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COMANDOS ELÉTRICOS - ROBSON RAMALHO

COMANDOS ELÉTRICOS

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APRESENTAÇÃO

A apostila “Comandos Elétricos” tem como objetivo


dar subsídios teóricos para o curso de comandos elétricos
provido pelo site: www.buzzero.com , do autor Robson Dias
Ramalho.
Esta apostila de estudo, apresenta de forma simples, direta
e com uma linguagem didática, os conteúdos do assunto
“Comandos Elétricos” tais como: componentes de
comandos, sinalização, acionamento, segurança e
aplicação através do software Cade Simu. Serão estudados
também diagramas elétricos com a simbologia normalizada
e diversos tipos de partidas e formas de acionamento de
motores elétricos.
Para entendimento completo do assunto proposto deve-se
fazer uso da apostila em conjunto com os slides do curso.
Desejamos uma boa sorte e um excelente aprendizado aos
alunos que queiram se aventurar nesta viagem, no mundo
da eletroeletrônica industrial.
Comandos Elétricos
Elaboração: Engº Robson Dias Ramalho
Revisão: Engº Antônio Carlos Fernandes Negreiros
 Esta apostila é parte integrante do curso de “Comandos Elétricos” sendo vedada a venda e distribuição
sem expressa autorização do autor.

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CAPÍTULO 1
FATOR DE POTÊNCIA

Determinados equipamentos, tais como motores elétricos, fornos a arco,


transformadores e etc., necessitam de uma certa quantidade de energia reativa
que pode ser suprida por diversas fontes ligadas ao sistema elétrico. Estas
fontes são: geradores, motores síncronos e capacitores.
Pode-se considerar que, as próprias linhas de transmissão e de
distribuição de energia são fontes de energia reativa. Esta energia reativa
compreende duas diferentes parcelas, ou seja: energia reativa indutiva e
energia reativa capacitiva.
É de suma importância para as instalações industriais manter o fator de
potência dentro dos limites estabelecidos pela legislação, para se obter uma
melhoria no fator de potência, podem-se indicar algumas soluções de cálculos
matemáticos adotados.
Neste capitulo iremos abordar os conceitos iniciais sobre fator e realizar
alguns caçulos matemáticos no que diz respeito a determinação do fator de
potência e qual capacitor de correção.

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1.0 Conceitos iniciais

Determinados equipamentos necessitam, tais como motores elétricos,


fornos, transformadores etc. necessitam de uma certa quantidade de energia
reativa para sua operação. Esta pode ser suprida por diversas fontes ligadas
ao sistema elétrico. Estas fontes são:

Geradores;

Motores síncronos;

Capacitores.

A energia reativa compreende duas diferentes parcelas, ou seja:

Energia reativa indutiva;

Energia reativa capacitiva.

A energia reativa indutiva é consumida por equipamentos dotados de


bobinas, tais como transformadores, motores e etc. Este tipo de equipamento
possui fator de potência indutivo. A energia reativa capacitiva pode ser gerada
por motores síncronos ou por capacitores. Equipamentos que geram este tipo
de energia possui fator de potência dito capacitivo.

Os equipamentos utilizados nas industrias, na maioria são consumidores


da energia reativa indutiva e não produzem nenhum trabalho útil. Isto se dá
pelo falto de a energia reativa indutiva apenas ser responsável pela formação

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do campo magnético dos equipamentos. Este tipo de energia é suprida por


fontes localizadas longe do parque fabril, acarretando uma alta ocupação nos
condutores elétricos.

Assim, para que esse problema fosse resolvido a solução seria a


instalação de uma fonte geradora de energia, de forma a diminuir a carga de
energia nos condutores externos ao parque fabril, a partir disto os condutores
seriam utilizados de forma a entregar mais energia que resultasse em um
trabalho útil, no caso a energia ativa.

Assim seria um problema para concessionária ocupar 100% de sua linha


de transmissão e o consumidor final pagar apenas parte desta energia, pois já
sabemos que nem toda energia fornecida pela concessionário produz trabalho
útil, uma parte desta é utilizada para gerar o campo magnético nos motores e o
consumidor não paga por ela. Portanto, a concessionário estabeleceu a
porcentagem da linha de transmissão que o consumidor poderá ocupar com
envio de energia que não produz trabalho útil.

Matematicamente, o fator de potência pode ser definido como a relação


entre o componentes ativo da potência e o valor total desta potência, ou seja:

Pat
FP 
Pt
Onde:

FP  Potência ativa

Pat  Potência ativa

Pt  Potência Total

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Podemos observar pela relação entre os valores de potência que, sendo


uma relação entre duas quantidades de mesma unidade potência, é um
numero adimensional. O fator de potência pode ser definido como o cosseno
do ângulo formado entre a componente ativa e o seu componente total

Do triângulo acima podemos determinar os lado como:

Em relação ao ângulo alfa tem-se:

Cateto adjacente

Cateto oposto

Hipotenusa

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Já sabemos, por meio da trigonometria que:

A. Cosseno do ângulo alfa é definido por:

Cateto _ adjacente Pat


Cos( )  
Hipotenusa Pt

B. Seno do ângulo alfa é definido por:

Cateto _ oposto PRE


Sen( )  
Hipotenusa Pt

C. Tangente do ângulo alfa é definido por:

Cateto _ oposto P
Tan( )   RE
Cateto _ adjacente Pat

Como o fator de potência é definido como a relação matemática da


potência ativa e da potência total podemos relacionar a seguinte expressão:

Pat
FP   Cos( )
Pt

Vejamos a formula acima, ela trata-se de uma parte da relação total


dividida pela parcela total, isto é um fator de porcentagem. Assim, do total
transmitido na linha de transmissão o consumidor pagará o consumo ativo de
acordo com limites estabelecidos, estes são definidos em torno de 91% (valor
mínimo) . Ora, aluno, pense comigo, caso a relação fosse de 40% podemos
dizer que do total a potência ativa corresponde a 40%, assim o consumidor
ocuparia 100% da linha pagando apenas 40%, por isso a concessionário impõe
limites para isto. A legislação estabelece valores em torno de 91%, assim do
total transmitido 91% seria de ativa (produz trabalho específico) e apenas 8%
reativo (o consumidor não paga). Caso esta porcentagem esteja abaixo de 91%
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o consumidor paga uma multa que varia de concessionária para


concessionária. Para resolver o problema de excedente de energia reativa as
industrias utilizam o banco de capacitores a fim de fornecer a parcela
excedente de reativa de forma a não pagar multa.

Como já sabemos que o fator de potência é relacionado ao cosseno,


sabemos, por meio da trigonometria, que o cosseno varia entre 1 e -1, vejamos
o ciclo trigonométrico abaixo:

900 - 1 Cosseno

00

Observando o ciclo trigonométrico acima, vemos que o cosseno de 00 é


1 e o cosseno de 900 é -1. Ora, como o mais favorável para nossa instalação
que o fator de potência fique próximo de 1, então o ângulo alfa deve ser o mais
próximo de zero.
Podemos notar claramente nas figuras ao lado que: 1 >
1 2 , o cosseno destes ângulos tem a seguinte relação:

Cos( 2 )  Cos(1 )

Isto já se torna claro para nós, pois vimos no ciclo


trigonométrico do cosseno que quanto maior o ângulo,
ou seja, mais próximo de 900, menor o cosseno. Quanto
2 menor o ângulo, ou seja, mais próximo de 00, maior o
cosseno

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Diante do exposto podemos concluir que quanto menor o ângulo menor


a potência reativa e consequentemente a potencia total, pois:

Hipotenusa  (cateto _ adjacente ) 2  (cateto _ oposto) 2

Potência _ total  ( Potência _ reativa) 2  ( Potência _ ativa) 2

Como o fator de potência é definido pela relação matemática da potência


ativa e a total, para que o fator de potência seja o mais próximo de 1 devemos
ter uma alta energia ativa e uma menor energia reativa, pois
consequentemente teremos um ângulo alfa mais próximo de zero, isto torna-se
claro com a equação abaixo.

Potência _ ativa
FP  , sabe  se :
Potência _ total
Potência _ total  ( potência _ ativa) 2  ( potência _ reativa) 2 , assim :
Potência _ ativa
FP 
Potência _ ativa  Potência _ reativa

Se a potência ativa é bem maior que a potência reativa teremos:

Potência _ ativa Potência _ ativa


FP   , assim :
Potência _ ativa  Potência _ reativa Potência _ ativa
FP  1,0

Caso tenhamos um alto valor de potência ativa e pequeno valor de


potência reativa teremos um fator de potência baixo e consequentemente
problemas com a concessionária, gerando multas e prejuízos.

Para aumento do fator de potência, faz-se uso do que chamamos de


banco de capacitores que passa a fornecer energia reativa de forma a não
ocupar os condutores de concessionária, liberando este sistema de suprimento
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para transportar mais energia ativa, o qual produz trabalho. Para fixarmos
nossos conceitos sobre este tópico vamos desenvolver os seguintes exercícios.

2.0 EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM

1.0 Determinar o fator de potência de uma instalação industrial cuja


a carga é composta por:

 25 motores trifásicos de 3 cv/380 V, com fator de potência 0,73;

 15 motores trifásicos de 30 cv/380 V, com fator de potência 0,83.

Solução:

Vamos dividir nosso problema em duas partes, primeiramente iremos


calcular a potência ativa e reativa para o motor de 3 cv e posteriormente os de
30 cv.

Motor de 3 cv

Realizando a transformação de cv para w, faremos a seguinte regra de


três:

1 cv ---------------------- 736 w

3 cv ---------------------- X

Como nós temos duas grandes diretamente proporcionais, ou seja, a


medida que temos uma maior potência em cv temos também o aumento em w,
assim:

1 cv ---------------------- 736 w

3 cv ---------------------- X

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Realizando o produto dos extremos pelos meios temos:

1 cv ---------------------- 736 w

3 cv ---------------------- X

Assim,

X . 1 = 3 x 736

X = 2.208 w

Calculando a potência ativa temos:

Pativa = (potência do motor em watts) x (numero de motores)

PATIVA  3x736 x 25
PATIVA  2.208 x 25
PATIVA  55200W

Passando este resultado em potência de 1000, ou seja, kilowatts, temos:

PATIVA  55,2kW

Através deste valor de potência ativa podemos determinar o triângulo de


potências abaixo.

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Como o fator de potência para este conjunto de motores é 0.73, temos:

FP  0,73  Cos ( )
cateto _ adjacente
Cos ( )   0,73
hipotenusa
cateto _ adjacente  potência _ ativa  55,2kW
hipotenusa  potência _ total  x
55,2kW
Cos ( )   0,73
x
x.0,73  55,2kW
55,2kW
x
0,73

x  75,62kW

O valor de 75,66 kW, corresponde a hipotenusa do triângulo retângulo o


qual é nossa potência total. Através da relação de pitágoras temos:

Hipotenusa 2  cateto _ adjacente 2  cateto _ oposto 2


Cateto _ oposto  potência _ reativa  X
75,62kW 2  55,2kW 2  ( X ) 2
X 2  75,62kW 2  55,2kW 2
X 2  2671,3444kW .kW
X  2671,3444.kW .kW

X  51,68kW

O triângulo de potência para este conjunto de motores é dado por:

55,2 kW


51,68 kW

75,62 kW

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Para determinarmos o ângulo alfa, podemos fazer uso de uma


calculadora cientifica. Caso você não possua uma aconselho em adquirir a
CASIO FX-82MS, utilizo esta deste o tempo de faculdade e tem me atendido
até hoje.

Como a questão forneceu o fator de potência, para o conjunto de


motores de 3 cv, como sendo de 0,73, temos:

Cos( )  0,73

Esta equação nos diz: o cosseno de determinado ângulo é igual a 0,73,


devemos determinar o ângulo ou arco cujo cosseno deste ângulo é 0,73.

Utilizando a calculadora cientifica devemos:

1 – Aperta shift

2 – COS

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3 – Digitar 0.73

4 – Apertar =

Realizando este passos encontramos o ângulo alfa como sendo:

  43,110

Motor de 30 cv

Da mesma forma como foi realizado para o conjunto de motores de 3 cv,


faremos:

Calculando a potência ativa temos:

Pativa = (potência do motor em watts) x (numero de motores)

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PATIVA  30 x736 x15


PATIVA  22080 x15
PATIVA  331200W

Passando este resultado em potência de 1000, ou seja, kilowatts, temos:

PATIVA  331,2kW

Através deste valor de potência ativa podemos determinar o triângulo de


potências abaixo.

Como o fator de potência para este conjunto de motores é 0.83, temos:

FP  0,83  Cos ( )
cateto _ adjacente
Cos ( )   0,83
hipotenusa
cateto _ adjacente  potência _ ativa  331,2kW
hipotenusa  potência _ total  x x  399,04kW
331,2kW
Cos ( )   0,83
x
x.0,83  331,2kW
331,2kW
x
0,83

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O valor de 339,04 kW, corresponde a hipotenusa do triângulo retângulo


o qual é nossa potência total. Através da relação de pitágoras temos:

Hipotenusa 2  cateto _ adjacente 2  cateto _ oposto 2


Cateto _ oposto  potência _ reativa  X
399,04kW 2  331,2kW 2  ( X ) 2
X 2  399,04kW 2  331,2kW 2
X 2  49539,4816kW .kW
X  49539,4816.kW .kW

X  222,57kW

O triângulo de potência para este conjunto de motores é dado por:

331,2 kW


222,57 kW

399,04 kW

Como a questão forneceu o fator de potência, para o conjunto de


motores de 30 cv, como sendo de 0,83, temos:

Cos( )  0,83

Utilizando a calculadora cientifica e utilizando os passos, como mostrado


anteriormente, iremos achar o seguinte ângulo alfa:

  33,900

Podemos agora determinar o fator de potência do sistema.

Potência ativa = Potência ativa (motor de 3 cv) + Potência ativa (motor


de 30 cv)

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Potência ativa = 55,2 + 331,2

Potência ativa = 386,4 kW

Potência reativa = Potência reativa (motor de 3 cv) + Potência reativa


(motor de 30 cv)

Potência reativa = 51,68 + 222,57

Potência reativa = 274,25 kVAr

Podemos determinar a potência total do conjunto:

Potencia _ total  ( potência _ ativa) 2  ( potência _ reativa) 2


Potência _ total  (386,4kW ) 2  (274,25kVAr ) 2
Potência _ total  224518,0225kW

Potência _ total  473,83kW

Logo temos o seguinte triângulo de potência do conjunto:

386,4 kW


274,25 kW

473,83 kW

Para determinarmos o ângulo podemos fazer uso da lei da trigonometria


do cosseno.

Cateto _ adjacente 386,4kW


Cos( )    0,82
Hipotenusa 473,83kW

Logo o fator de potência do conjunto é dado por 0,82.

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Utilizando a calculadora cientifica e utilizando os passos, como mostrado


anteriormente, iremos achar o seguinte ângulo alfa:

  34,910
Triângulo de potência do conjunto:

386,4 kW

 = 34,910
274,25 kW

473,83 kW

2.0 Um motor de 10 KW em 380 V possui fator de potência de 0,8. Determine o


valor do capacitor a ser colocado de forma a corrigir este fator de potência para
0,95.

Dados:

P = 10 KW

V = 380 V

F = 60 Hz

Fp1 = 0,80

Fp2 = 0,95

Solução:

Para resolvermos o problema proposto iremos dividi-lo em duas partes.

Parte 1 – Determinando a potência reativa atual.

Sabemos que fator de potência é dado por:

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FP  Cos( )
A questão nos fornece um fator de potencia de 0,80, logo:

Cos( )  0,80
Para determinarmos o ângulo correspondente a um cosseno de 0,80
iremos:

arc(cos(0,80))  x
x  56,86º

A potência fornecida do motor, 10 KW, é nossa potência ativa. Assim


temos o seguinte triangulo de potencias:

Podemos determinar o valor da potencia reativa, x, através da tangente


de 36,86.

cateto _ aposto
tan gente ( ) 
cateto _ adjacente
x
tg (36,86º ) 
10 Kw
x
0,749 
10.1000
x  7,49kVAr
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O valor de 7,49 kVAr indica o valor da potência reativa antes da


correção, assim para aumentarmos o valor do fator de potência devemos
diminuir o ângulo entre a potência ativa e a aparente, ou seja, devemos
diminuir o valor da potência reativa. Assim devemos inserir um banco de
capacitores que possam suprir as necessidades do sistema evitando um
trafego maior de reativa da rede dando lugar a potencia ativa.

Parte 2 - Determinando a potência reativa após correção.

Para determinarmos o ângulo correspondente a um cosseno de 0,95


iremos:

arc(cos(0,95))  x
x  18,19º
Note que ângulo calculado acima diminuiu, ou seja, estamos nos
aproximando mais de 0 º, assim o cosseno do fator de potencia torna-se mais
próximo de 1. Lembre-se que o fator de potencia está relacionado ao cosseno
do ângulo entre a potência ativa e a aparente. Veja figura abaixo:

Podemos determinar o valor da potencia reativa, x, através da tangente


de 18,19.

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x
tg (18,19º ) 
10 Kw
x
0,328 
10.1000
x  3,28 K var

Assim o valor da potencia reativa após a correção será 3,28 kVAr.

Observe na figura acima que temos dois ângulos: um em preto e outro


vermelho, este correspondem a 18,19 e 36,86 respectivamente. Assim
podemos concluir que o menor ângulo corresponde a uma energia reativa
menor.

A parcela Q corresponde à energia adicional necessário do capacitor de


forma que a rede entregue apenas uma parcela, 3,28 kVAr, corrigindo então o
fator de potencia para 0,95.

Parcela de energia reativa a ser entregue pelo capacitor:

Q  7,5  3,28
Q  4,22kVAr

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Parte 3 - Calculando o valor do capacitor necessário.

Sabemos que potencia é definido como:

V
P  V .I  I  , log o :
R
V
P V.
Xc
V2
P
Xc

XC  Reatância capacitiva

V2
Xc 
P
380 2
Xc 
4,22.1000
144400
Xc 
4220
Xc  34,21
Assim podemos determinar o capacitor para correção.

1
Xc   Xc  34,21
2. . f .C
1
34,21 
2. .60.C
1
C  77,5F
120. .34,21

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CAPÍTULO 2
FUSÍVEIS INDUSTRIAIS

Muitas vezes ouvimos dizer que um curto – circuito provocou um


incêndio num prédio, indústria ou residência. Isso poderia ser evitado se os
circuitos elétricos desses lugares estivessem protegidos por componentes de
proteção devidamente especificados.
Neste capítulo você vai estudar um dos componentes de proteção
utilizado em comandos elétricos, os fusíveis industriais.
Esses componentes são de suma importância nos circuitos de
comandos industriais, pois cabe a eles a proteção dos componentes e fiação
que compõe o circuito.
Você vai descobrir que esses tipos de fusíveis, apresentam algumas
características que os diferem de outros fusíveis utilizados em circuitos prediais
por exemplo.
Para complementação de estudo deste capítulo é necessário que você
tenha acesso a catálogos técnicos desses componentes.

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2.0 INTRODUÇÃO

Fusível industrial é um componente elétrico de proteção, com a função


de interromper a circulação da corrente elétrica num circuito, mediante curto-
circuito ou sobrecarga de longa duração.

Esse componente é composto basicamente de um corpo de material


isolante, normalmente porcelana de alta resistência mecânica, dois contatos
externos para conexão ao circuito, e internamente, um elemento metálico
chamado elo fusível, responsável pela interrupção de circulação de corrente
elétrica no circuito.

Esse elo fusível fica hermeticamente fechado e envolvido por areia


quartzo com a finalidade de interromper o arco voltaico que surge no momento
da queima do elo fusível.

Esses fusíveis possuem também um indicador de atuação, ou seja, no


momento que o fusível é “queimado” devido um curto – circuito, por exemplo,
um fio esticado posicionado próximo ao elo fusível é interrompido e um
indicador externo é acionado sinalizando que esse fusível está danificado, ou o
circuito sofreu alguma anomalia.

Os fusíveis industriais se dividem em dois modelos: Fusíveis NH e


Fusíveis Diazed. São especificados conforme a necessidade e tipo de circuito
que vão proteger.

A foto que segue ilustra esses dois modelos de fusíveis industriais:

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NH D

Fonte: Catálogo Siemens

2.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Para a especificação desses componentes num determinado circuito são


necessários os seguintes dados: Corrente nominal, tensão nominal e
capacidade de interrupção.

A corrente nominal é aquela que ao circular pelo fusível não causa a


interrupção do elo-fusível. Esse valor de corrente pode circular por
indeterminado que não ocorrerá a interrupção da circulação de corrente elétrica
no circuito.

O valor especificado de tensão nominal determina a tensão máxima que


o fusível pode ser submetido para operar sem causar danos na sua isolação.

A capacidade de interrupção determina o valor máximo da corrente de


curto-circuito que o fusível é capaz de interromper trabalhando na tensão
nominal.

2.2 TIPOS DE FUSÍVEIS INDUSTRIAIS

Os fusíveis industriais são fabricados em dois tipos, conforme o tempo


de atuação; Ação Rápida ou Ação Retardada.

Os Fusíveis de Ação Rápida são utilizados onde a corrente do circuito


em todos os momentos é inferior ao valor da corrente nominal do circuito e

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qualquer sobrecorrente deve ser interrompida imediatamente, como por


exemplo, circuitos eletrônicos e resistivos.

Já os Fusíveis de Ação Retardada, quando submetidos a uma


sobrecorrente só vão atuar se essa sobrecorrente prevalecer por alguns
segundos. Esse tipo de fusível é recomendado para proteção de circuitos
sujeitos a sobrecargas periódicas, como por exemplo, circuitos com motores e
capacitores.

Desta forma, os fusíveis industriais são utilizados somente como


dispositivos de proteção contra curto-circuito nas redes dos circuitos elétricos
industriais. Para proteção contra sobrecarga é utilizado um outro componente
que ainda estudaremos.

2.2.1 FUSÍVEL DIAZED

Os fusíveis Diazed são construídos com corpo cilíndrico como se pode


ver na foto abaixo.

Fonte: Catálogo Siemens

Para facilitar a identificação da corrente nominal do fusível, quando em


operação em um circuito, o indicador de queima apresenta uma cor que define
sua corrente nominal.

A tabela a seguir apresenta a cores normalizadas e as respectivas


correntes.

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Corrente Nominal (A) Código de Cor

2 Rosa

4 Marrom

6 Verde

10 Vermelho

16 Cinza

20 Azul

25 Amarelo

Para a conexão do fusível ao circuito é necessário a utilização dos


seguintes acessórios: base, parafuso de ajuste, anel de proteção e tampa.

Fonte: Catálogo Siemens

A foto a seguir ilustra esses componentes.

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Fonte: Catálogo Siemens

A base tem como finalidade alojar o fusível. O parafuso de ajuste deve


ter a mesma especificação do fusível e não permite que sejam colocados
fusíveis com correntes nominais acima do especificado no circuito. O anel de
proteção isola a parte metálica energizada da base e a tampa é o elemento que
permite a colocação e retirada do fusível sem ter o contato humano com as
partes energizadas do conjunto.

Pode ainda ser utilizada uma proteção adicional ao conjunto, a


cobertura.

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2.2.2 FUSÍVEL NH

Os fusíveis NH têm sua forma construtiva conforme foto a seguir.

Fonte: Catálogo Siemens

Para a utilização e conexão do fusível ao circuito é necessário a


utilização da base. Para a manipulação do fusível utiliza – se o punho. As fotos
a seguir ilustram esses componentes.

Fonte: Catálogo Siemens

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2.3 SELETIVIDADE

Num circuito elétrico industrial, ao ocorrer uma anomalia no sistema, o


fusível que deve atuar deve ser o mais próximo da ocorrência, evitando que
muitos equipamentos ou partes do circuito sejam afetados e desernegizados.

Nas instalações elétricas onde temos fusíveis em série com fusíveis, o


fusível que deve atuar deve ser o mais próximo da ocorrência do curto –
circuito.

Para se garantir essa seletividade, deve – se obedecer os valores


fornecidos em catálogo pelo fabricante sendo que o fusível que está acima é
chamado de “ montante” e abaixo “jusante”, conforme figura que segue:

Fonte: Cade Simu

De acordo com o valor do fusível “montante” no circuito, os valores


máximos de correntes dos fusíveis “jusante” devem obedecer a tabela abaixo:

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CAPÍTULO 3
CHAVES SECCIONADORAS MANUAIS

A utilização de comandos automáticos, muitas vezes não é viável, pois o


custo de uma instalação industrial com esses componentes é um pouco caro.
Desta forma, pequenas e médias empresas podem optar pela instalação de
chaves seccionadoras manuais.
As chaves seccionadoras manuais, são componentes de manobra
eficiente e de baixo custo, utilizadas para a alimentação e manobras de
motores.
Esse equipamento tem um papel de fundamental importância nos
circuitos de comandos industriais, pois cabe a ele a alimentação, inversão de
rotação ou outro tipo de manobra nos motores elétricos de um determinado
sistema industrial.
Neste capítulo você vai estudar os tipos de chaves seccionadoras mais
utilizadas nos acionamentos manuais de motores elétricos.
Para melhor compreensão deste capítulo, você deverá ter
conhecimentos de instalações elétricas.

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3.0 INTRODUÇÃO

Chaves seccionadoras manuais são componentes eletromecânicos,


utilizados para manobras de motores elétricos.

Através de um sistema mecânico acionado manualmente pelo operador,


contatos elétricos mudam de posição desligando ou comutando o
posicionamento desses contatos. Desta forma, é possível ligar e desligar um
motor, inverter o sentido de rotação, mudar a velocidade e até mesmo criar um
sistema de partida.

A foto abaixo ilustra uma chave seccionadora manual.

Fonte: Catálogo Siemens

Seu funcionamento mecânico está baseado na utilização de cames


acionados por um sistema rotativo. Quando o operador aciona o manípulo
esses cames acionam os contatos elétricos mudando suas posições.

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3.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Para a especificação de uma chave seccionadora num determinado


circuito são necessários os seguintes dados: corrente nominal, tensão nominal
de serviço, tensão de isolação e tipo de operação.

A corrente nominal é o valor de corrente que ao circular através dos


contatos da chave seccionadora não causa nenhum dano, ou seja, é a máxima
corrente que a chave suporta.

O valor especificado de tensão nominal de serviço determina a tensão


máxima de trabalho para a chave operar com segurança.

A tensão de isolação é a tensão máxima que a chave seccionadora pode


ser submetida sem causar danos na sua isolação.

Quanto ao tipo de operação, esse dado determina se a chave


seccionadora opera com carga ou a vazio.

3.2 TIPOS DE CHAVES SECCIONADORAS

As chaves seccionadoras podem ser divididas basicamente em dois


tipos:

 Chave seccionadora com carga;

 Chave seccionadora sem carga.

A chave seccionadora com carga tem seu mecanismo e contatos


elétricos projetados para uma interrupção de linha sem ou com uma circulação
de corrente elétrica.

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Esse tipo de chave é equipada com um dispositivo chamado “câmara de


extinsão de arco voltaico” e as molas que impulsionam o mecanismo no
momento manobra são projetados para proporcionar uma alta velocidade de
comutação.

O outro tipo, chave seccionadora sem carga, foi projetada e especificada


para operar sem carga, ou seja, sem a circulação de uma corrente elétrica nos
seus contatos.Neste caso o tempo de comutação dos contatos depende da
velocidade que o operador impõe no momento da manobra.

3.3 CHAVE REVERSORA PARA MOTOR TRIFÁSICO

A chave reversora para motor monofásico, tem como funções básicas:


ligar/desligar e inverter o sentido de rotação do motor monofásico.

Essa chave possui três posições: desligada, esquerda e direita.

Na posição desligado todos contatos estão abertos não permitindo uma


circulação de corrente elétrica no motor.

Analisando o funcionamento em 110 volts temos:

Na posição “direita” ocorre a alimentação dos terminais do motor e o


motor gira no sentido horário. Nessa posição temos a fase (R) alimentando os
terminais 1,2 e 6 e o neutro alimento os terminais 3,4 e 5.

Essa ocorrência pode ser observada no esquema a seguir:

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Fonte: Autor

Na posição “esquerda” ocorre a alimentação dos terminais do motor e o


motor gira no sentido anti – horário. Nessa posição temos a fase (R)
alimentando os terminais 1,2 e 5 e o neutro alimentando os terminais 3,4 e 6.

A inversão do sentindo de rotação ocorre com a inversão dos terminais


do enrolamento auxiliar, pontas 5 e 6. É exatamente isso que a chave
reversora faz nos terminais do motor.

A alimentação do motor a esquerda pode ser observada no esquema a


seguir:

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Fonte: Autor

Analisando o funcionamento em 220 volts temos:

Na posição “direita”, sentido horário, temos a fase “ R” alimentando os


terminais 1 e 6 e a fase “S” alimentando o terminal 4.

Os terminais 2,3 e 5 devem ser interligados e isolados.

A alimentação do motor no sentido horário pode ser observada no


esquema a seguir:

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Fonte: Autor

Na posição “esquerda” sentido anti – horário, temos a fase “R”


alimentando o terminal e a fase “S” alimentando os terminais 4 e 6.

Essa ocorrência pode ser observada no esquema a seguir:

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Fonte: Autor

A inversão do sentido rotação ocorre com a inversão do terminal 6 que


se interliga com os terminais 1 ou 4.

É bom lembrar que ao inverter o sentido de rotação de um motor


monofásico em movimento, sempre deve desligar e esperar que o motor
desacelere, pois se estiver em movimento nada vai ocorrer, pois o interruptor
centrifugo estará aberto, não permitindo a alimentação dos terminais (5 e 6) do
enrolamento auxiliar.

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3.4 CHAVE REVERSORA PARA MOTOR TRIFÁSICO

A chave reversora para motor trifásico, tem como funções básicas,


ligar/desligar e inverter o sentido de rotação do motor trifásico.

A seguir a foto de uma chave reversora trifásica.

Essa chave possui três posições: desligada, esquerda e direita.

Na posição desligado todos contatos estão abertos não permitindo uma


circulação de corrente elétrica no motor.

Na posição “direita” ocorre a alimentação dos terminais do motor e o


motor gira no sentido horário. Nessa posição temos as fases R, S e T
alimentando os terminais 1,2 e 3 do motor elétrico trifásico.

Essa ocorrência pode ser observada no esquema a seguir:

Fonte: Autor

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Na posição “esquerda” sentido anti-horário, temos as fases R, S e T


alimentando os terminais 2, 1 e 3 do motor elétrico trifásico.

A inversão do sentido de rotação de motor trifásico ocorre com a


inversão de duas fases, neste caso R e S, nos terminais 1 e 2.

Essa ocorrência pode ser observada no esquema a seguir:

Fonte: Autor

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3.5 CHAVE REVERSORA ESTRE-TRIÂNGULO

A chave reversora estrela-triângulo, tem como funções básicas:


ligar/desligar, alimentar o motor nas ligações estrela ou triângulo.

A seguir a foto de uma chave reversora estrela-triângulo.

Essa chave possui três posições: desligada, estrela e triângulo.

Na posição desligado todos contato estão abertos não permitindo uma


circulação de corrente elétrica no motor.

Na posição “estrela” ocorre a alimentação dos terminais do motor para


esse tipo de ligação. Fases R,S e T alimentam os terminais 1,2 e 3 do motor
elétrico e os terminais 4,5 e 6 são interligados.

A seguir é apresentado o esquema desta ligação:

Fonte: Autor

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Na posição “triângulo” as fases R,S e T alimentam os terminais 1 e 6, 2 e


4, 3 e 5.

Segue abaixo o esquema desta ligação:

Fonte: Autor

3.6 CHAVE COMUTADORA PARA LIGAÇÃO DAHLANDER

A chave comutadora para ligação Dahlander é utilizada em motores com


esse tipo de ligação, normalmente chamados: motor Dahlander. Essa chave
tem como funções básicas, ligar/desligar alimentar o motor na ligação triângulo
ou na ligação dupla – estrela. Desta forma é possível obter duas velocidades
com o mesmo motor elétrico por meio de comutação de pólos.

Essa chave possui três posições: desligada, baixa velocidade e alta


velocidade.
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Na posição desligado todos contatos estão abertos não permitindo uma


circulação de corrente elétrica no motor.

Na posição “baixa velocidade fase” ocorre a alimentação dos terminais


do motor para esse tipo de ligação: fase “ R” no terminal “ U”, fase “S” no
terminal “W” e fase “T” no terminal “V”. Os terminais “X”, “Y” e “Z” do motor
ficam desligados. Desta forma, o motor é alimentado em triângulo – 8 pólos,
por exemplo. A seguir é apresentado o esquema desta ligação:

Fonte: Autor

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Na posição “alta velocidade” ocorre a seguinte ligação: fase “R” no


terminal “Z”, fase “S” no terminal “Y” e fase “T” no terminal “X”. Os terminais
“U”, „V” e “W” são interligados. O motor é alimentado em duplo-estrela- 4 pólos,
por exemplo. A seguir é apresentado o esquema desta ligação:

Fonte: Autor

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CAPÍTULO 4
ACIONAMENTOS DE COMANDOS E SINALIZADORES

É interessante observar uma pessoa ligar e comandar uma máquina


enorme acionando um pequeno botão.
Isso é possível e ocorre em toda planta industrial automatizada por um
comando elétrico, por meio dos botões de comando.
Esses equipamentos são pequenos e muito simples, quando analisado a
estrutura construtiva, mas tem um papel muito importante nos circuitos de
comando elétricos industriais, pois cabe a eles o envio de sinais para que
ocorram acionamentos, inversão de rotação ou outro tipo de manobra em
motores elétricos nos sistemas industriais.
Outro equipamento que tem uma atuação muito importante em
comandos elétricos são os sinalizadores, pois são os responsáveis pela
sinalização de toda ocorrência ou status do sistema durante o funcionamento
de uma planta industrial.
Neste capítulo você vai estudar os principais equipamentos para o
acionamento de comandos elétricos;botões de comando, chaves fim-de-curso,
sinalizadores, relé de proteção de falta de fase e relé de temperatura, utilizados
nos comandos de sistemas industriais.

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4.0 BOTÕES DE COMANDO

Os botões de comando, ou botoeiras, são equipamentos de comandos


elétricos com a finalidade de enviar um sinal elétrico para o acionamento de um
equipamento ou interrupção de um circuito de comando. O acionamento dos
botões de comando deve ser feito sempre por um operador.

A foto a seguir ilustra alguns modelos de botões:

Fonte: Autor

Esses botões são acoplados a painéis ou caixas que protegem seus


contatos e mecanismos de choques mecânicos, somente o elemento acionador
fica exposto.

Quanto a forma de acionamento do botão, temos dois tipos de botões de


comando: de impulso e com retenção.

O botão de impulso, muda a posição de seus contatos no momento do


acionamento, porém ao ser desacionado, seus contatos voltam a posição de

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origem. Enquanto que os botões de retenção mantêm o contato na nova


posição e para voltar a posição de origem é necessário um novo acionamento
no sentido contrário.

A seguir são apresentados a simbologia dos botões de impulso e com


retenção.

Fonte: Autor

4.1 CHAVES FIM-DE-CURSO

As chaves fim-de-curso são elementos de comando com a finalidade de


enviar sinais ao comando elétrico de um determinado sistema. Esse tipo de
equipamento é acionado por elementos de máquinas que compõe um sistema
industrial.

A função principal deste componente é “avisar” o comando que


determinada situação foi alcançada, como por exemplo, uma parte móvel de
máquina chegou numa determinada posição.

A seguir é apresentado a foto de uma chave fim-de-curso.

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Fonte: Catálogo Siemens

A seguir são apresentados a simbologia dos botões fim de curso.

Fonte: Autor

4.2 SINALIZADORES

Os sinalizadores são equipamentos de comandos elétricos com a


finalidade de sinalizar uma ocorrência ou status de um equipamento ou
máquina. Os sinalizadores são fabricados de diversas cores e formas.

Os mais comuns são os sonoros e luminosos.

Os sinalizadores sonoros poder ser buzinas ou campainhas. A principal


função desse equipamento num sistema industrial é alertar os operadores que
uma máquina iniciou um movimento ou uma ação de risco.

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Os sinalizadores luminosos são os mais utilizados nos painéis de


comando, pois com esse elemento é possível monitorar todo sistema da planta
industrial.

Segue abaixo a foto de um sinalizador luminoso.

Fonte: Catálogo Siemens

A norma define as cores e as condições que o sinalizador está


alertando. A tabela a seguir ilustra essa descrição.

COR CONDIÇÃO

Vermelho Condição normal

Amarelo Atenção ou Cuidado

Verde Pronto para operar

Branco Em operação normal

Azul Outras

Em sinalizações intermitentes deve se ter uma certa atenção, pois este


tipo de sinalização solicita uma atenção mais urgente.

A seguir são apresentados a simbologia para sinalização luminosa e


sonora

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Fonte: Autor

4.3 RELÉ DE PROTEÇÃO DE FALTA DE FASE

O relé de proteção de falta de fase é um equipamento de proteção para


um sistema de comandos elétricos industriais trifásicos, pois qualquer falha na
alimentação, queda de fase e neutro ou assimetria entre fases, esse relé
aciona o comando dando um sinal elétrico à lógica de relés.

A seguir é apresentado a foto de uma relé de proteção de falta de fase.

Fonte: Catálogo Siemens

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O relé de falta de fase possui terminais para entrada das fases e neutro,
três terminais do contato comutador de comando e um botão de ajuste de
sensibilidade de assimetria.

A função desse relé é de alertar o responsável pela manutenção do


sistema que está faltando uma fase ou neutro, ou ainda que o sistema está
assimétrico, por meio de sirene ou sinalizador visual. O contato do relé de
proteção de falta de fase pode ainda, desligar uma máquina, um motor, parte
do sistema ou todo sistema.

A atuação do relé no comando vai depender da lógica montada no


projeto. Esse equipamento possui um contato comutador para ser utilizado
nessa lógica.

Estando tudo normal, ou seja, tensão em todas as fases, os contatos de


comando permanecem na sua posição de repouso, contatos 11 e 12 fechados,
ocorrendo uma falta de fase, o contato 11 muda de posição abrindo com o
terminal 12 e fechando com o terminal 13.

Os esquemas abaixo ilustram a simbologia e os terminais de ligação


esse equipamento, para sistemas trifásicos com e sem o neutro.

R S T

3 FASES

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R S T

3 FASES + NEUTRO

A preocupação que se tem com relação à falta de fase num sistema


elétrico trifásico é que dependendo das cargas instaladas, a falta de uma fase
pode causar grandes prejuízos para a empresa.

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CAPÍTULO 5
CONTATORES

Quando falamos sobre os botões de comando,ficou evidente que aquele


pequeno botão era o responsável direto pela alimentação e manobra de uma
máquina independente do seu tipo e porte. Ou seja, é através de um botão
que o operador dá os comandos para que a máquina execute alguma ação.
Porém, quando falamos que a função principal de um botão era enviar
sinais elétricos ao comando elétrico da máquina, não ficou muito claro “quem” é
esse “comando elétrico”. Na verdade esse comando é composto por uma
associação de elementos, dentre eles temos o contador.
O contador é o elemento responsável pela lógica do comando e o
acionamento dos motores, enviando a tensão necessária aos terminais do
motor elétrico.
O trabalho que um operador tem que executar para ligar um motor por
meio de uma chave seccionadora pode ser substituído por um contator e um
botão de comando, desta forma, é possível acionar o motor elétrico a longas
distâncias acionando apenas um botão que liga um contator localizado em um
painel elétrico.
Como você já deve ter percebido, este será um empolgante capítulo que
fornecerá informações extremamente importantes para o seu desenvolvimento
técnico em comandos elétricos.

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5.0 CONTATORES

Contator é um dispositivo eletromecânico com a finalidade de abrir ou


fechar circuitos. O acionamento deste dispositivo é feito eletromagneticamente.
Esse equipamento é projetado para uma elevada freqüência de operação.

Nas fotos que seguem pode se observar modelo de contador.

Fonte: Catálogo Siemens

O contator tem duas funções básicas em comandos elétricos: lógica de


contatos e acionamento de motores. Para o funcionamento de motores, os
contatos são abertos ou fechados simultaneamente, energizando ou
desernezigando o motor.

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5.1 FUNCIONAMENTO

O contator possui uma bobina responsável pela movimentação do


núcleo. Ao ser alimentada, a bobina cria um campo magnético que atrai o
núcleo de ferro. Estão acoplados ao núcleo os contatos móveis responsáveis
pelo fechamento do circuito. Ao ser movimentado, o contato móvel se encontra
com os contatos fixos permitindo uma circulação de corrente elétrica.

Ao ser desernegiizado, cessa o campo magnético na bobina e ela deixa


de atrair o núcleo. Desta forma, molas colocadas sob o núcleo fazem com que
ele retorne a posição de repouso, abrindo assim o contato.

5.2 UTILIZAÇÃO DO CONTATOR

A utilização de contatores em sistemas industriais apresenta várias


vantagens:

 Comando a distância;

 Alto número de manobras;

 Ocupa pouco espaço;

 Maior segurança ao sistema e operador.

Para a instalação do contator é necessário que sejam observados


alguns detalhes. Os contatores devem ser instalados de preferência na posição
vertical em locais não sujeitos a trepidações.

Outro dado importante do contator é a categoria de emprego. A


categoria de emprego é um código normalizado que define o tipo de carga que
o contator vai acionar. Esse dado é importante no momento da especificação
do contador, sendo obtido no catálogo do fabricante.

A tabela a seguir apresenta algumas categorias de emprego:

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Categoria de Exemplos de utilização


emprego

AC1 Cargas resistivas.

Partida de motor de anel sem frenagem por


contracorrente.
AC2

Partida de motores de indução tipo gaiola de esquilo.

C3 Partida de motor de anel e frenagem por


contracorrente.

Partida de motores de indução tipo gaiola de esquilo.

Manobras intermitentes.

AC4 Frenagem por contracorrente.

Reversão.

DC1 Cargas não indutivas

Motores de derivação.

DC2 Partida e desligamento durante rotação.

5.3 TIPOS DE CONTATORES

Existem basicamente dois tipos de contatores; auxiliares e contatores de


potência. O fator principal que diferencia os dois tipos de contatores é a
capacidade de corrente elétrica nos contatos.

O contator de potência é utilizado para alimentar a carga que pode ser


um motor elétrico, por exemplo, logo seus contatos devem ter uma alta
capacidade de corrente elétrica, pois nesses contatos vai passar a corrente que
causa o movimento do motor.

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Esse tipo de contator possui os contatos principais, que vão alimentar o


motor e contatos auxiliares, normalmente 2NA e 2NF, para algum tipo de
ligação de comando ou sinalização. Ao especificar o contator, deve – se ter um
catálogo de fabricante em mãos para se observar esse dado.

Para especificar um contator, alguns dados são imprescindíveis: tensão


nominal da bobina, número de contatos principais e auxiliares e os dados de
trabalho da carga; tensão nominal, freqüência nominal e corrente nominal.

Ao executar um projeto de comandos elétricos a partir dos dados da


carga, utilizando o catálogo do fabricante, especifica – se o contator. Por
exemplo, o contator de potência 3TF40 da Siemens tem as seguintes
especificações de catálogo.

Contatos auxiliares 2NA + 2NF

Categoria AC4 Motor trifásico

Potência da carga 220V 1 CV/0,75kW

Fusível de proteção (NH) 16 A

Dimensões (mm) 45 x 75 x 100

O contator auxiliar é utilizado para montar a lógica de acionamento do


comando e também para aumentar o número dos contatos auxiliares dos
contatores de potência, quando ligados em paralelo,ou sendo alimentado por
um contato aberto do contator de potência. Seus contaos têm baixa capacidade
de corrente elétrica, pois nesses contatos vai passar a contar das bobinas dos
contatores que serão acionados.

Para especificar um contator auxiliar é necessário que se tenha um


catálogo de fabricante para obter os dados de quantidade de contatos, fusível
de proteção e dimensões, conforme o modelo.

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A seguir é apresentado os dados de um catálogo.

Fonte: Catálogo Siemens

5.4 TERMINAIS DAS BOBINAS DOS CONTATORES

As bobinas são especificadas como A1 e A2, conforme simbologia


abaixo.

Fonte: Autor

O circuito principal deve ser identificado por números unitários e por um


sistema alfa numérico.

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Fonte: Catálogo WEG

5.5 TERMINAIS DOS CIRCUITOS AUXILIARES DOS CONTATORES

Devem ser marcados ou identificados nos diagramas, com dois números


a saber:

1. A unidade representa a função do contato;

2. A dezena representa a sequencia de numeração.

Fonte: Autor

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5.6 FUNCIONAMENTO DOS CONTATORES

Quando a bobina do contator é energizada seus contatos comutam.


Analisemos o circuito abaixo.

Fonte: Autor

Quando a botoeira B1 for pressionada o contator K1 será energizado.


Veja a figura abaixo.

Fonte: Autor

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O contator K1 sendo energizado seu contato K1 será comutado de


aberto para fechado, permitindo o fluxo de corrente para lâmpada. Veja figura
abaixo.

Fonte: Autor

Assim que a botoeira B1 abrir o contator K1 será desenergizado levando


seu contato ao repouso, ou seja ao estado aberto.

Fonte: Autor

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CAPÍTULO 6
SISTEMA DE PARTIDA DE MOTORES

Quando você precisa empurrar um carro, no início, quando o carro ainda


está parado é necessário que imprima muita força para que ele inicie um
movimento. Porém, depois que o carro começa a se movimentar, cada passo
fica mais fácil.
É claro que isso ocorre devido a inércia, no inicio do movimento a força
necessária para que um objeto se desloque com certeza será bem maior do
que a força necessária para manter o corpo em movimento.
No caso dos motores elétricos não é diferente, o campo magnético
necessário para fazer com que o eixo do motor inicie um movimento é bem
maior do que o campo magnético que vai manter o eixo do motor em
movimento.
Como já se sabe, a corrente elétrica é a responsável pela geração do
campo magnético do motor, desta forma, a corrente elétrica necessária na
partida do motor é bem maior que a corrente necessária para manter o motor
em funcionamento.
Para que essa alta corrente de partida não cause problemas na
instalação elétrica, utilizamos alguns sistemas que amenizam essa elevação de
corrente de partida.
A escolha correta do sistema de partida de motores é uma das regras
básicas para se obter uma vida útil prolongada, além disto podemos dizer que
isto trás uma tranqüilidade a equipe de manutenção da indústria. Neste capítulo
vamos estudar os principais sistemas de partida de motores elétricos.

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6.0 PARTIDA DIRETA

É o método de partida mais básico, neste não são empregados


dispositivos especiais para acionamento do motor, dentre os quais são
utilizados: contatores, disjuntores ou chaves interruptoras.

Os motores podem partir diretamente da rede se forem satisfeitas as


seguintes condições:

1. A corrente de partida do motor é de baixo valor

2. A partida do motor é feita sem carga, o que reduz a duração da corrente de


partida e, consequentemente, atenua os efeitos sobre a alimentação.

Os fatores que impedem a partida dos motores são:

1. A potência do motor é superior ao máximo permitido pela concessionária


local, normalmente estabelecida em 5 cv, quando a unidade de consumo é
alimentada em baixa tensão pela rede concessionária;

2. A carga a ser acionada necessita de acionamento lento.

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6.0.1 ESQUEMA ELÉTRICO

Fonte: Autor

No esquema acima, temos um contator responsável pela alimentação


das fases do motor. Ao acionar a botoeira (S1), o contator K1 é alimentado
comutando os estados de seus contatos, logo o contato K1 é fechado
permitindo a passagem de corrente. No momento que soltar o botão S1, o
contator se manter energizado pelo contato K1. Esse contato K1 é chamado de
contato de selo.

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Para desligar o motor, aciona-se o botão S0, que desenergiza o contator


K1 o qual abre seu contato NA que estava fechados e o circuito volta a sua
posição inicial.

Durante o funcionamento normal do motor, caso ocorra uma


sobrecorrente no circuito de potência do motor, o relé térmico F7 abre seu
contato no comando, interrompendo a alimentação do contator K1, desligando
assim o motor.

6.1 PARTIDA ESTRELA – TRIÂNGULO

Em instalações elétricas industriais, podem ser usadas chaves estrela-


triângulo como forma de suavizar os efeitos dos motores elétricos.

O acionamento de um motor elétrico através de chaves estrela-triângulo


este deve possuir seis terminais acessíveis e dispor de dupla tensão nominal
220/380V ou 380/660V.

O procedimento para acionamento do motor é feito, inicialmente,


ligando-o na configuração estrela até que seja alcançado uma velocidade
próxima a velocidade de regime, quando, então, esta conexão é desfeita e
executada a ligação em triângulo. Durante a partida estrela, a corrente de
partida fica reduzida a 1/3 de seu valor nominal.

Podemos definir as vantagens deste modo de partida como:

1. Custo reduzido;

2. Elevado número de manobras;

3. Corrente de partida reduzida a 1/3 da nominal;

4. Baixas quedas de tensão durante a partida;

Podemos definir as desvantagens deste modo de partida como:

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1. Aplicação específica com dupla tensão nominal e que disponham de pelo


menos seis terminais acessíveis;

2. A tensão de rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor;

3. O motor deve alcançar, pelo menos, 90% de sua velocidade de regime


para que, durante a comutação, a corrente não atinja valores elevados.

Na partida estrela – triângulo, contatores são fechados para ligação


estrela e logo após um tempo predeterminado por um temporizador essa
ligação é desfeita e o motor é fechado em triângulo.

Na ligação estrela o motor é alimentado com as fases L1, L2 e L3 nos


terminais 1, 2 e 3 e 4,5 e 6 são curto-circuitados. Na ligação triângulo, a fase de
L1 deve alimentar 1 e 6, L2 deve alimentar 2 e 4 e L3 3 e 5. Veja figura abaixo:

Fonte: Autor

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Fonte: Autor

Essas ligações nos terminais do motor são feitas por meio dos
contatores K1, K2 e K3. Vejamos o esquema elétrico.

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6.1.1 ESQUEMA ELÉTRICO

Fonte: Autor

No esquema acima, o motor é fechado em estrela, quando pressionado


o botão S1, pois entram os contatores K1 e K2. O contator K1 alimenta os
terminais 1, 2 e 3 do motor e o contator K2 curto-circuita os terminais 4, 5 e 6.

Em paralelo com K2 temos um temporizador, logo esse temporizador


começa a contar um tempo predeterminado. Passado esse tempo ele atua
abrindo o seu contato K6. Abrindo esse contato K2 é desernegizado e seu
contato selo é aberto, ou seja, contato em paralelo com o contato NF de K1.

No momento que K2 foi desernegizado, seu contato NF volta a posição


de repouso, fechado, e contator K3 é energizado. Desta forma o motor é
alimentado em triângulo com a tensão nominal.

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6.2 PARTIDA REVERSORA

Quando se há necessidade de rotação do motor em dois sentidos faz-se


uso de uma chave reversora. Para realizar este tipo de manobra utilizamos de
dois contatores de força, sendo um responsável pelo sentido horário e outro
por rotacionar no sentido anti – horário.

Para realizar a rotação no sentido anti – horário devemos inverter uma


das fases ligadas ao motor. Assim teremos as seguintes ligações para o motor:

Sentido horário:

Fase L1  1

Fase L2  2

Fase L3  3

Sentido horário:

Fase L1  2

Fase L2  1

Fase L3  3

Note, de acordo com as ligações apresentadas foi invertido as fases


ligadas as bobinas 1 e 2 para rotação no sentido anti – horário.

6.2.1 ESQUEMA ELÉTRICO

No esquema abaixo, o motor é alimentado por meio de dois contatores,


quando pressionado o botão S1 o contator K1 e o temporizador são
alimentados, o primeiro alimenta as fases L1, L2 e L1 as bobinas 1,2 e 3
respectivamente fazendo o motor girar no sentido horário. O temporizador
quando alimentado inicia uma contagem descrescente, cessando esta seus
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contatos comutam, o contato NF deste é aberto impedindo o fluxo de corrente


para contator K1 retirando o motor do sentido de giro horário, já o contato NA
quando comutado irá permitir o fluxo de corrente para o contator K2.

O contator K2 quando alimentado comutará o estado de seus contatos


de força sendo assim as fases L1, L2 e L3 alimentarão as bobinas 2, 1 e 3
respectivamente, levando o motor a rotacionar no sentido anti – horário.

Fonte: Autor

6.3 PARTIDA PARA MOTORES DO TIPO DAHLANDER

Este tipo de partida é especifica para motores do tipo Dahlander.


Motores deste tipo tem como característica a rotação em duas velocidades,
sendo uma o dobro da outra, ou seja velocidades alta e baixa.

Para ligação em baixa e alta velocidade sua ligação deve obedecer:

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Para este fechamento as


fases R,S e T devem ser
ligadas aos terminais U1,
V1 e W1 do motor. Os
terminais U2, V2 e W2
devem ser mantidos em
aberto.

Para este fechamento as


fases R,S e T devem ser
ligadas aos terminais U2,
V2 e W2 do motor. Os
terminais U1, V1 e W1
devem ser curto –
circuitados.

Fonte: Autor

6.3.1 ESQUEMA ELÉTRICO

No esquema abaixo, para ligação em baixa velocidade devemos fazer


uso de apenas um contator (K1), pois de acordo com este fechamento os
terminais U2, V2 e W2 devem manter-se em aberto.

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Fonte: Autor

Para ligação do motor em baixa velocidade primeiramente pressionamos


a botoeira liga a qual permitirá o fluxo de corrente para o contator K1,
temporizador T1 e a lâmpada de sinalização L1, estes têm as seguintes
características:

 Contator K1 : Quando energizado comutará o estado de seus


contatos, que no caso de seus contato de força NA será comutado
permitindo que as fases L1, L2 e L3 alimentem as bobinas U1, V1 e
W1, realizando assim a rotação em menor velocidade.

 Temporizador T1 : Quando alimentado iniciará uma contagem


decrescente para início da rotação em maior velocidade.

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 Sinalização L1 : Quando o contator K1 for alimentado este irá indicar


que o motor esta funcionando na menor velocidade.

Ao termino da contagem do temporizador T1 este comutará o estado de


seus contatos, o contato NF impedirá o fluxo de corrente para contator K1
retirando o motor da menor velocidade. O contato T1 NA permitirá o fluxo de
corrente para os contatores K2 e K3, estes tem as seguintes funções:

 Contator K2 : Quando energizado irá curto – circuitar os terminais U1,


V1 e W1.

 Contator K3 : Quando energizado irá levar as fases L1, L2 e L3 para


U2, V2 e W2 respectivamente.

Observe que quando o contator K2 é energizado o contator K3 também


será assim o motor irá rotacionar na maior velocidade. Veja diagrama de força
abaixo.

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Fonte: Autor

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6.4 CHAVE COMPENSADORA

É um equipamento destinado à partida com tensão reduzida de motores


de indução trifásicos, estas são constituídas por:

 3 Fusíveis;

 3 Contatores;

 1 Autotransformador;

 1 Relé bimetálico;

 2 Botoeiras;

 1 Relé de tempo;

 1 Lâmpada de sinalização verde;

 1 Lâmpada de sinalização vermelha;

 1 Transformador de comando.

O esquema mostrado abaixo representa o diagrama de comando de


uma chave compensadora automática. A sua operação é iniciada quando
pressionado a botoeira S0, a qual energiza a bobina do contator C3 que
comuta o estado de seus contatos, assim conectando o autotransformador em
estrela e energizando a bobina do contator C2 e do relé de tempo através do
contato auxiliar de C3.

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Fonte: Autor

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Fonte: Autor

Como a botoeira S0 é do tipo pulso a abertura desta, através da ação de


sua mola, as bobinas dos contatores C2, C3 e do relé de tempo continuam
energizadas por meio do contato auxiliar de C2 do contator C2. O motor, inicia
então o arranque com tensão reduzida, de acordo com o ajuste do tape do
autotransformador.

Decorrido um determinado tempo previamente ajustado de maneira que


o motor já tenha adquirido uma velocidade próxima da nominal, o relé de tempo
abre o seu contato T1 desligando o contator C3, permitindo que o motor fique

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energizado com tensão de alimentação reduzida, ainda por algumas espiras do


autotransformador. O contator C1 é energizado pelo contato auxiliar de C3,
acionado pela operação de retorno do contator C3. O contator C1 quando
operado, abre o abre seu contato NF, desenergizando o contator C2,
permitindo, assim, que o motor fique submetido à tensão normal de
alimentação.

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CAPÍTULO 7
RELÉS TÉRMICOS E TEMPORIZADORES

Você já parou para pensar o que pode acontecer com um motor elétrico
se o seu eixo travar por um problema mecânico? Com certeza vai queimar,
pois a corrente elétrica vai aumentar tentando vencer essa barreira e ocorrerá
um sobreaquecimento nas bobinas do motor.
Nem é preciso ser tão radical travando o eixo do motor para que ocorra
uma anomalia no sistema, basta uma sobrecarga e o motor corre risco de
queimar.
Como já se sabe, a função dos fusíveis industriais não é proteger o
motor contra sobre-carga é apenas curto-circuito, logo de nada adianta o
fusível nesses casos de sobrecarga no motor.
Para evitar esse tipo de problema em instalações de sistemas com
motores, Serpa necessário a instalação de um componente chamado relé
térmico nos circuitos de comando dos motores elétricos. Eles serão os
protetores dos motores elétricos contra as sobrecargas.
Nesse capítulo você terá a oportunidade de conhecer esse componente.
Também será apresentado um outro componente muito utilizado nas lógicas
dos circuitos de comando, o relé temporizador, responsável por paradas pré-
programadas na lógica do circuito.
Como você pode ver, temos muita novidade pela frente para compor
seus conhecimentos em comandos elétricos

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7.0 RELÉS TÉRMICOS

Os relés térmicos, são componentes de proteção utilizados em circuitos


de comando de motores elétricos. Esse componente é utilizado no circuito para
proteção contra sobrecarga.

A seguir é apresentado a foto de um modelo deste componente.

Fonte: Catálogo WEG

Como já estudamos anteriormente, os fusíveis, também são dispositivos


de proteção, responsáveis por proteção contra curto-circuito e no caso de uma
anomalia ele rompe o elo – fusível e precisa de ser substituído. Já o relé
térmico, ao abrir um circuito por motivo de sobrecorrente pode ser rearmado e
continua em uso sem a necessidade de substituição.

As principais vantagens na utilização dos relés térmicos são:

1. Proteção do circuito contra correntes acima de valores predeterminados;

2. Não desarma com corrente de pico na partida de motores;

3. Sinaliza o desarme;

4. Permite a utilização de contatos NA e NF para sinalização e comando.

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Para proteção do circuito de comando fazemos uso dos contatos NA ou


NF, conforme abaixo:

Fonte: Catálogo WEG

Fonte: Cade Simu

Para proteção do motor fazemos uso dos contatos NA, conforme abaixo:

RELÉ TÉRMICO

Fonte: Cade Simu

Os relé são acoplados aos contatores e devem ser especificados


utilizando-se catálogo de fabricante. A sua especificação é feita conforme o
modelo do contator e a faixa de corrente que esse relé deve proteger.

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Normalmente o relé térmico é equipado com um conjunto de contatos


com 1NA + 1NF, botão de rearme manual para travamento automático (azul),
botão de teste - desliga (vermelho), indicador visual de disparo por sobrecarga
(verde).

A foto a seguir ilustra esses acessórios.

Fonte: Catálogo WEG

7.1 TEMPORIZADORES

Os temporizadores, também conhecidos como relés de tempo, são


dispositivos elétricos utilizados em circuitos de comando com a função de
causar o acionamento de um determinado componente após um tempo
determinado.

A seguir é apresentado a foto de modelos de relé temporizador.

Fonte: Catálogo SIEMENS

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O temporizadores mais comumente utilizados nos circuitos de comando


são constituídos por circuitos eletrônicos, que temporizam e acionam um relé
magnético com contatos abertos e fechados.

Esse dispositivo tem várias utilidades nos circuitos de comandos, tais


como: temporização em lógicas de comandos, partidas seqüenciais de motores
elétricos, sistemas de partida de motores e muitas outras utilidades.

Assim como o contator este consiste em uma bobina e contatos NA e


NF, conforme figura abaixo:

Fonte: Autor

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CAPÍTULO 8
CADE SIMU

O Cade Simu é um software específico para comandos elétricos, neste é


permitido a montagem de circuitos de comando e força com simulação. Existe
uma vasta opção de dispositivos de comando, tais como: contatores,
temporizados, sensores, motores, botões, fusíveis, sinalizações, dentre outros.

Neste capítulo vamos conhecer onde estão as ferramentas disponíveis


neste software.

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8.0 DOWLOAD DO PROGRAMA

Para dowload do programa siga os seguintes passos:

1 – Acesse o seguinte endereço:

http://personales.ya.com/canalPLC

2 – Na tela principal, no lado esquerdo clique em descarga.

3 – Desça a barra de rolagem e clique em CADE_SIMU.zip, para realizar


dowload do programa.

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4 – Ao abrir o programa insira a senha 4962.

8.1 FERRAMENTAS DO PROGRAMA

Na figura mostrada abaixo temos as ferramentas utilizadas em nossos


comandos. Dentre as quais destacamos: contatores, temporizadores, motores,
contatos, sensores.

Fonte: Autor

Clicando no icone mostrado abaixo nós temos as alimentações para os


cabos de alimentação.

Fonte: Autor

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Clicando no ícone mostrado abaixo nós temos os tipos de cabos que


podem ser utilizados. Cabos de fase, neutro, positivo, negativo, etc.

Fonte: Autor

Um outro icone bastante importante são as bobinas, neste existem


varios tipos dentre os quais temos: eletrovalvula, contatores, temporizadores,
sinalizações, buzinas e etc. Vejamos a figura abaixo.

Fonte: Autor

Neste icone mostrado abaixo nos temos contatos para temporizadores e


temporizadores.

Contatos para Contatores Contatos para Temporizadores

Fonte: Autor

O software cadê simu permite simulação dos circuitos de comando e


força, para realização desta simulação temos os seguintes ícones, mostrados
abaixo.
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Fonte: Autor

Iniciar simulação

Parar simulação

Outro bloco importante são os botões (acionamentos). Existem diversos


tipos, pulsadores, retentores, fim de curso, relé, etc.

Fonte: Autor

Um dos dispositivos muito importantes nos circuitos de comandos são os


temporizadores, localizado conforme figura abaixo.

Fonte: Autor

Os motores disponíveis são diversos. Sua localização é mostrada na


figura abaixo.

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Fonte: Autor

Para acionamento dos motores fazemos uso dos contatores de força


mostrados abaixo.

Fonte: Autor

Para proteção dos circuitos de comando e força podemos fazer uso dos
fusíveis, localizados conforme figura abaixo.

Fonte: Autor

Outros dispositivos de proteção são os disjuntores e relé térmico,


mostrados abaixo.

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Fonte: Autor

O Cade Simu também disponibiliza diversos tipos de sensores,


mostrados abaixo.

Fonte: Autor

Para dispositivos que possuem alimentação inferior a alimentação da


rede, o Cade Simu disponibiliza a fonte de alimentação mostrada abaixo.

Fonte: Autor

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Também encontra-se disponível o dispositivo transformador, mostrado


abaixo.

Fonte: Autor

Para sistemas de conversão de sinais de tensão AC – CC pode-se fazer


uso de ponte retificadora mostrada abaixo.

Fonte: Autor

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CAPÍTULO 9
APLICAÇÃO PRÁTICA
PROCESSO DE ENCHIMENTE DE BARRIL DE
SOLVENTE

Como já sabemos ao longo de todo o curso em processos industriais o


uso de dispositivos de comando são muito utilizados, neste capitulo vamos
descrever passo a passo o desenvolvimento de um processo industrial. Para
visualização de outros processos industriais de forma detalhada favor consultar
nosso curso.

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9.1 DESCRITIVO DO PROCESSO

O processo mostrado abaixo consiste no enchimento de barris de


solvente, este consiste em duas esteira, a esteira a esquerda é utilizada a fim
de levar barris vazios para a esteira a direita para inicio do processo de
enchimento. Estando a estira posicionada na esteira a direita o barril é levado
ao ponto abaixo do reservatório e então o enchimento é iniciado, ao término o
barril é levado ao final da esteira e o operador então deverá retirá-lo.

O processo proposto consiste em diversos dispositivos de controle,


vejamos a função de cada um dos componentes:

 Sensor 1 : Responsável por detectar barris disponíveis para o


processo de enchimento. Caso não seja detectado barris nesta esteira uma
indicação visual e sonora serão acionados.

 Sensor 2 : Responsável por garantir a entrada de apenas um barril


para o processo de enchimento. Para garantir a entrada de apenas um barril
faz-se uso do pistão 1.

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 Sensor 3 : Responsável por realizar a parada do barril no ponto


central para início do processo de enchimento. Para realizar a parada central
faz-se uso do pistão 2. Para o processo de enchimento a eletroválvula irá
liberar o líquido para entrada no barril.

 Sensor 4 : Responsável por detectar o enchimento do barril.

 Sensor 5: Responsável por detectar acumulo de barris cheios. Caso


isto ocorra são acionados indicações luminosas e sonora.

9.2 DESENVOLVIMENTO DO CIRCUITO DE COMANDO

Em nosso projeto proposto, a alimentação dos elementos de comando


ocorre em 24V contínuo, para isto utilizamos uma fonte 220V para 24V.

Para a proteção de todo comando utilizaremos um disjuntor monofásico


na saída da fonte.

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Para início do processo de enchimento do barril, primeiramente deve-se


observar que o transporte tenha barril em sua esteira, para isto temos um
sensor indutivo, especificado no projeto como sensor 1, no início do transporte,
para nos certificarmos a existência dos recipientes.

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Para que seja possível um melhor controle a equipe de operação, utilizamos


uma sinalização sonora e visual em caso de falta de barril na esteira. Caso o sensor 1
encontre-se em nível baixo, não tenha barril na esteira, a bobina do contator K6 estará
desernegizada acionando assim os indicadores luminosos e sonoro.

Indicativo luminoso e sonoro

Caso o sensor 1 detecte recipientes na esteira transportadora, este


comutará o estado de seu contato de normalmente aberto (NA) para
normalmente fechado (NF) fornecendo assim a tensão necessária a bobina do
contator K6, sendo assim o contato normalmente fechado deste comutará seu
estado para aberto impedindo assim que a indicação luminosa e sonora entrem
em acionamento, mostrando ao operador que a esteira possui recipientes
disponíveis ao processo.

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O sensor 2 é responsável por detectar a presença de recipientes na


entrada do processo, veja a figura abaixo.

A partir da detecção do recipiente pelo sensor indutivo 2, este energiza


uma válvula solenóide que através do movimento de pistões, por meio do ar
comprimido, impede que mais de uma caixa entre no processo de enchimento.
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Válvula solenóide

Estando o recipiente devidamente localizado abaixo do tanque de


enchimento de óleo, o sensor 3,detectando a presença do recipiente, comuta o
estado de seu contato, energizando assim a válvula solenóide, esta libera ar
comprimido que através do movimento de um pistão, impede o prosseguimento
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do recipiente, este também aciona outra válvula solenóide, esta responsável


por liberar o líquido para enchimento do recipiente.

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O sensor 4, mostrado na figura anterior, é responsável por detectar o


enchimento do recipiente de forma a evitar o transbordamento do mesmo.Este
também é responsável por liberar o recipiente para o prosseguimento do
processo, para isto, quando ativado energiza a bobina K3 comutando assim os
estados de seus contatos, estes realizam duas funções.

1 – Desernergiza a válvula solenóide, responsável por encher o


recipiente de óleo, evitando assim o transbordamento do barril e libera o barril
para o final do processo, desernegizando a válvula de acionamento do pistão.

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2 – Desernegiza a válvula solenóide, responsável por impedir a entrada


de dois recipientes no processo, logo libera mais um recipiente para o
enchimento.

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Em qualquer processo que se deseje automatizar é de suma importância


a existência de dispositivos que possam garantir a segurança do operador é do
equipamento, para isto inserimos no processo uma alternativa para impedir o
acumulo de recipientes cheios no final do processo, visto que o mesmo deve
ser retirado pelos operadores do equipamento.

Para detecção de acumulo de recipientes no final do transporte,


colocamos um sensor indutivo um pouco antes do final do transporte, como
mostrado na figura anterior, dando assim uma margem de acumulo, porém
caso o transportes acumule acima do especificado o sensor detectará este

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aumento e cessará o processo informando a equipe de operação de forma


luminosa e sonora.

Para o equipamento foi colocado um acionamento de emergência, caso


de suma importância para qualquer equipamento que se deseja automatizar,
este visa garantir a segurança de todos os participantes do processo evitando
assim possíveis acidentes.

Caso a emergência seja acionada, esta cessará toda alimentação para o


comando evitando assim que o processo continue.

NOTA: Para exemplos de outros processos acesse nosso curso e


veja de forma detalhada, com narração do professor, outros processos
industriais.

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9.3 CIRCUITO DE COMANDO COMPLETO

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CONCLUSÃO

Prezado aluno, espero ter contribuído de forma positiva para seu


crescimento profissional, continue estudando pois a tecnologia está em
constante desenvolvimento, dê um enfoque a seus estudos de “Comandos
Elétricos” utilizando o software cade simu pois este é um diferencial entre
técnicos. Dentre todos os softwares que conheço este é bem fácil de usar e
prático. Este material deve ser utilizado como suporte ao curso de Comandos
Elétricos do Buzzero (www.buzzero.com) do professor Robson Dias Ramalho,
pois o curso aborda o desenvolvimento dos circuitos de comando de forma
mais detalhadas por meio de narrações do professor. Lembre-se, durante a
realização do curso não acumule duvidas, retire suas duvidas quantas vezes
for necessário.

Fique com Deus e sucesso em sua profissão.

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