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Introdução
Charles M. Sheldon, em sua obra clássica Em Seus Passos que Faria Jesus?, conta-
nos acerca da revolução que a igreja pode promover numa sociedade, quando os
cristãos decidem simplesmente "viver" o Cristianismo. Ao longo da história do
Cristianismo, isto constantemente se apresenta como uma grande verdade.
Ambos, Israel e a Igreja, expressam a verdade de que Deus, ao longo da História, tem
chamado homens e mulheres para fazerem parte de um povo exclusivamente seu, o
qual, em relação às demais pessoas, vive de forma distinta, manifestando as virtudes
do Deus que os escolheu e os chamou.
Assim, podemos observar que o estilo de vida demonstrado pelos discípulos de Cristo
no livro de Atos, de certo modo, aponta para muitos dos princípios dados por Deus
também a Israel no Antigo Testamento.
Os princípios de vida dados por Deus, se observados por Israel, fariam dela uma
genuína teocracia. Os preceitos sociais, econômicos e ecológicos da lei mosaica
fariam de Israel uma maquete do Reino de Deus na terra.
Da mesma forma, a comunidade dos discípulos de Cristo é formada por aqueles que
declararam o senhorio de Jesus em sua vida e agora, movidos pelo Espírito Santo,
devem viver conforme os valores de seu reino.
Apesar de nunca encontrarmos qualquer ordem explícita para que Israel "pregue" às
nações, parece-nos que o testemunho de Israel focalizava o "viver" entre as nações.
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Vendo o estilo de vida de Israel, as nações deveriam ser levadas a conhecer, a temer,
e a servir a Deus. Observando o estilo de vida social e moral de Israel (Dt 28.1,10),
bem como sua dedicação exclusiva a Deus e seus mandamentos (Dt 10.12,13), outras
nações chegariam ao reconhecimento de Deus como o único, verdadeiro e grande
Deus (Dt 4.6-8).
Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma
candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se
encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5.13-
17).
No entanto, no mesmo episódio, o que gera admiração por parte dos líderes judaicos é
que a forma como falavam e se comportavam apontava para um fato inquestionável:
eles haviam estado com Jesus (At 4.13).
Por isso mesmo, escrevendo para a igreja em Filipos, Paulo encoraja aquela
comunidade a viver como "filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração
pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo" (Fp 2.14).
Pedro também, escrevendo aos cristãos dispersos, relembra-lhes de que, como Igreja
de Cristo, os cristãos deveriam viver como um povo de propriedade exclusiva de Deus,
a fim de proclamar as virtudes daquele que os chamou (IPe 2.9).
Enquanto o testemunho verbal dos cristãos aponta para Jesus como Salvador e
Senhor de todas as coisas e convida as pessoas a renderem-se aos seus pés, o estilo
de vida dos cristãos funciona como a hermenêutica para compreensão desta
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mensagem, ou como a lente através da qual pode tornar-se conhecida e pela qual
pode ser completamente interpretada.
Se não, por causa da distância entre as palavras e os atos, o testemunho cristão pode
se tornar sem sentido.
Muito se tem dito que, na atualidade, diante de tantas mensagens comerciais da quais
os homens e as mulheres são alvos, nós somente seremos ouvidos quando as
pessoas estiverem convencidas do quanto realmente nos importamos com elas e de
quanto realmente acreditamos no que anunciamos.
Conclusão
Parece apropriado atentarmos para este aspecto do testemunho cristão num país
onde os escândalos envolvendo evangélicos têm crescido tão rapidamente quanto a
membresia das igrejas, e onde o crescimento numérico não tem sido acompanhado
por uma visível transformação de valores éticos e morais, tanto na vida dos crentes,
como no contexto social em que vivem.
O resultado da evangelização não pode ser apenas medido por números. Deve ser
medido também pela qualidade de vida que é produzida, pela ação das igrejas que
emergem, pelo impacto do testemunho que se dá diante da sociedade, pelo serviço
que é prestado aos necessitados, pela coragem com que o evangelho é anunciado.
Aplicação
Sua vida pessoal tem refletido a beleza e o poder do evangelho de Cristo? Através de
seu comportamento, familiares e amigos, no trabalho ou na escola, têm percebido que
você é um "cristão"?
Seu estilo de vida cristã pode ser caracterizado como contagiante pelo efeito que
produz na vida daqueles que lhe cercam? Que tal desenvolver o hábito de perguntar a
si mesmo, diante das mais variadas situações, "Em meus passos que faria Jesus?".
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