Sei sulla pagina 1di 6

AlfaCon Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Direitos e Garantias Individuais e Coletivos����������������������������������������������������������������������������������������������������2
Direitos de Segurança – Garantias Individuais�������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Princípio da Razoável Duração do Processo – Celeridade Processual������������������������������������������������������������������2
Direito à Informação����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Publicidade dos Atos Processuais�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Extradição����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Inadmissibilidade das Provas Ilícitas�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
1
AlfaCon Concursos Públicos

Direitos e Garantias Individuais e Coletivos


Direitos de Segurança – Garantias Individuais
Princípio da Razoável Duração do Processo – Celeridade Processual
A EC 45/2004, inseriu o inciso LXXVIII no Art. 5º da CF, para o fim de assegurar a todos, tanto
no processo judicial e administrativo uma prestação estatal rápida e eficiente. Vejamos:
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do
processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Esta é a garantia da celeridade processual, contudo não existe um prazo predeterminado para
que os processos tenham um fim. Decorre do princípio da eficiência que obriga o Estado a prestar
assistência em tempo razoável. Celeridade quer dizer rapidez, mas uma rapidez com qualidade. É
um comando tanto para o juiz na condução do processo evitando medidas protelatórias (enrolação
do processo), como para o Legislativo, impondo-lhe um dever de melhorar a legislação vigente.
Após a inclusão deste dispositivo entre os direitos fundamentais, várias medidas para acelerar a
prestação jurisdicional foram adotadas, dentre as quais destacamos:
˃˃ Juizados Especiais;
˃˃ súmula vinculante;
˃˃ realização de inventários e partilhas por vias administrativas;
˃˃ informatização do processo.
Estas são algumas das medidas que foram adotadas para trazer mais celeridade ao processo.
Garantia aplicável ao inquérito policial.
Direito à Informação
O direito à informação é assegurado em dois momentos na Constituição, vejamos o primeiro:
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao
exercício profissional;
O acesso à informação é o direito de informar, de se informar e de ser informado.
Esse inciso tem dois desdobramentos: assegura o direito de acesso à informação (desde que esta
não fira outros direitos fundamentais, como, por exemplo, a intimidade) e resguarda os jornalistas,
possibilitando que estes obtenham informações sem terem que revelar sua fonte. Não há conflito,
todavia, com a vedação ao anonimato. Caso alguém seja lesado pela informação, o jornalista respon-
derá por isso.
Em um segundo momento, a CF prevê no inciso XXXIII o direito à informação, impondo neste
caso um dever aos órgãos públicos de prestar essas informações:
XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalva-
das aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. (grifo nosso)
Esse dispositivo apresenta o direito à informação, que deve ser conjugado com o PRINCÍPIO
DA PUBLICIDADE, que obriga a todos os órgãos e entidades da Administração Pública, direta e
indireta (incluindo empresas públicas e sociedades de economia mista), a dar conhecimento aos ad-
ministrados de informações de interesse particular, coletivo ou geral.
O princípio da publicidade evidencia-se, assim, na forma de uma obrigação de transparência.
Todavia, os órgãos públicos não precisam fornecer toda e qualquer informação de que disponham.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
2
AlfaCon Concursos Públicos

Aquelas informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado não devem
ser fornecidas.
E, ainda, é possível a manutenção de informações sigilosas no caso de defesa da privacidade.
As hipóteses do exercício do direito à informação e as suas restrições encontram-se regulamen-
tadas na Lei 12.527/2011.
Publicidade dos Atos Processuais
Em regra, os atos processuais são públicos. Esta publicidade visa garantir maior transparên-
cia aos atos administrativos bem como permite a fiscalização popular. Além disso, atos públicos
possibilitam um exercício efetivo do contraditório e da ampla defesa. Entretanto, esta publicidade
comporta algumas exceções:
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;
Nos casos em que a intimidade ou o interesse social exigirem, a publicidade poderá ser restrin-
gida apenas aos interessados. Imaginemos uma audiência em que estejam envolvidas crianças, neste
caso, como forma de preservação da intimidade, o juiz poderá restringir a participação na audiência
apenas aos membros da família e demais interessados.
Extradição
A extradição permite que determinada pessoa seja entregue a outro país para que seja responsa-
bilizada pelo cometimento de algum crime, com a aplicação das leis daquele Estado. É uma medida
de cooperação internacional. Existem duas formas de extradição:
˃˃ Extradição Ativa – ocorre quando o Brasil pede para outro país a entrega de alguém para ser
aqui julgado pelas normas brasileiras. Não precisa do STF.
˃˃ Extradição Passiva – quando algum país pede para o Brasil a extradição de alguém.
»» Extradição instrutória: quando existe procedimento persecutório, com ordem de prisão
emanada.
»» Extradição executória: quando já há sentença penal condenatória.
A Constituição Federal preocupou-se em regular a extradição passiva por meios dos incisos LI e
LII do Art. 5º, conforme se depreende a leitura abaixo:
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei;
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
˃˃ De acordo com a inteligência desses dispositivos, três regras podem ser adotadas em relação à
extradição passiva:
»» Brasileiro Nato – nunca será extraditado.
»» Brasileiro Naturalizado – será extraditado em duas hipóteses:
• crime comum cometido antes da naturalização;
• comprovado envolvimento com o tráfico ilícito de drogas, antes ou depois da naturalização.
»» Estrangeiro – poderá ser extraditado, SALVO em dois casos:
• crime político;
• crime de opinião.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
3
AlfaCon Concursos Públicos

Procedimento: regulamentada pela Lei de Migração 13.445/2017 (Art. 89).


O pedido de extradição se inicia com o requerimento do Estado estrangeiro, que deverá ser
recebido pelo órgão competente do Poder Executivo e, após exame da presença dos pressupostos
formais de admissibilidade exigidos nesta Lei ou em tratado, encaminhado à autoridade judiciária
competente, ou seja, especificamente ao Supremo Tribunal Federal (102, I, g), que deverá se pronun-
ciar pela legalidade e procedência do pedido.
Se o pedido for julgado procedente, a entrega do extraditando dependerá de ato discricionário do
Presidente da República (Art. 84, VII).
A extradição, contudo, depende de o Estado requerente assumir o compromisso de comutar as
penas, substituindo, se for o caso, quando a pena aplicável ao extraditando for uma das penas proibi-
das no Brasil. Por exemplo, se houver a possibilidade do extraditando ser condenado a pena de morte
no país requerente e não for a hipótese autorizada pela nossa Constituição (guerra declarada) o país
solicitante deverá substituir a pena de morte por privativa de liberdade. Ou se a pena for de prisão
perpétua, deverá reduzir para o limite máximo de prisão no Brasil, que é de 30 anos.
Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho
brasileiro.
[Súmula 421.]
Não se deve confundir Extradição com a Expulsão, com a deportação, nem com a entrega (sur-
render).
˃˃ EXPULSÃO: a expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de
migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por
prazo determinado.
»» Não se realiza a expulsão se o expulsando:
• tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva
ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela;
• tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma, reconhecido
judicial ou legalmente;
• tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então no País;
• for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10 (dez) anos, consi-
derados a gravidade e o fundamento da expulsão.
˃˃ D
EPORTAÇÃO: a deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que
consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em
território nacional.
˃˃ E
NTREGA (surrender): é a entrega de cidadão brasileiro para ser julgado pelo Tribunal Penal
Internacional.
Demais detalhes a respeito da extradição serão analisados na matéria de legislação especial.
Inadmissibilidade das Provas Ilícitas
A CF assegura, no processo, a inadmissibilidade de uso de provas ilícitas. Vejamos o inciso LVI
do Art. 5º:
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Para sabermos o que é uma prova ilícita, temos que fazer a diferença entre prova ilegal, prova
ilegítima e prova ilícita.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
4
AlfaCon Concursos Públicos

Provas ilegais são gênero, que tem como espécies as provas ilícitas e as provas ilegítimas.
A prova ilícita é aquela obtida por meio da violação da CF ou de normas de direito material. Por
exemplo: a CF assegura a inviolabilidade das comunicações telefônicas, entendendo que essas co-
municações são sigilosas, contudo é possível ocorrer a quebra desse sigilo por meio de uma decisão
judicial. Caso alguém viole as comunicações telefônicas (grampeie o telefone) de alguém sem auto-
rização judicial, as gravações obtidas ali não poderão ser usadas em nenhum processo, pois foram
obtidas de forma ilícita.
A prova ilícita contamina todas as demais provas decorrentes dela, esse é o efeito da chamada
Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (fruits of the poisonous tree). Segundo essa teoria, se a
árvore está envenenada, os frutos também o serão, significa dizer que se uma prova foi produzida de
forma ilícita, as demais provas dela decorrentes também serão ilícitas (ilicitude por derivação).
Outro aspecto relevante é o de que a simples presença da prova ilícita não torna nulo ou invalida
todo o processo, mas apenas aquelas provas decorrentes da prova ilícita, que não poderão ser usadas
no processo.
As questões envolvendo o conhecimento dessa norma constitucional geralmente encontram-se
relacionadas com as provas decorrentes das violações dos direitos à privacidade: sigilo das comuni-
cações e inviolabilidade domiciliar.
A prova ilegítima é aquela decorrente da violação de um direito processual. Por exemplo:
produzir no processo uma prova fora do prazo, essa prova será ilegítima, e não ilícita.
A prova ilícita é inadmissível tanto no processo judicial quanto no processo administrativo.
Exercícios
01. No âmbito judicial e administrativo, a todos são assegurados a razoável duração do processo
e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, previsão essa caracterizada como
direito fundamental no Pacto de San José da Costa Rica e instituída na CF por emenda consti-
tucional.
Certo ( ) Errado ( )
02. O princípio da razoável duração do processo e dos meios que garantam a celeridade de sua tra-
mitação não alcança o inquérito policial em razão das peculiaridades que envolvem o trabalho
investigativo.
Certo ( ) Errado ( )
03. O direito fundamental à razoável duração do processo só pode ser exigido no âmbito judicial.
Certo ( ) Errado ( )
04. Segundo o disposto expressamente na Constituição Federal, o acesso à informação é assegura-
do a todos que tenham interesse direto e pessoal na informação, vedado o sigilo da fonte.
Certo ( ) Errado ( )
05. Conforme o que estabelece expressamente a Constituição Federal, todos têm direito a receber
dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral,
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Certo ( ) Errado ( )
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
5
AlfaCon Concursos Públicos

06. Situação hipotética: Em 2010, João foi naturalizado brasileiro e, em 2012, se envolveu em
tráfico ilícito internacional de entorpecentes. Devido a essa infração penal, determinado país
requereu a sua extradição. Assertiva: Nessa situação, o pedido deverá ser negado, uma vez que
a CF veda a extradição de brasileiro.
Certo ( ) Errado ( )
07. É permitida a extradição do brasileiro naturalizado que pratique, após a naturalização, crime
comum ou crime de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.
Certo ( ) Errado ( )
08. São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Elas são nulas e conta-
minam as demais provas delas decorrentes, de acordo com a teoria dos frutos da árvore enve-
nenada, não tendo, porém, o condão de anular o processo, permanecendo válidas as demais
provas lícitas e autônomas.
Certo ( ) Errado ( )
09. As provas obtidas por meios ilícitos poderão ser admitidas no processo, quando ficar devida-
mente comprovada a dificuldade em obtê-las.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Certo
02 - Errado
03 - Errado
04 - Errado
05 - Certo
06 - Errado
07 - Errado
08 - Certo
09 - Errado

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
6

Potrebbero piacerti anche