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Universidade Estadual de Campinas

Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica

Conjectura de Goldbach

Amanda Perin, RA: 165630


Cora Sanroman Duran e Cano, RA: 155056
Letícia Fernandes Soriani, RA: 178811
Mateus Santos Rocha, RA: 184116

Professor Fernando Eduardo Torres

1a Monografia do curso de MA553:


Teoria Aritmética dos Números ,
2◦ Sem/2017.

Campinas - SP
Sumário

1 Números primos 3

2 Introdução 4

3 História 5

4 Conjectura fraca de Goldbach 6

5 Conjectura forte de Goldbach 7

6 Conclusão 8

7 Referências 9
1 Números primos

Seja N = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, ...}.


Sejam a ∈ N e Div(a) o conjunto dos divisores de a.
Se card(Div(a)) = 2, a é dito um número primo. O conjunto P dos números primos é
dado por P = {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, ...} e, a partir da análise deste conjunto, é possível
notar que não existe uma fórmula para definir, à primeira vista, se um dado número x ∈ N
é tal que x ∈ P ou x ∈
/ P.
Apesar disso, a análise do conjunto P permite que percebamos, por exemplo, que:

• O único número par primo é o número 2 (se existisse outro número par primo, este
seria divisível por ele mesmo, por 2 e por 1, contradizendo a definição de número
primo);

• O único número primo múltiplo de 3 é o número 3 (se existisse outro número primo
múltiplo de 3, este seria divisível por ele mesmo, por 3 e por 1, contradizendo a
definição de número primo).

Sendo assim, pela definição de números primos, note que podemos escrever grande parte
dos números naturais como soma de alguns números primos, por exemplo:

• 6 = 3 + 3 (número par como soma de dois primos)

• 9 = 1 + 3 + 5 (número ímpar como soma de três primos)

• 12 = 7 + 5 (número par como soma de dois primos)

• 17 = 2 + 2 + 13 (número primo ímpar como soma de três primos)


2 Introdução

O estudo dos números primos é um dos assuntos mais intrigantes da Teoria dos Números,
devido ao fato de que estes possuem certas propriedades e estudos únicos.
Como citado anteriormente, diferentemente dos números pares e ímpares, por exemplo,
que são escritos como 2k e 2k+1, respectivamente, para algum k ∈ {0} ∪ N, os números
primos não possuem uma maneira única de escrita (até hoje, nunca foi encontrada uma
fórmula que envolva todos os números x ∈ P, exceto, é claro, sua definição). Durante séculos,
diversos matemáticos tentaram solucionar esse problema, mas nenhum obteve êxito.
Outro problema envolvendo os números primos é a chamada Conjectura de Goldbach.
Uma conjectura é uma afirmação não demonstrada. O problema em torno da conjectura de
Goldbach é que ainda não se encontrou um contra-exemplo que a revele falsa, porém não
existe, até o momento, nenhuma demonstração que a prove verdadeira. O objetivo desse
estudo é mostrar o que é a conjectura de Goldbach e o que já foi estudado sobre ela.
3 História

Christian Goldbach foi um matemático prussiano que viveu no século XVIII, contem-
porâneo de Leonhard Euler, outro matemático importante. Em uma carta, escrita em 7 de
Junho de 1742, Goldbach propõe pra Euler a seguinte conjectura:

“Todo inteiro par maior que 2 pode ser escrito como a soma de 3 números primos.”

Como Goldbach considerava o número 1 como primo, podemos adaptar a conjectura


para a definição atual de números primos, que exclui o 1, já que card(Div(1)) = 1:

“Todo inteiro par maior que 5 pode ser escrito como a soma de 3 números primos.”

Euler, então, se interessou pelo assunto e respondeu a carta, propondo que a conjectura
era equivalente à seguinte afirmação:

“Todo inteiro par maior que 2 pode ser escrito como a soma de 2 números primos.”

Euler disse em carta que estava certo de que a conjectura era verdadeira, mesmo não
sabendo demonstrá-la. Até hoje não conseguimos provar que a afirmação é verdadeira, mas
muitos estudos desde então demonstraram resultados que são, no mínimo, interessantes.
4 Conjectura fraca de Goldbach

Conjectura fraca de Goldbach: Todo número ímpar maior que 7 pode ser escrito
como soma de 3 números primos.

Chamamos essa conjectura de “fraca”, pois possui hipóteses mais rigorosas do que a
conjectura forte. Caso assumamos a conjectura forte como verdadeira, a sua versão fraca
é um corolário demonstrável. Porém, essa conjectura pode ser demonstrada verdadeira
mesmo sem assumir que a versão forte é verdadeira.
Em 1923, Godfrey Harold Hardy e Jhon Ederson Littlewood mostraram que, se as-
sumirmos a Hipótese Generalizada de Riemann[1] como verdadeira, a conjectura fraca de
Goldbach é verdadeira para todo n ímpar maior que algum determinado N natural. Porém,
Ivan M. Vinogradov chegou ao mesmo resultado sem assumir como verdadeira a Hipótese
Generalizada de Riemann. Seu aluno, K. Borodzin, demonstrou que N ≤ 314348907, mas,
com o passar do tempo, a cota superior para N foi diminuindo através de novos estudos.
Em 1997, foi provado que, assumindo a Hipótese de Riemann como verdadeira, a con-
jectura é válida para todos os números, e em 2002, sem assumir a hipótese de Riemann,
chegou-se a N ≈ e3100 . O problema é que não se pode verificar todos os números me-
nores que e3100 computacionalmente, devido à gigantesca complexidade e quantidade de
algarismos envolvidos (O número e3100 tem aproximadamente 1346 casas).
A demonstração final da conjectura (sem impor nenhuma condição extra) foi feita em
2013, por Harald Helfgott. Ele publicou dois trabalhos que, em 2015, lhe renderam o Prêmio
de Pesquisa Humboldt por demonstrar verdadeira a conjectura fraca de Goldach.
5 Conjectura forte de Goldbach

Conjectura forte de Goldbach: Se n é um número natural maior que 1, então exis-


tem números primos p e q tais que 2n = p + q.

Chamamos essa conjectura de “forte” porque, assumindo esta como verdadeira, a con-
jectura fraca é demonstrada como corolário, porém, não temos como assumir a conjectura
forte como verdadeira, pois não existem demonstrações que a provem.
O primeiro avanço real que se obteve no estudo da conjectura forte de Goldbach ocorreu
em 1930. O matemático Lev Genrikhovich Shnirelman demonstrou que qualquer número
natural pode ser escrito como uma soma de, no máximo, 20 números primos.
Já Matveyevich Vinogradov, em 1937, demonstrou que é possível definir um número
natural N tal que todo natural n > N ímpar pode ser escrito como soma de até 3 números
primos, porém, não define nada sobre N. Esta “descoberta” foi importante, pois mostrou
que sua afirmação era verdadeira para os naturais a menos de um número finito de números.
O mais próximo que já se chegou da demonstração foi o resultado obtido pelo matemá-
tico chinês Chen Jing Run, em 1973. Ele demonstrou que existe um N natural tal que para
todo n > N par, podemos escrever n = p + q, onde p é primo e q pode ser obtido pelo
produto de no máximo dois números primos.
Porém, mesmo com esses avanços, a demonstração da Conjectura Forte de Goldbach
permanece como um dos mistérios da matemática ainda não resolvidos.
6 Conclusão

Mesmo sendo um dos assuntos mais antigos e conhecidos da Teoria dos Números, a
Conjectura de Goldbach, como foi visto anteriormente, ainda não foi demonstrada.
Cálculos realizados em computadores de ponta mostraram que a conjectura é válida
para números naturais até 4 ·1018 , todavia, não é possível mostrar, pelas máquinas, que ela
é válida para todo e qualquer x ∈ N, uma vez que existem infinitos números naturais.
Caso a demonstração de tal conjectura ocorresse, inúmeras áreas além da Matemática
seriam beneficiadas. Pelo fato dos números primos serem objeto de estudo em diferentes
ramos matemáticos, a demonstração de uma característica válida para todos os números do
conjunto P pode auxiliar diversas áreas pelo mundo.
Por exemplo, a demonstração da Conjectura de Goldbach influenciaria na chamada
Criptografia RSA, cuja base está no uso de números primos para a geração de códigos.
Referências

[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjetura_de_Goldbach

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Conjectura_fraca_de_Goldbach

[3] www.uff.br/sintoniamatematica/grandestemaseproblemas/
grandestemaseproblemas-html/audio-goldbach-br.html

[4] https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_generalizada_de_Riemann

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