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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO - CAMPUS SINOP

ICCA - INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS


PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA

ADITIVOS ZOOTÉCNICOS NA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE


MONOGÁSTRICOS

PROFª. D.SC. ANA PAULA TON

ORIENTADOR
PROF. D. SC. MAICON SBARDELLA
DISCENTE
BRYAN CASTRO DERECK

Seminário na disciplina de Tópicos Avançado II do curso de Pós-graduação em Zootecnia


da Universidade Federal do Mato Grosso

SINOP - MT - BRASIL
ABRIL / 2019
RESUMO......................................................................................................................... 3
Aditivos na nutrição e alimentação de animais monogástricos .......................................... 3
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 5
2.1 Os aditivos na alimentação animal ............................................................................ 5
2.1.1 Aditivos (Definição) ................................................................................... 5
2.1.2 Legislação (Aditivos) ................................................................................. 5
a. Comunidade Europeia - Diretiva 70/524/CEE ........................................... 5
b. Estados Unidos FDA .................................................................................. 6
c. Canadá - Canadian Bureau of Veterinary Drugs (VDD) .............................. 6
d. Brasil - Lei 6198 de 26/12/1974, regulamentada pelo decreto 6296 de
11/12/2007 do MAPA. .......................................................................................... 6
2.1.3 Classificação de aditivos para uso na alimentação animal ................................... 7
2.1.4 Classificação ................................................................................................ 8
2.1.5 Aditivos tecnológicos ................................................................................ 9
2.2 Funções de micro-ingredientes (aditivo) ................................................................. 12
2.3 Microingredientes (aditivos) na alimentação de aves............................................. 12
1.14 Aditivos Zootécnicos para uso na alimentação ....................................................... 12
1.14.1 Digestivos (enzimas) ................................................................................ 12
1.14.2 Fontes de enzimas..................................................................................... 13
1.14. 3 Enzimas exógenas utilizadas na ração ................................................... 14
1.14.4 Modo (s) de ação das enzimas .................................................................. 14
1.14.5 Razões que afetam as respostas enzimas .................................................. 15
1.14.6 Concentração de substrato ........................................................................ 16
1.14.7 Fisiologia Digestiva .................................................................................. 17
1.14.8 Proteases Digestivas Endógenas............................................................... 18
1.14.9 Conteúdo de Água e Força Iônica ............................................................ 18
1.14.10 Melhoradores de desempenho............................................................... 21
1.14.10.11 Antibióticos .................................................................................... 21
1.14.11 Equilibradores da flora intestinal (prebióticos, probióticos e
acidificantes),.......................................................................................................... 27
1.14.12 Pre-bióticos ........................................................................................... 27
1.14.13 Probióticos ............................................................................................ 28
1.14.14 Ácidos Orgânicos .................................................................................. 30
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................. 33
BIBLIOGRAFÍA .......................................................................................................... 33
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Classificação de aditivos para uso na alimentação animal, segundo a IN nº 13,


de 30/11-2004. .................................................................................................................. 8
Tabla 2. Grupos e classes dos microingredientes das rações .......................................... 9
Tabla 3. Avaliação do consumo de ração dos frangos nas diferentes fases de crescimento
........................................................................................................................................ 10
Tabla 4. Avaliação do Ganho de peso (g) dos frangos nas diferentes fases de crescimento
........................................................................................................................................ 11
Tabla 5. Avaliação da conversão alimentar dos frangos nas diferentes fases de
crescimento ..................................................................................................................... 11
Tabla 6. Enzimas exógenas utilizadas na ração animal e seus substratos .................... 14
Tabla 7. Efeito de enzimas com atividades únicas ou combinadas no desempenho de
frangos de corte alimentados com uma dieta de milho e soja¹. ...................................... 19
Tabla 8. Substâncias antibióticas aprovadas para uso em aves de capoeira por autoridades
reguladoras nacionais nos EUA, Brasil com base em relatórios nacionais. ¹ ................. 23
Tabla 9. Porcentagens de isolados de E. coli de frangos de corte no Brasil com resistência
a antibióticos publicados na literatura científica com base em Cardoso et al. (2002),
Barros et al. (2012), Bezerra et al. (2016), Pessanha e Filho (2001), Stella et al. (2013) e
Korb et al. (2015). .......................................................................................................... 26
Tabla 10. Microrganismos probióticos. ......................................................................... 28
Tabla 11. Efeitos da suplementação dietética de Enterococcus faecalis (EF) no
desempenho de postura e na qualidade de ovos de poedeiras. ....................................... 30

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Enzimas e taxas de reação.............................................................................. 15


Figura 2. Efeito da concentração de substrato na taxa de uma reação enzimática
controlada com enzima em excesso................................................................................ 16
Figura 3. Diagrama ilustrando mecanismos de ação potenciais ou conhecidos dos
probióticos. ..................................................................................................................... 29

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

RESUMO

Aditivos na nutrição e alimentação de animais monogástricos

Objetiva-se recopilar informação sobre o potencial do uso de aditivos na nutrição e


alimentação animal sobre a produção e os parâmetros desempenho. A flutuação dos
preços dos ingredientes normalmente usados em dietas destinadas para produção de
animais no Brasil, como ser milho e soja farelado, tem levado o setor de reprodução e
produção de monogástricos buscar alternativas mais econômicas para a alimentação dos
animais motivado principalmente pela escassez de milho no mercado nacional, por outro
lado observa-se um crescente movimento para destinação do milho para produção de
etanol. O uso de micro-ingredientes aditivos adicionadas às rações de animais tem
recebido grande importância, especialmente em condições do custo de matéria-prima
elevados para as rações. Tais aditivos são adicionadas às dietas com a finalidade de
melhorar digestibilidade de nutrientes de difícil digestão e/ou que nós animais possuam
incapacidade ou pouca de digerir por limitação na produção de enzimas. Uma das
principais limitações para o uso de alguns ingredientes, e mais frequente coprodutos em
rações com elevadas inclusões refere-se ao seu alto conteúdo de fibra que além de não
serem digeridas ou pouco digeridas pelo animal, comprometem a mesma boa
digestibilidade de outros nutrientes da dieta.

Palavras chaves: Aditivos, micro-ingredientes, desempenho

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

1. INTRODUÇÃO

A pecuária brasileira se destaca mundialmente, se tornando cada vez mais produtiva,


eficiente e sustentável, muito devido à intensificação em quatro importantes pilares: a
alimentação, a genética, a sanidade e a reprodução (PAULO, DUARTE, & COSTA, 2019).
Atualmente, com a verticalização da agricultura e da pecuária, se torna cada vez mais necessária
a maximização dos lucros e este depende majoritariamente do manejo no quesito nutrição
animal, já que os custos em alimentação variam entre 50% a 70% do custo total de determinada
produção (ESALQ Jr. , 2008). A alimentação animal é um dos fatores que mais onera o custo
de produção, principalmente num sistema intensivo de criação (BOSA, et al., 2012). A
flutuação dos preços dos ingredientes comumente usados em dietas, principalmente milho e
farelo de soja, tem levado o setor de produção a buscar alternativas mais econômicas para a
alimentação dos animais; por outro lado observa-se um crescente movimento para destinação
do milho para produção de etanol.
Quando são utilizados alimentos alternativos, na maioria dos casos, se consegue
diminuir os custos com a alimentação, entretanto os índices zootécnicos ficam comprometidos,
devido à piora da utilização da energia e/ou proteína destes ingredientes pelos animais,
principalmente pela presença de fatores tidos como antinutricionais (ARAUJO & SILVA,
2007). Neste caso, estratégias de redução de custo na formulação de ração são bem-vindas,
visto a instabilidade econômica e política que vivemos é importante, alguns anos são bem
atípicos em nossa produção animal, a elevação dos principais ingredientes da ração. Não adianta
ter a melhor ração se os animais não conseguirem sintetizar os nutrientes. Desse modo, o
nutricionista animal deve dar atenção especial aos aditivos da ração, que vão melhorar o
aproveitamento dos nutrientes, além de aumentar o tempo de preservação dos mesmos, sempre
em busca da maior produtividade (BLOG DA MULTITÉCNICA, 2016)
A busca por alternativas, como os aditivos, na alimentação de animal é realidade
constante e estudos são necessários para que possamos afirmar até que ponto eles podem ou
não ser utilizados, e em que condições e dimensões são realmente viáveis, mais agora que os
alimentos alternativos são utilizados com a grande questão de substituição de ingredientes
básicos. Os aditivos para ração animal são tão numerosos que é difícil fazer uma definição
precisa. No entanto, em termos gerais, um aditivo alimentar refere-se a um produto incluído em
um nível baixo de inclusão cuja finalidade é aumentar a qualidade nutricional do alimento, bem-
estar ou a produção do animal (RAVINDRAN, 2010). Para tanto, o uso de alternativas, como

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

os modernos produtos da biotecnologia: probióticos, prebióticos, simbióticos e enzimas,


assumem importância significativa para a avicultura industrial (ARAUJO & SILVA, 2007).
Discórdia, alguns aditivos permitidos ainda são alvo de contestação por parte de alguns
profissionais e consumidores, como é o caso dos edulcorantes. Porém, os que constam na lista
dos permitidos são considerados seguros na dose diária admissível, sem efeitos adversos para
a saúde (SARA & MAYUMI, 2013).

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os países em desenvolvimento vêm apresentando um aumento da produção de produtos


de origem animal para satisfazer o mercado interno e também visando aumento de exportações,
devido à pressão globalizante da economia e devem apresentar melhorias constantes nos índices
produtivos (CAVALHEIRO, MÜHL, & ARALDI, 2011). Para chegar aos padrões atuais de
desempenho animal e eficiência produtiva foram necessários grandes avanços no que se refere
à nutrição, à sanidade dos plantéis, às técnicas de manejo e de ambiência. Todos esses avanços
são necessários para fazer com que todo o potencial genético dos animais seja alcançado
(BRUNA, MIRIAN, RANNIERE, & RHAIZA, 2012).
Quando são utilizados alimentos alternativos, na maioria dos casos, se consegue
diminuir os custos com a alimentação, entretanto os índices zootécnicos ficam comprometidos,
devido à piora da utilização da energia e/ou proteína destes ingredientes pelos animais,
principalmente pela presença de fatores tidos como antinutricionais. Na tentativa de reduzir este
comprometimento, alguns artifícios são utilizados, como a adição de enzimas exógenas,
probióticos, prebióticos, simbióticos e antibióticos nas dietas, que podem auxiliar de forma
direta e/ou indiretamente o animal a utilizar mais eficientemente os nutrientes contidos neste
tipo de ingredientes (SCHWARZ, 2002).

2.1 Os aditivos na alimentação animal


2.1.1 Aditivos (Definição)
Os aditivos alimentares para animais são produtos que são utilizados na nutrição animal
para melhorar a qualidade dos alimentos ou para melhorar o desempenho e a saúde do animal
(ACS DISTANCE EDUCATION, 2011). Segundo a definição da Comunidade Europeia,
aditivos são produtos utilizados na nutrição animal para melhorar a qualidade dos alimentos
para animais e a qualidade dos alimentos de origem animal, ou para melhorar o desempenho e
a saúde dos animais, por ex. proporcionando melhor digestibilidade dos materiais de
alimentação (EUROPEAN COMMISSION, s.f.)

2.1.2 Legislação (Aditivos)


a. Comunidade Europeia - Diretiva 70/524/CEE
Considerando que, para facilitar a aplicação da apresente diretiva, convém aplicar um
procedimento que instaure uma cooperação estreita entre os Estados-membros e a Comissão,

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

no seio do Comité Permanente dos Alimentos para Animais, ADOPTOU A PRESENTE


DIRETIVA:

Artigo 2°.
Para efeitos do disposto na apresente diretiva, entende-se por:
a) Aditivos: as substâncias que, incorporadas nos alimentos para animais, são susceptíveis
de influenciar as suas características ou a produção animal (CONSELHO DA UNIÃO
EUROPEIA, 1970).

Ao longo dos anos tem-se verificado uma crescente evolução dos processos de
tecnologia alimentar, incluindo na utilização de substâncias que pretendem conservar ou
melhorar as características organolépticas dos alimentos, os aditivos alimentares. A sua
aplicação em géneros alimentícios é regulamentada por legislação própria, em todos os países
da União Europeia, e são classificados de acordo com a sua função através de um código
constituído pela letra E seguida de 3 ou 4 algarismos (ROMEIRO & DELGADO, 2013).

b. Estados Unidos FDA


FDA é a sigla de Food and Drug Administration, que significa Administração de
Comidas e Remédios (em português). É o órgão do governo dos Estados Unidos, criado em
1862, está com a função de controlar os alimentos e medicamentos, através de diversos testes e
pesquisas. O objetivo do FDA é principalmente ter o controle dos alimentos e medicamentos,
que podem ser de humanos e animais, suplementos alimentares, cosméticos, equipamentos
médicos e materiais biológicos (SIGNIFICADOS, 2013).

c. Canadá - Canadian Bureau of Veterinary Drugs (VDD)


A Direção de Medicamentos Veterinários (VDD) trabalha para proteger a saúde humana
e animal e a segurança do abastecimento alimentar do Canadá. Fazemos isso avaliando e
monitorando a segurança, a qualidade e a eficácia dos medicamentos veterinários. Também
estabelecemos padrões para a segurança alimentar e promovemos o uso responsável de
medicamentos veterinários para animais de estimação e animais produtores de alimentos
(SERVICE CANADA, 2017)

d. Brasil - Lei 6198 de 26/12/1974, regulamentada pelo decreto 6296 de 11/12/2007 do


MAPA.

Decreto Nº 6.296, de 11 de dezembro de 2007(*)


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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Aprova o Regulamento da Lei nº 6.198, de 26 de dezembro de 1974, que dispõe sobre a


inspeção e a fiscalização obrigatórias dos produtos destinados à alimentação animal, dá nova
redação aos arts. 25 e 56 do Anexo ao Decreto nº 5.053, de 22 de abril de 2004, e dá outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso
IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 6.198, de 26 de dezembro de 1974,

Decreta:
Art. 2º Os arts. 25 e 56 do Anexo ao Decreto nº 5.053, de 22 de abril de 2004, passam a
vigorar com a seguinte redação:
"Art. 25. Entende-se por produto de uso veterinário para os fins deste Regulamento toda
substância química, biológica, biotecnológica ou preparação manufaturada destinada a
prevenir, diagnosticar, curar ou tratar doenças dos animais, independentemente da forma de
administração, incluindo os antisépticos, os desinfetantes de uso ambiental, em equipamentos
e em instalações de animais, os pesticidas e todos os produtos que, utilizados nos animais ou
no seu habitat, protejam, higienizem, embelezem, restaurem ou modifiquem suas funções
orgânicas e fisiológicas.
Art. 56. Para fins de obtenção do registro de produto importado, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizará inspeção prévia no estabelecimento fabricante
no país de origem, visando avaliar as condições de produção previstas nos arts. 11, 12, 13 e 14
deste Regulamento, além daquelas relacionadas com as normas de boas práticas de fabricação
brasileira e com os regulamentos específicos dos produtos.

2.1.3 Classificação de aditivos para uso na alimentação animal


Os aditivos de ração são atribuídos a uma ou mais das seguintes categorias, dependendo de
suas propriedades e funções:

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Tabela 1. Classificação de aditivos para uso na alimentação animal, segundo a IN nº 13, de


30/11-2004.
Categoria do
aditivo Descrição Grupo funcional
Substancia adicionada aos alimentos com Adsorventes, aglomerantes, anti-
Tecnológicos fines tecnológicos. aglomerantes, antioxidantes,
antiumectantes, gelificantes, reguladores de
acidez, umectante.
Sensorial Substancias adicionada ao alimento para Corantes e pigmentantes, aromatizantes,
melhorar ou modificar as propriedades palatabilizantes.
organolépticas destes ou as características
visuais dos alimentos.
Nutricionais Substancia utilizada para manter ou Vitaminas, oligoelementos ou seus
melhorar as propriedades nutricionais do compostos (microminerais orgânicos),
produto. aminoácidos, seus derivados e análogos,
ureia e seus derivados.
Zootécnicos Substancia utilizada para influir Digestivos (enzimas), equilibradores da
positivamente na melhora do desempenho flora intestinal (probióticos, prebióticos e
acidificantes), melhoradores de
dos animais.
desempenho.
Anticoccidianos Substancias destinada a eliminar ou inibir Anticoccidianos
protozoários.

Fonte: (Sistema Integrado de Legislação, 2017)

2.1.4 Classificação
São classificados em 13 grupos quanto à sua natureza e função e divididos em três classes
de acordo com seu modo de ação específico ou característica funcional, quais sejam: pró-
nutrientes, coadjuvantes de elaboração e profiláticos. O termo pró-nutriente indica que o
microingrediente pode favorecer a utilização dos nutrientes dietéticos pelos animais
melhorando a sua eficiência de utilização e proporcionando melhor desempenho dos animais,
o termo coadjuvante de elaboração indica que o microingrediente pode ter efeito sobre as
características físicas dos ingredientes ou da ração tais como cor, odor, consistência,
conservação etc. O termo profilático trata daqueles micronutrientes usados com o fim de previr
a oxidação e destruição de vitaminas, a ocorrência de enfermidades ou intoxicações causadas
por organismos patogênicos (ALVARES, 2017).

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Tabla 2. Grupos e classes dos microingredientes das rações

GRUPOS PRÓ-NUTRIENTES COADJUVANTES PROFILÁTICOS


Acidificantes * * *

Adsorventes * * *

Aglutinantes * *

Anticoccidianos * *

Antifúngico * *

Antioxidante * * *

Conservantes * * *

Aromatizantes * *

Corantes *

Enzimas *

Pigmentantes *

Probiótico *

Promotores de crescimento *
(SINDIRAÇÕES, 2009)

2.1.5 Aditivos tecnológicos


Qualquer substância adicionada ao produto destinado à alimentação animal com fins
tecnológicos; incluem os seguintes grupos funcionais:

a. Absorventes
Substância capaz de fixar moléculas.
Utilizado na nutrição de monogástricos como alternativa para combater micotoxinas; as
micotoxinas são metabólitos tóxicos produzidos por fungos filamentosos chamados fungos
tóxicos. Pelo que a contaminação com estes metabólitos de alimentos destinados a aves implica
perdas econômicas, sanitárias e comerciais (OSWEILLER, 2000). Além disso, combinações de
micotoxinas em concentrações individuais inferiores às reconhecidas como tóxicas, podem
alterar os valores hematológicos e sorológicos de aves (CHOWDHURY, SMITH, &
BOERMANS, 2005). Por tanto, os aditivos absorventes são capazes de combinar com

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

micotoxinas, formando complexos indigestíveis no trato gastrointestinal reduzindo a dose de


micotoxinas absorvidas.
b. Aglomerantes: Substância que possibilita às partículas individuais de um alimento
aderiremse umas às outras;
c. Antiaglomerantes: Substância que reduz a tendência das partículas individuais de um
alimento a aderirem-se umas às outras;
d. Antioxidantes: Substâncias que prolongam o período de conservação dos alimentos e das
matérias-primas para alimentos, protegendo-os contra a deterioração causada pela oxidação;

e. Antiumectantes: Substância capaz de reduzir as características higroscópicas dos alimentos;


f. Gelificantes: Substância que dá textura a um alimento mediante a formação de um gel;
g. Regulador da acidez: Substância que regula a acidez ou alcalinidade dos alimentos;
h. Umectante: Substância capaz de evitar a perda da umidade dos alimentos.

a.1 Experimento com o uso de Aditivos tecnológicos (Absorventes)


Adição de bentonita sódica como adsorvente de aflatoxinas em rações de frangos de corte
Utilization of sodium bentonite as adsorbent of aflatoxins in broiler feed
Fonte: (Lopes, Rutz, Mallmann, & Toledo, 2006)

O efeito da adição da bentonita sódica em rações de frangos de corte contaminadas com alto
nível de aflatoxinas no desempenho.

Resultados
Tabla 3. Avaliação do consumo de ração dos frangos nas diferentes fases de crescimento
Consumo (g)
Período (dias)
Tratamento
1 – 21 1-35 1-42
(T1) Sem aflatoxina 980,8 ± 35,3 c 2667,5 ± 118,1 c 3858,9 ± 116,3 c
(T2) Aflatoxina* 869,5 ± 38,2 a 1635,3 ± 114,8 a 2420,7 ± 151,8 a
(T3) Sem afla+ 0,5% bent. 1078,3 ± 19,3 d 2783,9 ± 77,4 c 3965,6 ± 142,7 c
(T4) afla+0,1% bentonita* 919,1 ± 12,1 b 1950,7 ± 39,5 b 2861,7 ± 66,60 b
(T5) afla+0,3% bentonita* 947,3 ± 30,8 bc 2086,2 ± 116,2 b 2972,9 ± 135,0 b
(T6) afla+0,5% bentonita* 938,1 ± 32,9 bc 2037,4 ± 112,4 b 2963,9 ± 232,1 b

As médias foram submetidas ao teste de Tukey a 5%.


* Todos os tratamentos com adição de 3mg de aflatoxina/kg de ração.
Médias nas colunas seguidas por letras diferentes são estatisticamente significativas (P<0,05).

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Fonte: (Lopes, Rutz, Mallmann, & Toledo, 2006)

Tabla 4. Avaliação do Ganho de peso (g) dos frangos nas diferentes fases de crescimento
Ganho de peso (g)
Período (dias)
Tratamento
1 – 21 1-35 1-42
(T1) Sem aflatoxina 812,9 ± 22,70 e 1773,5 ± 45,9 d 2421,0 ± 74,8 d
(T2) Aflatoxina* 471,6 ± 39,20 a 1069,2 ± 43,8 a 1550,9 ± 84,0 a
(T3) Sem afla+ 0,5% bent. 769,1 ± 13,50 d 1721,9 ± 49,4 d 2354,6 ± 73,0 d
(T4) afla+0,1% bentonita* 507,6 ± 507,5 b 1179,4 ± 29,6 b 1676,5 ± 36,4 b
(T5) afla+0,3% bentonita* 570,4 ± 17,30 c 1272,6 ± 49,2 c 1795,1 ± 51,7 c
(T6) afla+0,5% bentonita* 563,7 ± 29,20 c 1244,4 ± 53,0 bc 1771,1± 79,2 bc

As médias foram submetidas ao teste de Tukey a 5%.


* Todos os tratamentos com adição de 3mg de aflatoxina/kg de ração.
Médias nas colunas seguidas por letras diferentes são estatisticamente significativas (P<0,05).
Fonte: (Lopes, Rutz, Mallmann, & Toledo, 2006)

Tabla 5. Avaliação da conversão alimentar dos frangos nas diferentes fases de crescimento
Conversão alimentar
Período (dias)
Tratamento
1 – 21 1-35 1-42
(T1) Sem aflatoxina 1,207 ± 0,05 a 1,504 ± 0,04 a 1,595 ± 0,07 ab
(T2) Aflatoxina* 1,849 ± 0,09 d 1,529 ± 0,07 a 1,561 ± 0,05 a
(T3) Sem afla+ 0,5% bent. 1,402 ± 0,03 b 1,617 ± 0,03 b 1,684 ± 0,04 bc
(T4) afla+0,1% bentonita* 1,811 ± 0,02 d 1,655 ± 0,05 b 1,707 ± 0,03 c
(T5) afla+0,3% bentonita* 1,661 ± 0,02 c 1,639 ± 0,05 b 1,657 ± 0,08 abc
(T6) afla+0,5% bentonita* 1,665 ± 0,04 c 1,637 ± 0,06 b 1,675 ± 0,13 abc

As médias foram submetidas ao teste de Tukey a 5%.


* Todos os tratamentos com adição de 3mg de aflatoxina/kg de ração.
Médias nas colunas seguidas por letras diferentes são estatisticamente significativas (P<0,05).
Fonte: (Lopes, Rutz, Mallmann, & Toledo, 2006)

Conclusão
Nas condições experimentais conduzidas, a adição de 3 ppm de aflatoxina na ração dos
frangos reduziu o consumo de alimento, desencadeando efeito negativo nos demais aspectos

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ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

avaliados. A inclusão de 0,3% de bentonita sódica como adsorvente foi suficiente para
neutralizar parte dos efeitos negativos das aflatoxinas.
2.2 Funções de micro-ingredientes (aditivo)
Aditivo para alimentos para animais monogástricos: substâncias, microrganismos e
preparações, exceto matérias-primas para a alimentação animal e pré-misturas, adicionados
intencionalmente à alimentação ou à água, para desempenhar, nomeadamente, uma ou mais das
seguintes funções (NUNEZ, 2016):
 Influencie positivamente as características do alimento;
 Influenciar positivamente as características dos produtos animais;
 Satisfazer as necessidades nutricionais dos animais;
 Influenciar positivamente o impacto ambiental da produção animal;
 Influenciar positivamente a produção, atividade ou bem-estar dos animais;
 Atuando principalmente sobre a flora gastrointestinal ou a digestibilidade da ração;
 Ter um efeito coccidiostático ou histomonostático.

2.3 Microingredientes (aditivos) na alimentação de aves


Um dos fatores que contribuíram para a obtenção da alta produtividade apresentada pela
indústria avícola foi sem dúvida a utilização de aditivos nas dietas (ARAUJO & SILVA, 2007).
Na criação de aves comerciais, a alimentação representa cerca de 70% do custo de produção (
(ARAUJO D. M., 2005). Principalmente pela presença de fatores tidos como antinutricionais,
mais agora no uso frequente de alimentos alternativos, na maioria dos casos, se consegue
diminuir os custos com a alimentação, entretanto os índices zootécnicos ficam comprometidos.
Na tentativa de reduzir este comprometimento, alguns artifícios são utilizados, como a adição
de enzimas exógenas, probióticos, prebióticos, simbióticos e antibióticos nas dietas, que podem
auxiliar de forma direta e/ou indiretamente o animal a utilizar mais eficientemente os nutrientes
contidos neste tipo de ingredientes (SCHWARZ, 2002).
1.14 Aditivos Zootécnicos para uso na alimentação
Substancia utilizada para influir positivamente na melhora do desempenho dos animais.

1.14.1 Digestivos (enzimas)


A tecnologia de enzimas está melhorando a qualidade dos alimentos de várias maneiras,
como melhorar a funcionalidade, o valor nutricional e o sabor e a textura dos produtos
alimentícios.

12
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

As fontes de produção de enzima são animais, plantas e microorganismos, com


microorganismos (bactérias, fungos, leveduras e actinomicetos) sendo as melhores e mais
adequadas fontes de produção comercial de enzimas, globalmente, enzimas viz. α-amilase,
glucoamilase, lipase, pectinase, quimosina e protease são utilizados em indústrias de
processamento de alimentos (POONAM & SANJAY, 2019).

1.14.2 Fontes de enzimas


As enzimas foram extraídas do estômago de bezerros, cordeiros e cabritos, mas agora são
produzidos por microorganismos como bactérias, fungos, leveduras e actinomicetos. Enzimas
obtidas de microrganismos são melhores que as de origem animal e vegetal. Os
microorganismos podem ser geneticamente manipulados para melhorar a produção de escala
(SABU, 2003).

Todos os animais usam enzimas endógenas para digestão de alimentos. Enzimas endógenas
são ou produzido pelo sistema do animal, ou pelos microorganismos que naturalmente habitam
o intestino. Porém, o sistema digestivo do animal não é totalmente eficiente, Suínos e aves não
podem digerir aproximadamente um quarto da dieta são alimentados porque os ingredientes da
ração contêm fatores deletérios indigestos que impedem o processo digestivo, e / ou o animal é
carente das enzimas necessárias para degradar certos componentes na alimentação.
A inclusão de exógenos enzimas alimentares na alimentação animal está se tornando um
costume para conquistar os efeitos fatores deletérios e melhorar a digestão de alimentos e
desempenho animal. Suplementação de alimentos com enzimas definidas aumenta seu valor
nutritivo, aumentando assim a eficácia de digestão (OJHA, SINGH, & SHRIVASTAVA,
2019).

As enzimas são aditivos importantes e úteis na indústria de alimentos para animais, existem
quatro categorias diferentes de produtos enzimáticos comercializáveis aplicados pela indústria
de alimentos para animais:
 segmentação de enzimas fitatos;
 enzimas que têm como alvo cereais viscosos (triticum);
 enzimas que visam não-viscosos cereais (milho, jowar) e
 enzimas dirigidas a não cereais / leguminosas (linhaça refeição).

Estudos sugerem que preparações multienzimáticas podem fornecer uma abordagem


viável desenvolver a utilização de nutrientes em dietas de gado / aves ( (COWIESON,
ACAMOVIC, BEDFORD, & M.R., 2006)
13
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

1.14.3 Enzimas exógenas utilizadas na ração

Tabla 6. Enzimas exógenas utilizadas na ração animal e seus substratos

Enzyme Substrate Alimentos


Xylanases Arabinoxylans Trigo, triticale, planta fibrosa complexos
β-Glucanases β-Glucan Cevada, aveia, centeio
α-galactosidases Oligossacarídeos Farinha de linho, grão leguminoso
Mannanases, celulases, Matriz da parede celular (FB) Ingredientes fibrosos de origem vegetal
hemicelulases, pectinases
Amilase Amido Grãos de cereais, grãos leguminosos
Proteases Proteínas Ingredientes proteicos derivados de plantas
Lipases Lipídios Gorduras e óleos em fontes de alimentação
Fitases Fitato Fontes alimentares à base de plantas
Fonte: (OJHA, SINGH, & SHRIVASTAVA, 2019)

1.14.4 Modo (s) de ação das enzimas


Reações químicas ocorrem quando moléculas interagem e ligações químicas entre eles
são formadas ou quebradas. Algumas reações ocorrerão apenas colocando duas substâncias
próximas, por exemplo, o ferro na presença de oxigênio formará óxido de ferro ou ferrugem.
Outras reações requerem energia para iniciar a reação, uma vez que a energia de ativação é
adicionada, a reação continuará se o estado de energia final for menor que o estado de energia
inicial, um bom exemplo é um relâmpago que inicia um incêndio florestal que, uma vez
iniciado, continuará a queimar até que o combustível seja consumido (NAU, s.f.).

14
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

.
Figura 1. Enzimas e taxas de reação

Fonte: (NAU, s.f.)


Enzimas usadas como aditivos na indústria de ração animal têm diversos modos de ação,
independentemente do seu crescente reconhecimento como aditivos de alimentação, o (s) modo
(s) preciso (s) de ação de enzimas de alimentação animal continua a ser visto. Um ou mais dos
seguintes mecanismos são responsáveis pelas vantagens experienciais (BEDFORD &
PARTRIDGE, 2011); (RAVINDRAN V. , 2013).
 As enzimas alimentares exógenas ajudam a degradar as ligações exatas nos
ingredientes / componentes das rações que geralmente não são hidrolisados por
enzimas endógenas;
 Estes ajudam na degradação dos fatores deletérios presentes na ração que são
responsáveis por reduzir a digestão e aumentar a viscosidade do intestino,
conseguindo assim uma melhor utilização de nutrientes;
 Eles podem interferir na integridade do endosperma e causar a descarga de nutrientes
que estão ligados ou presos pela parede celular da planta;
 As enzimas alimentares modificam o processo de digestão para ajudar ainda mais os
locais de digestão.
 As enzimas alimentares reduzem as secreções internas e a perda de proteínas do trato
digestivo, reduzindo assim os requisitos de manutenção dos animais ( (COWIESON,
BEDFORD, SELLE, & RAVINDRAN, 2009).
 As enzimas alimentares reduzem a carga intestinal e modificam a morfologia
intestinal (WU, RAVINDRAN, THOMAS, BIRTLES, & HENDRIKS, 2004).
 As enzimas alimentares alteram as populações microbianas no trato gastrintestinal
(GI) diretamente manipulando as quantidades e aparência do substrato presente
dentro do trato gastrointestinal devido ao aumento de bactérias benéficas enquanto
micróbios prejudiciais diminuem no intestino (APAJALAHTI, 2004); (BEDFORD
& COWIESON, 2012).

1.14.5 Razões que afetam as respostas enzimas


Enzimas estão presentes apenas em quantidades muito pequenas nas células, mas isso é
tudo o que é necessário. Como cada enzima acelera uma reação em muitas ordens de grandeza,
a atividade de uma enzima é medida como a atividade molecular, também conhecida como o
número de rotatividade.
15
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

As enzimas alimentares, sendo moléculas de proteína, podem “sobreviver” à digestão


primária e reter alguma atividade no trato gastrointestinal. Mas é preciso se lembrar, que as
enzimas são catalisadores de proteínas, sua atividade é suscetível a variações no pH, e as
proteínas enzimáticas podem ser atacadas por proteases que atuam dentro do trato
gastrointestinal. Assim, para o uso bem-sucedido de enzimas, é importante avaliar os fatores
que afetam a atividade enzimática e a estabilidade durante a passagem. A realidade biológica é
que existem restrições fisiológicas, impostas pelas circunstâncias do trato gastrointestinal, às
respostas enzimáticas (OJHA, SINGH, & SHRIVASTAVA, 2019).

1.14.6 Concentração de substrato


Para uma determinada quantidade de enzima, um aumento no substrato resultará em um
aumento na taxa de reação. Quanto mais moléculas de substrato existem, mais rapidamente a
reação ocorre à medida que mais locais ativos são usados. Isso continua até que a concentração
de substrato seja tão alta que todas as moléculas de enzima estejam trabalhando em sua
capacidade máxima. Neste ponto, por mais substrato que seja adicionado, a reação não será
mais rápida (ABPI, 2019).

Figura 2. Efeito da concentração de substrato na taxa de uma reação enzimática controlada com enzima em
excesso.

Fonte: (ABPI, 2019).

16
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

1.14.7 Fisiologia Digestiva


Em animais monogástricos a digestão pode ser dividida em quatro estágios diferentes:
 em primeiro lugar, na boca, a mastigação proporciona degradação mecânica, a adição
de água, bem como amilase. Este passo não é considerado prejudicial para as enzimas
alimentares;
Em seguida,
 o alimento entra no estômago, onde encontra o ácido clorídrico (HCl) e pepsina, ambas
as quais podem comprometer a estabilidade da enzima exógena e, por sua vez, a
atividade, via desnaturação ácida e digestão proteolítica, respectivamente;
Posteriormente,
 o alimento em bolo é liberado lentamente no intestino delgado, onde a alimentação é
neutralizada por uma secreção pancreática contendo bicarbonato e enzimas digestivas,
incluindo amilase, lipases e proteases;

A principal digestão e absorção de nutrientes, como açúcares, gorduras, minerais e


aminoácidos, ocorrem no intestino delgado, e as enzimas de alimentação, sendo proteínas, são
então digeridas pelos processos naturais de digestão;

Eventualmente,
 o bolo alimentar continua no intestino grosso, onde as bactérias inativam as enzimas
endógenas e digerem os restos da ração, principalmente NSP e proteína residual.

Fonte: (ARKHIPOVETS, 1962; CORRING, 1982; GIBSON ET AL., 1989.)

Efeito do pH e temperatura na ação enzimática


As enzimas têm um pH e temperatura ótimos (ou um intervalo) nos quais estão ativos
ao máximo. As cadeias laterais de aminoácidos desempenham o papel central. As cadeias
laterais no sítio ativo podem atuar como ácido ou base fraca e seu alinhamento depende do
estado de ionização. Portanto, o estado de ionização é importante para decidir a conformação
da molécula de enzima e, portanto, a atividade. De maneira dissimilar, temperaturas mais altas
resultam no rearranjo de ligações. Por causa disso, a conformação de sítios ativos é alterada e
a atividade é afetada (ASHWATHI, s.f.).

17
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Existem uma grande importância dos pHs nos alimentos, pois para haver uma boa
digestão alimentícia e um bom aproveitamento dos nutrientes e vitaminas o pH deve ser ácido,
além da preservação do alimento, já que dependendo do nível de acidez pode-se propiciar uma
maior o menor atividade bacteriana, de fungos ou bolores nos alimentos (PORTAL DA
EDUCAÇÃO, s.f.).

1.14.8 Proteases Digestivas Endógenas


Enzimas proteolíticas são caracterizadas por catalisar a hidrólise de proteínas
produzindo cadeias polipeptídicas menores e, finalmente, aminoácidos livres. Em alimentos
tem um papel importante, tanto aqueles que estão naturalmente presentes neles como aqueles
adicionados intencionalmente como tal ou através de microrganismos (Rubio, 1994). O trato
gastrointestinal produz várias proteases; os mais importantes são pepsina, tripsina e
quimotripsina. Como essas enzimas digerem ativamente as proteínas, elas são um grande
obstáculo para o uso de enzimas exógenas, e a estimativa adequada da resistência proteolítica
de enzimas putativas é justificada para prever o desempenho in vivo (STRUBE, MEYER, &
BOYE, 2013).
O teste in vitro de resistência proteolítica é geralmente feito por incubação de enzimas
alimentares exógenas por até 2 h com diferentes proporções de proteases endógenas usualmente
na proporção de 0,001 a 0,1 da protease endógena (pepsina ou tripsina) para a alimentação
exógena enzimas (RODRIGUEZ, MULLANEY, & LEI, 2000). As enzimas também são
fortemente afetadas por atividades proteolíticas no estômago, bem como no intestino delgado,
aparentemente tripsina e outras enzimas do intestino delgado (OJHA, SINGH, &
SHRIVASTAVA, 2019).

1.14.9 Conteúdo de Água e Força Iônica


As enzimas são freqüentemente dependentes da força iônica; na medida em que muitas
vezes exibem atividade limitada em baixas concentrações de sal, um pico definido em
determinadas concentrações e, em seguida, uma diminuição em concentrações mais altas. Isto,
por exemplo, ocorre em torno de NaCl 0,1 M para uma pectinase fúngica e NaCl 0,2 mM para
uma glucanase. Naturalmente, as enzimas halofílicas não funcionam de forma ideal até que as
concentrações de NaCl atinjam de 5% a 15%.

Para iniciar a atividade da enzima, é necessário um ambiente aquoso. Quando a


alimentação suplementada com enzima exógena é fornecida ao animal, a condição para um

18
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

ambiente aquoso é completada rapidamente e a alimentação se torna mais e mais umedecido ao


longo do trato gastrointestinal.

Abaixo seguem resultado de estudo, como forma de demonstrar as infrações citadas


sobre com enzimas anteriormente.

Effect of exogenous xylanase, amylase, and protease as single or combined activities on


nutrient digestibility and growth performance of broilers fed corn/soy diets (AMERAH,
ROMERO, AWATI, & RAVINDRAN, 2016)

Ensaios (desempenho de 42 dias) foram realizados para avaliar o desempenho de frangos de


corte alimentados com dietas de milho suplementadas com xilanase exógena, amilase e protease
como atividades únicas ou combinadas.
Enzimas exógenas
As enzimas eram endo-1,4-β-xilanase (EC 3.2.1.8), α-amilase (EC 3.2.1.1) e uma serina
protease (EC 3.4.21.62). A xilanase originada de Trichoderma reesei, a amilase de Bacillus
licheniformis e a protease de Bacillus subtilis. A fitase utilizada foi uma 6-fitase (EC 3.1.3.26)
obtida de Buttiauxella sp. expresso em Trichoderma reesei.

Resultados
Tabla 7. Efeito de enzimas com atividades únicas ou combinadas no desempenho de frangos
de corte alimentados com uma dieta de milho e soja¹.
(PC) (NC) NC + X NC + A NC + P NC + XAP SEM² P- V
1-21 days
Ganho de peso 1,114 ᵃ ᵇ 1,082 ᵇ 1,131 ª 1,096 ª ᵇ 1,102 ᵃ ᵇ 1,132 ª 36 0.001
Consumo de ração 1,347 1,353 1,387 1,357 1,365 1,370 36 0.17
Conversão alimentar 1.209 ͨ 1.253 ª 1.227 ª ͨ 1.239 ª ͨ 1.241 ª ᵇ 1.216 ᵇ ͨ 0.01 0.0003
22-42 days
Ganho de peso 2,383 2,334 2,302 2,309 2,309 2,312 106 0.50
Consumo de ração 3,933 3,984 3,878 3,893 3,842 3,777 182 0.12
Conversão alimentar 1.651 1.708 1.684 1.687 1.666 1.633 0.016 0.06
01-42 days
Ganho de peso 3,497 3,416 3,433 3,405 3,411 3,444 73 0.32
Consumo de ração 5,280 5,338 5,265 5,250 5,206 5,147 148 0.15
Conversão alimentar 1.523 ͨ ᵈ 1.567 ª 1.540 ᵇ ͨ 1.548 ª ᵇ 1.556 ª ᵇ 1.509 ᵈ 0.017 0.0001

ᵃ ‫ ־‬ᵈ Medias em uma linha não compartilhando um sobrescrito comum são diferentes (P <0,05).

19
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

X = xilanase de Trichoderma ressei (2.000 U / kg); A = amilase de Bacillus licheniformis (200 U / kg); P = protease
de Bacillus subtilis (4.000 U / kg).
¹ Cada valor representa a média de 8 réplicas (8 aves por réplica).
² Erro padrão da média.
Fonte: (AMERAH, ROMERO, AWATI, & RAVINDRAN, 2016)

Conclusão
Efeitos positivos da combinação de enzimas no desempenho de frangos de corte em
comparação com atividades enzimáticas únicas (AMERAH, ROMERO, AWATI, & RAVINDRAN,
2016).

Valor nutricional dos grãos secos dos destiladores com solúveis de milho e sorgo e
xilanase em dietas para suínos

Avaliou a digestibilidade e energia do DDGS do milho e enzima sorgo e xilanase em dietas


para suínos.

Corassa, Anderson; Ana Paula Ton Silva; Stuani, Jessika Lúcia; Sbardella, Maicon; Kiefer, Charles; Honório,
Roque Murilo; Batista, Erick.

Results
Tabla 8. Valores de dieta energética com DDGS e xilanase para suínos

Items RD DM20 DM20 + XIL Significance SEM²


GE (Kcal/kg) 4198 4321 4349 - -
DE (Kcal/kg) 3897 3922 3921 0,9033 25,54
DC (%) 92,8 90,78 90,17 0,2353 0,59
ME (Kcal/kg) 3769 3753 3761 0,9653 25,48
MC (%) 89,8 86,87 86,49 0,1162 0,59
DE- DDGS (Kcal/kg) - 4021 4019 0,9770 145,34
ME- DDGS (Kcal/kg) - 3686 3728 0,9890 147,79
² SEM: erro padrão da média
Fonte: (Corassa, et al., 2017)

Tabla 9. Digestibilidade aparente do trato total da composição química das dietas


experimentais para suínos com DDGS e xilanase

Digestible content (%) DR DM20 DM20 + XIL Significance SEM²


DM 88,73 86,93 86,24 0,2416 0,55
OM 87,65 86,15 85,97 0,4305 0,54
CP 16,11 16,27 16,18 0,8584 0,11
EE 7,43 7,42 7,36 0,9144 0,07
20
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

MM 5,60ª 4,79b 4,73b 0,0020 0,06


NDF 39,94 40,26 39,87 0,8567 0,30
² SEM: erro padrão da média
Fonte: (Corassa, et al., 2017)

Conclusões
O uso da enzima xilanase em dietas contendo 20% de DDGS não afeta a digestibilidade das
dietas. Outros estudos considerando diferentes inclusões de DDGS e xilanase são necessários
(Corassa, et al., 2017).

1.14.10 Melhoradores de desempenho


1.14.10.11 Antibióticos
Um agente antimicrobiano é definido como “naturalmente ocorrência, substância
semi-sintética ou sintética que apresenta atividade antimicrobiana (mata ou inibe a crescimento
de microrganismos) em concentrações atingíveis na Vivo. Anti-helmínticos e substâncias
classificadas como desinfetantes ou anti-sépticos estão excluídos desta definição
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE ANIMAL, 2016). Têm sido utilizados nas últimas
décadas na tentativa de, por meio de exclusão competitiva, manter o equilíbrio benéfico da
microbiota do TGI, reduzindo a mortalidade e aumentando a eficiência produtiva das aves
(SALYERS, 1999; CASTANON, 2007). Mas, após a proibição do uso de aditivos antibióticos
melhoradores de desempenho pela União Europeia.
O uso, abuso e uso indevido de antibióticos na medicina humana e veterinária durante as
últimas décadas levaram ao rápido aumento dos níveis de resistência, bem como ao surgimento
de novos mecanismos e bactérias multirresistentes que até se tornaram tão contra todos os
antibióticos conhecidos. As fluoroquinolonas, cefalosporinas de terceira geração, macrolídeos
e polimixinas (“prioridade máxima criticamente antibióticos importantes para a medicina
humana de acordo com OMS) são aprovados para uso em grandes produtores de aves regiões,
com excepção das fluoroquinolonas no EUA e cefalosporinas na EUo aumento da resistência
aos antibióticos é uma preocupação global para a saúde humana e animal (ROTH,
KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).
Da mesma forma e devido a uma série de circunstâncias, nas últimas décadas a indústria não
concentrou seus esforços na busca de novos antibióticos (GONZALEZ-ZORN & ORTEGA,
2017). Con isto, vem surgindo um grande interesse por parte dos pesquisadores brasileiros no
desenvolvimento de pesquisas com a utilização de substâncias que possam substituir os

21
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

antibióticos e que possam desempenhar funções que revertam em melhor desempenho das aves
e qualidade do produto final (LEMOS M. , et al., 2016).

Carnes de animais que passaram pelo período de retiro do antibiotico, poderia ser fonte
para resistência aos antibióticos?

A maioria dos alimentos não é estéril e, portanto, contém bactérias com DNA, que
podem codificar genes de resistência a antibióticos, no caso da carne, dependerá das possíveis
manipulações que possam ocorrer ao longo da cadeia produtiva, sempre levando em
consideração o fator de risco proporcionado pelos possíveis altos níveis de resistência presentes
nas fazendas (GONZALEZ-ZORN & ORTEGA, 2017). A aplicação de antimicrobianos
resulta no surgimento e disseminação da resistência antimicrobiana, que é causa de preocupação
mundial (GARCIA-MIGURA, HENDRIKSEN, FRAILE, & M., 2014).

1.14.10.12 Vision geral (Mecanismos de ação; Mecanismos da resistência)

Generalidades

Mecanismos de ação Mecanismos da resistência

Inibidores da síntese de parede Bloqueio de transporte ATB


Commented [BC1]:

Alteração, função de membrana Modificação Ez do ATB

Inibidores de síntese proteica Expulsão antibiótica

Interferência da síntese de ácidos nucleicos Alteração do site de ação

Interferência da síntese de metabolitos Produção de um caminho alternativo

Fonte: (Vargas, 2018)

22
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Tabla 10. Substâncias antibióticas aprovadas para uso em aves de capoeira por autoridades
reguladoras nacionais nos EUA, Brasil com base em relatórios nacionais. ¹
Classe
Classe antimicrobiana Composto US BR Composto US BR
antimicrobiana
Aminoglicosídeos Apramicina X Lincosamidas Lincomicina X X
Gentamicina X X Macrólidos Eritromicina X
Higromicina X Tilosina X X
Canamicina X Tilmicosina X
Neomicina X X Espiramisina
Espectinomicina X X Citasamicina X
Estreptomicina X X Ortossomicinas Avilamicina X
Arsenical Ácido arsênico 0 Ácidos fosfônicos Fosfomicina X
Nitarsona 0 X Pleuromutilinas Tiamulina X
Roxarsone 0 X Polipeptídeos Enramicina X
ß-lactâmicos - penicilinas Amoxicilina X Bacitracina X X
Ampicilina X Polimixinas Colistina X X
Benzilpenicilina X X Quinolona Halquinol X
Fenoximetilpenicilina X Ácido oxolínico
ß-lactâmicos - 1 g de cefalosporinas Cefalexina X Estreptograminas Virginiamicina X
ß-lactâmicos - 3 g cefalosporinas Ceftiofur X X Sulfonamidas Phalysysulfathiazole X
Diaminopirimidinas Ormetoprim 0 Sulfacloropiridazina
Trimetoprim X Sulfachlorpyridazine X
Fenicols Florfenicol Sulfadiazina X
Tianfenicol Sulfaguanidina X
Fluoroquinolones Ciprofloxacina Sulfadimetoxina X X
Difloxacina Sulfadimidina X
Enrofloxacina X Sulfametazina X X
Flumequina Sulfametoxazol X
Norfloxacina X Sulfametoxipiridazina X
Glicofosfolipídeo Bambermicina X Sulfanilamida X
Ionóforos Hainanmicina Sulfaquinoxalina X X
Lasalocida X Sulfisoxazol X
Maduramicina X X Clortetraciclina X X
Monensina X X Doxiciclina X
Salinomicina X X Tetraciclinas Oxitetraciclina X X
Semduramicina X X Tetraciclina X
¹ seguiram-se os relatórios nacionais: Food and Drug Administration 2016 US - US; Brasil - Ministério da
Agricultura Pecuária e Agricultura em Brasil 2008, 2014, 2016.

23
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Fonte: (ROTH, KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).


The application of antibiotics in broiler production and the resulting antibiotic resistance
in Escherichia coli (ROTH, KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).
Identificar o tipo e quantidade de antibióticos utilizados produção de aves de capoeira e o nível
de resistência aos antibióticos em Escherichia coli isolada de frangos de corte.

Figura. Taxas de resistência em E. coli a antibióticos oriundos de animais saudáveis (pontos verdes), carnes
varejistas de frango (pontos azuis) e galinhas doentes (pontos vermelhos) detectadas em estudos científicos ou em
programas nacionais de monitoramento. Cada ponto representa 1 estudo ou conjunto de dados em 1 ano. No topo
da figura, status de aprovação para o antibiótico específico testado para resistência (primeira linha), a classe
antimicrobiana (segunda linha).

24
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Fonte: (ROTH, KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).

Figura 5. Taxas de resistência em E. coli a antibióticos oriundos de animais saudáveis (pontos verdes), carnes
varejistas de frango (pontos azuis) e galinhas doentes (pontos vermelhos) detectadas em estudos científicos ou em
programas nacionais de monitoramento. Cada ponto representa 1 estudo ou conjunto de dados em 1 ano. No topo
da figura, status de aprovação para o antibiótico específico testado para resistência (primeira linha), a classe
antimicrobiana (segunda linha).
Fonte: (ROTH, KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).

25
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Tabla 11. Porcentagens de isolados de E. coli de frangos de corte no Brasil com resistência a
antibióticos publicados na literatura científica com base em Cardoso et al. (2002), Barros et al.
(2012), Bezerra et al. (2016), Pessanha e Filho (2001), Stella et al. (2013) e Korb et al. (2015).
Classe Composto % res média % res min % res max Nº de estudos Nº de isolados
Aminoglicosídeos Gentamicina 27 26 28 2 244
Estreptomicina 79 1 91
Cefalosporinas Cefalexina 31 0 61 1 35
Cefepima 10 1 120
Cefotaxima 23 1 120
Ceftazidima 3 1 120
Ceftiofur 43 1 174
Ceftriaxona 24 1 120
Cefalotina 65 51 78 2 161
Fosfomicinas Fosfomicina 29 10 45 3 360
Lincosamidas Lincomicina 100 100 100 1 35
Macrólidos Azitromicina 49 174
Eritromicina 97 91
Nitrofuranos Nitrofurantoína 13 120
Penicilinas Amoxicilina 65 50 84 2 101
Ampicilina 69 42 87 4 455
Fenicóis Cloranfenicol 52 51 52 2 244
Tianfenicol 51 25 77 1 35
Polimixinas Polimixina B 1 1 174
Ciprofloxacina 53 14 91 2 294
Enrofloxacina 40 13 76 2 155
Ácido nalidíxico 40 34 45 2 199
Norfloxacina 59 38 76 2 101
Ácido oxolínico 88 1 66
Tetraciclinas Clortetraciclina 74 63 84 1 35
Oxitetraciclina 81 62 100 1 35
Tetraciclina 67 48 95 4 455
Combinação de Trimetoprima 60 27 100 6 556
Compostos Sulfametoxazol
% res - valor médio das porcentagens de E. coli resistente a antibióticos encontrado em estudos referenciados.
% res min - valor mínimo de porcentagens de E. coli resistente a antibióticos encontrado em estudos de referência.
% res max - valor máximo de porcentagens de E. coli resistente a antibióticos encontrado em estudos de referência.
Fonte: (ROTH, KASBOHRER, MAYRHOFER, ZITZ, & HOFACRE, 2018).

As maiores taxas de resistência detectadas de E. coli de frangos de corte foram


identificados no estudo de Barros et al. (2012) para lincomicina, eritromicina e ácido
oxolínico, com 100, 97 e 88% de isolados resistentes, respectivamente. A lincomicina é
registrada para uso em Brasil, enquanto a eritromicina e o ácido oxolínico não são
permitidos, mas outros representantes de macrolídeos (tilosina e tilmicosina) e quinolonas
(halquinol) são registrados para uso. As taxas de resistência às penicilinas e ampicilinas são
em torno de 75 e 65%, respectivamente. Representantes Ambas as classes de antibióticos
podem ser usadas para aves domésticas no Brasil. Mais estudos encontraram variações nas taxas
de RA de E. coli de frangos para a combinação antibiótica de sulfametoxazol e trimetoprim.

26
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Assim, 1 estudo relata que 100% dos 174 isolados que foram testados foram resistentes (Bezerra
et al., 2016), enquanto outros 3 estudos detectaram taxas de resistência de 66 e 68% em 66 e 91
isolados, respectivamente (Cardoso et al., 2002; Stella et al., 2013). Além disso, 2 estudos
adicionais apresentam resistência taxas de 27 e 28% em 70 e 120 isolados testados,
respectivamente (Pessanha e Filho, 2001; Korb et al., 2015). A variação da resistência avaliada
pode ser explicada diferentes locais de estudo, bem como diferentes tempos de detecções.

1.14.11 Equilibradores da flora intestinal (prebióticos, probióticos e acidificantes),


1.14.12 Pre-bióticos
Esse pode ser adicionado à ração e desempenhar papel estratégico, atuando tanto na
integridade quanto no desenvolvimento da mucosa intestinal, e melhorando, consequentemente,
o desempenho do lote, utilização de prebióticos, especialmente dos mananoligossacarídeos
(MOSs), os quais promovem o crescimento das populações microbianas que melhoram as
condições luminais. A utilização de aditivos equilibradores da flora intestinal tem revelado
melhorias na integridade do epitélio intestinal (aumento da altura e largura das vilosidades), no
desempenho (melhora na produção e conversão alimentar) e na qualidade do produto final
(qualidade da casca dos ovos) (LEMOS, CALIXTO, & TORRES-CORDIDO, Uso de aditivo alimentar
equilibrador, 2016).
O trato gastrintestinal possui uma microbiota natural composta por muitas espécies de
bactérias, protozoários e fungos em equilíbrio entre si e com o hospedeiro. A presença dessa
microbiota em equilíbrio é tão necessária quanto benéfica para o bem-estar animal. Pois o
desequilíbrio, em favor das bactérias indesejáveis, pode resultar em danos para a mucosa
intestinal e prejuízos na absorção dos nutrientes da ração, com consequente comprometimento
no desempenho produtivo (LODDI, 2013).
É incontestável a consolidação do uso de enzimas nos sistemas de produção de aves e
suínos, especialmente na área de nutrição. Apesar dos intensos avanços ao longo dos últimos
anos quanto ao desenvolvimento e funcionamento das enzimas (enzimologia), exitem ainda,
lacunas importantes a serem elucidadas, especialmente no que refere a composição dos
alimentos, no tocante ao tipo e nível de substratos presentes (bromatologia) (KRABBE &
LORANDI, 2014).

27
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

1.14.13 Probióticos
O termo probiótico deriva do grego e significa “pró-vida”, sendo o antônimo de
antibiótico, que significa “contra a vida” (CCOPPOLA & TURNES, 2004). Os probióticos são
suplementos alimentares que contêm bactérias vivas que produzem efeitos benéficos no
hospedeiro, favorecendo o equilíbrio de sua microbiota intestinal, entanto consideraram que são
culturas únicas ou mistas de microrganismos que, administrados a animais ou humanos,
produzem efeitos benéficos no hospedeiro por incremento das propriedades da microbiota
nativa (FULLE, 1989; ROBERT, BRINK, & VELD, 1992).
Ademais das propriedades mencionadas, os probióticos devem ser inócuos, manter-se
viáveis por longo tempo durante a estocagem e transporte, tolerar o baixo pH do suco gástrico
e resistir à ação da bile e das secreções pancreática e intestinal, não transportar genes
transmissores de resistência a antibióticos e possuir propriedades anti-mutagênicas e
anticarcinogênicas, assim como resistir a fagos e ao oxigênio (HAVENAAR & IN'T, 1992);
(ARTHUR, SALMINEN, & ERIKA, 2002).
Microrganismos usados como probióticos, entre eles bactérias ácido- lácticas, bactérias
não ácido lácticas e leveduras (Tabela 1).

Tabla 12. Microrganismos probióticos.


Lactobacillus Bifidobacterium Outras bactérias ácido lácticas Bactérias não ácido lácticas
L. acidophilus B. adolescentis Enterococcus faecalis Bacillus cereus var. toyoi
L. amylovorus B.animalis Enterococcus faecium Escherichia coli cepa nissle
L. casei B. bifidum Lactococcus lactis Propionibacterium freudenreichii
L. crispatus B. breve Leuconstoc mesenteroides
L. delbrueckii subsp. bulgaricus B. infantis Pediococcus acidilactici
L. gallinarum B. lactis Sporolactobacillus inulinus
L. gasseri B. longum Streptococcus thermophilus
L. johnssonii
L. paracasei
L. plantarum
L. reuteri
L. rhamnosus
Fonte: (HOLZAPFEL, 2001).

28
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

MECANISMOS DE AÇÃO

Figura 3. Diagrama ilustrando mecanismos de ação potenciais ou conhecidos dos probióticos.


Competição por ingredientes alimentares usados como substratos de crescimento, (2) bioconversão de, por
exemplo, açúcares em produtos de fermentação com propriedades inibitórias, (3) produção de substratos de
crescimento, por exemplo, EPS ou vitaminas, para outras bactérias, (4) antagonismo direto por bacteriocinas, (5)
exclusão competitiva para sítios de ligação, (6) melhora na função de barreira, (7) redução da inflamação,
alterando, portanto, as propriedades intestinais para facilitar a colonização e permanência, e (8) estimulação da
resposta imunológica inata (mecanismos subjacentes desconhecidos). CEI, células epiteliais; CD, células
dendríticas; T, células-T. Fonte: O’Toole; Cooney (2008).

Effects of Enterococcus faecalis on egg production, egg quality and caecal


microbiota of hens during the late laying period
Efeitos da suplementação dietética de poedeiras com Enterococcus faecalis (EF) na
produção de ovos, qualidade de ovos e microbiota cecal. (ZHANG, et al., 2019)

Um total de 360 galinhas poedeiras Hy-Line Brown (72 semanas de idade) foram
divididas em três grupos com quatro repetições de 30 aves cada. As poedeiras foram
alimentadas com a dieta basal (Controle), a dieta basal + 3,75 · 108 ufc EF / kg (Grupo I) ou a
dieta basal + 7,5 · 108 ufc EF / kg (Grupo II).

29
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Tabla 13. Efeitos da suplementação dietética de Enterococcus faecalis (EF) no desempenho de


postura e na qualidade de ovos de poedeiras.

Grupos de tratamento
Grupo I Grupo II
Controle (3.75 · 108 cfu EF/kg) (7.5 · 108 cfu EF/kg) SEM* p-Value
Taxa de postura de ovos, % 79,4b 83,4a 84.1a 0,66 < 0.001
Peso médio diário dos ovos, g 61,2 62,0 61,7 0,22 0,385
Proporção de ração/ovo, kg / kg 2,35a 2.21b 2.21b 0,023 0,002
Taxa de ovo rachado, % 0,68 0,55 0,54 0,054 0,538
Mortalidade, % 4,17 2,50 2,50 0,763 0,633
Espessura da casca de ovo [mm] 0,38 0,39 0,39 0,003 0,133
Força de quebra da casca de ovo [kN] 0,04 0,04 0,03 0,001 0,170
Índice de forma de ovo 1,31 1,32 1,32 0,003 0,244
Altura do albume [mm] 5,42 5,45 5,40 0,024 0,747
Unidade Haugh 70,2 70,8 70,7 0,13 0,139
* SEM, erro padrão agrupado da média.
ª Não significa compartilhar significativamente os mesmos sobrescritos consecutivos (p <0,05).
Fonte: (ZHANG, et al., 2019)

Conclusão
A suplementação dietética com 3,75 · 10⁸ e 7,5 · 10⁸ ufc EF / kg de ração pode
melhorar a taxa de produção de ovos e diminuir a taxa de ração / ovo
significativamente comparada com as não suplementadas, respectivamente.

1.14.14 Ácidos Orgânicos

Refere-se a todos os ácidos construídos sobre um esqueleto de carbono, conhecidos como


ácidos carboxílicos, que podem alterar a fisiologia das bactérias, provocando distúrbios
metabólicos que impedem a proliferação e causam a morte, quase todos os ácidos orgânicos
usados na nutrição animal, como os ácidos fórmico, propiônico, lático, acético, sórbico ou
cítrico, têm uma estrutura alifática e representam uma fonte de energia para as células
(Theobald, 2018).

Utilizado principalmente nas rações de leitões recém desmamados, em função destes


apresentarem sistema digestivo relativamente imaturo e não digerirem os carboidratos e
proteínas contidas nos grãos de cereais e farinha de sementes de oleaginosas tão eficientemente
30
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

como os carboidratos (lactose do leite) e proteínas (caseína, lactoalbumina do leite). Isto se deve
em parte a insuficiente quantidade de secreção de enzimas digestivas e também pela insuficiente
produção de HCl no estômago (UFLA, ADITIVOS NAS RAÇÕES ANIMAIS).

São ácidos fracos como os fumárico, cítrico (têm dado bons resultados) e propiônico e
fosfórico não têm sido efetivos.

 Inibem a ação da substância seqüestradora de HCl no estômago;


 Reduz o pH do estômago e a ação de microorganismos;
 Para as aves é possível ter ação anti-salmonela no papo.
Fonte: (UFLA, ADITIVOS NAS RAÇÕES ANIMAIS).

Modo de ação

Figura 4. Modo de ação Ácidos Orgânicos;


Fonte: (PARTANEN, 2001)

A atividade antimicrobiana é causada pela capacidade de dissociação dos ácidos


orgânicos (PARTANEN, 2001). Na forma indissociada, as moléculas do ácido podem penetrar
facilmente pelas paredes celulares de bactérias gram negativas. Dentro da célula, o pH é mais
elevado do que o seu pKa e uma grande proporção do ácido é dissociada e libera seu íon
hidrogênio (H+). Na tentativa de bombear para fora os íons hidrogênio (H+), a célula
microbiana consome enormes quantidades de energia, levando à morte celular (PETER, 2018).

31
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Uso de ácido benzoico na dieta de leitões


Ácido benzoico (Vevovitall®) na dieta sobre o desempenho de leitões de 28 a 70 dias de idade.
Tabela 14. Desempenho de suínos em diversas fases de crescimento alimentados com dietas
contendo ácido benzoico.
Ácido benzoico Consumo médio diário (g) Ganho médio diário (g) Conversão alimentar (g/g)
Pré-inicial 1 (28 a 35 dias)
0,00 345 208 1,66
0,25 375 286 1,31
0,50 407 290 1,41
0,75 408 298 1,37
Ácido fumárico 321 196 1,64
Efeito¹ ns Linear Linear
R² 0,75 0,94 0,85
CV (%) 11,04 23,43 12,03
Pré-inicial 2 (36 a 46 dias)
0,00 715 463 1,54
0,25 751 751 514 1,46
0,50 733 505 1,45
0,75 743 515 1,44
Ácido fumárico 751 489 1,53
Efeito² ns Linear
R² 0,55 0,77 0,88
CV (%) 7,22 15,09 8,90
Inicial (47 a 70 dias)
0,00 1.299 714 1,82
0,25 751 1.383 740 1,87
0,50 1.387 775 1,79
0,75 1.449 788 1,84
Ácido fumárico 1.316 719 1,83
Efeito² Linear Linear ns
R² 0,95 0,99 0,08
CV (%) 7,41 7,70 12,41
ns = não-significativo.
¹GMD = 229,4+109,6X; CA = 1,553–0,308 X
²GMD = 477,2+58,8X; CA = 1,519-0,124X; Fonte: (GHELER, ARAÚJO, GOMES, PRATA, & GOMIDE, 2009)
³CMD = 1.311,4+181,6X; GMD = 715,7+102,8X

32
ADITIVOS NA ALIMENTAÇÃO DE MONOGÁSTRICOS

Conclusões
O desempenho de suínos no período de 28 a 70 dias de idade melhora com a adição de ácido
benzoico na ração. Os níveis de 0,50% e 0,75% são mais eficientes no desempenho dos leitões.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Atualmente, graças aos vários organismos em suas áreas controladas, os aditivos
alimentares são rigorosamente monitorados, (Comunidade Europeia - Diretiva 70/524/CEE,
EEUU FDA, Canadá - Canadian Bureau of Veterinary Drugs (VDD), Brasil - Lei 6198 de
26/12/1974, regulamentada pelo decreto 6296 de 11/12/2007 do MAPA) uma vez que seus
possíveis efeitos adversos sobre a saúde são estudados e analisados para toma de medidas).
necessário estabelecer um controle exaustivo dos compostos em caso de qualquer efeito
adverso, eles são imediata e absolutamente proibidos de solicitar o consumo humano.

Os aditivos são uma ferramenta importante na preparação de um alimento processado,


pois prolonga a vida útil desses alimentos em muitos fatores, seja para conservar ou
potencializar seus nutrientes. Deve-se ter em mente que a maioria dos produtos que
consumimos são supervisionados por várias organizações e que, de certa forma, são autorizados
para consumo humano. Incentivar a cultura da etiqueta, e como também saber o que nós
comemos.

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