Sei sulla pagina 1di 14

INTRODUÇÃO

O Romantismo foi um movimento cultural que surgiu inicialmente na Grã-Bretanha e na


Alemanha, como reacção ao culto da razão do Iluminismo, um pouco mais tarde em França,
nos países do sul e na Escandinávia espalhando-se depois por toda a Europa e Estados
Unidos da América. É um estado da sensibilidade europeia entre finais do séc. XVIII e
princípios do séc. XIX. O seu nome deriva de "romance" (história de aventuras medievais),
que tiveram uma grande divulgação no final de setecentos, respondendo ao crescente
interesse pelo passado gótico e à nostalgia da Idade Média.

Foi originalmente um movimento de facto revolucionário que adoptou as ideias políticas e


filosóficas elaboradas pelo século das Luzes: livre expressão da sensibilidade e afirmação
dos direitos do indivíduo. Mas o romantismo, para lá da sua oposição à estética clássica,
quer revelar a parte do homem oculta pelas convenções estéticas e sociais.

Muito variada nas suas manifestações, essencialmente ao nível da literatura e das artes
plásticas, esta corrente sustentava-se filosoficamente em três pilares: o individualismo –
tendência para se libertar de toda a obrigação de solidariedade para pensar só em si,
egoísmo –, o subjectivismo – tendência para afirmar a prioridade do subjectivo sobre o
objectivo – e a intensidade. Contra a ordem e a rigidez intelectual clássica, os artistas
românticos imprimiram maior importância à imaginação, à originalidade e à expressão
individual, através das quais poderiam alcançar o sublime e o genial.

Arquitectura

O Romantismo, ligado à recuperação de formas artísticas medievais, acompanhada pelo


gosto pelo exótico contido nas culturas orientais, favoreceu a revivência e a mistura de
vários estilos, como o românico, o gótico, o bizantino, o chinês ou o árabe. Foi na Inglaterra
que se verificaram as primeiras manifestações da arquitectura romântica.

O inglês Horace Walpole tornou-se um dos pioneiros do revivalismo gótico com a


construção do palacete Strawberry Hill, no terceiro quartel de setecentos. O neogótico teve
como grande impulsionador o filósofo John Ruskin e manifestou-se em inúmeros edifícios
ingleses, de entre os quais se destaca o Parlamento de Londres.

O inglês Horace Walpole tornou-se um dos pioneiros do revivalismo gótico com a


construção do palacete Strawberry Hill, no terceiro quartel de setecentos. O neogótico teve
como grande impulsionador o filósofo John Ruskin e manifestou-se em inúmeros edifícios
ingleses, de entre os quais se destaca o Parlamento de Londres. O gosto oriental marcou
formalmente o Pavilhão Real de Brighton, construído em ferro por John Nash.

Mais tarde, e já no continente, surgiu o neobarroco, que teve grande sucesso em França
com os trabalhos de Charles Garnier (1825-98), dos quais se destaca a Ópera de Paris.

Paralelamente ao revivalismo estilístico, a arquitectura do século XIX apresentou um outro


vasto campo de desenvolvimento, proporcionado pelos novos materiais de construção
surgidos com a industrialização, como o ferro e o vidro. Embora a Inglaterra tenha sido
pioneira na utilização do ferro para a construção de estruturas arquitectónicas, foi em
França que esta tecnologia encontrou uma mais significativa expressão estética.

O Palácio Nacional da Pena é o expoente máximo do Romantismo em Portugal.

Artes Plásticas e Decorativas

A pintura romântica encontrou um meio intelectual e criativo mais favorável no continente


europeu, principalmente em Espanha, França e na Alemanha.

Francisco Goya (1746-1828), pintor espanhol contemporâneo de David, foi grandemente


influenciado por Mengs e por Tiepolo mas também por autores do período barroco como
Velázquez e Rembrandt. As suas obras mais famosas, como o quadro Três de Maio de
1808, foram realizadas entre 1810 e 1815, os anos da ocupação francesa, e caracterizam-
se pelo sentido trágico dos temas, pelo colorido agresssivo e uma luminosidade dramática.

O francês Eugéne Delacroix (1798-1863), marcado pela cultura romântica inglesa, pinta
grandes quadros épicos como a Liberdade Guiando o Povo (1830-1831) e cenas
orientalizantes, como Os massacres de Scio, para os quais a viagem que realiza a Marrocos
fornece informações preciosas.

Na Alemanha, a pintura romântica atinge o seu apogeu com as representações visionárias


e espiritualizadas da natureza, realizadas pelos alemães Caspar David Friedrich (1774-
1840) e Philipp Otto Runge (1774-1840).

Em Portugal, salientaram-se os pintores Tomás da Anunciação (1818-1879), o paisagista


Cristino da Silva (1829-1877) e Francisco Augusto Metrass (1825-1861), estudante em
Roma com o grupo dos Nazarenos e autor de quadros historicistas e naturalistas, de entre
os quais se destaca a pintura "Só Deus".

A escultura romântica, desenvolvida em paralelo com a escultura neoclássica, não


conheceu qualidade estética nem projecção idênticas à da pintura da mesma época.
Protagonizada pelo francês Antoine Louis Barye (1796-1875), que transporta para a
estatuária o espírito romântico do pintor Delacroix, de quem era amigo, realiza peças
baseadas no estudo naturalístico e fortemente expressivo de animais selvagens, como por
exemplo, a escultura O Jaguar devorando uma lebre.

No contexto português destacam-se os trabalhos de Soares dos Reis (1847-1889), como a


estátua "Desterrado" e de Simões de Almeida (1844-1926), autor do grupo escultórico
Génio da Liberdade, incluído no monumento do Marquês de Pombal em Lisboa.

Desaparecendo durante a segunda metade do século XIX, o romantismo inspirou alguns


movimentos artísticos da centúria seguinte, como o Simbolismo e o Expressionismo.

Literatura

O Romantismo entra na Literatura portuguesa com a publicação dos poemas Camões (1825) e
D. Branca (1826) de Almeida Garrett. O ambiente político (lutas entre liberais e absolutistas), o
exílio deste, o seu temperamento, a época em que viveu, transformam o árcade que durante
muito tempo se afirmou em Catão, na Lírica de João Mínimo, no Retrato de Vénus, quanto ao
seu conteúdo, e nos poemas Camões e D. Branca, na linguagem, no grande romântico das
Folhas Caídas e no grande pioneiro de uma linguagem coloquial, moderna, de Viagens na
Minha Terra. Será, contudo, Alexandre Herculano o grande intérprete do Romantismo com a
poesia de cor histórica marcadamente actual da Harpa do Crente e com o romance histórico (O
Bobo, O Monge de Cister) decorrente na Idade Média, que constituirá o zénite do movimento
literário. Porque mais tradicionalista, a Inglaterra está na sua origem; depois, irrompe na
Alemanha com a peça dramática Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), um grito de revolta
contra o imperialismo napoleónico e uma afirmação de nacionalismo e, como tal, o
medievalismo, o regresso ao passado, o subjectivismo e, na sua sequência, o sentimentalismo.
O subjectivismo dos filósofos alemães Kant, Fichte, Schelling e Schlegel conduz a um novo
antropocentrismo. Por outro lado, o sentimentalismo afirma-se com o domínio do coração nos
românticos sobre o da razão nos clássicos. Da Inglaterra vem-lhe o gosto de uma paisagem
solitária, luarenta, saudosa, com as ruínas musgosas e evocadoras. As Estações de Thompson
(1726-30) abrem caminho para a descrição da natureza saudosista, solitária, povoada de ruínas
e cemitérios. O passado com a sua poesia, as suas tradições, serviu como reacção ao
Classicismo aristocrata. É este ambiente que propicia o clima em que floresce a poesia e o
romance de Walter Scott e é nele que se realiza a obra poética do insaciável aventureiro,
revolucionário e sentimental Byron. Os nomes de Wordsworth, Macpherson, Coleridge e
Shelley são ainda de vulto no movimento romântico na Inglaterra. Do desencontro entre as
formas espartilhadas do Classicismo e a ânsia de evasão dos românticos afirma-se o sentido da
liberdade na Arte e, daí, o individualismo com Victor Hugo, o «escuta-te a ti próprio». O artista
deixa de ser o imitador; pondo a sua imaginação a trabalhar, cria uma sub-realidade e
transmite o seu sentir e pensar; de imitador passa a criador. Albert Thibaudet considera o
Romantismo como «a grande revolução literária moderna». É, também, uma atitude reactiva
em favor da pequena burguesia que orienta o Contrato Social de Rousseau (1762) e, depois,
Emílio (1762); e, em Julie ou La Nouvelle Héloise esboça-se o passionalismo romântico. Embora
a França só a partir de 1830 se abrisse definitivamente ao Romantismo, não há dúvida de que
Rousseau pode considerar-se o seu primeiro ensaio na escola. Depois temos Chateaubriand
com Atala e o Génio do Cristianismo, Lamartine, Musset, Victor Hugo, que escreve o prefácio
do drama Cromwell a proclamar a liberdade na arte, em guerra aberta com as normas do
Classicismo. Na Alemanha, Herder, Goethe, Hegel, Schiller e Schlegel são os padrões mais
sugestivos. Mas já os irmãos Grimm tinham explorado a cultura popular: Wieland, no seu
Oberon, põe o maravilhoso popular no lugar da mitologia e Klopstock, em Messíada, também a
rejeita.

A liberdade na arte determina a criação de novas formas – o drama, o poema narrativo, o


romance histórico; na poesia aparecem variadíssimas estruturas estróficas que acompanham o
pensamento com maleabilidade; a linguagem, com mais poder de transmissão, enriquece com
uma simbologia nova e com um vocabulário mais sugestivo e mais actual; afirma-se o gosto
pelo exotismo. Ao equilíbrio do Classicismo opõe-se, agora, a ansiedade da descoberta
metafísica, quer se perca no domínio horizontal das afeições humanas (Garrett), quer se dirija
verticalmente na busca de Deus (Herculano, Soares de Passos, Antero de Quental). Ao
Romantismo interessam os temas grandiosos. Mas, por vezes, essa ânsia de infinito debate-se
dolorosamente, dramaticamente, com as suas limitações humanas, o que dá lugar ao
desânimo. A mesma ânsia de liberdade artística projecta-se na busca ansiosa de um mundo
melhor, um mundo onde os homens sintam o domínio da justiça e se encontrem como irmãos.
Todas as circunstâncias que propiciaram a nova corrente arrastaram consigo um acentuado
pendor para a insegurança, para a inquietação, para o desajustamento que os mergulha, ora
num estado de melancolia, a qual, com Schopenhauer, conduz ao pessimismo niilista, ora num
estado de revolta (Byron). Daí, portanto, um mundo literário cheio de paixões exaltadas, de
traições, de malfeitores, de ambientes terríficos e mórbidos, ou um mundo de sonho, vivido na
solidão, em contacto com uma natureza turbulenta, alvoroçada, sombria, ao pôr do sol,
durante a noite, nas estações românticas (Outono e Inverno), povoada de receios, de
fantasmas, de visões terríficas, em oposição à natureza resplendente dos clássicos, com ninfas
e faunos. De fundo de cenário que era, no Classicismo, a natureza, nos românticos, participa,
determina estados de alma. O "locus amoenus" cede lugar ao "locus horrendus".

O romantismo caracteriza-se, então, pela sua oposição ao classicismo antigo, pagão e


meridional. Vai buscar a inspiração aos poemas de Ossion, ao teatro de Shakespeare, aos
romances de Richardson. A imaginação é celebrada; a razão substituída pela emoção e pelo
sentimento. O espírito romântico baseia-se na descoberta da subjectividade, o que lava a um
florescimento de géneros aotubiográficos na primeira metade do séc. XIX. O romântico exalta
o culto do eu, analisa as diversas facetas da sua personalidade, cuja unidade procura
conquistar («El Desdichado», poema das Chimères, de Nerval). Procurando a evasão no sonho,
no exotismo (o Oriente) ou o passado (a Idade Média cristã), exalta o gosto do mistério e do
fantástico.

Na Grã-Bretanha. O romantismo inglês, anunciado pelos poetas Blake e Burns, tem por
principais representantes Wordsworth e Coleridge, que publicam as Lyrical Ballads (1798) e
que abrem caminho a poetas como Southey, T.Moore, Keats, Shelly, Byron e W.Scott para o
romance histórico. Quanto a Mary Godwin, esposa de Shelley, exalta por sua vez os direitos do
homem, festejando a Revolução Francesa, e os da mulher, e abre uma nova via ao romance
negro e filosófico com Frankenstein (1818).

Na Alemanha. No séc. XVIII, Klopstock e Lessing, são os artífices de uma renovação alemã e a
sua influência está em parte na origem do movimento Sturm und Grang. Para além de Herder,
aí encontramos Goethe e Schiller. Este período não é mais do que uma etapa da sua obra, cuja
amplitude «clássica» ultrapassa o romantismo no sentido escrito. Este afirma-se largamente
na geração seguinte com Holderlin e Jean-Paul. Sucedem-se duas escolas: a primeira, em Iena,
reclama-se de Fichte e reagrupa entre outrso Tieck, Novalis e os irmãos Schlegel. A segunda,
em Heidelberga, é constituída por Brentano, Arnim e os irmãos Grimm. Estes últimos voltam
muitas vezes às fontes de uma cultura nacional. É na mesma época que se situam Kleist e
E.T.AHoffmann.

Em França. Vítimas do famoso «mal do século», os escritores franceses recorrem ao autor de


René e a M.me de Stael. Esta reuniu sob o Império, na sua mansão de Coppet, uma sociedade
intelectual e cosmopolita. O seu ensaio De l’Allemagne (1810) estabeleceu uma tripla
oposição: entre literaturas românticas do Norte e literaturas clássicas do Sul; entre a França
conquistadora e uma Europa liberal e filosófica; entre o «génio do cristianismo» e o
entusiasmo místico do protestantismo. Chateaubriand foi o primeiro a exprimir a «vaga» das
paixões. O movimento organiza-se, por volta de 1820, em torno de Victor Hugo, que define a
função do poeta e atribui uma missão nacional e social à literatura. A nova estética impõe-se
na poesia com Lamartine, A. De Vigny, Gérard de Nerval, Musset. No tetrao, a célebre batalha
de Hernâni, em 1830, marca a vitória dos românticos sobre os clássicos (abandono da regra
das três unidades, fusão dos tempos e dos géneros, temas modernos). O romance encontra
uma expressão brilhante com Balzac, Victor Hugo, Stendhal. Em 1843, o fracasso de Burgraves,
de Victor Hugo, revela o esgotamento do movimento.

Em Itália, Espanha e Portugal. Em Itália manifesta-se um romantismo patriótico e nacional que


luta contra o ocupante austríaco. As suas grandes figuras são A.Manzoni, S.Pellico e
G.Leopardi. Em Espanha, é sobretudo no teatro que se impõe a estética romântica com José
Zorilla, enquanto Almeida Garrett dá a Portugal uma ilustração do ideal romântico europeu.

A influência e a irradiação do romantismo

A influência do romantismo ultrapassa os géneros literários propriamente ditos. Provocou o


impulso da história e da crítica. Esta «nova maneira de sentir» desenvolveu-se através de toda
a Europa, dos países escandinavos, onde serve de ponto de apoio para a elaboração das
línguas nacionais e faz reviver as mitologias antigas, aos países eslavos, onde exprime as
aspirações das minorias nacionais. Na América Latina, o romantismo vai igualmente buscar a
sua originalidade à vontade dos escritores de dotar o continente de uma literatura
verdadeiramente autónoma. Foi com o romantismo que se abriu a literatura moderna.
Exemplo de um poema romântico:

Não te amo, quero-te: o amor vem da alma.

E eu na alma – tenho a calma,

A calma – do jazigo.

Ai! Não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.

E a vida – nem sentida

A trago eu já, comigo.

Ai, não te amo, não!

Ai! Não te amo, não; e só te quero

De um querer bruto e fero

Que o sangue me devora,

Não chega ao coração.

Folhas Caídas, 1853 (excerto)

Música
A música romântica tem como fonte o Sturm und Drang alemão. A exploração da expressão
individual, referências à Idade Média e à identidade nacional, temas humanistas e
revolucionários, são traços próprios do romantismo. O seu terreno de eleição são os países
germânicos e o seu ponto de apoio, as grandes partituras de Beethoven. Na Alemanha, as
discussões sobre o romantismo têm lugar antes de 1800, precedendo as que se prendem com
a distinção entre o classicismo e o romantismo. Misturando a música com as outras artes,
foram levadas a cabo por artistas não músicos, como Goethe, Jean-Paul ou E.T.A.Hoffman.

A literatura é a arte de referência do romantismo musical. Este não se preocupa apenas com o
exprimir musicalmente os sentimentos, mas também as ideias, até mesmo os mitos (música
programática), em particular o de Fausto, dado que trata do indivíduo no seu destino face ao
mundo – muitos músicos românticos o abordaram nas suas obras. Com o aperfeiçoamento do
piano como instrumento solista, instrumento reflexo do compositor, surge o recital solista.
Aparecem novos géneros instrumentais, como o poema sinfónico. O leitmotiv, como princípio
musical, nasceu igualmente com o romantismo, uma vez que é considerado como portador de
uma ideia, de um conceito, de uma identidade. A obra tende a ser única, tornando-se por isso
mais densa, mais longa e mais ponderada.

O romantismo conduziu a música a um dinamismo de expansão e de exagero (nas proporções,


na forma, no efeito orquestral, na ambição) explorando sistematicamente a alteração das
regras. As obras intimistas enchem-se de um conteúdo emocional intenso, como o
testemunham O Rei dos Álamos de Shubert ou os 24 Prelúdios de Chopin. As obras de grande
envergadura exprimem uma tensão e um patetismo novos. A orquestra enriquece-se,
diversifica-se, os instrumentos são procurados pelo seu timbre, pela sua cor: a Sinfonia
Fantástica de Berlioz é um verdadeiro «trovão», cuja «desmesura» se traduz sobretudo pelas
imensas massas orquestrais. Por entre as obras representativas deste período (e dentro dos
diferentes géneros), podemos citar: O Franco Atirador de Webber, Os amores do Poeta de
Shumann, Os caprichos de Paganini, O Rigoletto de Verdi, a Sinfonia de Fausto de Liszt, Tristão
e Isolda de Wagner e Canções das Crianças Mortas de Mahler.

O romantismo musical, na sua corrente específica, não tem em Portugal um significado


sensível. O talento indiscutível de J.D. e de outros compositores como João Jordani, Joaquim
Casimiro, Guilherme Cossoul, Fr. José Marques e Silva e outros não chega para afirmar um
estilo romântico na música portuguesa. Instituições como o Teatro de São Carlos e o
Conservatório e a acção de Bomtempo, e do conde Farrobo na formação de sociedades
privadas de concertos e ópera são os únicos reflexos do movimento musical romântico em
Portugal, que o regime político vigente permitiu aparecer.
Curiosidades

O ballet nasceu em 1489, em Itália, quando se realizou um espectáculo por ocasião do


casamento do duque de Milão. Nessa altura, só havia bailarinos masculinos, já que as
mulheres não estavam autorizadas a dançar e as roupas eram pesadas, o que limitava a
variedade de passos; presença das mulheres apenas começou a ser aceite em finais do século
XVII. O ballet surgiu na sequência dos espectáculos que os nobres ofereciam aos visitantes,
onde havia poesia, música, mímica e dança. Leonardo Da Vinci chegou a desenhar cenários
para estes espectáculos. Os espectáculos versavam sobretudo temas sobrenaturais.A dança na
ponta de pés, uma imagem de marca do ballet, apareceu no século XIX.Nesta época os
bailados eram conhecidos por Blancs (brancos) ou Romantics (românticos).No século XIX, o
Romantismo transformou, então, o ballet, tendo feito aparecer as personagens exóticas e
etéreas, onde imperavam as imagens sobrenaturais.

Foi preciso esperar pela época do Romantismo (século XVIII) para que se criassem as primeiras
bases sólidas do romance. Antes disso, apenas se produzia a novela, que andava,
sensivelmente, ao nível do romance de aventuras em série e do romance de folhetim. Em
traços largos, o romance distingue-se da novela pela maior extensão do texto e pelo facto de
na novela predominar o evento, a história contada no geral, enquanto que no romance há o
avultar de toda a atmosfera psicológica, social, ambiental, configurando o mundo das
personagens, tornando-o mais denso e complexo, aproximando o leitor aos reais
acontecimentos quotidianos, dando, assim, lugar a um ritmo e a um tempo da história muito
mais lento, mais alargado, mais próximo do tempo real. O romance histórico português
produziu brilhantes exemplos, multiplicando o número de autores que o adoptaram,
revelando ao mundo das Letras portuguesas nomes marcantes como os de Alexandre
Herculano, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, A. da Silva Gaio e outros.

Conclusão

O Romantismo é completamente o oposto da corrente anterior – o Classicismo.


Representa, na literatura e na arte em geral, os anseios da classe burguesa que, na época,
estava em ascensão. A literatura, portanto, abandona a aristocracia para caminhar ao lado do
povo, da cultura leiga. Por esse motivo, acaba por ser uma oposição ao Classicismo.

Ao Romantismo, cabe a tarefa de criar uma linguagem nova, uma nova visão do mundo
identificada com os padrões simples de vida da classe média e da burguesia. Enquanto o
Classicismo observava a realidade objectiva, exterior, e a reproduzia do mesmo modo, através
de um processo mimético (de imitação), sem deformar a realidade, o Romantismo deforma a
realidade que, antes de ser exposta, passa pelo crivo (coador) da acção.

A arte romântica inicia uma nova e importante etapa na literatura, voltada aos assuntos do seu
tempo – efervescência social e política, esperança e paixão, luta e revolução — e ao quotidiano
do homem burguês do século XIX; retrata uma nova atitude do homem perante si mesmo. O
interesse dessa nova arte está voltado para a espontaneidade, os sentimentos e a simplicidade
– sendo, assim, subjectiva -, opondo-se, desse modo, à arte clássica que cultivava a razão –
realidade objectiva.

A arte, para o romântico, não se pode limitar à imitação, mas ser a expressão directa da
emoção, da intuição, da inspiração e da espontaneidade vividas por ele na hora da criação,
anulando, por assim dizer, o perfeccionismo tão exaltado pelos clássicos. Não há retoques
após a concepção para não comprometer a autenticidade e a qualidade do trabalho.

Bibliografia

Diciopédia 2003, Porto Editora Multimédia;

Nova Enciclopédia Larousse, 1997, Círculo de Leitores;


Castro, Ana Maria; Veríssimo, Artur; Viana, Graça; Espadinha, M. Manuela – Ser em Português
11, pág. 93 à 97, Porto, 2004, Areal Editor
formação de habilidades no processo
de ensino-aprendizagem da geografia
Páginas: 25 (6207 palavras) Publicado: 21 de agosto de 2013
As habilidades como componentes do conteúdo do processo
de ensino – aprendizagem
Fundamentos didáctico – metodológicos para a formação e
desenvolvimento de habilidades
Classificação das habilidades
Habilidades práticas
Habilidades práticas no processo de ensino – aprendizagem da
Geografia
Conclusões
Bibliografia

O presente trabalho recria os elementos essenciais que


sustentam odesenvolvimento de habilidades como processo e
resultado do processo de ensino – aprendizagem; por outra
parte, assume-se a actividade como a via para sistematizar e
desenvolver habilidades práticas; tais pressupostos
constituíram a base teórica da investigação realizada. A
sistematização teórica que se mostra constitui o resultado da
análise da bibliografia consultada, tendo em conta os pontos de
vistados diferentes autores.
1.1 As habilidades como componentes do conteúdo do
processo de ensino – aprendizagem
As habilidades constituem um componente do conteúdo do
processo de ensino - aprendizagem, que é o domínio
consciente da actividade. O seu processo de formação é
complexo e está indissoluvelmente ligado à formação dos
conhecimentos.

Por conteúdo do processo de ensino – aprendizagem,segundo


Danilov, (1985:35) deve entender-se:

1-O sistema de conhecimentos sobre a natureza, a sociedade,


o pensamento, a técnica e os modos de actuação, cuja
assimilação ou apropriação garante a formação de uma
imagem do mundo correcta, e de um enfoque metodológico
adequado da actividade cognitiva e prática.

2-O sistema de hábitos e habilidades gerais, intelectuais e


práticas, que são a basede múltiplas actividades concretas.

3-A experiência da actividade criadora, que gradualmente foi


acumulando a humanidade durante o processo de
desenvolvimento da actividade social prática.

4- O sistema de normas de relações com o mundo, de uns com


os outros, que são a base das convicções e ideais.

O estudo das habilidades é um problema científico da


actualidade, o qual resulta polémicosendo necessário adoptar
posições sobre a sua base teórica, para a sua aplicação de
maneira consequente no processo de ensino – aprendizagem.
Seguidamente expõem-se definições emitidas por diferentes
autores:
Petrovsky (1981:65) considera habilidade o domínio de um
complexo sistema de acções psíquicas e práticas necessárias
para a regulação racional da actividade com a ajuda de
conhecimentos ehábitos que a pessoa possui e somente
mediante a reprodução reiterada e a aplicação dos modos de
actuação de maneira consciente se alcança a formação e o
desenvolvimento de habilidades.

Para Leontiev (1982:75) é a acção que se executa com um alto


nível de domínio e que se subordina a um objectivo. Acção
dominada e instrumentada de forma consciente por parte da
pessoa.

A habilidade para Lara eoutros, (1996:1) é a assimilação pelo


sujeito dos modos de realização da actividade, que têm como
base um conjunto determinado de conhecimentos e hábitos,
sustentado por um conjunto de características, qualidades e
valores do desenvolvimento da personalidade.

Para Garrita (2006:130) as habilidades são formações


intelectuais como classificar, controlar variáveis, usar modelos,
prosseguir apartir de dados, etc., que são comummente usados
na ciência.

O termo habilidade, independentemente das distintas


concepções que aborda na literatura psico-pedagógica
moderna, é geralmente utilizado como sinónimo de "saber
fazer" (Smirnov, Leontiev e outros, 1961:412)

Saber fazer abrange os modos de actuação, supera o saber,


mas os conhecimentos a respeito destes modos de actuação
estão incluídosnesse tipo de conteúdo.
Estes modos de actuação podem ser práticos, quando se trata
de acções e operações externas, ou intelectuais, quando se
trata de acções e operações internas. Também podem ser
gerais ou particulares, os primeiros formam parte de diversos
tipos de actividades, os segundos só formam parte de
actividades específicas.

Potrebbero piacerti anche