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ESTUDOS BÍBLICOS

BÁSICOS

O que a Bíblia ensina sobre Deus


e sobre o nosso:
Passado, Presente e Futuro

Dr. Francis A. Schaeffer

Adaptação

Adauto J. B. Lourenço
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Visão Panorâmica da Bíblia
OS LIVROS DA BÍBLIA: DADOS GERAIS

VELHO TESTAMENTO (Canon Hebreu)

A LEI (Torah) Autor Data Ocupação


Gênesis Moisés c. 1450 A.C. líder político
Êxodus Moisés c. 1450 A.C. líder político
Levíticos Moisés c. 1450 A.C. líder político
Números Moisés c. 1450 A.C. líder político
Deuteronômio Moisés c. 1450 A.C. líder político

OS PROFETAS (Nebhim)
GRUPO I
Josué ? ?
Juízes Samuel (?) ? profeta
I Samuel ? ?
II Samuel ? ?
I Reis Jeremias (?) c. 600 A.C.(?) sacerdote-profeta
II Reis Jeremias (?) c. 600 A.C.(?) sacerdote-profeta
GRUPO II
PROFETAS MAIORES
Isaias Isaias c. 700 A.C. profeta
Jeremias Jeremias c. 600 A.C. sacerdote-profeta
Ezequiel Ezequiel c. 600 A.C. sacerdote-profeta
Daniel Daniel c. 530 A.C. primeiro ministro
PROFETAS MENORES
Oséias Oséias c. 750 A.C. profeta
Joel Joel ? profeta
Amós Amós c. 740 A.C. criador de gado
Obadias Obadias ? profeta
Jonas Jonas c. 725 A.C. profeta
Miquéias Miquéias c. 700 A.C. profeta
Naum Naum c. 650 A.C. profeta
Habacuque Habacuque c. 600 A.C. profeta
Sofonias Sofonias c. 610 A.C. linhagem real
Ageu Ageu c. 520 A.C. profeta
Zacarias Zacarias c. 500 A.C. sacerdote-profeta
Malaquias Malaquias c. 450 A.C. profeta

OS ESCRITOS (Kethubhim ou Hagiographa[Gk])


POÉTICOS
Salmos 5 livros (apenas 34 não tem título)
Provérbios Salomão & outros - Compilado
Jó ? ?
CINCO ROLOS (Megilloth)
Cantares Salomão c. 950 A.C. rei
Rute ? ?
Ester ? ?
Lamentações Jeremias (?) c. 600 A.C.(?) sacerdote-profeta
Eclesiastes Salomão (?) c. 950 A.C.(?) rei
HISTÓRICOS
Esdras Esdras c. 440 A.C. sacerdote-mestre
Neemias Neemias c. 430 A.C. copeiro
I Crônicas Esdras(?) c. 440 A.C.(?) sacerdote-mestre
II Crônicas Esdras(?) c. 440 A.C.(?) sacerdote-mestre

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Visão Panorâmica da Bíblia
OS LIVROS DA BÍBLIA: DADOS GERAIS

NOVO TESTAMENTO

EVANGELHOS Autor Data Ocupação


Mateus Mateus c. 60 A.D. cobrador de impostos
Marcos Marcos c. 60 A.D.
Lucas Lucas c. 60 A.D. médico
João João c. 60-85 A.D.(?) pescador

HISTÓRIA
Atos Lucas c. 60-70 A.D.(?) médico

EPÍSTOLAS
de Paulo
Romanos Paulo c. 57 A.D. rabino
I Coríntios Paulo c. 55 A.D.
II Coríntios Paulo c. 55 A.D.
Gálatas Paulo c. 50 A.D.
Efésios Paulo c. 60 A.D.
Filipenses Paulo c. 54 A.D.
Colossenses Paulo c. 60 A.D.
I Tessalonicenses Paulo c. 51 A.D.
II TessalonicensesPaulo c. 51-52 A.D.
I Timóteo Paulo c. 63-65 A.D.
II Timóteo Paulo c. 66-67 A.D.
Tito Paulo c. 63-65 A.D.
Filemom Paulo c. 60 A.D.
Outros
Hebreus Paulo(?) antes de 70 A.D.
Tiago Tiago c. 50 A.D. irmão de Jesus
I Pedro Pedro antes de 68 A.D. pescador
II Pedro Pedro antes de 68 A.D.
I João João c. 85 A.D. pescador
II João João c. 85 A.D.
III João João c. 85 A.D.
Judas Judas 65-85 A.D. irmão de Jesus

PROFECIA
Apocalipse João c. 95 A.D. pescador

No total a Bíblia contém 66 livros:


39 no Velho Testamento
27 no Novo Testamento
A Bíblia foi escrita em três línguas diferentes:
Velho Testamento:
• Hebraico
• Aramaico
Novo Testamento
• Grego
As duas traduções mais importantes da Bíblia são:
• A Septuaginta (versão no grego do Velho Testamento)
• A Vulgata (versão no latin da Bíblia)

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Visão Geográfica da Bíblia
VELHO TESTAMENTO

MUNDO BÍBLICO

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Todas as religiões são iguais?
1. Primeiro, no caso de haver ou não algum Deus: Se os ateus estiverem certos todas
as religiões estarão erradas.
2. Segundo, caso o ateísmo esteja errado e haja apenas um Deus ou muitos: se os
politeístas estiverem certos, todos os monoteístas estão errados.
3. Terceiro, caso os politeístas estejam errados e Deus tenha ou não um querer: se ele
não tem, todas as religiões no mundo ocidental que dizem que ele tem estão
erradas.
4. Quarto, das três religiões no mundo ocidental (Islamismo, Judaismo e Cristianismo)
que acreditam que Deus tem um querer, duas não acreditam que Jesus é o Messias
ou o Filho de Deus. No caso do Cristianismo estar correto, as outras duas estarão
erradas.

Jesus foi apenas um homem sábio?


Um homem que afirma ser Deus não pode ser um homem sábio, e um Deus que afirma
ser Deus tampouco é um mero homem sábio. O primeiro é um tolo e o segundo é
Deus. Jesus deve ser ou um tolo ou Deus. A única coisa que ele não pode ter sido é
um simples homem sábio.

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ESTUDOS BÍBLICOS BÁSICOS
O que a Bíblia ensina sobre Deus e sobre o nosso: Passado, Presente e Futuro
Dr. Francis A. Schaeffer

Resumo das Lições

1. O Deus da Bíblia: A Bíblia ensina que existe somente um único Deus verdadeiro,
criador de todas as coisas e Senhor soberano de tudo o que há. Ele existe em três
pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.
2. A Criação: A Bíblia ensina que a Natureza (o mundo e tudo o que nele há) é resultado
de um plano mestre de Deus, criada não por necessidade de Deus, mas por ser Sua
vontade. Deus manifestou a Sua soberania no passado através da Sua obra criadora,
trazendo à existência o mundo segundo o seu desejo. E Deus manifesta a Sua
soberania no presente através da Sua obra providencial no mundo, utillizando a Sua
criação para manifestar a Sua providência e assim cumprir os Seus propósitos.
3. Deus e o ser humano: A Bíblia ensina que Deus criou o ser humano para ter uma
função relevante dentro do mundo criado por Ele (a existência humana não é um mero
acidente probabilístico de forças naturais). Deus criou o ser humano perfeito, num
mundo perfeito, para viver em comunhão perfeita com o seu Criador. Mas este se
rebelou contra Deus. Esta perda da posição original criada é chamada de “a queda do
ser humano”. Desde então a raça humana tem vivido sobre a ira de Deus, sem
condição própria de reatar os laços com o seu Criador.
4. A Graça de Deus (A): A Bíblia ensina que apesar de sermos pecadores (rebeldes
contra Deus e as Suas propostas, embora tivéssemos sido avisados das
conseqüências), Deus providenciou um caminho para que o ser humano pudesse ter
novamente comunhão com Ele. Este caminho foi aberto através da obra consumada
por Jesus Cristo pela Sua morte na cruz. Foi Deus quem tomou a iniciativa de
restauração.
5. A Graça de Deus (B): A Bíblia ensina que este processo de restauração (conhecido
como salvação) iniciado por Deus é inteiramente dependente da Sua graça e não dos
méritos que o ser humano possa alcançar. Nunca nenhum ser humano foi ou será
salvo por obras.
6. Profecias do Antigo Testamento referentes ao Messias: A Bíblia ensina que Deus
disse de antemão (profetizou) qual seria o caminho da restauração e por meio de quem
este caminho seria aberto. Deus fez assim para que o ser humano não tivesse dúvida
quando acontecesse, e para que ele não fosse enganado seguindo falsos caminhos. A
Bíblia dá detalhes específicos (profecias) sobre a vida do Messias (Jesus Cristo), Sua
morte e ressurreição. Jesus cumpriu literalmente cada uma das profecias a Seu
respeito.
7. Cristo, mediador, Sua Pessoa: A Bíblia ensina que Deus, através da segunda pessoa
da Trindade (Jesus Cristo), veio a este mundo em forma humana, e viveu entre nós. A
Bíblia ensina que apesar de Jesus ter nascido de uma mulher (Maria), o Seu
nascimento não foi igual ao nosso. A Bíblia ensina que pelo fato dEle (Jesus Cristo) ser
perfeitamente Deus e ter-se tornado perfeitamente homem (encarnação), é o único que
pode assumir o papel de mediador entre Deus e os homens: nenhum outro está
qualificado para tal função.
8. Cristo, mediador, Sua obra como Profeta: A Bíblia ensina que após a queda do ser
humano, este passou a ter necessidade de conhecimento, para saber como se
aproximar de Deus. O profeta é quem revela este conhecimento (de Deus) ao ser
humano. O profeta não fala apenas de coisas futuras mas das do presente também. A
8
função principal do profeta é dar o verdadeiro conhecimento de Deus ao homem. Este
foi o aspecto fundamental dos ensinos de Jesus.
9. Cristo, mediador, Sua obra como Sumo Sacerdote: A Bíblia ensina que após a
queda do ser humano, este passou a ter necessidade de ser justificado (ter a culpa real
das suas transgressões contra Deus removidas). Neste aspecto Jesus atuou como o
sacerdote que oferece sacrifício pelo pecado do ser humano, tornando-se Ele mesmo o
sacrifício. Somente alguém isento de pecado poderia oferecer-se a si mesmo.
10. Cristo, mediador, Sua obra como Rei: A Bíblia ensina que Jesus exerce o Seu poder
e autoridade sobre todas as situações. Atualmente, o Seu governo é invisível do ponto
de vista geográfico-socio-econômico. Sua atuação soberana é indireta tanto na vida do
cristão quanto na comunidade global. Sabemos que ela é soberana porque a realidade
que o mundo vive é exatamente aquela que Jesus disse que seria, não porque Ele
previu mas porque Ele assim decretou. A Sua primeira vinda foi de forma natural,
nascendo como um ser humano há dois mil anos atrás. Mas a Sua segunda vinda será
de forma sobrenatural, vindo dos céus e sendo visível a todos os seres humanos.
Então ele estabelecerá um reino geográfico aqui no planeta Terra.
11. Humilhação e exaltação de Cristo: A Bíblia ensina que ao abrir novamente o caminho
de acesso a Deus, o Senhor Jesus experimentou a humilhação decorrente do
envolvimento com a raça humana até o ponto de tornar-se pecado (não pecador). Mas
a Bíblia também ensina que decorrente desta humilhação veio a exaltação de Cristo: A
Ele foi dada a honra de estar acima de tudo o que existe, exceto Deus o Pai.
12. A salvação como obtê-la? A Bíblia ensina que existe um único caminho para a
salvação (restauração do relacionamento com Deus) do ser humano. Este caminho foi
estabelecido pelo próprio Deus. Este caminho é acessível a todos os homens através
da fé na pessoa de Cristo. Tudo o que precisaria ser feito, foi feito por Cristo. O que
falta agora é aceitar aquilo Ele já fez. Isto implica em arrependimento e não remorso.
13. A justificação: A Bíblia ensina que existe uma culpa moral real de todo ser humano
para com o soberano Senhor do universo. Esta culpa moral é decorrente do fato de
todo ser humano ter sido criado à imagem de Deus, portanto, com a finalidade de
refletir a pessoa de Deus. Pecamos, porque através das nossas palavras, pensamentos
e ações não refletimos quem Deus é. Mas através da parte jurídica do processo de
restauração chamada justificação, podemos ter a nossa dívida para com a lei moral de
Deus paga através do sacrifício de Cristo.
14. Uma nova relação: a adoção: A Bíblia ensina que todo ser humano é criatura de
Deus e não filho de Deus. Somente Deus tem o poder de tomar criaturas e transformá-
las em Seus filhos e filhas. A Bíblia também ensina que Deus assumiu alguns
compromissos para com todas as Suas criaturas, e outros apenas com os Seus filhos
(o resultado destes compromissos são geralmente conhecidos como bênçãos).
15. Uma nova relação: a identificação e a união com Deus Filho: A Bíblia ensina que
nesta nova relação o ser humano tem a sua vida anexada à vida de Cristo. Ele é a
árvore e nós os galhos que dão fruto.
como corpo: nós somos os membros da Igreja da qual Cristo é a Cabeça
como construção: nós somos os tijolos da casa da qual Cristo é o alicerce.
como família: nós somos os irmãos recebidos por aquEle que é o filho legítimo
como sacerdotes: nós somos os que intercedem pelo povo a Cristo
como reino: nós somos a família real e os servos do Rei dos reis neste mundo
como embaixadores: nós anunciamos as boas novas (evangelho) do Rei
16. Uma nova relação: Deus: A Bíblia ensina que temos agora uma relação de amor com
o Deus triúno:
com o Espírito Santo: Ele (a terceira pessoa da trindade) passa a morar no cristão.
Nos tornamos “templo” do Deus vivo. Ele é quem restaura no ser humano todas

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as qualidades perdidas depois da queda. Ele torna-se uma dádiva do Senhor
Jesus para todos os que são Seus.
com o Senhor Jesus: Ele (a segunda pessoa da trindade) torna-se nosso irmão e
Rei, concedendo-nos a oportunidade de compartilharmos de tudo o que Ele
possui e trabalharmos na realização dos Seus planos.
com o Pai: Ele (a primeira pessoa da trindade) torna-se o nosso Pai legítimo,
assegurando-nos todas as bênçãos decorrentes deste relacionamento de amor.
17. Uma nova relação: a fraternidade dos cristãos: A Bíblia ensina que depois de
sermos salvos, passamos a fazer parte da família de Deus. Esta vida familiar se
manifesta no suporte espiritual de uns para com os outros, no auxílio material de uns
para com os outros, e no prazer da comunhão de uns para com os outros.
18. A perenidade da salvação: A Bíblia ensina que a salvação que pode ser obtida em
Cristo é eterna. Uma vez que alguém a recebe, nunca mais a perderá. Contudo esta
salvação ocorre em três tempos específicos:
a. passado: salvos da pena do pecado – justificação
b. presente: salvos do poder do pecado – santificação
c. futuro: salvos da presença do pecado – glorificação
19. Santificação (A): A Bíblia ensina que existe uma vida agora para ser vivida de acordo
com os princípios de Deus, desfrutando das bênçãos e alegrias decorrentes deste novo
estilo de vida. Ao passo que a justificação é igual para todos, a santificação pode
ocorrer de forma diferenciada na vida dos cristãos.
20. Santificação (B): A Bíblia ensina que existem muitas áreas que precisam ser
trabalhadas até alcançarmos a perfeição. Perfeição esta que tem como base o próprio
caráter e pessoa de Deus.
21. Santificação (C): A Bíblia ensina que podemos crescer espiritualmente através do
estudo da Bíblia, da oração, do testemunho e da comunhão fraternal numa igreja.
22. A glorificação por ocasião da morte: A Bíblia ensina que após o término desta vida,
existe “um acerto de contas”. Como podemos observar, as contas não são todas
ajustadas nesta vida. A glorificação é o resultado do acerto de contas dos filhos de
Deus. Para o cristão, a morte não é uma coisa terrível, pois ela nos introduz a um
estado superior ao que temos agora.
23. A glorificação por ocasião da ressurreição: A Bíblia ensina que Deus criou o ser
humano para viver num corpo e não fora dele. Deus dará corpos a todos os que já
morreram. No entanto, os cristãos serão os primeiros a receber os novos corpos. Estes
serão corpos glorificados que nunca mais experimentarão dor ou sofrimento.
24. O mundo e o povo de Deus: A Bíblia ensina que o mundo, ao contrário do que se diz,
não vai melhorar. A esperança do cristão não está no aperfeiçoamento do mundo, mas
sim no retorno de Cristo e na criação de novos céus e nova terra.
25. Os perdidos: A Bíblia ensina que neste grupo encontram-se:
a. Satanás: o maior inimigo de Deus
b. o Anticristo e o Falso Profeta: auxiliares principais de Satanás
c. anjos caídos: seguidores de Satanás
d. seres humanos perdidos: todos os que rejeitaram a Cristo, preferindo viver
pelos seus próprios padrões de moralidade e espiritualidade. A característica
principal deste grupo é a rebelião.
Todos eles serão destruídos mas não aniquilados. Sofrerão uma penalidade eterna.

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1. O DEUS DA BÍBLIA

A Bíblia ensina que existe somente um único Deus verdadeiro, criador de todas as coisas
e Senhor soberano de tudo o que há. Ele existe em três pessoas distintas: Pai, Filho e
Espírito Santo.

O Deus da Bíblia é uma Pessoa.

Efésios 1:4 Observamos que Deus tem um plano; portanto Ele pensa.

Gênesis 1:1 Deus não pensa somente mas Ele também age.

João 3:16 Deus não somente pensa e age, mas é também sensível. O amor é sentimento
também. O Deus que existe é uma Pessoa. Pensa, age e sente – três sinais distintos
da personalidade. Deus não é uma força impessoal, nem uma entidade que engloba
tudo. É uma Pessoa. Quando fala conosco, diz: "Eu" e podemos responder-Lhe: "Tu".

Deuteronômio 6:4 O Antigo Testamento ensina que existe um só Deus.

Tiago 2:19 O Novo Testamento também ensina que existe um só Deus.

Mas a Bíblia ensina igualmente que este Deus único existe em três Pessoas distintas.

Gênesis 1:26 "Façamos..." Isto testifica que a Divindade é constituida por mais de uma
Pessoa.

Gênesis 11:7 Aqui também, a ênfase recai na pluralidade das Pessoas da Divindade.
Neste versículo como em Gênesis 1:26, as Pessoas da Trindade comunicam entre Si.

Isaías 6:8 Mais uma vez, observamos na Divindade a coexistência de mais de uma
Pessoa.

Isaías 44:6 Duas Pessoas da Divindade são citadas aqui: "O Senhor, Rei de Israel" e "seu
Redentor, o Senhor dos Exércitos". Trata-se da primeira e da segunda Pessoa da
Trindade.

Isaías 48:16 O versículo anterior mostra que a primeira e a segunda Pessoa da Trindade
são distintas; este texto menciona a existência da terceira Pessoa da Trindade,
nomeando-A: o Espírito Santo.

Mateus 3:16-17 Cada uma das três Pessoas Se manifesta, agindo, distintamente. Ler
também Mateus 28:19; João 15:26; 1 Pedro 1:2.

Mateus 9:2-7 Jesus Cristo reivindica um dos Seus direitos naturais: o poder de perdoar os
pecados, demonstrando assim a Sua divindade.

Mateus 18:20 Jesus diz que Ele tem poder para estar em todos os lugarares ao mesmo
tempo. Esta é mais uma afirmação da Sua divindade.

Mateus 28:20 Assim como Jesus está presente em todo lugar, Ele permanece vivo através
do tempo (através de todos os séculos).

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João 1:1-3 Estes versículos afirmam que a Pessoa chamada "O Verbo" é Deus e criou
todas as coisas. Os versículos 14 e 15 deste capítulo confirmam que "o Verbo" é Jesus
Cristo.

João 5:22 Jesus Cristo deverá julgar toda a humanidade. Somente Deus possui este
direito.

João 8:58 Jesus declara que Ele existia antes de Abraão. Abraão viveu dois mil anos
antes de Cristo.

João 17:5,26 Jesus afirma que vivia junto do Pai e que Este O amava antes da criação do
mundo.

Atos 17:31 Este versículo confirma que Cristo julgará o mundo.

1 Timóteo 3:16 Cristo foi manifesto na carne. O termo "Deus" consta em vários
manuscritos gregos em lugar de "Aquele". Aqui, mais uma vez, Cristo é chamado Deus.

Tito 2:13 Traduzido literalmente, o texto grego diz o seguinte: "... aquardando a bendita
esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo
Jesus..."

Aqui está claríssimo: Jesus é chamado Deus.

Assim sendo, a segunda Pessoa da Trindade não somente é distinta da primeira, Ela é
Deus como a primeira.

Consideramos agora a terceira Pessoa da Trindade.

Lucas 12:10,12 Estes dois versículos mostram que Ela é Deus e que é uma Pessoa assim
como as duas outras Pessoas da Divindade.

João 15:26 Este texto declara que o Espírito age como somente uma pessoa pode fazê-lo.

João 16:7-14 O Espírito, ou o Consolador, é distinto da segunda Pessoa da Trindade, Ele


tem a faculdade de agir como uma pessoa. É uma Pessoa e não uma coisa ou força.

Atos 8:29 Somente uma pessoa é capaz de falar.

Atos 13:2; 15:28; 16:6-7 O Espírito Santo demonstra qualidades de uma Pessoa.

Efésios 4:30 Os textos citados anteriormente mostram que o Espírito Santo pensa e age;
este versículo mostra que Ele tem sentimentos.

2 Pedro 1:21 O Espírito Santo é a Pessoa da Trindade que trouxe a Bíblia a existência.

É essencial para o fundamento da nossa fé cristã que conheçamos os fatos relativos à


Trindade.

12
Gênesis 1:26; João 17:24 Já antes da criação havia comunicação e o amor entre as
Pessoas da Trindade.

2 Coríntios 13:13 A obra de cada Pessoa da Trindade é importante. Jesus morreu para
nos salvar. O Pai nos atrai para Si em amor. O Espírito Santo atua em nossas vidas.

Apocalipse 1:17-18 Como Jesus é Deus, após tê-lO aceito como Salvador podemos
permanecer seguros da continuidade da nossa existência consciente no porvir, ou seja
após a morte. Ele é o Alfa e o Omega, o Primeiro e o Último. Ele é Deus.

Romanos 8:11,14,26-27 O Espírito Santo é uma Pessoa que mora no cristão e que o
conduz. Ele intercede pelo cristão ao Pai quando este não sabe o que pedir.

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2. A CRIAÇÃO

Nosso estudo primeiro estudo, vimos que a Bíblia estabelece a Deus como Deus único,
mas em três Pessoas. Se não adorarmos este Deus único, em três Pessoas, não
adoramos o Deus dos cristãos.

Da mesma forma, ninguém pode adorar, como deve, o Deus dos cristãos, se não
reconhecer que Ele é soberano.

A soberania de Deus se manifesta tanto em Sua obra criadora quanto em Sua obra
providencial. Ao falarmos da providência de Deus, pensamos na Sua ação no mundo
atual.

A Bíblia ensina que a Natureza (o mundo e tudo o que nele há) é resultado de um plano
mestre de Deus, criada não por necessidade de Deus, mas por ser Sua vontade. Deus
manifestou a Sua soberania no passado através da Sua obra criadora, trazendo à
existência o mundo segundo o seu desejo. E Deus manifesta a Sua soberania no
presente através da Sua obra providencial no mundo, utillizando a Sua criação para
manifestar a Sua providência e assim cumprir os Seus propósitos.

Efésios 1:11; Apocalipse 4:11 Foi por vontade e não por necessidade que Deus criou
tudo o que existe. Ele não foi obrigado a criar. Antes da criação, o Deus Triúno era
auto-suficiente. A comunicação e o amor existiam entre as Pessoas da Trindade. O
texto de Apocalipse 4:11 declara: "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a
glória, a honra e o poder, porque todas as cousas Tu criaste, sim, por causa da Tua
vontade vieram a existir e foram criadas". Deus criou porque desejou criar.

Colossenses 1:16-17 Antes da criação, somente Deus existia.

Salmo 33:9 Deus criou tudo "ex nihilo" (do nada). Criou por "fiat" (que isso seja feito).
Ordenou e houve o universo.

Gênesis 1:1 Deus criou a matéria. O verbo "criar" usado aqui significa "criar partindo do
nada". Deus criou a matéria "ex nihilo". Não Se contentou em dar forma a uma matéria
pré-existente, mas ordenou a sua existência. Não criou somente o mundo, mas os
céus, a terra e tudo o que existe.

Neemias 9:6 Este versículo fala da criação divina do exército celestial. O texto mostra
tratar-se dos anjos. Corroborado por outros textos, ele ensina que Deus criou o
universo material assim como os anjos e as almas dos homens. Ele os fez assim como
fez a matéria. Estes não são nem uma extensão nem parte dEle. Deus os criou aparte
dEle mesmo.

Gênesis 1:31 Após ter criado todas as coisas, Deus as declarou boas. A matéria e o
mundo espiritual eram bons originalmente. Não somente eram bons aos olhos dos
homens, mas eram bons segundo o julgamento absoluto de Deus.

Sendo que Deus nos criou, cabe a nós a responsabilidade de conhecê-lO e de


obedecê-lO.

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3. DEUS E O SER HUMANO

A Bíblia ensina que Deus criou o ser humano para ter uma função relevante dentro do
mundo criado por Ele (a existência humana não é um mero acidente probabilístico de
forças naturais). Deus criou o ser humano perfeito, num mundo perfeito, para viver em
comunhão perfeita com o seu Criador. Mas este se rebelou contra Deus. Esta perda da
posição original criada é chamada de “a queda do ser humano”. Desde então a raça
humana tem vivido sobre a ira de Deus, sem condição própria de reatar os laços com o
seu Criador.

Neste estudo, consideraremos em primeiro lugar o que a Bíblia declara a respeito das
relações entre Deus e o ser humano.

Gênesis 2:7 Este versículo esclarece que Deus formou o corpo do ser humano do pó da
terra. No entanto, o ser humano é mais do que um corpo material.

Gênesis 1:26 O ser humano foi criado à imagem de Deus. Aqui está a glória do ser
humano e é isto que o distingue das demais criaturas. O ser humano foi feito à imagem
de Deus. O que significa isso? Entre outras coisas significa que é um ser moral, quer
dizer, capaz de escolher entre o bem e o mal. Além disso o ser humano é dotado de
razão. Tem a capacidade pensar e raciocinar. O ser humano também é dotado de
capacidade criadora. Este criou por toda parte obras de arte. O ser humano tem a
faculdade de amar.

Gênesis 1:31 Tanto o corpo como a alma do ser humano eram bons quando Deus os
criou.

Gênesis 3:8 Notemos a primeira parte do versículo. O homem estava em perfeita


harmonia com Deus, de maneira que Deus e o homem podiam andar juntos pela
viração do dia. Estando em harmonia com Deus o homem gozava também de harmonia
com sua mulher, com a natureza, consigo mesmo. As perturbações da personalidade
ou esquizofrenia não afetavam o ser humano, quando este foi criado. Ele possuía a
capacidade de amar a Deus e obedecê-lO; mas, sendo um ser livre, podia também
escolher desobedecê-lO (pecar).

Gênesis 2:16-17 Deus e o ser humano são as partes que se defrontam. Deus estipula
aqui as condições para uma comunhão constante com Ele: o ser humano deve exprimir
seu amor a Deus obedecendo-Lhe. Se o ser humano desobedecesse a Deus, o
resultado seria a morte. Esta morte significa mais do que a morte física; é a morte
espiritual, a separação imediata entre Deus e o ser humano. A morte física é aquilo que
chamamos geralmente "a morte." A chamada morte eterna vem após o juízo final.
Durante o tempo em que o ser humano viveu diante da escolha entre a obediência e a
desobediência, ele tinha a seu dispor os recursos preparados pela benevolência de
Deus:
a) fora criado à imagem de Deus (Gênesis 1:26);
b) estava em comunhão constante com Deus (Gênesis 3:8);
c) estava num ambiente perfeito (Gênesis 2:8);
d) tinha inteira liberdade de escolha, possuindo a faculdade de obedecer ou
desobedecer. Não era condicionado por um determinismo; não era um ser
programado (Gênesis 2:16-17);

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e) a prova era muito simples: a ordem e o castigo tinham sido claramente
enunciados (Gênesis 2:16-17).

Gênesis 3:1-20 Adão e Eva escolheram deliberadamente desobedecer a Deus.

Gênesis 3:7 Tentando cobrir-se com uma cinta de folhas feita por suas própiras mãos,
mostraram que se sentiam culpados.

Gênesis 3:24 Perderam a comunhão com Deus e foram expulsos do jardim do Édem. Os
efeitos do pecado afetaram seu corpo e sua alma.

Gênesis 3:17-18 A criação (tudo o que nos rodeia) tornou-se anormal. Já não é mais como
Deus fez. Transformou-se por causa do pecado humano. Tudo o que fora colocado sob
o domínio do ser humano foi afetado.

Romanos 5: 12,17 Após a queda de Adão, todos os seres humanos já nascem pecadores.
Cada vez que vemos o corpo de alguém que acaba de falecer, deveríamos lembrar-nos
que o homem é pecador por natureza. Vejamos também: Isaías 53:6; Jeremias 17:9;
Romanos 3:10-12,23; Gálatas 3:10.

Os textos abaixo salientam que os que se tornaram cristãos ao aceitar a Jesus como seu
Salvador eram antes "filhos da ira".

Efésios 2:2-3; Colossenses 1:21

É útil acrescentar, terminando estas considerações, que, para Deus, cada um pecou
individualmente (1 João 1:10).

Em conclusão, Deus criou o ser humano. O corpo e a alma do ser humano eram bons. O
ser humano encontrava-se diante de uma livre escolha, pela qual tinha a oportunidade
de provar o seu amor a Deus, pela sua obediência. O ser humano vivia em comunhão
constante com Deus. Estava num ambiente perfeito. Uma prova muito simples Ihe foi
proposta para que pudesse provar o seu amor e a sua obediência. Adão e Eva
pecaram. Desde então, todos os homens continuam pecando por conta própria.

João 3:18,36 Já que pecamos, estamos agora debaixo do julgamento de Deus e somos
condenados por Ele.

16
4. A GRAÇA DE DEUS (A)

No estudo anterior vimos que o ser humano caiu da posição original de perfeição que lhe
havia sido dada por Deus. Agora, todo os seres humanos permanecem sob a maldição
de Deus pronunciada a Adão. Todos somos pecadores em Adão e por desejo próprio.

A Bíblia ensina que apesar de sermos pecadores (rebeldes contra Deus e as Suas
propostas, embora tivéssemos sido avisados das conseqüências), Deus providenciou
um caminho para que o ser humano pudesse ter novamente comunhão com Ele. Este
caminho foi aberto através da obra consumada por Jesus Cristo pela Sua morte na
cruz. Foi Deus quem tomou a iniciativa de restauração.

Romanos 6:23 A única coisa que nós merecemos da parte de Deus, é o julgamento. À luz
de Sua justiça e de Sua santidade nada merecemos de Deus a não ser a condenação.
Ele nos criou e nós pecamos. No entanto, a segunda parte deste versículo afirma que,
apesar de tudo, por causa do Seu amor para conosco, Deus preparou um meio para
nos aproximarmos dEle. Foi um dom que emanava do Seu amor, uma graça, uma
dádiva imerecida. Nada que nos fosse devido. Adão e Eva sabiam como agradar a
Deus, no entanto pecaram – e nós também pecamos – assim o novo caminho para
chegar a Deus não pode mais ser baseado em nossas obras, mas na graça de Deus.

João 3:15-16 Aqui, o Deus Triúno abre Seus braços declarando que apesar de sermos
pecadores, Ele preparou um caminho novo por meio do qual "todo aquele que quiser,
possa vir a Ele".

Filipenses 2:7-8 Como pode o Deus santíssimo dizer aos pecadores "todo aquele que
quiser pode vir"? Sendo Ele santo, não pode simplesmente fechar os olhos aos nossos
pecados. Se Ele assim o fizesse, nenhum princípio moral poderia existir. Se nós
podemos chegar a Deus pela graça, é porque Cristo agiu em nosso favor.

Esta obra foi plenamente consumada por Jesus Cristo pela Sua morte na cruz.

Romanos 3:24-26 Porque Cristo morreu em nosso lugar, Deus permanece justo e a moral
absoluta subsiste sem que tenhamos que incorrer em Seu julgamento.

João 3:15; 17:4 A graça é uma dádiva que recebemos através da obra perfeita de Cristo.

1 Pedro 1:18-19 Somos resgatados por meio de um preço inestimável.

João 6:29 Pela Sua morte, Cristo agiu em nosso favor. Pela Sua obra perfeita podemos
agora nos aproximar de Deus, simplesmente, pela fé, sem a necessidade de obras.

João 3:15-16 A promessa de Deus é clara. Deus nos promete pessoalmente a vida eterna
contanto que aceitemos, pela fé, a Jesus como nosso Salvador. Temos que aceitar
somente pela fé a obra consumada de Cristo por nós. A nossa fé é a mão vazia que se
estende aceitando o dom que lhe é oferecido.

João 3:18,36 O castigo de Deus também é claro. Pelo fato de sermos pecadores, já
estamos sob a condenação e o julgamento de Deus. Se recusarmos o dom de Deus, se
não aceitarmos a Obra de Cristo por nós, permaneceremos debaixo da condenação e
do julgamento de Deus.

17
Hebreus 2:3 Adão recebeu a ordem de obedecer a Deus e não o fez (pecou). Todos nós
igualmente desobedecemos a Deus e pecamos, e, portanto, merecemos a morte
espiritual, física e eterna. Mas Deus, em Seu amor, nos dá uma outra oportunidade.
Não pelas obras, mas pela graça, da qual participamos se aceitarmos o Seu dom. Se
recebermos a Cristo como Salvador e confiarmos nEle somente para a nossa salvação,
se crermos nEle e aceitarmos que Ele morreu em nosso lugar, temos então a vida
eterna. Se recusarmos esta medida misericordiosa de Deus, ficamos como somos,
debaixo da condenação e do julgamento de Deus.

A graça é um favor feito por nós sem que tenhamos a menor capacidade de merecê-lo. Ela
é uma dádiva, um presente. Ela também é um favor completo, que nada requer da
nossa parte para que seja eficiente e venha a atingir os objetivos pelos quais ela nos foi
dada. Deus que é rico a ofereceu a nós que somos pobres.

18
5. A GRAÇA DE DEUS (B)

Neste estudo veremos que a restauração da comunhão com Deus existe porque Ele tomou
a iniciativa, providenciando tudo o que nós precisamos. Esta restauração é conhecida
na Bíblia como salvação. Todos os seres humanos que foram salvos, foram salvos
através da graça de Deus que foi manifesta em Cristo Jesus. Ninguém jamais foi salvo
por obras que tenha praticado. Elas, independente da quantidade e da qualidade,
jamais seriam suficientes.

A Bíblia ensina que este processo de restauração (conhecido como salvação) iniciado por
Deus é inteiramente dependente da Sua graça e não dos méritos que o ser humano
possa alcançar. Nunca nenhum ser humano foi ou será salvo por obras.

Gênesis 3:15,21 Logo depois que o homem pecou, Deus prometeu a vinda do Salvador.
Ele o fez nos termos do versículo 15 e pela ilustração do versículo 21. O homem pecou
e depois tentou cobrir-se com a obra das suas mãos (versículo 7). Deus tirou esta
proteção e a trocou por uma vestimenta de pele, o que implicou na morte de um animal.
Era uma figura direta, significando que o homem poderia chegar a Deus, após ter
pecado, não por atos humanos de justiça própria, mas pelo meio providenciado por
Deus: a morte do Messias que viria.

Gênesis 4:3-5 Parece-nos que Deus mostrou a Adão e Eva como queria ser adorado no
futuro: pela oferenda de um carneiro, imagem do Messias. Foi o que fez Abel. Caim,
por sua vez, tentou apresentar-se a Deus com suas próprias obras. Hebreus 11:4 nos
ensina que Abel creu. Caím não creu.

Gênesis 12:1-3 A promessa feita a Abraão dois mil anos antes da vinda de Cristo,
apresenta dois aspectos: um nacional, outro pessoal. As promessas de alcance
nacional foram feitas e pertencem ainda hoje aos judeus. As promessas espirituais
dirigiam-se e ainda se dirigem a todos os que crerem em Deus e em conseqüência
adotarem a atitude justa em relação ao Messias prometido. Esse Messias seria, quanto
à Sua humanidade, um descendente de Abraão.

Genesis 22:1-18 Temos aqui uma imagem precisa do Messias, que vem do contexto da
história, no tempo e no espaço, através de Sua obra substitutiva. Os santos do Antigo
Testamento tinham uma concepção muito mais clara da obra de Cristo que a que nós
Ihes atribuímos. O versículo 14 liga os acontecimentos deste capítulo, realizados dois
mil anos antes de Cristo, à Sua morte dois mil anos mais tarde. A cena se passa no
lugar onde se ergueria mais tarde a cidade de Jerusalém. Lá também morreria Jesus.
Compare o versículo 2 com 2 Crônicas 3:1.

Êxodo 20:24 Imediatamente após ter dado os 10 mandamentos e prevendo a


incapacidade do homem para cumprí-los, Deus forneceu a este um meio de se
aproximar dEle. A edificação desse altar, que não devia ter nenhum ornamento feito
pela mão do homem, era uma prefiguração do Messias prometido, cuja obra não seria
maculada por nenhuma participação humana. Nunca, ninguém conseguiu cumprir os
dez mandamentos a não ser Jesus Cristo.

Isaías 53 Setecentos anos antes da vinda de Cristo os judeus foram explicitamente


informados de tudo quanto se referia à obra do Messias prometido. Além disso, todo o

19
sistema sacrificial (todo o ritual dos sacrifícios) do Antigo Testamento prefigurava a obra
que o Messias realizaria. Ele viria para morrer em nosso lugar.

Lucas 2:25-32,36-38 Quando o menino Jesus foi levado ao Templo, Simeão identificou-O
como o Messias anunciado pelo Antigo Testamento. Na época, uma minoria
permanecia com uma fé pessoal na vinda do Messias. Notem que Ana reconheceu em
Jesus o Messias que ela tinha esperado a vida toda e foi imediatamente advertir aos
que em Jerusalém possuiam também esta fé pessoal.

Romanos 4:1-3 Isto estabelece que Abraão, dois mil anos antes de Cristo, foi salvo
exatamente como nós, pela fé, e não por obras.

Romanos 4:6-8 Davi também, mil anos antes de Jesus Cristo, foi salvo pela fé,
exatamente como nós. Os dez mandamentos tinham sido dados por Moisés quinhentos
anos antes de Davi. No entanto, é sublinhado que Davi foi salvo pela fé e não pelas
obras.

Nunca ninguém foi salvo por obras.

Romanos 4:10-11 Somente depois de ter sido salvo pela fé é que Abraão foi circuncidado.
A circuncisão não o salvou. Era simplesmente um sinal exterior de que Deus o tinha
aceito unicamente por causa da sua fé. Nunca nenhuma boa obra religiosa que
fizermos poderá nos ajudar ao nos apresentarmos diante do Deus perfeito.

Romanos 4:20,22-25 Abraão foi aceito por Deus por causa da sua fé, porque ele acreditou
no que Deus tinha prometido. A mesma coisa é verdadeira para nós.

Gálatas 3:13-14 Quando nós aceitamos a Cristo como nosso Salvador, pela fé, nós
recebemos a mesma bênção que Abraão recebeu.

Gálatas 3:24 Se tudo isso é verdade, para que servem então a lei de Deus, os Dez
Mandamentos, e todas as demais ordenanças eternas que Deus deu no Antigo
Testamento e no Novo Testamento? A lei foi dada por Deus para nos mostrar que
somos pecadores e para que vejamos nossa necessidade de aceitar a Cristo como
nosso Salvador.

Hebreus 11:1-12: 2 Este testo nos dá uma longa lista daqueles que no Antigo Testamento
tiveram fé em Deus. A consideração destes exemplos deve nos estimular a ter a
mesma fé em Deus, desde que tenhamos aceito a Cristo como nosso Salvador.

Assim, através de todas as idades, tanto antes como depois da vinda de Cristo, existe uma
única via de salvação. Todos os homens pecaram. A salvação não se obtém senão
pela fé, fundamentada na obra completa realizada por Cristo, o Messias, em nosso
lugar.

20
6. PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO REFERENTES AO MESSIAS

A Bíblia ensina que Deus disse de antemão (profetizou) qual seria o caminho da
restauração e por meio de quem este caminho seria aberto. Deus fez assim para que o
ser humano não tivesse dúvida quando acontecesse, e para que ele não fosse
enganado seguindo falsos caminhos. A Bíblia dá detalhes específicos (profecias) sobre
a vida do Messias (Jesus Cristo), Sua morte e ressurreição. Jesus cumpriu literalmente
cada uma das profecias a Seu respeito.

Depois de Sua ressurreição, Cristo encontrou dois discípulos que iam a Emaús. Eles não
O reconheceram. Antes de Se dar a conhecer a eles, Cristo Ihes falou. A Bíblia nos
conta essa conversa: "Começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas,
expunha-lhes o que a Seu respeito constava em todas as Escrituras" (Lucas 24:27).

Em outras palavras, no caminho de Emaús, Jesus citou o Antigo Testamento para explicar
aos Seus discípulos o grande número de profecias que diziam respeito a Ele, das quais
Sua vida, Sua morte e Sua ressurreição já haviam se cumprido. Os textos do Antigo
Testamento mencionados abaixo falam da vinda do Messias. A palavra Messias, em
hebreu, foi traduzida por Cristo, em grego. A primeira é usada no Antigo Testamento e
a segunda no Novo Testamento. Esta lista não é exaustiva, mas seletiva.

Gênesis 3:15 O ser humano acabara de pecar. Deus, que o havia criado perfeito, deu-lhe
oportunidade de provar seu amor obedecendo-Lhe. Mas o ser humano desobedeceu.
Deus fez então uma promessa à humanidade que um Messias viria e Ele venceria. Este
Messias nasceria de uma mulher.

Gênesis 9:26 O tempo passou e chegamos a Noé. A promessa, dada em Gênesis 3:15 a
todo o gênero humano agora se restringe. Ela é limitada a uma parte da humanidade
apenas: à posteridade de Sem, os semitas. Dele vieram os povos os assírios,
babilônios, egípcios, hebreus, árabes e numerosos outros.

Gênesis 12:3 Mais tempo passa ainda. A promessa do Messias vindouro se particulariza
ainda mais; ela passa dos semitas a um homem específico: Abraão. Dos um dos seus
descentes, isto é, dos hebreus nasceria o Salvador.

Gênesis 49:10 Depois de Abraão veio Isaque e depois Jacó, que teve doze filhos. Destes
se formaram as doze tribos de Israel, como doze estados de um país. Esta passagem
indica a tribo da qual o Messias viria. Ele seria da tribo de Judá.

Êxodo 12:46 Nós examinamos um aspecto diferente da imagem do Messias prometido.


Este texto foi escrito perto de mil e quinhentos anos antes de Jesus Cristo. Os citados
acima são ainda mais antigos. Moisés declarou aqui que nenhum osso do cordeiro
pascal, que prefigurava o Messias, seria quebrado. Notemos com que cuidado João
19:31-36 sublinha que nenhum dos ossos de Cristo foi quebrado, embora Ele fosse
crucificado e os dois salteadores, crucificados com Ele, tivessem as pernas quebradas.

Deuteronômio 18:15 Esta passagem também data do século quinze antes de Jesus
Cristo. Moisés desvenda ali algo mais a respeito do Messias. Ele fala da Sua obra. O
Messias seria um profeta único e excepcional. Segundo as Escrituras, um profeta não é
obrigatoriamente alguém que prediz o futuro, mas sim alguém que fala aos seres
humanos, da parte de Deus, o que Deus quer que estes saibam.

21
2 Samuel 7:16 A promessa aqui é mais precisa ainda. Além de ser da tribo de Judá, o
Cristo nasceria de uma família em particular. Ele seria da linhagem real de Davi. Ler
Mateus 1:1 e 22:42.

Salmo 2:1-12 Neste texto o Messias é chamado de “o Ungido” e “Filho”. A imagem do


Messias torna-se ainda mais clara: quem Ele seria, como agiria, o que Ele faria sendo o
Messias verdadeiro e o Salvador do mundo. O versículo 7 declara que o Messias seria
mais que um homem. Deus O chama Seu Filho. Ler Atos 13:33; Hebreus 1:5. No
versículo 12, todos são insistentemente exortados a procurar um relacionamento
pessoal com esse Messias, conforme Deus ensinou.

Salmo 16:8-11 Obtemos aqui mais detalhes sobre ao Messias. Ele morrerá, mas Seu
corpo não permanecerá no túmulo. Ele ressuscitará dos mortos. Ler Atos 2:25-31.

Salmo 22:1-18 Esta é uma descrição detalhada e impressionante da crucificação de


Cristo. Os judeus não crucificavam, eles apedrejavam. A única nação que um dia
praticaria a crucificação seria Roma. Este Salmo foi escrito cerca de mil anos antes que
Jesus vivesse e morresse. No entanto a descrição que ele nos dá da morte de Jesus é
a descrição perfeita da crucificação. Notemos também os numerosos detalhes
proféticos que se cumpriram por ocasião da morte de Cristo.

Salmo 41:9 Quando o Messias viesse, Ele seria traído por aquele que tinha Sua
confiança. Jesus foi traído por Judas. Ler João 13:18 e Atos 1:16.

Salmo 69:9 Esta frase foi citada pelo apóstolo João a respeito de Jesus quando Ele
expulsou os que tinham feito do Templo uma casa de comércio. Ler João 2:17.

Salmo 69:21 Isto foi exatamente o que aconteceu a Jesus na Sua morte. Ler Mateus
27:34,48.

Salmo 110:1-4 Moisés havia declarado quinhentos anos antes deste Salmo ser escrito,
que o Messias seria um profeta. Este texto diz que Ele seria igualmente um sacerdote.
Um sacerdote é diferente de um profeta: o profeta fala aos homens da parte de Deus, o
sacerdote representa os homens diante de Deus. Ler Atos 2:32-34.

Isaías 7:14 Este é um sinal prodigioso. Quando o Messias viesse, Ele nasceria de uma
virgem, Ele não teria um pai segundo a carne. Ler Mateus 1:23.

Isaías 9:5,6 Notemos os nomes dados ao Messias prometido. Declaradamente Ele seria
mais que um homem. Ele seria igualmente Deus.

IsaIas 42:1-3,6-7 Sabemos já que o Messias nasceria de uma mulher, não teria um pai
humano e que Ele seria Deus. Ele seria também o servo que abriria o caminho da
bênção tanto aos judeus como aos pagãos. Ler Mateus 12:17-21; Lucas 2:32.

Isaías 50:6 Aqui ficamos sabendo alguma coisa dos sofrimentos que o Messias suportaria.
O Novo Testamento declara que foi exatamente o que aconteceu a Jesus. Os judeus O
espancaram, feriram-nO, fizeram tudo o que era possível para fazê-lO sofrer e
principalmente para humilhá-lO. Ler Mateus 26:67; 27:26.

22
Isaías 52:13-53:12 Ele seria um sacerdote único, especial, que traria sobre Si mesmo os
nossos pecados. O Messias é quem sofreria e morreria por nós.

Jeremías 31:15 O Novo Testamento diz que esta profecia foi cumprida ao pé da letra,
quando Herodes, avisado pelos magos do nascimento do Messias prometido, tentou
suprimí-lO ordenando o massacre das crianças. Ler Mateus 2:17-18.

Miquéias 5:2 Esta passagem revela o nome exato da cidade onde o Messias nasceria: na
cidade de Belém. Ela declara também que a origem do Messias remonta aos dias da
eternidade. Ler Mateus 2:6.

Zacarias 9:9 Chegamos agora ao terceiro aspecto da obra de Cristo. Moisés disse que o
Messias seria um profeta. Os Salmos e Isaías chamam-nO de sacerdote. Zacarias
declara textualmente que Ele será rei. Quando Jesus fez Sua entrada triunfal em
Jerusalém, pouco antes de Sua morte, Ele cumpriu literalmente esta profecia. Ler
Mateus 21:5.

Zacarias 11:11-13 Aqui nós ficamos sabendo a soma exata que Judas receberia por trair a
Cristo. Ler Mateus 26:15.

Jesus cumpriu todas estas profecias ao pé da letra. Seria impossível que, por simples
acaso, um indivíduo qualquer cumprisse todas as predições, e assumisse todas as
funções que Ihe eram atribuídas. Mas Jesus satisfaz a todas essas exigências porque
Ele é quem a Bíblia disse que Ele seria. Ele é Deus, Ele é homem, nascido de uma
virgem. Ele é Aquele que foi anunciado há milhares de anos. Quando Ele veio, tudo o
que havia sido profetizado (predito) a Seu respeito, se realizou. Estes são alguns dos
textos sobre os quais Jesus deve ter falado com Seus discípulos a caminho de Emaús.

23
7. CRISTO, MEDIADOR, SUA PESSOA

A Bíblia ensina que Deus, através da segunda pessoa da Trindade (Jesus Cristo), veio a
este mundo em forma humana, e viveu entre nós. A Bíblia ensina que apesar de Jesus
ter nascido de uma mulher (Maria), o Seu nascimento não foi igual ao nosso. A Bíblia
ensina que pelo fato dEle (Jesus Cristo) ser perfeitamente Deus e ter-se tornado
perfeitamente homem (encarnação), é o único que pode assumir o papel de mediador
entre Deus e os homens: nenhum outro está qualificado para tal função.

1 Timóteo 2:5 Notemos bem isto: há um só mediador entre Deus e os homens. Este
mediador único é Jesus Cristo, homem. Não há nenhuma possibilidade de um outro
mediador. Ele é o único intercessor possível entre Deus Pai e o homem.

a) Retomemos, primeiramente, alguns pontos de nosso primeiro estudo: "O Deus da


Bíblia". Lembremo-nos que a Bíblia ensina claramente que Jesus é
verdadeiramente Deus, assim como Deus Pai. Vimos que Jesus, a segunda
Pessoa da Trindade, era Deus antes que nascesse de Maria. Ele era Deus
enquanto esteve na terra; Ele é Deus agora. Vimos que a segunda Pessoa da
Trindade é bem distinta da primeira Pessoa da Trindade, o Pai, e da terceira
Pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Lembremo-nos que, em conclusão do
nosso estudo, dissemos que a segunda Pessoa da Trindade é Deus. Porque
Jesus é Deus, depois de tê-lO aceito como nosso Salvador, podemos estar
seguros da continuidade da nossa existência futura, da vida eterna e da nossa
ida para o céu. Ele também é o Alfa e o Ômega, o começo e o fim.

b) A Bíblia ensina também que Jesus Cristo é verdadeiramente homem. Atualmente


a maior parte das heresias negam a divindade de Jesus mas, na Igreja primitiva,
a heresia corrente consistia em negar a real humanidade de Cristo. No entanto,
se considerarmos o fato do ponto de vista de Deus, o prodígio não consiste em
que a segunda Pessoa da Trindade seja Deus, e sim em que tenha assumido a
forma humana. Jesus é Deus desde toda a eternidade. Ele tornou-Se homem
pelo Seu nascimento.

Mateus 4:2 Cristo teve fome.

Mateus 8:24 Ele dormiu.

Mateus 26:38 Jesus Cristo possuiu uma alma e um corpo. Ler 1 Pedro 3:18-19.

Lucas 1:32 No plano humano Cristo descendia de uma família humana.

Lucas 2:40,52 Ele cresceu física e intelectualmente.

Lucas 22:44 Cristo sofreu agonia.

Lucas 23:46 Ele morreu.

Lucas 24:39 Depois de Sua ressurreição, Ele possuia um corpo real como antes.

João 11:33,35 Jesus chorou.

24
João 19:28 Cristo teve sede.

João 19:34 Ele tinha sangue nas veias.

Romanos 5:15 Adão era homem, Cristo também.

Gálatas 4:4 Deus Pai enviou Seu Filho. Somente então o Filho de Deus tornou-Se
também homem.

1 Timóteo 3:16 Este versículo nos diz com precisão que Deus Se manifestou em carne,
isto é, como homem. Quando os homens olhavam Jesus Cristo, eles viam somente
uma pessoa; no entanto Ele possuía duas naturezas. Ele era verdadeiro Deus e
verdadeiro homem.

Hebreus 2:14,18 Deus Se fez homem para poder tornar-Se nosso mediador.

Hebreus 4:15 Nosso mediador sabe o que sentimos, mesmo quando somos tentados,
porque Ele é tanto homem quanto Deus.

Hebreus 13:8 Porque Ele Se tornou homem, Ele permanecerá sempre homem e Deus.

1 João 4:1-2 A Bíblia nos ensina que é essencial crer que Jesus sempre foi Deus e que
num dado momento da história Ele tornou-Se homem. Este texto determina com
precisão que o critério para provar um ensino religioso, um sistema religioso e até
mesmo os espíritos é este: Se eles não ensinarem que Jesus é Deus desde toda a
eternidade e que Ele Se tornou homem autêntico, não são cristãos.

c) Como o Filho de Deus Se tornou homem?

Isaías 7:14 Setecentos anos antes do nascimento de Jesus, o profeta Isaías anunciou que
Jesus nasceria de uma virgem. Ler Mateus 1:23.

Gálatas 4:4 Notemos que Paulo diz claramente que Jesus nasceu de uma mulher.
Nenhuma menção de um pai.

Gênesis 3:15 Esta primeira promessa de um Salvador, como já vimos, menciona a


posteridade da mulher. Nenhuma alusão a um pai.

Lucas 1:27-38 Lucas era médico e daí o interesse de sua narrativa que, aliás, é a mais
detalhada sobre o nascimento milagroso de Cristo.

Mateus 1:18-25 José era quem mais tinha a perder se Jesus não tivesse nascido de uma
virgem. Mas ele foi convencido de que Maria não tinha sido infiel e que a criança que ia
nascer não tinha pai humano: Deus é quem a havia gerado. O fato de José ter sido
plenamente convencido da virgindade de Maria, depois de suas primeiras suspeitas,
prova fortemente o nascimento milagroso de Jesus.

25
8. CRISTO, MEDIADOR, SUA OBRA COMO PROFETA

A Bíblia ensina que após a queda do ser humano, este passou a ter necessidade de
conhecimento, para saber como se aproximar de Deus. O profeta é quem revela este
conhecimento (de Deus) ao ser humano. O profeta não fala apenas de coisas futuras
mas das do presente também. A função principal do profeta é dar o verdadeiro
conhecimento de Deus ao homem. Este foi o aspecto fundamental dos ensinos de
Jesus.

Quando evocamos a obra de Cristo como mediador, geralmente pensamos somente em


Sua morte. Isto é particularmente verdadeiro hoje quando tanta gente, tendo
abandonado o ensino da Bíblia, põe toda ênfase no aspecto moral do cristianismo. Em
reação, temos a tendência de considerar somente a morte de Cristo. No entanto a
Bíblia ensina que a obra de Cristo possui três aspectos.

Como já vimos, Cristo é um profeta. Um profeta revela as coisas de Deus aos homens. Ele
transmite o verdadeiro conhecimento, um conhecimento na forma de verdade lógica,
acessível à razão.

Lucas 13:33 Cristo mesmo Se declara profeta.

Deuteronômio 18:15,18 O Antigo Testamento diz que o Messias seria um profeta.


Comparemos esta passagem com Atos 3:22-23 que afirma que Cristo desempenhou
essa função.

João 1:18 Contudo Cristo é mais do que um profeta. Ele é um profeta infinitamente acima
dos outros. Ele é único. É Ele que revela ao homem este Deus Uno em três Pessoas.

João 1:1-2 Cristo é chamado o Verbo. Em outras palavras, é Aquele que revela Deus aos
homens. Os versículos 14 e 15 indicam claramente que Jesus Cristo é o Verbo.

1 Coríntios 10:1-4 Esta passagem mostra que foi Cristo, a segunda Pessoa da Trindade,
quem revelou as coisas de Deus aos santos do Antigo Testamento.

1 Pedro 1:10-11 Este texto confirma a passagem anterior.

Colossenses 2:9 Enquanto esteve na terra, Cristo revelou o Deus Triuno aos homens. Por
meio de Cristo podemos ser instruídos sobre o caráter de Deus. Por Seu ensinamento
oral, Cristo ensinou aos homens o que se refere ao passado, ao presente e ao futuro.

1 João 5:20 Por Sua encarnação, Cristo veio nos dar o verdadeiro conhecimento.

João 14:26; 16:12-24 Cristo prometeu que depois de Sua morte, ressurreição e ascensão,
Ele continuaria a comunicar aos homens o conhecimento de Deus através do Espírito
Santo. Este nos ensinaria as coisas de Deus no Novo Testamento. Esta foi a Sua
promessa expressa.

26
9. CRISTO, MEDIADOR, SUA OBRA COMO SUMO SACERDOTE

A Bíblia ensina que após a queda do ser humano, este passou a ter necessidade de ser
justificado (ter a culpa real das suas transgressões contra Deus removidas). Neste
aspecto Jesus atuou como o sacerdote que oferece sacrifício pelo pecado do ser
humano, tornando-se Ele mesmo o sacrifício. Somente alguém isento de pecado
poderia oferecer-se a si mesmo.

Depois que o ser humano pecou, ele perdeu o conhecimento de Deus. A sua necessidade
de conhecimento se reflete na necessidade de justificação e santidade. Por isso Cristo
atuou não somente como profeta, fonte de sabedoria, mas também como sacerdote,
tirando a culpa que pesa sobre nós e nos dando a verdadeira santidade e justiça.

Salmo 110:4; Zacarias 6:13 Estas profecias do Antigo Testamento anunciavam que,
quando o Messias viesse, Ele exerceria esse sacerdócio.

Marcos 10:45 Cristo viria para morrer. Essa seria a Sua grande obra sacerdotal.

João 1:29 João chama a Cristo de "o Cordeiro de Deus", significando assim que Cristo
morreria para tirar a culpabilidade decorrente do pecado. Por este termo "Cordeiro de
Deus", João mostra também que o sistema dos sacrifícios do Antigo Testamento era
simbólico, uma imagem da obra definitiva e perfeita que Cristo executaria em nosso
lugar por Sua morte. Os sacrifícios do Antigo Testamento prefiguravam esta morte.

1 Coríntios 5:7 Cristo é chamado aqui de “nosso Cordeiro pascal”, imolado por nós. O
cordeiro pascal de Êxodo 12 era um símbolo, uma ilustração da obra que Jesus Cristo
faria pelos homens que O aceitassem e nEle cressem.

Efésios 5:2 Este versículo indica claramente que Cristo Se entregou a Si mesmo, através
da Sua morte, como uma oferta e um sacrifício.

Hebreus 3:1 A epístola aos Hebreus dá mais informações que os outros escritos bíblicos
sobre a obra de Cristo como sacerdote. Este versículo declara que Cristo é nosso
Sumo Sacerdote.

Hebreus 4:14; 6:20 Cristo é nosso Sumo Sacerdote. Ele o foi durante Sua passagem pela
terra, Ele o é ainda hoje, e Ele o será para todo o sempre.

Hebreus 5:5-6 A profecia do Salmo 110:4 cumpriu-se em Cristo, como nosso sacerdote.

Hebreus 7:26-27 A obra de Cristo como Sumo Sacerdote difere em três aspectos dos
sacrifícios oferecidos pelos sacerdotes do Antigo Testamento:

1. Ele era perfeitamente isento de pecado.


2. O sacrifício que Ele ofereceu não tem necessidade de ser renovado.
3. O sacrifício que Ele ofereceu foi Ele próprio.

Hebreus 8:1 Desde Sua ascensão, Cristo, nosso Sumo Sacerdote está sentado à direita
de Deus Pai.

27
Hebreus 9:11-15 Novamente as Escrituras sublinham que o sacrifício era o próprio Cristo
e que o sacrifício tendo sido feito uma vez não teria que ser repetido nunca mais.
Porque Cristo é Deus, Seu sacrifício – Sua morte – tem valor infinito.

Hebreus 9:25-28 Uma afirmação nova: o sacrifício de Cristo foi feito uma vez por todas.
Como os homens morrem uma só vez, do mesmo modo não pode haver repetição do
sacrifício de Cristo.

Hebreus 10:11-14 O sacrifício foi feito uma vez por todas. Por ser Cristo nosso Sumo
Sacerdote, uma oferenda única, Sua morte em nosso lugar foi suficiente.

Hebreus 10:19-22 Depois que aceitamos a Cristo como nosso Salvador, temos plena
certeza de ter acesso ao Deus santíssimo.

1 Pedro 3:18 A palavra traduzida aqui "uma única vez" significa em grego "uma vez por
todas". Pedro afirma então que o sacrifício de Cristo não pode, nem tem necessidade
de ser repetido. De acordo com os textos que acabamos de estudar, fica claro que
Cristo, nosso Sumo Sacerdote, ofereceu-Se a Si mesmo como sacrifício. Em um
momento preciso no tempo e no espaço, na cruz do Calvário, Ele suportou uma vez por
todas o castigo que todos os nossos pecados mereciam.

1 João 4:10 A expiação por nossos pecados foi feita por meio de Cristo que nos substituiu.
Em outras palavras, Ele tomou sobre Si o castigo que de maneira justa merecíamos por
causa dos nossos pecados.

1 João 2:1 Depois de termos aceito a Cristo como nosso Salvador, devemos vigiar para
não pecarmos. Mas, se pecarmos, Cristo é o nosso advogado à direita de Deus Pai. O
sacrifício de Cristo na cruz não deixou nada incompleto. É dando prosseguimento à
Sua obra de Sumo Sacerdote que Cristo intercede agora por nós no céu. Lembremo-
nos de Hebreus 4:14; 6:20.

Hebreus 9:24 Cristo está no céu onde Ele permanece diante do Pai intercedendo por nós.

Hebreus 7:25 Sendo Seu sacrifício perfeito, Cristo continua Sua obra sacerdotal e pode
nos salvar perfeitamente como Salvador.

João 17:9 Este capítulo relata a oração sacerdotal que Cristo fez pouco antes de Sua
morte. Neste versículo, Cristo não intercede por todo o mundo mas ora por aqueles
que, pela graça de Deus, O aceitariam como Salvador.

João 17:20 Cristo intercedeu naquela hora como Ele o faz ainda agora no céu. Ele
intercedeu por todos os que viriam a crer nEle por causa do testemunho dos que foram
Seus companheiros terrestres.

Romanos 8:34 Desde o momento em que aceitamos Cristo como Salvador, nem Satanás,
nem homem algum consegue nos condenar pois Cristo, que morreu em nosso lugar, é
Quem agora intercede por nos.

A intercessão de Cristo no céu repousa na expiação que Ele realizou, morrendo na cruz
como nosso substituto. Sua intercessão por nós não pode jamais falhar, porque pela
Sua morte Ele conquistou tudo quanto pede por nós. Não precisamos de nenhum outro.

28
10. CRISTO, MEDIADOR, SUA OBRA COMO REI

A Bíblia ensina que Jesus exerce o Seu poder e autoridade sobre todas as situações.
Atualmente, o Seu governo é invisível do ponto de vista geográfico-socio-econômico.
Sua atuação soberana é indireta tanto na vida do cristão quanto na comunidade global.
Sabemos que ela é soberana porque a realidade que o mundo vive é exatamente
aquela que Jesus disse que seria, não porque Ele previu mas porque Ele assim
decretou. A Sua primeira vinda foi de forma natural, nascendo como um ser humano há
dois mil anos atrás. Mas a Sua segunda vinda será de forma sobrenatural, vindo dos
céus e sendo visível a todos os seres humanos. Então ele estabelecerá um reino
geográfico aqui no planeta Terra.

Gênesis 49:10 Esta é a primeira promessa da Bíblia, de que o Messias que viria seria rei.

2 Samuel 7:16 O Senhor revela a Davi que o Messias prometido será um dos seus
descendentes. Compare com Mateus 1:1; 22:42. O Messias será de linhagem real.

Salmo 2:6 Ainda uma vez mais o Messias nos é apresentado como rei.

Isaías 9:5-6 Nós empregamos geralmente este texto no Natal. Notem que aqui está
especificado que o Messias seria da linhagem de Davi e que Ele seria rei.

Miquéias 5:2 A confirmação da realeza do Messias nos é dada aqui. O Messias dominará
como rei.

Zacarias 6:13 Este versículo une os dois pensamentos: O Messias prometido será
sacerdote e rei.

Lucas 1:31-33 O anjo promete a Maria que a criança que iria nascer, seria o Salvador
(Seu nome deverá ser Jesus, que significa "Salvador"). Por Seu lado humano, Ele
descenderia da família de Davi. Ele será rei.

Mateus 2:2 Os magos vieram a procura do rei dos judeus. O versículo 6 é uma citação de
Miquéias 5:2.

João 1:49 Natanael compreendeu que Cristo era o Messias, o rei de Israel.

Lucas 19:37-38 No domingo de ramos, domingo antes da crucificação, Jesus foi


proclamado rei por um instante. O versículo 40 mostra que Cristo aceitou o título.

João 18:37 Cristo reconheceu diante de Pilatos que Ele é rei.

João 19:2-3,12,14-15,19,21-22 Os que ridicularizavam Jesus escarneceram de Sua


realeza. O versículo 12 faz supor que se Jesus tivesse renunciado a esse título, Ele
teria retirado o motivo de Seu julgamento.

Atos 17:7 Depois da morte e da ressurreição de Jesus, Seus discípulos continuaram a


ensinar que Jesus era rei.

A realeza de Jesus se manifesta em três áreas:

29
a) Atualmente Cristo reina sobre todas as coisas.

Mateus 28:18 Agora, neste momento, Cristo detém Seu poder no céu e na terra.

Efésios 1:20-22 Neste momento também, Cristo, que está assentado à direita de Deus
Pai, é o chefe supremo da Igreja.

b) O advento de Cristo.

Hebreus 2:8 O tempo virá em que o governo de Cristo se exercerá de outro modo. Ler
também 1 Coríntios 15:24-25.

Atos 1:6-7 Logo antes da ascensão de Cristo, os discípulos perguntaram-Lhe quando Ele
estabeleceria Seu reino na terra. Ele não negou que o estabeleceria algum dia, mas
disse que o tempo ainda não era chegado.

1 Timóteo 6:14-15 Quando Cristo vier, Ele será o Rei dos reis e o Senhor dos senhores,
Ele manifestará o Seu poder de um modo totalmente novo.

Mateus 25:31-34 Por ocasião de Sua segunda vinda, Cristo atuará como soberano juiz.

Apocalipse 17:14; 19:16 Este livro revela a volta de Cristo, nomeia-O "Rei dos reis e
Senhor dos senhores" e descreve-O em toda a Sua majestade. A Bíblia diz claramente
que então todo joelho se dobrará diante dEle (Filipenses 2:10-11). Não significa que
todo joelho queira dobrar-se diante de Cristo, longe disso. Este texto afirma que todo
joelho terá que se dobrar, quer queira quer não. Mesmo que o pecador se rebele em
seu coração contra Cristo, ele será obrigado a se dobrar.

c) O reino de Cristo em nossa vida.

Colossenses 1:13 Quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador, saímos do império
das trevas e entramos no reino do Filho do amor de Deus. Assim, nós, que recebemos
a Cristo, somos doravante súditos de Seu reino.

Efésios 5:23-24 Cristo é agora o chefe da Igreja, composta de todos quantos O aceitaram
como Salvador. Assim sendo, a Ele devemos obedecer.

Lucas 19:11-27 Com esta parábola, Cristo ensina que tendo-O recebido como Salvador,
nós nos tornamos Seus servos. E devemos serví-lO, sabendo que prestaremos contas
pela maneira como O servimos. Se nós O servirmos bem, Ele nos dirá: "Muito bem,
servo bom e fiel". Os versículos 14 e 27 distinguem os servos dos concidadãos. Estes,
mesmo que sejam rebeldes, serão forçados a se submeter a Deus, o Criador!

Após a nossa conversão, Jesus Cristo deve ser o Rei e o Senhor de nossa vida.

Conta-se que a rainha Vitória, quando era ainda bem jovem, assistia a um concerto. Era
executado o Messias de Haendel. Quando a orquestra tocou "Rei dos reis, Senhor dos
senhores", todo o teatro se levantou. A rainha Vitória também. Os nobres, seus amigos
que a rodeavam tentaram dissuadí-la de permanecer de pé. Ela disse: "Sou a rainha da
Inglaterra, mas para mim Cristo é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores".

30
11. HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO DE CRISTO

A Bíblia ensina que ao abrir novamente o caminho de acesso a Deus, o Senhor Jesus
experimentou a humilhação decorrente do envolvimento com a raça humana até o
ponto de tornar-se pecado (não pecador). Mas a Bíblia também ensina que decorrente
desta humilhação veio a exaltação de Cristo: A Ele foi dada a honra de estar acima de
tudo o que existe, exceto Deus o Pai. Portanto, ao considerarmos a obra de Cristo em
seu conjunto, veremos que ela apresenta dois aspectos: humilhação e exaltação.

1. Humilhação de Cristo

João 17:5 Cristo fala da glória que Ele compartilhava com Deus, antes da criação do
mundo.

Filipenses 2:6-7 Quando Cristo entrou no mundo, por Seu nascimento miraculoso, Ele Se
humilhou a Si mesmo, de tal sorte que o Criador de todo o universo tornou-Se servo.

João 1:14 O Criador (versículo 3) assumiu a forma de homem. "O Verbo se fez carne".

Lucas 2:7 Cristo não nasceu em uma família importante. Ele não nasceu entre os grandes
deste mundo. Ao contrário, nasceu em uma família muito pobre. Ao nascer não houve
nem uma casa para abrigá-lO, nem um quarto de albergue. Ele nasceu num estábulo.

João 7:52 Cristo não vinha de uma região importante do pais. Ele vinha da Galiléia, que
era desprezada pelos judeus.

Marcos 6:3 Sua família não era importante na sociedade. José, o esposo de Maria, era
carpinteiro. Jesus aprendeu seu ofício.

Gálatas 4:4 O grande legislador colocou-Se a Si mesmo sob a lei.

Filipenses 2:8 Aquele que era digno de ser obedecido por toda a criação, tornou-Se
obediente.

Gálatas 3:13 O juiz de todo o universo, o justo, colocou-Se a Si mesmo sob a maldição da
lei. Ele Se identificou com a humanidade pecadora.

Mateus 4:1-11; Hebreus 4:15 Aquele que era santo consentiu em suportar todas as
tentações próprias da natureza humana. Imaginemos que sofrimento deve ter sido para
Ele ser assaltado dia após dia pelo pecado que satura o mundo em que vivemos.

João 1:11 Os judeus, que eram Seu povo, O rejeitaram.

João 7:3-5 Seus irmãos, os filhos de José e Maria, nascidos depois de Jesus, O rejeitaram
até depois de Sua morte e Sua ressurreição.

Mateus 27:46 Quando Ele estava crucificado, carregado com o pecado de todos os que
creriam nEle como Salvador, Deus Pai desviou dEle Sua face e O abandonou. Seus
sofrimentos físicos foram horríveis, mas a separação do Pai foi o pior que Ele teve que
suportar.

31
Lucas 22:47-48 Um de Seus amigos, Judas, O traiu com um beijo.

Mateus 26:56 Todos os Seus discípulos O abandonaram na hora de Seu tormento.

Mateus 27:11-50 Consideremos as diferentes formas de humilhação e de suplício que se


acumularam sobre Jesus durante essas longas horas. Lembremo-nos de que foi Deus
que consentiu em ser tratado assim.

2 Coríntios 5:21 Aquele que é santo desde toda a eternidade morreu tornando-Se pecado
por nós.

1 Pedro 3:18-19 Tendo assumido a forma humana e Se despido de Sua natureza divina,
Cristo sofreu a morte, a separação do corpo e do espirito. Seu corpo permaneceu no
túmulo, Sua alma desceu ao Hades, lugar em que estão os espíritos desencarnados.

2. Exaltação de Cristo

Atos 2:25-31 Durante Sua humilhação, Cristo desceu gradualmente até o ponto mais
baixo. Mas agora há uma grande modificação: uma progressão crescente para a glória.
Em primeiro lugar, Seu corpo não conheceu a corrupção enquanto esteve no sepulcro.

Lucas 24:36-43 O corpo e a alma de Cristo foram reunidos. Não foi somente o espírito de
Cristo que ressuscitou dos mortos mas um homem em sua totalidade, compreendendo
o corpo e o espírito.

João 20:2-28 O corpo ressuscitado de Cristo era o mesmo que os discípulos tinham
conhecido antes de Sua morte. O ceticismo de Tomé rendeu-se à evidência e tornou-se
uma grande prova da ressurreição física de Cristo e da realidade de que o corpo que
saiu do sepulcro do jardim era o mesmo que aí tinha sido depositado.

Atos 1:3 Em Seu corpo ressurreto, Jesus apareceu muitas vezes durante quarenta dias.
Ele deu assim provas incontestáveis de Sua identidade.

Atos 1:9-11 Após Sua ressurreição, Jesus manifestou-Se na terra durante muitos dias,
antes de ter sido arrebatado ao céu. Ele deixou um lugar, a terra, por um outro, o céu.
Seu batismo inaugurou Seu ministério público (Mateus 3:13-17), Sua ascensão
demonstrou a conclusão deste ministério.

João 14:2-3 Cristo está preparando um lugar para nós, junto dEle, no céu.

Atos 2:32-33 A exaltação do Senhor Jesus Cristo continua.

Efésios 1:20-22 Aquele em Quem cuspiram, que foi humilhado diante dos homens
pecadores, está agora acima de todas as coisas.

Apocalipse 19:9-16 Quando Cristo voltar à terra, todos os povos, e também todos os
judeus constatarão que Aquele que eles humilharam e crucificaram é o Messias
anunciado pelo Antigo Testamento, o único Salvador dos homens, o Rei dos reis, o
Senhor dos senhores, nosso Deus soberano. O que Ele sempre afirmara ser.

32
12. A SALVAÇÃO — COMO OBTÊ-LA?

Neste capítulo estudaremos um tema inteiramente novo. Já tratamos de "Deus", em


seguida das "Relações de Deus com o homem". Agora veremos o que diz respeito à
"Salvação": o que é e como obtê-la.

Como obter a salvação? Como já aprendemos ao estudar a graça de Deus, a Bíblia


responde: a salvação é obtida pela fé em Cristo, exclusivamente.

A Bíblia ensina que existe um único caminho para a salvação (restauração do


relacionamento com Deus) do ser humano. Este caminho foi estabelecido pelo próprio
Deus. Este caminho é acessível a todos os homens através da fé na pessoa de Cristo.
Tudo o que precisaria ser feito, foi feito por Cristo. O que falta agora é aceitar aquilo Ele
já fez. Isto implica em arrependimento e não remorso.

Marcos 1:15; Atos 17:30; 2 Pedro 3:9 Saber e reconhecer que somos pecadores é uma
coisa, arrepender-nos é outra. Deus quer que os homens se arrependam.

Lucas 13:3; Mateus 11:20; 21:29 Os que mais ouviram do evangelho se tornam mais
responsáveis.

Mateus 11:4; Atos 5:31; 26:20 Ninguém pode escapar à necessidade do arrependimento
para a salvação, quer judeu, quer gentio (não judeu).

Lucas 24:47; Atos 2:38; 3:19 Sem arrependimento, não há remissão de pecados. Deus
não distribui Seu perdão a esmo, Ele o concede a quem o pede.

Atos 20:21 Arrependimento e fé andam de mãos dadas. O primeiro leva o homem a


confessar sinceramente seus pecados a Deus, o segundo a apropriar-se do perdão em
Cristo.

João 3:15-16,18 Já citamos esses versículos muitas vezes, mas é conveniente examiná-
los mais uma vez para compreender a clareza com a qual Cristo revela que obtemos a
salvação pela fé em Cristo, exclusivamente.

João 3:36 João Batista sublinha que a salvação é obtida pela fé, exclusivamente.

Romanos 3:9-20 As obras da lei, isto é, as boas ações, não justificam nem podem
justificar um homem perante Deus.

Isaías 64:6 Nem mesmo nossas melhores ações podem ser aceitas pelo Deus Santo.
Mesmo que nossos atos parecem bons, quem pode discernir os motivos confusos e
complexos por trás de cada um deles?

Gálatas 3:24 Deus nunca deu a lei (os Dez Mandamentos, o Sermão do Monte ou
qualquer outra ordenança) como se a salvação dependesse da sua observância. No
que se refere à salvação, todas as leis de Deus nos mostram que necessitamos de
Cristo.

Romanos 2:1-3 Os homens não se submetem nem mesmo às normas estabelecidas por
eles próprios e pelas quais julgam aos outros homens.

33
Atos 16:30-33 Nem as boas obras morais nem as religiosas podem nos salvar. O batismo
não é o princípio fundamental da salvação, é apenas sua expressão externa.

Romanos 4:9-11 Assim foi no Antigo Testamento. Abraão teve fé em Deus, a circuncisão
veio depois. As boas obras religiosas não nos podem salvar.

Romanos 9:6 Nem todos os judeus do Antigo Testamento, embora tendo nascido judeus,
faziam parte do autêntico Israel segundo a maneira como Deus vê. Hoje também o fato
de alguém ser membro de uma Igreja, não implica em ser salvo. A salvação é recebida
exclusivamente pela nossa fé em Cristo e não por fazermos parte de uma instituição.

Gálatas 2:16 A salvação não é obtida jamais por meio de boas obras, sejam elas quais
forem.

Romanos 3:21-26 As boas obras não podem nos salvar, mas a fé em Cristo nos salva.
Notemos a palavra "gratuitamente" do versículo 24. A salvação é "de graça": sem
nenhuma contribuição da nossa parte.

João 8:24 Há um único meio de salvação: Jesus. Se não O aceitarmos como nosso
Salvador, permaneceremos sob o julgamento de Deus.

João 14:6 Não há muitos meios de salvação. Existe apenas uma via de acesso a Deus o
Pai: Jesus!

Atos 4:12 A salvação é a fé em Cristo. Sem Ele não há salvação de maneira alguma.

Após ter lido estes textos, peço, insistentemente, a todos que examinem o convite de
Cristo (João 6:37): "O que vem a Mim, de modo algum o lançarei fora". A base da
salvação é a morte expiatória de Cristo. Ela é perfeita e completa. O meio pelo qual
aceitamos esse dom gratuito é a fé. A fé tem um duplo significado: é crer nas
promessas de Deus e ao mesmo tempo, ter a mão vazia para receber o dom sem
tentar acrescentar boas obras puramente humanas, religiosas ou morais.

34
13. A JUSTIFICAÇÃO

A Bíblia ensina que existe uma culpa moral real de todo ser humano para com o soberano
Senhor do universo. Esta culpa moral é decorrente do fato de todo ser humano ter sido
criado à imagem de Deus, portanto, com a finalidade de refletir a pessoa de Deus.
Pecamos, porque através das nossas palavras, pensamentos e ações não refletimos
quem Deus é. Mas através da parte jurídica do processo de restauração chamada
justificação, podemos ter a nossa dívida para com a lei moral de Deus paga através do
sacrifício de Cristo.

Romanos 1:16 A palavra "salvação" é empregada geralmente com um sentido bem


limitado de "tornar-se cristão". Mas tal como é usada neste versículo e em todo o Novo
Testamento, tem um significado muito mais amplo. As Escrituras incluem nesse termo
tudo o que advém (passado-presente-futuro) ao ser humano que aceita a Cristo como
Salvador. Esta lição examina o primeiro aspecto da salvação: a justificação.

Romanos 3:20 Nós não podemos ser justificados por meio das nossas boas obras.

Tiago 2:10 Para sermos justificados diante de Deus, baseados em nossas boas obras,
teríamos que ser perfeitos, do nascimento até a morte, onde nenhum traço de pecado
deveria ser achado em nós. A palavra "evangelho" significa "boa nova". Recomendar a
alguém que se conduza impecavelmente não é boa nova. Se alguém estivesse preso
por um crime qualquer e se um amigo chegasse gritando "Boa nova", o prisioneiro,
atrás das grades, esperaria a possibilidade de ser liberto. Seria ridículo e cruel dizer-
lhe: "Ande direito". Seria a mesma coisa, se disséssemos "ande direito" para alguém
que estivesse amarrado ao pecado, tendo sido condenado à morte.

Lucas 15:11-24 A história do filho pródigo é rica em ensinamentos. Ela mostra claramente
que a justificação não é um aperfeiçoamento em nosso ser. Não é a virtude insuflada
em nós, nem uma obra feita dentro de nós. Quando o pecador se volta para Deus Pai,
pela fé em Jesus Cristo, o Pai não Ihe diz que vá primeiramente se lavar e limpar antes
de recebê-lo, mas imediatamente o abraça. Os braços do Pai nos envolvem desde o
momento em que recebemos o Senhor Jesus como nosso Salvador, apesar das
marcas do pecado que nos cobrem.

Romanos 4:1-9,22-25 A justificação é a declaração da parte de Deus que nós somos


justos aos Seus olhos, porque Ele nos atribui a obediência de Seu Filho. Isto significa
que Deus põe nossos pecados na conta de Cristo, enquanto atribui, a nós, a
obediência de Cristo. É como se uma criança entrasse em uma loja e comprasse mais
do que pudesse pagar. Chegando o pai diz: "Ponha na minha conta". A dívida da
criança desaparece, pois o pai a paga. Quando somos justificados, Deus atribui a Cristo
o castigo merecido por nossos pecados.

Romanos 5:1 Uma vez que Deus declarou que somos justificados, temos paz com Deus.

Colossenses 2:13-14 Deus não fecha os olhos para os nossos pecados. Deus não
poderia agir assim pois Ele é santo. Nossos pecados foram efetivamente expiados
pelos sofrimentos de Cristo na cruz.

Isaías 38:17; 43:25; Miquéias 7:19 Quando Deus declarou que somos justos, é como se
Ele tivesse lançado o crime de nossos pecados no mais profundo do mar. A justificação

35
não é somente o perdão. Como disse alguém, uma vez justificados é "como se nunca
tivéssemos cometido pecado".

Isaías 53:4-5 O fundamento de nossa justificação é a obra perfeita de Cristo no Calvário.

Romanos 5:8-9 O milagre do amor de Deus é que, quando éramos ainda pecadores,
Cristo morreu por nós. Porque Cristo morreu em nosso lugar (Romanos 3:26) Deus
pode, por ser justo, declarar todos os nossos pecados perdoados.

Atos 13:38-39 É pela fé em Jesus Cristo que podemos nos apropriar deste grande dom de
Deus.

Romanos 3:28 A justificação nos é dada pela fé, exclusivamente.

Gálatas 2:16 Existe uma única maneira de ser justificado diante do Deus Santissimo: pela
fé em Cristo.

O que é a fé em Jesus Cristo? Um missionário, procurando traduzir a palavra "fé" na língua


materna de um povo, não conseguia encontrar a palavra. Por fim ele sentou-se em uma
cadeira, encolheu os pés; todo seu peso repousava sobre a cadeira. Ele não suportava
nada de seu peso. Ele perguntou então qual era a palavra que exprimia sua ação.
Empregou-a para traduzir "fé". Esta imagem é exata. Ter fé em Cristo é apoiar-se sem
reserva nEle e em Sua obra perfeita.

36
14. UMA NOVA RELAÇÃO: A ADOÇÃO

A Bíblia ensina que todo ser humano é criatura de Deus e não filho de Deus. Somente
Deus tem o poder de tomar criaturas e transformá-las em Seus filhos e filhas. A Bíblia
também ensina que Deus assumiu alguns compromissos para com todas as Suas
criaturas, e outros apenas com os Seus filhos (o resultado destes compromissos são
geralmente conhecidos como bênçãos).

Quando aceitamos a Cristo como Salvador, imediatamente somos justificados. Este estudo
trata de um outro aspecto da salvação: a adoção por Deus Pai.

João 1:12 Ao aceitar a Cristo como Salvador nós nos tornamos filhos de Deus. Isto
demonstra que não somos filhos de Deus a não ser que aceitemos a Cristo como
Salvador. Deus nos criou, porém não somos filhos de Deus senão indo a Ele por meio
de Cristo Jesus.

2 Coríntios 6:18 Numerosos são os versículos da Bíblia em que homens e mulheres são
chamados globalmente de "filhos de Deus". Este texto é comovente: Deus chama as
mulheres que vêm a Ele por meio de Cristo de "Suas filhas".

Gálatas 4:4-5 Cristo é o Filho eterno de Deus. Ele é o Unigênito. Ele é o único Filho
gerado. No entanto, quando nós aceitamos a Jesus como nosso Salvador, a filiação é
estabelecida. Deus Pai nos adota como Seus filhos.

João 20:17 Cristo deixa bem claro a diferença entre a Sua filiação única e eterna e o fato
de que nós nos tornamos filhos de Deus.

Efésios 1:3-5 Depois que Cristo Se tornou nosso Salvador e fez de nós filhos de Deus Pai,
pudemos entrar em Sua presença com toda segurança. O filho de um rei tem direito de
ser admitido à presença do rei, por ser seu filho. Da mesma forma nós podemos nos
apresentar diante do Deus Todo-Poderoso, o Criador. Nós temos o direito de dizer-Lhe
"O Senhor é o meu Pai". Ele responderá "Vocês são meus filhos".

1 João 3:1 A finalidade do amor de Deus é fazer de nós Seus filhos, quando aceitamos a
Cristo como nosso Salvador.

Mateus 6:32 Deus toma conta de nós, de nossas necessidades materiais, porque somos
Seus filhos.

Lucas 12:32 Podemos estar certos de que a mão do Pai está sobre nós, para o nosso
bem, mesmo que estejamos na mais profunda aflição.

Romanos 8:15 Quando Deus é nosso Pai, podemos dizer-Lhe "Aba", meu Pai, na
intimidade, como uma criança falando com seu pai.

Romanos 8:17 Sendo que Deus é nosso Pai, somos co-herdeiros com Cristo. Pensemos
bem no que isto significa. As riquezas do céu nos pertencem não somente após nossa
morte, mas também durante esta vida.

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Gálatas 4:6 Logo que Deus Se torna nosso Pai, essas bênçãos são nossas e o Espírito
Santo permanece em nós. Podemos receber imediatamente todas essas bênçãos da
salvação, sem esperar até nossa morte.

Hebreus 12:5-11 Logo que Deus Se torna nosso Pai, Ele nos dispensa inúmeras bênçãos,
entre as quais a Sua correção. Um pai humano que ama profundamente seu filho,
castiga-o se ele for desobediente. Assim também Deus permite certas coisas em nossa
vida para nos conservar em comunhão com Ele. Sendo Cristo nosso Salvador, Deus é
nosso Pai e nossos pecados foram expiados no Calvário. No entanto o Pai permite
experiências dolorosas em nossas vidas, quando nos afastamos dEle, para que nossa
vida experimente o "fruto da justiça" que não é somente justiça, mas paz.

38
15. UMA NOVA RELAÇÃO: A IDENTIFICAÇÃO E A UNIÃO COM DEUS FILHO

A Bíblia ensina que nesta nova relação o ser humano tem a sua vida anexada à vida de
Cristo. Ele é a árvore e nós os galhos que dão fruto.

Quando pomos nossa fé em Cristo, somos identificados e unidos a Ele.

Romanos 8:1 Depois que aceitamos a Cristo como Salvador, estamos em Cristo.

1 Coríntios 6:17 Estamos ligados a Cristo, unidos a Ele.

Gálatas 2:20 Cristo vive em mim.

Efésios 1:3 Nós estamos em Cristo.

Efésios 1:6-7; 2:1-6,13 Esses versículos confirmam essa gloriosa verdade: nós estamos
em Cristo. Ler também Colossenses 2:10.

Cristo é o esposo, nós somos a esposa.

Mateus 22: 2-14; 25:10 Nossa união com Cristo é comparável ao casamento. Cristo é o
esposo.

Romanos 7:4 Quando aceitamos a Cristo como Salvador, estamos unidos a Ele. Como de
um casamento nascem filhos, nossa união com Cristo deve produzir frutos para Deus.

2 Coríntios 11:2 A esposa que ama seu marido somente se preocupa com ele e Ihe é fiel.
Assim Cristo deve ser o objeto de nossos pensamentos.

Efésios 5:31-32 O casamento é uma imagem da união do crente com Cristo.

Apocalipse 19:7-9 Por ocasião da segunda vinda de Cristo, um grande acontecimento


será celebrado: "as bodas do Cordeiro".

Apocalipse 22:17 A esposa – aqueles que aceitaram a Cristo como Salvador – deve se
empenhar em convidar outros a participar desse grande privilégio e honra. Assim como
uma esposa fala naturalmente do seu amado, assim Cristo deve ocupar um lugar
importante em nossa conversa.

Cristo é a videira, nós somos os ramos.

João 15:1-5 A seiva da videira corre pelos ramos para fazê-los dar frutos. Da mesma
maneira os que aceitaram a Cristo como Salvador são associados a Ele em uma união
fecunda. Sua vida em nós passa a produzir frutos espirituais.

Cristo é a cabeça, a Igreja (os que aceitaram a Cristo como Salvador) é o corpo.

Romanos 12:5 O corpo possui muitos membros, no entanto é um só corpo. Da mesma


maneira nós, que aceitamos a Cristo como Salvador, somos numerosos porém
formamos um só corpo, a Igreja, que é o corpo de Cristo.

39
1 Coríntios 12:11-27 A saúde do corpo depende das condições físicas de cada uma das
suas partes; assim é importante que todos os cristãos estejam em boas condições
espirituais. O corpo depende das orientações dadas pela cabeça; do mesmo modo
devemos agir constantemente segundo a vontade de Cristo.

Efésios 1:22-23; 4:15-16; 5:30; Colossenses 1:18 A Igreja (todos aqueles que aceitaram
a Cristo como Salvador) constitui o corpo de Cristo.

Cristo é o fundamento; nós somos a casa espiritual, construida sobre esse fundamento.

1 Pedro 2:2-6 Nós somos pedras vivas.

O Filho unigênito de Deus é chamado nosso irmão quando nós nos tornamos filhos
adotivos de Deus.

Hebreus 2:16-17 Assim como o filho nascido em uma família é irmão do filho adotivo, do
mesmo modo Cristo é nosso admirável irmão mais velho, desde que O aceitamos como
Salvador.

Em nosso estudo sobre Cristo, o mediador, vimos que quando O aceitamos como
Salvador, Deus o Filho torna-Se nosso profeta, nosso sumo sacerdote, nosso rei. Cristo
sendo profeta faz com que o crente em comunhão com Ele torna-se também um
profeta.

João 16:13; 1 João 2:27 Por meio de Cristo temos o verdadeiro conhecimento,
conhecimento este que devemos comunicar a um mundo em agonia e em confusão e
intelectualmente perdido por total falta de um ponto de referência. Deus nos deu a
Bíblia para que tenhamos o verdadeiro conhecimento.

Cristo sendo sacerdote, faz com que cada crente em comunhão com Ele torna-se também
um sacerdote.

1 Pedro 2:5,9; Apocalipse 1:6; 5:10; 20:6 Todo crente tem o privilégio de ser
imediatamente admitido à presença de Deus pela oração. Devemos usar sem
interrupção esse privilégio e orar por nós mesmos, pelos que estão ao nosso redor e
não são cristãos. Devemos procurar conduzir a Cristo, nosso Sumo Sacerdote, aqueles
que não O conhecem como Salvador.

Romanos 12:1-2 Todo crente tem o privilégio de poder oferecer-se a Deus como sacrifício
vivo.

Cristo sendo rei, faz com que todos os Seus irmãos sejam também parte da família reali.

1 Pedro 2:9; Apocalipse 1:6; 3:21; 5:10; 20:6 Somos sacerdócio real. Reinaremos com
Cristo sobre a terra quando Ele vier.

Permanecendo unidos a Cristo daremos frutos em todas as etapas de nossa vida.

João 15:5 Permanecer em Cristo é o segredo de como produzir frutos espirituais.

40
2 Coríntios 12:9 Não é o nosso poder que conta, mas sim o poder de Cristo manifestando-
se em nossa fraqueza.

Efésios 2:10; 3:17-19 Uma vez unidos a Cristo devemos dar bons frutos.

Filipenses 1:11 O fruto que nós cristãos devemos manifestar, é produzido pela ação de
Cristo em nós e por nós.

Colossenses 2:10 Nós temos tudo, plenamente, em Cristo, aqui na terra e na eternidade.

41
16. UMA NOVA RELAÇÃO: DEUS

A Bíblia ensina que temos agora uma relação de amor com o Deus triúno:
com o Espírito Santo: Ele (a terceira pessoa da trindade) passa a morar no cristão.
Nos tornamos “templo” do Deus vivo. Ele é quem restaura no ser humano todas as
qualidades perdidas depois da queda. Ele torna-se uma dádiva do Senhor Jesus
para todos os que são Seus.
com o Senhor Jesus: Ele (a segunda pessoa da trindade) torna-se nosso irmão e Rei,
concedendo-nos a oportunidade de compartilharmos de tudo o que Ele possui e
trabalharmos na realização dos Seus planos.
com o Pai: Ele (a primeira pessoa da trindade) torna-se o nosso Pai legítimo,
assegurando-nos todas as bênçãos decorrentes deste relacionamento de amor.

O Espírito Santo mora no cristão

Deus, através da habitação do Espírito Santo em nós, é o terceiro aspecto da nossa nova
relação e uma conseqüência imediata de nossa aceitação de Cristo como Salvador.

Joel 2:28-29 É o que o Antigo Testamento predisse.

João 14:16-17; 7:38-39; 16:7; Atos 1:5 Foi o que Cristo prometeu.

Mateus 3:11 Foi o que João Batista disse a respeito de Cristo.

Atos 2:1-18 A promessa e a profecia foram cumpridas depois da morte, ressurreição e


ascensão de Cristo.

Atos 2:38; 1 João 4:13 Todos os cristãos são imediatamente habitados pelo Espírito
Santo assim que aceitam a Cristo como Salvador.

Romanos 8:9 É impossível que uma pessoa tendo aceito a Cristo como Salvador e não
seja imediatamente habitada pelo Espírito Santo.

1 Coríntios 3:16 O Espírito Santo permanece em todos os que aceitam a Cristo.

1 Coríntios 6:19 O corpo do crente é o santuário do Espírito Santo. O templo de


Jerusalém foi destruído poucos anos depois desta declaração. Os corpos dos cristãos
são agora o templo do Espírito Santo.

2 Timóteo 1:14 O Espírito Santo vive no cristão.

Alguns exemplos do ministério do Espírito Santo.

João 16:8 Ele convence o mundo de pecado. A vida do cristão, em quem habita o Espírito
Santo, deve convencer o mundo de pecado.

João 3:5-6 A regeneração é obra do Espírito Santo.

João 15:26; 16:14; Atos 5:32 Ele dá testemunho de Cristo.

42
1 Coríntios 12:4,13; Efésios 2:22 Ele edifica a Igreja (os verdadeiros cristãos) em um
corpo bem equilibrado.

2 Coríntios 13:13 O Espírito Santo está em comunhão com o crente e Ihe comunica todas
as bênçãos da redenção.

João 14:16-18; Romanos 8:9-11 Quando o Espírito Santo habita em nós, Cristo habita
igualmente em nós.

João 14:26; 15:26; 16:7; Atos 9:31 O Espírito Santo é o Consolador do cristão. A palavra
grega traduzida por "consolador" é difícil de exprimir. Ela significa também: conselheiro,
advogado, protetor, sustentáculo, "Aquele que fica ao lado de alguém para ajudar".

João 14:26; 16:13; 1 Coríntios 2:12; Hebreus 10:15-16; 1 João 2:20,27 O Espírito Santo
nos ensina, principalmente abrindo nosso espirito à compreensão da Bíblia.

Atos 1:8 Ele é a fonte do poder do cristão.

Lucas 12:11-12 Em tempos de perseguições, Ele comunica aos crentes as palavras


adequadas.

Romanos 5:5; 14:17; 15:13; 1 Tessalonicenses 1:6; Gálatas 5:22-23 O Espírito Santo
habitando no crente produzindo o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, esperança,
paciência, etc. Como o Espírito Santo habita em todos os crentes, todos os crentes
devem ter o fruto do Espírito.

"O grande sinal que caracteriza o verdadeiro cristão é que o Espírito Santo habita nele.
Nada em seus pensamentos ou sentimentos deve ofender este hóspede divino"
Dr. Charles Hodge

Este novo relacionamento com o Deus único, o Deus Triúno, é a segunda bênção que
emana da salvação. Ela tem três aspectos:

1. Deus o Pai é o Pai dos cristãos.

2. O Filho Unigênito de Deus é o nosso Salvador, o nosso Senhor, nosso profeta, nosso
sumo sacerdote e nosso rei. Nós somos identificados e unidos com Ele.

3. O Espírito Santo vive em nós, Ele toma conta de nós. Ele nos comunica os múltiplos
privilégios da redenção.

43
17. UMA NOVA RELAÇÃO: A FRATERNIDADE DOS CRISTÃOS

A Bíblia ensina que depois de sermos salvos, passamos a fazer parte da família de Deus.
Esta vida familiar se manifesta no suporte espiritual de uns para com os outros, no
auxílio material de uns para com os outros, e no prazer da comunhão de uns para com
os outros.

Vimos que ao aceitar a Cristo como Salvador somos imediatamente justificados e ao


mesmo tempo entramos em relação com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Quando entramos nesta nova relação com a Trindade, todos os que aceitaram a Cristo
como Salvador tornam-se nossos irmãos. Este estado é chamado geralmente
"comunhão dos santos".

Mateus 23:8 Os homens não são todos irmãos no sentido que a Bíblia dá a essa palavra.
É certo que fomos todos criados por Deus, que todos os homens descendem de Adão
e Eva e portanto são todos da "minha espécie" e "meu próximo" e devem ser tratados
como tais (Lucas 10:27-37). Mas em termos bíblicos, nossos irmãos são aqueles que
aceitaram a Cristo como Salvador e que se tornaram como nós, pela fé, filhos de Deus.
Temos o mesmo Pai, Deus, e somos portanto irmãos.

Efésios 2:19 Antes de aceitar a Cristo como Salvador, éramos "estrangeiros", "gente de
fora". Mas tornando-nos cristãos, tornamo-nos concidadãos de todos os que fizeram o
mesmo.

Gálatas 6:10 Devemos fazer o bem a todos os homens mas há uma diferença muito
marcante entre os "irmãos na fé" e os outros.

1 Tessalonicenses 5:14-15 Aqui é dito, uma vez mais, que devemos fazer o bem a todos
os homens, porém devemos fazer o bem especialmente aos irmãos na fé.

1 Pedro 2:17 Existe uma relação especial entre os que são irmãos em Cristo.

1 João 1:3 Ninguém pode ter verdadeira comunhão espiritual com os cristãos sem ter
ouvido o Evangelho e sem ter aceito a Cristo como Salvador.

Apocalipse 19:10 Os irmãos são identificados como aqueles que têm o testemunho de
Jesus.

João 13:30,34-35 Judas, que não acreditava em Cristo, deixou a mesa antes que fosse
dado o novo mandamento do amor recíproco, característico dos cristãos.

João 21:23 É evidente que a palavra "irmãos" se refere aos crentes.

Atos 9:17 Somente depois de ter aceito a Cristo como Salvador, Saulo foi considerado
irmão.

Atos 21:17 Este nome de irmão é dado somente aos crentes.

1 Coríntios 7:12 Nesta passagem, o homem é um cristão por isso ele é chamado de
irmão. A mulher, que não é cristã, não está incluída na expressão.

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A comunhão fraternal dos crentes se manifesta praticamente em três domínios.

Em primeiro lugar, os irmãos devem ser o sustentáculo espiritual uns dos outros.

Romanos 12:10 Os cristãos devem se amar uns aos outros e desejar que seus irmãos
tenham a preferência em honra e consideração.

1 Coríntios 12:26-27 Os cristãos devem ficar tristes quando outros cristãos sofrem e se
alegrar quando eles se alegram.

Romanos 15:30; 2 Coríntios 1:8,11 Eles devem orar uns pelos outros.

Efésios 4:15-16 Cada cristão traz sua contribuição espiritual à Igreja. Quando os cristãos
estão individualmente em bom estado espiritual, toda a Igreja vai bem.

Efésios 5:21-6:9 A fraternidade entre os crentes deve ser o fator predominante em todas
as relações humanas. Isto é verdade nas relações entre marido e mulher, entre pais e
filhos, entre superiores e subalternos, entre empregadores e empregados. Em todas
essas relações humanas somos irmãos. Ler Cantares de Salomão 4:9-10,12.

Efésios 6:18 Os cristãos devem orar uns pelos outros e por todos os cristãos fora de seu
circulo. A comunhão fraternal dos crentes transpõe as barreiras de nacionalidade, raça,
língua, cultura, condição social e situação geográfica.

1 Tessalonicenses 5:11 Os irmãos em Cristo devem se ajudar mutuamente de duas


maneiras: primeiro, encorajando uns aos outros. Em seguida edificando uns aos outros.
Edificar significa ajudar a outros a permanecer na sã doutrina e a ser na vida o que
devem ser.

O segundo domínio prático da comunhão fraternal é o auxilio material.

Atos 11:29 Desde os primeiros dias da Igreja, os cristãos deram de seus bens para
socorrer irmãos em Cristo que eram menos privilegiados, mesmo que eles habitassem
muito distante.

2 Coríntios 8:4 Este é um exemplo entre muitos outros citados no Novo Testamento, de
cristãos que deram dinheiro para ajudar outros cristãos.

Romanos 12:13; Tito 1:8; Filemom 5,7,22 A hospitalidade é uma forma de auxilio.

1 João 3:17-18 É inútil falar de amor cristão se não viermos em socorro dos nossos irmãos
na hora da necessidade.

Atos 5:4 Os cristãos se ajudavam materialmente; eles o faziam de bom grado, ninguém os
obrigava. Cada um conservava o seu direito de posse a uma propriedade particular.

Em terceiro lugar, os irmãos em Cristo deveriam ter prazer na comunhão espiritual e na


colaboração fraternal.

Atos 2:42,46 Desde os primeiros dias da Igreja cristã, os crentes se reuniam diariamente.

45
Efésios 4:1-3; Colossenses 2:1-2 Os verdadeiros cristãos devem se esforçar por ter
comunhão entre si em paz e amor.

Hebreus 10:25 O mandamento claro de nosso Senhor é que nós, cristãos, nos reunamos
para a adoração. Isto não era somente um costume da Igreja primitiva. É algo que deve
continuar até a volta de Cristo. Este versículo diz que quanto mais nos aproximamos de
Sua volta, mais devemos cuidar em obedecer a essa ordem. Se aceitamos a Cristo
como nosso Salvador, temos a responsabilidade de procurar um grupo de crentes onde
haja ensino bíblico, amor e comunhão e nos juntar a eles para adoração. Não
devemos, porém, nos reunir a um grupo qualquer, apenas por ter o nome de cristão.
Devemos procurar uma comunidade que tenha a Bíblia como fundamento das
pregações e mantenha a disciplina para que os cristãos escapem de uma vida cristã
contrária à verdade e sejam preservados das falsas doutrinas.

Vimos que a comunhão fraternal dos crentes não é limitada geograficamente. Ela também
não é limitada no tempo.

Hebreus 12:22-23 Esta comunhão fraternal não compreende somente os cristãos que hoje
vivem na terra, mas os cristãos que estão no céu.

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18. A PERENIDADE DA SALVAÇÃO

A Bíblia ensina que a salvação que pode ser obtida em Cristo é eterna. Uma vez que
alguém a recebe, nunca mais a perderá. Contudo esta salvação ocorre em três tempos
específicos:
passado: salvos da pena do pecado justificação
presente: salvos do poder do pecado santificação
futuro: salvos da presença do pecado glorificação

Vimos que da salvação decorrem imediatamente a justificação e uma nova relação com
Deus. Trataremos agora do terceiro aspecto da salvação. Uma vez que aceitamos a
Cristo como Salvador, estamos salvos e jamais perderemos esta salvação.

Romanos 8:31-34 Não perderemos jamais a salvação por causa da perfeição da obra
sacerdotal de Cristo. A base de nossa salvação não é constituída de boas obras que
teríamos feito no passado, presente ou futuro; é a obra perfeita de Cristo. A perfeição
da obra sacerdotal de Cristo compreende dois elementos: Seu sacríficio perfeito e Sua
perfeita intercessão por nós agora.

Hebreus 7:25 Esta passagem nos lembra tudo o que aprendemos no estudo sobre Cristo
e Sua obra de sumo sacerdote e Sua intercessão continua por nós. Este versículo nos
ensina que Cristo nos salva completamente e para sempre. Seria preciso que Cristo
falhasse em Seu sacerdócio para que um cristão pudesse perder a salvação.

Romanos 8:28-30; Efésios 1:3-7 Depois que nos tornamos cristãos, aceitando a Cristo,
descobrimos que Deus Pai nos escolheu. Seria preciso que a primeira Pessoa da
Trindade, Deus Pai, falhasse para que um cristão pudesse se perder.

Efésios 1:13-14 Antigamente, quando alguém comprava uma propriedade, o vendedor Ihe
dava como penhor (um punhado de terra). Este era o sinal de que a fazenda Ihe
pertencia e Ihe seria totalmente entregue mais tarde. O Espírito nos foi dado como
penhor da nossa herança. Ele permanece em nós como garantia de que gozaremos de
toda a bênção da salvação e não a perderemos nunca.

Efésios 4:30 Outrora os reis selavam os documentos com o lacre e sobre ele imprimiam o
sinete de seu anel. Ninguém ousava violar o selo lacrado sem a autorização do rei.
Esta passagem nos declara que o próprio Deus nos selou com o Espírito até o dia da
redenção. Um selo de um rei pode ser quebrado por um rebelde qualquer, no entanto,
ninguém tem poder para romper o selo de Deus.

Romanos 8:26 Não sabemos orar como devemos, mas o Espírito Santo intercede por nós.
Seria preciso que o Espírito Santo falhasse para que um cristão pudesse perder a
salvação.

João 10:27-29 Cristo declara que quando O aceitamos como Salvador temos a vida
eterna. A vida eterna não pode ser mais curta que a eternidade. Cristo diz: "Jamais
perecerão". Jamais é jamais. Cristo diz que ninguém pode nos arrebatar das Suas
mãos e das mãos do Pai. Não somos nós que nos agarramos fortemente a Deus, é Ele
quem nos segura firmemente.

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Romanos 8:35-39 Deus diz claramente que nenhuma criatura pode nos separar dEle
depois que viemos a Ele por meio de Jesus Cristo.

Filipenses 1:6 "O dia de Cristo Jesus" é a segunda vinda de Cristo, quando receberemos
a plenitude da graça da salvação.

1 João 4:13; 5:13 Notemos o emprego dos verbos "conhecer" e "saber". Deus quer que
tenhamos a certeza que Lhe pertencemos e Lhe pertencemos para sempre.

2 Timóteo 4:7-8 Paulo teve essa certeza.

Romanos 8:15-16 A certeza que somos filhos de Deus e que seremos dEle para sempre é
uma graça que Deus quer que seja realmente nossa, uma vez que aceitamos a Cristo
como Salvador. Muitos verdadeiros cristãos não têm essa certeza, mas se eles não
gozam dela é porque não aproveitam de uma das riquezas que estão em Cristo Jesus
e que Ihes pertencem desde agora.

João 3:36 "Quem crê no Filho tem a vida eterna". Se sabemos que cremos em Cristo para
a nossa salvação, se não confiamos em nossas boas obras morais ou religiosas, então
estamos incluídos na promessa explicita de Deus e temos a vida eterna agora e para
sempre.

48
19. A SANTIFICAÇÃO (A)

A Bíblia ensina que existe uma vida agora para ser vivida de acordo com os princípios de
Deus, desfrutando das bênçãos e alegrias decorrentes deste novo estilo de vida. Ao
passo que a justificação é igual para todos, a santificação pode ocorrer de forma
diferenciada na vida dos cristãos.

Vimos que após ter aceito a Cristo como Salvador, fomos justificados. Entramos em uma
nova relação com as três Pessoas da Trindade e nunca mais estaremos perdidos.
Neste capítulo começaremos a estudar um outro aspecto da salvação: a santificação.
Enquanto a justificação diz respeito ao passado, a santificação diz respeito ao
presente, a partir do momento em que nos tornamos cristãos. Ela trata do poder do
pecado na vida do cristão. A justificação é idêntica para todos os cristãos mas é
evidente que a santificação é mais profunda em uns do que em outros.

Romanos 8:29-30 A salvação não se limita apenas ao fato de aceitarmos a Cristo. Ela tem
muitas implicações em nossas vidas até chegarmos ao céu. Deveríamos em primeiro
lugar demonstrar que pertencemos a Cristo.

Colossenses 3:1-3 Uma vez que Cristo tornou-Se nosso Salvador pessoal, isso deveria
produzir uma transformação em nosso modo de viver.

João 15:1-5 Se um homem for verdadeiramente cristão haverá fruto espiritual em sua vida.

1 Tessalonicenses 5:23; Hebreus 13:20-21 O Pai age para nossa santificação.

Efésios 5: 25-26; Tito 2:11-14 O Deus Filho também age para nossa santificação.

1 Coríntios 6:11; 2 Coríntios 3:18; 2 Tessalonicenses 2:13 O Deus Espírito Santo age
ativamente para nossa santificação.

Romanos 2:1-21; 2 Coríntios 7:1; Colossenses 3:1-4:6 Eis alguns preceitos que a Bíblia
dá sobre o modo como devemos nos conduzir na vida. A lei de Deus é a regra de vida
de todo cristão. Em passagens como estas, Deus nos mostra o que é conforme à Sua
natureza e o que Lhe agrada. O fato de ser cristão deve produzir uma transformação
em todos os domínios da nossa vida.

1 Coríntios 6:20 Fomos salvos pela graça, não por nossas boas obras. Uma vez salvos,
porém, devemos proclamar nossa gratidão por uma vida de boas obras.

Mateus 22:37-38; Apocalipse 2:1-5 Nosso amor por Deus é a única razão válida que nos
faz desejar a vitória sobre o nosso pecado e o crescimento espiritual. O medo de ser
apanhado em falta não deve ser o motivo. Devemos viver uma vida cristã por amor ao
nosso Senhor e com desejo de glorificá-lO.

João 15:8 Quando um crente peca ele não glorifica seu Pai celeste como deveria.

Filipenses 1:20 Quando um crente peca ele não proclama a glória de Cristo através da
sua vida, como deveria fazer alguém nascido de novo.

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Romanos 8:8; Gálatas 5:16-25; Efésios 5:18; 4:30; 1 Tessalonicenses 5:19 Quando
uma pessoa aceita a Cristo como Salvador, ela se torna imediatamente e para sempre,
habitação do Espírito Santo. Mas quando um crente peca, ele anda segundo a carne e
não segundo o Espírito. Ele entristece e apaga o Espírito Santo que habita nele.

1 João 1:3,7; 2:1 Quando um cristão peca, ele não perde a sua salvação. O sangue de
Cristo é suficiente para apagar o pecado, e Cristo, à direita do Pai, intercede por ele. No
entanto, o cristão que peca interrompe a comunhão com Deus. Um filho que
desobedece a seus pais não deixa de ser seu filho, mas a alegria das relações
familiares está perdida. Não podemos esperar força ou alegria espirituais enquanto
nossa comunhão com o Pai celeste estiver interrompida.

Hebreus 12:5-11 Deus castiga nesta vida o crente que pecou, como um bom pai corrige
seu filho. Não é para nos condenar, pois nossos pecados foram expiados uma vez por
todas na cruz. Deus castiga para produzir em nossa vida o fruto da justiça. Lembremo-
nos no entanto, que nem todas as dificuldades da vida são necessariamente
conseqüência de um pecado pessoal. Pensemos nas provações de Jó.

2 Coríntios 5:9-10; 1 Coríntios 3:11-15; Lucas 19:11-27 O cristão receberá na vida futura
recompensas que dependerão do modo como tiver vivido depois que se tornou cristão.
Notemos a distinção, em Lucas, entre os cristãos (os servos) que recebem
recompensas e os que não são cristãos (os cidadãos, os inimigos) que são eliminados.

1 Coríntios 11:31-32 Quando nós, cristãos, pecamos, a comunhão com Deus pode ser
restabelecida. A primeira coisa que devemos fazer é reconhecer que erramos, que é
pecado o que fizemos. Se não o fizermos Deus nos castigará tão certamente como
Deus Pai é nosso Pai.

1 João 1:9 Depois de se examinar e de ter reconhecido que seu ato é um pecado, o crente
deve confessá-lo a Deus – não a um padre ou a qualquer outra pessoa, mas
diretamente a Deus. Ele é nosso Pai e podemos, a qualquer momento, chegar em Sua
presença pela oração. O pecado deve ser submetido à obra perfeita e completa de
Cristo. Então a nossa comunhão com Deus é restabelecida. Depois desta confissão o
caso está encerrado a menos que tenhamos causado mal a alguém com nosso
pecado. Então naturalmente devemos fazer a reparação necessária.

1 João 1:8 O processo de santificação é continuo até a morte. O cristão tem sempre novos
terrenos a conquistar pela graça de Deus, para Cristo.

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20. A SANTIFICAÇÃO (B)

A Bíblia ensina que existem muitas áreas que precisam ser trabalhadas até alcançarmos a
perfeição. Perfeição esta que tem como base o próprio caráter e pessoa de Deus.

Mateus 5:48 Enquanto houver em nossas vidas novos terrenos a conquistar para Cristo,
nossa ambição de cada instante não deve estar abaixo da ordem de Deus, que é a
perfeição.

Efésios 4:12-13; 2 Pedro 3:18 Para o cristão que pecou é muito reconfortante a certeza
que ele pode ter sua comunhão com Deus restaurada pela confissão e pelo
arrependimento. Mas a vida cristã deve ser muito mais que um continuo cair nos
mesmos pecados e ter de confessá-los sempre.

Romanos 6:1-19 Recebemos a graça de nossa justificação pela morte de Cristo; pela Sua
vida recebemos também o poder de não mais sermos escravos do pecado. Se nos
entregarmos sem reserva a Cristo, Ele fará com que a nossa vida produza muitos
frutos.

2 Coríntios 13:13 Vimos em nossos estudos sobre a "Nova Relação" com Deus que
estamos agora, como cristãos, numa relação pessoal com cada uma das três Pessoas
da Trindade. Esta relação nunca é automática nem essencialmente legal. Ela é pessoal
e vital. Deus Pai é meu Pai; eu estou unido e identificado ao Deus Filho; Deus Espírito
Santo permanece em mim. A Bíblia nos diz que esta tripla relação é um fato real, do
mesmo modo que declara que a justificação e o céu são realidades.

Já vimos que uma vez salvos estamos salvos para sempre. Muitos cristãos não têm essa
certeza porque nunca se apropriaram do que a Bíblia ensina a esse respeito, ou então
não confiaram em suas declarações apesar de as conhecerem muito bem.

É também possível ser cristão e não usufruir dessa relação vital com as três Pessoas da
Trindade na vida cristã. Em primeiro lugar devemos conhecer o fato de nosso
relacionamento com o Deus Triúno com a inteligência, em seguida aceitá-lo pela fé e
depois agir de acordo com essa realidade. Neste ponto do nosso estudo
recomendamos uma revisão dos três captulos sobre a "Nova Relação" com o Pai, com
o Filho e com o Espírito Santo.

Efésios 3:14-19; 2 Coríntios 12:9 Não é a minha fraqueza que conta mas a força do Deus
Triúno.

1 João 5:3-5 A vitória que vence o mundo é a nossa fé (isto não significa que o
fundamento seja a nossa fé; o único fundamento para a santificação como para a
justificação é a obra perfeita de Cristo). A Bíblia nos fala da realidade da justificação e
da realidade de nossa relação vital com a Trindade, mas nem para uma nem para outra
basta uma simples aceitação intelectual. Conhecendo os fatos, devemos repousar
sobre eles, pela fé. A justificação é um ato; nós nos entregamos a Cristo, nosso
Salvador uma vez por todas e Deus declara que estamos justificados para sempre. A
santificação é um "processo" que começa quando aceitamos a Cristo como Salvador e
que prossegue até a morte. Assim em nossa vida cotidiana de cristãos, em cada
instante devemos pela graça de Deus, repousar pela fé em nossa relação presente e
vital com as três Pessoas da Trindade. Tanto no que diz respeito à justificação como no

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que diz respeito à santificação devemos compreender que não podemos cumprir a lei
divina por nossas próprias forças. Devemos então para nossa justificação, confiar em
Cristo, nosso Salvador e, para nossa santificação, devemos nos apoiar, momento após
momento, na realidade de nossa relação presente e vital com Deus Pai, Deus Filho e
Deus Espírito Santo. A Bíblia nos diz que esta relação vital é um fato. Pela fé nós nos
apropriamos dessa realidade neste momento, e toda nossa vida é uma sucessão de
momentos. Assim, pela graça de Deus, "Seus mandamentos não são penosos".
Também pela graça de Deus podemos receber o poder espiritual, e então, o Senhor
será o objeto dos nossos louvores.

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21. A SANTIFICAÇÃO (C)

A Bíblia ensina que podemos crescer espiritualmente através do estudo da Bíblia, da


oração, do testemunho e da comunhão fraternal numa igreja.

1. Estudar a Bíblia
1 Pedro 2:2; João 17:17; Atos 20:32; Efésios 5:26; 2 Timóteo 2:15 O primeiro é o
estudo da Bíblia, que é a Palavra de Deus.

2.Orar
Filipenses 4:6; 1 Tessalonicenses 5:17 O segundo é a oração. Devemos criar o hábito
de orar:
a) a horas certas, como de manhã e à noite; ações de graças às refeições; e, de vez
em quando, dias inteiros consagrados à oração.
b) continuamente enquanto fazemos nossos trabalhos diários.

3. Testemunhar
Atos 1:8 O terceiro é o testemunho de Cristo. Esta ordem diz respeito a todos os cristãos.
Podemos fazer nossa parte, desempenhar nosso papel de testemunhas em qualquer
lugar onde o Senhor nos tenha colocado na vida.

4. Participar
Hebreus 10:24-25; Atos 2:46-47 O quarto é a freqüência regular a uma igreja que creia na
Bíblia. Como já vimos no estudo sobre "a comunhão fraternal dos cristãos", a igreja tem
que ser escolhida com muito cuidado. Qualquer igreja não serve. Deve ser uma
comunidade fiel à Palavra de Deus, que possua ortodoxia de doutrina e ortodoxia de
amor e solidariedade. Freqüentando regularmente uma igreja assim, teremos o
privilégio de participar da santa ceia.

É maravilhoso saber que somos justificados e que seremos acolhidos no céu. Mas nosso
desejo atual deve ser de glorificar a Trindade divina porque amamos o Pai, porque
amamos o Filho e porque amamos o Espírito Santo.

Por quê orar e não rezar?

A palavra grega utilizada para orar (por exemplo em 1 Tessalonicenses 5:17)

“Orai sem cessar”


“ajdialeivptw" proseuv c esqe ”

significa expressar um pedido ou fazer um pedido. Deus não espera algo repetitivo da
nossa parte (Mateus 6:7).

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22. A GLORIFICAÇÃO POR OCASIÃO DA MORTE

A Bíblia ensina que após o término desta vida, existe “um acerto de contas”. Como
podemos observar, as contas não são todas ajustadas nesta vida. A glorificação é o
resultado do acerto de contas dos filhos de Deus. Para o cristão, a morte não é uma
coisa terrível, pois ela nos introduz a um estado superior ao que temos agora.

Como já vimos, nossa salvação abrange o passado, o presente e o futuro! Se já aceitamos


a Cristo como Salvador, a justificação (declaração de Deus que nossa culpabilidade
está coberta) pertence ao passado. A santificação está em ação no presente. A
glorificação é o que acontece ao cristão na morte e após a morte.

2 Tessalonicenses 1:4-10 A Bíblia fala de uma coisa que todos podemos observar neste
mundo. É evidente que as contas não são ajustadas nesta vida. Os cristãos são muitas
vezes perseguidos, enquanto os maus parecem prosperar. Esta passagem das
Escrituras mostram que as desigualdades deste mundo são prova de que haverá um
julgamento justo por parte de Deus.

João 3:36 Quando aceitamos a Cristo como Salvador, recebemos a promessa de salvação
eterna que não termina com esta vida.

Salmo 23:6 A palavra "casa" tem aqui o sentido de família. Assim este versículo ensina
que depois de ter aceito a Cristo como Salvador, fazemos parte da família de Deus, por
toda a vida e por toda a eternidade. Para o cristão, morrer é como passar de um
cômodo para um outro da casa.

Eclesiastes 12:7 Notemos a distinção clara entre o corpo e a alma no momento da morte.
A morte física é a separação da alma e do corpo.

Lucas 23:39-43 Por ocasião da morte do cristão, seu corpo é colocado na sepultura mas
sua alma estará imediatamente com Cristo.

Atos 7:54-59 Quando o cristão morre, sua alma vai imediatamente à presença de Cristo.

2 Coríntios 5:6,8 Para o cristão, a morte não é uma coisa temível. Ela nos introduz a um
estado que é superior ao que temos agora.

Lucas 9:28-36 Moisés morreu e foi enterrado cerca de mil e quinhentos anos antes do
acontecimento descrito nesta passagem. No entanto os discípulos o reconheceram,
apesar de não o terem jamais visto, e pelo que sabemos, o corpo dele permanecia na
sepultura. Quando morremos, podemos esperar reconhecer nossos amados e outros
cristãos, mesmo que seus corpos ainda estejam na sepultura.

Atos 7:59-60 A alma de Estevão foi imediatamente à presença de Cristo, mas seu corpo
"adormeceu".

1 Tessalonicenses 4:13-14 Quando um cristão morre sua alma encontra-se


imediatamente com Cristo. A Bíblia diz que seu corpo adormece em Cristo. O Senhor
se interessa por nossos corpos tanto quanto por nossas almas.

54
23. A GLORIFICAÇÃO POR OCASIÃO DA RESSURREIÇÃO

A Bíblia ensina que Deus criou o ser humano para viver num corpo e não fora dele. Deus
dará corpos a todos os que já morreram. No entanto, os cristãos serão os primeiros a
receber os novos corpos. Estes serão corpos glorificados que nunca mais
experimentarão dor ou sofrimento.

Gênesis 2:7 Deus criou nosso corpo e nossa alma.

Gênesis 3:1-20 A queda no pecado afetou o homem como um todo, corpo e alma. Porque
o homem pecou, três mortes se abateram sobre ele. A morte espiritual, que é a
separação de Deus, sobreveio imediatamente. A morte física (biológica) que é o que
chamamos "morte". A morte eterna acontecerá no julgamento final. Quando aceitamos
a Cristo como Salvador, a primeira e a terceira morte deixam de ter poder sobre nós,
pois nossa comunhão com Deus foi restabelecida e nossos pecados expiados uma vez
por todas no Calvário. A segunda morte, isto é, a separação da alma e do corpo no
momento da morte física está diante de todos nós.

Romanos 8:23 Temos as "primícias do Espírito", mas a última etapa ainda está diante de
nós: a "redenção dos nossos corpos".

1 Coríntios 15:12-26 Assim como Cristo ressuscitou corporalmente dos mortos, assim os
corpos dos cristãos serão ressurretos. Quando isso se der, a nossa redenção e a nossa
salvação serão completas. Deus tinha criado o ser humano em sua totalidade, e foi em
sua totalidade que ele caiu. Ele será resgatado também em sua totalidade.

1 Coríntios 15:52-58; 1 Tessalonicenses 4:13-14 Os corpos dos cristãos que estão


falecidos (os que dormem) ressuscitarão dentre os mortos quando Cristo voltar.

1 Coríntios 15:51-52 ;1 Tessalonicenses 4:13-18 Estes versículos nos mostram que os


cristãos que estiverem vivos por ocasião da volta de Cristo não passarão pela morte.
Num piscar de olhos seus corpos serão transformados. Eles passarão imediatamente
desta vida à glorificação completa.

Filipenses 3:20-21; 1 João 3:2 Os corpos glorificados de todos os cristãos (quer tenham
morrido quer tenham sido transformados) serão semelhantes ao corpo glorificado de
Cristo após a Sua ressurreição.

João 20:26 Após a Sua ressurreição, Cristo pôde passar através de portas fechadas. Após
a nossa glorificação, nós também poderemos fazer o mesmo.

Lucas 24:36-43 Depois de Sua ressurreição Cristo pode comer, e Ele o fez. Após nossa
glorificação acontecerá o mesmo conosco.

João 20:27-28 O fim de cada um dos quatro Evangelhos e o começo de Atos nos fazem
saber que Cristo, depois de Sua ressurreição, possuia um corpo maravilhoso. Mas está
claro, por estes versículos e por outros, que Cristo não teve um corpo novo depois de
Sua ressurreição. Era o mesmo corpo que Ele tivera antes de Sua morte, e no qual Ele
morreu. Após nossa glorificação, teremos os mesmos corpos que agora, mas eles
serão glorificados. Serão corpos transformados, glorificados, mas serão os mesmos
corpos.

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24. O MUNDO E O POVO DE DEUS

A Bíblia ensina que o mundo, ao contrário do que se diz, não vai melhorar. A esperança do
cristão não está no aperfeiçoamento do mundo, mas sim no retorno de Cristo e na
criação de novos céus e nova terra.

Nos capítulos precedentes estudamos três grandes temas: "Deus", "As relações de Deus
com o homem", "A salvação". Terminaremos com dois pequenos estudos referentes às
coisas que hão de vir. É claro que a glorificação do cristão no momento de sua morte e
sua ressurreição, como já estudamos, são coisas que dizem respeito ao futuro.

Neste capitulo consideraremos o mundo e o povo de Deus.

Lucas 18:8; 17:26-30 O mundo não vai melhorar. A esperança do cristão não é um
aperfeiçoamento do mundo mas sim a volta de Cristo.

Atos 1:10,11; Marcos 13:26; 1 Coríntios 15:23; Filipenses 3:20-21; 1 Tessalonicenses


1:10; 2:19; 3:13; 4:14, 6,17; 2 Tessalonicenses 1:7; 1 Timóteo 6:14; Tito 2:12-13; 2
Pedro 3:3-14; Apocalipse 1:7-8 Todas estas passagens estabelecem claramente a
realidade da volta de Cristo.

Atos 1:6-9; Mateus 24:36; 25:13; Marcos 13:32-33; Lucas 12:35-40 O momento da volta
de Cristo não é mencionado. Em primeiro lugar, esses versículos nos ensinam a não
estabelecer data. Basta saber que Cristo voltará. Além disso eles declaram que Cristo
pode voltar a qualquer momento. O cristão deve esperá-lO constantemente. A ordem é
vigiar.

1 Tessalonicenses 3:13; 4:13-17 Os verdadeiros cristãos, aqueles que depositaram sua


fé em Cristo, seu Salvador, serão arrebatados ao encontro de Cristo nos ares, para
voltar em seguida com Ele. É nesse momento que os corpos dos cristãos ressuscitarão
dos mortos e os que estiverem vivos serão transformados num piscar de olhos.

Mateus 24:36-44; Lucas 17:26-30,34-36; Isaías 26:19-21 Noé foi colocado na arca ao
abrigo do perigo antes que o dilúvio viesse. Ló foi colocado em segurança antes da
destruição de Sodoma. Assim também parece que os verdadeiros cristãos serão
retirados do perigo antes que a cólera de Deus se derrame sobre o mundo. Alguns
cristãos estarão dormindo quando forem arrebatados, outros acordados, mas todos os
verdadeiros cristãos serão arrebatados. Os que não forem salvos serão deixados.

Mateus 25:1-13 O Senhor mostra nesta parábola que nem todos os que são membros de
igreja serão arrebatados. Os membros de igreja que não puseram sua fé pessoal em
Cristo seu Salvador, que não nasceram de novo, que não se tornaram morada do
Espírito Santo (desprovidos de óleo em suas lâmpadas) serão deixados.

2 Tessalonicenses 2:1-12; Apocalipse 13:1-18 Antes da volta de Cristo – volta visível e


gloriosa, com Seus santos – haverá um período de grande apostasia, durante o qual
um ditador, chamado o "Anticristo" governará o mundo. Ele será o oposto de Cristo e se
posicionará totalmente contra a Ele, sendo inteiramente submisso a Satanás, o
"dragão". Ele controlará a vida política e econômica e será adorado como se fosse
Deus.

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Jeremias 30:1-7; Apocalipse 7:4-8 Durante este período, Deus tratará de novo com os
judeus como uma nação. Eles estarão de volta à Palestina. O Anticristo os perseguirá e
esse será um "tempo de angústia para Jacó".

Apocalipse 6:1-17; 8:7-9; 11:13-14; 15:1 A cólera de Deus será derramada sobre a terra
durante este período.

Apocalipse 16:13-16; 19:11-21 Eis Cristo voltando em Sua glória. Ele arrasa as forças do
mundo reunidas e organizadas contra Ele pelo Anticristo e Satanás. É a batalha de
Armagedom. É muito mais que uma grande guerra entre nações; é o confronto final
entre as potências do mundo dominado por Satanás contra Cristo e os cristãos
glorificados.

Apocalipse 20:1-6; Romanos 8:19-23; Isaías 11:1-10 O diabo estará acorrentado no


abismo e Cristo reinará sobre a terra por mil anos. Os corpos de todos os verdadeiros
cristãos serão resgatados e glorificados. Então será retirada a maldição pronunciada
por Deus contra a terra (Gênesis 3:17-18) por causa do pecado do homem. Durante
esse período o mundo terá voltado ao seu estado normal tal qual Deus o fizera.

Apocalipse 20:6; Lucas 19:11-27 Cristo reinará com os cristãos, Seus servos, durante
este período de mil anos. Aparentemente nossa função durante esse tempo será
conforme à nossa fidelidade no momento atual.

Isaías 11:10-12:6; Jeremias 30:7-9; Zacarias 12:8-10; 13:6; 14:16-21; Romanos 11:25-
29 Quando Cristo vier em glória, os judeus O reconhecerão como o verdadeiro Messias
que Sua nação rejeitou; eles então crerão nEle.

Apocalipse 20:7-15 No fim do Milênio, Satanás será solto por pouco tempo. Haverá uma
revolta final contra Cristo. Será então o julgamento final dos perdidos.

Apocalipse 21:1-22:5 Haverá novos céus e nova terra e uma cidade celeste. Esta
passagem define com precisão as dimensões desta cidade, os materiais com os quais
ela é construída; os materiais de seus fundamentos, de suas portas e de suas ruas. É
uma realidade objetiva, eterna, que não terá fim.

Quando dez mil anos lá tivermos passado


Resplandecendo como o sol
Não haverá menos dias para louvar a Deus
Do que quando o fizemos pela primeira vez.

Do Hino “Amazing Grace” (A Eterna Graça)

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25. OS PERDIDOS

Estudamos a condição presente e futura dequeles que aceitaram o dom da salvação de


Deus, recebendo a Cristo como seu Salvador. Este último capítulo explica o que
acontecerá aos que rejeitaram o dom de Deus (os perdidos).

A Bíblia ensina que no grupo dos perdidos encontram-se:


Satanás: o maior inimigo de Deus
o Anticristo e o Falso Profeta: auxiliares principais de Satanás
anjos caídos: seguidores de Satanás
seres humanos perdidos: todos os que rejeitaram a Cristo, preferindo viver pelos
seus próprios padrões de moralidade e espiritualidade. A característica principal
deste grupo é a rebelião.
Todos eles serão destruídos mas não aniquilados. Sofrerão uma penalidade eterna.

Apocalipse 19:20 Esta é a descrição do fim do Anticristo e do falso profeta o qual arrastou
o mundo a adorá-lo.

Apocalipse 20:10; Isaías 14:9-17 Este é o fim de Satanás que foi criado como anjo,
Lúcifer, "astro brilhante, filho da aurora", e que se revoltou contra Deus.

Judas 6; 2 Pedro 2:4; 1 Coríntios 6:3; Mateus 8:28-29 Estas passagens descrevem o fim
dos anjos que seguiram a Satanás em sua revolta.

Romanos 2:5-6; 2 Tessalonicenses 1:4-9 Haverá o dia do julgamento para os homens


que seguiram Satanás na sua revolta.

Daniel 12:2; João 5:28-29; Atos 24:15 Haverá posteriormente uma ressurreição física dos
perdidos.

Apocalipse 20:5-6 A ressurreição física dos perdidos dar-se-á mil anos depois da
ressurreição física dos cristãos. Todos os cristãos ressuscitarão na primeira
ressurreição e não passarão pela "segunda morte" que é a condenação no dia do
julgamento final. Ou a pessoa nasce duas vezes (o nascimento natural e o novo
nascimento quando aceita Cristo como Salvador) ou ela tem que morrer duas vezes (a
morte natural e o julgamento eterno).

João 8:44; Mateus 25:41,46; Apocalipse 20:11-15 O destino final dos perdidos é o
mesmo do diabo e dos anjos que o seguiram. Assim como todo o ser (corpo e alma)
dos que colocaram sua fé em Cristo será resgatado, também todo o ser (corpo e alma)
dos que recusaram o dom da salvação de Deus sofrerão condenação. O inferno foi
preparado para o diabo e seus anjos e, em conseqüência, para os seus seguidores.

Mateus 3:12; 5:22; 8:12; 13:42,50; 22:13; 25:30; Marcos 9:43-48; Colossenses 3:6; 2
Pedro 2:17; 3:7; Apocalipse 19:20; 20:15 Por estes versículos e por muitos outros, a
Bíblia descreve esse lugar. Notemos o número de detalhes que foram dados pelo
próprio Cristo, Aquele que veio, que morreu, para que os homens pudessem escapar
da condenação aceitando-O como Salvador.

Lucas 12:48 Existem diferentes graus de julgamento.

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Mateus 18:8; 25:41,46; 2 Tessalonicenses 1:9; Judas 13; Apocalipse 20:10 No grego,
as mesmas palavras são usadas para descrever o estado eterno dos condenados e
dos resgatados: trata-se de um estado eterno.

Concluindo este estudo resumido, quais devem ser nossos sentimentos?

Romanos 5:8-9; Efésios 2:1-9; 1 Tessalonicenses 1:10 Se somos cristãos, devemos


nos lembrar que é desta perdição que fomos salvos pela morte de Cristo no Calvário.
Ele sofreu infinitamente para que nós não fôssemos separados de Deus por toda a
eternidade.

Mateus 28:19-20; Romanos 10:13-15; Apocalipse 22:17 Se formos cristãos,


esclarecidos por este estudo, devemos nos dedicar inteiramente à obra confiada por
Cristo à Igreja neste tempo: anunciar este Evangelho.

Mateus 11:28-30 Se algum leitor ainda não é cristão, se alguém que leu estes estudos e
não aceitou Cristo como Salvador, o Deus Triúno o convida agora a vir a Ele e a
receber o dom gratuito de Sua Salvação, a aceitar Cristo como seu Salvador.

João 3:36 Quem não for cristão, ouça uma vez mais que a cólera de Deus permanece
sobre aquele que se mantém rebelde contra o Filho. Mas este mesmo versículo diz, tão
claramente quanto é possível dizer com palavras humanas, que basta uma só coisa
para ter a vida eterna neste mesmo instante e por toda a eternidade.

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