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Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica

RESUMO CAPÍTULO 48 – SENSAÇÕES SOMÁTICAS: II. DOR, CEFALEIA E


SENSAÇÕES TÉRMICAS.

A dor pode ser considerada um mecanismo de defesa, pois sempre que


lesionamos alguma parte, nosso corpo automaticamente tenta reagir para
impedir aquela dor.

Por exemplo, quando nos mantemos sentados por muito tempo em uma
posição, ou apoiando o peso com certa força maior em alguns dos lados, nosso
corpo, após o incômodo nessa área (dor), por movimentos involuntários, tende
a transferir o peso para o outro lado.. porém, quando por algum motivo o
indivíduo não possua mais a sensação de dor, ele não vai realizar esse
movimento, causando até lesões teciduais.

 Dor rápida e dor lenta:

Existem duas classificações para a dor: rápida e lenta. A dor rápida (dor
pontual, dor em agulhada, dor aguda e dor elétrica) é sentida dentro de 0,1
segundo após o seu estímulo. Esse tipo de dor é caracterizada por não atingir
os tecidos mais profundos da pele. Exemplos: Causados por agulhas, facas,
queimaduras, choque elétrico.

Já a dor lenta (dor em queimação, dor persistente, dor pulsátil, dor nauseante e
dor crônica) atinge os tecidos profundos. A dor lenta pode levar 1 segundo,
para ser sentida, aumentando gradativamente durante vários segundos ou até
minutos. Ela ocorre internamente, na pele e na maioria dos órgãos, podendo
chegar a ser incrivelmente forte que o indivíduo não consiga suportar.

A dor é recebida através de terminações nervosas dispersas nas camadas


epidérmicas, e também tecidos internos (superfícies articulares, paredes das
artérias, periósteo etc.). Os estímulos que desencadeiam as dores podem ser:
mecânicos, térmicos e químicos. A dor pontual, na maioria das vezes, é
desencadeada pelos estímulos mecânicos e térmicos; enquanto a dor lenta
pode ter como início os três tipos de estímulos.
Os receptores de dor não são como os outros do nosso corpo, ele não se
adapta a essa situação, ao contrário, na maioria das vezes, principalmente na
dor crônica ocorre o que chamamos de hiperalgesia, que seria o aumento
dessa sensibilidade; o que é bem simples de compreender, pois sem a
adaptação aos estímulos de dor, o indivíduo fica ciente da presença dele. O
nível de intensidade da dor se dá pela quantidade de íons de potássio que
aumentam em determinado local, ou por aumento das enzimas proteolíticas
que estimulam a dor quando atingem as terminações nervosas por fazer tais
membranas mais permeáveis aos íons.

A Isquemia também é conhecida com uma causa de dor. A isquemia se trata


da falta de circulação ou irrigação sanguínea em determinada área, fazendo
com que o tecido fique dolorido em pouco tempo. O acúmulo de ácido lático
(formado no metabolismo anaeróbico, sem oxigênio) nesses tecidos é também
uma causa sugerida para a dor durante a isquemia; outros componentes
químicos também podem ser formados nos tecidos, devido aos danos
celulares, e juntamente com o ácido lático aumentarem o estímulo nervoso da
dor.

As terminações nervosas utilizam de duas vias para emitir sinais dolorosos


para o SNC. Elas são equivalentes aos tipos de dor: Via para a dor pontual
rápida e via para a dor lenta crônica.

Os sinais da dor pontual rápida são liberados pelos estímulos mecânicos ou


térmicos, indo pelos nervos periféricos até a medula numa velocidade de 6 a 30
m/s; enquanto a dor lenta, se libera por estímulos químicos ou algumas vezes
também pelos mecânicos ou térmicos, ela é transmitida para a medula numa
velocidade de 0,5 a 2 m/s.

A dor rápida é imediatamente reconhecida pelo indivíduo fazendo com que ele
tente se inibir o estímulo da dor. Como a dor lenta tende a aumentar com o
tempo, ela se torna muito forte e o indivíduo está constantemente tentando
amenizá-la.

Quando chegam á medula espinhal, de novo existem dois caminhos para


processar a dor, após as fibras atingirem os neurônios-relé nos presentes nos
cornos dorsais. São eles:

Trato Neoespinotalâmico para a dor rápida: As fibras do tipo rápido geralmente


terminam na lâmina I dos cornos dorsais, os neurônios do trato
neoespinotalâmicos dão início as fibras longas que partem para o lado
contrário da medula anteriormente, e depois sobem para o encéfalo.

Trato neoespinotalâmico no tronco cerebral e no tálamo: Certas fibras desse


trato terminam nas áreas reticulares do tronco cerebral, porém sua grande
parte segue para o tálamo sem serem interrompidas, terminando no complexo
ventrobasal, junto com o trato da coluna dorsal-lemnisco medial para as
sensações táteis, outras tem suas terminações no grupo nuclear posterior do
tálamo, onde são transmitidas para outras áreas basais do encéfalo, como para
o córtex somatossensorial.

A dor pontual se caracteriza por ser muito mais fácil de ser identificada, e com
mais precisão em um determinado local. Porém ela também pode acabar
sendo dificilmente exata, caso somente os receptores para a dor forem
estimulados, sem serem estimulados ao mesmo tempo os receptores táteis,
fazendo com que o individuo tenha dificuldade em ser preciso quanto ao local
da dor, podendo ter uma margem de erro de 10 cm da área afetada.
Já a localização da dor crônica é muito mais imprecisa, o paciente só consegue
informar dor nos braços ou nas pernas, mas não exatamente em que ponto
deles. Isso se explica pela difusão da via de transmissão da dor lenta.

Algumas pesquisas apontam que as fibras para a dor crônica liberam na


medula espinhal o neurotransmissor glutamato (que tem liberação rápida e
persiste por alguns milissegundos) e a substancia P (liberada lentamente e
aumentando sua concentração em segundos ou até minutos). Acredita-se que
o Glutamato seja o neurotransmissor implicado na transmissão da dor rápida,
enquanto a substância P estaria presente na transmissão da dor crônica.
A via paleoespimotalâmica lenta tem suas terminações de modo difuso no
tronco cerebral. Fazendo com que somente um décimo ou um quarto dessas
fibras consigam atingir o tálamo. A maioria delas termina em algumas dessas 3
áreas: nos núcleos reticulares (bulbo, ponte e mesencéfalo), na área tectal
(mesencéfalo) e na região cinzenta periaquedutal (aqueduto de Sylvius).

Sistema de “Analgesia”
Caracteriza-se na capacidade do encéfalo em suprimir os sinais
dolorosos para o sistema nervoso, ele faz isso ativando o sistema de analgesia.
Ele é composto por 3 partes: área periventricular e da substância cinzenta
periaquedutal, os neurônios dessa área mandam sinais para o núcleo reticular
paragigantocelular, dessa área os sinais são transmitidos para o complexo
inibitório da dor localizado nos cornos dorsais da medula espinhal, somente
nesse último ponto os sinais podem ser bloqueados antes de serem enviadas
ao encéfalo. Alguns neurotransmissores estão envolvidos nesse sistema,
seriam alguns: a encefalina e a serotonina. Muitas fibras da substância
cinzenta e dos núcleos periventriculares, secretam encefalina em suas
terminações, quando estimuladas. As fibras dessa área enviam sinais aos
cornos dorsais da medula espinhal para a eliminação de serotonina em suas
terminações, a serotonina faz com que os neurônios da medula também
eliminem encefalina, que se acredita ser responsável pela “inibição pré-
sináptica e pós-sinátpica das fibras de dor dos tipos aferentes crônicos e
agudos em suas sinapses.

Uma descoberta importante sobre o controle da dor foi saber que ao estimular
de grandes fibras sensoriais originada nos receptores táteis periféricos, a
transmissão dos sinais da dor daquela mesma área corporal, isso explica
porque a massagem em locais próximos a dor, aliviam a dor.

Dor Referida

Dor referida é aquela sentida um pouco distante de sua origem. As dores


viscerais são um exemplo de dor referida pois é sentida na superfície do corpo,
inclusive em alguns casos de doenças viscerais o único sinal é a dor referida.

Todo estímulo que cause excitação nas terminações nervosas, pode causar a
dor visceral. Esses estímulos se dão em:

Isquemia: Causa dor devido a formações de produtos que danificam o tecido,


tais como bradicinina, enzimas proteolíticas etc.
Estímulos Químicos: Devido a muitas vezes ocorrer o escapamento de líquidos
do trato gastrointestinal para as paredes protetoras das vísceras, ex: suco
gástrico escapa através de uma úlcera e causa estimulação das fibras
dolorosas do peritônio visceral.
Espasmo da Víscera Oca: Espasmos das vísceras ocas (alça intestinal,
vesícula biliar, ureter etc.) causam dor. Ou também o espasmo cause
diminuição do fluxo sanguíneo para determinado músculo, junto com o
aumento das necessidades metabólicas do músculo, causam dor.
Essa dor geralmente é caracterizada por cólicas; aumentando o seu grau e
depois diminuindo, continuando de forma intermitente.
Distensão Excessiva da Víscera Oca: Devido ao preenchimento desnecessário
e excessivo da víscera oca. O que também pode interromper os vasos
sanguíneos circundantes dessa área visceral, resultando, possivelmente, em
um caso de dor isquêmica.
Vísceras Invisíveis: Algumas áreas viscerais são invisíveis a dor, por exemplo,
os alvéolos pulmonares e o parênquima do fígado.

As dores viscerais são mais difíceis de serem localizadas pois o sistema


nervoso dificilmente tem experiências anteriores em relação aos órgãos
internos, e também porque as sensações do abdome e do tórax são enviadas
ao SNC através de duas vias: via visceral verdadeira (transmitidas através de
fibras sensoriais para a dor, e a sensação é na área de superfície , na maioria
dos casos, longe do órgão inicial) e via parietal (conduzida para os nervos
espinhais locais do peritônio parietal, pericárdio ou da pleura; a sensação é
geralmente em cima da área dolorosa).
Algumas anormalidades clínicas da dor e outras sensações somáticas

Hiperalgesia
Ocorre quando as vias nervosas para a dor se tornam excessivamente
excitáveis, e elas levam a hiperalgesia (hipersensibilidade a dor). Algumas
causas possíveis são: 1- hiperalgesia primaria; alta sensibilidade dos
receptores para a dor.
2- hiperalgesia secundaria: facilitação da transmissão sensorial.

Cefaleia
Dor na superfície da cabeça, geralmente resultados de estímulos dolorosos
vindos de dentro do crânio ou fora, por exemplo, nos seios nasais.

Sensações térmicas

O corpo humano possui capacidade de perceber diferentes níveis de frio e


calor: frio congelante, gelado, frio, indiferente, morno, quente e muito quente.
Estas são captadas por (pelo menos) 3 tipos diferentes de receptores
sensoriais: receptores para frio, receptores para calor e receptores para a dor.
Os receptores para a dor são estimulados em casos de extremo frio ou calor.
Os receptores para frio e calor estão dispersos abaixo da pele, sendo os de frio
em maior quantidade (3 a 10 vezes mais).

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