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Professora PDE (2016/2017), Pedagoga no Colégio Estadual Almirante Barroso - EFM (Rondon-PR),
Professora de Sociologia no Colégio Estadual Castro Alves - EM (Rondon-PR) e no Colégio Drummond,
Educação Infantil, Médio e Profissional (Cianorte - PR). Graduação em Pedagogia (1986) pela Fundação
Faculdade Municipal de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (FAFIPA) e em Sociologia (2014) pelo Centro
Universitário Leonardo Da Vinci (UNIASSELVI) - Indaial - SC. Cursando História pela UNICEPLUS (Pólo de
Maringá)Possui especializações (latos sensu) em: Pedagogia Escolar, Educação Especial, Psicopedagogia
Institucional, Educação Infantil e Coordenação Pedagógica. E-mail: rogrespan@seed.pr.gov.br
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Orientadora do PDE (2016/2017). Doutora em Educação (PPE/UEM). Mestre em Educação (PPE/UEM).
Graduada em História (UEM) e Pedagogia (FAINSEP). Professora Adjunto B/TIDE do Colegiado do curso de
Pedagogia da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Campus de Paranavaí. Pró-reitora de Ensino de
Graduação da UNESPAR. Pesquisadora do Programa Interdisciplinar de Estudos de Populações/Laboratório de
Arqueologia, Etnologia e Etno-História (CCH-UEM). Membro da Comissão Universidade para os Índios
(CUIA/Pr). Desenvolve pesquisas na área da educação escolar indígena e educação superior para indígenas
com ênfase nas políticas desenvolvidas no Estado do Paraná, com experiência na formação de professores
indígenas e produção de material didático. E-mail: maria.novak@unespar.edu.br
1. INTRODUÇÃO
Da mesma forma que, uma das menções feita por meio do dispositivo legal –
Constituição Federal – vai acontecer por meio do artigo 207, com a inserção dos
conteúdos que estabeleceria as novas diretrizes para o reconhecimento da
importância dos africanos e dos indígenas3 e afrodescendentes4 na formação
nacional, uma vez que esses povos fazem parte da classe minoritária da sociedade,
ou seja, a “categoria de indivíduos considerados merecedores de tratamento
desigual” (JOHNSON, 1997, p. 149). Contudo, a sua obrigatoriedade não significou
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O Censo Demográfico 2010 investigou as taxas de alfabetização dos grupos indígenas – a capacidade de ler e
escrever em língua indígena ou em língua portuguesa. Quando analisamos a população que vive em terras
indígenas na faixa etária entre 10 e 14 anos, a taxa de alfabetização é de 78%, e na faixa de 15 a 19 anos chega
a 82%. Entre as pessoas com 15 anos ou mais e que vivem em terras indígenas, esta taxa é de 67,7%. Estes
dados evidenciam o impacto das políticas recentes voltadas à educação indígena, que ampliou o acesso à
educação básica deste grupo populacional. No entanto, ainda há disparidades significativas quando observamos
os dados referentes à média da população brasileira não indígena, cuja taxa de alfabetização é de 90,4%, ou
seja, em todos os grupos etários observados as taxas são mais baixas para a população indígena do que a
média nacional (média esta que também inclui os indígenas).
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Os dados coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, sobre as taxas de
analfabetismo no Brasil, evidenciam disparidades também entre outros grupos étnico-raciais. A taxa de
analfabetismo entre negros (11,5%), considerando-os a parcela de pardos e pretos, permanece o dobro da taxa
entre brancos (5,2%). Além disso, quando comparamos a média de anos de estudo de instrução formal entre os
segmentos populacionais, a partir de dados desagregados por cor/raça, também é possível observar uma
diferença significativa. Para a população que se declara branca, esta média é de 8,8 anos. No caso da
população negra, é de 7,2 anos.
Quando observamos a taxa de frequência líquida, que é calculada a partir do percentual de alunos na faixa etária
adequada para uma determinada etapa sobre o total da população da faixa etária prevista para a etapa referida,
podemos atestar a universalização da escolarização em algumas etapas de ensino. Vale chamar a atenção para
a etapa do Ensino Médio, cuja frequência líquida é bastante inferior à de outras etapas da educação básica:
apenas 55,1%. Mas, quando observamos a taxa de frequência líquida desagregada por cor/raça, a diferença se
destaca: 63,7% da população branca e 49,3% da população negra na faixa etária correspondente frequentam
esta etapa. Ou seja, a frequência de negros é significantemente inferior a de brancos. Esta situação é ainda mais
grave para o ensino superior, cuja taxa de frequência líquida brasileira é de 16,3%. A população branca tem o
dobro da frequência da população negra: 23,4% e 10,7%, respectivamente. O panorama apresentado demonstra
como as populações negra e indígena, apesar dos avanços recentes, ainda enfrentam dificuldades em acessar e
permanecer nos diversos espaços educacionais. A desigualdade observada nos indicadores educacionais
evidencia de que modo a inclusão do campo cor/raça garante maior detalhamento na análise do perfil
educacional dos brasileiros. O quesito permite que políticas voltadas à eliminação de desigualdades históricas
entre grupos populacionais possam ser elaboradas, implementadas, monitoradas e avaliadas.
a implementação e sua efetividade, pois são classes excluídas da sociedade, que
por questões históricas, ficaram abandonadas a sua própria sorte, sendo negado o
seu legado.
Em 23 de dezembro de 1996 foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN) nº 9394/96 – que trata no seu artigo 26 (alterado) – da
obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena nos
estabelecimentos de ensino fundamental e ensino médio tanto público, quanto
privado, determinando em seus parágrafos 1º e 2º:
FONTE: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 10 anos do campo cor/raça no Censo
Escolar. Disponível em: http://sitio.educacenso.inep.gov.br/educacenso/cor_raca. Acesso em: 19 set. 2016.
por Domingos Jorge Velho, além de fazer referência à luta dos negros contra o
preconceito racial no Brasil (PARANÁ, 2005, p. 16).
Vale ressaltar que a Lei nº 10.639/03 fez-se necessária para garantir a
valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural
brasileira e justifica-se pela necessidade comprovada de desigualdades sociais e
históricas, que indicam adequações efetivas dessas ações em todo o sistema
educacional.
Em 10 de março de 2008, a Lei de Diretrizes e Bases – LDB nº 9394/96 sofre
a sua segunda alteração, por meio da Lei nº 11.645 (BRASIL, 2008) que trata da
inclusão da temática indígena. Portanto, a partir dai passa a obrigatoriedade da
temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, com os grupos étnicos
que compõe a formação da sociedade nacional.
Considera-se que as Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08 são leis afirmativas 5
que reconhecem a escola como lugar de mudança, pois ela é o lugar onde se
formam cidadãos e promove a valorização das matrizes culturais brasileiras.
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“Ação Afirmativa consiste numa série de medidas destinadas a corrigir uma forma específica de desigualdade
de oportunidades sociais: aquela que parece estar associada a determinadas características biológicas (como
raça e sexo) ou sociológicas (como etnia e religião), que marcam a identidade de certos grupos na sociedade.
Inspira-se no princípio de que a negação social de oportunidades a esses grupos é um mal que deve ser
combatido, enfaticamente, com políticas específicas”.
Contudo, o que se vê nos currículos das escolas é justamente o contrário. A
maioria dos materiais didáticos despreza a participação das minorias étnicas,
especialmente dos índios e negros. A esse respeito, os autores Mota & Assis (2008,
p. 13) mencionam que a maioria dos livros escolares que “abordam questões
relativas à origem do homem no continente americano apresenta as teorias mais
aceitas sobre a humanização do continente [...]”, o fazem de forma superficial, sem a
preocupação de transmitir as culturas existentes, comprovadas por meio dos
estudos arqueológicos.
Apesar da formação histórico-social brasileira ser multirracial e pluriétnica, ou
seja, de uma diversidade cultural ímpar, a maioria das escolas ainda não
aprenderam a lidar com as desigualdades que possuem as crianças e jovens,
provenientes de estratos sociais mais pobres, advindo da miscigenação entre negros
e índios, o que torna o Brasil, um país multicultural (FAUSTINO et al., 2008).
Cabe à escola diante de uma sociedade pluricultural, priorizar e valorizar os
conhecimentos produzidos pelas diversas culturas, para intervir na realidade de
forma que as diferenças entre os povos sejam vistas como riquezas. Para que isso
ocorra, é fundamental que os professores tornem o trabalho educativo, desafiador,
mobilizando e sensibilizando os alunos, para que esses percebam a relação entre os
conteúdos escolares e sua vida cotidiana. “Quando se trata de abordar a cultura
dessas minorias, ela é vista de forma folclorizada e pitoresca, como mero legado
deixado por índios e negros, mas dando-se ao europeu a condição de portador de
uma cultura superior e civilizada” (FERNANDES, 2005, p. 380).
O que se vê nos currículos das escolas, é uma preocupação estereotipada
com o trabalho com as culturas afro-brasileira e indígena, sem desnaturalizar a
situação de inferioridade construída pela cultura europeia, apenas para cumprimento
de um calendário de datas comemorativas.
O Artigo 210 da Constituição Federal de 1988 determina como dever do
Estado fixar “conteúdos mínimos para o Ensino Fundamental, de maneira a
assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos,
nacionais e regionais”, mas não basta ter uma referência nacional comum (BRASIL,
1988).
Fonte: SELL, Sandro Cesar. Ação Afirmativa e Democracia Racial – Uma introdução ao debate no Brasil.
Florianópolis: Fundação Boiteux, 2002, p. 15.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9.394/96, no
Artigo 26 apresenta a seguinte recomendação a respeito dos currículos do ensino
fundamental e médio: “[...] devem ter uma base nacional comum, a ser
complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da
cultura, da economia e da clientela” (BRASIL, 1996, p. 56).
É preciso, pois, o envolvimento de todos os que participam do ato educativo
intencional na sua construção, com a perspectiva de atender, não só aos desafios
postos pelas orientações e normas vigentes, mas principalmente ao compromisso
com o direito de todos à educação. Olhar de perto a escola, seus sujeitos, suas
inúmeras variáveis e rotinas e fazer indagações sobre suas condições concretas,
sua história, seu retorno e suas possibilidades. Há ambiguidades nos educadores no
ato de planejar:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
7. Qual o nível mais elevado de educação formal que você concluiu? (Marque
apenas uma opção!)
Ensino Superior
Especialização (Lato Sensu)
Especialização (Lato Sensu) e PDE
Mestrado (Stricto Sensu)
Mestrado (Stricto Sensu) e PDE
Doutorado (Stricto Sensu)
Arte
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso
Educação Especial
Espanhol
Geografia
História
Língua Inglesa
Língua Portuguesa
Matemática
Pedagogia
9. Em uma semana letiva normal, estime o número de horas/aula (50 minutos)
que você gasta nas seguintes atividades nesta escola (Colégio Estadual
Almirante Barroso-EFM):
1 6 11 16 21 26 31 36 41
PROPOSIÇÕES a a a a a a a a +
5 10 15 20 25 30 35 40
Ensino de alunos na escola (sala de aula).
Planejamento (PTD) ou preparação de aulas, tanto na escola
quanto fora da escola (incluindo correção dos trabalhos dos
alunos)
Tarefas administrativas, tanto na escola quanto fora da escola
(tarefas burocráticas: preenchimento do LRC, de formulários e
outros documentos solicitados pela/para equipe pedagógica e
secretaria).
Hora-atividade que você tem direito pelo(s) padrão (padrões).
11. Nos últimos 18 meses, você participou de qualquer um dos seguintes tipos
de atividades de desenvolvimento profissional? Qual foi o impacto dessas
atividades no seu aprimoramento profissional como professor?
Um Um
PROPOSIÇÕES Não Nenhum
impacto grande
participou impacto
moderado impacto
Cursos / Oficinas de trabalho (por exemplo, sobre
disciplinas ou métodos e/ou relacionados à
educação).
Conferências ou seminários sobre educação.
Nome completo:
QUESTIONÁRIO PTD (Q2) - (Professores)
Arte
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso
Educação Especial
Espanhol
Geografia
História
Língua Inglesa
Língua Portuguesa
Matemática
Arte
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso
Educação Especial
Espanhol
Geografia
História
Língua Inglesa
Língua Portuguesa
Matemática
Cultura Afro-Brasileira
Cultura Indígena
à Educação Indígena?
Sim
Não
à Cultura Afro-Brasileira?
Sim
Não
Cultura Afro-Brasileira
Cultura Indígena
4. Caderno Pedagógico, formato do material didático, por meio das unidades
didáticas, poderá ser utilizado também como subsídio para grupos de estudos,
Semana Pedagógica, Formação em Ação, e outros momentos de reflexão da
escola como possibilidade de implantação nos currículos educacionais do estudo
sobre a contribuição da Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Sobre esse material,
registre aqui sua contribuição.