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DEMOGRAFIA HISTÓRICA
LOUIS HENRY
LOUIS HENRY
TÉCNICAS DE ANÁLISE EM
DEMOGRAFIA HISTÓRICA
Tradução de
Altiva Pilatti Balhana
e
Jayme Antonio Cardoso
UNIVERSIDADE F E D E R A L DO PARANÁ
CURITIBA
1977
Prefácio
As diretrizes assumidas quando da organização, em 1959, do
Departamento de História da Universidade Federal do Paraná,
conduziram suas atividades científicas e didáticas para a adoção de
algumas Unhas de pesquisa voltadas para a história econômica e
social, objetivando reconstituir um quadro tanto quanto possível
completo da sociedade e da economia paranaense.
Nesse quadro reclamava especial interesse a demografia
histórica, visando ao estudo quantitativo da população e das
estruturas sociais do Paraná. Para atender a este objetivo foi
iniciado um trabalho sistemático de levantamento de fontes, a fim
de localizar, conhecer e coligir documentação de base adequada
aos estudos retrospectivos da população.
Nesse sentido foram levantadas listas de habitantes, matrícu-
las de escravos, listas de milícias, listas de votantes, mapas gerais da
população, bem como foi concedida particular atenção aos
arquivos paroquiais cujas séries de registros de batismos, casamen-
tos e óbitos, constituem as fontes principais dos estudos já
divulgados ou em preparo sobre a população do Paraná.
Embora não completada essa etapa preliminar, foi possível,
com os dados colocados em evidência, passar à utilização das
informações de caráter demográfico em etapas de análise e
elaboração parciais.
Algumas formulações básicas puderam ser estabelecidas,
relativamente à formação da população do Paraná e às suas
transformações, orientando o Projeto departamental "História
Demográfica do Paraná". Este Projeto integrou vários estudos
sobre a população do Paraná tradicional e sobre os contingentes de
imigrantes internacionais e nacionais que alteraram a composição
do quadro demográfico paranaense.
Esta Unha de pesquisa tem sido fecunda e já propiciou a
3
realização de quase uma vintena de trabalhos. Foi ela também que criatividade de Louis Henry para resolver os desafios, impostos à
embasou boa parte das atividades didáticas dos Cursos de História sua inteligência pela diversidade da documentação de base,
na Universidade Federal do Paraná. utilizável em demografia histórica, existente no Brasil.
Assim, quando em 1970 o Departamento de História
A metodologia, bem estruturada por Louis Henry, para a
começou a estruturar seu programa de estudos pós-graduados, a
demografia histórica imprimiu notável impulso aos estudos das
demografia histórica foi colocada entre as primeiras opções
populações do passado na França e em muitos países europeus,
ofertadas no curso de Mestrado com área concentração em
asiáticos e americanos nas duas últimas décadas.
História do Brasil.
A divulgação desses recursos metodológicos em língua
A escolha representou, de um lado, a preocupação de
portuguesa trará, certamente, maior possibilidade de desenvol-
consolidar as pesquisas sobre a população paranaense, proporcio-
vimento para as pesquisas de demografia histórica no Brasil.
nando-lhes maior fundamento teórico e metodológico, bem como,
A edição deste livro é realizada pela Coordenação do Mestrado
melhores condições técnicas de realização.
em História, apoiada em recursos destinados pela Coordenação do
De outro lado, significou o propósito deliberado de formar
Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior — CAPES, do
pesquisadores neste novo ramo da História, ainda pouco presente
Ministério da Educação e Cultura, aos Cursos de Pós-Graduaçãoem
na historiografia brasileira.
História da Universidade Federal do Paraná.
Para bem efetivar tais metas, na oportunidade da organização
dos cursos de pós-graduação, o nome do Professor Louis Henry,
internacionalmente reconhecido e acatado como a mais competen- Altiva Pilatti Ba lhana
te e operosa autoridade nesta área especializada de estudos, foi
indicado e escolhido para integrar o corpo docente do Mestrado,
na qualidade de Professor Visitante. Sua pronta aquiescência em
vir conhecer o Brasil a convite da Universidade Federal do Paraná,
para animar os estudos em demografia histórica, ministrando
cursos e orientando projetos de pesquisa, consolidou a implanta-
ção regular da disciplina no ensino superior brasileiro.
O livro "Técnicas de Análise em Demografia Histórica", que
está sendo publicado, representa outro importante passo para o
mais amplo desenvolvimento dessa especialidade no Brasil, onde
imensos acervos documentais na sua quase totalidade jamais
explorados estão à disposição dos interessados em estudos
demográficos.
O "Manuel Brésilien", como carinhosamente o intitula Louis
Henry, resultou do curso por ele ministrado em Curitiba, no verão
de 1974. Elaborado a partir das notas de aula, do autor e dos
alunos do curso, as quais foram por mim reunidas, traduzidas e
ordenadas em redação preliminar, foi a mesma posteriormente
revisada e ampliada pelo autor em Paris. Na elaboração final do
texto, contou com a colaboração do Professor Jayme Antonio
Cardoso, do Departamento de História.
Grande parte dos exemplos que aparecem no presente volume
constituem algumas das inúmeras soluções encontradas pela
13
4
SUMÁRIO
5 11
Introdução
Listas Nominativas 13
Exploração de uma só lista nominativa 18
Estado da população 21
Cor e status 21
Sexo 22
Idade 23
Pirâmide de idades / 24
Sexo e idade 27
Sexo, idade e estado civil 29
Família e Domicílio 29
Família 29
Domicílio 32
Profissões 34
Movimento natural da população 34
Natalidade 35
Fecundidade 38
Envelhecimento da população 41
Nupcialidade 42
Registro Civil 47
Problemas técnicos de levantamento e ordenação de dados 47
Exploração sumária dos registros paroquiais ou civis
sem reconstituição de famílias 51
Movimentos sazonais 57
Masculinidade de nascimentos 59
Freqüência de nascimentos ilegítimos e de crianças expostas . . . 60
Relação dos nascimentos legítimos com casamentos 61
Nupcialidade 61
Freqüência do celibato definitivo 61
Idades indeterminadas 62
I dades dos recém-casados 64
Classificação dos primeiros casamentos por geração 65
Idade média ao primeiro casamento 66
Idade mediana 67
Idade modal 68 E s t u d o da nupcialidade após a reconstituição de famílias 111
Classificação dos primeiros casamentos por perfodos 68 Observações 114
Casamentos e recasamentos 70 Recasamentos 114
Origem e migração 70 Freqüência do recasamento segundo a idade quando da viuvez . . 115
Residência dos noivos 71 Avaliação dos recasamentos perdidos 115
Distâncias entre residências anteriores 73 Comentário 121
Mortalidade 74 Intervalo entre a viuvez e o recasamento 121
Mortalidade infantil 74 E s t u d o da mortalidade a partir da reconstituição de famílias 123
Mortalidade de crianças de menos de 5 anos 75
Relações entre os quatro índices 124
Mortalidade segundo a categoria social, a cor e a condição . . . . 75
Cálculo da probabilidade de morte 126
Observação 75
Mortalidade de adultos 126
Assinaturas 76
Tábua de mortalidade mais forte 128
Nomes e sobrenomes 76
Tábua de mortalidade mais fraca 130
Profissões 77
Mortalidade provável 131
Estudo da fecundidade dos casamentos a partir da reconstituição Saídas de observação 131
das famílias 81 Exemplos com entradas e saídas 133
Escolha da localidade 81 Mortalidade das crianças 135
Extensão dos levantamentos 81 Avaliação dos óbitos perdidos 138
Obstáculos à reconstituição das famflias 82 Repetição de nomes 139
Alguns pontos importantes desta reconstituição 82 Outros procedimentos 141
Nascimentos ilegítimos antes do casamento 83 Lista de confirmação 141
Falecimento de filhos casados 83 Padrinhos e madrinhas 143
Emprego de colchetes e de parênteses 83 Listas nominativas de recenseamento 143
Data do casamento dos filhos 83 Observação importante 144
Falecimento dos pais 84
Estatísticas do Registro Civil e Recenseamentos 145
Classificação das fichas 84
Taxas brutas de natalidade, nupcialidade e mortalidade 145
Fim de observação 84
Ordem de grandeza 146
Categoria de fichas 86
Cálculo das taxas de fecundidade legi'tima 88 Crescimento natural 147
Migrações líquidas 148
Idade da mulher ou duração do casamento 88
Estudo da mortalidade 148
Anos-mulheres 88
Cálculo das probabilidades de morte 149
Cálculo do número de anos - mulheres 89
Caso de um recenseamento 149
Fecundidade corrigida 94
Caso de dois recenseamentos 149
Avaliação dos nascimentos perdidos 94
Passagem das taxas às probabilidades de morte 150
Disposições práticas 96
Exemplo 151
Distribuição dos nascimentos perdidos 99
Correção do sub-registro 153
Sub-registro de óbitos de crianças batizadas provisoriamente . . . 100
Utilização das fichas E F 102 Recenseamentos na ausência de Registro Civil 155
Comparação com as famílias M F 103 População fechada 155
Taxas por períodos 105 População aberta 155
Emprego de Listas Nominativas 107 Listas nominativas 156
Correções 108 Mortalidade dos adultos 156
Listas nominativas qüinqüenais 109 Anexo • 159
Caso de uma única lista nominativa 110
Validade da avaliação dos óbitos perdidos 159
8
9
Introdução
vãmente aquilo que deve ser feito com cada tipo; mas a ordem na
qual são tratados pode variar e, provavelmente, não há solução
perfeita.
Inicia-se geralmente pelo estudo apenas das listas nominativas
isoladas. Poder-se-ia, à primeira vista, pensar que, em seguida,
seriam estudadas várias listas nominativas consecutivas. Porém,
nesse caso, são obtidas soluções aproximativas, enquanto que a
reconstituição de famílias permitiria soluções precisas. Em virtude
Listas Nominativas
disto parece preferível passar do caso em que existe apenas uma
lista nominativa para o caso em que há apenas o registro civil, ou o
registro civil associado a uma lista nominativa, utilizada somente
para fixar uma data de fim de observação.
O caso das listas nominativas consecutivas, sem registro civil, No que concerne às listas nominativas, o INED*não possui
vem em seguida e, finalmente, a situação mais favorável, ou seja, modelos de fichas para levantamento dos dados. Os dados das
quando se dispõe ao mesmo tempo de registro civil e de listas listas utilizadas na pesquisa sobre a população da França, antes de
nominativas. Esta ordem é a adotada neste livro. 1830, foram arrolados empregando as folhas de levantamento
nominativo dos registros paroquiais porque o número das listas era
demasiado pequeno não havendo necessidade de impressos
especiais.
Para o Brasil, é preciso criar um modelo que permita o
levantamento ordenado das informações das listas nominativas dos
séculos X V I I I e X I X . Para a exploração de listas de habitantes de
Paranaguá,1 porexemplo, foi criada uma ficha, cujo modelo vem a
seguir.
No preenchimento desta ficha, são utilizados os seguintes cri-
térios:
1. Cabeçalho da ficha:
a. Ano de . . . — Ano do recenseamento ou da composição
da lista nominativa de habitantes.
b. Vila de . . . — A qual pertence a família ou o domicílio
recenseado.
c. . . . Cia. de Milícias — Como a finalidade primordial da
elaboração das listas nominativas de habitantes prendia-
se às necessidades da formação dos corpos militares, as
próprias "Cias. de Milícias" determinavam uma divisão
geográfica do território da Vila e assim podem ser
1
MEQUELUSSE, Jair. A população de Paranaguá, no final do século XVIII,
segundo as Listas Nominativas de habitantes. Curitiba, 1975. Dissertação de Mestrado
(mecanografado) 109 p.
12 13
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
I
s
1 Principal
Escravos
o J
"Cia. de Milícias" é subdividida em "esquadras" que, na !
Total
ã
O < 5 2 i
í o i o o
parte urbana da Vila, correspondem a um setor sob a t- Q
um "cabo".
e. Domicílio . . . — Número correspondente ao domicílio .t
1
8
8
2. Corpo da ficha:
0
o
a. Primeira coluna: SOBRENOME.
Linha 1: Sobrenome do chefe do domicílio. ll
0
Linha 2: Sobrenome da esposa do chefe do domicílio, o £
livre. 01N3WI3SVN O V
'avwva 30V0I
M
Linhas 18 a 24: Utilizadas para eventuais observações 0
u-
<
complementares, uma vez que os escravos não traziam >
oc
domicílio e congregando normalmente o chefe do para indicar respectivamente as cores branca, parda ou
domicílio, sua esposa, assim como seus filhos solteiros mulata, e negra ou preta.
presentes ao domicílio à época do levantamento h. Oitava coluna: PARENTESCO.
censitário.
Linhas 11 a 17: Indicativo de eventual parentesco das
Linhas 11 a 17: Correspondendo aos agregados do
pessoas agregadas ao domicílio em relação ao chefe do
núcleo principal e congregando tanto núcleos secundá-
domicílio como, por exemplo, filha casada, genro, sogra,
rios, como pessoas livres isoladas que coabitam o
etc.
domicílio.
j. Nona coluna: N A T U R A L I D A D E .
c_ Terceira coluna: IDADE. Indicação do local de nascimento de cada pessoa do
A idade em anos completos de cada um dos indivíduos domicílio, utilizando-se o símbolo a quando o nasci-
relacionados como pertencentes ao domicílio, à data do mento ocorreu na própria Vila ou em seu território.
recenseamento. j. Décima coluna: PROFISSÃO.
d. Quarta coluna: ANO DO NASCIMENTO. Indicação da profissão de cada um dos membros do
O ano calculado do nascimento de cada um dos domicílio, sendo, entretanto, em geral, indicada nas
indivíduos relacionados no domicílio, a partir da idade e listas somente a ocupação do chefe do domicílio, esó
do ano do recenseamento. algumas vezes a de outros membros.
I. Décima-primeira coluna: REGIMENTO MILfCIAS.
e. Quinta coluna: SEXO.
Indicativo da qualificação militar de cada homem do
Indicação do sexo de cada pessoa relacionada no
domicílio, quando for o caso.
domicílio, pouco indicado nas listas utilizadas, mas
facilmente identificável pela utilização de nomes especí- m. Décima-segunda coluna: T O T A L I Z A Ç Ã O .
ficos para cada sexo, não havendo quase equívocos na 1. Total do núcleo principal.
indicação. Utilização nas fichas das letras f e m para 2. Total de indivíduos agregados ao domicílio, sejam
indicar o sexo feminino e masculino. ou não aparentados.
3. Soma dos itens 1 e 2, representando o total de
f. Sexta coluna: ESTADO C I V I L . pessoas livres no domicílio.
Indicação do estado civil de cada pessoa relacionada no 4. Total de indivíduos escravos pertencentes ao
domicílio, porém sempre inexistente em relação ao domicílio.
chefe do domicílio e sua esposa, ou aos filhos menores 5. Soma dos itens 3 e 4, representando o total geral
de 13 ou 14 anos, por considerar o responsável pela de pessoas que pertencem ao domicílio, coabitando
elaboração da lista nominativa óbvia esta indicação, independentemente da condição social.
sendo entretanto indicada para as demais situações.
Utilização das letras s, c, v e x, para indicar respectiva-
Com a utilização destas fichas, há possibilidade de racionalizar
mente solteiros, casados, viúvos e indeterminados. a
coleta de dados das listas nominativas, ao ordenar os dados
fornecidos pelas mesmas, para cada família, em uma ficha
g. Sétima coluna: COR. Padronizada, tornando os dados mais facilmente manejáveis
Indicação da cor da pele de cada um dos indivíduos 'nclusive para várias outras finalidades, além das específicas de
pertencentes ao domicílio. Utilização das letras b, p e n ordem demográfica.
12 13
Louis Henry Técnicas de Análise em Demografia Histórica
EXPLORAÇAO DE U M A SÕ LISTA N O M I N A T I V A
1
H E N R Y , L. e B A L H A N A , A.P. La population du Parana depuis le X V I Ile siècle.
L
Population, Paris. 1975. Numéro spécial, p. 157-186.
18
19
Louis H e n r y
Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
GPc/íCs/>!
A m b o s os
Grupos Sexo Masculino Sexo Feminino
?ÇK9S
de casa- viú-
sol- sol- casa- viú-
'l'cre/J idade
teiros dos vos
Total
teiras das vas
Total Total
U&fatuy t6,A> da/j MJ&JVJ Y Total 1 993 1 163 60 3216 1 974 1 092 202 3 268 6 484
:
. * • 4
3
fò^âoZcu Gn/ífmrfx
Juticu c/lme- ts ^ t
ESTADO DA POPULAÇAO
Cor e status
Livres de
Brancos Escravos
A repartição proporcional correspondente é a seguinte: cor
Além disso pode ser comparada a repartição proporcional de Razão de masculinidade 98,4 86,1 100,7
pardos e negros entre livres e escravos. Taxa de masculinidade 0,496 0,463 0,502
13
Sexo 0,496 = etc
17626
0 estudo da distribuição da população, por sexo, apresenta
especial interesse porque o desequilíbrio entre os sexos tem
Idade
conseqüências demográficas não descuráveis. Por exemplo, na
situação local, onde atualmente são estudadas algumas populações
imigradas, é muito importante verificar se a estrutura por sexo era A distribuição da população, por idade, é outra característica
equilibrada no início da sua instalação no Paraná. demográfica de importância fundamental. Ela é feita geralmente
0 desequilíbrio dos sexos, nesses casos, teria ocasionado que Por anos de idade ou grupos de idade que podem ser quinquenais,
muito precocemente ocorressem casamentos mistos. Também, em decenais, ou grandes grupos de idade. Através da repartição em
relação à população escrava, o problema merece atenção. A 9randes grupos de idade, pode ser obtida com rapidez uma visão
d
distribuição, por sexo, da população é fornecida geralmente pela a estrutura da população.
41
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
50-59 95
Escolhido o tipo de classificação, calcula-se o número de pes-
soas de cada grande grupo, relacionando-o a um número total re-
dondo, geralmente 1.000. 60-69 59
dois o efetivo desse grupo. Para evitar erros, o mais simples seria: caracterizadas por baixa fecundidade e fraca mortalidade,
a) Tratar cada grupo qüinqüenal como se ele fosse constituído de apresentam formas ogivais.
cinco classes iguais, cujo efetivo comum é obtido dividindo por A causa dessa mudança será vista mais adiante.
cinco o efetivo do grupo.
b) Tratar cada grupo decenal como se ele fosse constituído de dez ÇPXO e idade . . . . . . . .
classes iguais de dois grupos qüinqüenais do mesmo efetivo. A pirâmide de idades justapõe os dois sexos em um grafico.
c) Não separar por traço as classes de idade fictícias assim Não constitui análise de repartição por sexos e idades combinadas.
constituídas. Esta última regra permite distinguir o caso em que há Esta análise é assegurada pelo estudo das variações com a idade da
22 pessoas no grupo 70 — 79 anos do caso em que, sendo a razão de masculinidade.
classificação qüinqüenal, ter-se-ia 11 pessoas no grupo 70 — 74 A razão de masculinidade é calculada para cada grupo de ida-
anos e 11 no grupo 75 — 79 anos. No primeiro caso, não há traço de e o resultado é representado por um gráfico.
de separação entre os dois grupos de cinco anos fictícios e iguais Nas populações fechadas, a razão de masculinidade depende da
enquanto que, no segundo, há um, pois se trata de grupos reais, diferença de mortalidade entre homens e mulheres. Nas popula-
iguais por acaso. ções abertas, ele depende, além disso, da diferença de mobilidade
entre ambos os sexos.
0 quadro a seguir dá a razão de masculinidade da população
branca de Curitiba, em 1822. No gráfico, foi acrescentada a razão
de masculinidade de uma população fechada, sendo a mortalidade
da tábua tipo das Nações Unidas correspondente a uma esperança
de vida ao nascer, de 30 anos, ou seja:
Nascimento 105,0
0 - 4 anos 102,4
5 - 9 anos 102,5
1 0 - 1 4 anos 102,8
1 5 - 1 9 anos 103,3
2 0 - 2 4 anos 104,0
2 5 - 2 9 anos 104,7
3 0 - 3 4 anos 105,6
3 5 - 3 9 anos 106,1
40—44 anos 105,8
4 5 - 4 9 anos 104,0
I000 500 500 I000
Efetivos absolutos dos grupos qüinqüenais
5 0 - 5 4 anos 101,0
5 5 - 5 9 anos 97,1
6 0 - 6 4 anos 92,9
6 5 - 6 9 anos 88,5
15 7 0 - 7 4 anos 83,8
As pirâmides etárias das populações antigas, caracterizadas por
grande fecundidade e grande mortalidade, apresentam formas 7 5 - 7 9 anos 79,0
triangulares clássicas. As pirâmides etárias das populações moder- 8 0 - 8 4 anos 74,2
41
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
F A M Í L I A E DOMICILIO
Família
menores de 14 anos.
N ú m e r o de f a m í l i a s c o m o n ú m e r o indicado
Idade d o
de filhos com menos de 14 anos
chefe da 500
f a m Mia n.° médio
0 1 2 3 4 e mais total
d e filhos
menos de
484 399 99 18 - 1 000 0,65
2 5 anos
25-34 297 369 216 100 18* 1 000 1,20
* c o m 9 9 filhos
0L
0 Anos
N Ú M E R O M É D I O DE F I L H O S POR F A M Í L I A S E G U N D O
Cálculo para n ú m e r o médio de fi
A IDADE DO CHEFE DE F A M Í L I A
Menos de 2 5 anos: De 2 5 - 3 4 anos Filhos
484 x 0 = 0 297 x 0 = 0
399 x 1 = 399 369 x 1 = 369
9 9 x 2 = 198 2 1 6 x 2 = 432
18 x 3 = 54 1 0 0 x 3 = 300
99
651 - M 0 0 0 = 0,65
1 200-M 000 = 1,20
Idade d o Freqüência de N ú m e r o m é d i o de
chefe de famílias sem filhos filhos por f a m í l i a
famflia L a Goulafridre França La Goulafrière França
(anos) 1 7 9 4 (1 0 0 0 ) 1946 1794 (1 0 0 0 ) 1946
17
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Louis Henry
Domicílio LaGoulafrière, 1 7 9 4 :
_ Um 91
15
O domicílio é constituído por um grupo de pessoas vivendo ern _ Vários
3
_ Nenhum (solteiro)
comum sob a autoridade do chefe da unidade domiciliar, ou um _ Indeterminado
5
grupo de pessoas que vivem sob um mesmo teto ou habitação. Para Total , 114domicflios
caracterizar os domicílios não existem regras absolutas pois os Distribuição dos 91 domicílios com um só chefe de família:
3
— viúvo, ou viúva morando só
mesmos podem apresentar composições as mais variadas. É sempre _ casal, com ou sem filhos, viúvo o u viúva com filhos 85
3
necessário bastante cuidado para classificá-los sem ambigüidades, — outros casos
91
Também, há necessidade de adaptações às condições locais, Distribuição dos 15 domicílios com vários chefes de família:
sobretudo no caso de listas nominativas, porque a caracterização !• - um ou vários filhos casados morando com seu pai,
12
dos domicílios é menos precisa. No Brasil, é conveniente fazer sua mãe, ou ambos
3
— outros casos 15
atenção, na classificação do domicílio, ao número de pessoas livres
que o compõem, aos domicílios com ou sem agregados, aos laços A a d a p t a ç ã o desses quadros ao Brasil, deverá ser feita levando-
de parentesco dos agregados com o chefe do domicílio e outras se em consideração a redação das listas nominativas. Por exemplo,
características. de início poderá ser feita a classificação dos domicílios em duas
Na França, a classificação era feita a partir dos laços de união categorias: "sem agregados" e " c o m agregados"
entre os membros do domicílio e chefe do mesmo, os quais po-
diam ser os seguintes:
Curitiba - 1798. Composição dos domicílios por número de che-
— laços de família: casal, filhos, ascendentes, outros parentes.
fes, segundo a presença de agregados .
— outros laços: amigos, domésticos, pensionistas, sublocatários.
O domicílio pode compreender vários grupos de pessoas ou
Números absolutos Números proporcio nais
Categoria
núcleos, distinguindo-se o núcleo principal e núcleos secundários. sem
com sem com
do Total
Um núcleo principal, não acompanhado de núcleos secundários, é Total
agregados agregados
domicílio agregados agregados
chamado núcleo único e o domicílio correspondente é qualificado
de simples, enquanto que os domicílios de vários núcleos são Um chefe de
811 890 863
família 279 580 859
qualificados de múltiplos. Os núcleos principais limitam-se à
família conjugal e, quando acrescido de outras pessoas, torna-se Dois ou mais
chefe do domicílio que, normalmente, é cabeça de lista. Talvez Total 344 652 996 1 000 1 000 1 000
L
Exemplo de distribuição dos domicílios pelo número de che- 7 0ni
'nativas de habitantes 1786-1799. Curitiba. 1974. Dissertaça~o de Mestrado
fes de família: (nrleca
nograf a d o ) 1 6 6 p
32 33
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Observe-se agora qual é o número de domicílios com escravo, c 0 pstuda a natalidade e fecundidade, a nupcialidade e a
segundo a categoria do domicílio. meSrTiaS
dade
m
° r t | J m a lista nominativa pode dar apenas indicações sobre a
Curitiba - 1785. Composição dos domicílios por número de chefes
i dade fecundidade e nupcialidade. Uma lista apenas não pode
segundo a presença de escravos1.
e n h u m a indicação sobre a mortalidade, pois que as variações
Categoria Números absolutos Números proporcionais
da p o r t a l idade têm pouco efeito sobre a forma da pirâmide das
do com es- sem es-
idades.
com es- sem es-
domicflio Total
cravos cravos Total
cravos cravos
Natalidade
U m chefe de
família 85 418 503 169 0 mais simples índice concernente aos nascimentos é a taxa
831 1 ooo
Dois ou mais bruta de natalidade, o u seja, a relação entre o número de nascidos
chefes de vivos de um ano e a população média deste mesmo ano.
família 18 49 67 269
Na classificação de uma população por grupos de idade, as
731 1 ooo
Sem chefe crianças de 0 - 4 anos representam os sobreviventes das crianças
de famflia 11 14
nascidas nos cinco últimos anos; as crianças de 5 - 9 anos
25 440 560 1 ooo
representam os sobreviventes das crianças nascidas entre 5 e 10
Total 114 481 595 191 809 1 OOO anos antes da data em que f o i organizada a lista nominativa.
Profissões À primeira vista, não se pode avaliar estes nascimentos, pois
que não se conhece a mortalidade. Mas, tem-se muitas vezes uma
A classificação dos chefes de família segundo a profissão tem idéia do estado sanitário da população estudada, pela época e lugar
particular interesse para a história econômica e social. Deve ser em que ela vive.
adaptada à situação local, porém deve permanecer suficientemente Para o século X V I I I , por exemplo, é preciso levar em conta
pormenorizada para se ter idéia exata da vida da população
uma mortalidade infantil da ordem de 250 por 1 000, senão mais
estudada. Sob este aspecto, os mapas gerais são insuficientes, pois
elevada, e uma mortalidade a 1 - 4 anos e 5 - 9 anos mais alta
eles não precisam as atividades. Uma sociedade agrícola compreen-
que se imagina a partir das observações feitas há uns cem anos, em
de sempre um certo número de artesãos e é sempre importante
diversos países.
precisar se eles trabalham a madeira ou o ferro, se eles se ocupam
de construção ou da conservação de casas, se eles têm por função A partir das tábuas-tipo de mortalidade de Coale e Demeny 1 ,
vestir ou calçar os habitantes etc. N
as relações Po. 4
e 9
têm os seguintes valores:
A exploração das listas nominativas deve permitir completar Mortalidade
os mapas gerais existentes. / /
infantil N/Pq _ 4 N/P5-9
por 1 000
M O V I M E N T O N A T U R A L D A POPULAÇÃO (1) (2)
ou
í.
N
Paris, n°'spécial, n f v ^ b S . p! "" ^ * 1 M
° à
1813-1817= 1.82 X 2 993 = 5 447
36
• t W o .Orr C e ^ j E U m 37
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
A população é mais difícil de ser avaliada que a da França MuItiplicando-se a relação precedente, de cada lado, por
pois o crescimento pode ter sido mais rápido, e não seria exager( ela se torna:
considerá-lo de 1% ao ano. M2O - 24 '
Com este crescimento, a população média de 1818 — 182j x M = I NN,
f 2 0 - 24 2 0 - 24 20 - 24
teria sido igual a
As taxas de natalidade correspondentes são 57,5 por 1 000 correspondendo aos grupos de idade das mães,
em 1818 - 1822, 62,8 por 1 000 ou 66,5 por 1 000 em 1813-
1817; estes dois últimos valores são pouco verossímeis, pois N = N15 _ + N 2 0 _ 24 + N
2 5 - 29 + + N
4 5 - 49
19
ultrapassam a todos que foram observados.
Em conclusão, a avaliação dos nascimentos, e depois a da Substituindo N , N , etc., por sua expressão em f e
taxa de natalidade a partir do número de crianças de 0 — 4 anose, 15-19 20-24
a fortiori, de 5 — 9 anos, conduzem somente a ordens de grandeza, M, obtém-se
Mas, nem por isso é resultado que se despreze: a repartição por
idades da França em 1760 indica que a natalidade era média paraa N = f
15-19 x M
15-T9 + f
20-24 x M
20-24 +
- " + f
45-49 x M
45-49
época, enquanto que àquela do Paraná corresponde uma natalidade
muito elevada. As quantidades M são conhecidas pela classificação da
população por sexos e por idades; N é avaliado a partir do efetivo
Fecundidade
das crianças de 0 — 4 anos. Pretende-se avaliar a fecundidade
A taxa bruta de natalidade é um índice grosseiro, pois acumulada, 2 f , que com as taxas qüinqüenais é igual a
engloba pessoas que não podem ter filhos, isto é, crianças e uma
parte de velhos, e os que podem tê-los. Quando há possibilidade,« + 5 f4/ 5 - 4 9
5 f
preferível substituí-la por outros índices, em particular por taxai 1 5 - 19 + 5 f
2 0 - 24 +
L
nascimentos e de mulheres. 2f
39 L 57
Louis Henry
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
44
45
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
i = i n x 10x 1,474-40x0,079 11 F«
1 -0,079 Õ92T"22'6
e para as mulheres:
PROBLEMAS TÉCNICOS DE L E V A N T A M E N T O
E O R D E N A Ç Ã O DE DADOS
Fl
deré E U R Y M . et H E N R Y L. Nouveau manuel de dépouillement et d'exploitation
,at
civil ancien, 2 e m e édition, Paris, Editions de l ' I . N . E . D . , 1 9 7 6 . 182 p.
25
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Louis Henry
2. Ata - anota-se o t i p o de registro com as letras iniciais b para Profissão — anota-se por extenso a profissão dos nubentes e
batismos, c para casamentos e s para sepultamentos, e bs falecidos. Nos registros de batismos ou óbitos de
para batismo e sepultamento no mesmo registro. menores de 15 anos, anota-se entre parênteses a
3. Sexo — anota-se o sexo com as letras iniciais m para 0 profissão do pai da criança.
masculino, e f para o feminino, Quando não é possível H Assinaturas — anota-se a ocorrência de assinatura com a letra
determinar o sexo, sobretudo de batizandos e falecidos inicial maiúscula A, e O para a ausência.
usa-se um x.
12 Nome, sobrenome, relação de parentesco - anota-se o nome
4. Legitimidade — anota-se com as letras iniciais I para os legítimos
dos batizandos e o nome e sobrenome de seus pais; o no-
e j para os ilegítimos (j e não i porque se distingue me e o sobrenome dos nubentes e de seus pais ou de seus
melhor da letra I).
cônjuges anteriores (no caso de recasamento); e o nome
5. Estado civil — anota-se com as letras iniciais S para solteiros c e sobrenome dos falecidos e de seus pais ou de seus côn-
para casados e V para viúvos. Nesse caso, sempre letras juges vivos ou falecidos. Os sobrenomes são sempre ano-
maiúsculas. O ideal é empregar letras diferentes para tados em letras maiúsculas de imprensa. Nomes de pes-
significar cada convenção, mas não sendo possível pode soas já falecidas são precedidas de uma cruz. No Brasil, é
ser mantida a utilização da mesma letra, como no caso importante que o nome do batizando seja sempre
da convenção S para solteiros e s para sepultamentos. seguido pelo nome e sobrenome dos seus pais porque
6. Idade — anota-se o número de anos, meses ou dias. Os anos mesmo que o sobrenome que ele venha a adotar em
adulto não seja o dos pais ele será sempre identificado
devem ser registrados em anos completos. A idade é
pela filiação, por exemplo: João, Joaquim da S I L V A ,
anotada em meses para as crianças de 1 mês até 11 meses,
Maria de FREITAS. Na anotação dos nomes é recomen-
fazendo seguir ao número a letra inicial da unidade de
dável utilizar abreviaturas para ganhar espaço e tempo.
tempo, por exemplo, dois meses anota-se 2m. A idade é
anotada em dias quando é inferior a um mês, do mesmo 13. e 14. Cor e Condição social - Para os casamentos, inscreve-se
modo o número é seguido da letra inicial da unidade de nas colunas a cor e a condição social de cada esposo.
tempo; por exemplo, 28 dias anota-se 28d. Para os óbitos, a cor e a condição do defunto. Para os
7. Geração — anota-se a data do nascimento em cifras quando ela nascimentos se deve inscrever, abreviadamente, primeiro
for mencionada nos registros de batismo para os a cor e a condição social do pai, em seguida as da mãe.
batizandos, de casamento para os nubentes e de óbito Observação: no decorrer do levantamento nenhuma operação de
para os falecidos. cálculo é realizada.
8. Origem — anota-se o lugar do nascimento usando a convenção»
quando a paróquia de origem é a mesma em que foi
realizado o ato do batismo, do casamento ou do
sepultamento e o nome da paróquia, freguesia ou vila de
origem quando for o caso.
9. Residência — anota-se o lugar de residência, usando a convenção EXPLORAÇÃO S U M Á R I A DOS REGISTROS P A R O Q U I A I S
a , quando é a mesma do local em que foi realizado o OU C I V I S SEM R E C O N S T I T U I Ç Ã O DE F A M Í L I A S .
ato, ou o nome do local de residência quando f o r o caso.
Quando se tratar de habitat disperso é conveniente A utilização dos dados vitais extraídos dos registros paroquiais
0u
anotar o nome do lugar (fazenda, sítio ou chácara) para civis permite obter uma primeira série de resultados que são de
precisar a residência. 9rande interesse para o historiador. Tais resultados preliminares
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
referem-se ao movimento anual ou decenal de nascimentos,1 róquia de Nossa Senhora da Luz de Curitiba: 1movimento anual
batismos, casamentos e óbitos do Século X I X .
casamentos e falecimentos, mortalidade infantil, movimentos
sazonais de concepções, casamentos e óbitos, idade e estado civil
dos falecidos, idade média dos recém-casados, freqüência de
Anos Bâtis. Cas. Óbit. Anos Bâtis Cas. Óbit.
nascimentos de ilegítimos, de batismos de enjeitados, de recasa-
1800 266 48 85 1850 419 51 106
mentos, de nomes e sobrenomes, de ocorrência de assinaturas nas 1801 284 75 86 1851 320 74 125
1802 330 60 112 1852 440 78 132
atas, distribuição da população ativa por grupos de profissõese 1803 335 40 114 1853 480 99 120
outras características. 1804 326 61 110 1854 702 271 175
1805 297 40 170 1855 657 126 125
1806 309 34 261 1856 669 128 280
Para estudar as flutuações de nascimentos, casamentos e faleci- 1807 385 48 69 1857 692 146 124
1808 315 56 60 1858 689 224 175
mentos, os dados levantados devem ser ordenados cronologicamen- 1809 335 45 85 1859 650 137 129
252 34 111 1860 661 89 125
te, mês por mês, em cada ano civil e construídos quadros para as 1810
614 107
1811 318 42 50 1861 65
séries anuais das três categorias. Com estes resultados são traçadas 1812 270 59 34 1862 601 55 152
1813 258 61 75 1863 * 624 86 201
as curvas que evidenciam as flutuações do movimento de 1814 253 64 48 1864 600 83 152
nascimentos, casamentos e óbitos. Na interpretação desses 1815 279 55 34 1865 680 104 178
1816 305 54 57 1866 697 129 201
resultados numéricos e gráficos, devem ser observados os anos de 1817 378 43 64 1867 602 121 189
100 281
forte mortalidade e procuradas referências oficiais na correspon- 1818 357 73 203 1868 685
1819 359 144 100 1869 708 129 246
dência das autoridades, nas atas de órgãos públicos, ou outros 1820 342 69 80 1870 742 129 250
1821 374 76 80 1871 481 80 165
tipos de informações relativas à ocorrência de epidemias, crises de 1822 369 92 123 1872 603 164 162
subsistência, ou outras razões para a elevação da mortalidade. Deve 1823 367 81 113 1873 630 92 233
1824 415 72 90 1874 641 113 177
ser verificado se há correlação entre as altas de mortalidade e 1825 374 81 159 1875 663 119 222
baixas de casamentos e nascimentos, ou melhor, de concepções.2 1826 389 71 152 1876 570 95 322
1827 333 51 148 1877 721 105 208
1828 435 93 128 1878 590 74 305
249
As curvas que representam as séries cronológicas de nascimen- 1829 448 69 141 1879 467 95
1830 498 69 100 1880 646 80 141
tos, casamentos e falecimentos, com seus pontos altos e baixos, 1831 433 60 213 1881 737 117 131
1832 461 83 108 1882 850 134 310
evidenciam uma evolução a longo termo chamada tendência, que 1833 354 63 123 1883 876 165 406
pode ser melhor demonstrada substituindo-se as séries anuais por 1834 417 72 123 1884 927 180 179
1835 408 51 108 1885 1055 221 208
séries de médias decenais. Para obter esta média o total dos da- 1836 473 90 146 1886 1131 229 305
1837 1887 1141 207
dos de uma década é dividido por dez. É aconselhável estabele- 1838
480 89 128 325
456 69 226 1888 1010 248 369
cer períodos decenais a partir de zero a nove. 1839 452 82 117 1889 965 202 362
1840 462 73 79 1890 1017 172 457
...
1841 450 71 84 1891 1287 214 642
A tradução gráfica deste quadro mostra que flutuações impor- 1842 476 99 91 1892 1304 219
...
1843 591 119 104 1893 1252 206
...
...
tantes subsistem nas séries de registro civil mesmo quando analisa- 1844 450 104 140 1894 1306 135
1
Ou apenas de batismos, se não se conhece também o número de crianças fale-
cidas sem o batismo.
2 BALHANA, A. P. L'évolution démographique de Curitiba au X I X e
siècle.
O número de concepções de um ano é igual à soma do número de nascimentoso e L
'Hi,t,
outubro a dezembro deste ano, 1770 por exemplo, e de janeiro a setembro do ano Rechei
ler
che Scientifique, C N R S , nP 5 4 8 , p. 1 4 3 - 1 6 5 .
seguinte, 1 7 7 1 .
53 L 57
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Sainghin-en-Mélantois
Decênios Batismos Casamentos
Número médio Número médio
1800 1809 318,20 50,70
eríodo de Período de
1810 1819 302,90 61,90
nascimentos nascimentos
1820 1829 384,60 75,50
1830 1839 443,20 1680 28,6 1770 26,9
72,80
1840 1849 480,30 1690 22,3 1780 34,5
89,60
1850 1859 571,80 1700 25,7 1790 40,7
133,40
1860 1869 1710 21,4 1800 38,3
647,20 96,10
1870 1879 610,80 1720 28,3 1810 44,4
106,60
1880 1889 933,80 1730 28,7 1820 52,6
178,30
1890 1899 1276,80 1740 28,3 1830 55,7
198,80
1750 33,0 1840 53,0
53 L 57
Louis H e n r y r Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
J
interessante estabelecer a correlação com o mês de concepção, o
que permite obter com o mesmo q u a d r o , também, o movimento
sazonal das concepções.
1700 1750 1780 1800 IIÍ: Para estabelecer os períodos satisfatórios para o estudo dos
movimentos sazonais, alguns critérios devem ser levados em
O gráfico que representa este quadro mostra que as flutuações consideração. No caso de batismos e falecimentos as alternativas
mais significativas permanecem. Unindo os pontos baixos e altos são as seguintes:
das flutuações residuais, obtém-se duas linhas, cuja média é a linha Para populações menores de 500 pessoas é necessário que o
de tendência. O mesmo tratamento pode ser dado às séries de Período seja de 100 anos, para populações de 500 a 1 500
casamentos e falecimentos, o que permite estabelecer comparações habitantes, bastam 50 anos, e para populações superiores a 1 500
diversas. É interessante sobretudo comparar os nascimentos e habitantes, períodos de 20 anos são suficientes.
falecimentos para visualizar o crescimento da população. As linhas
de tendências podem ser paralelas; quando são verificadas discor-
dâncias de tendências, devem ser procuradas explicações para as Po < 500 pessoas - 100 anos
mesmas. 500 < Po < 1.500 pessoas - 50 anos
A tendência aparece sob as flutuações residuais constituídas Po > 1.500 pessoas - 20 anos
de duas partes, uma e outra mais ou menos retas, uma de 1700 3
1779, de inclinação bastante fraca, e outra a partir de 1780, de Em lugar da população, pode ser considerado o número anual
inclinação nitidamente mais evidenciada. na
scimentos, e nesse caso a regra é a seguinte:
30 1
30
Louis H e n r y
—-
Nascimentos em
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Concepções em: Total
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar
Números
abso- 58 71 82 75 54 49 51 62 64 65 78 73 781
lutos
Divisor 31 28,25 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31
73
Louis H e n r y Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
62 CcUc^o 63
£( I i - t ^ v - t
Louis H e n r y
^
levando-se
Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
celibatários é igual a
56 6
' = 10,7% Considere-se,em primeiro lugar,a situação favorável na qual as
527,6 idades são indicadas na totalidade dos registros. Nesse caso,
2. Todas as mulheres de estado indeterminado são celibatárias, a c l a s s i f i c a - s e os primeiros casamentos por geração.
2 4 / 384 6 96
M
245,5 7 105 82 1
20,4 x = 11,5 25 15 375
189,3 + 245,5 26 14 364 8 112 96
27 13 351 9 117 109
O número de celibatários entre os casos indeterminados é então: 28 9 252 10 90 118
29 8 232 11 88 126
56,6 30 4 120 12 48 130
65 15,8 x = 2,9 13 91 137
31 7 217
56,6 + 2 4 5 , 5 + 11,5
32 8 256 14 112 145
das mulheres que se casam em cada idade é igual em anos completos 15-19 7 17,5 0 0 0
5 1 60
mais 0,5. O cálculo pode ser feito do seguinte modo: 20-24 60 22,5
25-29 59 27,5 10 2 118
18,5x3 + 19,5x4 + 20,5x5 + . . . 30-34 24 32,5 15 3 72
35-39 6 37,5 20 4 24
que se escreve também 40-44 1 42,5 25 5 5
45-49 1 47,5 30 6 6
18 x 3 + 0,5 x 3 + 19x4 + 0,5 x 4 + 20 x 5 + 0,5 . . .
Total 158 285
isto é
1 8 x 3 + 1 9 x 4 + 2 0 x 5 + . . . + 0,5 x 158
quando se divide por 158, para obter a média, o produto 0,5 x 158 285 x 5 = 1425
será 0,5.
1425 + 158 = 9,0 + 17,5 = 26,5 idade média ao 19 casamento.
Para calcular a média é, portanto, suficiente fazer a soma dos
produtos de cada idade em anos completos pelo número de
primeiros casamentos correspondentes, dividir esta soma pelo
número de primeiros casamentos e acrescentar 0,5.
O que dá
Idade mediana
4123
+ 0,5 = 26,1 + 0 , 5 = 26,6
158
A idade mediana é aquela que divide as casadas em dois grupos
Também é possível substituir a idade por um número iguala de efetivos iguais. Aqui, se deve ter 79 casamentos antes da idade
esta idade diminuída de um certo valor, a idade menor do quadro mediana e 79 depois. Tem-se 67 casamentos antes do 25?
em particular. aniversário e 15 casamentos dentro do 259 e do 26? aniversário. A
diferença entre 79 e 67 é 12, e supondo que os casamentos são
A expressão é escrita então
uniformemente distribuídos dentro de cada ano, resulta que a 12
(18,5 x 3 + 0 x 3) + (18,5 x 4 + 1 x 4) + (18,5 x 5 + 2 x 5 ) + . . . casamentos corresponde uma fração de ano igual a 12/15 (regra de
três).
seja
10 210 5 50 39 1 39 23 23
21
21 462 6 126 40 1 40 24 24
22
Há 67 casamentos antes do 25.° aniversário, 126 antes do 30p 23 14 322 7 98 41 1 41 25 25
576 8 192 42 - - 26 —
aniversário. Nesse caso, admite-se que os casamentos são uniforme- 24 24
16 400 9 144 43 - - 27 -
25
mente distribuídos nos 5 anos que separam o 25P do 30° 10 220 44 1 44 28 28
26 22 572
aniversário. Assim, a idade mediana é 27 6 162 11 66 45 - 29 -
8 224 12 96 46 ! 46 30 30
28
29 6 174 13 78 47 - - 31 -
25 + 5 x = 25 + 1 = 26 30 8 240 14 112 48 - - 32 -
31 3 93 15 45 49 1 49 33 33
32 3 96 16 48
Idade modal 33 3 99 17 51
36
Louis Henry
Casamentos e recasamentos
r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Países estrangeiros
•8
52
Podem ser deixados de lado os casamentos de duas pessoas
tranhas à paróquia. Entre os outros casamentos, 179 unem
«oas da paróquia, 186 são casamentos mistos, sendo 15
zg t| Mulheres estranhas para 171 homens de fora da paróquia, É
i?
necessário explicitar o significado dessa diferença.
Il
•Oi
Cada localidade tem intercâmbio com as localidades vizinhas, e,
SE
em média, o número de homens de uma localidade A que casa com
mulheres de uma localidade B é igual ao número de homens da
1
l o c a l i d a d e B que casa c o m mulheres da localidade A .
nsvya
41
i
^SÄÄÄta-- " -
c
co,oniais fecundidade e descendência c m u m a região cada u m a das localidades dos pares A , B compreendidos nesta
desem
tori° P e n t l a ao mesmo t e m p o o papel de A e de B. Se a região é grande quase
os os pares A , B, estão aí compreendidos e há em média igualdade de intercâmbio.
38
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
L
Exemplo: Período 1690 - 1739 m
ais suscetíveis de sub-registro que os outros.
74 75
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Sem a reconstituição de famílias é d i f í c i l corrigir este sub- ' • • sa por adaptações locais (traduções de nomes de imigrantes)
gistro. Porém, se a taxa de mortalidade infantil encontrada é m u í ^outras variáveis que atuam na evolução dos nomes.
baixa (menos de 150 por 1 000 antes da metade do século XIX
mesmo 200 por 1 000 no Brasil), é bastante provável que ocó?Ü profissões
sub-registro de óbitos.
O estudo da distribuição da população ativa por categorias
rofissionais é igualmente importante, e oferece elementos de
Assinaturas pr
á)jse sócio-econômica bastante interessantes. Em geral, as
O estudo de freqüência de assinaturas,que permite conhecer 0 Yiformações dessa natureza não são m u i t o habituais nos registros
nível de instrução das populações estudadas, é feito com base no de nascimentos, casamentos e falecimentos. Quando os dados a
levantamento das assinaturas existentes nos registros de casa- respeito existem, é suficiente utilizar a relação das profissões
mentos. mencionadas em uma categoria de registros, pela ordem, óbitos,
casamentos e batismos ou nascimentos. A escolha pode ser feita
Exemplo: Freqüência de assinaturas dos cônjuges 1770 - 1779 adotando a relação que contenha menos lacunas ou menor número
de indeterminados. As atas de casamento são, em geral, as mais
Marido Mulher
completas a esse respeito, as de óbito tendem a exagerar, para
A O indeterm. Total mais, a categoria profissional do defunto. Na falta de outras
informações podem ser utilizadas aquelas referentes às profissões
A dos pais dos batizados. A distribuição da população segundo a
profissão pode ser feita de diversas maneiras. Primeiro, peio elenco
O
de ocupações relacionadas, por exemplo, agricultor, ferreiro,
indeterm. pedreiro, comerciante, advogado e t c . . . Segundo, pelo exercício
Total profissional em determinado ramo de atividade, qualquer que seja
a ocupação propriamente dita. Nesse caso são classificados na
O quadro acima é complementado por o u t r o em números mesma categoria os diferentes profissionais que exercem suas
proporcionais por mil, verificando-se onde ocorre maior concentra- atividades naquele setor, empregados de indústrias metalúrgicas, de
ção. indústrias gráficas, de indústrias de panificação etc. . . Uma
terceira classificação pode ser feita tentando, através da atividade
Nomes e sobrenomes exercida, distribuir a população em níveis sócio-profissionais.
Nesse caso, a classificação depende do trabalho exercido, do ramo
O estudo da freqüência de nomes e sobrenomes é de grande de atividade no qual é desenvolvido, da qualificação requerida, do
significação por vários motivos. Primeiro, porque permite conhecer nível hierárquico ocupado e de outros fatores.
os processos de extinção e renovação dos sobrenomes de família Tanto as profissões individuais, como as atividades coletivas e
a
em determinada paróquia ou período. Segundo, porque possibilita hierarquia social, têm sofrido muitas modificações no decorrer da
a verificação das variações ortográficas que sofrem os sobrenomes história, razão pela qual é difícil atribuir uma classificação
no decorrer do tempo, por adaptações aos costumes locais, por satisfatória para todas as épocas. De outro lado, as atividades
equívocos de pronúncia (sobrenome de imigrantes) ou por outras i m a n a s são cada vez mais numerosas sendo necessário adotar
formas de evolução. Variações também no número de sobrenomes amplificações para obter certas visões de conjunto. Na demografia
adotados correntemente pelas pessoas. Finalmente, permite anali- histórica, também são necessárias algumas simplificações, especial-
sar a freqüência do uso de nomes, observadas as diferentes mente quando se trata de listas nominativas, pela falta de precisão
das
influências exercidas por fatores de ordem histórica, literária, informações apresentadas.
55 L 77
Louis Henry
a)
Exemplos de categorias sócio-profissionais:
— Agricultura 40
b) França do Antigo Regime — Antes de 1800 23
— Construções e pedreiras
1P- Nobreza. — Equipamentos e manutenção 5
2P - Clero e ensino. — Alimentação 8
3P- Magistrados, burgueses, estudantes. — Têxteis 13,5
4P - Comerciantes. — Quadros, comércio etc. 10,5
5P - Profissões liberais (salvo magistrados), industriais, Total 100,0
quadros administrativos, oficiais.
6P - Mestres (corporações), rendeiros, trabalhadores, sub- Estes exemplos devem ser adaptados às muitas situações seme-
oficiais. lhantes ou condições peculiares diversas.
7 P - "Companheiros", meeiros, artesãos, soldados, agricul-
tores, escreventes, empregados.
8P Aprendizes, escriturários, operários, jornaleiros, cria-
dos.
9P Pessoal doméstico.
10P- Mendigos, inválidos.
1 1 . - Artes e espetáculos, pequenos serviços.
A classificação por ramos de atividades adotada pelo INED
para pesquisa sobre a população da França, é a seguinte:
— Agricultura e pesca.
— Alimentação (padeiros, açougueiros e t c . . . ) .
— Metalurgia.
— Vidraçaria, cerâmica, porcelana.
— Minas e pedreiras.
— Construções e trabalhos públicos.
84V78
LouisHenryrTécnicas de Análise em Demografia Histórica
Estudo da Fecundidade
dos Casamentos a partir da
Reconstituição das Famílias
Escolha da localidade
55
partir de 1720 e os casamentos até 1830, para melhor conhecer as - arrolados, denominados nascimentos perdidos, e representam
idades dos cônjuges no início e para ter um meio de preencheras
pape\ importante na avaliação dos mesmos.
lacunas eventuais dos nascimentos, ao final.
V
°bservação", porém não naquela correspondente à "Data de
84
78
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Louis Henry
4) - Maria F R E I T A S morre na paróquia. A data 18.03.1795 Quando os anos de nascimento do marido e da mulher dao
torna-se data de f i m de união e data de viuvez. resultados discordantes, decide-se pelo melhor a partir do conjunto
de informações disponíveis.
5) — Maria F R E I T A S deixa definitivamente a paróquia sem mais
No caso extremo e raro de uma data de falecimento sem ida-
ser mencionada em nenhum documento. As duas quadrículas
"Data de f i m de observação" e "Data de viuvez", permanecem de, fixa-se a idade que falta em 60 anos.
vazias. As fichas MF desempenham um papel preponderante no estu-
do da fecundidade e o rendimento da reconstituição de famílias é
C) — O período estudado termina a 31 de dezembro de 1799, medido pela relação entre o número de fichas MF e o total de fichas
porém há perspectiva de prosseguir o levantamento posteriormen- M.
te. De o u t r o lado, existe uma lista nominativa de 1802. A data 31 Eis um exemplo:
de dezembro de 1799, nesse caso, é a data de f i m de observação Amostra de 10 aldeias do Noroeste da França.
para todos os casais que existiam antes de 1800 e são relacionados
na lista de 1802. Fica entendido que estar relacionado em 1802 Categoria
Categoria Conjunto
significa que o marido e a mulher figuram um e outra na lista O
F
como vivos presentes na paróquia estudada. Esta data de
observação, 31.12.1799, é anotada a lápis uma vez que ela cessará M 959 588 1547
de ser " D a t a de f i m de observação" no momento em que 797
E 368 429
prosseguir o levantamento.
1327 1017 2344
Conjunto
Categorias de fichas
"rendimento" da reconstituição de famílias.
Duas datas representam u m papel fundamental na subdivisão
É possível também comparar os casamentos ao f i m de união (o
das fichas em categorias: a data do casamento e a data de fim de
número destes é igual àqueles de fins de observação, se o f i m do
observação. Uma e outra podem constar ou faltar na ficha.
Período estudado encontra-se longe, como no caso do exemplo
São denominadas fichas M aquelas nas quais consta a data do
acima, cujo término é 31 de dezembro de 1829). A relação no
casamento do casal; as outras são denominadas fichas E, o que
significa que o casamento f o i realizado no exterior, isto é, f o r a da exemplo citado é:
paróquia.
MF + EF é 1327 = 8 5 8 %
L
As fichas com data de f i m de observação são d e n o m i n a d a s fi*
MF + MO 1547
chas F (fechadas); as outras fichas O (abertas). Por combinação des-
87
86
Louis Henry
r Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
a mesma linha que o nascimento correspondente. 1 Para 0s nascimentos reencontrados, quando há somente o ano presumido
!* do nascimento, calcula-se a idade e a duração do casamento como
I s . 1
s e o nascimento houvesse ocorrido a 1P de janeiro do ano
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1 Quadro 1 M u l h e r e s casadas aos 15-19 anos
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1
Para fazer o cálculo de, por exemplo, a idade, o primeiro passo é subtrair o ano d°
nascimento da mãe do ano de nascimento d o filho. E m seguida compara-se estas datas enfl
»4 5 3 •i 3 •i 3 •> 1 •i 2 5 5 3
M 1 s 2 •) 11 5 1 5 1 1 r> 2 5 0
dias e meses. Se a data de nascimento do filho é posterior o u igual àquela da mãe, a idade
3 10-14 11 5 2 5 3 5 1 0,5 1 5 0 4,5 1
em anos completos é igual ao resultado da subtração,se a data do nascimento é anterior»
idade procurada é inferior de 1 ao resultado da subtração. Para o primeiro fi" 10 '
15.1» 3 "j O 5 01 5 2 5 0
1766—1745 = 2 1 , é novembro,portanto posterior a maio, assim 21 como idade da
30.34 0 3.5 1 4.5 0 •) 0 4,5 0
em anos completos. Para o 4 ? nascimento levantado 1775—1745 = 3 0 , o mês é feverw®
35-J» J L . Jö__ 5 0
3M4
portanto anterior a maio, assim 2 9 anos como idade da mãe em anos completos.
Total ... ei e 12, 5 4' 41 4-
114
47
Louis Henry
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
os nascimentos reencontrados, isto evita outra manipulação das Dois documentos posteriores são convenientes: os registros de
fichas. samento e as listas nominativas. Para os registros de casamento a
Preenchida a folha de cálculo, é feita a adição das colunas. pa. c
o n d i ção é que o sobrenome dos pais dos noivos seja neles
ra as durações, esta operação consiste em adicionar tantas vezes 5 tencionado, e para as listas nominativas que os laços de
quanto há de cifras na coluna. Na prática, opera-se como f 0 j arentesco com o chefe da família sejam indicados ou possam ser
indicado no parágrafo precedente.
determinados sem erro. É necessário que a identificação seja
segura. Esta segurança é obtida mais freqüentemente pelas atas dos
Fecundidade corrigida casamentos do que pelas listas nominativas. Nestas últimas
ocorrem maiores variações na indicação dos nomes, os quais são
Para calcular a fecundidade corrigida, deve ser acrescentado diferentes daqueles registrados nas atas de batismo. Assim, pode
aos nascimentos levantados o número de nascimentos perdidos, ocorrer que seja lançado como filho, cujo nascimento não foi
avaliados como é indicado no parágrafo seguinte. O número de levantado, uma criança inscrita na lista com outro nome, e que
anos-mulher pelo qual é dividido o novo total de nascimentos é o esteja a uma idade que permita inseri-la em uma série de
mesmo que para a fecundidade aparente, aquela que corresponde nascimentos levantados.
apenas aos nascimentos levantados. Se, por exemplo, nas famílias constituídas por casamentos do
período 1740 - 1769, são encontrados 3 casamentos de filhos
cujo nascimento não foi levantado, por 30 cujo nascimento foi
Avaliação dos nascimentos perdidos
levantado, e que o número de nascimentos levantados nessas
famílias seja 90, o número de nascimentos perdidos está para 90,
Denomina-se nascimento perdido todo o nascimento que não
como 3 está para 30, isto é, 9, décima parte de 90.
foi levantado nos registros da localidade ou localidades estudadas,
Na prática pode haver dificuldade se a menção dos pais nas
qualquer que seja o motivo, inexistência de registro, perda ou
atas de casamento for nitidamente menos freqüente em certos pe-
destruição do registro, deslocamento temporário da família ou
ríodos do que em outros; como são utilizados apenas os casamen-
mesmo esquecimento da pessoa que arrolou os dados.
tos cujas atas contêm essa menção, a relação entre os casamentos e
Uma parte desses nascimentos é reencontrada por menções
os nascimentos perdidos varia com a freqüência desta menção. Se a
ulteriores; os nascimentos reencontrados fazem parte, contudo,
freqüência dos nascimentos perdidos varia na mesma proporção,
dos nascimentos perdidos, mesmo que sua data seja perfeitamente
operando globalmente, a avaliação dos mesmos seria de má quali-
conhecida, graças, por exemplo, a um registro de casamento.
dade.
Entre os nascimentos perdidos assim definidos, não constam
Segue um exemplo imaginário relativo às famílias constituídas
aqueles provenientes da inexistência de registro de uma criança
Por casamentos de 1740 - 1769. Os nascimentos são classificados
que foi batizada em caráter de urgência e morreu sem receber o n
° decênio no qual ocorreram e supõe-se que os nascimentos
suplemento das cerimônias do sacramento. Será necessária,
portanto, uma correção suplementar para a ausência de registro de
Decênio Nascimen- Casamento de filhos Nascimen- Cl
crianças falecidas em tais condições. de nasci- tos levan- cujo nascimento é tos per- NI
O princípio do procedimento de avaliação é o seguinte: 3 mento tados levantado perdido didos
em um grupo de famílias determinado, é a mesma que a relação 1740- 1749 140 30 6 28 0,214
1 ?
5 0 - 1759 290 90 18 58 0,310
obtida por um documento posterior, independente do registro de
1760 — 17ß9 320 120 12 32 0,375
batismo ou de nascimento, entre as pessoas nascidas nessas 1 7 7 0 - ! 779 190 80 8 19 0,421
famílias cujo nascimento não foi levantado e aquelas cujo 1 7
80- 1789 40 20 2 4 0,500
49 123
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Louis Henry
Cp
ro exato a partir das hipóteses. A avaliação global é 133, obtida
5
assim:
z
W. ^
N 4 6 4 6 a
e - - Np K = 9 8 0 x O
980 3 4 0 340
õ
b
É bom, em conseqüência, examinar se a relação Cl/NI entre os
z
casamentos de filhos cujo nascimento é levantado e os nascimentos
7
1
2
4
levantados, varia o u permanece mais ou menos constante (sem
1790-1819
Cp
171
24
20
61
66
considerar as flutuações aleatórias). Neste ú l t i m o caso, é suficiente
Cl
a avaliação global; no outro, é preferível a avaliação por decênios
514
56
96
193
169
NI
seguida de adição.
8
4
2
2
-
-
1770-1789
Cp
101
48
34
15
Disposições práticas
-
4
Cl
423
186
3
123
76
35
NI
Na prática, monta-se u m quadro anájogo ao quadro 2, no qual
9
1
1
5
2
figuram como exemplo, os números NI, Cl e Cp observados em
1740-1769
Cp
233
71
37
81
31
2
11
Saint-Aignan (Loire-Atlantique), aldeia de uma amostra utilizada
Cl
pelo INED para estudar a fecundidade. Para calcular os nascimen-
976
322
289
2
192
39
132
NI
tos perdidos nas uniões de 1740 — 1769 a avaliação global obtida
é: a - I - I I
CN
1720-173
158
39
39
5
75
Cl
976x^5=37,7
665
154
2
179
27
303
NI
I
Cp
1 1 1 1 I I
90-1719
Para a avaliação por decênios, podem ser utilizados os Cl e Cp CM o CM r - OI 1
o
Cl
n O) r» CN
da coluna 1 7 4 0 - 1769 (2? avaliação), o u aqueles d a c o l u n a total
10
i r Pt n to O) T-
(3? avaliação): z cn O r-. iß o
T- N CM ci
11
dO
4
3
-
2? avaliação 3? avaliação
1670-1689
153
78
Np
25
40
10
Decênio NI Cp/Cl Np Cp/Cl
IO
-
1 7 4 0 - 1749 132 2/31 8,5 3/70 5,7
646
302
5
134
162
43
4,1
1760 - 1 7 6 9 322 5/81 19,9 5/81 19,9
s S/ / / 3
1810-1819
1790-1799
1820-1829
1780-1789
1800-1809
1770-1779
1760-1769
1730-1739
1740-1749
1750-1759
1720-1729
11,1
1700-1709
1690-1699
1710-1719
1680-1689
1670-1679
Total
1 7 8 0 - 1789 39 0/11 — 2/59 1,3 C
98 99
Louis H e n r y r Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
M
1740 1750
/ 1760
//
1770 1780 1790
12 triângulos, dos quais 7 riscados Grupo de
idade
Taxas
precedentes
A
adicionar
Novas taxas
corrigidas
Época do casamento 20 - 24 anos 0,398 0,005 0,403
25 — 29 anos 0,379 0,004 0,383
30 — 34 anos 0,332 0,002 0,334
35 - 39 anos 0,275 0,001 0,276
40 - 44 anos 0,139 0,139
111
101 1 111
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
A coluna " A adicionar" é obtida multiplicando-se a taxa pe|a jdade da mulher no qual ocorreu este nascimento. Em conseqüên-
correção em %, do quadro precedente. cia, são observados apenas grupos de 5 anos de vida conjugal.
A ficha anexa fornece um exemplo de família EF. Os
Utilização das fichas EF resultados dos cálculos à esquerda são transportados para as
m e s m a s folhas de cálculo utilizadas para as famílias M F , sendo
Até aqui, não foram utilizadas as fichas EF no estudo da feita à mão a indicação EF em vez de MF, e "mulheres mães aos"
fecundidade legítima. Entretanto, há interesse em usá-las para no lugar de "mulheres casadas aos".
saber quais as diferenças entre as famílias as mais sedentárias, A idade da mulher ao entrar em observação deve ser levada
aquelas das fichas MF, e as famílias que o são menos, aquelas das em consideração, pois, de outro modo, as comparações com as
fichas EF. As famílias cuja mobilidade é maior, continuarão, fichas MF não seriam válidas.
todavia, a escapar dessas comparações porque podem não ter Os cálculos são efetuados como para as fichas MF e obtém-se,
nenhum nascimento na paróquia na qual terminam sua vida.
por exemplo, a fecundidade 1 aos 30 - 34 anos das mulheres que
A utilização das fichas EF obedece aos mesmos princípios tiveram um filho na localidade considerada aos 25 — 29 anos.
empregados com as fichas MF, sendo que para as primeiras a data
de entrada em observação não é mais a data do casamento e sim a
primeira data através da qual a família manifesta sua presença na
localidade, numa lista nominativa, a morte de um filho, o Comparação com as famílias MF
nascimento de um filho, etc.
Na prática, dois casos somente devem ser levados em A fecundidade acima é aquela das mulheres que foram
consideração, aquele de uma lista nominativa, 1 e aquele do fecundas até 25 - 29 anos pelo menos, enquanto que a
nascimento de um filho. 2 fecundidade aos 30 — 34 anos das mulheres das famílias MF é
aquela de todas as mulheres deste grupo de idade, nele compreendi-
a — Lista nominativa. Em geral, a data das listas não é
das aquelas que cessaram de ser fecundas antes de 25 — 29 anos ou
conhecida, razão pela qual toma-se como data de entrada em
que jamais o foram.
observação, 1P de janeiro do ano seguinte ao qual a lista foi
Por conseguinte, não se deve considerar satisfatória a
estabelecida. Assim, com uma lista de 1794, toma-se 1? de janeiro
comparação de taxas de fecundidade das famílias EF com aquelas
de 1795 como data de entrada na localidade para as famílias EF
já calculadas para as famílias MF. É preciso calcular a fecundidade
que constam da lista. Os cálculos são feitos do mesmo modo que
das famílias MF nas mesmas condições das famílias EF, isto é, c o -
para o casal que entra em observação pelo casamento.
mo se a data do casamento fosse desconhecida.
b — Nascimento de um filho, A data de nascimento do Assim, a fecundidade das famílias MF será calculada
primeiro filho nascido na localidade serve de data de entrada em tomando-se como data de entrada em observação, sucessivamente,
observação quando não há lista nominativa, caso bastante mais os nascimentos aos 15 - 19, 20 - 24, 25 - 29, 30 - 34, 35 anos e
freqüente em certos países ou em certas épocas. Este n a s c i m e n t o é mais. Os resultados deste cálculo serão comparados, obedecendo a
excluído do cálculo da fecundidade. igualdade de idades da entrada em observações com os re-
A exclusão do nascimento que serve de origem é a s s e g u r a d a e sultados obtidos através das fichas EF.
os cálculos são simplificados, deixando-se de lado o grupo de
Poderá ser considerada apenas a fecundidade aparente, que será comparada à
fecundidade aparente das fichas M F . Isto na suposição de que os nascimentos perdidos
têm
a mesma proporção nas duas categorias. Não sendo satisfatória esta hipótese, é
possível pensar nos róis de impostos, porém eles não indicam se a mulher é ainda
"ecessário calcular os nascimentos perdidos também para as fichas E F ; nesse caso,
viva.
atentar para que os nascimentos perdidos considerados tenham ocorrido após a entrada
2 erri
É tão pouco freqüente o caso em que a primeira manifestação da presença de uma observação; os nascimentos ocorridos anteriormente não serão contados, nem como
n
família é o óbito de uma criança em tenra idade, que se pode desprezá-lo. ascimentos perdidos, nem como nascimentos reencontrados.
111
103 1 111
Louis Henry TrTécnicas de Análise em Demografia Histórica
E o p
K
interessante saber em que momento esta mudança se produziu.
Z
1
j 1 'S
V < Para responder a esta questão, é preciso voltar à análise transversal,
1
J i
o isto é, calcular as taxas de fecundidade por períodos de observação
o 1 M
l l 1
e não mais por períodos de casamento.
1
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Esses períodos de observação serão normalmente bastante
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Ol longos, 20 anos por exemplo, passíveis de serem subdivididos se há
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evidência de que a evolução f o i mais rápida em certos períodos. De
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"ligação", quando elas existem. Na França, por exemplo, um
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Página seguinte é de um casamento de 1766 que dura 27 anos e
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que se situa assim sobre os três períodos: antes de 1770,
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I 2 1 de 20 anos.
Na parte esquerda da ficha são feitos a lápis traços que
Se
Param os períodos e anota-se na coluna à esquerda do sexo dos
filhos, quase vazia, a duração de casamento em 31 de dezembro do
ultimo ano de cada período, no caso 3 anos e 23 anos. Esta mulher
Passa, portanto, 3,5 anos no grupo de durações 0 — 4 anos no
Período anterior a 1770; no período 1770 - 1789 ela passa 1,5
111
105 1 111
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
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•o contado porque inferior a 5 anos.
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Em seguida, procede-se ao transporte das cifras para folhas
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o iguais àquelas que servem para o cálculo das taxas longitudinais,
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agora com a complicação de transportar as informações de uma
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ficha para duas ou três folhas ao mesmo tempo, c o m o no exemplo
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escolhido.
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As demais operações de cálculo são feitas como no
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tratamento longitudinal. Se, a proporção de nascimentos perdidos
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1 . varia sensivelmente de um período a outro, é necessário calcular as
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o taxas de fecundidade corrigidas; de o u t r o modo, a evolução é
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2 2 • en apreciada apenas com as taxas aparentes.
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O cálculo de nascimentos perdidos já foi feito por período;
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M l ! será tão somente necessário repartir os nascimentos reencontrados
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por períodos de observação, idades ao casamento da mulher e
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E Kl 1 1 durações do casamento.
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Como estas taxas por período prestam-se sobretudo para
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observar a difusão da limitação de nascimentos, é desnecessário
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calculá-las para todas as idades ao casamento. Basta fazê-lo para as
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mulheres casadas aos 20 — 24 anos ou para o c o n j u n t o das
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Uma vez que se sabe como calcular as taxas de fecundidade, é
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O observador deve começar pelo caso para o qual existem
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listas anuais cobrindo pelo menos cinco anos, ou seja, um m í n i m o
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de seis listas consecutivas. Por exemplo, aquelas do final dos anos
1 S ! 1I 1 1 1 î
3 S 1 I I ilij 1789 a 1794 inclusive; comparando as listas sucessivas, é possível
conhecer quais filhos nasceram no ano findo e a idade da mãe ao
seu nascimento. Por exemplo, uma mulher casada que tinha 19
a
nos em 1789 e teve dois filhos aos 21 e aos 23 anos no período
de 1790 — 1794. Estas observações são anotadas em quadro
análogo ao seguinte:
111
105 1 111
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
105 1 111
Louis Henry rTécnicasde Análise em Demografia Histórica
para eliminar o erro devido aos esquecimentos de filhos de menos Já f o i explicado que o estudo da nupcialidade tem por
de 5 anos. objetivo essencial determinar a freqüência do celibato definitivo,
bem como a repartição por idades dos primeiros casamentos nas
gerações ou grupos de gerações.
Caso de uma única lista nominativa
Presentemente, a reconstituição das famílias em nada auxilia
o estudo do celibato definitivo. Este é equiparado à proporção dos
Este caso foi abordado em capítulo anterior,sendo necessário
solteiros aos 50 anos, nas populações fechadas, e é calculado seja a
avaliar os nascimentos dos cinco últimos anos para calcular a taxa
partir de uma classificação da população segundo o sexo, idade e
de natalidade. Esta avaliação é efetuada sem conhecimento da
estado civil, seja a partir de uma classificação semelhante de óbitos
mortalidade pois uma lista nominativa isolada não fornece
sucessivos de gerações.
informações sobre a mortalidade. Escolhe-se uma mortalidade
Para o estudo da repartição por idades dos primeiros
parecida de acordo com a época e o clima e calculados os
casamentos, a reconstituição das famílias, sempre ú t i l , pode ser
coeficientes pelos quais se multiplica o número de filhos
indispensável. Com efeito, nas atas de casamento dos registros
sobreviventes para obter os nascimentos.
paroquiais, raramente é dada a idade dos recém-casados, provavel-
Para avaliar a fecundidade são utilizados os mesmos.O riscode
mente porque o ritual romano de 1614 não o pedisse. Quando é
escolher uma mortalidade m u i t o distante da realidade é pequeno.
indicada, esta idade é apenas aproximativa.
O pior a temer é uma deficiente enumeração de filhos de baixa
A reconstituição das famílias permite conhecer a idade de
idade. Com uma única lista não há meios de efetuar a correção.
uma importante proporção de recém-casados, seja porque as datas
de seus nascimentos são conhecidas pela ficha de família de seus
Pais, seja porque esta idade é avaliada a partir do registro de seu
falecimento, quando morrem na paróquia estudada. Quanto às
idades que constam do registro de casamento, a reconstituição das
famílias melhora a precisão de uma grande parte dentre elas.
Nos primeiros trabalhos de demografia histórica, parecia
natural utilizar apenas as idades mais precisas no estudo das idades
30
casamento, que se encontravam nas fichas MF 1 e MO 1 (M I e
M 'V nas notações anteriores).
Esta eliminação das idades aproximativas introduz um erro
Sls
temático por ausência, mesmo que a nupcialidade seja indepen-
dente do lugar de nascimento, na paróquia estudada e fora dela: as
105
1 111
Louis Henry
r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
MF3, M 0 2 , M 0 3 , e m n ú m e r o d e 4 5 . 6 0 - 6 9 anos 12
10
70 anos e mais
c — Idade média do conjunto: Indeterminada 17
Total 73
136 X 22,0 + 45 X 22,5 .
181
Os recasamentos presumidos foram realizados fora da
Observações
paróquia; se eles são bastante numerosos, o que não é o caso deste
59 exemplo, podem servir para repartir os recasamentos perdidos,
1. Para os homens sempre será preciso fazer o cálculo após a avaliação dos mesmos.
completo, pois as fichas MF e MO contêm, umas e outras, homens
de idade indeterminada.
Avaliação dos recasamentos perdidos
2. Quando a proporção de estado civil indeterminado é Uma parte das pessoas que se tornam viúvas em uma
importante, contenta-se em calcular a idade média dos recém- determinada paróquia se casa novamente fora dela, seja porque
casados de menos de 50 anos (ou a idade média ao casamento, se estabelecem residência em outra paróquia, seja porque preferem
te.to por gerações), todos os casos de estado civil confundidos. 0 evitar brincadeiras de mau gosto com as quais são importunados
resultado e mais aproximativo que acima, pois o conjunto das viúvos e viúvas que recasam. Alguns recasamentos perdidos são
tichas M 0 3 tem uma repartição por estado civil diferente daquela conhecidos, sem que suas datas sejam conhecidas, porque o esposo
das fichas M F 2 , viúvos e viúvas indo casar fora de suas paróquias recasado é facilmente identificado ou porque um registro posterior
mais frequentemente que solteiros e solteiras. (registro de óbito em particular) indica se ele casou mais de uma
vez.
Recasamentos Os recasamentos reencontrados fazem parte dos recasamentos
perdidos, e como para os nascimentos, a avaliação dos recasamen-
A reconstituição das famílias permite estudar, em princípio: tos perdidos é feita sobre o conjunto, reencontrados e não
- a freqüência dos recasamentos segundo a idade e viuvez; reencontrados. A exploração dos recasamentos conhecidos deve
ser efetuada apenas sobre os recasamentos na paróquia. Do mesmo
- o intervalo entre viuvez e recasamento.
modo que para os nascimentos reencontrados,pois os nascimentos
Dificuldades sérias apresentam-se na prática porque uma reencontrados ficam constantemente separados dos nascimentos
importante proporção de recasamentos são realizados numa •evantados.
paroquia diferente daquela em que ocorreu a viuvez.
Assim, ao estudar a freqüência de recasamentos dos homens
131
Louis Henry TrTécnicasde Análise em Demografia Histórica
Avaliação de r g . Os recasamentos r g , em relação à viuvez anterior a portanto, é igual a 32/9 = 3,55, o que é m u i t o grande.
1700, desempenham o mesmo papel que os recasamentos p g em De início, suponha-se que as idades indeterminadas à viuvez
relação à viuvez anterior a 1750. se repartem como as outras; se lhes atribui, por conseguinte,
Se a população variou pouco de 1700 a 1750, ou melhor
ainda, se o número de óbitos de adultos é mais ou menos o mesmo 32 x 17
nos 5 ou 10 anos que precedem 1700 e 1750, r g é tomado igual a 73
Pa-
Se a população, ou melhor ainda, o número de óbitos de recasamentos, ou seja, 7,5; resta portanto 24,5 para as idades
adultos mudou nitidamente do fim do século X V I I à metade do conhecidas, das quais 9 são já atribuídas. Sendo presumidos dois
século X V I I I , r a será igual a p a / k , sendo k a relação entre a recasamentos de homens que ficaram viúvos antes dos 30 anos,
população de 1750 (ou o número de falecimentos de adultos, por atribui-se mais 2 recasamentos a este grupo de idade à viuvez;
exemplo, de 1745 - 1749) e a população de 1700 (ou o número como, desta maneira, encontra-se tanto recasamento quanto
de falecimentos de adultos de 1695 - 1699); não há necessidade viuvez, resta distribuir 13,5 recasamentos entre os outros grupos
de k ser conhecido com grande precisão. No entanto, será preciso de idade. Na ausência de qualquer indicação, pode presumir-se
evitar tomar como limites (aqui 1700 e 1750) do período de que a proporção dos recasamentos decresce linearmente de 100%,
viuvez, os anos que seguem m u i t o de perto uma grande crise de antes de 30 anos, a 0% à 70 - 79 anos; isto daria os seguintes
mortalidade, sendo as crises seguidas de intensificação imediata de números de recasamentos:
casamentos.
O coeficiente T / T g não convém necessariamente a todas as Idade à Recasamentos Recasamentos Resto
viuvez hipotéticos conhecidos Resto corrigido
idades de viuvez; ocorre, em particular, que multiplicando a
freqüência dos recasamentos entre os viúvos jovens (menos de 30
30 — 39 anos 4 3 1 1,2
anos) por este coeficiente, ultrapassa-se a 1, o que é impossível.
40 — 49 anos 8,4 4 4,4 5,1
Para contornar esta dificuldade, é possível calcular o
50 — 59 anos 4,3 — 4,8 5,6
coeficiente de correção para cada grupo de idade ao recasamento;
em seguida, seria avaliado para cada grupo de idade à viuvez; mas 60 — 69 anos 2,4 1 1,4 1,6
a pequenez dos números em jogo em cada grupo de idade criaria Total 19,6 8 11,6 13,5
uma nova dificuldade.
O resto 11,6 é menor que 13,5, número de recasamentos a
Provavelmente, o melhor é atribuir aos r e c a s a m e n t o s de cada
distribuir. O mais simples é repartir os 13,5 como os 11,6 o que
sexo a acrescentar, a repartição por idades dos recasamentos de
conduz à última coluna.
pessoas estranhas à paróquia observada em 1700 — 1749.
Chega-se ao quadro seguinte:
Estes procedimentos pressupõem que a idade dos noivos seja
conhecida mesmo quando eles residem fora da paróquia, condição Idade à Números de Dos quais Freqüência do
que é preenchida somente quando a ata de casamento indica a viuvez viúvos recasados recasamento
idade dos noivos. Sendo este caso pouco freqüente na França, menos de 30 anos 3 3 100%
antes de 1793, e provavelmente em muitos países, muitas v e z e s se 30 — 39 anos 5 4,2 84%
é obrigado a fazer uma repartição empírica dos recasamentos a 40 - 49 anos 14 9,1 65%
acrescentar. No caso mais favorável, é possível reparti-los como o 50 — 59 anos 12 5,6 47%
são os recasamentos presumidos. 60 - 69 anos 12 2,6 22%
No exemplo da página 115, foram arrolados 32 r e c a s a m e n t o s 70 anos e mais 10 0 0%
61 1 111
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Bem entendido, há uma certa arbitrariedade na maneira de n o exterior; reparte-se, por conseguinte, 15,4 recasamentos como
repartir os recasamentos perdidos. Os resultados são apenas estão repartidos os 12, donde os recasamentos por idade à viuvez e
plausíveis; certamente seria possível modificá-los, e isto seria para as proporções de viúvos recasados:
acrescentar o número de recasamentos após a viuvez antes de 50
Idade Número Dos quais recasados Freqüên-
anos e mais. As conclusões não seriam modificadas sensivelmente:
ò de no no Total cia dos reca-
quase sempre, os homens recasam quando se tornam viúvos antes viuvez viúvos lugar exterior samentos
de 40 anos e m u i t o freqüentemente ainda quando a viuvez ocorre Menos de 30 anos 11 8 2,6 10,6 96,4%
aos 40 — 49 anos. 30 — 3 9 anos 29 18 2,6 20,6 71,0%
40 — 4 9 anos 29 7 6,4 13,4 46,2%
O exemplo precedente mostra as dificuldades que se pode
50 — 5 9 anos 36 5 2,5 7,5 20,8%
encontrar quando os recasamentos perdidos são m u i t o numerosos. 23 1 1,3 2,3 10,0%
60 - 6 9 anos
Eis aqui um o u t r o exemplo para 1750 — 1799, relativo a 70 anos e mais 11 - - — 0,0%
4 4,0 16,7%
Dampierre-sous-Bouhy, uma aldeia do departamento da Nièvre. Indeterminada 24 -
Total 163 42 1 43 12
P = 42
a Pa=1 S a = 43 Comentário
por outro lado, tem-se que r g = 0
Os dois exemplos apresentados mostram que se pode
O número T de homens viúvos recasados em 1750 — 1799 é enfrentar situações bastante diferentes de uma região para outra e,
igual a 57; c o m o T a = P g + r g = 42 o coeficiente às vezes, talvez, de uma aldeia a outra.
Será preciso, portanto, usar de prudência na interpretação
T dos resultados obtidos para uma aldeia isolada; não é um motivo
para se deixar de lado esse assunto, pois a reunião das observações
feitas numa amostra de aldeias de uma região, dará resultados mais
pelo qual é preciso multiplicar S a para se ter S, é igual a seguros.
%# 1
<36
111
Intervalo entre a viuvez e o recasamento
Tem-se, pois, S = 43 x 1,36 = 58,4, ou seja, 15,4 r e c a s a m e n -
tos fora de Dampierre-sous-Bouhy. Estabelece-se um quadro semelhante ao que segue, provenien-
A q u i há 12 recasamentos presumidos, que foram c e l e b r a d o s te de o u t r o estudo.
105 1 111
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Duração de viuvez
em anos completos Homens Mulheres
0 41 5
1
Estudo da Mortalidade a partir da
22 3
2 5 6
Reconstituição de Famílias
3 10 5
4 2 2
5 1 3
6 2 1
7 1 A reconstituição de famílias permite:
2
8 1 _ - de um lado, medir a mortalidade das crianças com maior
9 1 precisão do que quando se dispõe apenas de quadros de
10 e mais 3 7 nascimentos e de óbitos, classificados por idades;
Total 88 35 — de outro lado, determinar a mortalidade de uma parte da
população casada, ao menos aproximadamente, mesmo que uma
Observação: parcela das datas de falecimento seja desconhecida.
Dos 10 e mais: homens - 12, 13, 17. É chegado, pois, o momento de dar as indicações indispensá-
mulheres - 10, 3 vezes 11, 14, 2 vezes 18. veis sobre a medida da mortalidade e os índices utilizados. Em
primeiro lugar, coloque-se diante do caso de uma população
fechada, isto é, sem migrações.
Os intervalos médios entre viuvez e recasamento são 2,14
para os viúvos, 5,5 para as viúvas; os intervalos medianos são
respectivamente 1,14 e 3,7. 1P — Probabilidade de morte. Numa geração, a probabilidade de
morte a uma certa idade x é igual à relação entre os óbitos à idade
x, em anos completos, e o número de pessoas desta geração que
atingiram o x° aniversário. É designado p o r q x .
C5 = f i 0 ( 1 - q 0 ) (1 - 4 q i ) ou seja.
« i o = « o ( 1 - Q o ) (1 - 4 d i ) (1 - S q S ) e
5(g 2 S + « 3 0 + « 3 5 + • • • )
2 o = 2,5 +
«2 0
H = P Ç
— X 1
As £ pessoas vivas à idade exata x+n, viveram n anos desde seu x ° aniversário;
nux x x + n x+n r
as (C - £ ) que morreram entre as idades exatas n e x+n viveram em média n / 2 anos;
x x+n
0
donde. total é
Os óbitos e as esperanças de vida são calculados a partir d em conta a mortalidade, sem o que haveria erros sistemáticos
sobreviventes que, por sua vez, são calculados a partir H graves. Portanto, não se pode tomar os cônjuges das fichas M F , ou
EF, estando a definição ligada aos fins de união e por
probabilidades de morte. Basta, portanto, saber calcular estas n J * conseqüência aos óbitos.
Mara
chegar a aqueles.
Nada impede, no entanto, definir uma categoria pelos lugares
Cálculo da probabilidade de morte de nascimento dos cônjuges. No caso de Crulai foi possível
conservar apenas a categoria dos homens nascidos e casados em
1.° Sem migrações Crulai e a das mulheres nascidas e casadas em Crulai com um
Designe-se por V x o número de sobreviventes ao x ° homem também nascido em Crulai; em cada categoria havia fichas
aniversário da geração ou, de modo mais geral, do grupo de MF e MO. Não é certo que se pudesse fazer m u i t o mais, pois as
gerações estudado, e por n D x o número de óbitos neste gru Do fichas E não contêm informações suficientes sobre os pais para que
entre o x ° e o (x + n)° aniversário. se possa definir, independentemente dos óbitos, categorias em que
Por definição, a probabilidade de morte n q x é dada p e | a a proporção das datas desconhecidas era pequena.
rei aça o Presuma-se o caso de homens das fichas MF e MO que
nasceram no lugar, e que se tome apenas aqueles que se casaram a
25 — 29 e 30 — 34 anos (na prática, é preciso tomar todos aqueles
que se casaram antes de 35 ou 40 anos; é para simplificar a
explicação que se limita aqui a dois grupos de idade). O
2P Com migrações levantamento das idades ao falecimento, conduziu ao seguinte
quadro:
Designe-se por n l x (imigração) o número de pessoas entradas
I d a d e ao f a l e c i m e n t o
entre as idades exatas x e x + n; por E x (emigração) o número de
Idade ao
saídas entre as mesmas idades exatas. Neste caso, a fórmula que dá casamento
25-29 30-34 35-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80 anos Desco-
Total
e anos anos anos anos anos anos anos e mais nhecida
n^x '
25 - 29 anos 8 20 20 49 45 36 25 7 22 232
D 3 0 — 3 4 anos - 8 18 36 50 40 27 9 15 203
n x
q =
n x j r
x 2 2
Os 37 homens cuja idade ao falecimento é desconhecida,
Quando for possível, é melhor aplicar esta última fórmula viveram pelo menos até seu casamento. Além disso, sabe-se que
apenas a partir da idade de 5 anos.
muitos dentre eles eram vivos ao nascimento, ao falecimento ou ao
casamento de um f i l h o , tenham eles sobrevivido à sua mulher ou
Mortalidade de adultos tenham sido mencionados em documentos diversos em data
posterior a seu casamento.
Numa monografia de paróquia, mesmo extensa, é possível Sabe-se ainda, por documentos semelhantes, que 29 desses
estudar apenas a mortalidade de uma parte dos adultos ou seja, homens haviam já morrido antes de uma certa data. Com essas
daqueles que pertençam às categorias de pouca mobilidade, para informações suplementares, f o i elaborado o quadro seguinte, em
que a proporção dos óbitos que faltam seja fraca. que se denominou idade mínima ao falecimento a idade mais eleva-
Esta condição exclui os solteiros. Limitar-se-á, pois ao estudo da em que o homem considerado está vivo, e idade máxima a idade
das pessoas casadas ou viúvas. mais baixa em que este homem é mencionado como já falecido. A
Por o u t r o lado, as categorias devem ser definidas sem levar idade mínima é a idade mais baixa em que este homem pode estar
135
134
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Louis Henry
25 - 29 anos 10
30 — 34 anos 32
35 — 39 anos 43
40 — 49 anos 94
50 — 59 anos 104
60 — 69 anos 82
l 0 gráfico permite subdividir cada grupo de dez anos em do,s grupos d e c n c o a n o s ,
70 - 79 anos 54 de maneira a assegurar o máximo de continuidade; deste m o d o !94 fo,
80 e mais 16 duas partes, 45 e 49, levando-se em conta que o número de 6b,tos em cinco anos cresce
de 3 5 - 3 9 anos (43 óbitos) a 5 0 - 5 9 anos (52 óbitos em méd,a por 5 anosl.
Total 435 66
Louis Henry
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Probabi-
Entradas Óbitos
Óbitos Idade Denomi- lidade
601 Entradas acumu- Óbitos acumu- Presentes
(anos) nador de morte
ladas lados
p. 1 0 0 0
I 25 35 40 <5 50 55 60 65
Mortalidade provável
Saídas de observação
67
Tábua de mortalidade mais fraca
Em muitos casos a idade mínima é, de fato, a idade mais
baixa em que o homem pode ter deixado a localidade estudada. Se
O quadro que segue corresponde ao precedente, mas se detém se soubesse que as partidas são todas ou quase todas definitivas, a
a o0 anos e mais.
tábua de mortalidade mais forte seria então obtida considerando as
67
Louis Henry
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
P r o b a b i l i d a d e (96o)
500 idades mínimas como idades de saída de observação e não como
P R O B A B I L I D A D E S DAS TÁBUAS DE M O R T A L I D A D E FORTE E FRACA idades ao falecimento.
Contudo, é de se temer que as saídas sejam, e em proporção
não depreciável, seguidas de retorno em caso de sobrevivência; e o
não retorno, em conseqüência, uma presunção de falecimento
precoce.
Salvo caso excepcional, é preferível, no momento, tratar a
idade mínima como uma idade ao falecimento, para obter a tábua
de mortalidade mais forte.
Tábua tipo nível 10
No entanto, dever-se-á introduzir saídas de observação devido
+ + M o r t a l i d a d e mais forte a recasamentos. Cada cônjuge deve ser contado uma só vez; para
tanto, podem não ser levados em conta os segundos casamentos.
© © M o r t a l i d a d e mais fraca Pode ser decidido, também, que toda pessoa casada duas vezes na
mesma localidade, entra em observação por seu primeiro casamen-
to, e entra de novo em observação pelo recasamento se as caracte-
rísticas do novo cônjuge são aquelas fixadas. Este procedimento
tem a vantagem de suprimir indeterminações, como é demonstrado
no exemplo seguinte.
68
Louis Henry r Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Î3
clássicos: menos de um ano, 1P ao 59, 5? ao 10P, 109 ao 15P i s 1 o
<
a saída de observação. Ë
3
S
I o
z
Desta maneira, no exemplo da página 137, são conservados os ä 5
í .
quatro primeiros óbitos registrados, mas são deixados de lado os 3 °
1 * !
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I I I ! 1
Idade Óbitos Saídas de observação j s . s - : S O H 1 1 i
á ' 3 t
menos de um ano I M
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2
J 3 S 5 S S 2 I i i 1
o
1
Salvo se o registro de sepultura indicar que o falecido não habitava na localidade
estudada; este caso é pouco freqüente.
2
Também se pode escrever uniformemente 15 para as crianças cuja família está
ainda presente quando elas atingem o seu 15.° aniversário.
3
Para evitar de escrever e apagar, se pode fazer mentalmente o cálculo e a
comparação; mas, para tanto, é preciso estar treinado no cálculo de idades.
136 141
Louis Henry TrTécnicasde Análise em Demografia Histórica
O quadro final apresenta-se da maneira seguinte: acontecimento, familiar ou exterior; falecido antes, vivo, de
<l
destino ignorado.
Óbitos Saídas Saídas Probabi- Quando as crianças desta última categoria são em proporção
Óbitos e
Idade Óbitos acumu- de obser- acumu- saídas acu-
lidade de desprezível, os óbitos perdidos também o são. Apresenta-se muito
morte p,
lados vação ladas mulados raramente este caso e, devido à emigração, pode haver uma forte
1 000
menos de 1 ano 117 195
proporção de destinos ignorados sem que a proporção dos óbitos
30 415 610 192
1 - 4 anos 65 78 96 319 397 164
perdidos seja elevada.
5 - 9 anos 10 13 96 223 236 42 O falecimento de uma criança introduz modificações nos
10 - 14 anos 3 3 63 160 163 18
15 anos e mais 160 intervalos entre nascimentos, quando isto ocorre nos primeiros
Total 195 445
meses; mesmo menos precoce, torna mais freqüente a repetição
dos mesmos nomes numa família.
As crianças cuja família sai de observação quando elas têm, Dessas duas conseqüências do óbito de uma criança, a
por exemplo, 1 0 — 1 4 anos, estão em observação apenas até o fim primeira tem sido utilizada para avaliar os óbitos perdidos; até
do grupo 5 — 9 anos; daí a diferença de uma linha entre as saídas e recentemente, a segunda havia sido apenas mencionada como
as saídas acumuladas. suscetível de fornecer um procedimento de avaliação desses óbitos.
A soma dessas saídas acumuladas e dos óbitos acumulados No momento, ela é vista como mais conveniente que a
inscritos na mesma linha, é o denominador da probabilidade de primeira, a qual tem o sério inconveniente de ser aplicada apenas
morte. Assim, a 5 — 9 anos tem-se como denominador 236, isto é, aos óbitos dos primeiros meses, inconveniente tanto mais grave
soma de 223 e de 13. As famílias dessas 236 crianças estavam que, conforme estudos recentes, o sub-registro dos óbitos de
presentes na localidade ao 10° aniversário de nascimento dessas crianças se estende bem além do primeiro ano de idade. É por isto
crianças, quer tenham atingido esse aniversário ou morrido a 5 — 9 que aqui é apresentado apenas o procedimento de avaliação dos
anos. Dividindo-se 10 por 236 obtém-se a probabilidade de morte, óbitos perdidos a partir da repetição dos nomes.
42 por 1 000. O anexo 1 indica sob quais condições os diversos procedimen-
tos de avaliação dos óbitos perdidos dão bons resultados.
Observação: As 30 crianças, cujas famílias saíram de observação
quando tinham menos de um ano, não são levadas em conta
em nenhum cálculo de mortalidade. Elas figuram no quadro para Repetição de nomes
permitir a verificação de que o número total de crianças é bem
aquele da categoria da qual se quer estudar a mortalidade (crianças Cada criança que tem um irmão mais novo do mesmo sexo
de certos grupos de gerações, por exemplo). que ela, é classificada:
1? — se é viva, morta ou de destino ignorado ao nascimento
Avaliação dos óbitos perdidos desse caçula;
2P — se esse irmão mais novo recebeu o mesmo nome que ela
Muitas vezes o registro dos óbitos de crianças é falho; por ou um nome diferente.
outro lado, são perdidos óbitos por destruição ou perda de
Essa classificação pode ser feita separadamente para cada sexo,
registro, destruição de folhas, esquecimento de quem arrola, não
mas isto parece ser dispensável, haja vista a quase constância da
identificação, e também por deslocamento temporário da criança
ou da família. A proporção de óbitos assim perdidos pode ser razão de masculinidade ao nascimento. 1
elevada, e se deve sempre tentar avaliá-los. Assim, obtém-se um quadro análogo ao seguinte:
É sempre possível classificar as crianças em três c a t e g o r i a s ,
1
Para o caso de gêmeos opera-se como para os nascimentos diferentes, exceto que
em relação a um de seus aniversários, ou à data de um
não são comparados entre eles quando são do mesmo sexo.
71 1 111
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
Louis Henry
140 141
Louis Henry
Técnicas de Análise em Demografia Histórica
encontrar nas listas idades que vão de 6 anos a mais de 20 anos informações posteriores sobre elas, que possam estar no registro.
Entretanto entre os católicos, as idades mais freqüentes s ? 0
4 5 Sao Se uma criança estiver seriamente doente no momento da
vizinhas de 10 anos.
confirmação, é bastante diminuta a probabilidade de que ela figure
Neste caso, a verificação tem por objeto as criancas cujo ann na lista; e bastante maior a de que não seja de destino
de nascimento precede o ano de confirmaça~o de 8 a 12 anos ! desconhecido em razão dos riscos de falecimento em curto prazo,
cuja família está presente na paróquia à data da confirmação
provocado pela doença.
conforme os critérios de presença definidos para o estudo H
0 da O erro devido a esta ligação é desprezível, exceto quando há
mortalidade das crianças.
epidemia, o que se perceberá por um acúmulo de óbitos na época
Estas crianças são classificadas em três grupos: vivas na data da confirmação.
da confirmaçao, já falecidas, destino desconhecido, conforme a s
informações extraídas dos registros de catolicidade ou de outro Padrinhos e madrinhas
documentos, e cada grupo em duas categorias: inscritos na lista de
seguinTe: Ça0 ® ^ mSCrÍt0S
" Constrói
"se u m
^ d r o semelhante ao As crianças de 10 a 15 anos, cujas famílias estão presentes
podem ser mencionadas nos atos de batismo como padrinhos ou
madrinhas de um irmão ou de uma irmã, de um primo, de uma
Destino prima, de um sobrinho, de uma sobrinha, ou de outras crianças.
Vivos Desconhecido Esta menção poderia ser utilizada da mesma maneira que a
Falecidos
inscrição nas listas de confirmação. Mas, se não se limitasse à
Inscritos 101 25 0 família próxima, a cada vez ter-se-ia um grande número de crianças
Não inscritos 16 7 não mencionadas para um número pequeno ou mesmo muito
pequeno de crianças mencionadas; além do mais, a identificação
Total 117 32 —
dos padrinhos e madrinhas seria difícil, quando não impossível.
Se este procedimento for tentado, será prudente ater-se ao
É inútil transcrever aqui o número dos falecidos não inscritos, caso em que a criança seja padrinho ou madrinha de um irmão ou
pois que a proporção m, dos falecidos inscritos, é sempre nula de uma irmã. Será necessário, então, arrolar sistematicamente os
As frequencias de inscrição na lista, são: padrinhos e madrinhas mencionados como irmãos ou irmãs da
criança batizada.
V = 86,3% i = 78,1% m = 0%
Listas nominativas de recenseamento
donde,
Observação importante
Paraná 1822
População 32 074
Nascimentos 1 538
C o n f o r m e as indicações dadas anteriormente,página 129,não se apresenta mais o
Taxa de natalidade 1 538
problema da passagem das probabilidades de morte decenais para as probabilidades qüin- = 48 p. 1 000
32 074
qüenais, também mencionado nessas páginas do " M a n u e l " .
111
74 1
Louis Henry Técnicas de Análise em Demografia Histórica
por 100 do que por 1 000. Desta maneira, a uma taxa de anos de um lado, e de outro, de um recenseamento, 5 anos ou 10
natalidade de 40 por 1 000 e uma taxa de mortalidade de 30 p 0 r anos entre dois recenseamentos.
1 000, corresponde uma taxa de crescimento natural de 1 por 100 No primeiro caso, obtinha-se séries longitudinais de probabili-
dades de morte; neste, obtém-se séries transversais que dizem
Migrações líquidas respeito a gerações diferentes. A seguir, pode-se passar, certamen-
te, do transversal ao longitudinal e vice-versa, mas é necessário um
As migrações líquidas de um período, isto é, a diferença entre trabalho suplementar.
imigração e emigração, podem ser avaliadas se for conhecida a
população do início e do fim do período, bem como o número de Cálculo das probabilidades de morte
nascimentos e de óbitos no período, o que supõe a existência de
ao menos dois recenseamentos. Dos diversos procedimentos existentes, retenha-se apenas o
Designando-se por P 0 a população no início do período, por mais simples, aquele que consiste em calcular as taxas de
P, a população no fim do período, por N os nascimentos, por D os mortalidade por idade e passar às probabilidades de morte
óbitos, por I a imigração líquida, tem-se: correspondentes, com a ajuda de uma tábua.
maneira, para recenseamentos efetuados no início de 1831 e de Para uma diferença de 1 p. 1 000, A é igual a 4720, diferença
1836, são utilizados os óbitos de 1831 a 1835 inclusive. entre 63091 e 58371; para uma diferença de 0,8 p. 1 000, A é
A taxa de mortalidade é obtida dividindo-se o número de igual a 0,8 X 4720 = 3776.
óbitos, por exemplo, aos 20 - 24 anos em 1831 - 1835 pela
A probabilidade de morte s q x que corresponde à taxa 12,8 p.
metade dos efetivos do grupo 20 - 24 anos dos recenseamentos de
1 000 é igual a
1831 e de 1836, e, a seguir, dividindo o resultado por 5.
Exemplo: .058371 + .003776 = .062147
Exemplo
A taxa de mortalidade aos 20 - 24 anos é
O exemplo a seguir é uma aplicação das regras d o cálculo
acima; mas, os óbitos são os de um ano apenas, 1822. Como os
± x 1 - 4,6 p. 1 0 0 0 quadros de recenseamento dão a população por grupo de cinco
anos ( 5 - 9 anos) e de dez anos (10 - 19, 20 - 29, . . . ) , os
cálculos para a tábua 2 e tábua 3 de Reed e Merrell acham-se
Passagem das taxas às probabilidades de morte reunidos num mesmo exemplo. A classificação dos óbitos por
idades não permite o cálculo de 4 q j ; como o sub-registro dos
óbitos de crianças é flagrante, os resultados deste cálculo teriam
Para tanto, se tem utilizado as tábuas de Reed e Merrell. 1 A sido sem valor.
tábua 1 concerne à probabilidade 4 q t , do 19 ao 5P aniversário; a
tábua 2, às probabilidades qüinqüenais 5 q x ; a tábua 3 às
probabilidades decenais 1 0 q x -
Para obter-se a probabilidade de morte aos 20 - 24 anos,
Idade População Óbitos Taxa anual aqx p. 1 000
correspondente à taxa de mortalidade de 12,8 p. 1 000, lê-se na
tábua 2: 62
5 - 9 2993 38 12,7
smx s qx A 10-19 3681 19 5,1 50
20-29 2782 26 9,3 89
30-39 1851 24 13,0 123
.012 .058371 4720 40-49 1390 22 15,8 148
.013 .063091 50-59 861 25 29,1 258
60-69 441 19 43,1 360
70-79 161 13 80,7 576
1 80-89 68 9 132,3 768
P R E S S A T , Roland. L'analyse démographique: concepts, méthodes, résultats. Paris,
Presses Universitaires de France, 1969. 3 2 1 p. 90-99 20 8 400,0 995
146 150
Louis H e n r y
Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
u 0 mero de
em número
b
de V Í V e n t e S C
° r r e S p o n d e n t e s P ° r 1 000 aos 5 anos são Correção do sub-registro
ldade
Sobreviventes
5
1 000
10
938
15
915
20
891
25
852
30
812
152
162
LouisHenryrTécnicas de Análise em Demografia Histórica
Recenseamentos na ausência
de Registro Civil
a — População fechada
P
1 — x+a,x+4+a
a ^ x + 2,5 = P
x,x+4
b — População aberta
155
Louis Henry Técnicas de Análise e m D e m o g r a f i a Histórica
N I
Para simplificar, supõe-se que as duas listas tenham sido
estabelecidas com 5 anos de intervalo.
5 Q X
Designe-se por N x y o número inicial de famílias em que o NA =
N , 1 - S Q X
marido tem a idade exata x e a mulher a idade exata y.
Cinco anos depois, resta
donde:
5
x+5 S' y+5 famílias em que o marido e a mulher estarão
N
xy s. S\ vivos; = N 3
s q
x N 3 + N J
s
x+5
Nx famílias em que a mulher terá falecido;
y sv 5 q'
s
n'
q
-
y N 2 + N ,
146 157
Louis Henry Técnicas de Análise em Demografia Histórica
V = 2 Vj M = 2 Mj I = 2 Ij O = 2 Oj E = 2 Ej
2vj Vj 2mj Mj
~ V ' '
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Técnicas de Análise e m Demografia Histórica
Louis H e n r y
(D - M ) S m i r i D j - M S m j P , + M S m j r j D j
designando por m' e v' as médias ponderadas m m =
- ' " M (D - M)
2 m Sv E
i°i c i j,
O numerador se simplifica e torna-se:
D E n r y j D j - MSnrijDj
O número estimado de óbitos perdidos é igual a âl com
mas M = SMj = S r j D j
161
160
Técnicas de Análise e m D e m o g r a f i a Histórica
Louis H e n r y
IR L
j
é vizinho de 1, e que as diferenças dos equivalentes dos Vj são
pequenas, condição de nulidade do termo em v na avaliação pela
repetição dos nomes.
são constantes; o que é pouco provável, pois esta relação é um
índice de migrações e, como já foi visto, estas podem variar
bastante de uma categoria social à outra.
Com a segunda expressão, o erro será nulo se as relações
R
j