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EVANGELISMO ATRAVÉS DO ESTILO DE VIDA


Atos 2.42-47; 11.19-26

Introdução
Charles M. Sheldon, em sua obra clássica Em Seus Passos que Faria Jesus?, conta-
nos acerca da revolução que a igreja pode promover numa sociedade, quando os
cristãos decidem simplesmente "viver" o Cristianismo. Ao longo da história do
Cristianismo, isto constantemente se apresenta como uma grande verdade.

Esta menção não deve ser entendida como um encorajamento ao desprezo do


testemunho verbal, mas sim como uma exortação a nos lembrarmos da importância do
testemunho de vida na tarefa da evangelização daqueles que nos cercam. O poder do
evangelho deve se manifestar em nossa vida não somente através de nossas
palavras, mas também por meio de nosso viver.

1. O ESTILO DE VIDA COMO TESTEMUNHO DE QUEM SOMOS


A. Novos Súditos, Antigos Princípios
Não podemos deixar de fazer a conexão entre a Igreja do Novo Testamento e Israel
do Antigo Testamento.

Ambos, Israel e a Igreja, expressam a verdade de que Deus, ao longo da História, tem
chamado homens e mulheres para fazerem parte de um povo exclusivamente seu, o
qual, em relação às demais pessoas, vive de forma distinta, manifestando as virtudes
do Deus que os escolheu e os chamou.

Assim, podemos observar que o estilo de vida demonstrado pelos discípulos de Cristo
no livro de Atos, de certo modo, aponta para muitos dos princípios dados por Deus
também a Israel no Antigo Testamento.

Por exemplo, enquanto em Atos 4.34 encontramos a afirmação de que "nenhum


necessitado havia entre eles", em Deuteronômio 15.4 encontramos a ordem de Deus
para que não existisse qualquer necessitado em Israel.

Os princípios de vida dados por Deus, se observados por Israel, fariam dela uma
genuína teocracia. Os preceitos sociais, econômicos e ecológicos da lei mosaica
fariam de Israel uma maquete do Reino de Deus na terra.

Da mesma forma, a comunidade dos discípulos de Cristo é formada por aqueles que
declararam o senhorio de Jesus em sua vida e agora, movidos pelo Espírito Santo,
devem viver conforme os valores de seu reino.

Assim, a Igreja, como a comunidade do Reino, é desafiada a viver, na maior


intensidade possível, os princípios e valores do reino futuro já no presente.

B. Chamados Para Viver de Forma Distinta


Lendo o Antigo Testamento, facilmente constataremos o chamado de Deus a Israel
para o testemunho às demais nações.

Apesar de nunca encontrarmos qualquer ordem explícita para que Israel "pregue" às
nações, parece-nos que o testemunho de Israel focalizava o "viver" entre as nações.

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Se observados, os preceitos de Deus acerca da justiça, igualdade e ecologia trariam


tamanha prosperidade e paz sobre Israel que outras nações iriam admitir a grande
sabedoria da lei de Deus.

Vendo o estilo de vida de Israel, as nações deveriam ser levadas a conhecer, a temer,
e a servir a Deus. Observando o estilo de vida social e moral de Israel (Dt 28.1,10),
bem como sua dedicação exclusiva a Deus e seus mandamentos (Dt 10.12,13), outras
nações chegariam ao reconhecimento de Deus como o único, verdadeiro e grande
Deus (Dt 4.6-8).

Embora a igreja do Novo Testamento receba de Deus um mandamento explícito para


"proclamar" o evangelho para todas as nações, a importância do "viver" nunca foi
negada por Jesus. Por exemplo, no sermão do monte Jesus afirma: "Vós sois o sal da
terra... Vós sois a luz do mundo.

Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma
candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se
encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.13-
17).

2. O ESTILO DE VIDA COMO A BASE DE NOSSO


TESTEMUNHO VERBAL
A. Anunciar a Cristo é Uma Ordem, mas Vivê-lo é Fundamental
A pregação do evangelho foi entendida pelos primeiros cristãos como atividade
inegociável da Igreja. Tanto é que, quando intimidados e pressionados a não
pregarem, Pedro e João afirmaram: "pois nós não podemos deixar de falar das cousas
que vimos e ouvimos" (At 4.20).

No entanto, no mesmo episódio, o que gera admiração por parte dos líderes judaicos é
que a forma como falavam e se comportavam apontava para um fato inquestionável:
eles haviam estado com Jesus (At 4.13).

Assim, "pregar" e "viver" tornam-se marcas inseparáveis daqueles primeiros cristãos.


A comunidade cristã primitiva certamente esmerava-se no testemunho verbal (At 2.1-
41, At 11.19,20), mas as palavras pronunciadas caíam como bombas nos corações
dos ouvintes por estarem associadas à vida de cada cristão (At 2.47, At 11.26).

Por isso mesmo, escrevendo para a igreja em Filipos, Paulo encoraja aquela
comunidade a viver como "filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração
pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo" (Fp 2.14).

Pedro também, escrevendo aos cristãos dispersos, relembra-lhes de que, como Igreja
de Cristo, os cristãos deveriam viver como um povo de propriedade exclusiva de Deus,
a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou (IPe 2.9).

B. Ganhando Autoridade Para Falar


Assim, podemos afirmar que o testemunho cristão através do estilo de vida é base
para o testemunho verbal.

Enquanto o testemunho verbal dos cristãos aponta para Jesus como Salvador e
Senhor de todas as coisas e convida as pessoas a renderem-se aos seus pés, o estilo
de vida dos cristãos funciona como a hermenêutica para compreensão desta

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mensagem, ou como a lente através da qual pode tornar-se conhecida e pela qual
pode ser completamente interpretada.

Se não, por causa da distância entre as palavras e os atos, o testemunho cristão pode
se tornar sem sentido.

Muito se tem dito que, na atualidade, diante de tantas mensagens comerciais da quais
os homens e as mulheres são alvos, nós somente seremos ouvidos quando as
pessoas estiverem convencidas do quanto realmente nos importamos com elas e de
quanto realmente acreditamos no que anunciamos.

Conclusão
Parece apropriado atentarmos para este aspecto do testemunho cristão num país
onde os escândalos envolvendo evangélicos têm crescido tão rapidamente quanto a
membresia das igrejas, e onde o crescimento numérico não tem sido acompanhado
por uma visível transformação de valores éticos e morais, tanto na vida dos crentes,
como no contexto social em que vivem.

O resultado da evangelização não pode ser apenas medido por números. Deve ser
medido também pela qualidade de vida que é produzida, pela ação das igrejas que
emergem, pelo impacto do testemunho que se dá diante da sociedade, pelo serviço
que é prestado aos necessitados, pela coragem com que o evangelho é anunciado.

Aplicação
Sua vida pessoal tem refletido a beleza e o poder do evangelho de Cristo? Através de
seu comportamento, familiares e amigos, no trabalho ou na escola, têm percebido que
você é um "cristão"?

Seu estilo de vida cristã pode ser caracterizado como contagiante pelo efeito que
produz na vida daqueles que lhe cercam? Que tal desenvolver o hábito de perguntar a
si mesmo, diante das mais variadas situações, "Em meus passos que faria Jesus?".

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