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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR

PRESIDENTEDO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO


PAULO – SP

Michelle, menor impúbere, neste ato representado por sua genitora Gabriela, nos autos
da presente AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER em face do Prefeito de São Paulo
– SP, vem, por seu advogado infra-assinado com endereço eletrônico (e-mail do
advogado), mostrando seu inconformismo com a decisão de fls. XX, interpor o presente
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO LIMINAR, com
fundamento no artigo 1.015, V do Código de Processo Civil, pelas razões de fato e de
direito abaixo aduzida.

I – DA DECISÃO RECORRIDA

A agravante foi matriculada e iniciou seus estudos em instituição de ensino privada para
cursar o Maternal da Educação Infantil, tendo em vista que sua mãe Gabriela e seu Pai
Paulo trabalham em período integral, não conseguindo dar devido auxilio a menor
Michelle, porém a menor só fora matriculada em instituição privada pois não tinha vaga
em nenhuma creche municipal, não restando outra alternativa a não ser matricula-la em
creche particular. Entretanto, tal situação vem comprometendo a renda do casal Paulo e
Gabriela, pais da menor Michelle, uma vez que ambos não recebem o suficiente para
conseguir arcar com as despesas de uma creche privada, comprometendo os direitos
sociais desta família, os quais resguardados pelo artigo 6º da Constituição Federal.
Mediante tal situação, Michelle representada por sua genitora Gabriela, ingressou com
ação de obrigação de fazer contra o Prefeito do Estado de São Paulo, requerendo a
colocação de sua filha em uma das creches municipais, bem como danos materiais pelos
valores pagos na creche particular, uma vez que estão passando por dificuldades devido
à ausência de vaga nas creches municipais, que é dever do Prefeito assegurar que todas
as crianças do Estado de São Paulo tendam devida assistência educacional.
Contudo, para sua surpresa o magistrado julgou antecipadamente o mérito quanto o
pedido de obrigação de fazer, que foi indeferido, sob a alegação de que a prefeitura não
está obrigada a criar vagas suplementares.

Insatisfeita e indignada com o julgamento do mérito da ação, a agravante pede reexame


do mérito. Tendo em vista que o Prefeito não vem cumprindo completamente com suas
obrigações com suas crianças e adolescentes, negando-lhes sua proteção integral
preconizada na legislação pátria, notadamente no estatuto menorista (Lei Federal nº
8.069/90). Vislumbrou-se que o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do
Adolescente, o Conselho Tutelar e o Fundo da Infância e Juventude – instrumentos
obrigatórios na defesa dos direitos de nossas crianças e adolescentes – não foram
implementados, o que vem trazendo grandes e irreparáveis prejuízos àqueles, aos seus
respectivos pais e, consequentemente, a toda a comunidade local.

DO CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Como restou demonstrado, o magistrado de primeira instância julgou antecipadamente o


mérito para que o agravado efetivasse a matricula da agravante dentro de seu sistema
interno para garantir o seu direito líquido e certo de acesso à educação, bem como
ressarcimento dos danos materiais sofridos pela menor.

Desta forma, não restou a agravante outra alternativa senão a de interpor o presente
recurso de agravo de instrumento amparado pelo rol taxativo do artigo 1.015 do CPC,
“in verbis”:

“Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra decisões interlocutórias que versam
sobre:

I – tutelas provisórias; (...)” (grifo nosso)

Ademais a situação é de urgência pois não poderia aguardar até o momento de eventual
recurso de apelação para ver a decisão reformada, razão pela qual, no presente caso,
apena tem cabimento o recurso de agravo de instrumento com pedido liminar.

DAS RAZÕES PARA REFORMA DA DECISÃO

Em primeiro plano é importante citar que o pedido liminar de antecipação de tutela


depende da plausibilidade do direito invocado, ou seja, não se faz necessária a certeza
do direito e sim uma verossimilhança do direto requerido pela antecipação de tutela,
outro ponto de suma importância para concessão do pedido liminar é demonstrar o
“periculum in mora”, ou seja, o perigo da demora na concessão da liminar de tutela
antecipada no qual possa causar ao requerente dano próximo ou iminente que se
relaciona com uma lesão que provavelmente deva ocorrer antes da solução definitiva de
mérito.

O Código de Processo Civil buscou discorrer sobre o assunto em questão como


podemos observar, vejamos.

“Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência


Parágrafo único. A tutela provisória de urgência cautelar ou antecipada, pode ser
concedida em caráter antecedente ou incidental”

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.

§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação


prévia.”

Outrossim resta claro que no caso em tela a agravante cumpriu os requisitos para a
concessão da liminar de tutela provisória antecipada, vejamos nobres julgadores,
verifica-se o “fumus boni juris” na plausibilidade do direito de a agravante em poder
acessar níveis mais elevados de ensino conforme podemos observar no artigo 208,
inciso V do Texto Constitucional e artigo 54, inciso V do Estatuto da Criança e do
Adolescente, vejamos:

“Art. 208. O dever do estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

(...)

V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,


segundo a capacidade de cada um”

“Art. 54. É dever do estado assegurar à criança e ao adolescente:

(...)

V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa, e da criação artística,


segundo a capacidade de cada um”

Da mesma maneira o “periculum in mora” é notável, sendo que se não for concedida a
liminar de tutela antecipada a agravante não estará devidamente matriculada e
consequentemente deixará de frequentar a instituição de ensino cessando seus estudos, o
que lhe traria uma perda imensurável em sua construção social e intelectual.

Ademais o entendimento deste Egrégio Tribunal de Justiça vem sendo favorável a


concessão de pedido liminar de tutela de urgência antecipada conforme extraímos da
hodierna jurisprudência, “in verbis”.

APELAÇÃO MANDADO DE SEGURANÇA Pretensão ao reconhecimento do direito de


participar das aulas do Jardim I, afastado o óbice da idade mínima Segurança
corretamente concedida em primeiro grau Ilegal o óbice imposto pela autoridade
coatora à evolução educacional da impetrante para nível mais avançado - Direito
fundamental inserto no artigo 208 da Constituição Federal - Revisão do ato
impugnado, por outro lado, que se tornou inútil, sendo inócua eventual reforma da
sentença que, ratificando os efeitos da liminar deferida, concedeu a ordem de matrícula
para o ano letivo de 2013 Sentença mantida - Reexame necessário desacolhido; negado
provimento ao recurso da Municipalidade. (TJ-SP - Inteiro Teor. Apelação: APL
3151220138260539 SP 0000315-12.2013.8.26.0539)
“Reexame Necessário - Mandado de Segurança Ensino Fundamental -
Pretensão de matrícula de criança menor de seis anos de idade no 1º ano do
ensino fundamental Possibilidade Óbice imposto pela Administração que
não merece prosperar Deliberação do Conselho Estadual de Ensino que se
reveste em mera diretriz, não impedindo que casos especiais sejam
analisados individualmente, de modo a dar amplo cumprimento ao disposto
nos arts. 205 e 206 da CF e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, até
mesmo em observância aos princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade - Impetrante que evidencia desenvolvimento suficiente,
para ingressar em etapa de nível superior - Sentença mantida Recurso
improvido. (TJ-SP - Inteiro Teor. Reexame Necessário: REEX
28076420138260219 SP 0002807-64.2013.8.26.0219)

“Mandado de Segurança – Criança menor de cinco anos em 30 de junho do ano da


matrícula – Concessão de liminar e matrícula na segunda fase da Pré-escola - Jardim
II – Fim do ano letivo – Ausência de interesse recursal – Recurso não provido. (TJ-SP -
Inteiro Teor. Apelação / Reexame Necessário: REEX 18622420128260539 SP
0001862-24.2012.8.26.0539)”

MANDADO DE SEGURANÇA Ação proposta pelas instituições de ensino impetrantes


visando regularizar o cadastramento e recenseamento de alunos de 3 e 4 anos de idade
que desejam frequentar a pré-escola e o 1º ano do ensino fundamental respectivamente
- Segurança concedida. Observância à Constituição Federal que estabelece o direito
fundamental de acesso à educação Inaplicabilidade da deliberação CEE nº 73/2008 e
Lei nº 11.274/2006 - Sentença mantida. (TJ-SP - Inteiro Teor. Apelação / Reexame
Necessário: REEX 409866220118260114 SP 0040986-62.2011.8.26.0114)

Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA Matrícula escolar de criança,


menor de cinco anos, no ensino infantil. Impetrante que já cursou a 1ª fase
da pré-escola e teve obstada a sua matrícula na 2ª fase do curso, para o ano
letivo de 2011, em razão de não contar com idade mínima de 5 anos até o
dia 30/06 Inadmissibilidade O critério de idade para acesso às diferentes
etapas da educação foi escolhido pelo legislador, de forma objetiva, com
intuito de assegurar o acesso universal das crianças à educação. Contudo,
tal regramento estabelece uma presunção relativa de que determinada faixa
de idade torne o estudante mais apto, ou não, para acompanhamento do
ensino que lhe será oferecido Isso não significa que a criança,
simplesmente em razão da idade, não tenha efetivamente aptidão para
frequentar etapa de ensino que lhe é oferecida com êxito, caso em que, não
há óbice que lhe impeça o pleno desenvolvimento educacional TJSP,
precedentes Recurso do impetrante provido, improvidos o reexame
necessário e recurso voluntário da FESP. (TJ-SP - Inteiro Teor. Apelação /
Reexame Necessário: REEX 63709020118260363 SP 0006370-
90.2011.8.26.0363)

Assim sendo, é possível notar que o posicionamento deste Egrégio Tribunal é favorável
a pretensão da agravante no que cerne a concessão de liminar de tutela de urgência
antecipada para a efetivação da matricula da apelante no Jardim do Ensino Infantil,
sendo assim requer a reforma do respeitável despacho de fls. X e consequentemente a
concessão de liminar para que seja efetivado a matricula no sistema da secretaria
estadual de ensino, bem como ressarcimento dos danos materiais sofridos, com
fundamento nos preceitos constitucionais acima explanados tendo em vista que a
agravante possui direito e que a não concessão em caráter urgente desse direito
acarretaria na cessão de seus estudos o que traria um enorme prejuízo em sua formação
social e intelectual.

DOS REQUERIMENTOS E INFORMAÇÕES DO AGRAVO

Isto posto, a agravante requer que o presente recurso seja conhecido e em seu mérito
provido para reformar a decisão agravada de fls. Xx, no sentido de conceder a liminar
de tutela de urgência antecipada para que o agravado efetive a matricula da agravante no
sistema interno da secretaria estadual de educação e faça o ressarcimentos dos danos
materiais já mencionados.

Por fim requer a intimação do Ministério Público para que este se manifeste no presente
recurso de agravo de instrumento com pedido liminar.

Requer que as futuras notificações sejam remetidas ao subscritor da presente


advogados, ambos inscritos respectivamente na OAB/SP sob o nº e xxxxx, para o
seguinte endereço: endereço.

Nesses termos,

Pede deferimento.

São Paulo, xx de xxxx de xxxx

ADVOGADO

OAB
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Processo nº

NOME DA PARTE, já qualificada nos autos da Ação..., processo nº..., movido em face de...,
também devidamente qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, não se
conformando com a r. Decisão de fll., interpor

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I – Do Preparo

A Agravante deixa de efetuar o preparo, uma vez que já foi concedido o benefício da Justiça
Gratuita pelo Juízo de 1º grau, conforme fls..

II – Da Tempestividade

O presente Agravo de Instrumento é tempestivo, visto que a publicação de intimação ocorreu


em …./…./2016. Assim o prazo de 15 dias úteis para interposição do recurso termina no dia
…./…../2016.

III – Do Nome e endereço completo do advogado

O advogado que funciona no processo é apenas o advogado da Agravante, já que o Agravado


não possui advogados constituídos nos autos até o presente momento. (Caso a Agravado já
tenham constituído advogado deverá ser informado também)

Advogado do Agravante: Nome, inscrito na OAB/RJ sob o nº ……., com escritório profissional
estabelecido à (Endereço completo com o CEP).

IV – Da Juntada das peças obrigatórias e facultativas

A Agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pelo advogado nos termos do
artigo 425, IV do Código de Processo Civil, e, entre elas, encontram-se as seguintes peças
obrigatórias:

a) Cópia da r. Decisão agravada (fl. )

b) Cópia da certidão da intimação da r. Decisão agravada ( fl. )

c) Cópia da procuração outorgada aos advogados (fl.).

RAZÕES DO RECURSO

EGRÉGIO TRIBUNAL,

COLENDA CÂMARA
A Respeitável decisão interlocutória agravada merece ser reformada, visto que proferida em
franco confronto com os interesses da Agravada, já que o mantém em situação de risco pela
irresponsabilidade do Agravado.

Autos do processo nº: ……………………………….

Comarca de ……………….. – 1aVara Cível

Agravante:

Agravado:

I- DO RESUMO DOS FATOS

(Aqui deverá ser feito um pequeno resumo do que aconteceu no processo, quando já deverá
ser demonstrado os fatos e razões, sucintamente é claro, que motivaram a interposição do
Agravo de Instrumento.)

II- A ANTECIPAÇÃO DA PRETENSÃO RECURSAL

(Neste tópico deve ser demonstrada a urgência do direito pleiteado e a necessidade de atribuir
efeito suspensivo ao recurso para suspender a decisão agravada ou deferir a antecipação da
tutela.)

Assim, necessária se faz a concessão liminar da tutela antecipada pleiteada no sentido de


suspender o direito do Agravado de pernoitar com o menor fora da comarca de Rio Bonito,
como autoriza o art. 1.019, I do CPC/2015.

III- DO DIREITO E RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA

(Este é o tópico em que deve ser desenvolvida as razões do pedido de reforma, quando se
demonstrará de forma detalhada os fatos que possam demonstrar o erro da decisão agravada
e a violação do direito do agravante. Também deverão serem expostas as razões jurídicas que
fundamentam e permitem a interposição, conhecimento e deferimento do Agravo de
Instrumento, podendo inclusive indicar disposições legais para reforçar a clareza do direito.)

IV- DO PEDIDO

1- Requer a Vossa Excelência, o conhecimento do presente recurso e o deferimento liminar da


tutela antecipada, como autoriza o art. 1.019, I do CPC/2015, no sentido de …………………...

2- Requer o conhecimento e o consequente provimento do presente recurso para reformar a


decisão atacada e determinar a ……………………….

Termos em que,

Pede deferimento.

Local, data.

Advogado

OAB/…

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