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CURSO DE
MOTRICIDADE OROFACIAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 3.0
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CURSO DE
MOTRICIDADE OROFACIAL
MÓDULO III
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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8 MASTIGAÇÃO
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física são obtidos. Ao morder o alimento e colocá-lo na boca, duas metas devem ser
atingidas: esse alimento deve ser reduzido a partículas muito pequenas para serem
deglutidos e a saliva deve ser misturada a esse alimento, para formar o bolo
alimentar (Felício, 1999). Cattoni (2004, p. 277) salienta que os objetivos da
mastigação são:
“Fragmentar os diversos alimentos e prepará-los para a deglutição e
digestão;
Promover ação bacteriana sobre os alimentos para formar o bolo
alimentar;
Proporcionar o desenvolvimento dos ossos maxilares e
Manter os arcos dentários com o estímulo funcional.”
A mandíbula tem articulações bilaterais com anatomia igual, sendo formadas
por duas hemiarcadas simétricas, portanto, deve ter condições para funcionar
igualmente de ambos os lados, por isso o padrão mastigatório deve ser bilateral
alternado (Marques Jr e Lenci, s/d). Se a mandíbula tem condições para tal, o
padrão bilateral alternado, multidirecional, é o modelo de mastigação fisiológico ideal
do ser humano, pois é apropriado para o estímulo de todas as estruturas de suporte,
para a estabilidade da oclusão e para a limpeza dos dentes (Marques Jr e Lenci,
s/d). Esse padrão é fundamental para a manutenção do equilíbrio oclusal, pois
promove uma distribuição uniforme das forças mastigatórias no tecido que suporta
os dentes, o que não acontece quando a mastigação é unilateral. Um padrão correto
de mastigação promove também sincronia nas atividades dos músculos da
mastigação, contribuindo para um desenvolvimento, crescimento e estabilidade dos
arcos dentários, além de permitir o desenvolvimento normal e equilibrado da
mandíbula. Além de mastigar bilateralmente, os lábios devem estar fechados, sendo
considerado assim um padrão maduro de mastigação (Cattoni, 2004, Marques Jr e
Lenci, s/d, Pastana, Costa e Chiappetta, 2007). Esse padrão só é conseguido na
presença de dentes, de equilíbrio oclusal, de contatos prematuros ou da ausência de
interferências dentais, de um bom funcionamento e estabilidade das ATM e da
maturação neuromuscular (Bianchini, 2005), ou seja, é necessário ter condições
anatômicas adequadas e saúde dos dentes. A mastigação bilateral alternada é
essencial na prevenção dos distúrbios miofuncionais, pois estimula constantemente
a musculatura orofacial, com isso contribui para que a face fique harmoniosa, sendo,
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portanto, de grande importância no crescimento crânio facial (Pastana, Costa e
Chiappetta, 2007).
Vamos relembrar como ocorre o ato mastigatório - no lado de trabalho, o
atrito oclusal produzirá um esforço mastigatório com intrusão fisiológica dos molares
ao canino, levantando muito pouco o plano oclusal de trás para frente. Ao mesmo
tempo, no lado do balanceio, a mandíbula caminha abaixo e os dentes perdem
ligeiramente o contato oclusal no final da excursão lateral mandibular. Procuram,
então, o contato com o antagonista, sofrendo uma compensação fisiológica, a qual
levará dente e osso alveolar a uma busca de contato oclusal com os dentes
antagonistas neste momento. Quando a mastigação for bilateral e alternada,
ocorrerá intrusão fisiológica do lado de trabalho e compensação fisiológica do lado
de balanceio, estabelecendo, desta forma, uma situação do plano oclusal ideal. Essa
é a melhor condição para obtermos o equilíbrio fisiológico do sistema mastigatório
(Marques Jr e Lenci, s/d). Durante a mastigação bilateral, alternam-se os lados e
com isso realizam-se rotações condilares mandibulares. A alternância dos lados é
importante para que ocorra desgaste simétrico dos dentes, estimulação de maneira
proporcional das duas articulações temporomandibulares, além de estimular o
crescimento facial harmônico (Oncins, Freire e Marchesan, 2006). O que ocorre
então quando a mastigação não é ideal?
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dentofacial; estimula apenas as estruturas do lado do trabalho, impedindo assim que
do lado do balanceio ocorre desgaste fisiológico das
cúspides dentárias, podendo ocorrer interferências
oclusais bem como a instalação de placas bacterianas. O
crescimento dentofacial inadequado ocorre, pois mastigar
de um lado só, favorece maior desenvolvimento
posteroanterior da mandíbula do lado do balanceio e maior
desenvolvimento da maxila do lado do trabalho, isto se
deve a disfunção neuromuscular, levando a pessoa a
apresentar uma assimetria muscular. (Douglas, 2002,
Cattoni, 2004, Pastana, Costa e Chiappetta, 2007). Veja
exemplo na figura F.2. Uma mastigação unilateral pode
levar também a assimetria das bochechas, pois o lado que
está sendo usado para mastigar fica hipertrófico, além de
a musculatura apresentar maior potência do lado do
trabalho, principalmente o bucinador, masseter e temporal,
já a musculatura do lado do balanceio tem a força
diminuída e fica mais alongada (Cattoni, 2004).
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oclusais do balanceio que impedem os movimentos de lateralidade (Felício, 1999,
Cattoni, 2004).
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posteroanterior de língua durante a mastigação, pois a musculatura periorbicular,
auxiliada pelo músculo mentual, entra em hiperfunção para conter o movimento da
língua.” Esse padrão de mastigação é observado em paciente com face longa, que
apresentam os músculos da face estirada e hipofuncionante.
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8.9 MASTIGAÇÃO ANTERIORIZADA
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As medidas de abertura de boca variam dependendo dos dados das pesquisas – Bianchini (1998) encontrou
entre amplitude de abertura de 45 a 60mm para o adulto, Ríspoli e Bacha (1998), apresentaram dados de 40 a
45mm, Rodrigues (2000) 40mm, portanto aqui usei a medida mínima e a máxima citadas.
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sistema estomatognático poderão estar comprometidas (Bianchini, 2005). A dor é
um sintoma associado às DTM, principalmente durante a mastigação, o que
compromete esta função, pois os movimentos mandibulares ficam limitados. O que
ocorre geralmente é o paciente passar a utilizar alimentos mais pastosos e engolir
os alimentos rapidamente. Na DTM todas as fases da mastigação estão
comprometidas, o ritmo mastigatório é lento, com movimentos mandibulares
predominantemente verticais. O padrão mastigatório mais frequente apresentado por
esses pacientes é o unilateral, e geralmente do lado da ATM comprometida, pois o
movimento condilar deste lado apresenta menor amplitude, com isso evita traumas
(Cattoni, 2004).
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1- Análise das estruturas
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atuação do dentista ou ortodontista deve ser anterior ao nosso trabalho (Bianchini,
2005).
Descrição da tipologia facial e relação posteroanterior das bases
ósseas – a mastigação está associada ao tipo de face. Pacientes com face longa
apresentam uma musculatura menos potente, a mastigação é mais lenta ou com
menor vigor, já na face curta, observa-se geralmente mastigação mais vigorosa, com
ritmo mais intenso, maior facilidade de vedamento labial e utilização do mecanismo
bucinador. A mastigação nestes casos não é alterada, mas sim adaptada ao tipo de
face. Na retrognatia, no prognatismo também pode-se observar adaptações à
mastigação, para aumentar o espaço funcional intraoral (Bianchini, 2005).
Verificação dos movimentos mandibulares – o avaliador deve solicitar a
realização lenta da abertura, fechamento, lateralização e movimento mandibular
protrusivo. Observar: ocorrência de desvio no percurso, limitações em sua amplitude
e/ou presença de ruídos articulares. A medida da abertura máxima da boca é
realizada com um paquímetro ou uma régua pequena (10cm), verificando-se na
vertical, mesmo se houver desvio intenso na abertura (Bianchini, 2005).
Análise das funções estomatognáticas – avaliar a respiração,
deglutição e fonoarticulação (Bianchini, 2005).
2- Avaliação funcional da mastigação – após a verificação das estruturas,
realiza-se a avaliação da mastigação propriamente dita, que deve ser realizada com
alimento. O alimento ideal é o que favoreça a visualização da mastigação e que não
cause atipias erroneamente (Junqueira, 2005). Os alimentos mais utilizados para
avaliar-se a mastigação é o pão francês ou a maçã. Durante a mastigação, o
avaliador deve observar (Bianchini, 2005, p.56):
Movimentos mandibulares quanto à direção e amplitude;
Utilização dos músculos orbicular da boca e bucinador;
Preferência do lado de mastigação ou utilização bilateral;
Excursão condilar e ruídos articulares durante os ciclos mastigatórios;
Apoio ou modificação da posição de cabeça auxiliando o movimento
mandibular e
Relação com a respiração e deglutição.
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Junqueira (2005) complementa que se deve observar
Como foi o corte do alimento;
Com que dentes ele mordeu e qual o tamanho do alimento que ele
colocou na boca;
Mastiga com lábios fechados ou abertos;
Mastiga com ou sem ruídos;
Interposição do lábio inferior;
Mastiga dos dois lados com alternância.
Em relação à avaliação das estruturas Felício (1999, p. 96) salienta que elas
devem ser “avaliadas de acordo com suas características morfológicas, o papel que
desempenham em diferentes situações e o relacionamento com os diferentes
componentes do sistema, tomando-se como parâmetros os padrões de normalidade
e considerando-se as suas variações.” Na avaliação da mastigação propriamente
dita, o primeiro aspecto a ser observado é se a pessoa consegue morder ou se corta
o alimento em pedaços para colocar na boca, se morde, quais os dentes utilizados
para esta função.
Muitas vezes é necessário outros exames para completar o diagnóstico
diferencial, necessitando muitas vezes de uma reunião de caso com os profissionais
que estão atendendo o paciente, definindo-se o diagnóstico, o tratamento e a
hierarquia de trabalho. Após a coleta de todos os dados é preciso analisar se existe
relação entre os diferentes aspectos coletados, a partir das conclusões, definem-se
as metas terapêuticas.
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que se deve fazer o seguinte questionamento: Existe relação entre as desordens?
Se existem, quais? Respondida essa questão, elabora-se a proposta terapêutica.
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Em relação ao uso de objetos artificiais, Bianchini (2005) afirma que esses
objetos promovem um aumento de massa e tônus muscular, mas não trabalham a
mastigação em sua fisiologia normal, pois não ocorre trituração e pulverização; os
ciclos mastigatórios são sempre iguais, mesma amplitude e mesma força,
consequentemente a musculatura mastigatória é utilizada de maneira excessiva ou
deletéria; o aumento do tônus adquiridos por meio desses exercícios costuma
perder-se com a falta de treino, como é uma “coisa” artificial, não entra na rotina do
paciente. Quando os exercícios são realizados com alimentos, torna-se natural, e
como A FUNÇÃO QUE MANTÉM O TÔNUS, o tônus que aumentou, continua. Usar
alimentos de consistência variada para trabalhar a função mastigatória, é o mais
adequado, pois facilita o controle da função, garantindo o aprendizado e
consequente modificação funcional.
Durante os treinos de mastigação a musculatura deve ser trabalhada
intensamente, com treino de mastigação unilateral (mastigar uma porção de um lado
e a porção seguinte do outro, alternando os lados) no início, para que o paciente
perceba melhor a musculatura e os movimentos utilizados. Assim que ele tem o
controle básico da mastigação, o paciente pode passar a mastigar bilateralmente
com alternância (Bianchini, 2005).
Não podemos esquecer que às vezes é necessário adequar o tônus da
língua, relaxar a musculatura perioral, quando faz uso exagerado desta musculatura;
se apresentar respiração oral, sendo que esta pode ser a causa de uma mastigação
inadequada, deve-se corrigi-la, ou seja, não podemos pensar somente na
mastigação, mas ver o paciente como um todo, adequando outras funções, se
houver necessidade.
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9 DEGLUTIÇÃO
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1. A mordida está aberta devido a interposição da língua ao deglutir ou se
a língua se interpõe porque a mordida está aberta, devemos fazer este
questionamento. Marchesan (2005) afirma que a maior parte dos autores acredita
que devido à mordida aberta, a língua é projetada na deglutição e não o contrário.
Nas hipotonias ou tamanho desproporcional da língua, também se observa
interposição.
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A hiperfunção do mentual pode ser observada através de “furinhos” que se formam
no queixo, sinal da tensão do músculo (Cattoni, 2004, Marchesan, 2005).
5. Deglutição com interposição do lábio inferior – pacientes que
apresentam distanciamento vertical ou horizontal dos dentes superiores em relação
aos inferiores, necessitam interpor o lábio inferior para que ocorra vedamento da
cavidade oral. Esse vedamento é necessário para garantir uma adequada pressão
intraoral, facilitando a ejeção do bolo alimentar para a orofaringe (Marchesan, 2005).
6. Deglutição com movimento de cabeça – problemas na mastigação
podem levar o paciente a apresentar durante a deglutição, movimentos
compensatórios de cabeça, geralmente com estiramento da musculatura anterior da
cabeça. O paciente leva a cabeça para trás, retificando o tubo por onde passa o
alimento, assim, facilita a descida do bolo alimentar (Cattoni, 2004, Marchesan,
2005).
7. Deglutição com ruídos - deve-se primeiramente verificar se o ruído é
durante a mastigação ou na deglutição. O ruído durante a deglutição é ocasionado
pelo movimento exagerado da parte média da língua contra o palato duro, no
momento da passagem do bolo da cavidade oral para a orofaringe. Geralmente, este
movimento exagerado ocorre por uma hipotonia da ponta para a parte média da
língua e assim ela fica baixa, ou quando o terço inferior da face aumentou muito,
levando a língua a um posicionamento de ponta baixa e parte média alta durante a
deglutição (Cattoni, 2004, Marchesan, 2005).
8. Com resíduos após deglutir – a causa mais comum de resíduos na
cavidade oral após a deglutição é a hipotonia ou hipofuncionalidade do bucinador,
com isto, o alimento cai no vestíbulo durante a mastigação. O bucinador tem a
responsabilidade de manter o alimento em cima dos dentes, se ele estiver flácido ou
sem função, não consegue segurá-lo e o alimento vai para o espaço entre os dentes
e a bochecha. A diminuição da quantidade de saliva na boca é outra causa, pois
com pouca saliva fica mais difícil a formação do bolo alimentar. Outras causas são
alterações da mobilidade ou propriocepção da língua, falta de percepção do alimento
na boca. Este problema não é da deglutição em si, mas vai interferir na deglutição
(Cattoni, 2004, Marchesan, 2005).
Segundo Marchesan (2005, p. 64) estas são as características mais
encontradas, citadas na literatura, porém outras poderão ser encontradas, e “o mais
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importante é, antes de simplesmente classificá-la como deglutição atípica, tentar
compreender como e por que ocorre de determinada forma e não de outra.”
Também se deve entender se a alteração encontrada é devido à deglutição estar
alterada, ou se é decorrente de outra função alterada.
A observação da face, da postura do paciente, é fundamental, pois se pode
prever como será a deglutição, e após a avaliação, Marchesan (2005, p. 64) salienta
que se deve perguntar:
“Será a forma de deglutir que observamos a responsável pela má
oclusão que o paciente apresenta?
Ou será ela, a deglutição, consequência da má oclusão?
Não estará a deglutição adaptada ao padrão esquelético?
Será que a deglutição não é consequência de outra etiologia, como,
por exemplo, projeção anterior da língua por aumento das tonsilas palatinas?”
Ou seja, devemos sempre analisar: é a forma que está alterada e com isso
interfere na função ou a função está alterada e interferiu na forma? Respondendo
este questionamento, inicia-se o processo terapêutico.
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FONTE: Disponível em: <http://www.jornallivre.com.br/images_enviadas/a-importancia-do-trabalho-
em-c.jpg>. Acesso em: 18 set. 2010.
“Não avalie, portanto, só o
que se vê, descrevendo a
ação isoladamente. Lembre‐
9.3 AVALIANDO A DEGLUTIÇÃO se que o posicionamento da
língua e a deglutição
mudam conforme a forma e
as outras funções, havendo
uma adaptação do
posicionamento da língua.”
Cattoni (2004, p. 288) salienta que “o objetivo da
“A deglutição pode ser a
avaliação fonoaudiológica não é somente registrar as consequência e não a causa
do problema.”
alterações encontradas, mas compreender seu Marchesan, 2005, p. 64
significado, bem como detectar quando possível as
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causas dos distúrbios, e se presentes, dos hábitos orais deletérios.”
Alguns fatores devem ser considerados na avaliação da deglutição, pois a
forma de deglutir depende destes fatores:
Características craniofaciais;
Oclusão e mordida;
Idade;
O que se deglute;
Tônus;
Propriocepção.
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tratamento ortodôntico, sinais e/ou sintomas de alterações nas articulações
temporomandibulares, condições de oclusão, tipo de aparelho ortodôntico, obstrução
respiratória orgânica e frênulo da língua muito curto, nestes casos deve ser proposto
outro tipo de intervenção ou intervir num momento mais adequado (Bacha, 2004).
Inicialmente deve-se trabalhar a propriocepção e a conscientização do seu
problema, por último a sistematização do padrão novo. A motivação envolve o
paciente e sua família, visando fortalecer a autonomia do paciente, deve ocorrer
durante todo o processo terapêutico. A conscientização envolve o
autoconhecimento, a compreensão da fisiologia, levando o paciente a perceber o
seu padrão alterado (Cattoni, 2004, Bacha, 2004, Marchesan, 2005).
Desenvolvendo a propriocepção – essa etapa da terapia tem o objetivo
de levar o paciente a perceber como é à deglutição dele, quais compensações ele
usa. Como as funções orofaciais são automáticas, nesse momento, é necessário
que ele se observe, se perceba e perceba como está mastigando, deglutindo,
respirando, com isso ele poderá se perceber, que é o primeiro passo do processo
terapêutico.
Conscientização do problema – já falamos acima, é a parte que
devemos mostrar a normalidade, os aspectos fisiológicos das funções orofaciais,
conhecer as estruturas orofaciais. Aqui podem ser utilizados livros com ilustrações,
quando possível é interessante apresentar animações, que já temos disponíveis no
mercado (Swallowing2, Homem virtual3).
Treino muscular - pode ser utilizado os recursos da terapia
miofuncional orofacial (TMO) e/ou mioterapia orofacial (M). Na TMO trabalha-se com
os músculos por meio da modificação da função, ou funções orofaciais, na
mioterapia, a ação é aplicada na musculatura orofacial por meio de exercícios
(Bacha, 2004). A realização de exercícios isolados, sem conexão com a função,
deve ser evitada, pois pode não ter significado para o paciente, e com isso, ele não
o realiza (Cattoni, 2004).
Aprendizagem dos padrões adequados - esta etapa envolve a
realização, de forma consciente e dirigida, de cada etapa das funções orofaciais.
2
Swallowing – Blue Tree Publishing Inc. www.bluetrepublishing.com
3
Projeto Homem Virtual/Telemedicina FMUSP. Disponível em:
<http://www.projetohomemvirtual.com.br/>. Acesso em: 21 set. 2010.
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Trabalha-se com a função – mastigando alimentos, que pode ser mudado a
consistência e a deglutição do bolo alimentar.
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