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A arte nazista e a guerra ao modernismo

A propaganda política nazista foi uma das (se não a) estratégias de


maior importância para a consolidação do regime mais tenebroso do século
XX. A própria arte nazista era essencialmente uma forma de propaganda, que
servia à difusão de concepções ideológicas segregacionistas. A restauração do
naturalismo (idealizado de acordo com as concepções de superioridade da
raça ariana), a fuga das abstrações e a concentração na expressão de um
mundo belo, idílico e virtuoso, como seria a forte nação alemã, eram as
premissas da arte nazista. Mas era necessário mostrar mais do que o que se
desejava para a nação alemã, era necessário escancarar e, mais que isso,
caricaturar o inimigo e desqualificar tudo que estava relacionado a ele, inclusive
sua produção artística.

Para isso, a expressão Arte Degenerada foi incisivamente difundida pelo


ministro da propaganda de Hitler, Josef Goebbels, numa forte campanha de
difamação da arte moderna. Produto de movimentos culturais racistas do final
do séc. XIX, o pensamento distintivo em relação a manifestações artísticas
“degeneradas” em oposição a obras "sadias" é um fenômeno anterior à
fundação do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Em 1928,
Paul Schultze-Naumburg publica o livro Kunst und Rasse (Arte e Raça), no
qual coloca lado a lado fotografias de pessoas deformadas ou doentes e
pinturas de importantes artistas modernos, fazendo uma primeira associação
da arte moderna com o termo degenerado.

Com a ascensão ao poder em 1933, a campanha nazista contra a arte


moderna começa. Hitler fecha a Bauhaus, escola de design, artes plásticas e
arquitetura de vanguarda, promove a cassação de diversos curadores,
diretores de museus e artistas, e promove em 1937 a mostra internacional de
“Arte Degenerada". A exposição era propositalmente desordenada, com
quadros tortos e amontoados, luzes inadequadas e textos "pedagógicos" que
pretendiam explicar um suposto significado das obras aos visitantes.
Entre os artistas expostos estavam Picasso, Henri Matisse, Georges
Braque, Max Ernst e outros. A posição política ou religiosa dos artistas já não
era mais determinante, mas sim qualquer expressão de afronta ao ideal
estético estabelecido pelos nazistas.
Uma das falas finais de Peter Cohen, no documentário Arquitetura da
Destruição, sintetiza a lógica do relacionamento de Hitler e do regime com a
arte:

“É árdua a tarefa de definir o nazismo em termos políticos pois


sua dinâmica está repleta de um conteúdo diverso daquilo que
comumente chamamos de Política. Em grande parte, esta
força motora era estética. Sua maior ambição era o
embelezamento do mundo. Das mortes de doentes mentais ao
extermínio dos judeus, não houve um verdadeiro motivo
político. Não eliminaram os inimigos ou oponentes do regime,
mas sim pessoas inocentes cuja existência não estava de
acordo com os ideais nazistas.”

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