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Fase Anal
Fase Fálica
Período de Latência
Fase Oral
Período: de 0 a 1 ano aproximadamente.
Fase Anal
Fases de birras.
Fase Fálica
Fase de Latência
Fase Genital
É levando os objectos à boca que o bebé explora o meio envolvente. A sucção, necessária à
alimentação, emancipa-se progressivamente dessa função, tornando-se por si mesma uma fonte de
prazer, de gratificação libidinal. Com a dentição, a actividade oral diversifica-se: morder e mastigar
enriquecem a panóplia de formas de exploração oral – agora mais agressiva – dos objectos.
As actividades orais são também fonte de potenciais conflitos. O conflito mais significativo deste
estádio tem a ver com o processo de desmame.
Uma excessiva frustração dos impulsos erógenos ou um excesso de satisfação desses mesmos
impulsos podem conduzir a um resultado semelhante: a fixação. Por fixação no estádio oral entende-se
ficar psicologicamente preso a formas de obtenção do prazer que se centram na boca, nos lábios e na
língua.
Por exemplo, a criança que durante o estádio oral procura meter quase tudo o que encontra na boca
pode tornar-se um adulto crédulo, que acredita em tudo o que lhe dizem, “engolindo” tudo. Ou a criança
que tem grande prazer em morder pode tornar-se um adulto sarcástico, possuidor de um humor “mordaz”.
Mas a criança pode reagir às excessivas exigências de higiene e limpeza de outra forma: em vez de
reter as fezes e de infligir sofrimento a si própria, revolta-se contra a dureza e repressão do treino,
expelindo-as nos momentos menos apropriados. Freud fala, neste caso, por generalização simbólica, de
carácter expulsivo-anal.
Segundo Freud, a criança, a partir de determinada altura, desenvolve uma forte atracção sexual pelo
progenitor do sexo oposto e sentimentos agressivos e de hostilidade em relação ao progenitor do mesmo
sexo. É, no plano da fantasia e a nível inconsciente, a primeira experiência de amor heterossexual. No
caso dos rapazes, o desejo de afastar o pai e de ficar com a mãe só para si é um conflito
inconsciente denominado complexo de Édipo.
O rapaz receia, tem pavor de que o pai castigue o seu desejo sexual pela mãe retaliando de forma
severa. E que forma mais severa do que cortar o mal pela raiz? O rapaz teme que o seu pai o castre
eliminando assim a base ou a fonte dos seus impulsos. Ao temor inconsciente de perder os órgãos
genitais deu Freud o nome de “ansiedade de castração” ou “complexo de castração”. Esta fantasia da
criança tem, de acordo com Freud, efeitos positivos: dá-se o recalcamento do desejo sexual incestuoso e
forma-se um mecanismo de defesa chamado identificação. O rapaz irá imitar e interiorizar as atitudes e
comportamentos do pai. Ser como o pai fará com que este pareça menos ameaçador. Identificando-se
com o pai (com os aspectos desejáveis do pai) o rapaz transforma os seus perigosos impulsos eróticos
em afecto inofensivo pela mãe ao mesmo tempo que, de uma forma indirecta, satizfaz os seus impulsos
sexuais a respeito da mãe. Na verdade, a identificação com o pai tem subjacente uma
limitação fundamental (só o pai pode ter relações sexuais com a mãe), embora, se certa forma
simplesmente simbólica, permita ao rapaz, através do pai, ter acesso à mãe (quanto mais se parecer com
ele mais facilmente se pode imaginar, inconscientemente, no lugar do pai).
A limitação referida é interiorizada sob a forma de tabu do incesto para cuja formação contribuem o
sentimento inconsciente de culpa desenvolvida pelo Superego e as restrições sociais. Freud sublinha
que a repressão do complexo de Édipo ou, mais propriamente, a sua ultrapassagem marca a etapa
final do desenvolvimento do Superego. Este será o herdeiro do complexo de Édipo e a instância que
se ergue contra o incesto e a agressividade.
O estádio de latência é o período da vida dos 6 aos 11 anos marcado por um acontecimento
significativo: a entrada na escola e a consequente ampliação do mundo social da criança. Recalcadas no
inconsciente, as conturbadas experiências emocionais do estádio fálico não a parecem perturbar. É como
se não tivessem acontecido. Esta amnésia infantil liberta a criança da pressão dos impulsos sexuais. A
curiosidade da criança centra-se agora no mundo físico e social e não no seu corpo. A energia libidinal é,
a bem dizer, sublimada, isto é, convertida em interesse intelectual e canalizada para as actividades
escolares, as práticas desportivas, jogos e brincadeiras. Normalmente, o grupo de pares é constituído por
crianças do mesmo sexo, uma escolha que reforça a identidade sexual da criança. A ultrapassagem bem
sucedida deste estádio é possível se a criança, agora mais independente dos pais no plano afectivo,
desenvolver um certo grau de competência nas actividades que a atraem e naquelas que lhe são
socialmente impostas.
Vários intérpretes de Freud consideram que o estádio de latência é mais uma pausa do que um
período de desenvolvimento psicossexual (não há nenhuma área específica do corpo do corpo que pose
ser destacada como zona erógena e nenhum conflito psicossexual). Outras interpretações sugerem que
nesta fase, sobre a qual Freud pouco disse, as crianças aprendem a esconder a sua sexualidade do olhar
desaprovador dos adultos. Seja como for, a relativa emancipação em relação ao universo familiar prepara
o caminho para que o afecto e a atracção sexual assumam uma forma adulta.
O estádio genital é um período em que conflitos de estádios anteriores podem ser revividos. Freud
dá importância especial à reactivação do complexo de Édipo e à sua liquidação. A passagem da
sexualidade infantil à sexualidade madura exige que as escolhas sexuais se façam, de forma realista e
segundo a norma cultural, fora do universo familiar, sendo os pais suprimidos enquanto objectos da libido
ou do impulso sexual.
3. ESTÁGIO FÁLICO: Começa em algum momento do terceiro ano de vida e continua até o
final do 5º ano aproximadamente. Interesse sexual, estimulação e excitação na área genital.
OBJETIVOS: Consiste em concentrar o interesse erótico na área e nas funções genitais. Essa
concentração coloca os fundamentos para a identidade de gênero e serve para integrar os
resíduos de estágios anteriores numa orientação sexual predominantemente genital. O
estabelecimento da situação edípica é essencial para o fomento de identificações
subsequentes, que servem de base para importantes e duradouras dimensões da organização
do caráter.
TRAÇOS PATOLÓGICOS: É bastante complexa, abrangendo quase todo o desenvolvimento
neurótico. Os problemas centram-se na castração nos homens e, na inveja do pênis nas
mulheres. Outro foco de distorções evolutivas nesse período deriva dos padrões de
identificação desenvolvidos sem a resolução do complexo de Édipo. A influência da ansiedade
de castração e da inveja do pênis, as defesas contra ambas e os padrões de identificação
surgidas na fase fálica são os determinantes primários do caráter humano. Também incluem e
integram os resíduos de estágios psicossexuais anteriores, de modo que as fixações ou
conflitos derivados de quaisquer estágios precedentes podem contaminar e modificar a
resolução edípica.
TRAÇOS DE CARÁTER: Este estágio proporciona a formação de um senso de identidade
sexual, de um sentimento de curiosidade, não apenas sobre pessoas e objetos do ambientes,
mas também sobre os processos internos e os impulsos. A resolução do conflito edípico no
final do período fálico desperta poderosos recursos internos para a regulação dos impulsos e
sua orientação para fins construtivos. Essa fonte de regulação é o superego, que se embasa
em identificações originalmente derivadas das figuras parentais.
SISTEMAS DE PERSONALIDADE
SEGUNDO SIGMUND FREUD
EGO
Não está presente no início da vida do indivíduo, devendo ser desenvolvido. É
geneticamente
uma parte do Id adequadamente modificada pela proximidade e contato com o mundo externo.
Funciona como escudo protetor contra tudo aquilo que ameaça o aparelho mental..Enquanto
sistema, encontra-se principalmente voltado para o meio externo, sendo instrumento perceptivo
básico daquilo que surge de fora. Constitui-se no órgão sensorial de toda a personalidade, é
receptivo também às excitações provenientes do interior do sujeito. É durante o seu
funcionamento que surge o fenômeno da consciência.
Sua incumbência é observar o mundo externo, estabelecendo um quadro do mesmo nos
traços da memória. Para tal é preciso que se separe o que é oriundo do mundo externo,
daquilo que provém de fontes internas ).
Cabe a ele também controlar os impulsos provenientes do Id à motilidade. Este controle é
efetuado, principalmente pela atividade do pensamento. Este se impõe no Ego , entre o
impulso e a ação. Retira do Id a energia (libido) para exercer tais funções. Para tanto, utiliza-se
de subterfúgios (mecanismos de defesa) ou seja, identifica-se com o objeto do desejo libidinal,
desviando para sí próprio a libido do Id.
Os tipos podem existir sem que haja a presença de patologia. Aliás, através de seu estudo, não
é possível desvendar nenhum aspecto marcante relativo à gênese nem das neuroses nem das
psicoses. Os tipos puros, onde predomina o investimento libidinal em uma única instância
psíquica não são, em geral propensos a conflitos psíquicos condicionantes da neurose ou
psicose.
Entretanto, no caso de desenvolvimento de perturbações na personalidade, os tipos eróticos
evoluiriam para a histeria, enquanto que os tipos obsessivos voltar-se-iam predominantemente,
para a neurose obsessiva. As pessoas de tipo narcisista,
pela independência que mostram em relação ao mundo externo, estariam mais propensas à
psicose, além do fato de poderem apresentar alguns fatores essenciais que o condicionam à
criminalidade.
MECANISMOS DE DEFESA
No processo de evolução do nosso psiquismo, passamos por diversas etapas para nos
adaptarmos às nossas percepções, ou seja, tudo que percebemos no mundo externo e
elaboramos internamente para que possamos construir nossa personalidade. Para tanto, de
acordo com Freud, necessitamos de alguns mecanismos para mantermos o nosso equilíbrio
principalmente quando a libido concentra-se em determinados “espaços psíquicos” e nos
“intima” a emitir determinados comportamentos que, nem sempre são aceitos socialmente.
Assim, utilizamos vários “mecanismos de defesa do ego”. É importante lembrar também que
todos nós, em certos momentos, lançamos mão desses mecanismos e isto não constitui
nenhum mal. A patologia só se manifesta quando deixamos de racionalizar nossos
comportamentos e não conseguimos mais distinguir o que é um mecanismo temporário de
defesa, de um estado permanente (dentro do mecanismo). Exemplo: é perfeitamente normal
um adulto se sentir irritado, frustrado, triste, quando perde uma competição pela qual estava
treinando há bastante tempo. É perfeitamente compreensível se este adulto chorar, às vezes
até em público, pela perda (mecanismo de regressão) porém, deixa de ser normal e passa a
ser patológico, se este adulto chorar a cada situação cotidiana em que seus desejos não sejam
atendidos. Portanto, vamos entender melhor estes mecanismos:
4. NEGAÇÃO: Implica na percepção do mundo tal como a pessoa desejaria que ele fosse e
não como ele é. O devaneio, e o sonho acordado do adulto é uma forma de negação da
realidade. Muitas vezes para se adaptar ao meio social somos levados a utilizar este
mecanismo diante de evidências visíveis, dizemos que não estamos com raiva quando, na
verdade, estamos sentindo e manifestando uma cólera intensa.
Nasceu em 6 de maio de 1856 em Freiberg –Tchecoslováquia. Seus pais eram judeus – viveu
83 anos – aos 4 anos sua família mudou-se para Viena onde viveu quase todo o resto de sua
vida. Saiu aos 82 anos para morar em Londres, onde morreu em 23 de setembro de 1939.
Freud era o mais velho dos oito filhos nascidos do segundo casamento de seu pai. Tinha 2
meio-irmãos do primeiro casamento. No entanto, era o primeiro filho de sua mãe e o mais
querido (“meu Sigi de ouro”). Seus pais depositaram todas as expectativas confiando em sua
capacidade intelectual. Ao mudarem-se para Viena, a Freud foi destinado um pequeno cômodo
para seu uso exclusivo na casa, que deveria acomodar oito pessoas, havia além daquele
escritório, apenas mais três quartos. Embora ficasse separado do resto da casa, isso não o
impedia que o som dos exercícios de piano de sua irmã chegasse até ele e o atrapalhasse. Por
isso, uma possível carreira de pianista foi interrompida, em favor dos estudos do jovem Freud.
Casou-se em 1886 com Martha Bernays de quem estava noivo há 4 anos. Aos 67 anos um
câncer no maxilar o obrigou a uma sofrida operação à qual se seguiram outras 32
intervenções. Nessa época, morreu um de seus netos prediletos cujo sentimento de perda o
fez perder também o prazer de viver. Sofreu as perseguições como todos os judeus.
A importância das fases
psicossexuais do desenvolvimento
infantil, segundo Freud, para melhor
proteger o psiquismo da criança e
do adolescente.
Exegese psicanalítica propiciadora de completa efetividade ao
art. 17, do ECA
Emerson Odilon Sandim
Elaborado em 03/2011.
I - INTRODUÇÃO
O fenômeno do nascimento do animal e do homem é marcado por significativa distinção
psíquica, uma vez que naquele a organização sexual é representada pelo cio, neste
último, por sua vez, tem-se sexualidade a partir de sua vinda ao mundo, porém sua
genitalização ocorrerá por volta dos 11 anos de idade.
Daí porque, em plena Era Vitoriana (1), para o espanto de uma sociedade dotada de
valores morais pautados por excessiva rigidez, Freud observou a presença de sexualidade
na infância, ou seja, não que o petiz expressasse esta erotização por meio dos órgãos
genitais, mas sim que estas pulsões sexuais encontravam guarida em etapas pré-genitais.
Neste trabalho iremos demonstrar as etapas do desenvolvimento psicossexual,
nomeando-as e as circundando com uma aproximada faixa etária, assim como
exemplificando possíveis fixações do adulto nestas organizações sexuais parciais e as
marcantes condutas daí decorrentes.
Sublinharemos, ainda, que se os cuidadores do infante – aqui incluídas as figuras
parentais próximas dele: pai, mãe, avós, tios, babás, etc - , conhecerem estas etapas
ajudarão na formação de um aparelho psíquico mais sintonizado com a centralidade que
se espera de um homem da contemporaneidade e, com isso, o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) - mormente quanto ao Art. 17, que dispõe: " O direito ao respeito
consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos
valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. " (grifou-se) -, seria dotado de
uma efetividade bem mais realística.
3 – CONCLUSÃO
É observável que as pulsões sexuais não se realizam por inteiro até que se dê a
culminância da fase genital. Antes disso a organização sexual é parcial, isto é, a
erotização ou está voltada para a boca (fase oral), para o ânus (fase anal) ou para o pênis
(fase fálica), sem contudo significar uma realização sexual genitalizada. Bem por isso é
que Freud denominou tais etapas de pré-genitais, ocorrendo o direcionamento da pulsão
sexual integral somente quando da fase genital.
Deste contexto, pode se extrair duas expressivas conseqüências, que se bem entendida
pelos cuidadores das crianças, evitar-se-iam problemas psíquicos porvindouros. Ei-las:
a) enquanto o sujeito está na fase pré-genital, como mencionado acima, a erotização volta-
se à uma determinada região corporal mais específica (zona erógena), entrementes, estas
descargas sexuais não significam qualquer indício de cópula. Então, se um adulto ver duas
crianças de sexo oposto tirando suas roupas, não deverá olhar tal ato com a visão
pornográfica, mas sim com uma percepção de que eles apenas estão se conhecendo, por
estarem, possivelmente, na fase fálica.
O mesmo raciocínio dá-se com a masturbação infantil, que geralmente escandaliza mães
e pais, que, se soubessem sobre a pré-genitalização entenderiam que esta fricção nada
tem com uma idéia sexual-genital, mas sim está ligada a uma erotização desaguadora de
prazer, tão somente isso.
b) Na fase genital, esta sim, abarcada pelo direcionamento da pulsão sexual completa,
com alvo na organização sexual também otimizada, o interesse do sujeito, divorcia-se de
um até então auto erotismo, para a busca de objeto sexual diverso de si. Ocorrendo aí a
procura dos grupos para neles, por meio de um processo de identificação, encontrar auto
afirmação, mormente em famílias mais castradoras.
Em suma, o vislumbre da psicossexualidade servirá de norte para todos aqueles que tem o
mister de zelar de crianças, conferindo-lhes roteiro seguro para se evitar indesejáveis
recalcamentos que, no futuro, poderá ser a gênese de inumeráveis neuroses patogênicas;
bem como significará o completo entendimento do gizado no Art. 17, do ECA.
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Roudinesco E. Dicionário de Psicanálise. Verbete: Estádio. Rio de Janeiro. Ed. Jorge
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