Sei sulla pagina 1di 14

Orientação Bíblica Para os Pais

Igreja Missionária Unida


Campinas e Hortolândia

Página 0
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE DISCIPLINA

Uma Grande Responsabilidade

Como pais, temos recebido de Deus a grande responsabilidade de amar,


proteger, treinar e disciplinar nossos filhos, preparando-os para a vida. Conforme o
Salmo 127.3-4, “Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre seu galardão. Como
flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade.” Este texto nos sugere um
ótimo recurso visual para compreendermos nossa tarefa.
Para atingir o alvo, a flecha precisa ser apontada ou dirigida de maneira correta.
Além disso, seu lançamento requer um arco que lhe proporcione velocidade e força. O
arco deve ser dobrado e posto em sujeição, para que se aponte a flecha corretamente
(figura 1). Quanto mais flexível ele for, mais longe a flecha será lançada. Da mesma
forma, os pais devem trazer seus filhos em sujeição apropriada e cuidadosa, para que
eles sejam corretamente apontados ou dirigidos para o alvo de suas vidas.

Direcionando os Filhos

Figura 1

Devido à natureza pecaminosa com que todos nós nascemos, desde cedo a criança tem
uma inclinação para praticar o mal (Salmo 51.5; Provérbios 22.15). Por outro lado, Deus
tem um plano perfeito para cada pessoa, elaborado antes mesmo do seu nascimento
(Salmo 39.13-16). Contudo, Ele nos deu a liberdade de escolha entre o bem e o mal.
Por essa razão é que somos exortados constantemente na Bíblia para fazermos a
escolha certa (Romanos 12.9, 21).
A criança nasce com desejos bastante egoístas e busca apenas a satisfação de sua
própria vontade. Quando seus desejos não são satisfeitos, ela reage com indignação e
ataques de raiva. No seu interior existe um conflito, porque ela ainda não foi despertada

Página 1
para os valores espirituais. Como seria a vida de um adolescente ou adulto, em quem
permanecessem esses desejos egocêntricos naturais?
Muitos pais não compreendem o tremendo impacto que o seu ensino ou sua negligência
causa na vida de seus filhos, durante os seus primeiros anos (figura 2). As áreas do
desenvolvimento da criança que afetam 80% de seu caráter e de sua capacidade
intelectual, já estão determinadas quando ela atinge os oito anos de idade.

Página 2
O NECESSÁRIO PARA CRIAR UM FILHO
Os Primeiros Oito Anos de Vida

Características Treinamento Vida no lar


físicas e de Aceitação ou durante os com os irmãos
temperamento rejeição pelos primeiros oito e o exemplo
herdadas pais anos de vida dos pais

Aproximadamente 80% do caráter e da capacidade intelectual

Os Anos Restantes

Experiências da
Educação e vida Auto-aceitação
habilidades (agradáveis, ou rejeição
aprendidas traumáticas ou
frustrantes)

Instrução Alvos
moral, religiosa motivantes Conduta
e de caráter (+ ação do pessoal
Espírito Santo
no crente)

Somente uma experiência de genuína conversão, seguida de crescimento espiritual


e da vida controlada por Cristo, pode alterar a conduta pessoal de modo
significativo mais tarde na vida.

Figura 2

Página 3
Uma Educação Que Ensina Totalmente a Criança

Todos nós já temos sido surpreendidos com alguma travessura dos nossos filhos,
quando tentavam imitar-nos em alguma área do nosso comportamento. Isso nos leva a
entender que as nossas palavras não são o único meio pelo qual os ensinamos. Aliás,
precisamos entender corretamente o que significa ensinar. O texto de Provérbios 22.6
nos auxilia nesta tarefa.

 Ensina – a palavra hebraica usada está relacionada ao interior da boca – as


gengivas e o céu da boca – referindo-se ao freio colocado na boca de um cavalo
para domá-lo e sujeitá-lo (Tiago 3.3). A criança precisa ser treinada ou trazida em
sujeição, para que sua inclinação egoísta seja mudada e ela aprenda a obedecer.
 A criança – a mesma palavra é empregada em várias partes da Bíblia,
referindo-se ao filho em diversas fases de idade. Por sua amplitude, o termo
hebraico para “criança” abrange desde o nascimento até a idade em que o filho
deixa o lar paterno para se casar.
I Samuel 4.21 – refere-se ao menino recém-nascido
Gênesis 21.14 – refere-se ao menino Ismael aos quinze anos de idade
Gênesis 37.30 – refere-se ao jovem José aos dezessete anos de idade
Gênesis 34.5 – refere-se à filha de Jacó que já tinha idade para se casar
 No caminho em que deve andar – significa literalmente “de acordo com
seu caminho” ou “conforme a maneira em que foi feito por Deus”. Não é o
caminho que os pais têm projetado para a criança, mas sim, aquele que foi
projetado por Deus (Efésios 6.4).
 E ainda quando for velho – não se refere ao idoso de 60 ou 70 anos, mas
sim, ao rapaz quando começa a atingir a maturidade.
 Não se desviará dele – encerra uma tremenda promessa. Deus promete
que a criança não se desviará da criação recebida dos pais, se estes fizerem o que
é requerido pelo Senhor.

Muitos pais podem argumentar que isto não ocorreu com eles, apesar da boa educação
que deram a seus filhos. Será que Deus deixou de cumprir sua promessa? Certamente
não! Examinando alguns princípios básicos podemos compreender onde o processo
falhou. É preciso mais do que dar um bom exemplo aos filhos e levá-los para a igreja
semanalmente. Também não é suficiente amá-los e lhes prover um sustento adequado.
Alguns pais formidáveis, nunca chegam a ensinar seus filhos a obedecerem. O resultado
desta falta é trágico (Provérbios 29.15; 17.25). Os filhos têm que ser ensinados a
obedecer a seus pais, para que aprendam a obedecer a Deus.
Um dos pré-requisitos de Deus é treinar os filhos a serem obedientes (figura 3). Quando
deixamos de fazer isso, já não podemos esperar que Ele cumpra sua promessa. Alguns
pais deixam de ensinar seus filhos a serem submissos, enquanto outros fracassam em

Página 4
sua missão por terem abandonado a instrução muito cedo ou por terem começado tarde
demais.

Os Pré-requisitos de Deus A Promessa de Deus


1. Ensine seu filho a ser submisso.

2. Ensine-o a ser obediente.

3. Oriente-o a rejeitar o mal e a Se satisfizermos os pré-


buscar a Jesus Cristo. requisitos de Deus, nossos filhos
não abandonarão a nossa educação
4. Eduque-o conforme a maneira quando chegarem à maturidade.
em que Deus o criou.

5. Eduque-o desde o berço visando


o dia em que ele deixará o lar.
Figura 3

Ensinar a obediência é mais do que dar instruções verbais. É instruir e insistir na


conformidade por parte do filho. Muitas vezes dizemos a nossos filhos o que esperamos
que eles façam, mas deixamos de insistir com eles para que o façam. Uma educação
eficaz pode ser resumida na seguinte fórmula:

Instrução + Amor + Insistência = Educação Eficaz

A instrução é a ênfase principal das Escrituras na transferência da verdade à criança. Há


duas maneiras básicas de se instruir uma criança: a primeira pelo exemplo pessoal e a
segunda pelo ensino específico de uma verdade. Ser um exemplo implica em que os
pais tenham aplicado em suas vidas os princípios básicos, e instruir pressupõe que eles
têm um assunto específico para comunicar à criança.
Por outro lado, o aprendizado ocorre por meio de dois modos principais: através do
conselho e da experiência. Estas vias alcançam plenamente os três níveis do
treinamento disciplinar dos nossos filhos. São eles: (1) Instrução, (2) Admoestação e (3)
Correção. A figura 4 descreve este processo.

Página 5
DOIS MODOS DE
OS TRÊS NÍVEIS DO TREINAMENTO DISCIPLINAR
APRENDER

Instrução
Deuteronômio 6.6, 7; Provérbios 1.8; 4.1, 2

Admoestação Conselho
(Censura Verbal)
Provérbios 10.17; 12.1; 15.31, 32
O propósito principal da admoestação é tornar clara e enfatizar mais a
instrução já dada.

Correção
(Correção Com a Vara)
Às vezes meras palavras não são suficientes – é preciso correção física, pois Experiência
as palavras não são atendidas (Provérbios 29.19).
Graves conseqüências resultam da transgressão das leis de Deus, quando
os níveis anteriores são rejeitados (Provérbios 15.10; 22.15; 23.13, 14;
26.3).

Figura 4

Diferença Entre Castigo e Disciplina

O ponto de partida para a disciplina correta é compreender o que significa realmente


disciplinar. Em lugar de ser apenas castigo, a disciplina precisa atingir os três níveis do
treinamento dos nossos filhos:
 Instrução – implica em fornecer diretrizes e dizer à criança como fazer algo
corretamente. Requer orientação e acompanhamento enquanto ela aprende.
 Admoestação – tem o propósito principal de tornar clara e enfatizar a
instrução já dada, implicando também na censura ou repreensão verbal
quando a instrução não é seguida pela criança.
 Correção – implica no uso da vara como instrumento disciplinar. É a
aplicação de medidas apropriadas quando a criança desobedece, depois de
ela ter compreendido e ser capaz de desempenhar.
Nossa fidelidade ao padrão estabelecido por Deus para a disciplina dos filhos, vai
assegurar a sua obediência e conduta adequada quando não estiverem sob nossas
vistas. Isto porque, em certo sentido, a disciplina é um discipulado que desenvolvemos
com eles.
Entender a diferença entre disciplina e castigo é fundamental para o nosso próprio
controle ao corrigirmos nossos filhos. Castigo implica em ferir alguém em retribuição ou
revidar uma ofensa. Geralmente castigamos para satisfazer a ira ou os requisitos do

Página 6
sistema legal de nossa sociedade. Isso é feito por nossa causa e não por causa do
malfeitor.
Ao contrário disso, a disciplina é aplicada por causa da criança, para ajudá-la a melhorar
ou aprender uma lição que fará dela uma pessoa melhor. É a idéia de desenvolver no
íntimo da criança a obediência, o respeito e a responsabilidade (figura 5).

CASTIGO DISCIPLINA

Propósito Infligir uma pena por causa Treinar para a correção e


de uma ofensa maturidade

Foco Erros anteriores Atos corretos no futuro

Atitude Hostilidade e frustração por Amor e preocupação por


parte dos pais parte dos pais

Emoção resultante Medo e culpa Segurança


na criança
Figura 5

A disciplina é um processo a longo prazo. É preciso esforço e concentração durante


bastante tempo. Implica em perseverança e consistência por parte do pai e da mãe. A
consistência pode ser definida como “conformidade a uma prática anterior;
comportamento previsível dos pais em determinada situação”. O oposto disso, é
disciplinar por causa de um mau comportamento em algumas ocasiões e ignorar o
mesmo erro outras vezes.

Passos Básicos Para a Correção

A criança que aprende a se submeter à liderança amorosa de seus pais, irá no futuro se
submeter a outros níveis de autoridade com os quais se defrontará. A falta de respeito
pela liderança produz rebeldia e confusão. Porém, o mais importante é que a criança
aprenderá a se submeter à direção amorosa do Pai Celestial.
A correção é responsabilidade dos pais, mas Deus é a autoridade máxima. É importante
que a criança entenda isso, o que ocorrerá se os pais aplicarem os princípios divinos
para a disciplina. Se a criança sentir que o pai é a autoridade máxima e perceber que
pode enganá-lo, sempre terá esperança de escapar da correção pelos erros cometidos.
Antes de corrigir, os pais devem avaliar o motivo da correção com base nos três objetivos
fundamentais de Deus, que devem ser alcançados na formação do caráter da criança (figura 6).

OBJETIVOS BENEFÍCIO FUNDAMENTAL E PRINCIPAL

Página 7
Obediência Liberdade
A criança está sendo desobediente A liberdade é formada na criança à medida que
à instrução recebida? Está sendo ela aprende a reagir positivamente à autoridade.
infantil ou rebelde? (Colossenses
3.20) Dobre a vontade da criança sem dobrar seu
espírito. Esse é um passo básico na preparação
da criança para submeter-se à autoridade de
Deus quando crescer.

Respeito Relacionamento Com os Outros


A conduta dela está violando o A capacidade dela de relacionar-se com outros e
direito de outras pessoas? Sua o êxito de suas futuras relações interpessoais,
atitude é de ingratidão ou estão diretamente ligados ao seu respeito pelos
desconsideração pelo valor de outros.
outros? (Êxodo 20.12)

Responsabilidade Segurança
As responsabilidades e tarefas A irresponsabilidade produz insegurança. A
estão sendo cumpridas? Motivei futura estabilidade da criança depende da
meu filho a fazer o trabalho, formação de capacidades básicas e realizações,
juntando-me a ele inicialmente relacionadas com a vida prática. Os pais devem
(tornando-o agradável) ser capazes de antever esta realização.
capacitando-o a sentir que realizou
alguma coisa por Ter levado a
tarefa até o fim? (Lamentações
3.27)

Figura 6

Quanto ao tempo em que se deve iniciar, a correção começa quando a criança principia
a resistir à vontade dos pais. Geralmente acontece quando a criança começa a
engatinhar e alcança coisas que são valiosas ou perigosas para ela (louça, aparelhos
eletrônicos, tomadas e fios, etc.). Cada criança é diferente em sua personalidade e
temperamento.
Quando o pai está em casa é ele quem deve administrar a correção. Se a desobediência
foi uma transgressão do sistema familiar estabelecido por ele, ainda que não estivesse
em casa no momento da desobediência, a correção deve ser ministrada por ele mesmo.
Quando o pai está fora, a responsabilidade da correção é delegada à mãe. Além disso,
se a desobediência estiver diretamente relacionada a alguma instrução dada pela mãe,
é ela mesma quem deve corrigir a criança, mesmo que o pai esteja em casa.
O pai e a mãe devem sempre apoiar a correção um do outro. Qualquer desacordo que
haja deve ser discutido mais tarde, em particular. A não observação desse princípio,
permitirá que a criança os manipule e jogue um contra o outro. É importante que cada

Página 8
um dos pais ensine a criança a atender o outro, não permitindo qualquer atitude
negativa contra o outro.
Muitas vezes os pais não corrigem a criança que desobedece intencionalmente, porque
ela pede desculpas no momento em que é apanhada. Desculpar-se não passa de um
artifício para escapar da responsabilidade da desobediência. Em Hebreus 10.26 e 2
Samuel 24, esta atitude é refutada.
Quando a correção deixa de produzir atitudes certas na criança, provavelmente ela deve
ter outras necessidades básicas não satisfeitas além da correção. Por exemplo, a
necessidade de ser aceita pelos pais é mais básica do que a necessidade de correção.
Se não recebe a devida atenção de seus pais, a não ser quando procede de maneira
errada, inconscientemente a criança poderá sentir que vale a pena fazer travessuras,
apesar do castigo.
Diante da atitude suplicante da criança ao ser levada para a correção, muitos pais têm a
tendência de não prosseguir em seu objetivo. Se de fato amam seu filho, os pais
precisam entender que seu interesse maior deve ser a formação de princípios básicos e
qualidades essenciais nele, para o seu próprio bem. A criança, por sua vez, precisa
entender que a correção é o meio essencial pelo qual essas qualidades serão formadas.
Além disso, para que a correção seja adequada e produza os resultados almejados, é
importante observar também os seguintes conselhos práticos:
1. Não constranja nem corrija seu filho na frente de outras pessoas. Isso faria a
criança ficar mais preocupada com sua imagem perante os outros do que com a
necessidade de obediência. Além do mais, poderá provocar barreiras, frustração e
ressentimentos (Mateus 18.15).
2. Mostre-lhe claramente a sua responsabilidade pela falta cometida. Isto deve ser
feito com uma atitude que demonstre um senso de justiça da parte dos pais e
não em tom acusativo. Procure fazer com que a criança fale qual deveria ter sido
o seu comportamento correto. O problema da mentira geralmente começa
quando os pais permitem que a criança escape da responsabilidade de responder
por sua má conduta.
3. Use um objeto neutro para a correção física. Nunca deixe a impressão de que a
criança é muito grande para ser corrigida fisicamente. A Bíblia enfatiza o uso da
vara para a correção; não use a mão para essa finalidade (Provérbios 29.15).
4. Aplique a correção até a vontade da criança ser quebrada. Se os pais deixam de
fazer isso, estão levando seu filho a pensar que pode ter tudo aquilo que desejar.
A correção faz com que ele volte à realidade e desenvolve o senso de
responsabilidade pela própria conduta (Provérbios 20.30; 22.15).
5. Console a criança depois da correção. É importante que os pais reafirmem seu
amor a ela com atenção, carinho e conversação. A criança não deve ser banida
da presença dos pais depois da correção, para que não se comunique a idéia de
rejeição. A pessoa que corrigiu deve ser a primeira a consolar.

Página 9
6. Ajude-a no caso de ser necessário pedir desculpas ou retratar-se. Se outras
pessoas foram ofendidas, explique-lhes a necessidade de permitirem a
confrontação e o acerto por parte da criança. Isso possibilitará que a correção
produza também o senso de responsabilidade por seus atos e uma consciência
limpa.
7. Avalie sua atitude pessoal ao corrigir e a reação de seu filho à correção recebida.
A criança é muito sensível à sinceridade, coerência e justiça. Se os pais erraram
acusando-a injustamente, demonstrando raiva ou rejeitando-a como pessoa, em
lugar de rejeitar sua má conduta, eles precisam procurar a criança mais tarde,
quando as emoções da correção tiverem passado, para pedir seu perdão.

Evitando a Luta Pelo Poder

Quando a criança age com desobediência obstinada e com vontade forte, o conflito com
os pais pode transformar-se em “luta pelo poder”, a menos que os pais não o permitam.
A luta pelo poder ocorre quando a criança desafia a autoridade dos pais, recusando-se a
cumprir uma ordem ou regra estabelecida.
Nessas circunstancias, embora forcemos o comportamento certo da criança, ela já
aprendeu a manipular nossos sentimentos até o ponto da ira, do medo ou da
frustração. Para a criança isso representa uma vitória, porque ela conseguiu nos fazer
perder a calma. Há três formas principais de identificarmos se estamos numa luta pelo
poder:
 Nossa atitude – sempre que nos sentimos zangados ou frustrados, estamos
numa luta pelo poder, não importa o que façamos.
 Tom de voz – ainda que nos convençamos de que nossa atitude está correta
e nossos motivos são puros, quando estamos irados nosso tom de voz nos
trairá.
 Reações do filho – quando a criança se mostra teimosa ou negativa durante
algum tempo, estamos envolvidos numa luta pelo poder.
Podemos evitar a luta pelo, poder quando compreendemos que não precisamos provar
nossa autoridade, mas apenas exercê-la. Fazemos isso disciplinado corretamente, sem
ficarmos perturbados ou zangados.
Alcançamos segurança, sabendo que Deus nos deu autoridade como pais, e que nossos
filhos não podem tirá-la de nós. Portanto, não devemos nos sentir ameaçados. Podemos
exercer nossa autoridade com liberdade, confiança e calma.
Não devemos nos sentir obrigados a justificar nossas regras, embora devamos explicá-
las com clareza. À medida que os filhos crescem, muitas regras podem ser sujeitas a
debate e relaxamento. As poucas regras dais quais fazemos questão absoluta devem ser
mantidas e observadas, não importando como ajam outros pais nas mesmas
circunstancias. Os filhos devem assumir responsabilidade por suas decisões, assim que
se mostrem capazes disso.

Página 10
Métodos Disciplinares

Diversos métodos disciplinares podem ser empregados nos vários estágios do


desenvolvimento de nossos filhos. Para disciplinarem de uma maneira criativa, os pais
devem selecionar o método apropriado para cada ocasião. Vamos examinar os
seguintes:
1. Privar a criança de algo muito importante para ela. Significa tirar-lhe algum
privilegio ou proibi-la de fazer algo que lhe seja especialmente agradável. Ao
aplicar esta medida é importante certificar-se de que a criança já estava avisada
das conseqüências de sua desobediência.
2. Isolar a criança de seus amigos ou deixá-la em seu quarto. Esta situação
deverá ter um tempo determinado, uma vez que o objetivo é fazer com que ela
mude seu comportamento ao relacionar-se com outros, ou reflita melhor sobre as
conseqüências de suas ações. É preciso comunicar-lhe o porquê está sendo
tratada desta maneira.
3. Deixar que a criança sofra as conseqüências naturais de suas ações. Isso
não deve ser feito quando houver possibilidade de dano físico ou grave à criança
– os pais devem avaliar o potencial de perigo em cada situação. Sofrer
conseqüências desagradáveis pode surtir mais efeito do que as broncas que a
criança não atende.
4. Dar uma surra adequada. Ela deve ser reservada para a desobediência
proposital e desafiadora, ou para ocasiões em que outros métodos não surtiram o
efeito desejado. A correção física não é apropriada quando se deseja ensinar
responsabilidade à criança. Além disso, ela nunca deve ser administrada no auge
da ira gerada pela desobediência, para que não seja exagerada (Provérbios
19.18). É fundamental que a criança saiba por que está apanhando.

A Vara da Disciplina

Todo processo disciplinar é doloroso (Hebreus 12.11). Entretanto, a Bíblia nos oferece
instrução suficiente sobre como aplicar a correção física aos nossos filhos. O
instrumento constantemente mencionado para esta correção é a “vara” (Provérbios
13.24; 22.15; 23.13-14; 29.15). Da mesma forma, o lugar mais apropriado para aplicar
a vara é mencionado com freqüência (Provérbios 10.13; 19.29; 26.3 -- costas =
“nádegas”).
A mão está relacionada à demonstração de acolhimento e afeto por parte dos pais,
sendo também um instrumento para abençoar. As crianças aprendem a respeitar a vara,
que é empunhada pelos pais, sem sentirem-se ameaçadas pela mão estendida para
elas. Além disso, até que a vara seja localizada (o que pode muito bem ser feito pela
própria criança), os pais têm a oportunidade de se posicionarem corretamente com
relação à sua ira. Esta é igualmente mencionada com freqüência na Bíblia (Provérbios
14.7, 29; 22.24; 29.11, 22).

Página 11
O livro de Provérbios é uma fonte preciosa de ensinamento e conselhos aos pais, se é
que desejam educar seus filhos de maneira sábia e eficaz. Mas apenas saber o que
Deus diz a respeito da disciplina dos filhos não é suficiente. É necessário colocar em
prática estes princípios, para que sua eficácia seja um benefício eterno na vida dos
filhos (Provérbios 13.18).

Conclusão

Um detalhe importante precisa ser enfatizado: “a obediência sempre começa com a


comunicação; isso é fundamental para a disciplina eficaz”. Ao considerar a comunicação,
devemos pensar nas palavras que empregamos. Comunicação não é dizer o que eu
entendo, mas afirmar fatos de uma maneira que a outra pessoa entenda o que
eu quero dizer! Certamente, isso dá trabalho (Provérbios 16.23).
 Fique perto da criança ao dar a instrução. Se estamos distantes ao falar, é
possível que ela não nos ouça corretamente. Além disso, é importante que se
estabeleça o contato visual. Podemos também pedir que a criança repita para
nós a instrução recebida.
 Não use uma enxurrada de palavras ao dar uma instrução. Alguns
educadores sugerem que não sejam mais do que doze palavras. Se
sobrecarregamos a criança com muitas tarefas em uma única instrução,
certamente ela se esquecerá de algo.
 Seja específico ao dar uma ordem ou estabelecer uma regra. Isso
permite que a criança saiba exatamente o que está sendo requerido dela, e
perceba instantaneamente quando tiver desobedecido.
Finalmente, é importante distinguir entre dar uma ordem e fazer um pedido. Ordem é
uma instrução que deve ser obedecida. O pedido dá à criança a opção de fazê-lo ou
não. Podemos declarar nosso desejo de maneira educada quando damos uma ordem.
Além de proporcionar um ambiente agradável em nosso lar, isso fará com que nossos
filhos se sintam seguros e saibam que não têm outra escolha senão obedecer.
Se como pai ou mãe você não está conseguindo controlar-se ou controlar seus filhos,
não hesite em procurar ajuda específica. Outros pais que sejam bem sucedidos, líderes
e educadores cristãos que sejam comprometidos com os princípios bíblicos, podem ser
instrumentos de grande auxílio e bênção. Acima de tudo, não se deixe intimidar por
ninguém. Confie no Senhor e ouse disciplinar!

Página 12
Livros utilizados neste estudo:

1. Beverly LaHaye, Como Desenvolver o Temperamento de Seus Filhos. São Paulo – SP,
Editora Mundo Cristão, 1981.
2. Kathy Collard Miller, Quando o Amor se Transforma em Ira . São Paulo – SP, Editora
Candeia, 1995.
3. Larry Coy, Curso Conflitos da Vida – Básico. São Paulo – SP, Imprensa da Fé, 1988.

Página 13

Potrebbero piacerti anche