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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE DISCIPLINA
Direcionando os Filhos
Figura 1
Devido à natureza pecaminosa com que todos nós nascemos, desde cedo a criança tem
uma inclinação para praticar o mal (Salmo 51.5; Provérbios 22.15). Por outro lado, Deus
tem um plano perfeito para cada pessoa, elaborado antes mesmo do seu nascimento
(Salmo 39.13-16). Contudo, Ele nos deu a liberdade de escolha entre o bem e o mal.
Por essa razão é que somos exortados constantemente na Bíblia para fazermos a
escolha certa (Romanos 12.9, 21).
A criança nasce com desejos bastante egoístas e busca apenas a satisfação de sua
própria vontade. Quando seus desejos não são satisfeitos, ela reage com indignação e
ataques de raiva. No seu interior existe um conflito, porque ela ainda não foi despertada
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para os valores espirituais. Como seria a vida de um adolescente ou adulto, em quem
permanecessem esses desejos egocêntricos naturais?
Muitos pais não compreendem o tremendo impacto que o seu ensino ou sua negligência
causa na vida de seus filhos, durante os seus primeiros anos (figura 2). As áreas do
desenvolvimento da criança que afetam 80% de seu caráter e de sua capacidade
intelectual, já estão determinadas quando ela atinge os oito anos de idade.
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O NECESSÁRIO PARA CRIAR UM FILHO
Os Primeiros Oito Anos de Vida
Os Anos Restantes
Experiências da
Educação e vida Auto-aceitação
habilidades (agradáveis, ou rejeição
aprendidas traumáticas ou
frustrantes)
Instrução Alvos
moral, religiosa motivantes Conduta
e de caráter (+ ação do pessoal
Espírito Santo
no crente)
Figura 2
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Uma Educação Que Ensina Totalmente a Criança
Todos nós já temos sido surpreendidos com alguma travessura dos nossos filhos,
quando tentavam imitar-nos em alguma área do nosso comportamento. Isso nos leva a
entender que as nossas palavras não são o único meio pelo qual os ensinamos. Aliás,
precisamos entender corretamente o que significa ensinar. O texto de Provérbios 22.6
nos auxilia nesta tarefa.
Muitos pais podem argumentar que isto não ocorreu com eles, apesar da boa educação
que deram a seus filhos. Será que Deus deixou de cumprir sua promessa? Certamente
não! Examinando alguns princípios básicos podemos compreender onde o processo
falhou. É preciso mais do que dar um bom exemplo aos filhos e levá-los para a igreja
semanalmente. Também não é suficiente amá-los e lhes prover um sustento adequado.
Alguns pais formidáveis, nunca chegam a ensinar seus filhos a obedecerem. O resultado
desta falta é trágico (Provérbios 29.15; 17.25). Os filhos têm que ser ensinados a
obedecer a seus pais, para que aprendam a obedecer a Deus.
Um dos pré-requisitos de Deus é treinar os filhos a serem obedientes (figura 3). Quando
deixamos de fazer isso, já não podemos esperar que Ele cumpra sua promessa. Alguns
pais deixam de ensinar seus filhos a serem submissos, enquanto outros fracassam em
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sua missão por terem abandonado a instrução muito cedo ou por terem começado tarde
demais.
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DOIS MODOS DE
OS TRÊS NÍVEIS DO TREINAMENTO DISCIPLINAR
APRENDER
Instrução
Deuteronômio 6.6, 7; Provérbios 1.8; 4.1, 2
Admoestação Conselho
(Censura Verbal)
Provérbios 10.17; 12.1; 15.31, 32
O propósito principal da admoestação é tornar clara e enfatizar mais a
instrução já dada.
Correção
(Correção Com a Vara)
Às vezes meras palavras não são suficientes – é preciso correção física, pois Experiência
as palavras não são atendidas (Provérbios 29.19).
Graves conseqüências resultam da transgressão das leis de Deus, quando
os níveis anteriores são rejeitados (Provérbios 15.10; 22.15; 23.13, 14;
26.3).
Figura 4
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sistema legal de nossa sociedade. Isso é feito por nossa causa e não por causa do
malfeitor.
Ao contrário disso, a disciplina é aplicada por causa da criança, para ajudá-la a melhorar
ou aprender uma lição que fará dela uma pessoa melhor. É a idéia de desenvolver no
íntimo da criança a obediência, o respeito e a responsabilidade (figura 5).
CASTIGO DISCIPLINA
A criança que aprende a se submeter à liderança amorosa de seus pais, irá no futuro se
submeter a outros níveis de autoridade com os quais se defrontará. A falta de respeito
pela liderança produz rebeldia e confusão. Porém, o mais importante é que a criança
aprenderá a se submeter à direção amorosa do Pai Celestial.
A correção é responsabilidade dos pais, mas Deus é a autoridade máxima. É importante
que a criança entenda isso, o que ocorrerá se os pais aplicarem os princípios divinos
para a disciplina. Se a criança sentir que o pai é a autoridade máxima e perceber que
pode enganá-lo, sempre terá esperança de escapar da correção pelos erros cometidos.
Antes de corrigir, os pais devem avaliar o motivo da correção com base nos três objetivos
fundamentais de Deus, que devem ser alcançados na formação do caráter da criança (figura 6).
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Obediência Liberdade
A criança está sendo desobediente A liberdade é formada na criança à medida que
à instrução recebida? Está sendo ela aprende a reagir positivamente à autoridade.
infantil ou rebelde? (Colossenses
3.20) Dobre a vontade da criança sem dobrar seu
espírito. Esse é um passo básico na preparação
da criança para submeter-se à autoridade de
Deus quando crescer.
Responsabilidade Segurança
As responsabilidades e tarefas A irresponsabilidade produz insegurança. A
estão sendo cumpridas? Motivei futura estabilidade da criança depende da
meu filho a fazer o trabalho, formação de capacidades básicas e realizações,
juntando-me a ele inicialmente relacionadas com a vida prática. Os pais devem
(tornando-o agradável) ser capazes de antever esta realização.
capacitando-o a sentir que realizou
alguma coisa por Ter levado a
tarefa até o fim? (Lamentações
3.27)
Figura 6
Quanto ao tempo em que se deve iniciar, a correção começa quando a criança principia
a resistir à vontade dos pais. Geralmente acontece quando a criança começa a
engatinhar e alcança coisas que são valiosas ou perigosas para ela (louça, aparelhos
eletrônicos, tomadas e fios, etc.). Cada criança é diferente em sua personalidade e
temperamento.
Quando o pai está em casa é ele quem deve administrar a correção. Se a desobediência
foi uma transgressão do sistema familiar estabelecido por ele, ainda que não estivesse
em casa no momento da desobediência, a correção deve ser ministrada por ele mesmo.
Quando o pai está fora, a responsabilidade da correção é delegada à mãe. Além disso,
se a desobediência estiver diretamente relacionada a alguma instrução dada pela mãe,
é ela mesma quem deve corrigir a criança, mesmo que o pai esteja em casa.
O pai e a mãe devem sempre apoiar a correção um do outro. Qualquer desacordo que
haja deve ser discutido mais tarde, em particular. A não observação desse princípio,
permitirá que a criança os manipule e jogue um contra o outro. É importante que cada
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um dos pais ensine a criança a atender o outro, não permitindo qualquer atitude
negativa contra o outro.
Muitas vezes os pais não corrigem a criança que desobedece intencionalmente, porque
ela pede desculpas no momento em que é apanhada. Desculpar-se não passa de um
artifício para escapar da responsabilidade da desobediência. Em Hebreus 10.26 e 2
Samuel 24, esta atitude é refutada.
Quando a correção deixa de produzir atitudes certas na criança, provavelmente ela deve
ter outras necessidades básicas não satisfeitas além da correção. Por exemplo, a
necessidade de ser aceita pelos pais é mais básica do que a necessidade de correção.
Se não recebe a devida atenção de seus pais, a não ser quando procede de maneira
errada, inconscientemente a criança poderá sentir que vale a pena fazer travessuras,
apesar do castigo.
Diante da atitude suplicante da criança ao ser levada para a correção, muitos pais têm a
tendência de não prosseguir em seu objetivo. Se de fato amam seu filho, os pais
precisam entender que seu interesse maior deve ser a formação de princípios básicos e
qualidades essenciais nele, para o seu próprio bem. A criança, por sua vez, precisa
entender que a correção é o meio essencial pelo qual essas qualidades serão formadas.
Além disso, para que a correção seja adequada e produza os resultados almejados, é
importante observar também os seguintes conselhos práticos:
1. Não constranja nem corrija seu filho na frente de outras pessoas. Isso faria a
criança ficar mais preocupada com sua imagem perante os outros do que com a
necessidade de obediência. Além do mais, poderá provocar barreiras, frustração e
ressentimentos (Mateus 18.15).
2. Mostre-lhe claramente a sua responsabilidade pela falta cometida. Isto deve ser
feito com uma atitude que demonstre um senso de justiça da parte dos pais e
não em tom acusativo. Procure fazer com que a criança fale qual deveria ter sido
o seu comportamento correto. O problema da mentira geralmente começa
quando os pais permitem que a criança escape da responsabilidade de responder
por sua má conduta.
3. Use um objeto neutro para a correção física. Nunca deixe a impressão de que a
criança é muito grande para ser corrigida fisicamente. A Bíblia enfatiza o uso da
vara para a correção; não use a mão para essa finalidade (Provérbios 29.15).
4. Aplique a correção até a vontade da criança ser quebrada. Se os pais deixam de
fazer isso, estão levando seu filho a pensar que pode ter tudo aquilo que desejar.
A correção faz com que ele volte à realidade e desenvolve o senso de
responsabilidade pela própria conduta (Provérbios 20.30; 22.15).
5. Console a criança depois da correção. É importante que os pais reafirmem seu
amor a ela com atenção, carinho e conversação. A criança não deve ser banida
da presença dos pais depois da correção, para que não se comunique a idéia de
rejeição. A pessoa que corrigiu deve ser a primeira a consolar.
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6. Ajude-a no caso de ser necessário pedir desculpas ou retratar-se. Se outras
pessoas foram ofendidas, explique-lhes a necessidade de permitirem a
confrontação e o acerto por parte da criança. Isso possibilitará que a correção
produza também o senso de responsabilidade por seus atos e uma consciência
limpa.
7. Avalie sua atitude pessoal ao corrigir e a reação de seu filho à correção recebida.
A criança é muito sensível à sinceridade, coerência e justiça. Se os pais erraram
acusando-a injustamente, demonstrando raiva ou rejeitando-a como pessoa, em
lugar de rejeitar sua má conduta, eles precisam procurar a criança mais tarde,
quando as emoções da correção tiverem passado, para pedir seu perdão.
Quando a criança age com desobediência obstinada e com vontade forte, o conflito com
os pais pode transformar-se em “luta pelo poder”, a menos que os pais não o permitam.
A luta pelo poder ocorre quando a criança desafia a autoridade dos pais, recusando-se a
cumprir uma ordem ou regra estabelecida.
Nessas circunstancias, embora forcemos o comportamento certo da criança, ela já
aprendeu a manipular nossos sentimentos até o ponto da ira, do medo ou da
frustração. Para a criança isso representa uma vitória, porque ela conseguiu nos fazer
perder a calma. Há três formas principais de identificarmos se estamos numa luta pelo
poder:
Nossa atitude – sempre que nos sentimos zangados ou frustrados, estamos
numa luta pelo poder, não importa o que façamos.
Tom de voz – ainda que nos convençamos de que nossa atitude está correta
e nossos motivos são puros, quando estamos irados nosso tom de voz nos
trairá.
Reações do filho – quando a criança se mostra teimosa ou negativa durante
algum tempo, estamos envolvidos numa luta pelo poder.
Podemos evitar a luta pelo, poder quando compreendemos que não precisamos provar
nossa autoridade, mas apenas exercê-la. Fazemos isso disciplinado corretamente, sem
ficarmos perturbados ou zangados.
Alcançamos segurança, sabendo que Deus nos deu autoridade como pais, e que nossos
filhos não podem tirá-la de nós. Portanto, não devemos nos sentir ameaçados. Podemos
exercer nossa autoridade com liberdade, confiança e calma.
Não devemos nos sentir obrigados a justificar nossas regras, embora devamos explicá-
las com clareza. À medida que os filhos crescem, muitas regras podem ser sujeitas a
debate e relaxamento. As poucas regras dais quais fazemos questão absoluta devem ser
mantidas e observadas, não importando como ajam outros pais nas mesmas
circunstancias. Os filhos devem assumir responsabilidade por suas decisões, assim que
se mostrem capazes disso.
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Métodos Disciplinares
A Vara da Disciplina
Todo processo disciplinar é doloroso (Hebreus 12.11). Entretanto, a Bíblia nos oferece
instrução suficiente sobre como aplicar a correção física aos nossos filhos. O
instrumento constantemente mencionado para esta correção é a “vara” (Provérbios
13.24; 22.15; 23.13-14; 29.15). Da mesma forma, o lugar mais apropriado para aplicar
a vara é mencionado com freqüência (Provérbios 10.13; 19.29; 26.3 -- costas =
“nádegas”).
A mão está relacionada à demonstração de acolhimento e afeto por parte dos pais,
sendo também um instrumento para abençoar. As crianças aprendem a respeitar a vara,
que é empunhada pelos pais, sem sentirem-se ameaçadas pela mão estendida para
elas. Além disso, até que a vara seja localizada (o que pode muito bem ser feito pela
própria criança), os pais têm a oportunidade de se posicionarem corretamente com
relação à sua ira. Esta é igualmente mencionada com freqüência na Bíblia (Provérbios
14.7, 29; 22.24; 29.11, 22).
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O livro de Provérbios é uma fonte preciosa de ensinamento e conselhos aos pais, se é
que desejam educar seus filhos de maneira sábia e eficaz. Mas apenas saber o que
Deus diz a respeito da disciplina dos filhos não é suficiente. É necessário colocar em
prática estes princípios, para que sua eficácia seja um benefício eterno na vida dos
filhos (Provérbios 13.18).
Conclusão
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Livros utilizados neste estudo:
1. Beverly LaHaye, Como Desenvolver o Temperamento de Seus Filhos. São Paulo – SP,
Editora Mundo Cristão, 1981.
2. Kathy Collard Miller, Quando o Amor se Transforma em Ira . São Paulo – SP, Editora
Candeia, 1995.
3. Larry Coy, Curso Conflitos da Vida – Básico. São Paulo – SP, Imprensa da Fé, 1988.
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