Padres e Irmãos Oblatos de São José | Arquidiocese de SP | Ano XXVIII | Nº 329 | Maio de 2018

JESUS RESSUSCITOU
Página 02 | maio de 2018 Santuário Santa Edwiges | Palava do Pároco & Agenda

PALAVRA DO PÁROCO ATIVIDADES E ACONTECIMENTOS | ABRIL 2018

ANO DO LAICATO: CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS,

NA IGREJA E NA SOCIEDADE
“SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO” (MT 5,13-14)

Cada cristão pode dizer: “Eu sou uma missão nesta terra e para isso estou
neste mundo” (EG, n. 273). Não podemos ficar tranquilos em nossos templos
em espera passiva. É necessário passar de uma pastoral de mera conservação
para uma pastoral decididamente missionária (EG, n. 21).
É condição indispensável o conhecimento profundo da Palavra de Deus.
Temos que fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida
na rocha da Palavra de Deus” (Bento XVI, D.I. em Ap.)
O mundo globalizado e consumista em que vivemos se sustenta na lógica
do lucro que cria o mecanismo de acumulação e onipotência do mercado.
Isso gera exclusão, insatisfação, depredação da natureza. Todavia, quem crê
na globalização da solidariedade fará de tudo para diminuir as desigualdades
sociais geradoras de violência, de alcoolismo, de drogas, de desestruturação
da família. Precisamos de mudança nos bairros, nas periferias, no campo e
na cidade.
A Igreja missionária é semeadora de esperança, visto que o mundo pode
ser diferente. “Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 Jo 5,4).
Fortalecido pelo profetismo do Papa Francisco, o cristão discípulo mis-
sionário enfrentará, como profeta, as realidades que contradizem o Reino de
Deus e insistirá em dizer:
“Não a uma economia de exclusão”.
“Não à cultura descartável” (EG, n. 53).
“Não à globalização da indiferença” (EG, n. 54).
“Não à idolatria do dinheiro” (EG, n. 55).
“Não à especulação financeira” (EG, n. 56).
“Não ao dinheiro que domina ao invés de servir” (EG, n. 57).
“Não à desigualdade social que gera violência” (EG, n. 59).
“Não à fuga dos compromissos” (EG, n. 81).
“Não ao pessimismo estéril” (EG, n. 84).
“Não ao mundanismo espiritual” (EG, n. 93).
“Não à guerra entre nós” (EG, n. 98).
Por outro lado o mesmo discípulo missionário gritará:
“Não nos roubem o entusiasmo missionário” (EG, n. 80).
“Não nos roubem a alegria da evangelização” (EG, n. 83).
“Não nos roubem a esperança” (EG, n. 86).
“Não deixemos que nos roubem a comunidade” (EG, n.92).
“Não deixemos que nos roubem o Evangelho” (EG, n. 97).
“Não deixemos que nos roubem o ideal de amor fraterno” (EG, n. 101).
Eis o que significa ser missionário no mundo globalizado, consumista e
secularizado.
A ação dos cristãos leigos e leigas no mundo pode ser vista de várias ma-
neiras.
Primeiro, a ação rotineira feita nas funções diárias na casa, no trabalho
e no lazer.
Segundo, por meio da ação dos homens e mulheres que trabalham na
construção do mundo nas mais diversas frentes.
Terceiro, atuam os cristãos leigos que se organizam em nome da fé para
influenciar positivamente na construção da sociedade.
Em todos os casos, a graça de Deus atua como força primeira que possibi-
lita e leva a bom termo as ações humanas. Vale recordar a oração do salmista:
“Se o Senhor não construir a casa, é inútil o cansaço dos pedreiros” (Sl 127,1).
** EG – Exosrtação Apostólica Evangelii Gaudium – Papa Francisco

Pe. Sérgio José de Sousa

Pároco-Reitor do Santuário Santa Edwiges

EDITORIAL
Paróquia Santuário Santa Edwiges
Arquidiocese de São Paulo - Região Episcopal Ipiranga
Congregação dos Oblatos de São José
Província Nossa Senhora do Rocio
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Equipe: Ângela; Antônia; Aparecida Y. Bonater; Izaíra de
Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia
do Nascimento; Rosa Cruz; Marlene; Maria e Valdeci Oliveira.
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jornal@santuariosantaedwiges.com.br
Tel. (11) 2274.2853 | 2274.8646 | Fax 2215.6111
Conclusão desta edição: 28/03/2018
Impressão: Folha de Londrina
Tiragem: 2.000 exemplares - Distribuição Gratuita
Cantinho da Catequese | Santuário Santa Edwiges maio de 2018 | Página 03

CANTINHO DA CATEQUESE

FORMAÇÃO PARA PAIS,

PADRINHOS E CRIANÇAS

No dia 14 de abril, pais, padrinhos e batizandos participaram do Curso

BATIZADOS de Batismo organizado pela própria equipe da Catequese. Na formação
destacou-se principalmente o querigma, a doutrina e o sacramento
do batismo, responsabilidade dos pais e padrinhos e da comunidade
cristã, sempre de forma dinâmica e pedagógica, buscando-se assim o
envolvimento e participação de todos.
Jesus disse: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”
O dia 15 de abril foi especialmente importante e marcante para algumas
de nossas crianças da catequese, pois nesse dia tornaram-se cristãos
batizados em nome da Santíssima Trindade.
A igreja pede que a criança não batizada até os 07 anos de idade faça
antes a preparação através da catequese. Com júbilo a nossa pastoral
comemorou junto com toda a Igreja, e em especial com a comunidade, o
batismo de doze crianças e adolescentes.
A celebração foi presidida pelo Pe. João e em torno deste sacramento
reuniram-se, pais, parentes e amigos, bem como os catequistas e a equipe
da Pastoral do Batismo. Com esse primeiro passo dado na vida cristã
pelas crianças, pais, padrinhos e nossos catequizandos cumprem mais
uma etapa rumo à primeira comunhão.
Que esse dia fique para sempre marcado em suas vidas e assim vivam
intensamente o que Jesus nos ensinou.

CURSO DE BATISMO
QUADRO DE AVISOS
• 19/05, sábado: Manhã de Confissões, a partir das 9hs, em
seguida ensaio da Primeira Comunhão
•24/05, quinta-feira: 1º encontro de preparação das famílias
•25/05, sexta-feira: 2º encontro de preparação das famílias
•26/05, sábado: Retiro – OSSE das 8hs às 17hs;
•27/05, domingo: Renovação Batismal na Missa das
•02/06, sábado: Ensaio e entrega das túnicas da Primeira
Comunhão no período da manhã e tarde, das 8h às 11h e 14h às
16h30 na igreja.
•03/06, domingo: Primeira Comunhão às 15hs.
Página 04 | maio de 2018 Santuário Santa Edwiges | Notícias do Santuário

NOTÍCIAS DO SANTUÁRIO

25 DE MARÇO – DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

Aclamamos Jesus como o Messias que vem realizar as promessas dos profetas e instaurar definitivamente o Reino do Deus da vida: justiça para os pobres e
marginalizados, participação de todos nos bens e na construção da sociedade; convivência fraterna na partilha; paz no mundo entre as nações; diálogo aberto e
sincero entre as culturas; enfim, a realização plena do sonho de Deus para este mundo e a certeza da vida nova prenunciada para todos na Ressurreição de Jesus.
É muito importante a participação na procissão neste dia. Os ramos devem ser conservados como um sinal e testemunho da fé em Cristo e na sua vitória pascal.

29 DE MARÇO – QUINTA-FEIRA SANTA – CEIA DO SENHOR

Nos recorda a Ceia do Senhor. Quando Ele prediz sua Paixão e Morte e despede-se dos apóstolos na última ceia. Neste dia Jesus instituiu a EUCARISTIA
e o SACERDÓCIO. Na celebração o sacerdote lava os pés de doze pessoas convidadas, recordando o gesto de Jesus em lavar os pés de seus discípulos e a dizer:
“AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS AMEI”, significando que devemos servir uns aos outros com total humildade, gratuidade e amor. Ao final
da missa se faz a Trasladação do Santíssimo Sacramento e em seguida a adoração.
Notícias do Santuário | Santuário Santa Edwiges maio de 2018 | Página 05

NOTÍCIAS DO SANTUÁRIO

30 DE MARÇO – SEXTA-FEIRA SANTA – PAIXÃO DO SENHOR

Nesta dia a Igreja recomenda o jejum e abstinência total de carne e acompanha em silêncio os passos de Jesus em seu sofrimento e condenação até sua entrega
total com a morte na cruz. Não se celebra missa ou qualquer sacramento e comungam-se as hóstias consagradas na 5ª feira santa. A celebração central deste
dia é a das 15h, em que segundo a tradição, Jesus morreu e que se divide em quatro partes: Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração do Senhor na Cruz e
Comunhão. É dia de total silêncio e reflexão.

31 DE MARÇO – SÁBADO SANTO – VIGÍLIA PASCAL

Celebramos a Vigília Pascal. A vida quer a vida e não a morte. A Ressurreição de Jesus é o milagre do começo da vida, vida nova a partir da morte. O Círio
Pascal, aceso com o fogo novo, luz que surge das trevas, representa Cristo ressuscitado vitorioso sobre a morte e Senhor da história, luz que ilumina o mundo. Na
vela, estão gravadas as letras gregas Alfa e Omega, que querem dizer “DEUS É O PRINCÍPIO E O FIM DE TUDO”.
Página 06 | maio de 2018
VOCAÇÕES
CADA COMUNIDADE UMA NOVA VOCAÇÃO
A Igreja nos Estados do Paraná, Santa Catarina,
Rio Grande do Sul e outras dioceses como Osasco,
atenta à indicação de Jesus: “Pedi ao Senhor da messe
que envie operários para a sua messe” (Mt 9,38), está
realizando uma ação evangelizadora inédita em prol
de vocações para a Igreja.
A proposta é que cada comunidade coloque-
se em oração, como um único corpo, pedindo ao
Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, uma nova
vocação para a Igreja.
A vocação para o sacerdócio, a vida consagrada,
a família, a missão… é um dom concedido somente
por Deus, mas também é fruto da comunidade que
reza. O Papa Francisco acredita nisso: “Jesus nos
disse que o primeiro método para obter vocações é
a oração e nem todos são convencidos disso”. Além
da oração, outro elemento essencial é o testemunho.
Os jovens precisam ver testemunhos bonitos de
pessoas que se dedicam inteiramente ao Senhor com alegria, para que possam se sentir motivados
a apostar sua vida nesse mesmo caminho. “É verdade que o jovem sente o chamado do Senhor,
mas o chamado é concreto e, na maioria das vezes, é: Quero me tornar como ele ou ela. Existem
testemunhos que atraem os jovens. Os testemunhos dos bons sacerdotes e das boas religiosas”,
disse também o Papa Francisco.
Desta forma, a Ação Evangelizadora: Cada comunidade uma nova vocação vai se desenvolver
a partir de dois eixos:
1º Rezar pelas vocações: Em todos os encontros/reuniões da Igreja começar ou terminar
com uma dezena do rosário pelas vocações. Ex. Assembleias dos Bispos, Reuniões de Clero,
Conselhos de Pastoral, Encontros da Catequese, Movimentos e Organismos… É importante
recordar às pessoas a intenção da oração: pelas vocações.
– Evangelizar pelas Redes Sociais. Publicar vídeos breves, densos de vida cristã-presbiteral-
religiosa-laical (todas as vocações) nos meios de comunicação, interagindo com os Regionais,
Arqui/Dioceses, Paróquias, Pastorais, Movimentos Eclesiais etc.
Essa iniciativa já foi acolhida, com entusiasmo, por vários os bispos e teve o seu marco
inicial na Quinta-feira Santa (dia da instituição do sacerdócio), 29 de março de 2018, passando
pelo Sínodo, tendo na Jornada Mundial da Juventude (22 e 27 de janeiro de 2019, no Panamá)
um momento forte, e um aprofundamento no Ano Vocacional de 2019 juntamente com o
Congresso Vocacional Nacional e indo além, sem ter uma data oficial de fechamento.
Em breve, será lançado um site oficial e cada comunidade receberá materiais para a
animação dessa Ação. Contamos com a sua oração e ajuda para que essa Ação Evangelizadora
gere frutos sem precedentes para a vida Igreja!
Nós, Oblatos de São José estamos juntos nesta obra com nossas comunidades paroquiais
nos Estados de São Paulo e Paraná e Colniza no Mato Grosso. Cada Comunidade Oblata uma
nova vocação! Queremos juntos rezar e acreditar numa Igreja que pulse e vibra de amor pelo
Reino de Deus e para isso busca na vocação a resposta e o caminho para o sentido de sua vida.
Toda vocação é obra que Deus realiza para o bem da própria pessoa que se sente chamada e
de toda a Igreja que se vê envolvida com a força de Jesus Ressuscitado e do Espírito Santo com
seu fogo abrasador.
A Paróquia-Santuário Santa Edwiges iniciou este projeto no dia 22 de abril, dia mundial
de Oração pelas vocações e as demais cada qual deve se organizar para articular melhor. O
importante é rezar pelas vocações, incentivar a juventude com o testemunho vocacional do
Sacerdote, dos Consagrados e dos leigos em seus diversos ministérios. Muita coisa boa já está
acontecendo e não podemos ficar de fora.
Procurem no You Tube “Cada comunidade uma nova Vocação / testemunhos” e encontrarão
muitos vídeos com relatos de jovens que estão a caminho do discernimento, bem como de
padres e consagrados que falam da alegria do seu chamado.
Vamos divulgar ao máximo estas ideias e que cada Comunidade Oblata suscite de fato, uma
ou várias novas vocações! Pe. Marcelo Ocanha - OSJ
Fonte: http://cnbbs2.org.br/site Animador Vocacional
/cada-comunidade-uma-nova-vocacao mrocanha@yahoo.com.br
Santuário Santa Edwiges | Vocações e Juventude
JUVENTUDE
JUVENTUDE JOSEFINA UNIDA
POR UM MUNDO DE JUSTIÇA E PAZ!
Amigo leitor, eis que irrompe a Vida Ressuscitada
e isso encoraja os discípulos de Jesus para uma missão
querigmática e libertadora junto aos mais necessitados.
Os jovens josefinos de várias comunidades oblatas
refletiram e se conscientizaram, mas também encenaram
a Paixão do Senhor Jesus a partir da reflexão quaresmal
da Igreja do Brasil que é de “Fraternidade e Superação da
Violência”, conforme Campanha da Fraternidade 2018.
Em comunhão com as juventudes josefinas, a Pastoral
Juvenil Josefino-Marelliana publicou uma nota que se
segue abaixo na íntegra:
NOTA DA PASTORAL JUVENIL
JOSEFINO-MARELLIANA
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por cau-
sa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aven-
turados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e
mentindo, falarem todo mal contra vós por minha causa
(Mateus 5,10-11).
Juventudes Josefinas,
A Campanha da Fraternidade 2018, cujo tema é
“Fraternidade e Superação da Violência”, reverberou
em vozes juvenis josefinas, a necessidade da luta
por um mundo possível, ou seja, no qual aconteça a
busca constante pela superação o mal da violência e,
consequentemente, a propagação da justiça e da paz.
Além disso, a Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana está
em comunhão com todos os grupos juvenis que trazem à
tona a reflexão sobre essa chaga social que faz com que a
cada dia aumentam os números dos violentados em nosso
país. Com rostos próprios, são eles: pobres, jovens, homo
afetivos, mulheres, indígenas e negros.
Em Jerusalém que Jesus foi acolhido pelos pobres e
marginalizados. Mas, também foi ali que Jesus sofreu ca-
lúnias, conspirações, abusos e a morte por parte dos que
se sentiam intimidados com a mensagem de promoção da
vida para todos.
Em Acqüi, São José Marello foi ao encontro da
pobre juventude com iniciativas inovadoras, tais como:
laboratório de trabalho para meninas, oratórios para a
juventude carente, cooperativas e armazéns para guardar
as sementes dos pobres e incentivo para a candidatura na
política. Também o Marello não foi bem compreendido
por alguns que conheciam seu trabalho.
A Doutrina Social da Igreja ensina que “a violência é
um mal, que a violência é inaceitável como solução para
os problemas, que a violência não é digna do homem. A
violência é mentira, pois que se opõe à verdade da nossa
fé, à verdade da nossa humanidade. A violência destrói o
que ambiciona defender: a dignidade, a vida, a liberdade
dos seres humanos” (DSI 460).
Diante de tudo isso resta-nos uma missão em que não
devemos nos esquecer do que disse Papa Francisco aos
jovens: “sejam revolucionários!”. Continuem anunciando
a Boa Nova de Jesus de que “vós sois todos irmãos”. O
Tempo Pascal é oportuno para como os discípulos, – mes-
mo sendo perseguidos e caluniados – anunciarmos o Jesus
Ressuscitado, Vida digna para todos e todas!
Por Equipe CJV
Formação | Santuário Santa Edwiges
A SEGUNDA CARTA DE SÃO PAULO AOS CORÍNTIOS
As cartas aos Coríntios. Conti-
nuamos a analisar as cartas de São
Paulo na sua origem, mensagem e
situações em que surgiram. Neste
artigo veremos a segunda carta aos
Coríntios. Ela nasceu de circunstân-
cias históricas que não conhecemos
direito, mas que eram complexas.
No fim da permanência de Paulo
em Éfeso, ele enviou seu amigo e
discípulo Tito a Corinto para resol-
ver situações lá existentes. Tito de-
veria encontrar novamente a Paulo
em Trôade, mas, em função de uma
revolta, lembrada em Atos 19,23ss,
Paulo teve de deixar Éfeso antes do
tempo. Foi então em direção à Ma-
cedônia, pois estava intensamente
angustiado com tudo o que ocorria
em Corinto. Tito não o encontrou
em Éfeso, mas na Macedônia.
A situação da segunda carta aos
Coríntios. A Igreja de Corinto ha-
via sido fundada por Paulo, mas as
relações entre os fiéis e ele sofreram
uma tremenda perturbação. O livro
de Atos dos Apóstolos não informa
o que aconteceu em Corinto. Paulo
encontrou-se finalmente com Tito
na Macedônia, provavelmente em
Filipos, e recebeu notícias favoráveis
a respeito da Igreja de Corinto. En-
tão, ele escreveu esta carta, intensa
de emoções, de polêmicas, ironias e
defesas. A data é no ano 57 ou início
de 58.
A última visita de Paulo a Corin-
to foi difícil, é o que se pode intuir
de algumas passagens, como 2 Co-
FORMAÇÃO
ríntios 12,14; 13,1–2: Eis que estou
pronto a ir ter convosco pela tercei-
ra vez. Não vos serei oneroso, por-
que não busco os vossos bens, mas
sim a vós mesmos. Com efeito, não
são os filhos que devem entesourar
para os pais, mas os pais para os fi-
lhos (2 Coríntios 2,14). Ou esta outra
passagem: É esta a terceira vez que
vou visitar-vos. Pelo depoimento de
duas ou três testemunhas se resolve
toda a questão. Quando de minha
segunda visita, já adverti àqueles que
pecaram, e hoje, que estou ausente,
torno a repeti-lo a eles e aos demais:
se eu for outra vez, não usarei de
perdão! (2 Coríntios 13,1–2).
Paulo cita, nesta 2 Coríntios 2,4,
uma certa “Carta de lágrimas”, an-
terior a 2 Coríntios, mas que não
podemos identificar com a 1 Corín-
tios. Lemos assim: Foi numa grande
aflição, com o coração despedaçado
e lágrimas nos olhos, que vos escrevi,
não com o propósito de vos contris-
tar, mas para vos fazer conhecer o
amor todo particular que vos tenho
(2 Coríntios 2,4).
Parece que houve momentos di-
fíceis entre Paulo e a Igreja de Co-
rinto. Da leitura de 2,5–8 e de 7,12 há
indícios de uma ofensa feita a Paulo
que muito o machucou: Se alguém
causou tristeza, não me contristou
a mim, mas de certo modo — para
não exagerar — a todos vós. Basta a
esse homem o castigo que a maioria
dentre vós lhe infligiu. Assim deveis
agora perdoar-lhe e consolá-lo para
A segunda carta de São Paulo aos Coríntios é um escrito dramático,
cheio de emoção, que indica muito do próprio Apóstolo
e de sua visão de cristianismo e Fé.
que não sucumba por demasiada
tristeza. Peço-vos que tenhais cari-
dade para com ele […] (2 Coríntios
2,5–8). Portanto, se vos escrevi, não o
fiz por causa daquele que cometeu a
ofensa, nem por causa do ofendido;
foi para que se manifestasse a vossa
dedicação por mim diante de Deus
(2 Coríntios 7,12).
O que houve foi certamente o
seguinte: A 1 carta aos Coríntios e o
envio de Timóteo a Corinto foram
fatos que não obtiveram sucesso.
Paulo, então, deve ter decidido ir
para lá para solucionar a situação.
Esta visita foi um desastre, com al-
guma ofensa pública sobre o Após-
tolo. Ele retornou a Éfeso e escreveu
outra Carta, a dita das “carta das
lágrimas”, em que exigia a punição
de quem lhe havia ofendido (2 Co-
ríntios 7,8–13), confiando esta carta
a Tito. Combinou com este o en-
contro em Trôade, em determinado
tempo. Veio a revolta dos ourives em
Éfeso e Paulo precisou deixar esta
cidade antes do tempo e foi à Trôa-
de, mas não encontrou a Tito. Par-
tiu de lá para a Macedônia onde foi,
finalmente, alcançado por Tito, que
lhe trouxe boas notícias de Corinto.
Paulo então escreve, finalmente, a
Carta que temos como 2 Coríntios.
Conteúdos da segunda carta aos
Coríntios. Paulo inicia com a sau-
dação costumeira. Associa Timóteo
a si, indicando-o como irmão. E di-
rige-se à Igreja de Corinto e todos os
que se encontram na Acaia. Ele con-
ta fatos e situações específicas que
viveu. Depois, Paulo faz uma longa
defesa de sua conduta e de seus prin-
cípios, que ele afirma que estão ali-
cerçados em Cristo Jesus.
Depois, Paulo faz uma série de
exortações à comunidade de Corin-
to, desejando com isso indicar-lhes
o caminho que devem seguir como
discípulos de Jesus Cristo. Entre es-
tas exortações, Paulo apresenta o
argumento da coleta que ele está fa-
maio de 2018 | Página 07
zendo, pessoalmente, em favor dos
cristãos de Jerusalém. Para motivar
os coríntios, ele usa o exemplo de
próprio Jesus: “Vós conheceis a bon-
dade de nosso Senhor Jesus Cristo.
Sendo rico, se fez pobre por vós, a
fim de vos enriquecer por sua pobre-
za” (2 Coríntios 8,9).
Em seguida, Paulo apresenta um
misto de ironias bem elaboradas, ba-
seadas nos argumentos de seus ad-
versários, e de observações acerca da
missão apostólica, da identidade de
evangelizador que Paulo carrega e de
sua postura pessoal frente às situa-
ções da Igreja de Corinto. Finalmen-
te, ele se apresenta como um pai que
corrige os filhos e espera que eles se-
jam dignos e fiéis. No final, Paulo de-
seja a alegria a todos, a perfeição, o
encorajamento. Os coríntios devem
viver em paz. A saudação final é uma
fórmula litúrgica.
As duas cartas aos Coríntios re-
presentam a intensidade e o ardor
do Apóstolo. Ele não esconde o en-
volvimento emocional e deixa com
isso a certeza, para seus leitores de
todos os tempos, que a evangeliza-
ção é também um processo que en-
volve a paixão, o desejo do outro ser
feliz e estar na luz da verdade. A per-
sonalidade do Apóstolo é claramen-
te destacada: Paulo acredita no que
faz e vive a mensagem que apresen-
ta. Para ele, o que hoje podemos cha-
mar de teologia não é um conjunto
de ideias abstratas, mas sim um
mundo de certezas que envolvem a
vida. Paulo é um homem prático que
vive o que anuncia com a intensida-
de de uma descoberta recente.
A teologia deve a Paulo categorias
de pensamento e de distinção que
são importantes para a convivência
e o progresso humano.
Pe. Mauro Negro, OSJ
Biblista. PUC São Paulo
mauronegro@uol.com.br
Página 08 | maio de 2018 Santuário Santa Edwiges | Aniversáriantes & Dízimo

PARABÉNS AOS ANIVERSARIANTES DO MÊS DE MARÇO

// ADAILTON ROCHA DOS SANTOS // GIOVANE RODRIGUES DA COSTA // MARIA DO CARMO VAZ
// ADEMIR SANTIAGO GARCIA // HELENICE LOPES FRAGA DO AMARAL  // MARIA DOS REMÉDIOS A. DA SILVA
// ALAYDE M. GASPARINE // IRENI DE CARVALHO ANDRADE // MARIA MERCÊS DE J. COSTA
// ALDENIR SOUZA DOS SANTOS // IVANEIDE MARIA DE LIMA // MARIA ROSILENE COSTA
// AMANDA MACIEL GOMES // IZILMAR ALVES SOARES // MARIA SOLIDADE DE OLIVEIRA
// ANA ROSA DE CARVALHO // JACIRENE ROCHA DA COSTA // MARICENE ALVES LUNIA
// ANTONIA BESSANI BOSSOLANI // JOÃO DOUGLAS MESSIAS // MECILENE FERREIRA CAMARA
// ANTONIA GICELI AMANCIO DA SILVA // JOÃO GREGÓRIO GOMES // NARA LIMA SOARES
// ANTONIA GLEVANIA R. DE ALMEIDA // JOSÉ DE ARIMATÉIA F. LIMA // OSMAR VELOSO DA SILVA
// AVELINA L. SANTOS NOVAES // JOSÉ FERREIRA LIMA // PAULO CORREIA DE SOUZA
// BENTO JOSÉ DOS SANTOS // JOSÉ RICHARDISON PEREIRA DA SILVA // PEDRO MOREIRA RODRIGO
// CARMELITA RIBEIRO DA SILVA // JOSÉ TIAGO DA SILVA NETO // RAFAEL HARLISON DA S. ARAUJO
// CÍCERA DA SILVA S. NASCIMENTO // JOSEFA RIBEIRO DOS SANTOS // RENATA DA SILVA EVANGELISTA
// CREMILDA SILVA NASCIMENTO SOUSA // JULIMAR PEREIRA DO NASCIMENTO // RIZOMAR DE JESUS SILVA
// CREUZA ALVES PEREIRA // JULIO CESAR MOTA DA SILVA // ROSINEIDE DOS SANTOS SILVA
// DAISY MARIA RODRIGUES DOS SANTOS // LAURENTINO FERREIRA DE OLIVEIRA // SEVERINA ANALIA V. VIANA
// DAMIÃO NASCIMENTO JUNIOR // LENILDA ALVES DE SOUZA SILVA // SIMONE DORIA CAMPELO
// DANIELLE ALVES M. RODRIGUES // LIDIA MARCELINO DOS SANTOS // TASIANE GOMES DA SILVA
// DINALVA COSTA OLIVEIRA ROCHA // LUCINEIDE CONCEIÇÃO DA SILVA // TERCÍLIO CALSA
// DULCE DO NASCIMENTO DINIZ // LUIS CARLOS RUFO
// ÉDIPO BARBOSA DANTAS   /   /    LUIZ ISRAEL DA SILVA
// ELENILDA SILVA BARBOSA // LUZIA DA SILVA PEREIRA
// ELIANA DA COSTA // MANOEL BRAGA VAZ
// FRANCINETE COELHO DOS SANTOS // MARIA APARECIDA BATISTA DE SOUZA
// FRANCISCA PAULINO SILVEIRA // MARIA BEZERRA DA SILVA
// FRANCISCA VIEIRA MACIEL DA SILVA // MARIA DAS DORES LOPES
// GERALDA MARIA DA SILVA OLIVEIRA // MARIA DAS GRAÇAS RAMOS
// GILDENIR DE OLIVEIRA BARBOSA // MARIA DE ANDRADE BANDEIRA
// GINALDO ALMEIDA SOUZA // MARIA DE FÁTIMA ROMÃO

PINTURA EXTERNA DO SANTUÁRIO

Caro paroquiano, devoto, romeiro: Graça e Paz vos sejam concedidas da parte
de Deus. A Paróquia Santuário Santa Edwiges é o sinal de uma certeza: Deus
habita em nossa comunidade! Estamos próximos de completar o primeiro cen-
tenário de Evangelização neste bairro, bem como os 60 anos de nossa paróquia,
um marco muito importante na história de Heliópolis e Sacomã. Queremos
deixar nossa Igreja mais bonita e preparada para estes dois eventos tão signifi-
cativos, para tanto, sua revitalização é necessária. Com o objetivo de manter a
beleza do Templo e a história dos fiéis vivas, estamos lançando a CAMPANHA
DA PINTURA EXTERNA DO SANTUÁRIO. Sua colaboração se unirá aos es-
forços de tantas pessoas que se doaram pela construção e manutenção deste
lugar santo.

Conto com a sua generosidade e, desde já, rezo por você. Deus te abençoe!
Pe. Sergio José de Sousa
Pároco Reitor da Paróquia Santuário Santa Edwiges.

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