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Sistematizando

• Preconceito em Relação à FILOSOFIA e por quê? (morte de Sócrates)

** Gramsci, “todos são filósofos”: 1. Linguagem; 2. Senso Comum; 3. Bom Senso; 4. Religião
“filósofos profissionais”: 1. maior rigor lógico; maior coerência; maior espírito de sistema –
história do pensamento

*** Dermeval Saviani: “se toda reflexão é pensamento, nem todo pensamento é reflexão”
Reflexão Filosófica: ser radical, ser rigorosa, ser de conjunto
S.A.5. Filosofia e
Religião
FILOSOFIA, 2º Ano
Tópico 2

O conhecimento a partir do Mito


O ser humano desde a antiguidade iniciou suas indagações sobre
o porquê das coisas. O Mito é uma das formas mais antigas de
fornecer respostas a tais indagações.
O Mito é um saber oral revelado e, por isso, inquestionável,
transmitido pelo poeta-profeta, que narra a origem de todas as
coisas.
Os principais mitos gregos que conhecemos são encontrados nas
obras de Homero, Ilíada e Odisseia, escritas por volta do século
VII a.C.
Zeus, considerado o deus dos deuses, Poseídon (dos oceanos e
dos mares), Hades (do mundo inferior), Apolo (do sol, das artes e
das profecias), Dionísio (do teatro, do vinho e das festas),
Afrodite (do amor e da beleza) são alguns dos deuses gregos
mais conhecidos.
FILOSOFIA, 2º Ano
Tópico 2

O conhecimento a partir do Mito

Eis algumas características do Mito:


Das relações sexuais entre os deuses tudo tem origem:
outros deuses, os titãs (semidivinos), os heróis (filho de um
deus com um humano), os humanos, as coisas, as
qualidades (bom, mal, escuro, justo...);
As coisas surgem no mundo a partir das relações e da
rivalidade entre os deuses (genealogias);
Os deuses recompensam ou castigam os humanos e
tomam partido em relação a eles;
O tempo que está na narração é um passado longínquo,
fabuloso;
As contradições não configuram problemas para os
ouvintes, dada a autoridade do narrador.
FILOSOFIA - 2 Ano
Tópico 2

Imagem: Jordiferrer / Prometeu, criador e protetor da humanidade,


Creative
Commons Attribution entrou no Olimpo e roubou uma centelha de
-Share Alike 3.0
Unported fogo para os humanos. Zeus, por esse e outros
fatos que se seguiram, ficou furioso e castigou
Prometeu acorrentando-o a um monte,
Imagem: Sailko determinando que uma ave de rapina lhe
/ Creative
Commons Attribution devoraria o fígado, que se regeneraria durante
-Share Alike 3.0
Unported a noite para que o castigo fosse eterno. Além
disso, mandou uma caixa de presente ao
casamento do irmão de Prometeu com
Pandora. Na caixa estavam contidas todas as
Imagem: Jules Joseph
Lefebvre / Pandora, desgraças que recairiam sobre os humanos,
1882 / Private
Collection / United uma vez que a caixa fosse aberta. Curiosa e
States public domain
imprudente, Pandora abriu a caixa.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2

“...banqueteavam-se os deuses, e entre os demais se encontrava também o


filho de Prudência, Poros, o esperto. Enquanto se banqueteavam,
aproximou-se Penia, a Penúria, para mendigar as sobras da festa, e sentou-
se à porta. Embriagado pelo néctar, pois o vinho ainda não existia, Poros se
encaminhou para os jardins de Zeus e lá adormeceu, dominado pela
embriaguez. Foi então que Penia, em sua miséria, desejou ter um filho de
Poros. Deitou-se a seu lado e concebeu a Eros, o amor.
[...] E por ser filho de Poros e Penia, Eros tem o seguinte fado: é pobre, e muito longe
está de ser delicado e belo, como todos vulgarmente pensam. Eros, na realidade, é
rude, é sujo, anda descalço, não tem lar, dorme no chão duro, junto aos umbrais das
portas, ou nas ruas, sem leito nem conforto. Segue nisso a natureza da mãe que vive
na miséria.
Por influência da natureza que recebeu do pai, Eros dirige a atenção para tudo que é
belo e gracioso: é bravo, audaz, constante e grande caçador: está sempre a deliberar
e urdir maquinações, a desejar e a adquirir conhecimentos, filosofa durante toda sua
vida; é grande feiticeiro, mago e sofista.
[...] Oscila, igualmente, entre a sabedoria e a tolice.”
Platão,
Banquete, Imagens de cima para baixo: (a) Helix84 / GNU Free Documentation License, (b) shakko / Creative Commons Atribuição-
203b Partilha nos Termos da Mesma Licença 3.0 Unported, (c) Jacopo Tintoretto and/or Domenico Tintoretto / Alegoria da
Prudência / United States public domain.
FILOSOFIA - 2º Ano
Tópico 2

O conhecimento religioso também nasceu da procura pela causa e pelo sentido do


mundo e das coisas. O ser humano, percebendo que há coisas da realidade em volta
dele que não dependem de sua ação, passou a considerar poderes superiores, forças
sobrenaturais, divindades. E buscou, através das várias religiões, meios para se
comunicar com eles.
Trata-se de um tipo de conhecimento considerado infalível, indiscutível, exato, sagrado,
por ter sido revelado pelo sobrenatural. O conteúdo das revelações, em alguns casos,
está contido nos livros sagrados. Em geral apresenta de modo sistemático a origem, o
significado, a finalidade e o destino do ser humano, das coisas e do mundo, estabelecidos
pelo divino. Por isso mesmo é um saber que não pode ser verificado e que implica numa
atitude de fé para ser aceito.
As explicações da realidade provenientes da religião foram duramente criticadas no
âmbito filosófico sobretudo a partir da modernidade. Tais críticas, no entanto,
terminaram por ser, no sentido prático utilitarista, um certo reconhecimento da
importância da religião. Por exemplo, como forma de acalmar os medos, de contentar o
humano diante de sua impotência, de estabelecer regras e fixar valores. Um elemento
muito interessante da religião é o fato de ela, em alguns casos, render-se ao mistério.
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Eis alguns dos livros considerados sagrados ou de grande importância doutrinal:

Imagens da esquerda para a direita: (a) O Livro dos Espíritos, 1864 / public domain, (b) A Bíblia de Gutenberg - Primeira Edição impressa da Bíblia, 1455 /
United States Public Domain, (c) Alcorão, por Roel Wiinants / Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0 Generic, (d) A Torá / public domain in the United
States. (e) O Livro de Mórmon, Edição Soft Cover / public domain in the United States.

E algumas figuras que lembram as religiões mais antigas com tradição oral:

Imagens da esquerda para a direita: (a) Jorge Andrade / Creative Commons Attribution 2.0 Generic, (b) Mysticvoodoo Created by artist Denise Alvarado /
Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported, (c) Autor Desconhecido / Disponibilizado por Rsabbatini / GNU Free Documentation License, (d)
Rowanwindwhistler / GNU Free Documentation License.
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A preocupação filosófica com o conhecimento


A possibilidade de conhecer não foi a indagação dos primeiros filósofos, os chamados
pré-socráticos. Sua preocupação era cosmológica (sobre a origem e a ordem do
mundo) e ontológica (sobre a essência das coisas).
Sócrates e os sofistas foram os pioneiros em se ater à questão do conhecimento. Para
os sofistas, a essência das coisas não pode ser conhecida, restando somente a opção
das opiniões subjetivas, às quais mais se imporão tanto maior for seu nível de
persuasão (uma questão de linguagem). Para Sócrates, contrariamente, é possível
conhecer, a partir do momento em que se afastam as ilusões dos sentidos e a
multiplicidade das opiniões. Em outras palavras, ao passar da aparência à essência.
Platão e Aristóteles, explorando o debate sobre as opiniões, progrediram na discussão.
Na opinião do primeiro, existe o conhecimento sensível (crença e opinião, que nos dão
a aparência), a ser abandonado, e o conhecimento inteligível (raciocínio e intuição
intelectual, que nos levam à essência). Aristóteles, diferentemente, afirma a
continuidade entre os conhecimentos sensível e intelectual, um acúmulo de
informações obtidas de várias formas ou em vários graus: sensação, percepção,
imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição (essa última enquanto
conhecimento puro, na medida em que não é proveniente de nada que se ofereça a
nós nos seis primeiros graus).
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Tópico 2

A preocupação filosófica com o conhecimento


Princípios gerais do conhecimento verdadeiro:
A determinação e as fontes do conhecimento: sensação, percepção, imaginação,
memória, linguagem, raciocínio e intuição intelectual;
A distinção entre conhecimento sensível e conhecimento intelectual;
A diferença entre aparência e essência;
O papel da linguagem;
A diferenciação entre opinião e saber verdadeiro;
Definição dos princípios: identidade, não-contradição, terceiro excluído;
da forma: ideias, conceitos, juízos;
dos procedimentos: indução, dedução, intuição;
O estabelecimento de procedimentos corretos: dialético (em Platão);
lógico (em Aristóteles);
Distinção dos campos do conhecimento: teorético (das coisas que apenas se contempla);
Prático (das ações humanas);
Técnico (das coisas relacionadas ao trabalho).
• DIFERENÇAS:
O pensamento filosófico é questionador, representa uma ruptura quanto à atitude diante do
saber recebido – o mito é uma narrativa cujo conteúdo não se questiona.
A filosofia problematiza, convidando a discussão
A inteligibilidade na filosofia é procurada - no mito é dada.
A filosofia rejeita o sobrenatural, recorre a argumentos – o mito cultua-o.
SEMELHANÇAS:
O pensamento filosófico nascente ainda apresenta vinculações com o mito, quando
relaciona a “ordem do mundo derivada de forças opostas que se equilibram reciprocamente,
e a união dos opostos explica os fenômenos meteóricos, as estações do ano, o nascimento e
a morte de tudo que vive” Existe aí uma continuidade no uso comum de certas estruturas de
explicação dos fenômenos.
O aparecimento da filosofia é um fato histórico enraizado no passado, ou seja, em nossas
origens (mito).
A produção literária – As grandes tragédias cujo conteúdo foram retirados dos mitos, porém
o destino é questionado, ainda que no final a vontade dos deuses acabe se cumprindo. Esse
questionamento nos remete à filosofia.

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