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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLÓGICAS


DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA

Matemática Aplicada à Engenharia de Controle e Automação

ESTUDO DIRIGIDO

Resı́duos e Pólos

Prof. Júlio César do Espı́rito Santo

f (z) = 1/z

Ouro Preto, 17 de Novembro de 2018

1
Orientações Gerais
Este estudo dirigido deve servir de material complementar a disciplina e
resolução das listas de exercı́cios propostos, bem como ao trabalho T3 Parte
1 no sistema Moodle. O minucioso estudo do conteúdo aqui presente também
irá auxiliá-lo nas demais avaliações da disciplina.

1 Singularidades
Um ponto z0 ∈ C é um ponto singular de uma função f se f deixa de ser
analı́tica em z0 , mas é analı́tica em algum ponto de toda vizinhança de z0 .
Um ponto singular z0 é isolado se, adicionalmente, existe uma vizinhança de
z0 através do qual f é analı́tica, exceto no próprio ponto z0 .
A função 1/z é um exemplo simples de uma função com uma singularidade
isolada em z = 0.
A função
z+1
,
z 3 (z 2 + 1)
tem três singularidades isoladas nos pontos z = 0 e em z = ±j .
A origem é uma singularidade da função log(z) que não é isolada pois
toda vizinhança da origem contém pontos do eixo real negativo e log(z) não
é analı́tica nestes pontos.
A função 1/sen(π/z) tem pontos singulares z = 1/n com n = ±1, ±2, ±3, · · ·
e z = 0, todos se encontrando sobre o eixo real entre os pontos −1 e 1. To-
dos esses pontos singulares são isolados, exceto o ponto z = 0 pois toda
vizinhança da origem contém algum dos outros pontos singulares. Desenhe
essa situação.
Quando z0 é um ponto singular isolado de f , existe um número positivo r1
tal que a função é analı́tica em cada ponto de z para o qual 0 < |z −z0 | < r1 .
Neste domı́nio a função é representada por uma série de Laurent

X
cn (z − z0 )n (1.1)
n=−∞

2
onde 0 < |z − z0 | < r1 e
1 f (z)dz
Z
cn = ,
2πj C (z − z0 )n+1
para n = 0, ±1, ±2, ±3, · · · e C qualquer curva fechada simples em torno
de z0 , descrita no sentido positivo, tal que f seja analı́tica sobre C e em seu
interior, exceto possivelmente no próprio ponto z0 .
Em particular

1
Z
c−1 = f (z)dz,
2πj C
que é o coeficiente de 1/(z − z0 ) na expansão em séries de Laurent é cha-
mado de resı́duo de f na singularidade isolada z0 , denotado por Res[f, z0 ].
Exemplo:
A função
5z − 2
z(z − 1)
tem duas singularidades isoladas. Uma em z = 0 e outra em z = 1.
A Série de Laurent de f (z) em torno de z = 0 é obtida a partir da soma
da série geométrica
1
= 1 + z + z2 + z3 + z4 + · · ·
1−z
com |z| < 1.
Escrevendo

5z − 2 5z − 2 −1
     
1 2
= = 5− =
z(z − 1) z z−1 z 1−z
 
2
1 + z + z2 + z3 + z4 + · · · =

= −5 +
z
2
= − 3 − 3z − 3z 2 − 3z 3 − 3z 4 − · · ·
z
Portanto,

5z − 2 2
= − 3 − 3z − 3z 2 − 3z 3 − 3z 4 − · · ·
z(z − 1) z
3
para 0 < |z| < 1
Note que Res[f, 0] está destacado na Série de Laurent acima.

Por outro lado, a Série de Laurent de f (z) em torno de z = 1 é obtida a


partir da soma da série geométrica
1
= 1 + z + z2 + z3 + z4 + · · ·
1−z
com |z| < 1, a qual foi adaptada (trocando z por z − 1) para
1
= 1 − (z − 1) + (z − 1)2 − (z − 1)3 + (z − 1)4 − · · ·
1 + (z − 1)
com |z − 1| < 1.
Como (extraindo os inteiros da fração à esquerda abaixo) temos a igual-
dade
5z − 2 3
=5+ ,
z−1 z−1
podemos escrever que

5z − 2
  
3 1
= 5+ =
z(z − 1) z−1 1 + (z − 1)
 
3
1 − (z − 1) + (z − 1)2 − (z − 1)3 + · · · .

= 5+
z−1
Portanto,

5z − 2 3
= + 2 − 2(z − 1) + 2(z − 1)2 − 2(z − 1)3 + · · ·
z(z − 1) z−1
para 0 < |z − 1| < 1.
Note que Res[f, 1] esta destacado na Série de Laurent acima.

2 O Teorema do Resı́duo
Teorema 1 (Teorema do Resı́duo) Seja C uma curva fechada simples
sobre a qual e em seu interior uma função f seja analı́tica, exceto em um

4
número finito de pontos singulares, z1 , z2 , · · · , zn , no interior de C . Então
Z X n
f (z)dz = 2πj Res[f, zk ],
C k=1

onde C está orientada positivamente.

Exemplo: Seja a função


−1 1 1
f (z) = = − .
(z − 1)(z − 2) z − 1 z − 2
Vamos inicialmente escrever as Séries de Laurent em torno das singularidades
z = 1 e z = 2.
Para z = 1 temos que :

−1 1 1 1 1
= − = − =
(z − 1)(z − 2) z − 1 z − 2 z − 1 (z − 1) − 1
1 −1 1 1
= − = + =
z − 1 1 − (z − 1) z − 1 1 − (z − 1)
1
= + 1 + (z − 1) + (z − 1)2 + (z − 1)3 + (z − 1)4 + · · ·
z−1
para 0 < |z − 1| < 1. Daı́, Res[f, 1] = 1.

Figura 1: Região de Convergência da série de Laurent

Para z = 2 temos que :

5
−1 −1 1 −1 1
= + = + =
(z − 1)(z − 2) z − 2 (z − 2) + 2 − 1 z − 2 1 + (z − 2)
−1
= + 1 − (z − 2) + (z − 2)2 − (z − 2)3 + (z − 2)4 − · · ·
z−2
para 0 < |z − 2| < 1. Daı́, Res[f, 2] = −1.

Figura 2: Região de Convergência da série de Laurent

Pelo Teorema dos Resı́duos


dz
Z
= 2πj(Res[f, 1] + Res[f, 2]) = 2πj(1 − 1) = 0,
|z|=5/2 (z − 1)(2 − z)

pois |z| = 5/2 contém as duas singularidades de f em seu interior. (Dese-


nhe!) Pelo Teorema dos Resı́duos
dz
Z
= 2πjRes[f, 1] = 2πj · (1) = 2πj
|z|=3/2 (z − 1)(2 − z)

pois |z| = 3/2 contém apenas singularidade z = 1 de f em seu interior.


(Desenhe!) E
dz
Z
=0
|z|=1/2 (z − 1)(2 − z)

pois f é analı́tica sobre a curva |z| = 1/2 e em seu interior (desenhe!), e pelo
Teorema de Cauchy-Goursat, a integral é zero!

6
Figura 3: Curva |z| = 1/2

Figura 4: Curva |z| = 3/2

Figura 5: Curva |z| = 5/2

7
\ Exercı́cio. 1 Calcule a integral
5z − 2
I
dz,
C z(z − 1)
onde C é a circunferência |z| = 2 orientada no sentido anti-horário. Dica:
Este exercı́cio foi feito em sala!

3 Classificação de Singularidades
Vamos agora classificar as singularidades isoladas z0 , observando as séries de
Laurent (1.1) em torno deste ponto.

Definição 1 Uma singularidade isolada z0 é uma


singularidade removı́vel de f se a série de Laurent não possui po-
tencias negativas não nulas de z − z0 , isto é, se c−n = 0, para todo n =
1, 2, 3, 4, · · ·;
pólo de ordem m de f se a série de Laurent possui um número finito
de potências negativas não nulas de z − z0 , sendo que c−m 6= 0 e c−(m+1) =
c−(m+2) = c−(m+3) = · · · = 0;
Observe que um pólo de ordem m = 1 é chamado pólo simples;
singularidade essencial quando a série de Laurent possui um número
infinito de potências negativas não nulas de z − z0 .

Exemplos:
A função
z 2 − 2z + 3 3
= 2 + (z − 2) + ,
z−2 z−2
com |z − 2| > 0, possui um pólo simples em z = 2 e seu resı́duo é 3.
A função
senh(z) 1 11 1 1
4
= 3+ + z + z3 + · · · ,
z z 3! z 5! 7!
com |z| > 0, possui um pólo de ordem 3 em z = 0 e seu resı́duo é 1/6.
A função
  X +∞ −n
1 z 1 1 1 1
exp = =1+ + 2
+ 3
+ 4
+ ··· ,
z n=0
n! z 2!z 3!z 4!z

8
com |z| > 0, possui uma singularidade essencial em z = 0, com resı́duo
1.
A função
exp(z) − 1 z z2 z3
f (z) = = 1 + + + + ··· ,
z 2! 3! 4!
com |z| > 0, possui uma singularidade removı́vel em z = 0. Se fizermos
f (0) = 1, a função torna-se inteira.

4 Resı́duos e Pólos
Teorema 2 Dada uma função f suponha que para algum inteiro positivo m
a função
φ(z) = (z − z0 )m f (z)
possa ser definida em z0 de forma que ela seja analı́tica em z0 e φ(z0 ) 6= 0.
Então f tem um pólo de ordem m em z0 e seu resı́duo pode ser definido por

Res[f, z0 ] = φ(z0 ) = lim (z − z0 )f (z), (4.1)


z→z0

se m = 1 e
φ(m−1) (z0 )
Res[f, z0 ] = , (4.2)
(m − 1)!
se m > 1.

Observação 1: A fórmula acima pode ser reescrita assim:


1 dm−1
Res[f, z0 ] = lim m−1 [(z − z0 )m f (z)],
(m − 1)! z→z0 dz
se m > 1.
Observação 2: O caso particular em que a função f (z) tem a forma
p(z)
f (z) = ,
q(z)
onde p e q são ambas analı́ticas em z0 e p(z0 ) 6= 0, podemos calcular o
resı́duo de f em z0 , se z0 for um pólo simples de f , por meio da fórmula
p(z0 )
Res[f, z0 ] = (4.3)
q 0 (z0 ),
9
desde que q 0 (z0 ) 6= 0.
Exemplo 1:
A função
e−2z
f (z) = 3
z
possui um pólo de ordem 3 na origem. Neste caso,

φ(z) = z 3 f (z) = e−2z .

Temos que

φ0 (z) = −2e−2z ⇒

φ(2) (z) = 4e−2z ⇒ φ(2) (0) = 4e−2·0 = 4.

Portanto, φ(2) (0) = 4.


Assim, de acordo com a observação 1 acima,

φ(2) (0)
Res[f, 0] = =2
2!
Exemplo 2:
A função
z+1
f (z) =
z2 + 9
possui um pólo simples em z = 3j e seu resı́duo é

z+1 z+1 z+1 3−j


Res[f, 3j] = lim (z−3j) = lim (z−3j) = lim = .
z→3j z 2 + 9 z→3j (z − 3j)(z + 3j) z→3j z + 3j 6
Procedendo como acima é fácil provar que Res[f, −3j] = (3 + j)/6.

Exemplo 3:
Para ilustrar o uso da fórmula
p(z0 )
Res[f, z0 ] = ,
q 0 (z0 ),
vamos considerar a função

f (z) = cotg(z).

10
Esta função tem pólos simples em z = nπ , com n = ±1, ±2, ±3, · · ·.
Escrevendo p(z) = cos(z) e q(z) = sen(z), obtemos

p(nπ) cos(nπ)
Res[f, nπ] = = =1
q 0 (nπ) cos(nπ)

5 Aplicações - Cálculo de Integrais


Vamos agora, ilustrar com um exemplo dos mais simples, como calcular
integrais impróprias de funções racionais.
Exemplo: Calcular a integral
Z +∞
dx
2
.
−∞ x + 1

Solução:
Se o número complexo z estiver sobre o eixo real, teremos

+∞ R
dx dz
Z Z
= lim . (5.1)
−∞ x2 + 1 R→∞ −R z 2+1

A função
1 1
f (z) == ,
z2
+ 1 (z − j)(z + j)
possui pólos simples nos pontos z = ±j .
Seja CR o semicı́rculo |z| = R do semiplano Im(z) ≥ 0, de centro na
origem e raio R. Assumindo R > 1, o contorno formado pelo segmento de
reta −R ≤ Re(z) ≤ R; y = 0, seguido de CR , contem o pólo simples z = j ,
cujo resı́duo é:
1 1
Res[f, j] = lim(z − j)f (z) = lim = .
z→j z→j z + j 2j
Pelo Teorema do Resı́duo, temos então

R
dz dz 1
Z Z
2
+ = 2πj · =π (5.2)
−R z + 1 CR z2 + 1 2j
Por outro lado, pela desigualdade triangular, |z 2 + 1| ≥ |z|2 − 1 implica
em

11
1 1
|f (z)| = ≤ ,
|z 2 + 1| |z|2 − 1
e assim, como sobre CR temos |z| = R,
Z
dz 1 πR
Z

≤ |dz| = 2 .
2 2
R − 1 CR R −1
CR z + 1

Isto mostra que

dz
Z
lim = 0;
R→∞ CR z 2 + 1

logo, passando ao limite com R → ∞ em (5.2), obtemos


Z +∞
dx
2
= π.
−∞ x + 1
Observação: Este procedimento pode ser aplicado a funções racionais
na qual a diferença entre o grau do denominador e o grau do numerador é
maior que 2. Isto garante a convergência das integrais impróprias envolvidas.
Vamos agora seguir com algumas informações sobre a convergência destas
integrais.

Definição:
Seja f uma função contı́nua. Dizemos que a integral imprópria
Z ∞
f (x)dx (5.3)
−∞
é convergente se existem os limites
Z 0 Z R
lim f (x)dx e lim f (x)dx. (5.4)
R→∞ −R R→∞ 0

12
Neste caso, a integral converge para a soma dos limites acima e escrevemos
Z ∞ Z 0 Z R
f (x)dx = lim f (x)dx + lim f (x)dx.
−∞ R→∞ −R R→∞ 0

Definição:
Outro número associado a integral (5.3) é o Valor Principal de Cauchy,
denotado e definido por
Z ∞ Z R
V.P. f (x)dx = lim f (x)dx,
−∞ R→∞ −R

desde que o limite à direita exista.

Pode-se verificar algumas afirmações:

• Se a integral (5.3) converge, então o valor obtido é o Valor Principal de


Cauchy.

• Existem integrais (5.3) que não convergem, mas ainda assim possuem o
Valor principal de Cauchy. Por exemplo se f (x) = x, o valor principal é
zero, mas os limites em (5.4) não existem. Logo, a integral não converge,
embora exista o valor principal de Cauchy.

• Se f é uma função par; isto é, f (−x) = f (x) e o valor principal da


integral (5.3) existir, então a integral (5.3) converge.
(Justificativa: quando f é uma função par, temos
Z 0 Z R
1 R
Z
f (x)dx = f (x)dx = f (x)dx.
−R 0 2 −R
e a existência do Valor Principal de Cauchy implica na existência dos
dois limites que definem a convergência de (5.3).)

• Detalhando melhor o que foi dito na observação acima, suponha agora


que a função no integrando de (5.3) seja do tipo f (x) = p(x)/q(x) onde
p(x) e q(x) são polinômios reais sem fatores em comum e que q(x) não
tenha zeros reais. Se o grau de q(x) for pelo menos duas unidades maior
que o grau de p(x), então a integral (5.3) converge.

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Exercı́cios:

1. Use resı́duos para provar que as integrais abaixo convergem para os va-
lores indicados. Considere a > 0.

∞ ∞
dx π dx π
Z Z
(a) = (b) = √
0 x2 + 1 2 4
−∞ x + 1 2

∞ ∞
x2 dx π dx π
Z Z
(c) = (d) =
0 (x2 + 1)(x2 + 4) 6 0 (x2 + 1)2 4

∞ ∞
x2 dx π dx π
Z Z
(e) = (f) =
0 (x2 + 9)(x2 + 4)2 200 0 x6 + 1 6

∞ ∞
cos(ax)dx π −a xsen(ax)dx π −a
Z Z
(g) = e (h) = e sen(a)
0 (x2 + 1) 2 0 x4 + 4 2

2. Determine o valor principal de Cauchy de cada uma das seguintes inte-


grais convergentes.
Z ∞ Z ∞
dx xdx
(a) 2
(b) 2 2
−∞ x + 2x + 2 −∞ (x + 1)(x + 2x + 2)

∞ ∞
x2 dx xsenxdx
Z Z
(c) 2
(d) 2 2
−∞ (x + 1) −∞ (x + 1)(x + 4)

∞ ∞
senxdx cos xdx
Z Z
(e) 2
(f) 2 2
; com b > 0
−∞ x + 4x + 5 −∞ (x + a) + b

π; −π/5; π/2; .24352; −(π/e)sen2

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3. Use resı́duos para estabelecer as seguintes fórmulas de integração.
Considere para os itens (b) e (d) que −1 < a < 1; no item (e), que
b > 1 e no item (f) que n ∈ N.

2π 2π
dθ 2π dθ 2π
Z Z
(a) = (b) =√ ;
0 5 + 4senθ 3 0 1 + a cos θ 1 − a2

2π π
cos2 (3θ)dθ 3π cos(2θ)dθ πa2
Z Z
(c) = (d) = ;
0 5 − 4 cos(2θ) 8 0 1 − 2a cos θ + a2 1 − a2

π π
dθ πa (2n)!π
Z Z
(e) = ; (f) sen2n (θ)dθ = .
0 (b + cos θ)2 (b2 − 1)3/2 0 22n (n!)

4. Prove que a integral converge para o valor indicado.

∞ ∞
2x2 − 1 π cos(x) π
Z Z
(a) dx = (b) dx =
0 x4 + 5x2 + 4 4 2
−∞ (x + 1)
2 e

5. Após uma pesquisa, prove que


Z ∞
senx π
dx =
0 x 2

Referências
[1] Ruel Vance Churchill;J. W. Brown & R. F. Verhey, Complex Varia-
bles and Applications - Third Edition - International Student Edition -
McGraw-Hill - 1974

[2] Geraldo S. S. Ávila, Funções de uma Variável Complexa - Rio de Janeiro


- LTC -1977

[3] V iswanathan; https://gandhiviswanathan.wordpress.com/ acessado em


28 de maio de 2018 as 17:58h.

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