EIN EEE (O)D [0/07 V 6 RR 2 2 TENSÃO DE CISALHAMENTO NA FLEXÃO assassinas sasra
sau 3 2.1 Cisalhamento em elementos retos................... serena 3 2.2 Fórmula do cisalhamento.................... iii eereeaananaaaiaaaanana 5 23 Tensão de cisalhamento Emi vigas ssa zmassasas seas ssrasaa sais zoa sas canais sacana 8 3: Seção iransversal retangular sessesses escassas esse sesasresesusresaosnarascesuarenreçuas 8 Eis MR IRA SS CI cerne srrgo r aasç 10 2.4 Limitações do uso da fórmula do cisalhamento ...................i 11 ES COTCIUNMaÕES MMS seseasanas Sa RES DOIS Rana 12 3 REFERÊNCIAS.............. ii itieisteateeiaiesasaanaeaiaaaeeiaaneeianeaeiaaans 13 4 ANEXOS ........cene re rrrreeeeaaeanaaneaaaaareeaaaanananea aa aareaaa aa aana nana rar rerasananaanno 14 4.2 Tensões De Cisalhamento Em Tipos Comuns De Vigas...................... Es RES ur os no pn a ps a e a a nan NS NS Nora oram Es 4.2.2 Seção Circular ............ ii iieeisieeeeateeeerareeesanaaaaaaneaa rar eeeaaaaaaananaranes 24 1 INTRODUÇÃO O projeto da estrutura de qualquer máquina, edificação ou outro elemento qualquer é, na verdade, o estudo através do qual a estrutura em si e suas partes componentes são dimensionadas de forma que tenham resistência suficiente para suportar os esforços para condições de uso a que serão submetidas. Assim, quando se dimensiona um elemento estrutural qualquer, seja ele de qualquer material, deve-se primeiramente calcular os esforços a que o elemento está submetido para posteriormente fazer o dimensionamento, onde verifica-se quais dimensões são necessárias para que a estrutura resista aos esforços solicitados. Este processo envolve a análise de tensões das partes componentes da estrutura e considerações a respeito das propriedades mecânicas dos materiais. Este trabalho concentra-se no estudo e formulação da teoria que envolve as tensões de cisalhamento presentes durante a flexão de elementos estruturais. 2 TENSÃO DE CISALHAMENTO NA FLEXÃO Uma viga sujeita a cargas transversais tem, como esforços solicitantes, além de força cortante, momento fletor variável (V = dM/dx). A presença da força cortante dá lugar, na seção transversal, ao aparecimento de tensões tangenciais 7 (ou tensões de cisalhamento), cuja resultante deve ser igual à força cortante. Dessa forma, o objetivo desse estudo será determinar a distribuição das tensões de cisalhamento na seção transversal, causadas pela força cortante. Será mostrado que tal distribuição não é uniforme, ou seja, (7 = V/A). 2.1 Cisalhamento em elementos retos É possível compreender a natureza do aparecimento das tensões tangenciais em uma viga flexionada, observando-se a figura 1, que representa uma pilha de tábuas sobrepostas, submetidas a um carregamento P. Se as superfícies superior e inferior de cada tábua forem lisas e as tábuas estiverem soltas, a aplicação da carga P fará com que as tábuas deslizem uma sobre a outra e assim, a viga sofrerá a deflexão mostrada na Figura 1a. Por outro lado, se as tábuas fossem coladas, umas às outras, impedindo este escorregamento, surgiriam tensões tangenciais na cola, nesse caso, a viga agirá como uma unidade única (Figura 1b). Verifica-se, dessa forma, que, sendo a viga inteiriça, submetida àquele carregamento (Figura 1c), ocorrerão tensões tangenciais nos planos longitudinais 7,,. A existência de uma tensão 7, No plano longitudinal da viga implica na ocorrência de uma tensão T,.,, de igual valor, na seção transversal (figura 1c). Como resultado da tensão de cisalhamento, serão desenvolvidas tensões de deformação que tenderão a distorcer a seção transversal de uma maneira bastante complexa, fazendo com que a mesma não permaneça plana, como mostrado na figura 2. Figura 1: Tensões de cisalhamento na flexão. (a) Antes da deformação (b) Depois da deformação Figura 2: Tensões de cisalhamento na flexão. Contudo, no desenvolvimento da fórmula da flexão, inicialmente admiti-se que a existência de tensões tangenciais associadas à presença de uma força cortante em uma seção não altera a distribuição das tensões normais, permitindo aplicar a hipótese de que a seção se mantém plana e que a distribuição de tensões normais continua sendo linear. Essa consideração é particularmente verdadeira para o caso de vigas cuja largura é pequena em comparação com seu comprimento. 2.2 Fórmula do cisalhamento A formulação de uma relação entre a distribuição da tensão de cisalhamento que age na seção transversal de uma viga e a força de cisalhamento resultante na seção é baseado no estudo da tensão de cisalhamento longitudinal e nos resultados da equação 1. Para mostrar como essa relação é definida, considera-se o equilíbrio de forças atuantes em um elemento retirado da viga, como mostrado na Figura 3a, situado entre duas seções contíguas, separadas de dx, onde atuam os momentos fletores M (de um lado) e M + dM (de outro). m mi a m | a M V M + dM | DL fl [5 V+dr di n ny dA m [ 1% tale taj=> Figura 3: Tensões de cisalhamento na flexão. A figura 3b apresenta o diagrama de corpo livre do elemento que mostra somente a distribuição de tensão normal que age sobre ele. Essa distribuição é provocada pelos momentos fletores M e M + dM. Os efeitos dos carregamentos V, 5 V + dV mostrados na figura 3a, e possivelmente, uma força perpendicular w(dx) são excluídos do diagrama de corpo livre por não estarem envolvidos no somatório das forças horizontais, já que atuam na vertical. Pode-se notar, através da análise da figura 3b, que a condição de equilíbrio (),F, = 0) será satisfeita se a distribuição de tensão em cada lado do elemento formar apenas um par conjugado e, dessa forma, uma força resultante nula. Da figura 3b temos que a diferença entre os momentos resultantes em cada lado do elemento é dM levando a um desequilíbrio de forças, assim a condição de equilíbrio (», F. = 0) não será satisfeita a menos que uma tensão de cisalhamento longitudinal 7 aja sobre a face inferior do segmento. A parte superior da barra permanecerá livre de tensões de cisalhamento. Aplicando a equação de equilíbrio na direção x, a partir do diagrama de corpo livre apresentado na figura 4, e considerando que a tensão de cisalhamento seja constante em toda a largura da face inferior, temos: m m| 4 F | esmo ai=— F> ph 2 p pj E - Fa Xi | E x — — e — — — ] um ums dx Figura 4: Diagrama de corpo livre. M.y pn=[oda= [5 dA (2) Z p= [oda= [Eras (3) Onde y varia de y, até h/2. Fazendo o equilíbrio de forças no elemento na direção x: F, + Fs Same F, — 0 (4) FB=E-H (5) Usando as equações (2) e (3) na equação (5), temos: M + dM). M. p= [aa [ Zn (6 L, z dM BT y dA (7) É Podemos ainda analisar a força F; em função da tensão 7, onde (F; =T.b.dx) e (b. dx) é a área da parte inferior do elemento. Logo: dM nbdx= | ydA (8) E — aM 1 dA g = 5E)) o Temos da equação 1 que (V = dM/dx) e sabendo que Q, = [/y dA. O resultado final é, portanto, Va = L (10) Nessa expressão: T = tensão de cisalhamento no elemento no ponto localizado à distância y, do eixo neutro (figura 3c). Consideramos que essa tensão é constante e, portanto, média, por toda a largura b do elemento. V = força de cisalhamento interna resultante, determinada pelo método das seções e pelas equações de equilíbrio. IL, = momento de inércia da área da seção transversal inteira, calculada em torno do eixo neutro. b = largura da área da seção transversal do elemento, medida no ponto onde 7 deve ser determinada. Q. = momento estático da área sombreada da figura 3d em relação a linha neutra. A equação 10 é conhecida como fórmula do cisalhamento. Embora, na dedução dessa fórmula, tenham sido consideradas somente as tensões de cisalhamento que agem no plano longitudinal da viga, ela também se aplica para determinar a tensão de cisalhamento transversal na área de seção transversal da viga. Isso porque as tensões de cisalhamento transversal e longitudinal são complementares e numericamente iguais. Visto que a equação 10 foi derivada indiretamente da fórmula da flexão, é necessário que o material se comporte de maneira linear elástica e tenha o mesmo módulo de elasticidade sob tração e sob compressão. 2.3 Tensão de cisalhamento em vigas 2.3.1 Seção transversal retangular Para uma viga de seção transversal retangular com largura b e altura h como mostra a figura Sa, a distribuição da tensão de cisalhamento na seção transversal pode ser determinada pelo cálculo da tensão de cisalhamento a uma altura arbitraria y em relação ao eixo neutro e posterior representação gráfica dessa função. Tomando a área 4' em destaque da figura 5b, tem-se que a distância entre a linha neutra até o centroide de 4' é p=beBo)] e a=fop Logo, o momento estático é dado por tal 1 Q;=yA ala )b (14) Ed i “ sá Recordando que o momento de inércia 1 = = bhº e notando que a área da seção transversal da barra 4 = bh, tem-se que T=—— 6V [nº bhs 4") (12) (ua) Tags y Distribuição da tensão de cisalhamento (e) Figura 5: Tensão de cisalhamento na seção transversal retangular. A equação anterior indica que a distribuição de tensões de cisalhamento em uma seção transversal de uma barra retangular é parabólica (figura 5c) sendo que as tensões de cisalhamento variam desde zero nas partes superior e inferior da seção transversal até o valor máximo, que é obtido fazendo y = 0 na equação anterior. Logo, a tensão de cisalhamento máxima em determinada seção de uma barra retangular dada por: v Tmax=157 (13) O momento estático máximo é definido quando se considera toda área acima ou abaixo do eixo neutro, desta forma, T,nax também pode ser obtido diretamente da 9 fórmula de cisalhamento, uma vez que o mesmo ocorre onde o momento estático Qs é maior e a força de cisalhamento V, o momento de inércia 7, e a largura da área da seção transversal b do elemento são constantes. A relação obtida para o valor máximo da tensão de cisalhamento em uma viga de seção transversal retangular é 50% maior que a tensão de cisalhamento média determinada por Tax = V/A, que considera erradamente uma distribuição de tensão uniforme por toda a seção transversal. 2.3.2 Vigas de abas largas Para o caso de vigas com seção de perfil do tipo I (padrão americano) ou do tipo W (viga de mesas largas), a distribuição da tensão de cisalhamento que age na seção transversal varia parabolicamente na altura da viga, assim como na seção transversal retangular. A seção transversal (figura 6) pode ser tratada como a seção retangular que tem, primeiro, a largura da aba superior, b, então a espessura da alma taima e; Novamente a aba inferior b. Construindo o gráfico de tensão em função da distância vertical obtém-se a curva mostrada na figura 6c, em que se observa que a tensão de cisalhamento variará apenas ligeiramente na alma e, também, que ocorre um salto na tensão de cisalhamento na junção aba-alma, visto que a espessura da seção transversal muda neste ponto. Por comparação, a alma suportará uma quantidade significativamente maior de força de cisalhamento do que as abas. 10 Trad I À E Es | Eis | “= Parábola v —— 1 1 É1 | 1 I 1 Intensidade da distribuição da tensão de cisalhamento Distribuição da (vista lateral) tensão de (b) cisalhamento (c) Figura 6: Tensão de cisalhamento em vigas de abas largas. 2.4 Limitações do uso da fórmula do cisalhamento Para uma viga de seção transversal retangular a verdadeira distribuição de tensão de cisalhamento, calculada pela teoria da elasticidade, varia como mostra a figura 7. Nota-se ainda que, enquanto Q é máximo para y = 0, não é possível concluir que Tmea Será máximo ao longo da linha neutra NA, pois T,,ea depende da largura b da seção, bem como de Q. Enquanto a largura da seção transversal da viga permanece pequena comparada com sua altura, a tensão de cisalhamento varia só levemente ao longo da linha NA, e a equação 10 pode ser usada para calcular 1 em qualquer ponto ao longo de NA. Na realidade, 7 é maior em N e A do que ao longo da linha neutra, mas a teoria da elasticidade mostra que, para uma viga de seção retangular de largura b e altura h, e desde que b <= h/4, o valor da tensão de cisalhamento nos pontos N e A não excede em mais de 0,8% o valor médio da tensão calculada ao longo da linha neutra, mas este erro torna-se maior à medida que a seção fica mais achatada, ou à medida que a relação b/h aumenta. Ressalta-se ainda que a fórmula do cisalhamento não dará resultados precisos quando usada para determinar a tensão de cisalhamento na junção aba- alma de uma viga de abas largas, uma vez que esse é um ponto de mudança repentina na seção transversal, e portanto, irá aparecer concentração de tensão. 11 =— b = 0,5h + N A N Al a ' E [E J TT h máx & RS SS À T'más dep paia Sd | vo E A: = Ta | (ias rover / Figura 7: Variação da distribuição da tensão de cisalhamento em uma viga. Resumindo os pontos discutidos, a fórmula do cisalhamento não dá resultados precisos quando aplicada a elementos cujas seções transversais são curtas ou achatadas, ou em pontos onde a seção transversal sofre mudanças abrutas. Tampouco deve ser aplicada em uma seção que intercepta o contorno do elemento a um ângulo diferente de 90º. Então, nesses casos, a tensão de cisalhamento deve ser determinada por métodos mais avançados baseados na teoria da elasticidade, tais métodos não serão abordados aqui. 2.5 Considerações finais Como mencionado ao longo do texto, durante o desenvolvimento da fórmula do cisalhamento algumas hipóteses são levantadas. Estas hipóteses são extremamente importantes para tal formulação uma vez que a distribuição da deformação por cisalhamento ao longo da largura de uma viga não pode ser expressa facilmente em termos matemáticos. Sendo assim, essa formulação é limitada ao calculo da tensão de cisalhamento em elementos prismáticos retos feitos de material homogêneo e que tenham comportamento linear elástico. Além disso, a força de cisalhamento interna resultante deve estar direcionada ao longo de um eixo de simetria para a área da seção transversal. 12 3 REFERÊNCIAS Hibbeler, Russell Charles. Resistências dos Materiais / Russell Charles Hibbeler; tradução Arlete Simille Marques; revisão técnica Sebastião da Cunha Jr. — 7. Ed. — São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. Beer, Ferdinand Pierre, 1915-Resistência dos Materiais / Ferdinand P. Beer, E Russell Johnston, Jr.,John T. DeWolf; tradução Mario Moro Fecchio; revisão técnica Walter Libardi. — São Paulo: McGraw-Hill, 2006. Juvandis, Luiz F. Pereira. Tensões tangenciais em flexão e torção; Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Disponível em: http://paginas.fe.up.pt/- juvandes/RM2/tensaotangencial.pdf. Acesso em: 18 de jun 2015. Melconian, Sarkis. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. 10 ed. São Paulo: Érica, 2008. 13 4 ANEXOS 4.1 Exemplos Exemplo 1: A viga é feita de madeira e está sujeita a uma força de cisalhamento vertical interna resultante V = 3 kN. (a) Determine a tensão de cisalhamento na viga no ponto P e (b) calcule a tensão de cisalhamento máxima na viga. “a, , P 50 mm 125 mm do Esaa s Ni -1"U tr > V=3kN | à Ms io OU mm “27,5 mm a ba SOLUÇÃO: a) Primeiramente, temos que calcular o momento de inércia da área da seção transversal em torno do eixo neutro: 1 12 1 [= bh? = 5 (100)(125)º = 16,28 x 10%mm! 1 i=didir= [125 +5(60)) (50)(100) = 18,75 x 10tmm 14