ações, mantidos sob situações controladas por determinado período de tempo, com o objetivo de
fornecer respostas às questões do pesquisador. Mantém-se a variável independente (VI) controlada,
com valores pré escolhidos e fixados, observando-se, como resultado, a variável dependente (VD). Ao
dizermos que a variável independente é controlada, estamos querendo evitar que outros fatores além
daqueles escolhidos e fixados a priori, interfiram sobre a variável dependente, medindo-se assim
apenas a influência desses níveis escolhidos.
EXEMPLO 1.7:
1.5 - HIPÓTESES:
EXEMPLO 1.8:
·30 Hipótese 2: o turno de trabalho interfere sobre o peso das chapas ou número
de defeitos.
·34 No caso em que existe a possibilidade do uso das três prensas ao mesmo
tempo, indica-se então que o momento da escolha da produção de uma máquina
seja o mesmo para as outras máquinas; como por exemplo sorteando-se o
momento no período da manhã e nesse momento toma-se uma chapa de cada
prensa;
·35 A escolha das peças poderá ser feita em vários dias, de modo que possa ser
retirado qualquer efeito do dia;
·36 O indivíduo que for medir o peso ou o número de defeitos das peças deverá ser
sempre o mesmo Se houver necessidade de mais que um indivíduo, os mesmos
deverão ser treinados e uniformizados quanto a maneira de contar os defeitos ou
pesar;
·37 Os dados a serem coletados deverão possuir variáveis com valores que
respeitem certas condições, que permitam utilizar técnicas estatísticas adequadas
ao experimento. Por isso, deve-se verificar a qualidade das variáveis a serem
·39 A escolha do momento em que uma das peças será tomada para participar do
experimento. Deve-se usar um sorteio aleatório do momento, dentro de cada
período.
·41 Gráficos,
·42 Estatísticas,
·43 Diagramas/esquemas, e
·44 Tabelas .
·45 Para a hipótese 1: A análise poderá ser realizada através das técnicas: análise
de variâncias, testes de comparação múltipla, etc.
·47 Para a hipótese 3: A análise poderá ser realizada através das técnicas:
Coeficientes de Correlação, Regressão linear, etc.
OBSERVAÇÃO:
Pode ocorrer que a pesquisa não tenha início com uma hipótese, como é
o caso do pesquisador que, dentro do objetivo proposto, está interessado em fazer
apenas um levantamento de informações e questões. Questões essas que poderão
ser respondidas depois, com base na análise desses dados .
EXEMPLO 1.10:
51. Como se comporta o tempo de vida útil, nas diversas fases de produção?
OBSERVAÇÃO:
EXEMPLO 1.11: Para o exemplo 1.3, podemos supor que dentre todas as peças de
cano testados, a peça no. 5 possui os seguintes dados:
peça polímero máquina temperatura aditivo % aditivo tensão rugosidad vida util
e
5 PVCAC extrusão 110 A 1% 45 10 60
a) Para o exemplo das chapas de aço (exemplo 1.9), as medidas das 72 chapas
deverão compor uma planilha com 72 linhas e 6 colunas. Cada linha
correspondendo a uma peça, e cada uma das colunas correspondendo a uma
variável (identificação da peça, prensa, turno, porcentagem de liga do tipo A, dia,
peso).
OBSERVAÇÃO:
Indicamos o uso do pacote de programas estatísticos, MINITAB ou EXCEL, dando
preferência para o primeiro por ser mais completo, abrangente e específico. Esses
pacotes de programas aceitam a entrada dos dados em uma planilha como mostra a
tabela 1.2 a seguir:
TABELA 1.2: Formato de uma planilha para o exemplo 1.3.
peça polímero máquina temperatura aditivo % aditivo tensão rugosidad vida util
e
1 PVC extrusão 115 B 5% 50 12 57
. . . . . . . . .
. . . . . . . . .
5 PVCAC extrusão 110 A 1% 45 10 60
. . . . . . . . .
. . . . . . . . .
n
Suponha que no exemplo das chapas de aço, seja usada uma chapa de
cada prensa em cada período, cujos valores obtidos possam ser descritos como na
figura 1.3.
n.
d
e diurno =
f noturno =
e
i
t
o
s
A B C
PRENSA
FIGURA 1.3 - Distribuição do número de defeitos segundo a prensa e o turno, com uma
chapa por turno
Suponha agora, que foram usadas duas chapas por turno em cada
prensa, e os resultados estão descritos na figura 1.4 a seguir:
n.
d
e diurno =
f noturno =
e
i
t
o
s
A B C
PRENSA
FIGURA 1.4 - Distribuição do número de defeitos segundo a prensa e o turno, com duas
chapas por turno.
d
e diurno 5% =
f 15% =
e noturno 5% =
i
15% =
t
o
s
A B C
PRENSA
OBSERVAÇÃO:
O número de chapas não deve ser muito pequeno, pois pode haver variabilidade
entre as produções, e com poucas chapas, corre-se o risco de não cobrir a variação
das informações. Pode-se propor para esse exemplo, 3 peças para cada
porcentagem da liga A, considerando a porcentagem em 4 níveis; utilizando as 3
máquinas, em 2 períodos(diurno/noturno), perfazendo um total de 3x4x3x2=72 peças.
2 4 6 8 tensão de ruptura
FIGURA 1.6 - Ilustração da diferença entre dois corpos de prova com relação a tensão de
ruptura.
tendência
2 4 6 8 tensão de ruptura
Para as figuras 1.6 e 1.7, como se analisa apenas uma variável pode-
se dizer que se trata de um estudo no espaço de dimensão 1. Se por outro lado, a
dimensão de estudo for 2, isto é, medem-se duas variáveis ao mesmo tempo em cada
unidade experimental, digamos tensão de ruptura e temperatura, e se deseja estudar
a distância entre corpos de prova com tensão de ruptura 2 e 8 como na figura 1.6, já
não são suficientes apenas dois corpos de prova, uma vez que a variável
temperatura, pode interferir nos resultados cada valor distinto da temperatura poderá
dar uma distância distinta entre dois corpos de prova, como ilustrado a seguir:
8-
6- Dist = 7,8
4-
Dist = 6
2-
2 4 6 8 tensão de ruptura
3,0 -
2,0 -
1,0 -
0,0 -
2 4 6 8 tensão de ruptura
3,0 -
2,0 -
1,0 -
0,0 -
2 4 6 8 tensão de
ruptura
3,0 -
2,0 -
1,0 -
0,0 -
2 4 6 8 tensão de
ruptura
3,0 -
5,0 -
2,0 -
3,0 -
1,0 - 2,0 -
0,0 - 0,0 -
2 4 6 8 tensão de 2 4 6 8 tensão de
ruptura ruptura
FIGURA 1.11a - Tendência decrescente a FIGURA 1.11b - Tendência crescente a partir
partir da tensão 4 da tensão 3
X1
X2
X1
X2
FIGURA 1.13 - Tentativa de explicar a têndência como sendo linear no espaço de dimensão 3
Note que para o exemplo 1.9, das chapas de aço, temos variáveis que
podem ser registradas de várias formas: em termos nominais, como prensa A, prensa
B e prensa C; temos também variáveis que podem ser registradas em termos
quantitativos, como número de defeitos, etc. Essas variáveis são classificadas de
forma diferente, por vários motivos, principalmente porque, as técnicas a serem
usadas mais à frente, para análise e testes das hipóteses levantadas no início da
pesquisa, são distintas e específicas para cada tipo de variável.
EXEMPLO 1.13: Para o exemplo 1.3, da produção dos tubos de plástico, tem-se as
variáveis categóricas, ou qualitativas: Tipo de Polímero, Máquina e Aditivo.
São aquelas que são registradas com nomes para cada possível
respostas, não existindo ordem entre as mesmas.
54. Para o caso da produção de chapas de aço, existe apenas uma variável
qualitativa nominal, o tipo de Prensa.
55. Para o caso da produção de tubos plásticos, não existem variáveis qualitativas
ordinais.
58. Para o caso da produção de chapas de aço, existe apenas uma variável
quantitativa discreta, o número de defeitos.
OBSERVAÇÃO:
EXEMPLO 1.17: Suponha que o conjunto dos possíveis resultados seja: {0; 0,2; 0,4;
0,6; 0,8}, nesse caso temos uma variável discreta desde que entre cada um desses
valores não haja possibilidade em hipótese alguma de se obter registros.
OBSERVAÇÃO:
1.9.2 - AMOSTRA:
Esquematicamente:
OBSERVAÇÃO:
67. Prever dificuldades na coleta da amostra definitiva, como gastos, tempo, forma
de acesso a fonte de informação, etc,
68. Verificar se não faltam variáveis que sejam importantes para o estudo do
fenômeno em questão,
EXEMPLO 1.19:
Para que fatores influentes, tais como o nível sócio econômico, seja
representado adequadamente na amostra, usa-se a aleatorização. Ela é uma forma
de escolha das unidades de pesquisa, evitando preferências ou tendências de algum
tipo. A aleatorização consiste de sorteio cuja forma deve ser elaborada no
planejamento amostral ou experimental. Assim, para o exemplo anterior, sorteia-se
pessoas do nível sócio econômico A, e pessoas do nível sócio econômico B.
EXEMPLO 1.20:
SORTEIO
c f h i j receberão o novo
treinamento
grupo de
a b c d e
funcionários
f g h i j
similares a b d e g receberão o antigo
treinamento
FIGURA 1.15 - Formação de dois grupos de funcionários para receberem um tipo de tratamento
OBSERVAÇÃO:
EXEMPLO 1.21:
SORTEIO
tratamento a receber
i h q m r
A
a b c d e
d s b p k B
grupo de f g h i j
funcionários k l m n o
C
similares p q r s t f l a n g
t n e j oc D
FIGURA 1.16
EXEMPLO 1.22:
Nesse caso, toma-se pelo menos uma peça de cada combinação dos
níveis, de modo que se cubra as possíveis variações das variáveis independentes.
Trata-se portanto do controle das variáveis Máquina e Polímero.
OBSERVAÇÃO:
a) Quando o experimento tem um fator com 2 níveis e o outro com 3 níveis, diz-se
que se tem um experimento fatorial 2x3.
b) Se o experimento tiver 3 fatores, F1, F2 e F3, e cada fator tiver 2 níveis, digamos:
Maquina(A e B), Polímero (PVC e PVCAC) e Temperatura(150 0C e 2000C) tem-se
um experimento fatorial 23(3 fatores com 2 níveis cada) .
EXEMPLO 1.23:
EXEMPLO 1.24:
EXEMPLO 1.25:
EXEMPLO 1.26:
EXEMPLO 1.27:
OBSERVAÇÃO:
c) Muitas vezes a variável secundária, a ser controlada por experimento por blocos, é
um tipo de ambiente, como no caso do período em que é ministrado o curso ou a
posição dentro do forno. Várias vezes elas são mais fáceis de serem controladas
do que as variáveis das próprias unidades experimentais. Por exemplo, controlar
o tipo de seção em que o funcionário trabalha, é bem mais fácil do que controlar a
escolaridade. Alguns exemplos de variáveis secundárias que indicam a
construção de blocos são: ruído, turno de trabalho, temperatura ambiente,
aparelhagem usada, etc.
c) É impossível controlar todas as variáveis “ambientais”. Para escolher quais controlar, devemos
fazer um Estudo de Tendências, principalmente no tempo, nos equipamentos, na estrutura em
geral, verificando se existe ou não aleatoriedade nas respostas das unidades experimentais para
um e outro ambiente.
d) Como já foi alertado, para cada tipo de experimento existe uma técnica de análise estatística;
portanto deve-se tomar o cuidado de planejar o experimento prevendo a técnica de análise
estatística adequada para aquele tipo de experimento. Um livro clássico indicado para estudos
mais detalhados e específicos, em planejamento de experimentos é o de Box, Hunter e Hunter
(1978) com o título: Statistics for experimenters, (John Wiley & Sons).
EXERCÍCIOS:
77. O que você entende por experimento e levantamento? Quais são as principais
características desses métodos de pesquisa?
79. Imagine que você foi contratado para trabalhar em uma industria de pneus, e
nota que existe a necessidade de fazer uma pesquisa relacionada com o tipo de
material e a durabilidade dos pneus, como você pensaria em planejar um
experimento de modo que o esquema do processo do método científico seja
cumprido? Quais seriam as variáveis dependentes e independentes?
81. O que você diz sobre uma pesquisa em que o pesquisador definiu as hipóteses
após coletar os dados?
82. Você acha que sempre existirá a variabilidade? Qual é a relação entre a
importância da repetição e o grau de variabilidade?
84. Como você poderia planejar um experimento por blocos para testar a tensão de
ruptura de corpos de prova de concreto?