Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1
Olá, pessoal.
2
anos 80, tornando inevitáveis as pressões sociais e exigências de crescimento
e modernização.
3
O vínculo do desenvolvimento econômico com o comércio exterior de um
país está, em geral, associado à maneira como este estrutura e direciona seu
parque industrial, assim como ao mercado consumidor almejado pela nação,
se doméstico ou externo. Assim, ao longo do século XX, visando ao
desenvolvimento econômico, os países optaram basicamente entre duas
estratégias em relação ao comércio exterior. Trata-se de dois modelos de
industrialização, cada um com vantagens e desvantagens:
d) Este fato explica porque os países vão se tornando cada vez mais
protecionistas, na medida em que promovem o crescimento e a consolidação
de sua economia;
4
RESOLUÇÃO:
Resposta: Letra C
5
Então, os países em desenvolvimento, que eram basicamente produtores de
bens primários, conforme a Teoria das Vantagens Absolutas e o liberalismo
pregado pelo GATT, deveriam se especializar na produção de itens básicos.
Mas essa especialização na produção de bens agrícolas estava gerando
redução de preço no produto final e de salários, considerando a mão-de-obra
abundante e o fato de que os sindicatos de trabalhadores rurais nunca foram
muito fortes nesses países. Isso fazia com que o nível de preço dos produtos
industrializados se distanciasse dos preços dos produtos básicos com o passar
dos anos. Um país exportador de bens primários teria que vender quantidades
cada vez maiores de seus produtos para adquirir a mesma quantidade de itens
industrializados (máquinas, veículos e outros). O debate sobre essa distorção
ganhou força na CEPAL (Comissão Econômica da ONU para a América Latina e
Caribe), no início dos anos 1950. Era a Tese da Deterioração dos Termos
de Troca.
Se um produto sofre alguma redução de preço, e com isso todo mundo sai
correndo às ruas pra comprar bastante, diz-se que ele possui demanda
elástica de preço. Podemos dizer que isso ocorreu com os veículos
recentemente. Por outro lado, caso haja um pequeno aumento de preço, o
consumo cai significativamente. Alterações pequenas no preço, seja para cima,
seja para baixo, geram grandes alterações na quantidade demandada. É a
demanda elástica de preço.
6
subir muito, ele vai fazer de tudo para continuar comprando a mesma
quantidade do produto. Se o preço cair, por outro lado, não haverá procura
além do necessário, só porque o preço da insulina está barato. Então, diz-se
que a demanda por esse tipo de produto é inelástica em relação ao preço.
Bom, a essa altura já era consolidado que a teoria do comércio como motor
do crescimento não procedia mais no século XX. Todo esse quadro que
evidenciava a situação difícil vivida pelos países em desenvolvimento, fez com
que muitos deles seguissem os mandamentos de Prebisch e implantassem
políticas agressivas de industrialização, por meio do fechamento de seus
mercados à competição das nações industrializadas. É o modelo de
substituição de importações (industrialização voltada para dentro). Prebisch
pregava que os países em desenvolvimento deveriam se industrializar, caso
contrário ficariam como eternos produtores-exportadores de bens primários,
7
que teriam valor cada vez mais baixo quando comparados aos produtos
industrializados.
8
o exportador quisesse continuar fornecendo ao distribuidor brasileiro, teria que
baixar seu preço de exportação para, digamos, US$ 90. Nesse caso, o
importador teria um custo de R$ 198,00 (US$ 90 x R$ 2,00 x 1,1), já
considerada a tarifa de importação.
9
Uma outra característica do sistema era que, para a implantação e
manutenção das indústrias, era necessária a importação de unidades fabris
(máquinas), equipamentos e combustíveis. Assim, muito do que se gastava
antes com importações de produtos finais industrializados passou a ser gasto
na importação de bens de capital e intermediários. A tendência, nesse caso, é
que se colhessem frutos positivos posteriormente, considerando o aumento da
produção de bens de maior valor agregado.
Veio assim a crise do modelo nos anos 80, quando os países que o adotaram
começaram a sentir necessidade de conquistar o mercado externo como
alternativa para o crescimento econômico. Chile, Argentina e Uruguai, já a
partir dos anos 70, com a crise do sistema Bretton Woods1, e com o apoio dos
EUA, passaram a adotar políticas neoliberais, com fortalecimento do setor
privado.
1
Sistema financeiro internacional criado após a 2a Guerra Mundial, que instituiu a
conversibilidade das moedas em dólar, sendo esta moeda somente conversível em ouro. Foi
criado em 1944 e extinto em 1971, quando os EUA decretaram o fim da conversibilidade do
dólar em ouro.
10
Com a produção voltada para as exportações, o crescimento do mercado
consumidor torna-se ilimitado, pois não está restrito ao consumo interno.
Com esse mercado ilimitado, é possível aos fabricantes atingir maiores
ganhos de escala, em função da grande quantidade produzida, o que
também abriria caminho para a realização de investimentos setoriais em
pesquisa e desenvolvimento, que não seriam viáveis no modelo de
substituição de importações e que seriam imprescindíveis no modelo
exportador. Dessa forma, com a concorrência instaurada e a mão-de-obra
qualificada, a tendência era de que as mercadorias produzidas fossem de
melhor qualidade.
A falta de proteção imposta neste modelo (voltado para fora) não colocava
nas mãos do governo a decisão de escolher que setor seria beneficiado, ou
seja, em que seria imposta a tarifa, assim como também não distorcia a
produção. O mercado era o responsável pelo alocação dos fatores de produção.
Sobre esse comparativo entre os modelos adotados pelo Brasil e pela Coréia,
sugiro darem uma olhada na interessante reportagem do Jornal O Globo
u
(www.oglobo.com.br), do Rio de Janeiro, de 11/06/2012, intitulada O novo
'milagre' da Coréia do Sul". Só não a publiquei na aula pois não obtive
resposta do Jornal em acerca do meu pedido de autorização, mas vale uma
conferida na internet.
12
exportavam os países atrasados, a única solução a médio e longo prazos para
estes últimos seria modificar sua inserção na economia mundial, produzindo
localmente aqueles bens industriais que antes importavam, através de políticas
que procurassem substituir essas importações, criando uma indústria nacional
protegida pelo Estado.
RESOLUÇÃO:
13
a) (Errada) De fato a migração da população do campo para as cidades
pode causar a degeneração do nível de vida da população. Mas isso não é uma
consequência da adoção de políticas de industrialização, mas está ligado
também a incapacidade do governo em administrar o grande êxodo, sem
manter boas possibilidades de emprego para a população também no campo.
b) (Correta) Já comentado.
Resposta: Letra B
14
um tempo, os fluxos comerciais e a alocação eficiente dos fatores de produção
internos.
RESOLUÇÃO:
15
industrialização do país, transferindo recursos produtivos do campo para a
cidade.
Resposta: Letra D
RESOLUÇÃO:
Não creio que tais assuntos econômicos venham a ser exigidos na próxima
prova de comércio internacional, mas vamos lá.
16
a demanda cresce, é porque a renda cresceu também. Maiores detalhes sobre
isso na aula de economia.
Resposta: Letra C
RESOLUÇÃO:
17
Vimos que a demanda por produtos naturais (primários) não aumenta tanto
se aumentar a renda. Por isso diz-se que a demanda por esses produtos é
inelástica em relação à renda. Por outro lado, a demanda pelos produtos
industrializados aumenta mais se a renda aumenta. Por isso, sua demanda é
considerada elástica. Assim, os preços dos produtos básicos aumentam menos
proporcionalmente do que os preços dos produtos industrializados. Isso faz
com que a OFERTA (dos produtos primários) não aumente tanto, já que o
preço não é convidativo. Por isso a oferta também é considerada inelástica.
Esse ciclo amarrado fez surgir a tese de deterioração dos termos de troca, e foi
terrível para os países que eram exportadores de produtos primários e queriam
se desenvolver. Daí o surgimento do modelo substituição de importações, para
que eles passassem a produzir bens industrializados.
RESOLUÇÃO:
18
Imagine um país eminentemente agrícola, cuja força produtiva se concentre
no trabalho manual. De repente, esse país resolve importar diversas máquinas,
para fazer o mesmo trabalho que muitas pessoas antes faziam. Em um país
produtor de máquinas, os trabalhadores são deslocados para o setor industrial.
Em um país que não fabrica máquinas, a tendência é que essas pessoas saiam
do campo para a cidade, em busca de emprego, normalmente sem sucesso, já
que não se abriram tantas vagas no setor industrial.
RESOLUÇÃO:
Ganho de escala significa que, com o mesmo custo fixo, a produção seja
aumentada. Em um país pequeno, a produção, antes de ser voltada para
exportações, era pequena. Então o espaço para crescer é enorme. Já em uma
grande economia (país grande), a produção anterior já seria teoricamente
elevada para atender a demanda interna. Por isso o espaço para crescer seria
menor.
19
Questão 8. (AFRFB/2009) A participação no comércio
internacional é importante dimensão das estratégias de
desenvolvimento econômico dos países, sendo perseguida a partir de
ênfases diferenciadas quanto ao grau de exposição dos mercados
domésticos à competição internacional. Com base nessa assertiva e
considerando as diferentes orientações que podem assumir as políticas
comerciais, assinale a opção correta.
RESOLUÇÃO:
Letra A: errada.
20
(Note que o aumento de exportações pode se dar em função de
diversificação de mercados ou pela exportação de bens de alto valor
agregado.)
Não, pois, se assim o fosse, teríamos que concluir que o liberalismo também
privilegia a obtenção de superávit comercial, já que também busca
"diversificação dos mercados de exportação para produtos de maior valor
agregado"
21
Letra E: errada. As empresas dos países do Sudeste Asiático, ou melhor, do
mundo inteiro, recebem incentivos às exportações. Todos os países (uns mais,
outros menos) incentivam os exportadores e protegem os setores menos
eficientes. Tal proteção é até legitimada nos acordos internacionais como, por
exemplo, nos casos de indústrias nascentes, promoção de defesa comercial,
segurança nacional e proteção sanitária.
Gabarito: Letra D.
RESOLUÇÃO:
22
c) (Errada) Muita viagem: marcos políticos, jurídicos, caráter subsidiário?
Parece que faltou criatividade nas opções incorretas.
Resp: Letra E
Comentário:
23
a) (Errada) Alguns países conseguiram crescer por meio da imposição de
barreiras comerciais e/ou fechamento da economia, como é o caso da
extinta União Soviética.
b) (Errada) O modelo exportador não previa a imposição de barreiras às
importações.
c) (Errada) O modelo de substituição de importações não previa que as
empresas vendessem para o mercado externo, mas sim abastecessem o
mercado interno com produtos similares aos anteriormente importados.
d) (Errada) O modelo exportador não era baseado em endividamento, e nem
foi adotado na América Latina.
e) (Correta) A ideia do modelo de substituição de importações era produzir
internamente produtos similares aos antes importados, eliminando, dessa
forma, o gasto de reservas cambiais que ocorria anteriormente com as
compras dos produtos estrangeiros.
Resposta: Letra E
a) FV V F F
b) V F V F V
24
c) V V F FV
d) FVVVV
e) F F F F F
Comentário:
I a assertiva (FALSA): No sistema de substituição de importações, o governo
intervinha na economia por meio da imposição de barreiras comerciais.
2 a assertiva (VERDADEIRA): O modelo não visava o mercado externo, como
era o caso do modelo exportador.
3 a assertiva (VERDADEIRA): sem comentários, rsrs
4 a assertiva (FALSA): de fato o modelo não foi adotado no GATT, mas ele era
exatamente um contraponto ao mesmo, ou seja, alguns países em
desenvolvimento que não estavam satisfeitos com os resultados do GATT
começaram a adotar o modelo de substituição de importações, e assim
impuseram barreiras ao comércio, em vez de abrirem suas economias.
5 a assertiva (FALSA): A Tese de Deterioração dos Termos de Troca foi o
grande pilar para que Prebisch propusesse a adoção do modelo de
industrialização voltado para dentro. Esse modelo era contrário ao
liberalismo pregado pela Teoria das Vantagens Absolutas, de Adam Smith.
Resposta: Letra A
25
Comentários:
26
As barreiras não-tarifárias também restringem o comércio, mas não se
referem aos tributos aduaneiros. Podem ser constituídas por meio de cotas
(restrições quantitativas), controles administrativos, cambiais, imposições
técnicas, regulamentos etc. Abaixo descreveremos detalhadamente estas
modalidades.
27
Outro caso de utilização do imposto de exportação é a restrição da saída
de determinado produto, por ser considerado escasso e essencial ao país.
28
importado ao preço do nacional. A esse tipo de política de tributação deu-se o
nome de "tarifa científica".
29
Questão 13. (AFRF/2000) Entre as razões abaixo, indique aquela
que não leva à adoção de tarifas alfandegárias.
a) Aumento de arrecadação governamental;
RESOLUÇÃO:
Resposta: Letra C
30
a) FFFV
b) VVVV
c) FV F F
d) V F V V
e) V V F V
Comentário:
Ia assertiva (VERDADEIRA): a alíquota específica é aplicada sobre a
quantidade do produto na unidade de mercadoria, portanto não depende
do valor da transação.
2 a assertiva (FALSA): o déficit (crônico) no Balanço de Pagamentos é caso
previsto no GATT para imposição de barreira, não o déficit fiscal.
3 a assertiva (VERDADEIRA): a alíquota é um número, publicado pelo governo
do país importador, sendo assim um meio de proteção objetivo e conhecido
pelos intervenientes no comércio exterior.
4 a assertiva (VERDADEIRA): a imposição de uma tarifa torna o produto
importado mais caro para o importador, que tem que pagar pelo produto e
mais o imposto. Até um certo patamar, considerando sua margem de lucro,
o exportador tem condições de baixar o preço do produto, de forma a
manter o gasto do importador para o mesmo nível de antes da tarifação.
Resposta: Letra D
As barreiras não tarifárias são aquelas impostas pelos governos onde não se
utiliza instrumento aduaneiro (imposto de importação ou de exportação). No
GATT, em seu artigo XI, observa-se que, como regra geral, as restrições
impostas ao comércio devem ser aplicadas na forma de direitos alfandegários
(tarifas). Isso porque os países chegaram a conclusão de que a tarifa é
considerada um instrumento de proteção mais transparente e menos
danoso à economia mundial. Ma há algumas exceções. É o caso, por exemplo,
de proibições ou restrições à importação e à exportação necessárias à
aplicação de normas ou regulamentações referentes à classificação, controle
da qualidade ou venda de produtos destinados ao comércio internacional.
31
(principalmente os desenvolvidos), de certa forma, "forçam'7, procuram as
exceções como justificativa e enquadramento de determinada restrição, cujo
real objetivo seria a proteção a um produtor/indústria doméstica da
concorrência externa.
32
2.2.2. Cotas de importação (restrições quantitativas)
33
do produto. Consequentemente, os produtores nacionais de similares aos
importados se animam e entram em cena aumentando sua produção. Tudo
isso possui demonstrações matemáticas e econômicas, mas não creio que
sejam objeto de questão de prova o domínio de tais equações e gráficos, por
isso não inclui no curso.
34
regras que devem ser observadas no comércio internacional, em que
tais normas são pautadas pelos próprios objetivos da OMC, que
repetem os princípios do referido GATT. Acerca desses princípios,
julgue os itens seguintes (Certo ou Errado).
- O princípio da proibição das restrições quantitativas tem como objetivo
evitar as restrições não-alfandegárias ao comércio, uma vez que tais restrições
são menos perceptíveis e mais difíceis de controlar.
RESOLUÇÃO:
RESOLUÇÃO:
Resp: CEECE
36
a) Os efeitos sobre o crescimento econômico somente são percebidos quando
o país remove as barreiras não-tarifárias por completo, em especial as
cotas, que por esse motivo, são proibidas pela OMC.
b) Para atingir o desenvolvimento, segundo a cartilha do GATT/47, os países
em desenvolvimento, em especial os da América Latina, deveriam adotar o
modelo de industrialização de substituição de importações.
c) Para os economistas clássicos, se um país abrisse sua economia ao
exterior, ou seja, se removesse as barreiras comerciais, o desenvolvimento
viria como consequência natural.
d) Após a assinatura do GATT/47, observou-se uma melhoria no nível de
desenvolvimento dos países mais atrasados economicamente. Por esse
motivo, o sistema de industrialização baseada nas exportações foi adotado
como modelo nas negociações posteriores ao GATT.
e) A imposição de barreiras comerciais previstas no modelo de substituição de
importações permite às indústrias nacionais usufruírem dos ganhos de
escala, de forma a tornar o produto mais barato para o consumidor final do
país.
Comentário:
a) (Errada) A relação do comércio internacional com o crescimento econômico
não tem a ver exatamente com a modalidade de barreira comercial
utilizada, mas sim com o fato mais genérico de o país ser protecionista ou
liberal em relação às transações com o exterior.
b) (Errada) O GATT é um acordo comercial com um viés liberal, e o modelo de
industrialização voltado para dentro (substituição de importações) foi
concebido por Raúl Presbisch como contraponto à liberdade comercial do
GATT, que, segundo ele, não estava ajudando os países mais atrasados a
se desenvolverem.
c) (Correta) Esse era o pensamento de Adam Smith, que, baseado nesse
princípio, formulou a Teoria das Vantagens Absolutas.
d) (Errada) Após a assinatura do GATT, diversos países em desenvolvimento
continuaram sofrendo as consequências da abertura comercial, e não
conseguiram crescer. Por isso surgiram teorias contrapondo o liberalismo,
como a Tese de Deterioração dos Termos Internacionais de Troca,
protagonizada por Raúl Presbisch.
e) (Errada) Os ganhos de escala são vantagens observadas quando o país
adota o modelo exportador, ou seja, liberal. A imposição de barreiras
(modelo protecionista) faz com que o universo consumidor fique restrito ao
mercado interno, ao contrário do modelo exportador, que possibilita a
37
ampliação da oferta de produtos para o mercado externo, fato esse que
permite obter ganhos de escala na produção. O modelo de substituição de
importações é um modelo protecionista. Assim, se baseia na imposição de
barreiras às importações, que normalmente é a tarifa. E um dos efeitos da
tarifa é o aumento do preço dos produtos internos, já que o preço do
concorrente estrangeiro também aumenta no País (o importador tem que
pagar mais pela tarifa de importação). O mercado fica mais fácil de
conquistar para o produtor nacional. Por isso os preços ficam caros e os
produtos de qualidade ruim, como ocorria com os veículos fabricados no
Brasil até a década de 80.
Resposta: Letra C
Outro tipo de controle cambial, que já foi até adotado pelo Brasil, é a
utilização das taxas múltiplas de câmbio. Por meio desta técnica, pode-se
aplicar taxas mais elevadas para a importação de artigos de luxo e supérfluos,
38
e taxas mais reduzidas na importação de produtos essenciais, ou ainda, uma
taxa para importações e outra para exportações. É um sistema cambial hoje
proibido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional).
Os países mantêm (e faz todo sentido que seja assim), nas importações, a
necessidade de cumprimento de normas de segurança, sistemas de licença de
importação, medidas sanitárias, fitossanitárias, exigências sobre modo de
embalagem, certificados de adequação, normas de rotulagem, atestados e
outras imposições. Mas por que essas imposições seriam considerado como
barreiras técnicas, sanitárias ou fitossanitárias?
39
Na realidade, muitas destas exigências atendem a objetivos legítimos, tais
como a segurança da população e a proteção da saúde, da vida e do meio
ambiente. Por exemplo, os brinquedos importados devem possuir um
certificado para atestar se eles são seguros para as nossas crianças. Os carros
importados devem atender a requisitos de emissão de gases conforme a
legislação brasileira. Os alimentos devem ser liberados por nossa autoridade
sanitária. Os animais e plantas que ingressarem no país devem estar livre de
pragas. Tudo isso é normal, legítimo e correto.
40
É quando o governo, com o objetivo de regular determinado setor, assume o
monopólio nas operações de comércio exterior para determinados produtos,
instituindo que somente agentes públicos podem praticar atividades de
importação ou de exportação de algum produto. Este procedimento foi
utilizado no passado pelo Brasil na importação de trigo e petróleo e na
exportação de açúcar. Não é muito comum nos países com economias de
mercado.
RESOLUÇÃO:
Falamos sobre isso no curso. Com a imposição de limites pela OMC para as
tarifas de importação a serem aplicadas sobre as importações, um critério
objetivo e fácil de se aferir, restou aos países a aplicação de procedimentos
administrativos (barreiras não-tarifárias), sob o título de "controles rígidos de
qualidade", ou "certificados técnicos de controle", como tentativa de aplicar
uma barreira à importação disfarçada, para proteger determinado setor
produtivo doméstico. É o "protecionismo moderno".
41
se bastante reduzidas devido aos acordos no âmbito da OMC e nos blocos
regionais, os países desenvolvidos agora é que procuram proteger seus setores
produtivos da concorrência de exportadores eficientes dos países emergentes.
Para isso utilizam barreiras não-tarifárias. O protecionismo "moderno" é aquele
que vem disfarçado de exigências "legítimas". Um exemplo simples para
entender. Se o Japão quiser, por exemplo, reduzir ou inibir as importações
brasileiras de soja, alegando que nosso sistema de colheita não atende às
especificações daquele País, isso pode estar encobrindo protecionismo
disfarçado de medida de proteção à saúde. A coisa se inverteu um pouco. No
protecionismo contemporâneo os países desenvolvidos procuram defender
setores produtivos com base em barreiras técnicas ou sanitárias duvidosas. A
assertiva não é absurda, mas pelo enunciado, a letra C contemplava o que o
examinador queria.
Resposta: Letra C
Este procedimento (ARVE) foi muito utilizado pelos EUA e pela União
Européia, visando reduzir as importações de têxteis, aço, eletrônicos e
automóveis oriundas de Japão, Coréia e de outras nações. Estas medidas
beneficiavam as indústrias maduras, que enfrentavam queda no emprego nos
países industrializados, em consequência da crise dos anos 80. A Rodada
Uruguai (1994) veio a exigir a eliminação dos AVRE em um período de dez
anos. Hoje eles não deveriam mais existir, mas ainda é possível identificar
42
alguns acordos desse tipo, apesar de muitos só ficarem conhecidos entre os
países que o celebram.
43
Acordos Voluntários de Exportações (VERs). Esses acordos têm como
objetivo principal:
a) estimular as exportações;
RESOLUÇÃO:
44
b) Após contato do país exportador A, decide reduzir suas importações
oriundas daquele país para evitar um conflito na OMC
c) Aplica medidas antidumping para combater práticas desleais de comércio
aplicadas por empresas do país exportador A
d) Reduz a tarifa, previamente negociada no GATT, para evitar a queda das
importações.
e) Resolve tomar uma iniciativa para conter um surto de importações oriundo
do país A que estaria prejudicando suas indústrias domésticas.
Comentário:
Salvaguarda (letra A), antidumping (letra B) e tarifa (letra D) são
instrumentos distintos dos ARVE. A letra B é absurda, pois o país importador
não reduz suas importações voluntariamente. Alguma atitude ele teria de
tomar. Ou impõe barreiras, ou convence o exportador a reduzir as vendas para
o seu país. E assim são (ou eram) os ARVE.
Resposta: Letra E
45
A ideia de um Acordo de Compras Governamentais é estabelecer critérios
justos de participação para empresas estrangeiras em licitações internacionais.
As empresas americanas querem igualdade total de condições com as
empresas brasileiras para vender bens ou serviços ao nosso governo, valendo
o mesmo para os demais países do acordo. É isso. Quando o governo
favorece a empresa nacional nesse tipo de negócio, diz-se que é uma
barreira ao comércio, pois, se existe o produto brasileiro similar ao importado,
em vez de comprar de estrangeiro, o governo iria comprar de empresa
nacional mesmo.
2.2.8. Subsídios
46
concessão dos subsídios normalmente são ocultados pelos países. Eles geram
gastos para o governo (e consequentemente para a sociedade) e são um
convite para a corrupção. Ao optar pela concessão de subsídios, o governo
estaria interferindo no comércio exterior de forma parcial, indo contra o
principio liberal da não-intervenção estatal.
RESOLUÇÃO:
47
c) (CERTA) Não costuma ser seu objetivo principal, mas é fato que a tarifa
aduaneira é um tributo, e portanto, serve também como instrumento
arrecadatório.
Resp: ECCCE
Comentário:
a) (Errada) Trata-se de um subsídio que tem como objetivo reduzir as
importações dos similares. É uma barreira não-tarifária.
b) (Correta) O imposto de importação, seja aplicado por meio de alíquota
específica ou ad valorem, é uma barreira tarifária.
c) (Errada) As taxas múltiplas de câmbio são barreiras não-tarifárias
48
d) (Errada) As cotas de importação, mesmo da modalidade não-tarifárias, por
se referirem à quantidade, são barreiras não-tarifárias
e) (Errada) Medidas antidumping e compensatórias são aplicadas para
combater as práticas desleais de dumping e subsídios danosos, e podem se
dar na forma de alíquota ad valorem ou específica, mas não podem ser
confundidos com o imposto de importação, por não possuírem natureza
tributária.
Resposta: Letra B
Então, para um país aplicar uma medida como essas, há de obedecer a uma
série de ritos e regras estabelecidas no âmbito da OMC, para ser considerada
uma medida de defesa legítima.
49
O comércio internacional é peça-chave na economia globalizada dos dias de
hoje, de modo que obstáculos diversos interpostos a sua plena realização
trazem, em geral, resultados negativos para os países, especialmente em
relação a aspectos econômicos e sociais.
Resolução:
Resposta: Verdadeiro
b) Normas de segurança;
c) Quotas;
e) Medidas fitossanitárias.
RESOLUÇÃO:
Resposta: Letra A
50
b) Manutenção de barreiras à entrada no mercado de produto estrangeiro
para proteger o produtor doméstico.
RESOLUÇÃO:
Resposta: Letra A
51
Questão 26. (APEX/2009 - adaptada) Assinale a alternativa
incorreta em relação às barreiras tarifárias e não tarifárias:
a) Subsídios são benefícios concedidos pelos governos a determinados
setores.
RESOLUÇÃO:
Resposta: Letra B
52
e) Além das cotas, as medidas de salvaguarda e o imposto de exportação são
exemplos de barreiras não-tarifárias (BNT), ainda que menos utilizadas.
Comentário:
a) (Errada) A preferência no GATT é pela tarifa, e não pela cota, seja ela
tarifária ou não tarifária. Além disso, a forma de distribuição das cotas aos
importadores pode não ser feita de forma transparente pelo governo.
b) (Correta) Quando há uma norma internacional prevendo, por exemplo, a
exigência de certo padrão de certificação para uma categoria de produtos,
não haveria motivo para que o país não pudesse impor uma restrição às
importações não certificadas. O problema é quando a certificação é
"inventada" pelo país.
c) (Errada) A medida antidumping é um ato de defesa comercial. Correto! E
legítimo. Mas nem por isso deixa de ser considerada uma barreira ao
comércio. É legítima, prevista na OMC, mas sua imposição, de alguma
forma, restringe a quantidade importada.
d) (Errada) Completamente absurda. Subsídios às exportações, por si só, não
são barreiras. O resto é invenção.
e) (Errada) O imposto de exportação é uma barreira tarifária. É uma tarifa, de
rara utilização, mas tecnicamente é barreira aplicada na forma de tarifa
aduaneira às exportações.
Resposta: Letra B
53
b) ARVE, salvaguarda, cotas, medidas antidumping.
c) Subsídios às exportações, medidas antidumping, ARVE, salvaguardas.
d) Cotas, salvaguardas, ARVE, medidas compensatórias.
e) Subsídios às exportações, medidas antidumping, cotas tarifárias, medidas
de salvaguarda.
Comentário:
a) (Errada) Subsídios às exportações não são barreiras comerciais. E o
imposto de importação é barreira tarifária.
b) (Errada) ARVE não é permitido no GATT. Cotas, como regra, não são
permitidas, mas, como exceção, sim.
c) (Errada) Subsídios às exportações não são barreiras comerciais. E a
salvaguarda pode ser aplicada mediante tarifa ou cota.
d) (Correta)
e) (Errada) Subsídios às exportações não são barreiras comerciais. As cotas
são permitidas somente como exceção, em situações específicas. E as
salvaguardas podem ser aplicadas por meio de tarifa ou cota.
Resposta: Letra D
3. RESUMO
54
No século XX se chegou à conclusão de que não valia mais a ideia de que o
comércio era o motor do crescimento. O desenvolvimento dependeria então
de o país possuir indústria diversificada, mão-de-obra qualificada e tecnologia.
O modelo exportador foi adotado com sucesso pelos Tigres Asiáticos, pois o
mercado consumidor, antes pequeno e restrito, passou a ser ilimitado,
permitindo alcançar ganhos de escala na produção.
55
importação e imposto de exportação), também chamados de tarifas
aduaneiras. É o tipo de barreira mais transparente e, segundo as regras da
OMC, é a modalidade prevista para os casos de protecionismo tolerado.
56
4. LISTA DE QUESTÕES DA AULA
d) Este fato explica porque os países vão se tornando cada vez mais
protecionistas, na medida em que promovem o crescimento e a consolidação
de sua economia;
57
b) Por essa razão, os países subdesenvolvidos, pesadamente dependentes
da produção e exportação de produtos primários, acabam rejeitando a teoria
das vantagens comparativas e procuram industrializar-se a qualquer custo.
58
e) para que sejam implementados inteiramente, requerem a efetiva
realização de uma reforma agrária.
59
Questão 6. (CESPE/ACE-MDIC/2008) Em relação aos modelos de
industrialização e suas implicações sobre as políticas comerciais,
julgue os itens subsequentes.
- Estratégias de desenvolvimento por meio da substituição de importações
tendem a incluir um viés em favor do setor urbano industrial porque essas
políticas, além de insularem o setor industrial da concorrência internacional,
contribuem também para reduzir o desemprego urbano, elevar os preços
agrícolas e valorizar as taxas de câmbio.
Questão 7. (CESPE/ACE-MDIC/2008)
60
serem destinados fundamentalmente para os mercados de exportação
caracteriza as políticas comerciais estratégicas.
61
b) Os países que adotaram um dos dois modelos de industrialização
(exportador e substituição de importações) atingiram o desenvolvimento
econômico, mas sempre com imposição de barreiras às importações e
incentivo às exportações.
c) O modelo de industrialização conhecido como Substituição de Importações
previa a instalação de um parque fabril competitivo no território do país
para fazer frente aos concorrentes estrangeiros, incrementando assim as
vendas externas.
d) O modelo de industrialização voltado para fora incentivava às exportações
às custas do endividamento do país, motivo pelo qual fracassou na América
Latina, sendo posteriormente substituído pelo modelo de industrialização
voltado para dentro.
e) No modelo de Substituição de Importações, mesmo não havendo o
aumento de receitas gerado pelas exportações, o país esperava ajustar o
Balanço de Pagamentos após a implantação do parque industrial nacional,
já que dessa forma não mais dependeria da compra dos importados.
a) FV V F F
b) V F V F V
62
c) V V F F V
d) FVVVV
e) F F F F F
63
( ) A tarifa é um mecanismo de proteção considerado transparente, pois é
instituída por uma alíquota, que é visível por todos os agentes envolvidos
no comércio exterior.
( ) No caso de imposição de uma tarifa pelo país importador (A), é possível
que o exportador consiga manter o mesmo nível (quantidade) de venda de
seu produto para o país A, caso reduza o preço de exportação.
a) F F FV
b) VVVV
c) FV F F
d) V F V V
e) V V F V
64
e) no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), as quotas são
instrumentos mais aceitáveis que as tarifas.
65
e) associa-se a estratégias defensivas dos países em desenvolvimento
frente às pressões liberalizantes dos países desenvolvidos.
66
maior ou menor grau. Essas barreiras, do ponto de vista da teoria
econômica,
67
Questão 24. (AFRF/2000) As Barreiras Não-Tarifárias (BNT) são
frequentemente apontadas como grandes obstáculos ao comércio
internacional. Podem vir a se constituir Barreiras Não-Tarifárias (BNT)
todas as modalidades abaixo, exceto:
a) Direitos Aduaneiros;
b) Normas de segurança;
c) Quotas;
e) Medidas fitossanitárias.
68
e) Regras de origem são normas aplicadas para verificar a verdadeira
origem de um produto.
69
d) Cotas, salvaguardas, ARVE, medidas compensatórias.
e) Subsídios às exportações, medidas antidumping, cotas tarifárias, medidas
de salvaguarda.
5. GABARITO
1) C 8) D 15) C 22) B
2) B 9) E 16) CEECE 23) V
3) D 10) E 17) C 24) A
4) C H) A 18) C 25) A
5) C 12) C 19) E 26) B
6) E 13) C 20) E 27) B
7) C 14) D 21) ECCCE 28) D
70