Sei sulla pagina 1di 11

Motores de Corrente Continua

1 Introdução

O ano de 1886 pode ser considerado, como o ano de nascimento da máquina


elétrica, pois foi nesta data que o cientista alemão Werner von Siemens inventou
o primeiro gerador de corrente contínua auto induzido. Entretanto esta máquina
que revolucionou o mundo em poucos anos foi o último estágio de estudos,
pesquisas e invenções de muitos outros cientistas, durante quase três séculos.

Em 1600 o cientista inglês William Gilbert publicou, em Londres a obra intitulada


De Magnete, descrevendo a força de atração magnética. O fenômeno da
eletricidade estática já havia sido observado antes pelo grego Tales, em 641
a.C., ele verificou que ao atritar uma peça de âmbar com pano, esta adquiria a
propriedade de atrair corpos leves, como pelos, penas, cinzas, etc.

A primeira máquina eletroestática foi construída em 1663, pelo alemão Otto von
Guericke, e aperfeiçoada em 1775 pelo suíço Martin Planta.

O físico dinamarquês Hans Christian Oersted, ao fazer experiências com


correntes elétricas, verificou em 1820 que a agulha magnética de uma bússola
era desviada de sua posição norte-sul quando esta passava perto de um
condutor no qual circulava corrente elétrica. Esta observação permitiu a Oersted
reconhecer a íntima entre o magnetismo e a eletricidade, dando assim, o primeiro
passo para em direção ao desenvolvimento do motor elétrico. O sapateiro inglês
William Sturgeon – que paralelamente com sua profissão, estudava eletricidade
nas horas de folga – baseando-se na descoberta de Oersted constatou, em
1825, que um núcleo de ferro envolto por um fio condutor elétrico transformava-
se em um ímã quando se aplicava uma corrente elétrica, observando também
que a força do ímã cessava tão logo a corrente fosse interrompida. Estava
inventado o eletroímã, que seria de fundamental importância na construção de
máquinas elétricas girantes.

Em 1832, o cientista italiano S. Dal Negro construiu a primeira máquina de


corrente alternada com movimento de vaivém. Já no ano de 1833, o inglês W.
Ritchie inventou o comutador construindo um pequeno motor elétrico onde o
núcleo de ferro enrolado girava em torno de um ímã permanente. Para dar uma
volta completa, a polaridade do eletroímã era alternada a cada meia volta através
do comutador. A inversão da polaridade também foi demonstrada pelo mecânico
parisiense H. Pixii ao construir um gerador com um ímã em forma de ferradura
que girava diante de duas bobinas fixas com um núcleo de ferro. A corrente
alternada era transformada em corrente contínua pulsante através de um
comutador.

Grande sucesso obteve o motor elétrico desenvolvido pelo arquiteto e professor


de física Moritz Hermann von Jacobi – que, em 1838, aplicou-o a um bote.
Alimentados por células de baterias, o bote transportou 14 passageiros e
navegou em uma velocidade de 4,8 quilometros por hora.

Somente em 1886 Siemens construiu um gerador sem a utilização de ímã


permanente, provando que a tensão necessária para o magnetismo poderia ser
retirado do próprio enrolamento do rotor, isto é, que a máquina podia se
autoexitar. O primeiro dínamo de Werner Siemens possuía uma potência de
aproximadamente 30 watts e uma rotação de 1200rpm. A máquina de Siemens
não funcionava somente como um gerador de eletricidade, mas também podia
operar como um motor, desde que se aplicasse aos seus bornes uma corrente
contínua.

2 Referencias Bibliográficas

2.1 Princípios básicos de funcionamento


Figura 1

A figura acima é um desenho esquemático simples de um motor onde o estator


é constituído por ímãs permanentes e o rotor é uma bobina de fio de cobre
esmaltado por onde circula uma corrente elétrica. Uma vez que as correntes
elétricas produzem campos magnéticos, essa bobina se comporta como um ímã
permanente, com seus pólos N (norte) e S (sul) como mostrados na figura.

Comecemos a descrição pela situação ilustrada em (a) onde a bobina


apresenta-se horizontal. Como os pólos opostos se atraem, a bobina
experimenta um torque que age no sentido de girar a bobina no sentido anti-
horário. A bobina sofre aceleração angular e continua seu giro para a esquerda,
como se ilustra em (b).

Esse torque continua até que os pólos da bobina alcance os pólos opostos dos
ímãs fixos (estator). Nessa situação (c) – a bobina girou de 90º – não há torque
algum, uma vez que os braços de alavanca são nulos (a direção das forças
passa pelo centro de rotação); o rotor está em equilíbrio estável (força resultante
nula e torque resultante nulo). Esse é o instante adequado para inverter o sentido
da corrente na bobina. Agora os pólos de mesmo nome estão muito próximos e
a força de repulsão é intensa. Devido à inércia do rotor e como a bobina já
apresenta um momento angular “para a esquerda”, ela continua girando no
sentido anti-horário (semelhante a uma “inércia de rotação”) e o novo torque
(agora propiciado por forças de repulsão), como em (d), colabora para a
manutenção e aceleração do movimento de rotação.
Mesmo após a bobina ter sido girada de 180º , situação não ilustrada na figura,
o movimento continua, a bobina chega na “vertical” – giro de 270º –, o torque
novamente se anula, a corrente novamente inverte seu sentido, há um novo
torque e a bobina chega novamente à situação (a) – giro de 360º . E o ciclo se
repete.

Essas atrações e repulsões bem coordenadas é que fazem o rotor girar. A


inversão do sentido da corrente (comutação), no momento oportuno, é condição
indispensável para a manutenção dos torques favoraveis, os quais garantem o
funcionamento dos motores.

A comutação consiste na mudança de uma lâmina do comutador, onde as


bobinas são ligadas em série, para a próxima. Durante esta comutação a bobina
é momentaneamente curto-circuitada pelas escovas, o que ajuda a liberar
energia a armazenada, antes de a corrente fluir no sentido oposto. Porém, como
essa inversão de corrente não é instantânea, uma força eletromotriz é induzida
na espira HL di a/dt, , o que origina uma corrente de curto-circuito que circula no
coletor, nas espiras e nas escovas. Após o curto-circuito, a interrupção dessa
corrente dá origem ao aparecimento de faíscas nos contatos das escovas com
o coletor, que podem gerar arcos elétricos perigosos e que danificam o coletor,
tendo portanto que ser eliminadas.

A fim de eliminar as faíscas, torna-se necessário induzir na espira, durante o


curto-circuito, uma força eletromotriz que anule a resultante do processo de
comutação, conseguido através dos pólos de comutação, de menores
dimensões e situados sobre a linha neutra e percorridos pela mesma corrente
do rotor. No entanto estes pólos, além de anularem o fenômeno da comutação,
enfraquecem o fluxo do estator – fenômeno chamado de “reação magnética do
rotor”. Nas máquinas de grandes dimensões esse fenômeno é eliminado através
dos enrolamentos de compensação que, ligados em série com o rotor e
colocados na periferia dos pólos do estator, geram um fluxo com a mesma
intensidade e sentido contrário do fluxo de reação, anulando-o.

figura 2 mostra um desenho esquemático bastante simplificado de um motor CC


com apenas uma bobina, o comutador e as escovas.
Figura 2

Em sua forma mais simples, o comutador apresenta duas placas de cobre


encurvadas e fixadas (isoladamente) no eixo do rotor; os terminais do
enrolamento da bobina são soldados nessas placas. A corrente elétrica “chega”
por uma das escovas (+), “entra” pela placa do comutador, “passa” pela bobina
do rotor, “sai” pela outra placa do comutador e “retorna” à fonte pela outra escova
(-). Nessa etapa o rotor realiza sua primeira meia-volta. Nessa meia-volta, as
placas do comutador trocam seus contatos com as escovas e a corrente inverte
seu sentido de percurso na bobina do rotor. E o motor CC continua girando,
sempre com o mesmo sentido de rotação.

2.2 Aspectos construtivos

O motor de corrente contínua é composto de duas estruturas magnéticas:

· Estator (enrolamento de campo ou ímã permanente);

· Rotor (enrolamento de armadura).

O estator é composto de uma estrutura ferromagnética com pólos salientes aos


quais são enroladas as bobinas que formam o campo, ou de um ímã
permanente. A figura 3 mostra o desenho de um motor CC de 2 pólos com
enrolamento de campo.
Figura 3

O rotor é um eletroímã constituído de um núcleo de ferro com enrolamentos em


sua superfície que são alimentados por um sistema mecânico de comutação
(figura 4). Esse sistema é formado por um comutador, solidário ao eixo do rotor,
que possui uma superfície cilíndrica com diversas lâminas às quais são
conectados os enrolamentos do rotor; e por escovas fixas, que exercem pressão
sobre o comutador e que são ligadas aos terminais de alimentação. O propósito
do comutador é o de inverter a corrente na fase de rotação apropriada de forma
a que o conjugado desenvolvido seja sempre na mesma direção.

Os enrolamentos do rotor compreendem bobinas de n espiras. Os dois lados de


cada enrolamento são inseridos em sulcos com espaçamento igual ao da
distância entre dois pólos do estator, de modo que quando os condutores de um
lado estão sob o pólo norte, os condutores do outro devem estar sob o pólo sul.
As bobinas são conectadas em série através das lâminas do comutador, com o
fim da última conectado ao início da primeira, de modo que o enrolamento não
tenha um ponto específico.
Figura 4

Todos os motores de corrente contínua da Siemens possuem uma estrutura


magnética completamente laminada, sendo portanto adequados para utilização
com conversor CA/CC, e no caso de processos com alta dinâmica, consegue-se
uma taxa de aumento da corrente de até 250xIN por segundo.

2.3 Circuito Equivalente

As relações entre a tensão e a corrente em um circuito equivalente de um motor


CC (Fig. 5) são as seguintes:

Vta= Vg+ra*Ia 1

Vt=Vg+(ra+rs) *Ia 2

IL=Ia+If 3

onde: Vta → tensão nos terminais da armadura, V.

Vg → tensão gerada na armadura ou força contra-eletromotriz fcem, V.

Vt → tensão nos terminais do motor, V.

ra → resistência do circuito da armadura (incluindo a resistência de contato nas


escovas), Ω.

rs → resistência do campo em série, Ω.

rf → resistência do campo em derivação, Ω.


Ia → corrente da armadura, A.

Is → corrente do campo em série (Is=Ia ou Is=IL), A.

If → corrente do campo em derivação, A.

IL → corrente fornecida pela fonte de alimentação ao motor (ou corrente na


linha), A.

Figura 5

A fcem de um motor, Vg, é gerada pela ação dos condutores da armadura ao


interceptar as linhas de fluxo magnético. Se em um motor shunt a Eq. (2) for
multiplicada por Ia (e rs=0),

Vt*Ia=Vg*Ia+ra*Ia² 4

Vt⋅Ia é a potência fornecida à armadura do motor; ra⋅ Ia ² é a potência dissipada


na forma de calor pela corrente da armadura; e Vg⋅Ia é a potência produzida pela
armadura. Mas esta potência produzida pela armadura não representa uma
potência útil de saída, pois uma parte dela precisa ser gasta para suprir as
perdas mecânicas ou rotacionais do motor. A especificação de saída do motor é
igual à entrada (Vt⋅IL) menos as perdas por aquecimento (r⋅ I² ) e as perdas
rotacionais. As unidades mais usuais para a saída de um motor são:

1 CV de cavalo-vapor CV=watts/736 -
watts=736*cv
2 HP house-power HP=watts/746- watts=746*hp

2.4 Aplicação

Os motores elétricos de corrente contínua são especialmente


adequados para certas aplicações. Todos os dias estão mais
empregados no campo industrial.
Este tipo de motores oferece uma ampla faixa de velocidade, eles são
muito fáceis de controlar e possuem uma grande flexibilidade das
curvas de velocidade de torque. Também eles apresentam um alto
desempenho para uma ampla margem de velocidades. Os motores
contínuos de corrugados têm uma alta capacidade de sobrecarga. Essa
capacidade os torna mais adequados que os motores de corrente
alternada para muitas aplicações.

Esses motores são ideais para máquinas de arrasto que exigem uma
ampla faixa de velocidades com precisão. Esta c aracterística tem
causado que ultimamente, estes motores têm mais presença em
diversos processos industriais.

Motores de corrente contínua são usados em toca -discos,


equipamentos de CD player e unidades de armazenamento magnético.
Esse tipo de mecanismo usa motores fixos de ímã e sem escova. Esses
motores oferecem controle de velocidade efetivo e alto torque de
partida.

No campo dos brinquedos, os motores elétricos de corrente contínua


também são geralmente selecionados.

Outra vantagem significativa é a fa cilidade de inverter a rotação de


grandes motores com altas cargas, ao mesmo tempo em que é capaz
de agir reversivelmente, retornando energia para a linha durante os
tempos de frenagem e redução de velocidade.
No aspecto físico eles são geralmente muito pe quenos, com pouca
poluição no meio ambiente.

Na imagem abaixo um motor de corrente continua utilizado em um trem


elétrico na empresa cbtu de Minas Gerais

Figura 6 Motor CC do trem serie 9000 CBTU

3 Conclusão

Os motores de corrente contínua têm significativa importância no


desenvolvimento de servomecanismos e, por essa razão o seu estudo, tanto no
que se refere ao desenvolvimento de modelos como a identificação dos seus
parâmetros, merece considerável atenção nas disciplinas ministradas em
diversos cursos de engenharia.

Dependendo da aplicação, os acionamentos em corrente contínua são


geralmente os que apresentam os maiores benefícios, também em termos de
confiabilidade, operação amigável e dinâmica de controle. Por outro lado, esse
tipo de acionamento apresenta algumas desvantagens, como custo elevado,
maior necessidade de manutenção como troca de escovas e necessidades de
medidas especiais para efetuar a partida.
4 Referencias bibliográficas:

https://www.coladaweb.com/fisica/eletricidade/motores-de-corrente-continua

http://www.marioloureiro.net/tecnica/electrif/Motores_CC_ind1.pdf

http://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-acionamentos-
eletricos/apostila-de-maquinas-de-cc-1

Potrebbero piacerti anche