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Trabalho de Direito das Sucessões

Professora: Rachel Louise Braga Delmas Leoni Lopes de Oliveira


Nome: Yang Silva Encarnação DRE: 115052712

Testamento e suas espécies


Pode-se dizer que o testamento é um negócio jurídico unilateral; personalíssimo,
revogável (CC, 1858) e solene. Esse ato de vontade por meio do qual uma pessoa, em
vida, dispõe de seus bens, devendo atender assim a vontade do testador e não a de seus
herdeiros, ainda, a título de sua importância, o ordenamento jurídico pátrio atribuiu status
de importância do testamento no direito sucessório.
Frise-se que a herança tem que ser aceita (CC, 1.804) e o legado tem que ser
pedido (CC, 1.923), o testamento possui formas originárias e especiais, as quais serão
apresentadas mais adiante.
Preliminarmente, tem-se que a capacidade de testar encontra um obstáculo legal,
o qual se percebe pela legítima, a qual corresponde a 50% dos bens de direito aos
herdeiros necessários do testador, inclusive companheira(o), vide interpretação
constitucional. Não havendo a existência de tais herdeiros necessários, o testador pode
dispor da totalidade de seu patrimônio.
Importante salientar, que o testamento também pode dispor sobre questões de
cunho existencial, como o testamento que versa sobre a verificação e reconhecimento de
paternidade. No ordenamento jurídico pátrio existem testamentos ordinários e
excepcionais. Sendo três ordinários: o Testamento Público, Cerrado e o Testamento
Particular e, três especiais: o Marítimo, Aeronáutico e o Militar.
Sobre a capacidade, os incapazes não podem testar, com exceção dos maiores de
16 anos e menores de 18 anos do art. 4º, inciso I do CC, bem como, os pródigos do art.
4º, IV do CC, posto que o testamento só surte efeitos para depois da morte. O cerne da
questão da capacidade é saber se o indivíduo possuía pela capacidade quando da
celebração do testamento, conforme o art. 1.861 do CC.

Testamento Público
Quando o testador vem a falecer, caso seja seu testamento público, quando da
emissão das certidões do de cujus no Cartório de Títulos e Documentos será verificada a
existência de seu testamento — ou seja, o testamento público é uma escritura pública.
Não sendo possível a priori que este testamento ordinário prossiga na esfera extrajudicial,
devendo ser feita sua distribuição antes do inventário.
Analisado o testamento, o testamenteiro assina o fim deste testamento, o qual será
validado em juízo e juntado ao inventário para que sejam dados seus efeitos, com a
extinção do processo de testamento. Tal testamento consta na classe dos testamentos
ordinários, sendo a figura mais comum do rol dos atos de última vontade. Dos seus
requisitos formais, deve ser escrito por tabelião ou se substituto legal em livro de notas
lavrado o instrumento, o qual será lido em voz alta pelo mesmo tabelião ao testador e
duas testemunhas, sendo por todos assinado entre outras disposições em respeito ao art.
1864 do CC. Contemplados pelo texto legal os cegos e surdos, conforme artigos 1.866 e
1.867 do CC.
Sobre as testemunhas testamentárias: no mínimo duas, maiores de dezesseis anos,
alfabetizadas, com capacidade para os atos da vida civil, que conheçam o testador e que
sejam capazes de compreender a língua portuguesa. Excluídas de serem testemunhas: os
cônjuges ou companheiros (art. 228 do CC), os descendentes, os ascendentes e os
colaterais por consanguinidade, até o terceiro grau, das partes envolvidas.
E, em suma, não podem fazer testamento cerrado: os analfabetos, os surdos-mudos
(CC, art. 1.872 do CC) e os cegos (art. 1.867 do CC). Fato curioso, o cônsul e outras
autoridades diplomáticas são revestidas da atribuição de realizar o testamento público
(18, LINDB). Sendo o entendimento jurisprudencial no seguinte sentido de exaltar a
legitimidade necessária ao tabelião designado para lavrar escritura pública:
TABELIÃO.LEGITIMIDADE E RESPONSABILIDADE.
Hipótese em que o testamento foi anulado judicialmente por
inobservância de formalidade legal inerente ao ato típico do
tabelião, causando prejuízos patrimoniais ao autor.
Responsabilidade civil pessoal e objetiva do tabelião, ainda que
à época dos fatos fosse tabelião designado, exercendo o cargo a
título precário. Artigos 37, § 6o e 236 da Constituição Federal.
Precedentes jurisprudenciais.

Testamento Cerrado, secreto ou místico


De forma simplória, pode-se analisar o testamento cerrado como sendo aquele
testamento que está fechado, também conhecido como secreto ou místico, o qual pode ser
escrito pelo próprio testador, ou por outrem, a pedido seu, cuja validade dependerá da
aprovação de tabelião ou de seu substituto legal, oficial este que verificará se tal
instrumento respeita as formalidades devidas, em leitura silenciosa. Ato contínuo, será
lido auto em voz alta para o testador e as testemunhas, sendo silenciado o conteúdo do
testamento, o qual será lacrado e levado a registro. Jurisprudência sobre a questão:
TESTAMENTO CERRADO. FALTA DE ASSINATURA DA
TESTADORA EM TESTAMENTO DATILOGRAFADO POR
UMA SOBRINHA, QUE APARECE NA RELAÇÃO DE
HERDEIROS. i. Por mais elástica que possa ser a interpretação
em matéria testamentária, de modo a fazer prevalecer a vontade
do testador, não é possível admitir o testamento cerrado,
datilografado por outra pessoa, no caso uma sobrinha, ausente a
assinatura do testador, que é requisito essencial nos termos da lei
(art. i.638, li, do Código Civil). 2. Recurso especial não
conhecido. (STJ - T3 - Terceira Turma, REsp. 163.617/RS,
Relator Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO,
DJ 24/04/2000, julgado em o6/10/1999).

Após, o testamento cerrado será devolvido ao testador, mantendo-se apenas no


livro de notas do cartório, seu registro de existência, constando, lugar, dia, mês e ano em
que o testamento foi aprovado e entregue ao testador, que após seu falecimento, somente
poderá ser aberto pelo juiz competente. Estando seus requisitos essenciais nos artigos
1.868 a 1875, do Código Civil e, caso não respeitados, o testamento padecerá de nulidade.
Seus requisitos essenciais são cédula testamentária; o ato de entrega, o auto de
aprovação (a autenticação) e o cerramento, conforme dispõe o art. 1.864 do CC. O
português é língua obrigatória apenas para o ato de sua aprovação, com a tradução para a
língua nacional, quando da sua necessidade, porém não precisa ser escrito nesta, em vista
do artigo 1.871 do Código Civil.
Ademais, poderá ser escrito por testador surdo-mudo, contanto este escreva
integralmente seu testamento, e o assine a mão, entregando ao testamento ao oficial
público, diante de duas testemunhas, escrevendo ainda, na face externa do papel ou do
envoltório, que aquele é o seu testamento e que requer sua aprovação (artigo 1.873 do
Código Civil).
No entanto, de acordo com o artigo 1.872 do Código Civil, estão impedidos de
testar por meio cerrado quem não saiba ou não possa ler, porque não poderão ver ou ler a
transcrição, para se certificarem se o que foi ditado está registrado por aquele quem, a seu
rogo, redigiu o documento.
No testamento cerrado, desde o momento em que o testador entrega ao tabelião a
cédula testamentária, a solenidade não poderá ser suspensa ou interrompida, a não ser em
casos excepcionais como na ocorrência de breves e momentâneas interrupções por falta
de energia elétrica, ou para remediar necessidades físicas do testador, ou tabelião, ou de
uma das testemunhas.

Testamento Particular ou holográfico


Modalidade testamentária menos praticada, por ser menos seguro, pois não
precisar ser registrado em cartório previamente. Sua vantagem está na rapidez de
elaboração, facilidade e na gratuidade do feito, contudo, isso o torna mais frágil e
suscetível questionamentos sobre sua validade, bem como, a fraudes.
Uma peculiaridade está no número de testemunhas, três, em vista da referida
insegurança desta forma testamentária, ainda, quando escrito de próprio punho, o qual
deve ser lido e assinado por essas, que o subscreverão. Em processo mecânico, não admite
rasuras ou lacunas em branco, por fim, após leitura das três testemunhas, deverá ser
assinado pelo testador. Disposições presentes no CC,1.876.
O Superior Tribunal de Justiça decidiu sobre isso:
Será inválido o testamento particular redigido de próprio punho
quando não for assinado pelo testador. De fato, diante da falta de
assinatura, não é possível concluir, de modo seguro, que o
testamento escrito de próprio punho exprime a real vontade do
testador. REsp 1.444.867-Df, rei. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, 23.9.14. 3ª T. (lnfo 551)

Pós morte do testador, será publicado em juízo o testamento a citar os herdeiros


legítimos (1.877, CC). Sendo possível a elaboração de tal testamento em língua
estrangeira, desde que as necessárias três testemunhas compreendam a leitura do
testamento no respectivo idioma. Sendo um de seus requisitos de autenticidade, de acordo
com o julgado, no sentido de flexibilizar o “formalismo obsoleto” do texto legal:
Testamento particular. Requisito do art. 1645, II, do Código
Civil. Não havendo dúvida quanto à autenticidade do documento
de última vontade e conhecida, induvidosamente, no próprio, a
vontade do testador, deve prevalecer o testamento particular, que
as testemunhas ouviram ler e assinaram uma a uma, na presença
do testador, mesmo sem que tivessem elas reunidas, todas,
simultaneamente, para aquele fim. Não se deve alimentar a
superstição do formalismo obsoleto, que prejudica mais do que
ajuda. Embora as formas testamentárias operem como jus
cogens, entretanto a lei da forma está sujeita ã interpretação e
construção apropriadas às circunstancias. Recurso conhecido,
mas desprovido. (STJ, REsp. n° i.422/RS, Relator Ministro
CUEIROS LEITE, DJ 04/03/1991, julgado em 02/10/1990).

Testamento Marítimo
Iniciando as espécies de testamento especiais presentes no art. 1886 do CC, a fim
de compreender o instituto do testamento marítimo, percebe-se a mudança conceitual do
Código Civil de 1916 para o diploma legal de 2002. Posto que antes era “o último ato de
vontade ocorrido a bordo de navios de guerra ou mercantes, em viagens de alto-mar”,
tendo sido retirada a expressão “viagem em alto mar”, ampliando assim o rol de pessoas
capazes para testar tal instrumento.
A partir disso, o testamento marítimo pode ser praticado por tripulantes e
passageiros. Tanto nas viagens em alto-mar, como em rios e lagos de grandes dimensões,
diante de real risco à vida dos embarcados, o atendimento destas disposições pode
invalidar o instrumento. Disposto no art. 1.888 do CC nos seguintes termos:
"Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra
ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de
duas testemunhas, por forma que corresponda ao testamento
público ou ao cerrado".

Demais, quando assemelhado testamento ao público, deve ser lavrado pelo


comandante, o qual foi revestido de função notarial, diante a presença de duas
testemunhas, sendo levado seu registro ao livro do diário de bordo.
Já, o último ato de vontade unilateral; isto é, o testamento, semelhante ao cerrado,
pode ser realizado pelo próprio testador e deve ser entregue ao comandante na presença
de duas testemunhas com plena capacidade de entender o ato de vontade do testador.

Testamento Aeronáutico
Realizado dentro de um avião de espécie militar ou comercial, seus requisitos são
os mesmos do marítimo. A exceção do comandante que pilota participar da elaboração
do testamento, por motivos óbvios, devendo o ser chamada outra pessoa para apreender
as informações que contem na lavratura do testamento. E suas condições de caducidade
estão presentes no artigo 1.891 do CC:
“Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador
não morrer na viagem, nem nos noventa dias subsequentes ao seu
desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinária,
outro testamento”

Demais, da não possibilidade de o testador assinar o testamento, quem realizou


instrumento irá declarar, assinado pelo testador e a sua vontade. O simples decurso de
tempo dos 90 dias não é fato essencial para tornar ineficaz o testamento aeronáutico, pois
sua invalidação se dará quando da realização de testamento posterior. Termo inicial da
caducidade: o último dia da viagem, desconsiderando-se desembarques, não se levando
em considerando os lapsos temporais de desembarque circunstancial.
Ainda, se o testador sofrer gravame que o impossibilite de testar novamente, tal
testamento que poderia caducar diante das circunstâncias do referido art. 1891 do CC,
não caducará, prevalecendo assim como último ato válido e eficaz de sua vontade.

Testamento Militar
Por último, o testamento militar, aquele realizado por militares do Exército,
Marinha e Aeronáutica, ou outras pessoas a serviço das Forças Armadas em campanha,
como médicos, telegrafistas, engenheiros, que estejam participando de operação dentro
ou fora do país.
Deverá este ser escrito pelo seu testador de próprio punho sendo obrigado a
colocar nele a data futura e assina-lo. Sua entrega será feita ao auditor ou oficial de patente
que irá inserir em qualquer parte do instrumento o dia e ano que foi apresentado, essa
entrega será feita perante duas testemunhas que assinarão junto ao oficial abaixo da
informação colocada pela autoridade. Por força de lei, não caduca.
O testamento do militar público será realizado no tabelião do próprio quartel, já o
militar escrito é realizado pelo próprio testador, na presença de duas testemunhas e
validado pelo oficial de patente, enquanto que o nuncupativo é realizado de forma oral,
que em momento de perigo realiza o testamento para duas testemunhas.

Substituição Testamentária
É a disposição testamentaria na qual o testador dispõe uma pessoa para receber,
no todo ou em parte, sua herança ou legado, havendo como intermediário temporário
outro beneficiário, como se percebe a seguir.

Substituição Vulgar
É quando o testador escolhe outra pessoa para substituir o herdeiro testamentário
originário, este substituto pode ser qualquer pessoa e tal substituição deve ser realizada
de forma expressa. Neste caso, ocorre o direito de representação dos sucessores do
substituto quando de sua morte. Sua caducidade se dá nos casos: a) quando o primeiro
nomeado aceita a herança ou o legado; b) quando não se verifica a condição suspensiva
imposta à substituição; b) quando o substituto falece antes do instituído ou do testador;
d) quando o substituto se torna incapaz de receber por testamento, ou vem a renunciar a
herança ou o legado.

Substituição Fideicomissária
Ocorre quando o fideicomitente deposita a confiança em um beneficiário para que
outro beneficiário remoto fique com o fideicomisso. Há três modalidades de fideicomisso:
o fideicomisso vitalício, quando a substituição ocorre com a morte do fiduciário; o
fideicomisso a termo, ocorre no momento prefixado pelo testador e o fideicomisso
condicional, depende do implemento de condição resolutiva.
Por exemplo, quando um avô deixa um patrimônio para seu neto, havendo as
figuras do primeiro beneficiário (responsáveis legais pelo neto), isto é, o fiduciário e o
fideicomissário, o neto. Fica limitado o fideicomisso à metade legitima e ao segundo
grau pela substituição.
Sendo os requisitos: dupla vocação, posto que os dois beneficiários se tornaram
beneficiários da herança, cada um a seu momento; ordem sucessiva; instituição em favor
de pessoas não concebidas ao tempo da morte do testador e a obrigação de conservar para
depois restituir. Essencial que tais beneficiários sejam pessoas diferentes, podendo
suceder os filhos, netos ainda que não concebidos no momento da abertura sucessão, ou
seja, da morte do testador.
É importante ressaltar que o fiduciário pode realizar todos direitos e deveres
inerentes à coisa, o fideicomisso, conforme concordância do fideicomissário e responder
pelos deveres, os encargos provenientes. Acerca da extinção do fideicomisso, pode-se
dizer é nulo o fideicomisso que vá além do segundo grau, invalidando a cláusula
determinante da substituição. Ocorre também a caducidade do fideicomisso que advém
de causas alheias à vontade do fideicomitente ou testador, pois tornam o testamento
ineficaz ao se verificar.
Causas de caducidade: ausência do fideicomissário; incapacidade testamentaria
passiva; renúncia do fideicomissário; perecimento total do bem sujeito ao fideicomisso,
sem que tenha havido culpa ou dolo do fiduciário; conversão do fideicomisso em
usufruto.

Referências
FIGUEIREDO, Luciano; FIGUEIREDO, Roberto. Coleção Sinopses para Concursos:
Direito Civil – Família e Sucessões. Coord. GARCIA, Leonardo de Madeiros.
JusPodivum: 2015.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro volume 7: Direito das Sucessões.
11. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

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