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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE NOVO


REPARTIMENTO, ESTADO DO PARÁ.

PEDRO MONTEIRO DE VASCONCELOS, brasileiro, inseminador


artificial, portador da cédula de identidade RG nº 4529709 PC/PA, inscrito no
CPF nº 058.814.982-91, residente e domiciliado na Tv. Rio Jordão, s/n, Q. 55,
Bairro Espigão, CEP nº 68.473-000, neste Município de Novo Repartimento -
PA, por seu advogado que esta subscreve (procuração, em anexo), com
endereço profissional e eletrônico constantes do rodapé, onde recebe as
devidas intimações, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência,
ajuizar, com supedâneo no art. 5º, XXXII, da Constituição Federal de 1988;
arts. 186, 927, 876 e seguintes, do Código Civil de 2002; arts. 6º, VI e VIII e 14,
do Código de Defesa do Consumidor; arts. 319 e seguintes, do Novo Código de
Processo Civil, e demais legislações pertinentes à matéria, a presente

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO COM INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS
em desfavor de TELEFONICA BRASIL S.A., pessoa jurídica de direito privado,
inscrita no CNPJ nº 02.558.157/0019-91, com sede na Travessa Padre
Eutíquio, nº 1226, CEP nº 66.023-710, Belém-PA, na pessoa de seu
representante legal, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I- JUSTIÇA GRATUITA

O autor, com base no art. 4º, da Lei nº 1.060/50, bem como no art.
98 e seguintes, do Novo Código de Processo Civil, requer que lhe sejam
concedidos os benefícios da justiça gratuita uma vez que não reúne qualquer
condição de custear as despesas decorrentes do processo.

O artigo 4º, caput, da Lei 1.060/50, disciplina que:

“Art. 4º A parte gozará dos benefícios da assistência


judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição
inicial, de que não está em condições de pagar as custas do
processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio
ou de sua família.
(...)”

Nesse sentido, o art. 54, da Lei Federal nº 9.099/95, dispõe que o


acesso ao primeiro grau de jurisdição do Juizado Especial independerá do
pagamento de custas, taxas ou despesas. Inobstante, o seu parágrafo único,
dispõe que o preparo do recurso compreenderá todas as despesas
processuais, inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição,
ressalvada a hipótese de assistência judiciária gratuita.

“Art. 54. O acesso ao Juizado Especial independerá, em primeiro


grau de jurisdição, do pagamento de custas, taxas ou despesas.

Parágrafo único. O preparo do recurso, na forma do § 1º do art.


42 desta Lei, compreenderá todas as despesas processuais,
inclusive aquelas dispensadas em primeiro grau de jurisdição,
ressalvada a hipótese de assistência judiciária gratuita.”
Assim, verifica-se que aos reconhecidamente pobres, na forma da
Lei, é assegurado o benefício da gratuidade do acesso à Justiça, constituindo
meio adequado para não vilipendiar o acesso à jurisdição.

O Egrégio TRF da 1ª Região vem decidindo nesse sentindo:

“PROCESSO CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA.


BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. RENDA ACIMA DA MÉDIA
NACIONAL. DEFERIMENTO. LEI Nº 1.060/50. I - A simples
declaração de miserabilidade jurídica por parte do
interessado é suficiente para a comprovação desse estado,
nos termos do art. 4º, § 1º, da Lei 1.060/50 (presume-se pobre,
até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos
termos desta lei). (TRF da 1ª Região; AC 1999.01.00.102519-
5/BA; Relator Juiz Carlos Fernando Mathias; Órgão Julgador:
SEGUNDA TURMA; Publicação: 15/01/2002 DJ p.68; Data da
Decisão: 07/11/2001)”

Desta forma, requer o peticionário que lhe sejam deferidos os


benefícios da justiça gratuita, pelos motivos já alinhavados e, ainda, por ser a
única forma de lhe proporcionar o mais amplo acesso ao poder judiciário,
garantia essa que a Constituição Federal prescreveu no seu art. 5º, LXXIV.

II- DA SINTESE FÁTICA

O ora Requerente, no dia 09.12.2017, recebeu uma ligação da


empresa Requerida, na qual explanava sobre as qualidades de seus
serviços, bem como a excelência de seus produtos, oferecendo, por fim,
um de seus planos de telefonia móvel.

Nesse sentido, tendo em vista suas necessidades de


comunicação e acreditando na proposta oferecida, o Requerente aceita e
passa a adquirir o seguinte: PLANO VIVO PÓS MIG 4GB, que continha
as seguintes vantagens:
 Internet pronta para o 4G;
 Ligações ilimitadas para qualquer celular e fixo vivo
usando o 15;
 3 aplicativos com conteúdos exclusivos;
 SMS ilimitado para qualquer operadora;
 Vivo Bis;
 Vivo avisa;

Ressalte-se, ainda, que, quando da oferta do plano acima


descrito, foi enfatizado que no caso de o cliente ultrapassar o seu
consumo mensal a operadora bloquearia a linha para utilização do
telefone ou de dados móveis, conforme o caso, para que a fatura do
cliente nunca viesse com o valor acima do contratado.

Pela contraprestação de todos esses produtos/serviços ofertados,


receberia o valor mensal de R$ 69,99 (sessenta e nove reais e noventa e
nove centavos), a ser paga sempre no dia 6 de cada mês.

Ocorre, Vossa Excelência, que os meses subsequentes


demonstraram que a empresa requerida não cumpriu com o que fora
acordado. Com efeito, os valores cobrados pelos serviços oferecidos
nunca foram os estipulados (R$ 69,99), conforme faturas mensais, em
anexo.

Vale destacar que, logo nos primeiros meses, foram cobrados


valores de R$ 79,89 (setenta e nove reais e oitenta e nove centavos), e
R$ 94,49 (noventa e quatro reais e quarenta e nove centavos),
resultando, portanto, em cobranças diferentes do valor contratado.
Assim, verificando que as cobranças irregulares persistiriam, haja
vista que nenhuma das faturas haviam sido emitidas com o valor
contratado (R$ 69,99), e tendo em vista que o valor cobrado na última
fatura (06.06.2018) superou, demasiadamente, o valor contratado (R$
331,34), o Requerente não viu outra alternativa, senão cancelar sua
linha, com número de protocolo de cancelamento 20184750700378 (em
anexo).

Insta asseverar que, mesmo tendo conhecimento que os valores


cobrados mensalmente em suas faturas não eram os que havia
contratado, pagou todas as faturas até o mês de maio. Em junho, porém,
o valor exorbitou muito suas condições financeiras (R$ 331,34), e ele não
tendo condições de pagar o valor indevidamente cobrado solicitou o
cancelamento do plano.

Destarte, restam mais do que configurados os abusos em que


incorreu a empresa requerida. Assim, tendo em vista os valores pagos
indevidamente e haja vista a possibilidade de ter seu nome
injustamente inscrito nos cadastros de restrição de crédito pelo não
adimplemento da fatura do mês de junho, não restou alternativa ao
Requerente senão recorrer ao Estado -Juiz para que esse,
constatando a veracidade dos fatos declinados, promova a
devolução dos valores pagos indevidamente à Requerida,
condenando-a, ainda, ao pagamento de indenização por danos
morais.

III- DO DIREITO

 DA CONFIGURAÇÃO DA RELAÇÃO DE CONSUMO:


Inicialmente, convém destacar que entre o Requerente e a Requerida
emerge uma inegável relação de consumo. Com efeito, tratando-se de
prestação de serviço de natureza telefônica e de internet, cujo destinatário
final é o tomador, no caso o Autor, há relação de consumo, nos precisos
termos do que reza o Código de Defesa do Consumidor. Senão vejamos:

Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou


utiliza produtos ou serviço como destinatário final.

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços.

§ 1° (…)

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,


mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira,
de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.

Sendo assim, inexistem maiores dificuldades em se concluir pela


aplicabilidade do referido Código, visto que este corpo de normas pretende
aplicar-se a todas as relações desenvolvidas no mercado brasileiro que
envolvam um consumidor e um fornecedor.

Dessa forma, deve-se ressaltar que a relação travada entre as partes


se trata de típica relação de consumo, enquadrando-se a empresa demandada
no conceito de fornecedora, na modalidade de prestadora de serviço, e o
requerente no de consumidor. Tem-se que o contrato firmado entre as
partes se traduz em uma relação de consumo, impondo-se, portanto, a
aplicação das regras do Código de Defesa do Consumidor.

Nesse contexto, o Código do Consumidor, em seu art. 51, inciso I


determina que:
São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais
relativas ao fornecimento de produtos e serviços que
impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e
serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos.

Por fim, vale destacar que a doutrina e a jurisprudência são uníssonas


no que se refere à caracterização das relações entre empresas de
telefonia/internet e a população como consumeristas.

 DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA:

Cabe ressaltar, com base na Legislação Consumerista e, antes de


adentrar no mérito da questão propriamente dito, que desde já, o requerente
solicita o pronunciamento judicial acerca da inversão do ônus da prova, nos
termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, eis que é parte
manifestamente hipossuficiente na relação com a requerida, além de
verossímeis suas alegações, requerendo que sejam os mesmos, devidamente
alertados sobre essa possibilidade, “ab initio”.

Assim, determina a Lei consumerista:

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

(...)

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a


inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;

 DA RESPONSABILIDADE CIVIL:

Configurada a relação de consumo, podemos afirmar que


a responsabilidade da Requerida é objetiva. Portanto, imperiosa a
responsabilização da Requerida, independentemente da existência da
culpa, nos termos do que estipula o Código de Defesa do Consumidor, em
seu art. 14.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição
e riscos.

Nesse sentido, a responsabilidade civil da empresa de telefonia/internet


é objetiva, respondendo pelo evento danoso, independentemente de culpa,
pois se enquadra no conceito de fornecedora e pode ser responsabilizada por
eventuais defeitos na prestação do serviço, seja porque o serviço não
funcionou, funcionou mal, de má fé.

No caso em apreço, é fato incontroverso que o Requerente pagou por


faturas com valores exorbitantes, por pura negligência da fornecedora,
conforme documentação, em anexo.

Dessa forma, a responsabilidade civil configura-se tão somente com a


demonstração do nexo causal entre as atividades desenvolvidas pelo
fornecedor e o dano produzido. Calca-se o raciocínio desenvolvido na ideia de
que o sistema de proteção do consumidor, da maneira como foi concebido,
consagrou a análise objetiva das relações de consumo, através de parâmetros
(standards) de conduta aferíveis de acordo com a legítima expectativa do
consumidor. As lesões a esses padrões geram necessariamente o dever de
indenizar por parte do ofensor. Não por outro motivo norteiam todo o sistema
os princípios da vulnerabilidade e da boa-fé objetiva.

Assim, é irrelevante averiguar a culpa pelo evento danoso para


que seja reconhecido o dever de indenizar da empresa de
telefonia/internet, porquanto é objetiva a sua responsabilidade, e, desse
modo, a procedência do pedido insurge com a verificação do dano e do nexo
causal entre os prejuízos experimentados pelo consumidor e a atividade
desenvolvida pela prestadora de serviços.

 DA REPETIÇÃO DE INDÉBITO:

Da mesma maneira que a discussão acerca da culpa do fornecedor foi


banida dos conflitos envolvendo a responsabilidade civil pelos danos oriundos
da relação de consumo, também nos casos de cobrança indevida não se
justifica a investigação acerca de dolo ou culpa do ofensor.

Nesse sentido, a cobrança indevida consubstancia violação ao dever


anexo de cuidado e, portanto, destoa do parâmetro de conduta determinado
pela incidência do princípio da boa-fé objetiva. Assim, a sanção legal que
determina a devolução do indébito em dobro representa verdadeira pena civil,
que não é vedada no ordenamento pátrio, desde que prevista pelo texto da lei,
em obediência ao princípio da legalidade (nulla poena sine lege).

Coerente com tais critérios, a repetição de indébito em dobro prevista


pelo parágrafo único, do art. 42, do CDC, representa hipótese legal de punitive
damage (indenização com finalidade de sanção) em função da violação ao
dever intransponível do fornecedor de agir de acordo com o parâmetro de
qualidade.

O abandono de critérios subjetivos para aferição da aplicação da


sanção civil privilegia o direito do consumidor e inibe práticas abusivas,
conformando o mercado aos parâmetros de qualidade dele esperados.

Dessa forma, apenas o caso fortuito, a força maior e o fato do príncipe


seriam justificativas aptas a impedir a incidência da pena civil prevista pelo art.
42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor. Caso contrário, o
dano decorrente da cobrança indevida seria suportado pelo consumidor em
flagrante desrespeito aos princípios vetores do CDC.

Destarte, em razão das cobranças indevidas nos valores de R$ 79,89


(06.02.2018), R$ 94,49 (06.04.2018), R$ 80,15 (06.05.2018) e R$ 331,34
(06.06.2018), faz jus o Requerente à restituição em obro dos valores
correspondentes à diferença entre o valor pago e o valor contratado, assim tem
direito à restituição de R$ 19,80 (fevereiro), R$ 49,00 (abril), R$ 20,32 (maio) e
R$ R$ 522,70 (junho), totalizando R$ 611,82 (seiscentos e onze reais e oitenta
e dois centavos).

 DOS DANOS MORAIS:

A própria Constituição Federal, Carta Magna do Ordenamento


Jurídico brasileiro é clara ao assegurar em seu art. 5°, V e X, o direito à
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

Art.5º (...)

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,


além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

(...)

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.

Também dispõe o art. 186, do Código Civil de 2002, que:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência, ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Com efeito, no presente caso, vislumbram-se os prejuízos de natureza


anímica experimentados pelo autor, que se sentiu ofendido e prejudicado com
tais cobranças, situação que lhe ocasionou transtornos que extrapolam o
mero dissabor e o aborrecimento corriqueiro. Isso porque o Autor, mesmo
tendo efetuado todos os pagamentos referentes aos serviços de
telefonia/internet contratados.
A conduta da empresa Demandada interferiu na vida do Requerente e
trouxe-lhe repercussões negativas na esfera pessoal e profissional. A
ocorrência do dano moral é questão de ordem subjetiva, não exige do ofendido
a prova efetiva do dano, bastando à demonstração dos fatos e a existência de
constrangimento que atinja a dignidade da pessoa humana.

Nesse sentido, a lição de CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA:

A vítima de uma lesão a algum daqueles direitos sem cunho


patrimonial efetivo, mas ofendida em um bem jurídico que em
certos casos pode ser mesmo mais valioso do que os
integrantes de seu patrimônio, deve receber uma soma que lhe
compense a dor ou o sofrimento, a ser arbitrada pelo juiz,
atendendo às circunstâncias de cada caso, e tendo em vista as
posses do ofensor e a situação pessoal do ofendido. Nem tão
grande que se converta em fonte de enriquecimento, nem tão
pequena que se torne inexpressiva.” (Responsabilidade Civil 49,
p. 67).

Vale, ainda, destacar que a Requerida é uma empresa de grande


porte, com recursos suficientes para tomar cautelas para impedir que
circunstâncias como essas ocorram. Logo, a condenação por danos morais
não deverá ser fixada em quantia irrisória, sob pena da requerida não
modificar os seus atos, porque seria melhor pagar pelo ato ilícito
acontecido, do que investir na melhoria dos serviços prestados.

Tratando-se de dano moral, o conceito de ressarcimento abrange duas


forças: uma de caráter punitivo, com vistas a castigar o causador do dano pela
ofensa praticada e outra de caráter compensatório, destinada a proporcionar à
vítima algum benefício em contrapartida ao mal sofrido. É cediço que os danos
morais devem ser fixados ao arbítrio do juiz, que, analisando caso a caso,
estipula um valor razoável, que não seja irrelevante ao causador do dano,
dando azo à reincidência, nem exorbitante, de modo a aumentar
consideravelmente o patrimônio do lesado.

Ensina HUMBERTO THEODORO JUNIOR (in, Dano Moral, 2ª edição,


Editora Juarez de Oliveira, p.44) que:

para aproximar-se do arbitramento que seja prudente e


equitativo, a orientação maciça da jurisprudência, apoiada na
melhor doutrina, exige que o arbitramento judicial seja feito a
partir de dois dados relevantes: a) o nível econômico do
ofendido; e b) o porte econômico do ofensor”. Nessa esteira é o
entendimento do STJ, exposto no julgamento do processo Resp.
6.048-0/RS, Min. Rel. Barros Monteiro, Ac. 12.5.92 (in, Lex-STJ,
37/55).

Isso leva à conclusão de que diante da disparidade do poder


econômico existente entre a empresa Vivo e o Autor, e em vista do gravame
produzido, e considerado que esta sempre agiu honesta e diligentemente,
mister se faz que o quantum indenizatório corresponda a uma cifra cujo
montante seja capaz de trazer o devido apenamento da requerida e de
persuadi-la a nunca mais deixar que ocorram tamanho desmando contra as
pessoas.

Desta feita, requer o autor que o quantum indenizatório seja arbitrado


levando-se em consideração a gravidade do dano sofrido.

IV- DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do Requerente, do
representantes legal da requerida ou seu preposto designado, testemunhas
sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis, para fins de direito.

V- DOS PEDIDOS
Diante de todo exposto requer:

a) A concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, em conformidade


com artigo 5º, inciso LXXIV, Constituição Federal, e artigos 2º e
seguintes, da Lei Federal nº 1.060/50;

b) A Citação da requerida, para querendo, em audiência a ser designada


por Vossa Excelência, apresente a defesa que melhor lhe convir, sob
pena de revelia e confissão;

c) Requer seja dispensada a designação de audiência de


conciliação, uma vez que a parte contrária não tem manifestado
interesse em compor amigavelmente com os consumidores que
vem discutindo a matéria posta em lide, atendendo, assim, aos
princípios da informalidade, celeridade, economia
processual e simplicidade previstos no art. 2°, da Lei nº 9.099/95,
bem como o princípio constitucional da eficiência;

d) Reconhecer a relação consumerista no presente caso, garantindo,


portanto os direitos assegurados pelo CDC, tais como inversão do
ônus da prova e a responsabilização objetiva da requerida,
consubstanciados nos artigos 6º, VIIl e 14 do CDC, respectivamente,
bem como os demais constantes no aludido códex;

e) Compelir a Requerida a restituir à Autora o valor de R$ 611,82


(seiscentos e onze reais e oitenta e dois centavos), a título de
repetição de indébito, nos termos do art. 42, CDC;

f) Julgar procedente os pedidos feitos na presente Ação, declarando


inexistente qualquer débito entre o Requerente e a empresa
Requerida, bem como condenando a requerida nas custas judiciais e
honorários advocatícios, nos termos do artigo 546 do CPC;

g) Condenar a Requerida a pagar à Autora indenização por danos


morais, na quantia a ser arbitrado por Vossa Excelência, sugerindo-se
a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);

Dá-se à causa o valor de R$ 5.611,82 (cinco mil, seiscentos e onze


reais e oitenta e dois centavos) para todos os efeitos legais, renunciando-se,
por conseguinte, aos valores da condenação superiores a 40 (quarenta)
salários mínimos, em conformidade com a Lei Federal nº 9.099/1995.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Novo Repartimento - PA, 25 de junho de 2019.

Cândido Lima Júnior


OAB-PA nº 25.926-A

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