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NIMROD DE ROSARIO
FUNDAMENTOS
DA
SABEDORIA
HIPERBÓREA
PARTE II
TOMO II
DA REPÚBLICA ARGENTINA
ÍNDICE
Para evitar toda possível confusão sobre o objeto deste inciso, sintetizado no
título da epígrafe, há de se esclarecer de entrada que o mesmo NÃO SE
REFERE A UM SÍMBOLO EM PARTICULAR QUE PODERIA “SER
SAGRADO” PARA O PASU, SENÃO A UM QUE REPRESENTA AO PRÓPRIO
PASI; VALE DIZEER, NÃO UM SÍMBOLO ENTRE SÍMBOLOS, MAS UM QUE
EXPRESSA AO SI MESMO DO ANIMAL-HOMEM.
Para isso nos serviremos do símbolo auxiliar da figura 40. Suponhamos que
os dois círculos representam os estados, inicial e final, ou entelequial, de um
Arquétipo: o círculo maior corresponde ao SER e o ponto central ao VIR-A-
SER, ou seja, à finalidade, à perfeição final ou enteléquia. O processo do
Arquétipo, com tal convenção simbólica, somente pode consistir em uma
mudança contínua que transforma ao círculo XX no círculo X‟X‟. Pois bem, a
Sabedoria Hiperbórea assegura que, até a chegada ao Universo material dos
Siddhas traidores, o processo de TODOS os Arquétipos universais se
desenvolvia de acordo a uma mesma Lei, contida no DESÍGNIO DO
CARACOL. Depois do aprisionamento espiritual, este comportamento geral das
Figura 40
O fato de que ali se encontra desenhada uma espiral logarítmica não tem um
significado particular, pois poderia ter-se utilizado o mesmo fim qualquer outra
espiral notável, algumas das quais estão representadas analiticamente na
figura 42, ou uma espiral “natural”, semelhante à do caracol “náutico” da Era
secundária, cujo desenvolvimento se baseia na série de Fibonacci. Na figura 43
pode observar-se ao náutico, esse digno contemporâneo do pasu primitivo,
num corte que mostra a espiral do caracol.
Figura 41
Deixando de lado, pois, qual foi o tipo mais adequado para representar o
processo do Arquétipo XX, o importante aqui é convir no fato essencial de que
o processo se desenvolve segundo um movimento espireforme. E este fato há
de ser considerado de máxima importância porque o “símbolo sagrado do
pasu” é em tudo semelhante à figura 41. Mas vale a pena repetir, este símbolo
sagrado só representou ao pasu ATÉ O MOMENTO DO APRISIONAMENTO
ESPIRITUAL; a partir de então a evolução do virya se desenvolve segundo
uma dupla lei, ELIX-LABRELIX, denominada “kármica” pelos Siddhas
Traidores.
Sobre o “símbolo sagrado do pasu” há muito a ser dito ainda, mas antes de
seguir convém esclarecer as denominações que recebem correntemente os
elementos da figura 41, a qual representa dito símbolo, O círculo exterior é
análogo a um Arquétipo XX no instante de sua manifestação: representa o giro
circular, perfeito, mas potencial, em torno da enteléquia X‟X‟; o círculo XX
representa, portanto, também a “esfera de consciência” do pasu da qual gira ao
princípio em torno do centro de si mesmo.
Figura 42
Figura 43
C – O caracol e a serpente.
W(EP/TT)
(5)
OU POTENCIAL OU ATUAL
(W) (EP/TT)
No artigo “D” já havia sido exposta tal conclusão: “os símbolos, do esquema
ou Relação, subsistem sustentados pelo substrato de sua potência (w); se um
pensamento menciona a relação, os símbolos se manifestam com uma
determinada energia (Ep/Tt): tal ATIVIDADE é também produto da potência
(w)”. E mais adiante “quando a potência impele ao símbolo à esfera de
consciência se efetua na realidade sua ATIVIDADE ENERGÉTICA”. Tal
energia (Ep) por outra parte, “se caracteriza pelo „movimento‟” (emergência e
processo) “intensidade” e “direção” (primeira intenção (artigo F).
Isto quer dizer que, fora da energia astral que ativa a superestrutura do fato
cultural, existem outros aspectos da potência astral do Demiurgo que se
manifestam, igualmente, no mundo astral, ainda que sua função seja animar as
distintas estruturas do organismo macrocósmico. Mas, segundo sabemos, no
microcosmo ocorrem algo semelhante, pois a “energia psíquica” é somente
uma expressão particularizada da potência da alma do pasu, uma plasmação
arquetípica que dá lugar a todo termo sêmico da esfera de sombra: mas, fora
desta potência (w) que subjaz em todo símbolo psíquico ou sistema, existem
outros aspectos da potência da alma que se manifestam igualmente na esfera
de sombra, ainda que sua função seja animar as distintas estruturas do
organismo microcósmico; por exemplo, é também “de energia” o corpo astral, o
qual possui um “canal ELIX” pelo qual circula a mais sutil espécie de energia 11
astral, qual é a VOX do logos Kundalini: segundo se explica com todo detalhe
em outro inciso, no qual o corpo astral está plasmado TODA A SÉRIE DE
ESQUEMAS DE SI MESMO ANTERIORES, OU SEJA, DESENVOLVIDOS EM
OUTRAS VIDAS; tais sistemas se encontram registrados nos chakras, que se
conta por milhões, e a todos os quais une o canal ELIX; nos chakras, a energia
se redemoinha formando um vórtice que transcende e se manifesta
funcionalmente no organismo biológico do microcosmo: são os sujeitos
irracionais (ver figura 26); naturalmente, por ocorrer na esfera de sombra, estes
fenômenos especiais da potência da alma permanecem inconscientes, a saber,
são invisíveis para o sujeito consciente.
Figura 44
Sabemos agora que um ente com maior potência formativa, por exemplo,
um situado em 2º lugar na escala do progresso, é menos valioso para o
Demiurgo que outro que se encontre, por exemplo, situado no 3º lugar da
mesma escala, cuja potência é menor. Mas onde nos leva esta lei? Que efeito
causa no ente uma “maior potência formativa”? Resposta: MAIOR POTÊNCIA
FORMATIVA, MAIOR DETERMINAÇÃO FORMAL. Esta resposta a
comprovamos “fazendo mínima a função”, ou seja, indo a um extremo da
escala para observar o que ocorre ali. O extremo apropriado para isso é, logo,
a enteléquia do Arquétipo, onde o valor é máximo porque o ente é ato
completo, final, perfeito, do Arquétipo manifestado: ali a potência é mínima e o
ato é máximo. Mas, um Arquétipo que é todo ato num ente, uma enteléquia real
e concreta não é por acaso um ente autônomo? Um ente ABSOLUTAMENTE
INDETERMINADO? Não estudamos na Primeira Parte que a concretização de
uma enteléquia implica a autonomia ôntica? Porque, segundo a Sabedoria
Hiperbórea, a determinação formal de todo ente depende da potência e não do
ato, ainda que ambos os conceitos aludam a aspectos complementares de um
mesmo ser; e esta prioridade da potência sobre o ato, para a determinação dos
entes, origina-se na EXISTÊNCIA: NA ORDEM DA EXISTÊNCIA A POTÊNCIA
É PRIMEIRO QUE O ATO; OS ARQUÉTIPOS SÃO PRIMEIRO POTENTES E 18
DEPOIS ATUAIS; OS ENTES SÃO ATOS DOS ARQUÉTIPOS: MAS ATOS
DETERMINOS A PRIORI PELA POTÊNCIA FORMATIVA. Por isso, na
enteléquia, quando o Arquétipo é ato puro, e a potência é mínima ou não há
potência, o ente experimenta uma indeterminação absoluta: É, não necessita
CHEGAR A SER; não há já PLANO PARA FAZER porque ELE É TODO O
SER. É UM ENTE AUTÔNOMO.
D3 – Hierarquia ôntica
É útil advertir que a “escala gradual” da figura 44 é uma versão linear da “lei
da evolução” da figura 41: a espiral da figura 41, em efeito, pode considerar-se
“retificada” e representada na figura 44 como a flecha que assinala a direção
do “progresso evolutivo” do processo arquetípico. Evidentemente, ambas as
figuras expressam o processo do Arquétipo> a figura 41 “funcionalmente” e a
figura 44 “analogamente”. E ambas as figuras representam a “lei de evolução”
que rege tanto a energia astral do macrocosmo como a energia psíquica do
microcosmo, conforme ao desígnio do caracol.
paradoxo do caso, em outro inciso será exposta a Tipologia Aberro, entre cujos
tipos se encontram descrito o gracioso luciférico. E a Ética noológica, a única
verdadeiramente espiritual, será assim compreendida à luz da tipologia Aberro,
como contraste de um contexto ético global do virya perdido.
Mas o virya perdido é “um pasu com linhagem hiperbórea”; somente diante a
Traição dos Siddhas Traidores, mediante o aprisionamento dos Espíritos
Hiperbóreos, o pasu se converte em virya perdido. De não ocorrer a Traição
Branca, o pasu devia ajustar sua conduta moral à Ética psicológica, expressão
microcósmica da Ética demiúrgica. Por isso, sem O PASU p substrato
substancial do virya, ser essencialmente híbrido, não pode surpreender que a
Tipologia Aberro, em seus tipos inferiores, esteja definida na base do conceito 20
da Ética psicológica do pasu e se a oponha à Ética noológica do virya desperto:
no virya perdido O ÉTICO-PSCOLÓGICO, determinado pelo Arquétipo Manu,
se opõe ao ÉTICO-NOOLÓGICO que manifesta o Espírito; e dessa oposição,
dessa tensão entre o anímico e o espiritual, desse confronto essencial livrada
no seio do sangue, surgem os “tipos” de virya perdido que descreve e estuda a
Tipologia Aberro. É evidente, assim, a importância que reveste contar com um
conceito claro da Ética psicológica do pasu.
Mas por que tal conceito há de ser definido aqui? Resposta: porque o
objetivo macrocósmico da finalidade do pasu exige que este seja “doador de
sentido nos entes do macrocosmo”, entes cuja evolução se concretiza de
acordo à “escala de momentos progressivos” que expusemos e aplicamos no
presente inciso: o sentido posto no ente pelo pasu, PARA SER ÉTICO E
CONCORDAR COM A VONTADE DO DEMIURGO, DEVE CONFIRMAR O
VALOR UNIVERSAL DETERMINADO POR SEU PROGRESSO PARTICULAR.
Mas o significado desta frase será compreendido com amplitude quando o
interpretar em relação aos conceitos de “universal” e “particular” que se
definirão no inciso “E”.
Toda Ética deve propor um tipo moral; a Ética psicológica propõe, para o
pasu, um tipo cujo traço saliente, teleológico, pode sintetizar-se com o conceito
de ASPIRAÇÃO. A conduta ética do pasu, em efeito, ASPIRA naturalmente ao
Bem, ou seja, à enteléquia do ente, à concretização do Plano de seu
Deus=Demiurgo. Para o pasu, o Mal consiste simplesmente em opor-se ao
Bem ou a ausência visível deste, ou seja, na ausência de ASPIRAÇÃO: um
pasu carente de aspiração é um mal pasu. Um pasu “pouco evoluído”. E isto é
assim pela “aspiração”, nele passa, não é outra coisa que a expressão do
impulso evolutivo do Arquétipo Manu: o Arquétipo IMPELE ao pasu,
microcosmo potencial, a alcançar a autonomia ôntica e transformar-se em
microcosmo atual: para isso deve cumprir a pleno com o objetivo
macrocósmico de sua finalidade, com seu desígnio próprio, com o Plano de
seu destino, a saber, deve por sentido nos entes mediante a expressão do
signo: e deve po-lo apontando ao Bem, à enteléquia, confirmando o valor
positivo do ente, pois de outro modo não há evolução possível: o pasu, então
ASPIRA à perfeição final do ente e, em geral, a toda perfeição.
Para completar tudo quanto temos visto até aqui cabe agregar que a
ASPIRAÇÃO À PERFEIÇÃO que caracteriza a Ética psicológica do pasu se
opõe essencialmente à INSPERAÇÃO À LIBERTAÇÃO que descreve a Ética
noológica do virya desperto. Sinteticamente, a diferença é a seguinte: enquanto
a ASPIRAÇÃO é expressão do Arquétipo Manu, um aspecto aparente de seu
IMPULSO evolutivo, a INSPIRAÇÃO é produto do Espírito ou do Paráclito;
enquanto a ASPIRAÇÃO arquetípica projeta ao pasu no tempo transcendente,
a INSPIRAÇÃO espiritual eleva ao virya por sobre o tempo transcendente e o
conduz ao atemporal, ou seja, ao selbst; ou seja, enquanto a ASPIRAÇÃO
absorve ao sujeito do pasu na fluência temporal, a INSPIRAÇÃO detém no Eu
do virya a fluência temporal. Por isso, enquanto a atitude ética do pasu é
essencialmente esperançosa, a atitude “ética” do virya está vazia de toda
esperança, de todo desejo, de toda confiança, de toda expectativa, de toda
antecipação, ainda que não por isso seja necessariamente desesperado, sem
desejos, desconfiado, distraído ou indiferente: o virya desperto atua no
momento justo, ou seja, no kairos, paradoxalmente sem haver esperado jamais
o kairos. Mas nesse momento o virya desperto atua com honra, com uma
que nos referimos com „nome‟ dos entes, há que se recordar que o impulso
evolutivo das mônadas tem sido afirmado com o Aspecto „Logos‟ do Demiurgo.
Isso significa que cada ente está designado desde o princípio pelo Verbo do
Demiurgo, que a cada ente se lhe assinalou uma palavra que o identifica
metafisicamente, o sustenta enquanto ente e constitui a verdadeira essência do
ente PARA O PASU”.
Mas pode ocorrer assim mesmo que alguns membros de uma classe se
diferenciem com alguns membros da mesma classe em certa propriedade, que
um desses grupos possue com respeito ao outro: então se apresenta a
oportunidade de SUBCLASSIFICAR, por dizer, de agrupar os membros em
SUBCLASSES, de tal modo que todas as subclasses formadas fiquem baixo a
extensão da classe original: por exemplo, se colecionamos em uma classe
todos os selos postias do mundo, é evidente que ainda poderemos 25
subclassificá-los “por países”, os da Argentina, Brasil, Chile, etc., sem sairmos
da “classe dos selos postais”; do mesmo modo, a série de números inteiros
naturais (1,2,3, ..., n) pode ser subdividida em subclasses de números pares,
ímpares, primos, etc.
De todos esses exemplos que estamos considerando surge com clareza que
a classificação não requer de nada ôntico para existir posto que os elementos
com os quais se conformam suas classes são conceitos fatia da estrutura
cultural, por dizer, elementos sêmicos, sistemas simples ou complexos. Mas
ainda: as “classes” são também “conceitos” porque são sistemas da estrutura
cultural; as classes são sistemas complexos, subestruturas cujos membros são
conceitos, e pelo tanto consistem em “sistemas conceitos”, vale dizer, em
conceitos de conceitos, conceitos de maior extensão e menor compreensão
que os outros conceitos constituintes. Tais conceitos de extensão extrema se
denominam GÊNEROS e os conceitos de menor extensão, mas de maior
compreensão que caem sob aqueles são as ESPÉCIES. Mas isto o veremos
com detalhe em seguida. Agora o importante é advertir que na classificação
sistemática só intervém conceitos fatia da estrutura cultural, vale dizer,
aspectos da verdade do ente, seções de seu esquema, mas não o ente em si,
o qual é exterior e do qual o pasu só recebeu o desígnio e não o Arquétipo
universal que o sustenta. Mas então que relação guarda o universal cultural,
aquela generalidade que o sujeito cultural tem ATRIBUÍDO ao ente, com o
universal real do ente, com seu SER REAL de seu Arquétipo universal?
Resposta: uma relação equívoca, responsável por um sem número de erros
gnoseológicos: o pasu ignora definitivamente a dupla determinação do ente, a
finalidade e a supra finalidade, e como resposta ao objetivo macro-cósmico de
sua prórpia finalidade, projenta sobre o ente o sentido; mas esse sentido é a
expressão de um significado extraído do desígnio particular do ente: nada
“universal” há nele; por isso é indubitável que ao afirmar o caráter universal de
um ente o que na realidade se faz é compreendê-lo em um “conceito”
universal, em uma universalidade falsificada pela faculdade taxológica do
sujeito cultural. O virya perdido, por sua parte, na civilização atual, sucumbiu à
Estratégia sinárquica e permitiu qye em sua visão do mundo influa e predomine
sua herança de pasu: o virya tem a possibilidade de localizar o selbest e criar
um Eu desperto com o qual é possível a apreensão total do ente real, tanto em
sua universalidade quanto como em sua singularidade, por que tal Eu participa
do infinito atual e pode determiná-lo todo sem ser determinado por nada. Mas
em quanto o virya não desperte ficará, como o pasu, definitivamente separado
dos entes. Neste livro, não obstante, oferece-se uma possibilidade de despertar
pelo conhecimento da Sabedoria Hiperbórea, da welstanschauung dos Siddhas
Leais de Agartha, a qual, como comprovaremos logo, explica satisfatoriamente
o problema da dupla determinação do ente, da finalidade e da supra finalidade,
do Arquétipo universal e do desígnio.
26
Até aqui temos examinado o método de classificação sistemática que
emprega o sujeito cultural para afirmar os conceitos universais. Toca-nos agora
referir-nos a um objeto concreto, tal como havíamos prometido: isto permitirá
distinguir com precisão o “que é o universal dos entes, sua finalidade, e o que é
sistemático” posto neles pela expressão cultural. O exemplo, para ser didático,
deve versar sobre entes claramente evolutivos e por isso nos inclinamos a
considerar alguns casos que tenham sido objetos da classificação taxonômica
oficial, como os ANIMAIS, e dos quais se aceita correntemente sua inclusão na
árvore filogenética. Poremos baixo observação, pois, a três tipos de animais, “o
cavalo”, “o cachorro” e “o peixe”, e trataremos de comprovar se a compreensão
de tais conceitos universais corresponde efetivamente com o universal dos
entes concretos, por dizer, com os cavalos, cães e peixes reais, esses que
galopam, nadam e latem no mundo exterior.
Com tal convênio, não nos sobre mais que extrair as conclusões que o
exemplo possa oferecer. Conclusões que se sintetizaram no quadro sinóptico
da figura 45 e a que vamos nos referir para explicá-las: da observação deste
quadro há de surgir com clareza o que é o universal em um ente e que relação
guarda com o “coneito universal da classificação sistemática”.
28
Figura 45
de todas as descrições entre si, por dizer, pela aplicação das descrições umas
sobre outras com o fim de descobrir suas diferenças e analogias. Justamente
por efeito dessa operação sistemática, é que se consegue configurar o tipo
específico com o qual se conformam os entes individuais de traços comuns,
“tipo” que não é mais que o reflexo intelectual do Arquétipo universal. Mas
nessa resposta se vê claramente que a especificação não se realiza com
entes, senão com “descrições‟ dos entes, com “conceitos” da estrutura cultural,
pois o que é uma “descrição” senão um “aspecto da verdade do ente”, um
“símbolo incompleto” que forma parte do esquema do ente e que se tem notado
em uma linguagem habitual, por dizer, um conceito fatia?
aos entes através das espécies, desde a pura abstração do sujeito cultural.
Desde o ponto de vista da realidade dos entes é indubitável que existe um
limite entre a espécie e o gênero; mas, que significa este limite? Resposta: A
FRONTEIRA DA CERTEZA RACIONAL PARA TODO VIRYA DESPERTO. Se
o emprego da razão e de suas conclusões já é suspeito para o virya desperto a
espécie marca, em efeito, o limite onde se deve deter a credibilidade do
conhecimento: um tal limite jamais pode ser atravesado pela confiança sem
correr um grave risco de cair no subjetivismo do gênero, no falsamente
“universal”, por dizer, no Engano da cultura, “ arma estratégica inimiga”. O QUE
CRÊ NA REALIDADE DO GÊNERO NUNCA PODERÁ ALCANÇAR O
“ESTADO DE ALERTA” QUE EXIGE A VIA DE OPOSIÇÃO ESTRATÉGICA,
POR DIZER, ESTARÁ SEMPRE EM DESVANTAGEM ESTRATÉGICA. 30
Esta resposta está nos dizendo que nos entes, por exemplo, os cinco cães
subsistem uma enteléquia potencial que é um modo do ser universal no qual
não se altera sua unidade. Desse modo uma pluralidade de entes pode existir
simultaneamente impulsionados e determinados pela enteléquia potencial que
reside neles e que, igual ao momento inicial do processo evolutivo, É UM
MOMENTO POR VIR, por dizer, é um futuro possível a que aponta o
desenvolvimento do arquétipo: tal momento futuro, então, não pode ser
aprendido por nenhuma CONSCIÊNCIA PRESENTE como o sujeito consciente
do pasu. O término universal, a finalidade entelequial, é um SER EM SI que se
situa fora do marco da percepção do pasu e permanece para sempre fechado
na entranha dos entes. Só o virya desperto desde o selbest, desde a
atemporalidade do EU infinito que reflete o Eu desperto, poderá conhecer o
Arquétipo universal e compreender a totalidade de seu processo; o virya
perdido, por sua parte, intuiu em muitas diversas ocasiões a existência deste
fim universal nos entes e o tem interpretado de muitas diversas formas,
invariavelmente equivocadas e parciais.
E5 – O Arquétipo gravis
Para entender com amplitude dita explicação, que será exposta em seguida,
há que partir da base que o desvio subjetivo da Física teórica é muito mais
grave do que se pode pensar. Em efeito, as críticas mais audazes
centralizaram-se geralmente sobre Einstein, Planck, Bohr, Heisenberg, etc.,
mas jamais haviam questionado a Newton. E com ele se inicia o erro. A
Sabedoria Hiperbórea, da qual procede a “Ciência Secreta” da , remonta sua
tese aos conceitos de Newton e Leibniz, a quem atribui dois erros capitais, e
desde ali, desenvolve uma teoria tão atrevida e audaz como irrefutável. Por
suposto, não se poderá detalhar aqui TODA a teoria, mas bastará com que se
descreva o “initium”, o princípio desde o qual há de partir o raciocínio.
A Física supõe, e supõe bem, que uma relação liga a massa ao campo
gravitacional. Onde se equivoca é, desde Newton, a afirmação que tal relação
é de causa e efeito, por dizer, que o campo gravitacional ocorre por efeito da
massa; com tão errôneo conceito não é estranho observar os enormes
monstrengos de devem fabricarem-se para aproveitar o espaço aéreo. E
naturalmente eles, os fabricantes de cacarecos voadores com motores de
metal e a “combustão interna”, duvidariam de nossa sensatez se asseguramos
que os Siddhas Leais EM BASE AO CONCEITO ARQUETÍPICO DA
GRAVIDADE, dispõem de veículos de PEDRA, por exemplo, para
transladarem-se ao lugar que desejem; e mais ainda se agregamos que tais
veículos não possuem motor. Mas não se trata de um delírio, senão de
“ciência”; ciência antiqüíssima, extra-terrestre; ciência que a Ordem Negra da
desenvolveu novamente neste século e que permitiu construir os seus
próprios “pratos voadores” nos quais partiram seus melhores quadros
não extenso, indiscernível; tal ponto não pode ser observado de nenhum modo
partindo desde a percepção temporal do sujeito consciente e desde a intuição
sensível, por dizer, “desde a exterioridade do ente”, PIS se trata de um ponto
futuro, de uma enteléquia potencial; por esse caminho exterior, no máximo se
conseguirá notar UMA DISTORÇÃO ESPACIAL EM TORNO DO CENTRO DE
GRAVIDADE, distorção produzida pela enteléquia gravis, mas não se
perceberá o “centro de gravidade” em si.
saber se existe outro tempo porque NADA NOS INDICARIA, nada que mude,
desde logo. Esta absurda conclusão demonstra que o tempo, o “tempo
transcendente do macro-cosmo” é a soma de todos os processos do universo,
por dizer, de todos os processos arquetípicos. O tempo transcendente é, pois,
também um “processo”, algo que se sabe desde a Antiguidade quando a tal
processo se denominou FLUÊNCIA; mas vale a pena repetir para esclarecer o
conceito da sabedoria Hiperbórea.
Há muito que meditar sobre essa propriedade dos gravis para englobar o
Mistério que implica em toda a sua profundidade. Como conclusão desse
resumo da Teoria Gravis, vamos destacar o mais importante.
pois não deixa ver, para nada, o modo que os entes chegam a ser “individuais”.
Não obstante, isso se compreenderá facilmente quando se faça intervir na
existência do ente o “desígnio”, por dizer, seu “fim particular”, tal como se verá
com detalhes em E8.
E7 – O Olho de Abraxas
Como sabemos, o que o pasu pode conhecer do ente é o que lhe revela seu
termo particular, seu desígnio: O DESÍGNIO É O SER-PARA-O-HOMEM DE
UM ENTE, UM NOME, UMA PALAVRA, QUE O INDIVIDUALIZA E QUE TEM 43
SIDO PRONUNCIADA PELO ASPECTO “LOGOS” DO DEMIURGO. Mas o que
temos estudado até aqui é o fim universal do ente, ou ser em si, quem se
encontra encerrado em sua intimidade e é inacessível ao conhecimento do
pasu; ao pasu, em efeito, só é dado o conhecimento dos entes desde sua
exterioridade: só pode DIALOGAR com a natureza ou o mundo, tomar o
desígnio e por o sentido no ente, mas o ser em si, o ponto indiscernível, a
enteléquia potencial, há de permanecer desconhecido para ele. Jamais saberá
que foi constantemente observado “desde todas as coisas” pelo Olho, único e
múltiplo, de Abraxas.
Em resumo, aqui desejamos advertir que, sempre que se siga uma via
secreta de liberação das sete mais uma que propõe a Sabedoria Hiperbórea,
haverá algum momento em que se produzirá um enfrentamento com o
Demiurgo e que, contemplar Sua Terrível Face, pode ser perigoso se não se 45
dispõe de um valor sem limites. Mas deve ficar claro que, ainda quando não
exista a luta plantada, a visão do Dragão do Mundo por si só basta para
produzir um efeito devastador sobre o equilíbrio racional: a estrutura cultural
pode sair parcial ou totalmente destruída dessa experiência ou o sujeito cultural
pode ser fagocitado pelo “Deus de um ente” em um contexto extremamente
oblíquo; em qualquer caso, isso significa a loucura.
Assim, pois, nenhuma precaução que o virya adote será excessiva ao tratar
deste tema posto que O DRAGÃO DO MUNDO ESTEJA PRESENTE EM
TODOS OS ENTES, JÁ QUE TODOS OS ENTES FORMAM PARTE DE SEU
CORPO.
Figura 46
50
Figura 47
Por suposto que com a resposta anterior não ficou esclarecida a noção de
desígnio demiúrgico. Se o desígnio é o verdadeiro princípio de individualização
dos entes, não é por isso o ÚNICO fundamento da existência: pelo contrário,
no momento de sua designação os entes JÁ SÃO, já tem um ser em si e com
isso uma natureza específica; o que determina o desígnio é a confirmação
INDIVIDUAL desta natureza específica. Por tanto, no ato de existir, concorrem
o ente dos fins, o universal do Arquétipo e o particular do desígnio, e só poderá
ser compreendido dito ato, se se considera estruturalmente a função
simultânea de ambos os fins.
exemplo, pode-se assinalar que cada vez que o Arquétipo cão se manifestou
em um dos cinco cachorros, no primeiro grau do progresso evolutivo, o
demiurgo o nomeou, também com o “desígnio cão”, determinando-o como ente
individual.
debaixo”, mas que não conote que tal feito é uma “suposição”. Quem reúne
sem dúvida essas propriedades é o termo SOBREPOSTO, que empregaremos
adiante como sinônimo de suppositum.
56
Figura 48
Mas a natureza eqüina do ente não faz deste um cvalo individual: “esse
cavalo”; é necessário, para isso, a concorrência simultânea de uma segunda
determinação ontológica: um fim particular que causa sua individualização, um
princípio que faça de O cavalo, ESSE cavalo. Semelhante princípio não pode
ser outra coisa mais que um PLANO ATIVO, vale dizer, um PLANO CAPAZ de
converter o ente eqüino em cavalo individual apenas pelo feito de sua
subsistência. E isto é o DESÍGNIO CAVALO: um PLANO ATIVO porque é um
PLANO VIVO; um PROGRAMA animado pelo Logos, pelo Verbo do demiurgo,
perfeitamente EFICAZ para formular uma individualidade do ente eqüino; um
Plano que conforma a todo o Plano, que determina a existência de ESSE
cavalo individual em relação lógica com todo outro cavalo e com todo outro
ente; um plano que, à vez que determina a existência individual do cavalo, 57
constitui um projeto de seu DESTINO. O desígnio, em resumo, sonsiste em um
Plano ativo, vivente, capaz e eficaz, para causar a individualidade do ente e
programar seu destino. Na figura 48, mediante o modelo de desígnio
deslocado, podemos observar uma representação análoga do efeito que o
desígnio cavalo causa no ente eqüino.
O “raio‟ de uma esfera é a distância que se mede entre o ponto central (o) e 59
qualquer um dos pontos da superfície interior ou exterior: no primeiro caso, a
distância denomina-se “raio interior”; e no segundo caso, “raio exterior”: a
diferença entre a extensão ou “módulo” de ambos os raios é igual à expessura
da esfera, por dizer, à distância entre dois pontos correspondentes da
superfície interior e exterior. É claro que, de acordo com a condição
estabelecida, “de que cada esfera seja de espessura pontual”, a distinção entre
“raio interior” e “raio exterior”, carece de sentido; convém definir, em câmbio,
um “raio único”, tal que seu ponto extremo não central coincida com um ponto
da superfície esférica Y, como para cumprir com a segunda condição, “de que
não exista espaço vazio entre elas” resulta evidente que os raios das esferas
consecutivas só hão de diferir em um ponto de sua longitude ou módulo. Uma
situação semelhante se ilustrou na figura 49, onde os círculos representam aos
pontos de duas esferas consecutivas e os arcos de circunferência ou segmento
da secção de suas espessuras: nesse caso, o raio (ρ) da esfera consecutiva
interior é um ponto mesnos extenso que o raio (φ) da esfera maior.
60
Figura 49
Mas esse “conceito habitual” de cavalo, que todos entendem porque está
expresso no idioma corrente e alude ao cavalo real, a que matriz arquetípica do
desígnio cavalo corresponde? Resposta: à matriz essencial. É evidente que se
a matriz essencial é a forma sobreposta que individualiza o cavalo, a forma que
termina sua natureza eqüina e faz dele ESSE cavalo, então ESSE cavalo será
conhecido primeiramente baixo tal forma essencial: O CONCEITO HABITUAL
DE CAVALO É UMA DESCRIÇÃO ANALÍTICA DA MATRIZ ESSENCIAL DO
DESÍGNIO CAVALO, e esse “conceito habitual”, segundo vimos, é o aspecto
da verdade do cavalo que normalmente se nota na linguagem sócio-cultural
habitual, no idioma corrente. Por isso definimos mais atrás que “O CONCEITO
DE ENTE, EXPRESSADO NESSA LINGUAGEM NORMALMENTE
HORIZONTAL, PROPÕE COMO VERDADE DO ENTE A DESCRIÇÃO
ANALÍTICA DA MATRIZ ESSENCIAL”.
Agora bem, até que extremo podem chegar as diferenças qualitativas entre o
conceito habituale os conceitos oblíqüos, já tratamos ao estudar “O mito e o 64
símbolo sagrado” (pág. 93). A série formativa do desígnio é uma processão de
matrizes arquetípicas que vão do Demiurgo ao ente: no extremo da série está
sempre o Arquétipo universal do ente, o qual é um aspecto do Demiurgo, “o
Deus do ente”; daqui que ao ser esquematizada pela razão, a matriz extrema
do desígnio, a que corresponde ao Deus do ente, conforme um conceito
extremamente oblíquo, um conceito fatia cujo conteúdo se denomina “mito” e
sua representação “símbolo sagrado”. No artigo citado, para um exemplo
específico de um esquema de peixe, descreveu-se como a fantasia de um
peixe-alado poderia desencadear a emergência de um símbolo sagrado, desde
o conceito oblíquo correspondente ao Deus do ente, e à manifestação
autônoma do mito. Mas a mesma explicação poderia aplicar-se ao caso do
desígnio cavalo e seu esquema da estrutura cultural só por considerar que no
extremo da série formativa, e consequentemente no conceito oblíqüo mais
extremo, existe uma matriz virtual que corresponde a um “Deus Cavalo”, por
exemplo, a um Pégasus.
67
Figura 50
Pois bem, algo muito distinto afirma a Sabedoria Hiperbórea sobre o ouro e
o chumbo, ou qualuqer outro elemento da tabela periódica.
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Para a Sabedoria Hiperbórea, TODOS OS “ELEMENTOS” DA TABELA
PERIÓDICA SÃO MEMBROS PARTICULARES DA MESMA ESPÉCIE
“ÁTOMO” E, POR TANTO, TEM IDÊNTICO DESÍGNIO DEMIÚRGICO. Quer
dizer que o hidrogênio (1), hélio (2), lítio (3), ..., ouro (79), mercúrio (80), tálio
(81), chumbo (82), ..., urânio (92), etc., são entes atômicos que existem por
causa do mesmo desígnio demiúrgico: em cada um deles subjaz o mesmo
PLANO ATIVO, a mesma série formativa de matrizes arquetípicas. O que
diferencia aos membros da espécie átomo é o princípio de individualização,
vale dizer, a matriz essencial com a qual se individualizaram dentro da forma
específica. Assim, o “átomo de ouro” não é mais que a individualização de um
ente atômico universal, ou gravis, baizo a forma sobreposta da matriz essencial
“ouro”; e o mesmo pode afirmar-se, por exemplo, do “átomo de chumbo”, o qual
consiste em um ente atômico universal ou gravis, individualizado conforme
outra matriz arquetípica do mesmo desígnio: a matriz essencial do chumbo.
Mas é importante advertir que no “átomo de ouro” a matriz do chumbo, e
qualquer outra matriz arquetípica que não tenha influenciado ativamente no
processo de individualização, subsistem como matriz virtual; e o mesmo ocorre
com o “átomo de chumbo”, por exemplo, em cujo desígnio subsiste as matrizes
virtuais do ouro e de qualquer outra substância específica. Para a Sabedoria
Hiperbórea, pois, em oposição à Física teórica, NO OURO HÁ ALGO REAL DA
ESSÊNCIA DO CHUMBO E NO CHUMBO HÁ ALGO REAL DA ESSÊNCIA DO
OURO: SUAS MATRIZES VIRTUAIS. Tal como afirmava a Alquimia
hiperbórea, NO CHUMBO ESTÁ O OURO E NO OURO ESTÁ O CHUMBO,
REALMENTE, COMO POSSIBILIDADE DE MUDANÇA ACIDENTAL. Mas há
muito mais ainda: tanto no ouro como no chumbo, estão também todas as
matrizes virtuais dos distintos elementos da tablea periódica, o que significa
que o ouro, o chumbo, e outro elemento, poderiam fazer efetivas as qualidades
de qualquer dos restantes elementos apenas ativando a matriz virtual do
mesmo, com só subpô-la.
70
Figura 51
Por último, em E12 praticou-se uma nova incursão pela Física Hiperbórea
com o “Estudo análogo do desígnio átomo”. Comprovamos aqui que a matéria
consiste em uma única espécie de entes, cujos membros são átomos
arquetípicos individualizados segundo as distintas formas acidentais da série
formativa do desígnio átomo: a tabela periódica das substâncias elementais da
Física não é mais que uma mostra incompleta do desígnio átomo deslocado; os
átomos dos diferentes elementos da tabela só são entes individualizados
segundo as distintas matrizes arquetípicas da série formativa do desígnio:
todos os átomos que existem, qualquer que seja sua qualidade, estão
assinalados pelo Verbo do Demiurgo com a mesma Vox, com o mesmo
desígnio átomo; só varia em cada um a atividade da matriz essencial.
No geral, a resposta anterior nos diz que a forma adotada pelo movimento
energético em qualquer fenômeno rege-se NECESSARIAMENTE pelo desígnio
caracol ou pelo desígnio serpente: isto se deve a que a forma energética
conforma-se com alguma matriz arquetípica sobreposta pertencente a série
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Figura 52 (a y b)
Figura 53
77
Figura 54
78
Figura 55
80
Figura 56
conectam (no núcleo axial de conotação) com este “caminho principal” eleito
pela faculdade tradutiva para que seja percorrido por I. Como imagem
alegórica pode supor-se que o começo do caminho principal, seguido por I, é
um nó vial em que convergem e se unem os extremos de uma pluralidade de
caminhos secundários.
Primeira Parte, e tal como foi demonstrada com maior detalhe no artigo “C”, a
energia psíquica (Ep) que ATIVA a todo símbolo emergente I é um produto da
potência ativa (w) das Relações da estrutura cultural. Isto quer dizer que a
energia psíquica é um ATO da potência (w) e que, por conseqüência, o
significado também o é. Vale dizer, o significado só pode ser atual: um
significado “potencial” não significa nada; o mesmo pode dizer-se do caminho
que este percorre: um caminho só pode ser atual, só pode existir se é
“caminhado”; como disse o poeta Machado: “não há caminho, se faz caminho
ao andar”. Como é, então, que temos falado de “caminhos potenciais”,
caminhos que PODERIA tomar o símbolo I em sua emergência SE FOSSEM
ATUALIZADOS pela faculdade tradutiva? Resposta: porque o conceito de
“caminhos potenciais” é imprescindível para explicar a alegoria do “significado 84
como caminho”, ainda que ao empregá-lo estamos, em verdade, outorgando
significado a algo que só é concebível como possibilidade; o caminho REAL é o
ATUAL: os “caminhos potenciais” são IRREAIS, ainda que possíveis.
Analisemos o que nos diz a figura 57. A curva ELIX representa o caminho do
significado contínuo tomado pelo sujeito consciente durante sua evolução
progressiva.
92
Figura 57
93
Figura 58
Para compreender esta relação “de um a quatro” que existe entre os pontos
monarque e tetrarque, há que ter bem presente a analogia de significado
COMO caminho.
Figura 59
Observemos que, mais pra lá das analogias que suscita “o significado como
caminho”, os pontos monarque e tetrarque correspondem respectivamente a
ATOS REAIS do sujeito consciente e do Eu perdido. Tais “pontos”, em efeito
são símbolos que representam o ATO do sujeito ou do Eu em um momento
dado de seu acontecer: os “pontos”, então, são a expressão atual das
essências respectivas. Por um lado, sendo o tempo imanente a ESSÊNCIA do
sujeito consciente, o monarque é o INSTANTE ATUAL de dito tempo; vale
dizer, O “INSTANTE” É A FORMA DO ATO TEMPORAL. Por outra parte
sendo à vontade a essência do Eu perdido, o tetrarque é o MOMENTO ATUAL
do modo voluntário egóico; mas o tetrarque tem forma tripla: com outras
palavras, O MOMENTO TETRARQUE DO EU, O ATO VOLITIVO ADQUIRE
SUCESSIVAMENTE TRÊS FORMAS CARACTERÍSTICAS: durante a fase (α) 96
o ato adquire a forma da BUSCA; durante a fase (β) o ato adquire a forma de
OPÇÃO; e durante a fase ( ) ou (δ) o ato volitivo tem a forma evidente de uma
DECISÃO.
97
Figura 60
Instante imanente, M1, M2, M3, etc., o Eu perdido efetua as três fases de um ato
volitivo correspondente T1, T2, T3, etc. Isto significa que a VELOCIDADE
RELATIVA do Eu perdido é, pelo menos, três vezes maior que a do sujeito
consciente.
tem DUAS ENTRADAS, a distomia de uma espada que esta tem DOIS FIOS,
etc.; daqui que se qualifique o caminho LABRAELIX de DISTÔMICO e que a
curva LABRAELIX, que se bifurca em cada ponto, denomine-se FUNÇAO
DISTÔMICA.
regido pelo número quatro; inversamente, só ocorrer que o número quatro rege
inconscientemente a percepção do Eu e determina a cardinalidade do
pensamento. As quatro estações, os quatro pontos cardeais, os quatro ventos,
os quatro elementos, as quatro idades, etc., são divisões arbitrárias do real
causadas pela forma “tetrárquica da esfera de sombra”.
de sua finalidade com uma velocidade muito maior que a desenvolvida até
então pelo processo evolutivo do Arquétipo Manu, gerando com isso uma DOR
sem precedentes no mundo; o Demiurgo concedeu autorização, como
contrapartida, para que os Siddhas Traidores permaneçam no Universo do Uno
até o Mahapralaya.
Aparece assim uma nova espécie sobre a Terra: o VIRYA, o homem semi-
divino. No sangue do virya, como herança genética dos Siddhas Traidores,
subsiste o Símbolo de Origem que resigna, apenas com sua presença, o
símbolo sagrado do pasu, presente no desígnio pasu: quanto mais puro é o
sangue hiperbóreo do virya tanto mais potente é o Símbolo de Origem para
resignar o símbolo sagrado do pasu e superar as tendências animais de sua
própria herança genética. E esta presença resignadora do Símbolo de Origem
é a que causa a extraordinária aceleração evolutiva da esfera de consciência
do virya.
Tal plano constava de duas fases, uma das quais consistia em plasmar o
Símbolo de Origem no sangue do virya por meio da chave genética, e a outra
no aprisionamento espiritual, por dizer, na introdução de “uma força poderosa”
no seio do sujeito consciente: o Eu perdido, sua essência volitiva.
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Figura 61
Convém assinalar também que, por razões que se explicará mais adiante, a
runa gibur recebe certos nomes característicos de acordo a sua disposição. Tal
como se mostra na figura 62, se a runa gibur se dispõe com os três braços
para cima denomina-se TRIDENTE DE POSEIDON ou, não com tanta
propriedade, TRÍSULA DE SHIVA, e representa a arma dos Siddhas.
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Figura 62
Por outra parte, se a runa gibur se dispõe com os três braços para baixo,
chama-se ESPADA DE WOTAN, e representa a arma dos viryas despertos.
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