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TÉCNICO
DOENÇAS
CLOSTRIDIAIS
MANUAL TÉCNICO DOENÇAS CLOSTRIDIAIS
ÍNDICE
1. Introdução.......................................................................................................................................... 4
1..1. História das Clostridioses ........................................................................................................ 4
2. Enfermidades Clostridiais dos Ruminantes.................................................................................. 7
2.1. Doenças Neurotrópicas........................................................................................................... 8
2.1.1. Tétano..................................................................................................................................... 8
2.1.2. Botulismo............................................................................................................................ 10
2.2. Mionecroses.............................................................................................................................. 10
2.2.1. Carbúnculo Sintomático.................................................................................................... 10
2.2.2. Gangrena Gasosa.............................................................................................................. 12
2.2.3. Enterotoxemias................................................................................................................... 13
2.2.4. Disenteria dos Cordeiros.................................................................................................. 14
2.2.5. Doença da Superalimentação.......................................................................................... 15
2.2.6. Enterite Hemorrágica......................................................................................................... 17
2.3. Doenças Hepáticas.................................................................................................................. 18
2.3.1. Hemoglobinúria Bacilar..................................................................................................... 18
2.3.2. Hepatite Infecciosa Necrosante...................................................................................... 19
3. Controle e Profilaxia....................................................................................................................... 20
4. Covexin®-9 : Uma Vacina Internacional ..................................................................................... 20
4.1. Formulação da Vacina............................................................................................................. 20
4.2. Mecanismo de Ação de Covexin®-9.................................................................................... 21
4.3. Combinação dos Antígenos Com o Adjuvante..................................................................... 22
4.4. Avaliação em Laboratório....................................................................................................... 22
4.5. Avaliações Experimentais de Campo.................................................................................... 22
4.5.1. Prova de Inocuidade.......................................................................................................... 22
4.5.2. Prova de Potência (Desafio)............................................................................................. 22
4.5.3. Titulação de Anticorpos..................................................................................................... 22
4.6. Apresentação............................................................................................................................ 23
4.7. Composição............................................................................................................................... 23
4.8. Conservação.............................................................................................................................. 23
4.9. Dosagem e Via de Aplicação.................................................................................................. 23
4.10. Recomendações Complementares....................................................................................... 24
4.11. Características da Covexin®-9.............................................................................................. 24
4.11.1. Resposta rápida e proteção duradoura........................................................................ 24
4.11.2. Proteção de qualidade para o seu rebanho ................................................................ 24
4.11.3. Frasco flexipack................................................................................................................ 25
4.11.4. Segurança comprovada.................................................................................................. 25
5. Bibliografia....................................................................................................................................... 25
1. INTRODUÇÃO
O
s organismos dos quais os carregam sua população de organis-
clostrídios patogênicos são mos clostridiais com eles. Por sua
derivados estavam presen- vez, estes “viajantes adormecidos”
tes na Terra antes mesmo dos ho- infectam suas novas instalações. As-
mens e animais, e hoje ainda estão sim, áreas de criação de gado estão
presentes no solo. Eles são habitan- se tornando mais contaminadas com
tes ubíquos do ambiente e muitos se um número crescente de espécies
adaptaram à existência exclusiva em clostridiais.
animais. São infecciosos, mas NÃO
contagiosos. Os esporos podem es- É interessante que muitas clostridio-
tar presentes no solo, nos alimentos ses parecem ter limites imaginários
e na água contaminada com fezes e que separam animais de risco de ani-
quando ingeridos, se tornam laten- mais que não estão sob risco. Seria
tes nos tecidos do corpo. Os orga- realmente possível que Clostridium
nismos anaeróbicos patogênicos são sordelli somente existisse na Ingla-
oportunistas e aguardam por estímu- terra e não na Nova Zelândia ou no
los nos tecidos, que criarão condi- Brasil? Isto seria improvável porque
ções favoráveis para crescimento e os fazendeiros têm transportado bo-
produção de toxina. vinos e ovinos pelo mundo todo, no
esforço de melhorias genéticas. O
Os esporos destes organismos es- transporte destes animais também
tão espalhados nas fezes e podem pode carregar a população bacteria-
ficar “adormecidos“ no solo por dé- na. Como algumas clostridioses são
cadas e, em alguns casos, centenas resultado de práticas de manejo, al-
de anos. O transporte de animais gumas destas fronteiras são válidas.
de fazenda para fazenda, de estado
para estado, bem como país para Entretanto, frequentemente não
país, tem eliminado as barreiras estamos seguros de quais são exa-
endêmicas que separavam “áreas tamente as práticas de manejo que
problemáticas” de “áreas limpas”, poderiam levar a surtos clostridiais e,
simplesmente porque os animais devido a isto, é extremamente difícil
Figura 5.
Esquema da
patogenia da
infecção por
Clostridium
chauvoei
fator mais relevante para transmis- O agente produz toxinas alfa (he-
são aos animais, pois a ingestão de molítica, necrotizante e letal), beta
pastos contaminados com esporos (Dnase), gama (hialuronidase) e del-
constitui-se na principal via de trans- ta (hemolisina), sendo a toxina alfa
missão. considerada a principal na patogenia
da enfermidade. Clinicamente, o ani-
A enfermidade é resultado da ati- mal apresenta temperatura elevada,
vação de esporos latentes de anorexia, depressão e, na maioria
Clostridium chauvoei provenientes dos casos, chega à morte (Fig. 6);
do intestino e depositados no mús- quando um membro é atingido, a
culo após serem transportados atra- manqueira é observada.
vés da corrente sanguínea, possivel-
mente veiculados pelos macrófagos.
Bovinos jovens, entre quatro meses
e três anos de idade, em boa con-
dição corporal e nutricional, são os
mais suscetíveis. Traumas nas gran-
des massas musculares desses ani-
mais criam um ambiente de baixa
tensão de oxigênio molecular, pro-
piciando a germinação dos esporos
Figura 6 - Bezerro que morreu após
e consequente produção de toxina, ter apresentado quadro de toxemia
responsável pela doença nos animais em decorrência da infecção pelo
(Fig. 5). Clostridium chauvoei
Tabela 1. Tipos de Clostridium perfringens de acordo com a produção de quatro principais exotoxinas
Figura 16, 16A. Enterite hemorrágica causada por Clostridium perfringens tipo C
4. Covexin®-9:
Uma vacina internacional
Apresentamos a COVEXIN®-9.
Os métodos de elaboração de
COVEXIN®- 9 procedem de técnicas
de ponta, resultando em um produto
de alta pureza e eficácia. Com
exceção do Clostridium chauvoei,
O controle e a profilaxia devem ba- as demais cepas presentes em
sear-se em medidas adequadas de COVEXIN®- 9 encontram-se na forma
manejo e vacinações sistemáticas de toxóides, antígeno mais específico
de todo o rebanho, já que os animais e imunogênico do que as conhecidas
estão em permanente contato com bacterinas.
os agentes e com os fatores que po-
derão desencadear as enfermidades. Obviamente que um produto com
As vacinas clostridiais são, na sua essas características requer um
grande maioria, polivalentes, conten- sistema de produção em regime
do em sua composição múltiplos an- de Boas Práticas de Manufatura
tígenos e são usadas como estraté- (GMP), padrão internacional na pro-
gia frente a uma grande variedade de dução de biológicos. Tudo isso faz de
agentes e/ou produtos tóxicos res- COVEXIN®- 9 um produto diferencia-
ponsáveis por essas enfermidades. do em todo o mundo.
Tais vacinas devem ser administra-
das por via subcutânea, preferencial- 4.1. Formulação da vacina
mente, em duas doses, no intervalo
de 4 a 6 semanas na primovacinação Uma vacina tão completa como a
e reforço anual, com exceção para COVEXIN®- 9, constituída por 8 to-
o Clostridium haemolyticum, que xóides diferentes e 1 tipo de anacul-
deverá ser semestral. Quando o re- tura (Clostridium chauvoei), requer
banho é sistematicamente vacinado, a escolha de um adjuvante especial
Os antígenos de COVEXIN®- 9
ao serem inoculados no ani-
mal são abordados por células
apresentadoras de antígenos,
as quais processam esses an-
tígenos e os apresentam ao
Linfócito T auxiliar; ocorre en-
tão a liberação de linfocinas,
cujas ações são de proliferação
e diferenciação de linfócitos B.
Os linfócitos B se diferenciam
em células que irão para o
plasma, onde produzirão os
diferentes tipos de anticorpos
(IgM, IgG, IgA e IgE). Os linfó-
citos B, uma vez estimulados
4.6. Apresentação
4.7. Composição
4.8. Conservação
Pode ser utilizada em bovinos, ovinos e caprinos. Deve ser administrada por via
subcutânea, respeitando-se as seguintes dosagens:
Vacina com alto grau de pureza, à base de toxóides, testada e aprovada pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e em nível interna-
cional na União Econômica Européia.
5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Parte do material que foi escrito neste manual animal disease. A review of current knowledge.
procede dos amplos arquivos de pesquisa Canadian Veterinary Journal. 21: 141-148.
da Intervet/Schering-Plough Animal Health* ROOD, J.I., MCCLANE, B.A., SONGER, J.G. &
(ISPAH). Outras informações descritas TITBALL, R.W. (1997) The Clostridia: Molecular
procedem de estudos de pesquisa realizados Biology and Pathogenesis. 1st ed. London:
por cientistas da ISPAH. Entretanto, muitas Academic Press.
das informações também foram obtidas das
seguintes referências: SMITH, L.D.S. (1977) Botulism: the organism,
it’s toxins, the disease. Illinois: Charles C.
ASSIS, R.A.; LOBATO, F.C.F; MARTINS, N.E; Thomas Publisher. 236.
NASCIMENTO, R.A.P; ABREU, V.L.V & UZAL,
F.A.(2002) An outbreak of malignant edema SMITH, L.D.S., LOUIS, D.E. & WILLIAMS,
in cattle. Revista Portuguesa de Ciências BETSY, L. (1984) The Pathogenic Anaerobic
Veterinárias. 97(543): 143-145. Bacteria. 3rd ed. Illinois: Charles C. Thomas
Publisher.
BUXTON, D. & DONACHIE, W. (1991) Clostridial
diseases. In:Diseases of Sheep. 2nd ed Oxford: SONGER, J.G.(1996) Clostridial enteric diseases
Blackwell Scientific Publications. 104-114. of domestic animals. Clinical Microbiology
Reviews. 9: 216-234.
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no Rio Grande do Sul. Revista da Faculdade de Clostridia. London: Butterworths. 144.
Agronomia e Veterinária. 5: 287-300. STERNE, M. (1981) Clostridial infections. British
Veterinary Journal. 137(5): 443-454.
GYLES, C.L. (1993) Histotoxic clostridia.3rd ed.
Ames: Iowa State University Press. 106-113. UZAL, F. A. & KELLY, W.R.(1996) Enterotoxaemia
in goats: a review. Veterinary Research
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in Sheep. In Practice. Out: 494-499.
UZAL, F.A.; KELLY, W.R; MORRIS, W.E.& ASSIS,
LOBATO, F.C.F.& ASSIS, R.A. (2000) Controle e R.A. (2002) Effects of intravenous injection of
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(2003) Manual Técnico Clostridioses. São Paulo: WILLIAMS, B.M.(1976) Infectious necrotic
Schering-Plough. hepatitis of sheep: an epidemiological survey
on welsh farms. British Veterinary Journal. 132:
NIILO, L. (1980) Clostridium perfringens in 221-225.
COVEXIN®-9:
VACINA INATIVADA CONTRA CLOSTRIDIUM SEPTICUM,
C. NOVYI, C. SORDELLII, C. HAEMOLYTICUM, C. CHAUVOEI E C.
PERFRINGENS TIPOS A, B, C E D
COMPOSIÇÃO:
Cada 1 mL contém:
Toxóide Clostridium perfringens A................................................ 12 U.I.
Toxóide Clostridium perfringens B e C......................................... 99 U.I.
Toxóide Clostridium perfringens D ............................................ 100 U.I.
Toxóide Clostridium septicum ....................................................... 7 U.I.
Toxóide Clostridium oedematiens (novyi) .............................. 1000 DL50
Toxóide Clostridium sordellii ................................................. 2000 DL50
Anacultura Clostridium chauvoei ..................................... 7x108 germes
Toxóide Clostridium haemolyticum D. ......................................... 75 U.I.
INDICAÇÕES:
Para a imunização ativa de bovinos, ovinos, caprinos e coelhos frente a toxinas
produzidas por bactérias do gênero Clostridium, na profi laxia das enfermidades:
carbúnculo sintomático e gangrena pós-parto, hemoglobinúria bacilar, edemamaligno
ou gangrena gasosa, hepatite necrosante, enterotoxemia, doença do rim polposo,
morte súbita e enterotoxemia hemorrágica. Para imunização
passiva de bezerros via colostro, frente a Clostridium
chauvoei, C. novyi (oedematiens tipo B), C. perfringens
tipo C, D e C. septicum.
CUIDADOS E PRECAUÇÕES:
Não vacinar animais doentes e/ou
debilitados e não vacinar animais 21 dias
antes do abate.
APRESENTACÃO:
Frascos flexipack 100 e 250 mL.