Sei sulla pagina 1di 47

COLÉGIO PVSINOS

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO


CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

Andréia Regina Spanevello

TÍTULO DO TRABALHO

SÃO LEOPOLDO
2016
NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO

Projeto de Pesquisa (Trabalho de Conclusão


de Curso) apresentado como requisito para
obtenção do título de Técnico em Meio
Ambiente.

Orientadora: Profª. Ma. Claudia Adriana Kohl

SÃO LEOPOLDO
2016
AGRADECIMENTOS

Deixar pro fim.


CITAÇÃO OPCIONAL
"Comece fazendo o que é necessário,
depois o que é possível, e de repente
você estará fazendo o impossível".
(São Francisco de Assis)
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Armazenamento temporário de embalagens contaminadas com óleo.......20


Figura 2: Fluxograma da análise simplificada do ciclo de vida da embalagem plástica
contaminada com óleo lubrificante..............................................................................21
Figura 3: Símbolo dos óleos lubrificantes usados......................................................22
Figura 4: Selo verde IQA-CESVI para oficinas mecânicas.........................................26
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Diagrama de blocos do reparo de um veículo automotor em oficina


mecânica.....................................................................................................................15
Tabela 2: Classificação e destinação dos resíduos em oficinas mecânicas..............18
LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ANP Agência Nacional do Petróleo
APROMAC Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte
CETESB Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental de São Paulo
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito
ETA Estação de Tratamento de Água
FENABRAVE Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores
FIESP Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
INEA Instituto Estadual do Ambiente
IQA Instituto de Qualidade Automotiva
MMA Ministério do Meio Ambiente
PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos
SINDICOM Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e
de Lubrificantes
ANFAVEA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
SINDIPEÇAS Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos
Automotores
SINDIREPA Sindicato das Empresas de Reparação de Veículos
CESVI Centro de Experimentação Viária
EPI Equipamentos de Proteção Individual

RETIRAR AS BORDAS
RESUMO

DEIXAR POR ÚLTIMO


O resumo deve ser iniciado com parágrafo, em texto único e com
espaçamento de 1,5 entre linhas. Deve ressaltar, de forma clara e sintética, a
natureza do trabalho, seus resultados e conclusões mais importantes. Elemento
obrigatório, para o qual a NBR 6028:2003 estabelece as seguintes definições:
resumo informativo: apresenta ao leitor às finalidades, a metodologia, os resultados e as
conclusões do documento, dispensando a consulta ao original; palavra-chave: item
que representa o assunto do documento. O resumo deve conter entre 150 a 500
palavras para os trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e trabalhos de
conclusão).

Palavras-chave: Indústria calçadista; Couro; Levantamento de Aspecto e Impacto


Ambiental; LAIA.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................10
1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA...............................................................................11
1.2. PROBLEMA.....................................................................................................11
1.3. HIPÓTESE........................................................................................................12
1.4. JUSTIFICATIVA...............................................................................................12
1.5. OBJETIVOS.....................................................................................................13
1.5.1. Objetivo geral..............................................................................................13
1.5.2. Objetivos específicos.................................................................................13
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................14
2.1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM OFICINAS MECÂNICAS.....................14
2.2. AGENTES POLUIDORES EM OFICINAS MECÂNICAS................................16
2.2.1. Resíduos sólidos........................................................................................17
2.2.1.1. Classificação de resíduos sólidos............................................................18
2.2.1.2. Resíduos sólidos gerados em oficinas mecânicas................................19
2.2.2. Efluentes líquidos.......................................................................................23
2.2.2.1. Efluentes gerados em oficinas mecânicas..............................................24
2.2.3. Emissões gasosas......................................................................................25
2.2.4. Poluição sonora..........................................................................................25
2.3. CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL.........................................................................26
2.3.1. Certificação ambiental para centros de reparos automotivos..............26
2.4. ASPECTOS LEGAIS RELACIONADOS ÀS OFICINAS MECÂNICAS..........29
2.4.1. Legislações ambientais relacionadas às oficinas mecânicas...............29
2.4.2. Normas relacionadas às oficinas mecânicas..........................................33
3. METODOLOGIA...............................................................................................35
3.1. METODOLOGIA DO OBJETIVO: AVALIAR O GERENCIAMENTO DOS
RESÍDUOS NA OFICINA MECÂNICA.......................................................................35
3.2. METODOLOGIA DO OBJETIVO: CLASSIFICAR OS RESÍDUOS DA
OFICINA DE ACORDO COM A SUA PERICULOSIDADE........................................37
3.3. METODOLOGIA DO OBJETIVO: FORNECER DIRETRIZES PARA
MELHORAR A GESTÃO DOS RESÍDUOS GERADOS............................................37
4. RESULTADOS.................................................................................................39
5. CONCLUSÕES................................................................................................40
REFERÊNCIAS...........................................................................................................42

PARA ATUALIZAR O SUMÁRIO É SÓ CLICAR NO LADO DIREITO DO MOUSE E


COLOCAR A OPÇÃO ATUALIZAR O ÍNDICE INTEIRO.
10

1. INTRODUÇÃO
A introdução deve fornecer ao leitor uma visão geral do TCC. Para isso,
devem-se contextualizar, apresentando o tema ou problema, delimitação do tema, os
objetivos (geral e específicos), a relevância do trabalho (também chamada
justificativa).
Lembre-se também que as fontes destas consultas deverão ser apresentadas
conforme a ABNT, pois é a comprovação de tais evidências fornecidas. Após
aprofundar tais informações, que propiciem claramente o entendimento da situação
problemática existente, encerre esta parte apresentando a questão de pesquisa.
A Introdução situa o projeto no contexto do tema escolhido, deve permitir um
nivelamento dos conhecimentos, possibilitando a compreensão do que vai ser
apresentado ao longo do projeto. Pode conter um breve histórico sobre o tema a ser
abordado, assim como as motivações que levaram os autores a proporem o
presente projeto.
Alguns autores incluem neste item uma justificativa para a execução do
projeto, podendo conter a descrição dos aspectos que caracterizem a relevância
científica e social. A revisão bibliográfica contida na Introdução não necessita ser
exaustiva, devendo, porém, conter as referências necessárias para o embasamento
dos pressupostos do trabalho. A revisão deve permitir uma adequada compreensão
do estado atual do conhecimento sobre o tema que será abordado.
Desde o ponto de vista da avaliação de aspectos éticos, a Introdução deve
permitir caracterizar a importância do tema e a necessidade de realizar o presente
projeto. A Introdução pode terminar com uma questão de pesquisa ou com a
formulação de hipóteses.
Não existe espaçamento entre parágrafos.
Modelo de texto de figura.
A Figura 1 apresenta o calçado mais antigo do mundo com 5,5 mil anos
encontrado na Armênia.

Para fazer o cabeçalho de uma nova figura é só copiar e colar a figura


exemplo no local que se quer no texto. Depois é só selecionar o número da figura
com o mouse clicar com o botão direito, depois clicar em atualizar campo.
Se não aparecer o atualizar campo, clicar em ignorar a sentença e fazer a
operação novamente.
11

1.1. DELIMITAÇÃO DO TEMA


DEIXAR POR ÚLTIMO.
Neste item, no primeiro parágrafo, deve-se informar ao leitor a que se refere
este tema, qual é o contexto ou o ambiente em que se desenvolve.
Delimitar é indicar a abrangência de estudo, estabelecendo os limites
extencionais e conceituais do tema. Com a delimitação adequada do tema,
passamos a ter nosso objetivo de estudo, pois quanto mais algo está definido entre
limites, mais claro se torna.

1.2. PROBLEMA
DEIXAR POR ÚLTIMO.
Pergunta-se: Qual a realidade que me interessa estudar? Qual a questão ou
questões que me interessam dessa parte da realidade?
Aqui o autor deverá contextualizar o problema relativo ao estudo e, em
seguida, enunciar a questão de pesquisa ou investigação. A questão de pesquisa
será o objeto do estudo do pesquisador. Em trabalhos de graduação, recomenda-se
apenas uma questão de investigação.
Toda pesquisa tem inicio com algum problema, ou seja, alguma coisa que se
tenha vontade de solucionar ou contribuir para a solução, ou apenas compreender
por que acontece. A maneira mais fácil de formular um problema é através de uma
pergunta. Ou seja, ao formular uma pergunta sobre o tema/assunto de pesquisa,
passamos a problematizar a pesquisa.
Podemos ter sobre o mesmo assunto mais de um questionamento, portanto,
mais de um problema. O problema deve ser apresentado de forma clara e precisa.
Algumas interrogações podem ser feitas antes de definir o problema:
• O problema pode ser resolvido pelo processo de pesquisa científica?
• O problema é suficientemente relevante?
• A pesquisa é possível de se fazer?
• Tenho competência para planejar e executar um estudo desse tipo?
• Os dados que a pesquisa exige podem ser realmente obtidos?
• Existem recursos financeiros disponíveis para a realização da pesquisa?
• O tempo é adequado para a realização do projeto?
Algumas regras podem ser adotadas para a formulação do problema:
• Deve servir como instrumento para a obtenção de novos conhecimentos;
12

• Deve ter aplicabilidade social;


• Deve ser delimitado;
• Deve ser claro e preciso;
• Deve refletir uma vivência do pesquisador.

1.3. HIPÓTESE
DEIXAR POR ÚLTIMO.
Neste item a questão de pesquisa deve ser respondida com o que se entende
por solução preliminar do que será investigado.
Uma hipótese é a resposta prévia da questão formulada, ela poderá ser
elucidada, positivamente ou negativamente, ao longo das pesquisas feitas. O TCC
comprovará ou refutará a hipótese.
Uma pesquisa pode ter várias hipóteses. Ela ou elas, deve ser elaborada a
partir da experiência do pesquisador e de observações.

1.4. JUSTIFICATIVA
DEIXAR POR ÚLTIMO.
A partir deste parágrafo, o autor deve justificar o estudo, ou seja, informar
quais as razões que o levaram a esta caminhada. Justificar é dizer por que fez ou
está fazendo a pesquisa. Desenvolver a justificativa apresentando informações
quanto à importância, oportunidade e viabilidade.
É o porquê da pesquisa. Nela apresentam-se argumentos que convençam as
pessoas de que aquele trabalho é digno de interesse. Itens importantes que podem
fazer parte de uma boa justificativa:
• Atualidade do tema: inserção do tema no contexto atual;
• Ineditismo do trabalho: proporcionará mais importância ao assunto;
• Interesse do autor: vínculo do autor com o tema;
• Relevância do tema: contribuição do tema para o debate da sociedade.
Na justificativa também se colocam os motivos que levaram o pesquisador a
buscar a resposta ao problema proposto.
13

1.5. OBJETIVOS

Na sequência apresenta-se os objetivos deste trabalho.

1.5.1. Objetivo geral

Realizar o diagnóstico do gerenciamento dos resíduos de uma oficina


mecânica no município de Novo Hamburgo/RS.

1.5.2. Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:


- Avaliar o gerenciamento dos resíduos na oficina a ser estudada;
- Classificar os resíduos da oficina de acordo com a sua periculosidade;
- Fornecer diretrizes para melhorar a gestão dos resíduos gerados na
oficina mecânica.
14

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Diariamente, circulam pelas ruas veículos automotores que necessitam de


alguma forma manutenção, a qual deve garantir a segurança dos usuários e um bom
desempenho dos veículos (PAULINO, 2009). Para Silva et. al (2014) a necessidade
de percorrer grandes distâncias fez com que o número de veículos no Brasil
aumentasse consideravelmente nos últimos anos.
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
(FENABRAVE), mesmo em um ano de retração como 2015, o resumo do mês de
agosto foi de 319.245 veículos automotores emplacados (FENABRAVE, 2015). No
mesmo período, o Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) constatou que
a Região Sul do Brasil dispõe de uma frota com o total de 6.166.087 veículos
automotores e que somente no município de Novo Hamburgo a frota é constituída
de 151.589 automóveis, além de outras categorias como caminhonetes, caminhões,
tratores, ônibus (DENATRAN, 2015).

2.1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM OFICINAS MECÂNICAS

Oficinas mecânicas são empresas prestadoras de serviços no ramo de


manutenção automotiva, sendo essa manutenção preventiva ou corretiva. De acordo
com Nunes e Barbosa (2012) as principais atividades realizadas são:
- troca de óleo lubrificante;
- troca de fluídos de arrefecimento e hidráulicos;
- troca e limpeza de peças;
- retífica de motores;
- injeção eletrônica;
- consertos de suspensão e freios;
- regulagem de motor;
- alinhamento e balanceamento, dentre outras.

Troca de óleo lubrificante: segundo o Sindicato Nacional das Empresas


Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (SINDICOM), o óleo lubrificante é
composto por óleos básicos e aditivos. Sua função no motor é lubrificar, proteger e
refrigerar o motor. A obtenção dos óleos básicos é determinante para classificá-lo
15

como base mineral ou de base sintética (SINDICON, 2016). A troca de óleo


lubrificante conforme a instrução da maioria dos fabricantes, como regra geral, deve
ser realizada a cada 6 meses. De acordo com Paulino (2009) existem 3 tipos de
óleos lubrificantes:
- o óleo tipo mineral: é obtido da separação de componentes do petróleo
no processo de refino, caracterizado por uma mistura de
hidrocarbonetos, sendo a troca recomendada por quilometragem e que
deve ser substituído a cada 5.000 km;
- o óleo tipo sintético: é obtido por reação química, em plantas
petroquímicas, havendo, assim maior controle em sua fabricação. É um
óleo mais estável e possui maior resistência ao envelhecimento. Os
fabricantes sugerem a troca partir de 8.000 km;
- o óleo semissintético ou de base sintética: emprega misturas em
proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, reunindo as
melhores propriedades de cada tipo. As matérias-primas possuem
custo mais elevado do que aquelas de base mineral e os fabricantes
sugerem a troca a partir de 7.500 km.

Troca de fluídos de arrefecimento e hidráulicos: O sistema de


arrefecimento automotivo também conhecido popularmente por “sistema de
refrigeração”, tem a função de manter a temperatura constante e ideal do motor,
independentemente das condições a que esteja sendo submetido (MTE-
THOMSON,2012). http://www.mte-thomson.com.br/site/wp-
content/uploads/2012/06/Manual%20de%20Arrefecimento%20MTE-Thomson.pdf
“A substituição do líquido de arrefecimento automotivo deve ser feita, conforme a indicação
do manual do fabricante, que indica a primeira troca em torno de 30 mil km ou 1 ano de uso, podendo
chegar a até 120 mil km ou 5 anos”, disse o engenheiro de aplicação da Bardahl, Arley Barbosa da
Silva, em nota à revista O Mecânico. (O MECÂNICO, 2015). http://omecanico.com.br/para-nao-deixar-
ferver/
Troca de fluídos hidráulicos
16

Troca e limpeza de peças: Chollet (2005) apud Ramm (2014) relata que para
a reparação de um veículo é imprescindível uma boa limpeza das peças e de seus
componentes. O uso de vários produtos químicos é necessário para realizar essa
atividade. Em veículos mais rodados (acima de 70.000 quilômetros) é necessário
fazer a limpeza do cárter, pois dependendo das condições de rodagem e do
combustível utilizado, às vezes pode se formar uma película de graxa no interior
desse, ocasionando a deteriorização mais rápida do novo óleo.
Outra recomendação é a troca das pastilhas de freio, que deve ocorrer em
intervalos regulares de 10.000 km para os veículos urbanos, pois esses sofrem
maior desgaste. Já para os veículos de uso contínuo, o ideal é trocar a cada 20.000
km (O MECÂNICO, 2016).

Retífica de motores:

Injeção eletrônica:

Consertos de suspensão e freios:

Regulagem de motor:

Alinhamento e balanceamento:

A Tabela 1 apresenta o diagrama de blocos que demonstra as entradas e


saídas do processo de reparação veicular, desde a sua chegada até sua saída de
uma oficina mecânica.

Tabela 1: Diagrama de blocos do reparo de um veículo automotor em oficina mecânica .

Entrada Processo Saída


Veículo para reparo Veículo reparado
Peças novas Resíduos: Peças estragadas, baterias
Óleos lubrificantes usadas, Oluc, filtros de ar, filtros de
Reparar um veículo
combustível, papel, ferramentas
Graxas automotor em oficina
estragadas, papelão, plásticos, lâmpadas
mecânica.
Ferramentas queimadas, estopas, embalagens, areia
(contaminados com óleo e graxa).
Energia elétrica
Mão de obra Efluente contaminado com óleo
17

Fonte: Adaptado Gerhardt et. al (2014).

2.2. AGENTES POLUIDORES EM OFICINAS MECÂNICAS

Algumas definições importantes sobre o meio ambiente são estabelecidas na


Política Nacional de Meio Ambiente (BRASIL, 1981) em seu artigo 3º, onde se
entende por:
I. meio ambiente: o conjunto de condições, leis, influências e interações
de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas;
II. qualidade ambiental: alteração adversa das características do meio
ambiente;
III. poluição: pode ser definida como degradação da qualidade ambiental
resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente, e;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos.
IV. poluidor: pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de
degradação ambiental;
V. recursos ambientais: atmosfera, águas interiores, superficiais e
subterrâneas, estuários, mar territorial, solo, subsolo, elementos da
biosfera, fauna e flora.

Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) do Rio de Janeiro, os


efeitos da poluição podem acarretar sérios danos à qualidade de vida e esgotar ou
tornar os recursos naturais impróprios para uso (INEA, 2014). Os agentes poluentes
são o que provocam a poluição e são introduzidos por meio de fontes classificadas
em pontuais e difusas. As fontes pontuais são facilmente identificadas e controladas
como as descargas industriais, da rede de esgoto sanitário, entre outras. Já as
fontes difusas não possuem um ponto de lançamento específico, tornando-se de
18

difícil controle e identificação, tais como as infiltrações de agrotóxicos no solo


provenientes de campos agrícolas (HAUPT, 2009).
Segundo RAMM (2014) as atividades provenientes das oficinas mecânicas
são consideradas fontes de poluição difusa, pois quando não controladas e
manejadas de forma inadequada, emitem efluentes e/ou de resíduos sólidos, que
podem poluir ou contaminar o meio ambiente.

2.2.1. Resíduos sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define resíduos sólidos como


material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas
em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos
em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica
ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL,
2010).
Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define os resíduos
sólidos como:

todos os resíduos no estado sólido e semissólido, resultantes das atividades


industriais, domésticas, hospitalares, comerciais, agrícolas, de serviço e de
varrição, e também os lodos provenientes das (ETA) estações de
tratamentos de água, aqueles originados em equipamentos e instalações de
controle de poluição, bem como determinados líquidos, cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos da água, ou exijam para isso soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face de melhor tecnologia disponível (ABNT,
2004).

2.2.1.1. Classificação de resíduos sólidos

De acordo com a ABNT, Norma Brasileira (NBR) 10004:2004 a classificação


dos resíduos envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem,
suas características e componentes e a comparação desses constituintes com
19

listagem de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é


conhecido (ABNT, 2004). Dessa maneira, a identificação dos constituintes a serem
avaliados na caracterização do resíduo deve ser criteriosa e estabelecida de acordo
com as matérias primas, os insumos e o processo que lhe deu origem (ABNT, 2004).
Os resíduos sólidos são classificados em duas classes, Classe I - perigosos e
Classe II - não perigosos (Classe II A - não inertes e Classe II B - inertes). Os
resíduos Classe I - perigosos são aqueles cujas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ ou riscos ao meio
ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Para que um
resíduo seja considerado perigoso ele deve estar contido nos anexos A ou B da NBR
10004 ou apresentar uma ou mais das seguintes características, (inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade).

2.2.1.2. Resíduos sólidos gerados em oficinas mecânicas

As oficinas mecânicas desenvolvem atividades relacionadas a reparação


veicular, as quais geram uma variedade de resíduos e efluentes que precisam de
tratamento adequado (NUNES e BARBOSA, 2012). Alguns exemplos de resíduos
sólidos são: peças, pneus, latarias, flanela, estopas sujas, papelão e embalagens de
peças e de óleos lubrificantes (GERHARDT, 2014). A Tabela 2 apresenta a
classificação e destinação dos resíduos gerados em oficina mecânica segundo o
Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (INEA, 2014).

Tabela 2: Classificação e destinação dos resíduos em oficinas mecânicas.


Classe NBR Fonte/ Acondicionamento
Tipo de resíduo Destinação
10004:2004 Origem interno
Latas vazias
Área de Tambores e Aterro industrial,
contaminadas de Classe I
operação caçambas siderurgia
graxa, óleo e tinta
Estopas Aterro industrial,
Limpeza e Tambores e
contaminadas com Classe I coprocessamento,
manutenção caçambas
óleo incineração
Sólidos retirados na Sistema de Tambores e
Classe I Coprocessamento
caixa de areia tratamento caçambas
Pneus inservíveis Classe II-B Manutenção Caçambas Coprocessamento
Aterro industrial,
Filtro e carvão Sistema de
Classe I Tambores coprocessamento,
ativados aturados controle
incineração
Aterro industrial,
Borras de tinta da Sistema de
Classe I Tambores coprocessamento,
cabine de pintura controle
incineração
20

Embalagens Classes I, Tambores e Aterro industrial,


Operação
plásticas II-A e II-B caçambas coprocessamento
Baterias Classe I Manutenção Empilhamento Tratamento
Tambores Reciclagem,
Borrachas em geral Classe II-B Manutenção caçambas e sacos coprocessamento,
plásticos incineração
Óleo lubrificante Tambores de boca
Classe I Manutenção Rerrefino
usado estreita
Resíduo oleoso do
Sistema de Tambores de boca
sistema separador Classe I Rerrefino
tratamento estreita
de água e óleo
Recuperação,
Tambores de boca
Solventes usados Classe I Operação incineração,
estreita
coprocessamento
Lâmpadas Administração
Classe I Tambores metálicos Reciclagem
fluorescentes e produção
Fonte: INEA (2014).

Cabe destacar que no Rio Grande do Sul, conforme estipulado pela Portaria
FEPAM nº 016/2010, de 20 de abril de 2010 é proibida a destinação de resíduos
Classe I – perigosos com características de inflamabilidade em aterros de resíduos
industriais1.
De acordo com Paulino (2009) e Dutra Filho (2012) os resíduos sólidos
gerados em oficinas mecânicas mais nocivos para o meio ambiente e para a saúde
pública são: óleo lubrificante usado, fluídos e óleos hidráulicos, embalagens de óleo
lubrificante, lodo de caixa separadora, óleo separado na caixa separadora, panos e
estopas contaminadas com óleo, filtros de óleo lubrificante, dentre outros.
Ressaltam-se por seu potencial de impacto ambiental os seguintes resíduos:
- graxas;
- embalagens e filtros de óleo contaminados, e;
- óleos lubrificante usado ou contaminado (Oluc).

Graxas: as graxas possuem pequena solubilidade, o que prejudica sua


degradação em estações de tratamento de efluentes. Quando presentes em
mananciais utilizados para abastecimento público, podem causar problemas no
tratamento da água, além de impedir a transferência do oxigênio da atmosfera para
o meio hídrico, trazendo problemas para a vida aquática (RAMM, 2014).

Embalagens e filtros de óleo contaminados: Ramm (2014) relata que as


embalagens plásticas usadas, contaminadas com óleo, são resíduos que as oficinas
1
Maiores informações sobre essa Portaria podem ser encontradas no item 2.4.1.
21

mecânicas geram diariamente. Logo, seu descarte precisa ser feito em local
apropriado, pois o descarte incorreto causa impactos ambientais adversos ao meio
ambiente. Existem várias maneiras de tratamento e disposição final desses
resíduos, entre os principais pode-se citar: a reciclagem, a incineração para fins de
recuperação energética e o co-processamento.
A Figura 1 mostra um exemplo de acondicionamento temporário de
embalagens plásticas contaminadas com óleo lubrificante.

Figura 1: Armazenamento temporário de embalagens contaminadas com óleo.


Fonte: Câmara dos Deputados (2014).

O armazenamento de embalagens plásticas usadas, segundo a ABNT NBR


12235:1992, deve ser em local com piso impermeável, ser ventilado, longe de fontes
de ignição e de pressão atmosférica, isentos de materiais combustíveis e com dique
de contenção para retenção do óleo lubrificante no caso de vazamentos (ABNT,
1992). De acordo com a ABNT (2004) após retirar todo o óleo das embalagens
plásticas, a separação dessas deve ser feita de acordo com as características do
resíduo, em embalagens plásticas disponibilizadas pela empresa responsável pela
coleta, as quais devem estar acondicionadas em áreas de contenção. A Figura 2
mostra um fluxograma que representa o ciclo de vida simplificado da embalagem
plástica contaminada com óleo lubrificante.
22

Figura 2: Fluxograma da análise simplificada do ciclo de vida da embalagem plástica contaminada


com óleo lubrificante.
Fonte: Plastivida (2007).

Em relação ao descarte das embalagens, a Política Nacional de Resíduos


Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305 de 2010, relata que um item fundamental é a
responsabilidade compartilhada, para que todos os envolvidos do setor se dediquem
para o funcionamento eficiente do sistema (BRASIL, 2010). Nesse contexto, o
Instituto Jogue Limpo foi criado a partir da iniciativa dos fabricantes de lubrificantes,
associados ao SINDICOM, para recolher por meio da logística reversa as
embalagens plásticas, que no ano de 2014, contabilizou a marca de 330 milhões de
embalagens encaminhadas para a reciclagem (JOGUE LIMPO, 2016).
Já os filtros de óleo são resíduos gerados na troca do óleo veicular (quando
necessário), servem para purificar o óleo, retendo sujeiras e partículas abrasivas.
Seu descarte consiste basicamente na separação da carcaça metálica e do papelão,
onde a carcaça deve ser encaminhada para empresas especializadas na reciclagem
de sucatas metálicas e o papelão para coprocessamento (ROCHE, 2010 apud
MATTOSINHO, 2013).

Óleo lubrificante usado ou contaminado (Oluc): também conhecido como


óleo queimado é o óleo acabado que, em função do seu uso normal ou por motivo
de contaminação, perdeu sua finalidade. Constituído, na maioria das vezes de uma
mistura de óleos acabados usados, cujos produtos originais apresentam
especificações diferenciadas (INEA, 2014).
23

Por meio da parceria da Associação de Proteção ao Meio Ambiente de


Cianorte (APROMAC), com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), no ano de 2009,
foi criado o Guia Básico em Gerenciamento do OLUC, que explica todos os
processos de seu gerenciamento. Um dos dados aponta que apenas um litro de óleo
pode contaminar um milhão de litros de água e se for despejado no esgoto,
compromete estações de tratamento e leva dezenas de anos para desaparecer no
ambiente, o qual pode inutilizar o solo, matar a vegetação e microrganismos, causar
a infertilidade desse, entre outros impactos ambientais adversos.
Segundo a ABNT (2004), o Oluc é classificado como um resíduo Classe I -
perigoso, uma vez que apresenta em sua composição produtos cancerígenos como
hidrocarbonetos e dioxinas, além de metais pesados como cádmio, níquel, chumbo,
mercúrio, cromo e cobre. Conforme o art. 3º da Resolução do CONAMA nº 362 de
2005, “todo o óleo contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por
processo de rerrefino” (CONAMA, 2005). O processo de rerrefino tem a finalidade de
retirar os contaminantes do OLUC, tornando-o a matéria-prima necessária para se
transformar em óleo lubrificante básico novamente, diminuindo os resíduos gerados
sem alterar a qualidade do produto e atendendo as especificações técnicas
estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) (APROMAC, 2009). A Figura
3 representa o símbolo dos óleos lubrificantes usados.

Figura 3: Símbolo dos óleos lubrificantes usados.


Fonte: Familubri (2016).
24

Para Gerhardt et al. (2014) o OLuc deve ficar armazenado em recipientes


com boas condições e colocado dentro de uma área de contenção, evitando assim,
em caso de rompimento, que se espalhe na colocação ou retirada do resíduo.

2.2.2. Efluentes líquidos

As fontes de água são constantemente poluídas pelo homem. O Brasil possui


12% de toda água doce do planeta, mas a grande quantidade de efluentes
industriais e domésticos sendo lançados sem tratamento prévio em rios, canais e
outros corpos de água, acarreta em danos severos ao meio ambiente e população
(CARVALHO et al., 2015).
Segundo a Resolução do CONAMA nº 430 de 2011, que dispõe sobre
condições e padrões de lançamentos de efluentes, efluente é o termo utilizado para
caracterizar as substâncias líquidas e gasosas provenientes em diversas atividades
ou processos. Os mais conhecidos são o doméstico e o industrial (BRASIL, 2011).
Os efluentes domésticos provenientes das residências, comércios e de
serviços são caracterizados por águas residuais contaminadas, basicamente, por
fezes humanas e animais, restos de alimentos e sabões e detergentes (ARCHELA et
al., 2003). Já os efluentes líquidos industriais são provenientes dos
estabelecimentos industriais, compreendendo emanações de processos industriais,
águas de refrigeração poluídas, águas pluviais poluídas e esgoto doméstico (ABNT,
1987).
Ainda segundo a Resolução do CONAMA nº 430 de 2011, no que diz respeito
ao descarte, os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados
diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e padrões
previstos nessa resolução. Também deve ser efetuado o tratamento prévio dos
mesmos e prevê penas de prisão a administradores de empresas ou responsáveis
técnicos que não cumpram os parâmetros estabelecidos (BRASIL, 2011).

2.2.2.1. Efluentes gerados em oficinas mecânicas

De acordo com Paulino (2009) existe um grande consumo de água em


oficinas mecânicas, a qual é utilizada para limpeza de peças e pátios, bem como
para a higienização dos funcionários. O efluente gerado nas oficinas por essas
25

atividades possue características potencialmente poluidoras devido à presença de


Oluc, graxas e solventes. Segundo o artigo 12 da Resolução do CONAMA nº 362 de
2005, “fica proibida qualquer forma de descartes de óleos usados ou contaminados
em solos, subsolos, nas águas interiores, no mar territorial, na zona econômica
exclusiva e nos sistemas de esgotos ou evacuação de águas residuais” (BRASIL,
2005).
De acordo com o INEA (2014) os efluentes líquidos com presença de
emulsões oleosas são gerados no setor de lubrificação, troca de óleo entre outros e
são os mais impactantes na operação das oficinas. Também existe o efluente do
esgoto sanitário. Segundo Paulino (2009) em relação aos efluentes líquidos gerados
nas oficinas, o Instituto de Qualidade Automotiva (IQA) orienta que a oficina
disponibilize um decantador para separação da água e o óleo, evitando o descarte
irregular do efluente bem como multas.

2.2.3. Emissões gasosas

A Resolução CONAMA nº 003 de 1990, descreve que a poluição atmosférica


pode ser definida como qualquer forma de energia ou matéria com intensidade,
concentração, tempo ou características que possam tornar o ar impróprio, nocivo ou
ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, ao
meio ambiente e à qualidade de vida da população (BRASIL, 1990).
Segundo a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental de São Paulo
(CETESB), o problema da poluição do ar nas grandes cidades tem contribuído para
agravar a qualidade de vida de seus habitantes. Os veículos automotores são
considerados como predominantes causadores de emissões, pois carregam
diversas substâncias tóxicas compostas por gases como monóxido de carbono
(CO), óxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos (HC), óxidos de enxofre (SO x),
material particulado (MP) entre outros (CETESB, 2016).

2.2.4. Poluição sonora

A poluição sonora pode ser definida como a degradação da qualidade


ambiental resultante de atividades humanas, as quais lançam energia em desacordo
com os padrões ambientais estabelecidos (ZAJARKIEWICCH, 2010). Para Penido et
26

al. (2013), o aumento da frota de veículos somado aos grandes centros urbanos
tornou-se um desafio para controlar a geração de ruídos advindos de propagandas,
trânsito, escapamentos inadequados, entidades religiosas entre outros.
Segundo o INEA (2014) a poluição sonora nas oficinas mecânicas é
caracterizada por um ruído perceptível quando os veículos são testados fora do
limite da empresa. Também são oriundos da atividade de lanternagem, dos
compressores e do sistema de exaustão das oficinas.

2.3. CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

AQUI AO INVÉS DE FALAR SOBRE GESTÃO AMBIENTAL FALAR UM


POUCO SOBRE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL QUE FOI O QUE TU CITASTE NO
PROXIMO CAPÍTULO.
O QUE É, PARA QUE SERVE....
Para Barbieri (2007) gestão ambiental pode ser entendida como os
procedimentos administrativos e operacionais realizados com o objetivo de obter
efeitos benéficos ao ambiente, aplicando as medidas necessárias, a fim de mitigar a
geração de impactos ambientais diversos. Segundo Belfi et al. (2014) a gestão
empresarial de todos os setores é auxiliada pela gestão ambiental que promove
meios eficientes para o uso dos recursos naturais e ainda gera lucros para as
organizações. De acordo com Barbieri (2007) as propostas de gestão ambiental
incluem no mínimo três dimensões:
- a dimensão espacial, referente à área na qual se espera que as ações
de gestão tenham eficácia (global, regional, local e empresarial);
- a dimensão temática que delimita as ações ambientais às quais as
ações de gestão se destinam (ar, água e solo), e;
- a dimensão institucional relativa aos agentes que tomam as iniciativas
de gestão (governo, sociedade civil e empresa).
Para Lanna (1995), a definição de gestão ambiental é o processo das ações
das estruturais culturais, sociais e organizações diversas que interagem em um dado
espaço, com diretrizes definidas, adequando o meio de exploração com os recursos
naturais existentes.
27

2.3.1. Certificação ambiental para centros de reparos automotivos

Com o objetivo de aumentar a conscientização ambiental entre as oficinas


veiculares e melhorar a capacidade produtiva mitigando os impactos gerados no
setor automotivo foi lançado no ano de 2009, a Certificação Ambiental para Centros
de Reparação, representado pelo Selo Verde IQA-CESVI (Figura 4).
O selo foi criado em parceria com Instituto de Qualidade Automotiva (IQA),
uma organização sem fins lucrativos, criado por Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), Sindicato Nacional da Indústria de
Componentes para Veículos automotores (SINDIPEÇAS), Sindicato das Empresas
de Reparação de Veículos (SINDIREPA) e outras entidades do setor e o Centro de
Experimentação Viária (CESVI), uma organização privada, as quais colaboram com
os órgãos públicos para melhorias na qualidade automotiva e viária (IQA, 2009).

Figura 4: Selo verde IQA-CESVI para oficinas mecânicas.


Fonte: IQA (2009).

Segundo o IQA (2013) o automóvel desde seu desenvolvimento até o centro


de reparação é um produto nocivo ao meio ambiente, pois usualmente é efetuado o
descarte de peças, fluídos, pneus, pintura, lavagem de equipamentos, entre outros
sem critérios corretos. O objetivo principal da certificação é a verificação dos
aspectos ambientais, assim como os requisitos legais aplicáveis às empresas de
reparação. Alguns requisitos considerados para obter o selo são:
28

- ter sistema adequado de limpeza e descarte de peças;


- ter caixas decantadoras/sepradoras de água e óleo;
- efetuar a segregação e destinação final adequada dos resíduos;
- na administração devem ser utilizadas lâmpadas econômicas e telhas
transparentes;
- reutilizar água da chuva, para utilizar nas torneiras, chuveiros e limpeza
da empresa, sem necessidade de gasto de água limpa.
- na parte da soldagem é necessário utilizar filtros;
- a tinta “verde” a base de água pode ser pedida nos centros de
reparação;
- a reciclagem de solventes, reutilizados para lavagens de pistolas de
pintura ou peças, além do descarte correto de materiais contaminados.
- na parte da mecânica, deve ser instalado um separador de água e
óleo, pois essa mistura se lançada no esgoto doméstico, contamina
todo o esgoto e pode contaminar o lençol freático.
Paulino (2009) menciona alguns exemplos de procedimentos que o IQA
recomenda para determinados aspectos ambientais, os quais devem ser cumpridos
pelas oficinas mecânicas que querem a certificação:
- óleo lubrificante: deve ser retirado do carro com o auxílio de um funil e
seu conteúdo deve ser armazenado em um recipiente e recolhido por
empresas credenciadas pelo Agência Nacional do Petróleo (ANP), que
fazem o rerrefino do produto;
- pisos impermeabilizados: manter na oficina pisos não porosos, que não
apresentam avarias, rachaduras, que não absorvam o óleo e que
facilitem a limpeza, não contaminando o solo;
- panos sujos: podem ser encaminhados para lavanderias
especializadas em materiais de oficinas ou descartadas em empresas
de reciclagem devidamente habilitadas;
- solventes: podem ser reutilizados em outros tipos de serviços;
- peças usadas: o ideal é que a oficina tenha um local apropriado para o
armazenamento temporário das peças e o descarte deve ser para
empresas de sucatas;
- embalagens plásticas: conforme a NBR 10004:2004 as embalagens
plásticas contaminadas com resíduos perigosos ou óleo lubrificante, as
29

quais apresentam toxicidade, devem ser armazenadas em local


ventilado, com contenção e piso impermeável;
- analisador de gases: o equipamento serve para verificar e regular os
gases emitidos na queima de combustível, garantindo que o veículo
volte às ruas em plenas condições de uso;
- efluentes líquidos: é recomendado o uso de um decantador para a
separação de água e óleo.

2.4. ASPECTOS LEGAIS RELACIONADOS ÀS OFICINAS MECÂNICAS

A Resolução FEPAM nº 6 de 17 de julho de 2012 atualiza os códigos de


ramos, unidades de porte e medidas de porte das atividades e empreendimentos de
infraestrutura no RS. Em seu artigo 41º o Código de Ramo 5220.00 passou a
chamar-se OFICINA MECÂNICA/CENTRO DE DESMANCHE DE VEÍCULOS
(CDV)/CHAPEAÇÃO/PINTURA, com portes conforme estipulado na Tabela 3. A
resolução determina que as oficinas mecânicas são passíveis de receber
Declaração de Isenção de Licenciamento Estadual, caso solicitado pelo
empreendedor.
Tabela 3: Classificação de oficinas mecânicas.

CÓDIGO 5220.00
OFICINA MECÂNICA/CENTRO DE DESMANCHE DE
RAMO
VEÍCULOS (CDV)/CHAPEAÇÃO/PINTURA
POTENCIAL POLUIDOR MÉDIO
UNIDADE DE MEDIDA Área útil em m2
PORTE
MÍNIMO PEQUENO MÉDIO GRANDE EXCEPCIONAL
250,01 até 1.000,01 até 5.000,01 até
0 até 50,00 50,01 até 250,00
1.000,00 5.000,00 99.999.999,99
Fonte: FEPAM (2012).

2.4.1. Legislações ambientais relacionadas às oficinas mecânicas

As principais legislações de âmbito federal e estadual relacionadas às


oficinas mecânicas e veículos automotores estão descritas a seguir.
Constituição Federal de 1988, artigo 225: estabelece que “todos têm o
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
30

essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder público e à coletividade o


dever de defende-lo e preservá-lo paras as presentes e futuras gerações.”
Decreto Federal nº 4.136, de 20 de fevereiro de 2002: dispõe sobre a
especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle
e fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias
nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, prevista na Lei nº 9.966, de
28 de abril de 2000, e dá outras providências.
Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho de 2008: dispõe sobre as
sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações.
Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011: fixa normas para a
cooperação entre a União, os estados, o Distrito Federal e os munícipios para o
exercício da competência material comum na defesa do meio ambiente.
Lei Federal nº 12.305 de agosto de 2010: instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.404 de 2010. A
PNRS estabelece princípios, objetivos e diretrizes para a gestão e gerenciamento de
resíduos. Criou também uma hierarquia que deve ser observada para a gestão dos
resíduos que é: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Instituiu
uma ordem de precedência que deixa de ser voluntária e passa a ser obrigatória.
Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes
Ambientais): Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e da outras providências.
Lei Federal nº 9.966 de 28 de abril de 2000: Dispõe sobre a prevenção, o
controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras
nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.
Portaria IBAMA nº 85 de 17 de outubro de 1996: dispõe sobre diretrizes
para criação de programa interno de autofiscalização da correta manutenção de
frotas e veículos movidos a diesel quanto à emissão de fumaça preta.
Resolução CONAMA nº 003 de 28 de junho de 1990: dispõe sobre o
padrão e qualidade do ar previsto no Programa Nacional de Controle da Qualidade
do Ar (PRONAR), utilizado pelos órgãos públicos na redução da poluição ambiental.
Resolução CONAMA nº 258 de 26 de agosto de 1999: dispõe sobre
descartes de pneus usados. Uma responsabilidade do fabricante que foi
gradativamente aumentando ao longo dos anos.
31

Resolução CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001: estabelece código de


cores para recipientes sobre diferentes tipos de resíduos a ser adotados na
identificação de coletores e transportadores (coleta seletiva).
Resolução CONAMA nº 308 de 21 de março de 2002: dispõe sobre
licenciamento ambiental de sistema de disposição final de resíduos sólidos urbanos,
sobre onde descartar o lixo corretamente.
Resolução CONAMA nº 321 de 29 de outubro de 2002: dispõe sobre o
Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.
Resolução CONAMA nº 357 de 17 de março de 2005: dispõe sobre a
classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá
outras providências.
Resolução CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005: estabelece
diretrizes para o recolhimento e destinação de óleo lubrificante usado ou
contaminado. Segundo a a resolução, todo óleo lubrificante usado ou contaminado
deverá ser recolhido, coletado e ter destinação final, de modo que não afete
negativamente o meio ambiente e propicie a máxima recuperação dos constituintes
nele contidos.
Resolução CONAMA nº 411 de 4 de novembro de 2008: estabelece os
limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias
comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para o seu
gerenciamento ambientalmente adequado e dá outras providências.
Resolução CONAMA nº 418 de 25 de novembro de 2009: dispõe sobre
critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular - PCPV e
para a implantação de Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso -
I/M pelos órgãos estaduais e municipais de meio ambiente e determina novos limites
de emissão e procedimentos para a avaliação do estado de manutenção de veículos
em uso.
Resolução CONAMA nº 450 de 06 de março de 2012: altera os artigos 9º,
16º, 19º, 20º, 21º e 22º e acrescenta o artigo 24º-A à Resolução no 362, de 23 de
junho de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA, que dispõe
sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou
contaminado.
32

Lei Estadual nº 11520 de 03 de agosto de 2000 (atualizada até a Lei nº


13.914 de 12 de janeiro de 2012): institui o Código Estadual do Meio Ambiente do
estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
Lei Estadual nº 14.528 de 16 de abril de 2014: institui a Política Estadual
de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem
como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de
resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do
poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.
Lei Estadual nº 9.921 de 27 de julho de 1993: dispõe sobre a gestão dos
resíduos sólidos, nos termos do artigo 247, parágrafo 3º da Constituição do Estado e
dá outras providências.
Decreto Estadual nº 38.356 de 01 de abril de 1998: aprova o regulamento
da Lei n° 9.921, de 27 de julho de 1993, que dispõe sobre a gestão dos resíduos
sólidos no estado do Rio Grande do Sul.
Resolução CONSEMA nº 129 de 24 de novembro de 2006: dispõe sobre a
definição de critérios e padrões de emissão para toxicidade de efluentes líquidos
lançados em águas superficiais do estado do Rio Grande do Sul.
Portaria FEPAM nº 016 de 20 de abril de 2010: determina que são
considerados resíduos Classe I – perigoso, com características de inflamabilidade
não passíveis de destinação em sistemas de destinação final de resíduos
denominados “aterro de resíduos Classe I” e “central de recebimento e destinação
de resíduos Classe I”, entre outros, a critério da FEPAM, os seguintes resíduos:
- borras oleosas;
- borras de processos petroquímicos;
- borras de fundo de tanques de combustíveis e de produtos inflamáveis;
- elementos filtrantes de filtros de combustíveis e lubrificantes;
- solventes e borras de solventes;
- borras de tintas a base de solventes;
- ceras contendo solventes;
- panos, estopas, serragem, EPIs, elementos filtrantes e absorventes
contaminados com óleos lubrificantes, solventes ou combustíveis
(álcool, gasolina, óleo diesel, etc);
- lodo de caixa separadora de óleo com mais de 5% de hidrocarbonetos
derivados de petróleo ou mais 70% de umidade;
33

- solo contaminado com combustíveis ou com qualquer um dos


componentes acima identificados.
O artigo 5° determina que a destinação final dos resíduos acima citados, no
âmbito do estado do Rio Grande do Sul, deverá ser realizada em unidades
licenciadas de:
I. reprocessamento;
II. recuperação;
III. reciclagem;
IV. tratamento biológico;
V. co-processamento em fornos de clínquer;
VI. sistemas de tratamento térmico (incineração).

2.4.2. Normas relacionadas às oficinas mecânicas

A seguir são apresentadas as normas relacionadas ao assunto.


ABNT NBR 10.004:2004 - Resíduos Sólidos – Classificação: classifica os
resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública, para que possam ser gerenciados adequados.
ABNT NBR 10.005:2004 - Procedimento para obtenção de extrato lixiviado
de resíduos sólidos: fixa os requisitos exigíveis para a obtenção de extrato lixiviado
de resíduos sólidos, visando diferenciar os resíduos classificados pela ABNT NBR
10004 como Classe I – perigoso e Classe II – não perigoso.
ABNT NBR 10.006:2004 - Procedimento para obtenção de extrato
solubilizado de resíduos sólidos: fixa os requisitos exigíveis para obtenção de extrato
solubilizado de resíduos sólidos, visando diferenciar os resíduos classificados na
ABNT NBR 10004 como Classe II A - não inertes e Classe II B – inertes.
ABNT NBR 10.007:2004 - Amostragem de resíduos sólidos: fixa os
requisitos exigíveis para amostragem de resíduos sólidos.
ABNT NBR 14.624:2000 - Inspeção técnica veicular - Codificação dos itens
de inspeção: especifica a codificação dos itens incluídos na inspeção técnica de
veículos, abrangendo itens de segurança e de controle da emissão de gases
poluentes e de ruídos, assim como padroniza os itens da inspeção para as diversas
categorias de veículos.
ABNT NBR 15.681:2009 - Veículos rodoviários automotores - Qualificação
de mecânico de manutenção: estabelece os requisitos e a sistemática para
34

qualificação do mecânico de manutenção de veículos rodoviários automotores ciclo


Otto e Diesel.
35

3. METODOLOGIA

A seguir apresenta-se a metodologia utilizada neste estudo.

3.1. METODOLOGIA DO OBJETIVO: AVALIAR O GERENCIAMENTO DOS


RESÍDUOS NA OFICINA MECÂNICA

A metodologia utilizada neste estudo para avaliar o gerenciamento dos


resíduos na oficina a ser estudada (Objetivo 1) foi a mesma utilizada por Ramm,
Silva e Kohl (2015). Efetuaram-se XX visitas de campo na oficina, a fim de efetuar a
coleta de dados necessária.
A coleta de dados foi envolveu a caracterização do empreendimento e de
suas atividades, os dados gerais do empreendimento, porte, números de
funcionários e serviços realizados. Nas visitas também foram investigados os tipos
de resíduos sólidos gerados, seu armazenamento, como ocorre a disposição final,
quem transporta e o local onde são dispostos. Também foi verificado se a oficina
possuía licenciamento ambiental.
Após o levantamento das informações, utilizou-se um questionário com 12
perguntas e a partir deste, por meio do atendimento das questões estabelecidas,
realizou-se a classificação da oficina. As faixas conceituais que representam o
quanto das questões foram atendidas pela oficina é mostrada na Tabela 3 e a Tabela
4 mostra o questionário que foi respondido pelas oficinas e que foi utilizado para
realizar o diagnóstico de resíduos.

Tabela 4: Faixas conceituais para verificação do atendimento dos requisitos


estabelecidos

Adequada Em regularização Inadequada


Atendimento > 80% dos Atendimento < 40 e > 79% dos Atendimento < 39% dos
requisitos estabelecidos requisitos estabelecidos requisitos estabelecidos

Fonte: Ramm, Silva e Kohl (2015)


36

Tabela 5: Questionário efetuado para diagnóstico ambiental na oficina mecânica

QUESTIONÁRIO PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL EM OFICINA MECÂNICA DE


NOVO HAMBURGO/RS
Oficina nº.:______________.

Tamanho: ______________ m2.

1 - A oficina mecânica é registrada (CNPJ)?


2 - Possui Licenciamento Ambiental?

3 - O estabelecimento faz revenda do óleo queimado para outras empresas?


4 - A empresa tem interesse de obter mais informações sobre práticas mais adequadas para o
tratamento desse resíduo gerado?
5 - Como é feito o descarte do óleo?

6 - A empresa possui caixa separadora de água e óleo?

7 - É feita a separação dos resíduos recicláveis gerados?


8 - Como é feito o descarte dos resíduos contaminados com óleo (estopas, metais e embalagens)
considerados perigosos?
9 - Como é feito o descarte dos resíduos (papel, papelão e plásticos) considerados não perigosos?

10 - A empresa tem conhecimento da quantidade de resíduos gerados mensalmente?

11 - A empresa está informada do que é coleta seletiva?

12 - A cidade de Novo Hamburgo possui coleta seletiva?

Fonte: Adaptado de Ramm, Silva e Kohl (2015)

Após, realizaram-se vistorias no estabelecimento, a fim de avaliar a estrutura


física da oficina mecânica quanto à adequação de cinco itens (Tabela 6):
1) a existência de bacia de contenção;
2) de piso impermeável;
3) de tratamento para água de lavagem;
4) de caixa separadora de água e óleo, e;
5) de área de armazenamento de resíduos.
Também foi verificado o gerenciamento dos seguintes resíduos: tintas, pilhas,
baterias e lâmpadas fluorescentes.
37

Tabela 6: Inventário da estrutura física da oficina mecânica avaliada

Sim
Requisito Não
Bom Ruim

1) Bacia de contensão
2) Piso impermeável

3) Tratamento para água de lavagem

4) Caixa separadora de água e óleo

5) Área de armazenamento de resíduos

% atendido 0%

Legenda: Não = não possui; Sim = possui, Bom = atende a legislação;


Ruim = não atende a legislação.

Fonte: Ramm, Silva e Kohl (2015)

3.2. METODOLOGIA DO OBJETIVO: CLASSIFICAR OS RESÍDUOS DA


OFICINA DE ACORDO COM A SUA PERICULOSIDADE

3.3. METODOLOGIA DO OBJETIVO: FORNECER DIRETRIZES PARA


MELHORAR A GESTÃO DOS RESÍDUOS GERADOS
38
39

4. RESULTADOS

FAZER PRIMEIRO A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.


Esta é a análise da parte prática da pesquisa. O pesquisador apresenta os
dados obtidos e discute estes resultados de forma objetiva e contextualizada
O texto dos resultados é do pesquisador, não se coloca revisão bibliográfica
neste capítulo, mas pode-se comparar os dados encontrados no estudo com os
dados encontrados por outros autores.
Exemplo:
Dos 16 elementos químicos críticos citados no estudo do U.S. Departament of
Energy de Bauer et al. (2011), 6 estão presentes nos resíduos dos gabinetes deste
estudo, são eles o neodímio (Nd), o térbio (Tb), o gálio (Ga), o cobalto (Co), o
manganês (Mn) e o níquel (Ni).
40

5. CONCLUSÕES
ISSO É FEITO SÓ NO FIM DEPOIS DE TODOS OS OUTROS ITENS TEREM
SIDO EFETUADOS.
Contém as conclusões tiradas do trabalho desenvolvido. Deve iniciar com
uma sentença introdutória amarrando a seção com o problema declarado na
introdução, indicando se o objetivo da pesquisa foi alcançado ou não. Descrever em
uma sentença ou duas sobre as limitações e implicações evidenciadas no decorrer
da pesquisa. Apresentar caminho futuro das pesquisas, com base nas conclusões
tiradas.
41
42

REFERÊNCIAS
ARCHELA, E;CARRARO, A; FERNANDES, F; BARROS, O.N.F; ARCHELA, R.S;
Consideração sobre a geração de efluentes líquidos em centros urbanos. Acessado
em: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/viewFile/6711/6055
Acessado em: 30 de junho de 2016.

ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE DE CIANORTE - APROMAC-


Guia básico de gerenciamento de óleos usados ou contaminados-2009. Disponível
em: www.sindilub.org.br/dowloads/2009_set-out.pdf Acessado em: 27 de maio de
2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10004/2004 -


Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro. 2004a.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. ABNT NBR


10.005/2004- Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduo sólido -
2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. ABNT NBR


10.006/2004- Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos
sólidos- 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. ABNT NBR


10.007/2004- Amostragem de resíduos sólidos- 2004.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9800/1987 -


Critérios para lançamentos de efluentes- 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. ABNT NBR


12.235/1992- Armazenamento de resíduos sólidos perigosos- 1992.

NBR 9800/1987).

BRASIL. Resolução CONAMA nº 001/1986 - “Dispõe sobre critérios básicos e


diretrizes gerais para avaliação de impacto ambiental”.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 003/1990 - “Dispõe sobre padrões de qualidade do


ar, previstos no PRONAR”.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 430/2011 - Dispõe sobre as condições e padrões


de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de
março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 362/2005- “Dispõe sobre o recolhimento, coleta e


destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado”.

BRASIL. Resolução CONAMA nº 450/2012 - Altera os arts. 9º , 16, 19, 20, 21 e 22, e
acrescenta o art. 24-A à Resolução no 362, de 23 de junho de 2005, do Conselho
Nacional do Meio Ambiente CONAMA, que dispõe sobre recolhimento, coleta e
43

destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.


Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res12/Resol450.pdf
Acessado em: 19 de agosto de 2016.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Publicada no DOU de 3.8.2010


Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências.

BRASIL. Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acessado em: 19
de agosto de 2016.

BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm Acessado em: 19 de agosto de
2016.

BRASIL. Lei nº 9.966, de 28 de abril de 2000. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4136.htm Acessado em: 19 de
agosto de 2016.

BRASIL. Decreto nº 4.136, de 20 de fevereiro de 2002. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4136.htm Acessado em: 19 de
agosto de 2016.

BRASIL. Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6514.htm
Acessado em: 19 de agosto de 2016.

BRASIL. Lei Complementar nº 140, de 08 de dezembro de 2011. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp140.htm Acessado em: 19 de agosto
de 2016.

CÂMARA DOS DEPUTADOS ECOCAMARA. Embalagens plásticas de óleos


lubrificantes, 2014. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-
social/ecocamara/o-ecocamara/noticias/ecocamaradas-visitam-empresa-do-df-
especializada-em-tratamento-de-residuos-perigosos Acessado em: 07 de maio de
2016

CARVALHO, D.L; SOUZA, M.A.C; ZEMPULSKI, D.A; Utilização do método eletro


floculação para tratamento de efluentes industriais. Revista nacional de
Gerenciamento de cidades, 2015. Disponível em:
https://www.amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/gerenciamento_de_cida
des/article/view/934/957 Acessado em: 20 de junho de 2016.

CETESB. COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO.2016. Emissão


veicular. Disponível em: http://veicular.cetesb.sp.gov.br/ Acessado em: 30 de junho
de 2016.

DENATRAN. Departamento Nacional de Trânsito. 2016. Disponível em:


http://www.denatran.gov.br/frota 2015.htm. Acessado em: 08 de abril de 2016
44

DUTRA FILHO, VILSON TRAVA, Gestão de resíduos sólidos em oficina mecânica-


1º Simpósio SINDIREPA- FEPAM/RS 2012.

FAMILUBRI. Símbolo de reciclagem do óleo lubrificante. Disponível em:


http://www.familubri.com.br/meio-ambiente/ Acessado em: 15 de junho de 2016.

FENABRAVE. Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores. São


Paulo: FENABRAVE, 2015.

GERHARDT, A.E.; DRUMM, F.C.; GRASSI,P.; FLORES, B.A.;PASSINI, A.L.F.;


BORBA, W.F.; KEMERICH,P.D.C. Diagnostico para o gerenciamento dos resíduos
sólidos em oficina mecânica: estudo de caso em concessionária do município de
Frederico Westphalen- RS. Remoa- UFSM- edição especial (2014).

HAUPT. Jaqueline Patrícia de Oliveira - Metodologia para avaliação do potencial de


poluição difusa: estudo de caso da bacia do rio Jundiaí, 2009.

INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE - INEA. Oficinas mecânicas e lava a jato:


orientações para o controle ambiental. Instituto Estadual do Ambiente. Rio de
Janeiro: INEA, 2.ed. 2014.

LANNA. Antonio Eduardo Leão - Gerenciamento de bacia hidrográfica: aspectos


conceituais e metodológicos. Brasília: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis, 1995.

LOGÍSTICA REVERSA DAS EMBALAGENS PLÁSTICAS DE ÓLEOS


LUBRIFICANTES USADOS. PROGRAMA JOGUE LIMPO,2016. Disponível em:
www.joguelimpo.org.br/institucional/index.php Acessado em: 27 de maio de 2016.

MATTOSINHO,C.M.S.; SANTOS,C.M.A. Desafio da cadeia reversa de pós-consumo


de filtro de óleo lubrificante automotivo no interior baiano. Disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2013_TN_STO_177_009_22049.pdf
Acessado em: 18 de abril de 2016.

NUNES, G. B.; BARBOSA, A. F. F. Gestão dos resíduos sólidos provenientes dos


derivados de petróleo em oficinas mecânicas da cidade de Natal/RN. 2012.
Disponível em:
http://editorarealize.com.br/revistas/enect/trabalhos/Comunicacao_659.pdf.
Acessado em: 13 DE JANEIRO DE 2016.

O MECÂNICO. Substituição das pastilhas de freio. Disponível em:


www.omecanico.com.br/substituicao-das-pastilhas-do-fiat-palio, 2016. Acessado em:
16 de abril de 2016.

PAULINO, Paloma Fernandes. Diagnóstico dos resíduos gerados nas oficinas


mecânicas de veículos automotivos do município de São Carlos – SP. 2009.
45

PENIDO. E. C; AZEVEDO.F.R; SOUZA.J.H; Poluição sonora: aspectos ambientais e


saúde pública. 2013. INSTITUTO VIANNA JUNIOR. Disponível em:
http://www.vianajr.com.br/files/uploads/20131002_114137.pdf Acessado em: 07 de
julho de 2016.

PLASTIVIDA. Ciclo de vida simplificado do plástico. 2007. Disponível em:


http://www.mma.gov.br/port/conama/reuniao/dir1235/ApresABIPLAST_SINDIPLAST.
pdf Acessado em: 29 de abril de 2016.

RAMM, Neli Erli. Avaliação do gerenciamento dos resíduos líquidos e sólidos de


oficinas mecânicas localizadas na cidade de Esteio/RS, 2014.

RIO GRANDE DO SUL. Lei 11.520,de 3 de agosto de 2000. Institui o Código


Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras
providências.
RIO GRANDE DO SUL. Lei 14.528,de 16 de abril de 2014. Institui a Política
Estadual de Resíduos Sólidos.

SILVA,M.A.;RIBEIRO,S.N.;CRISPIN, D.L.;SOBRINHO,L.G.A.;FARIAS,C.A.S.
Avaliação do gerenciamento de resíduos de óleos lubrificantes e suas embalagens
em oficinas mecânicas da cidade de Pombal-PB, 2014. Disponível em:
http://revista.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/3004.
Acessado em: 11 de abril de 2016.

SINDICOM. Tipos de Óleos Lubrificantes Automotivos. Disponível em:


http://www.oleocerto.com/duvida/qual-diferenca-entre-o-oleo-mineral-semissintetico-
e-oleo-sintetico/ Acessado em: 07 de julho de 2016.

ZAJARKIEWICCH, Daniel Fernando Bondarenco. Poluição sonora urbana: principais


fontes. Aspectos jurídico e técnicos. 2010. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp136499.pdf Acessado em:
07 de julho de 2016.

http://www.iqa.org.br/publico/noticia.php?codigo=1800

BRASIL. Resolução Conama Nº. 357, de 17 de março de 2005. Dispõe


sobre a classificação
dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
bem como estabelece
as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências. Diário Oficial
da União, Brasília, n. 53, p. 58-63. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf>. Acesso
em: 6 jan. 2011.
RIO GRANDE DO SUL. Decreto nº. 38.356, de 01 de abril de 1998. Aprova o
Regulamento da
Lei n° 9.921, de 27 de julho de 1993, que dispõe sobre a gestão dos
resíduos sólidos no
Estado do Rio Grande do Sul. Diário Oficial [do] Estado do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre,
46

2 abr. 1998. Disponível em:


<http://www.emater.tche.br/site/br/arquivos/area/legislacao/estadual/le-
dec38356.pdf>. Acesso
em: 6 jan. 2011.
RIO GRANDE DO SUL. Lei Nº. 9.921, de 27 de julho de 1993. Dispõe sobre
a gestão dos
resíduos sólidos, nos termos do artigo 247, parágrafo 3º da Constituição
do Estado e dá outras
providências. Diário Oficial [do] Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
28 jul. 1993.
Disponível em:
<http://www.emater.tche.br/site/br/arquivos/area/legislacao/estadual/le-
lei9921.pdf>. Acesso em: 6 jan. 2011
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria do Meio Ambiente. Conselho Estadual do
Meio Ambiente.
Resolução Consema nº. 129/2006, de 24 de novembro de 2006. Dispõe
sobre a definição de
critérios e padrões de emissão para toxicidade de efluentes líquidos
lançados em águas
superficiais do Estado do Rio Grande do Sul. Diário Oficial [do] Estado do
Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 7 dez. 2006. Disponível em:
<http://www.mp.rs.gov.br/ambiente/legislacao/id4890.htm>. Acesso em: 6
jan. 2011.

Potrebbero piacerti anche