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Monotipia e Impressão

Texto de Aquecimento 1
Gravura
Lucia Gouvêa Pimentel
Gravar é fazer incisão ou deixar rastros na matriz, de forma que cópias possam ser
tiradas através de um processo de impressão. Portanto, duas são as ações essenciais: o
tratamento da matriz e o processo de impressão. A elaboração da imagem a ser
gravada pode ser das mais variadas formas, da mais tradicional até as mais recentes,
como a gravura a partir de uma imagem digital. O importante é que o tratamento dado
à imagem seja coerente com o resultado artístico que se espera via gravação.

A matriz pode ser tratada de várias maneiras e seu material define sua denominação.
As gravuras que exigem incisão têm a terminação “gravura”: xilogravura (matriz de
madeira), gravura em metal (matriz de metal), linoleogravura (matriz de linóleo),
isoporgravura (matriz de isopor), acrilogravura (matriz de acrílico) etc.

A litografia (matriz de pedra) e a serigrafia (matriz de seda – atualmente nylon)


também são classificadas como gravura. Elas têm a terminação “grafia” porque não há
incisão direta na matriz, mas sim passagem da imagem da matriz para o papel (ou
outro material) pelo processo de impressão planigráfico.

Embora haja trabalhos sobre “gravura digital”, não se considera que haja “gravura
digital”, uma vez que não há matriz e, consequentemente, incisão ou marcas sobre ela.

Segundo Panek (1998),

A gravura inicia seu papel na história como um utilitário do comunicar


da imagem. Passa por alguns momentos determinantes na história das
artes e com certeza permanece como afirmação em movimentos
como o expressionismo alemão e a arte pop. Com o passar dos tempos
a gravura foi se transformando e participando das mudanças da arte,
já não se limita à simples existência de uma matriz e respectiva edição.
Os valores dados às gravações, cortes e incisões realizados nas
matrizes de cobre ou madeira, a fim de construir uma imagem, são
agora relações encaradas conceitualmente. São estas as
características também representadas por outros meios. Os limites
entre as definições técnicas das obras não são mais tão claros.1

1
http://bndigital.bn.gov.br/dossies/rede-da-memoria-virtual-brasileira/artes/gravura/
Se considerarmos a definição de Cunha (2012), de que ˜todo trabalho tem uma base
técnica específica” (p.39), e que técnica são ‘ações humanas extranaturais2, as quais
contribuem para a edificação das relações sociais e culturais” (p.50), podemos deduzir
que cada gravador@ usa uma técnica (extranatural) para executar gravura, e também
que a gravura, como modalidade artística, tem uma base técnica específica, ou seja, a
técnica pessoal está em consonância com a técnica-base do trabalho. Isso é
importante para que se possa reconhecer princípios básicos de cada modalidade
artística, inclusive as híbridas, como a instalação e a performance, por exemplo.

Em relação à tecnologia, Katinsky ressalta que “a técnica é um fenômeno mais geral,


um procedimento universal, ‘dentre os mais primários na história humana’, enquanto
a tecnologia se refere a fenômenos particularizados e eventuais e possui aspecto
essencial de constante transformação”. (KATINSKY, 1990, p.69 apud CUNHA, 2012,
p.53) A diferença entre técnica e tecnologia é seu uso social. Ou seja, a técnica vem
com o material e a tecnologia é o que cada um@ faz com ela, a partir de seu uso
social.

Referências

CUNHA, Fernanda Pereira. Técnica e tecnologia: a indústria tecnológica de massa. São Paulo:
Annablume, 2012.
PANEK, Bernadette Maria. A contemporaneidade da gravura em discussão. 1998; 0 f;
Monografia; (Aperfeiçoamento/Especialização em História da Arte) - Escola de Música e Belas
Artes do Paraná.

2
A autora considera extranaturais todas as ações humanas que necessitam de algum instrumento
extracorpóreo para serem realizadas.

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