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1.

Pesquisar sobre entrevistado e assunto


2. Agendar a entrevista: pessoalmente, telefone, e-mail etc
3. Informar sobre o assunto do qual irá tratar: biografia,
realizações, livros, ações, criações
4. Combinar o melhor ambiente (ficar à vontade, imagem, som):
evitar desmarcar e ter atrasos
5. Verificar equipamentos: gravador digital, caderneta, máquina
foto/vídeo
6. Roupa adequada: aparência conta no momento da entrevista,
cada ambiente pede uma roupa apropriada
7. Quebrar o gelo: mostrar respeito, iniciar um papo informal
8. Perguntar ao personagem se ele se incomoda em ter a entrevista
gravada
▪ Pesquisar tudo sobre o entrevistado e sobre o tema a
ser tratado
▪ Ler as notícias do dia
▪ Saber a linha editorial do veículo sobre o assunto
▪ Solicitar a superiores e colegas sugestões para
perguntas
▪ Fazer roteiro com começo, meio e fim: referencial
para evitar "brancos" e atropelos
▪ Ter o nome do entrevistado e seu cargo exato à
mostra: nunca é demais!
Boris Casoy não conseguia lembrar-se do nome de
seu entrevistado, sentado à sua frente, ao vivo:

"Estamos aqui com um grande nome da Música


Popular Brasileira, um homem extremamente
conhecido de vocês, que agora está atuando na
política... vereador em Salvador... um compositor
maravilhoso... um compositor de mão-cheia... Ele
dispensa apresentações.”
Era Gilberto Gil.
▪ Atitudes ou comentários bem-humorados podem deixar o
interlocutor mais à vontade
▪ Ganhar a confiança
▪ Buscar diálogo coloquial com o entrevistado (o que depende
da situação)
▪ Confirmar entendimento e mostrar interesse
▪ Registrar reações: Como chegou? Está calmo, cansado?
Respondeu imediatamente? Consultou notas? Ficou em
silêncio?
▪ Artistas e esportistas permitem tratamento pelo nome /
seguidos de você (pode-se pedir para usar antes da entrevista)
▪ Cuidado com o você e tu: pode indicar desrespeito
▪ Preferencialmente, chamar pessoas públicas pelo senhor/a
seguido de nome ou cargo
▪ Político pode ser chamado pelo cargo: ministro/a, vereador/a,
deputado/a, senador/a seguido de senhor/a

Não é tarefa mecânica, e sim conversa que exige bom


senso, cordialidade, simpatia
Dicas:
▪ estude o perfil psicológico do entrevistado para saber se
deve conduzir a entrevista "batendo ou assoprando”
▪ faça uma pergunta previsível ou óbvia, sabendo qual será
a resposta. Em seguida faz a pergunta-chave da
entrevista
Você tem de sentar lá, algumas vezes num ambiente de estresse,
diante de alguém relutante ou desconfiado e ser capaz de
comunicar a ele sua genuína curiosidade e seu interesse nele
como um companheiro de espécie humana, que não tem
intenção de machucá-lo. Você tem de ter paciência para
perseverar [...]. Eu escuto com um cuidado que eu penso, está se
tornando cada vez menos parte dos hábitos de uma geração nova
de entrevistadores. Desenvolver a escuta, saber como ouvir,
guardar o que se ouve e, ao mesmo tempo, saber que o que se
ouve não é tudo o que se pode ser dito, saber que voltando com
mais perguntas e mais perguntas e mais perguntas faz com que o
entrevistado se compreenda melhor e que você o compreenda
melhor ou o assunto no qual ele é especialista. Eu acredito que as
pessoas falam comigo porque sentem que eu tenho genuíno
interesse em ouvi-las. (Gay Talese)
O princípio da entrevista deve ser o da
prospecção da realidade e não da
congratulação... Chico não fala mais com o
Fantástico porque um suposto meio irmão
dele alemão ganhou mais destaque no
programa que o disco que ele estava
lançando na época. Já Roberto Carlos
prefere não me dar entrevista porque em
uma delas eu perguntei sobre o acidente
que o teria feito perder parte da perna. Não
há assunto proibido em entrevista, mas é
preciso saber perguntar (Geneton Neto)
▪ Escutar, escutar e escutar. As pessoas valorizam
muito as perguntas. Mas esquecem que tem de
aprender a escutar as respostas. Escutar de verdade,
com a cabeça aberta e sem preconceitos, prestando
atenção nas entrelinhas, nos não-ditos e nos
silêncios. Na escolha das palavras. É pela escuta que
a gente alcança as pessoas. Faço muitas perguntas
para mim mesma, já que preciso desconfiar de mim,
mas poucas para os entrevistados. Quanto mais
velha fico, menos perguntas faço. O outro conselho
seria duvidar sempre, começando por nossas
próprias certezas. (Eliane Brum)
COMO NOTÍCIA:

▪ Seleciona-se o mais importante em ordem de relevância


▪ Intercala informações ambientais e circunstanciais
▪ Alterna discurso direto e indireto
▪ Pode-se substituir palavras ou expressões, desde que não
seja entre aspas
▪ Deve-se corrigir erros gramaticais dos entrevistados
COMO PERGUNTAS E RESPOSTAS:
(pingue-pongue)

▪ Abertura como relato circunstancial, um


questionamento, resumo biográfico ou histórico
▪ Sequência de perguntas e respostas
▪ Transcrição da fala para o texto escrito mostra
redundâncias, repetições e pausas – editar sem
desconfigurar!
▪ Personalidades políticas – boas declarações
▪ Celebridades – respondem sobre tudo e nada
▪ Homem da rua – testemunha o fato

(crítica: excesso de autoridades e falta de


população em matérias do cotidiano)
▪ Entrevistados falam o que jornalista quer, para
agradar e apoiar a versão do jornal
▪ Entrevistados falam sobre tudo, apesar de não
conhecer o assunto a fundo. Oportunidade de se
projetar
▪ Repórter não compreende assunto técnico, escreve o
que acha e ainda as traduz para discurso coloquial
▪ Seja pontual ou chegue com antecedência
▪ Explique para o entrevistado que você quer com ele
▪ Ouça com atenção - demonstre interesse - e peça esclarecimentos,
quando for o caso
▪ Faça as perguntas claras, para obter informações seguras e completas
▪ Espere que cada resposta termine, antes de formular a próxima
pergunta
▪ Se o entrevistado fugir do assunto, recoloque-o no roteiro previsto, na
pergunta seguinte
▪ Esgote cada área do assunto, antes de passar para outra
▪ Não emita a sua opinião, a menos que ela seja solicitada
▪ Não discuta com a pessoa se ela emitir uma opinião contrária ao seu
ponto de vista
▪ Não se mostre superentusiasmado ao ouvir uma resposta-bomba
▪ Vista-se de modo adequado e desligue o som do celular
(RICCIARDI & LODI apud ERBOLATO, 2001)
1. De dizer não a um pedido de entrevista.
2. De escolher um porta-voz ou um advogado da sua preferência.
3. De escolher a hora e o local para entrevistas.
4. De requisitar um repórter de sua escolha.
5. De recusar entrevista a um repórter específico, mesmo que você
tenha prometido entrevistas a outros repórteres.
6. De dizer não a uma entrevista mesmo que você tenha dito
anteriormente que daria entrevistas.
7. De excluir crianças de entrevistas.
8. De não responder perguntas que julgue desconfortáveis ou
inapropriadas.
9. De saber com antecedência quais direções a história vai tomar.
10. De pedir para rever suas declarações antes da publicação.
11. De recusar coletivas de imprensa e falar com cada repórter por
vez.
12. De pedir retratação quando informações imprecisas forem
reportadas.
13. De pedir que fotografias ou imagens ofensivas sejam omitidas
na publicação ou não levadas ao ar.
14. De dar entrevistas na televisão mostrando apenas a silhueta ou
solicitar que sua foto não seja publicada.
15. De se recusar a responder perguntas de repórteres durante
julgamentos.
16. De processar um jornalista.
17. De sofrer na privacidade.
18. De ser tratado com dignidade e respeito pelos meios de
comunicação.
CAMPOS, Pedro Celso. Técnicas de Entrevista. Observatório
da Imprensa. 13 mar 2002. Disponível em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/da130320
024p.htm
ERBOLATO, Mario L. Técnicas de codificação em
jornalismo - redação, captação e edição no jornal diário.São
Paulo: Editora Ática, 2001
Pauta:
O que é ser uma mulher negra? E o que é ser uma mulher negra
nos palcos?
O Brasil conta com poucas atrizes e diretoras negras. Em seu
livro A negação do Brasil, Joel Zito Araújo relata o estigma das
atrizes negras, reduzidas aos papéis de serviço doméstico ou à
narrativa objetificante da escravidão.
▪ De acordo com o Atlas da Violência 2017, a população negra
também corresponde a maioria (78,9%) dos 10% dos
indivíduos com mais chances de serem vítimas de homicídios.
▪ Segundo o IBGE, mais da metade da população brasileira
(54%) é de pretos ou pardos, sendo que a cada dez pessoas,
três são mulheres negras.
O feminicídio, isto é, o assassinato de mulheres por sua condição de
gênero, também tem cor no Brasil: atinge principalmente as mulheres
negras. Entre 2003 e 2013, o número de mulheres negras assassinadas
cresceu 54%, ao passo que o índice de feminicídios de brancas caiu 10%
no mesmo período de tempo. Os dados são do Mapa da Violência 2015,
elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais. Uma
evidência de que os avanços nas políticas de enfrentamento à violência de
gênero não podem fechar os olhos para o componente racial.
As mulheres negras também são mais vitimadas pela violência doméstica:
58,68%, de acordo com informações do Ligue 180 – Central de
Atendimento à Mulher, de 2015.

Elas também são mais atingidas pela violência obstétrica (65,4%) e pela
mortalidade materna (53,6%), de acordo com dados do Ministério da
Saúde e da Fiocruz.
▪ a pesquisa “A Cara do Cinema Nacional”, da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro, revelou que homens negros são só
2% dos diretores de filmes nacionais. Atrás das câmeras, não
foi registrada nenhuma mulher negra. O fosso racial
permanece entre os roteiristas: só 4% são negros.
▪ O levantamento da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ) considerou as produções brasileiras que alcançaram as
maiores bilheterias entre 2002 e 2014. Dentre os filmes
analisados, 31% tinham no elenco atores negros, quase sempre
interpretando papeis associados à pobreza e criminalidade.
▪ E em Mossoró?
Terra da resistência, da cultura e do teatro (sic)?

Duas mulheres negras são recorrentes no elenco da peça mais


longeva da cidade (Chuva de Bala).
O que elas acumulam sobre a experiência de ser uma mulher
negra nos palcos num país racista e misógino como o nosso?
E o pensa uma jovem atriz a respeito desse contexto?

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