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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Crime Preterdoloso���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Agravação pelo Resultado������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Requisitos do Crime Preterdoloso�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Princípio da Insignificância�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Tipicidade Formal x Tipicidade Material�����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Crime Preterdoloso
Agravação pelo Resultado
Art. 19 – Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao
menos culposamente.
O crime preterdoloso é espécie dos crimes qualificados pelo resultado (gênero).
Os crimes qualificados pelo resultado são aqueles em que o agente pratica uma conduta inicial simples
caracterizada como crime, contudo o resultado é superior àquela conduta inicial, seja por excesso nos meios
empregados, seja por uma nova conduta mais gravosa, de tal forma que a pena é maior (qualificada).
Assim, existem dois momentos deste tipo de crime, o antecedente e o consequente. O primeiro
realiza-se com uma conduta voluntária do agente seja dolosa, seja culposa (subjetivamente); e o
segundo, que é o resultado mais grave, pode ser produzido tanto de forma dolosa quanto culposa
(objetivamente). Acresce-se que estas condutas devem estar no mesmo nexo causal.
Existem quatro tipos de crime qualificados pelo resultado:
1) Dolo + Dolo: Exemplo: namorado inconformado que descobre que o feto é incesto, decide
espancar a namorada até causar-lhe o aborto;
Código Penal, Art. 129: “Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
§2º Se resulta: (...) V – aborto.” (Pena – reclusão, de dois a oito anos)
2) Culpa + Culpa: Exemplo: incêndio culposo que resulta em homicídio culposo das pessoas que
estavam no local;
Código Penal, Art. 258: “Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave,
a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de
culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena
cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.”
3) Culpa + Dolo: Exemplo: lesão corporal culposa de trânsito onde há omissão de socorro;
CTB, Art. 303: “Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor”
Parágrafo único: “Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do
§1º do art. 302.”
CTB, Art. 302, §1º, III: “deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente”
4) Dolo + Culpa: é o crime preterdoloso. Exemplo: o agente deseja torturar (Lei nº 9.455/97) o
michê que sua esposa estava saindo a fim de que ele confesse o adultério praticado, porém culpo-
samente se excede nos meios empregados e acaba matando-o.
Lei nº 9.455/97, Art. 1º, §3º: “Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão
de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.”
Observação: Os itens I, II e III são chamados crimes agravados pelo resultado, assim como o item IV,
mas somente essa última pode ser chamada de preterdoloso, ou seja, dolo na conduta antecedente e
culpa no consequente.

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Requisitos do Crime Preterdoloso


Como a conduta do “consequente” do crime preterdoloso é culposa, então todos os requisitos dos
crimes culposos caberão aqui.

Portanto, não se admite a tentativa nos crimes preterdolosos, já que esta é impossível. Isso acontece
porque se o resultado agravador não era o pretendido pelo agente, não será possível tentar produzi-lo.
Exercícios Comentados
01. Comprovado o animus laedendi na conduta do réu e a sua culpa no resultado mais grave, qual
seja, a morte da vítima, ainda que esse resultado seja previsível, restará configurado o delito
preterdoloso de lesão corporal seguida de morte.
Gabarito: Certo.
Comentário: O animus laedendi ou animus nocendi é a intensão de prejudicar, ferir, agredir
prevista no Art. 129 do Código Penal, a lesão corporal. O Código Penal pune o agente por aquilo
que ele queria fazer (elemento subjetivo). Assim, se o agente com intensão (dolo) de ferir vem a causar,
por culpa, a morte, deverá ele responder pelo crime de lesão corporal seguida de morte, que é um
crime preterdoloso ou preterintencional, pois o agente age com dolo na conduta antecedente e com
culpa na conduta consequente.
02. Considere que Antônio, com a intenção de provocar lesões corporais, tenha agredido José com
uma barra de ferro, sendo comprovado que José veio a falecer em consequência das lesões
provocadas pelo agressor. Nesse caso, Antônio responderá pelo delito de homicídio, ainda que
não tenha desejado a morte de José nem assumido o risco de produzi-la.
Gabarito: Errado.
Comentário: Estamos diante de uma lesão corporal seguida de morte, isso porque o Código
Penal leva em conta o elemento subjetivo do agente que causou o resultado e no caso concreto ele
tinha a intensão de lesionar e não matar. Contudo, o resultado do crime foi mais grave que o dolo
inicial e gerado por culpa do agente. Assim, temos dolo na conduta antecedente e culpa no conse-
quente, isto é, um crime preterdoloso previsto no Art. 129, §3º, CP: “Se resulta morte e as circuns-
tâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo”.
Princípio da Insignificância
Tipicidade Formal x Tipicidade Material
Princípio da insignificância: decorrente da intervenção mínima do Estado, pressupondo que
nem todas as condutas tipificadas como crime (formalmente) serão materialmente típicas, devendo
ser analisadas no caso em concreto se houve lesão expressiva a um bem jurídico relevante e se houve
um comportamento agressivo pelo agente.
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“A tipicidade penal não pode ser percebida como o trivial exercício da adequação do fato concreto à norma
abstrata. Além da correspondência formal, para a configuração da tipicidade, é necessária uma análise
materialmente valorativa das circunstâncias do caso concreto, no sentido de se verificar a ocorrência de
alguma lesão grave, contundente e penalmente relevante do bem jurídico tutelado. O princípio da insigni-
ficância reduz o âmbito de proibição aparente da tipicidade legal e, por consequência, torna atípico o fato
na seara penal, apesar de haver lesão a bem juridicamente tutelado pela norma penal.” (STF, HC 108946,
Rel. Min. Cármen Lúcia, 07/12/2011).
→→ Requisitos objetivos:
Mínima ofensividade da conduta do agente;
Ausência de periculosidade social da ação;
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
→→ Natureza jurídica: Causa supralegal de exclusão da tipicidade.
→→ Aplicabilidade: Qualquer delito que seja com ele compatível, sua maior incidência ocorre nos
crimes patrimoniais (furto). É inadmissível quando o crime acontecer com violência ou grave
ameaça à pessoa.
TABELA PRÁTICA:

Exercício comentada!
03. Na aplicação do princípio da insignificância, deve-se considerar o valor do objeto do crime e
desprezar os aspectos objetivos do fato, tidos como irrelevantes.
Gabarito: Errado
Comentário: A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando – se
todos os aspectos relevantes da conduta imputada: (a) a mínima ofensividade da conduta do agente,
(b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do compor-
tamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada (exemplo: o furto de algo de baixo valor).
Esses são os requisitos expressos dados para a validade do princípio da insignificância pelo STF.
Exercícios
01. Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual decorre um
resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado posterior, é necessário
que este seja previsível.
Certo ( ) Errado ( )
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02. Crime qualificado pelo resultado é o mesmo que crime preterdoloso.


Certo ( ) Errado ( )
03. Considere a seguinte situação hipotética. Alberto, pretendendo matar Bruno, desferiu contra
este um disparo de arma de fogo, atingindo-o em região letal. Bruno foi imediatamente socor-
rido e levado ao hospital. No segundo dia de internação, Bruno morreu queimado em decor-
rência de um incêndio que assolou o nosocômio. Nessa situação, configura um crime preter-
doloso ou preterintencional.
Certo ( ) Errado ( )
04. Admite-se a tentativa nos crimes preterdolosos.
Certo ( ) Errado ( )
05. Os critérios para a aplicação do princípio da insignificância descrevem-se pela mínima ofen-
sividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ação, reduzidíssimo grau de
reprovabilidade do comportamento e expressividade da lesão jurídica provocada.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Errado
04 - Errado
05 - Errado

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