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As garantias dos membros do Poder Judiciário se dividem em institucionais e funcionais, servindo de

alicerce ao livre exercício da função jurisdicional.

As garantias institucionais são a autonomia administrativa e financeira (Artigo 99 da CF) que se refere à
estruturação e funcionamento de seus órgãos como, por exemplo, a eleição de seus órgãos diretivos (ideia de
autogoverno dos tribunais), elaboração de suas normas internas, dar férias aos funcionários, prover cargos,
propor a criação de novas varas etc.

As garantias funcionais são garantias que se dirigem aos próprios magistrados.

A primeira delas é a vitaliciedade sendo adquirida após a aprovação em estágio probatório, que, para
magistratura e MP, é de dois anos. Quando o magistrado entra pelo quinto constitucional, não há estágio
probatório, adquirindo automaticamente a garantia da vitaliciedade, imediatamente após a posse. O titular só
poderá perder o cargo por decisão judicial transitada em julgado.

É uma garantia mais forte que a estabilidade, pois os servidores estáveis também podem perder seu cargo
por processo administrativo em que se observe o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório.
Todos os magistrados, inclusive os que ingressem pelo quinto constitucional ou por nomeação presidencial e
sabatina do Senado (juízes de tribunais superiores), têm vitaliciedade.

Há uma diferença entre perda do cargo, colocação de magistrados em disponibilidade e aposentadoria


compulsória. A disponibilidade e a aposentadoria compulsória podem ser determinadas por decisão
administrativa, seja do próprio tribunal, seja do CNJ. Já a perda do cargo, só por decisão judicial. Os
ministros do Supremo e os conselheiros do CNJ podem perder o cargo por processo de impeachment,
julgado pelo Senado Federal, na forma do artigo 52, II. Há uma exceção no artigo 93, VIII, que é a
possibilidade de remoção compulsória por interesse público, uma medida de caráter punitivo, que pode ser
decidida pela maioria absoluta do tribunal (plenário ou órgão especial) ou do CNJ.

Outra garantia é a inamovibilidade que garante que o juiz só será removido ou promovido por vontade
própria. Ele não pode ser removido ou promovido “ex officio”, contra a sua vontade.

Por fim, tem-se a chamada irredutibilidade de subsídios que se estende aos demais servidores públicos. Essa
garantia não impede a incidência de tributos, como imposto de renda e contribuição previdenciária, sendo de
valor nominal, e não de valor real, não se extraindo o direito à atualização monetária, que pressupõe lei
específica. Uma ressalva expressa à irredutibilidade de subsídios é a observância do teto remuneratório.

O Conselho Nacional de Justiça tem a função de realizar o controle da atuação administrativa e financeira
do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes e, para bem desempenhar sua
missão constitucional, é-lhe permitido atuar como órgão administrativo hierarquicamente superior na função
correcional e disciplinar, podendo analisar tanto a legalidade quanto o mérito de eventuais faltas funcionais.
O CNJ foi criado para que a prestação jurisdicional seja realizada com Moralidade, Eficiência e Efetividade,
em benefício da sociedade, sendo um verdadeiro instrumento para efetivo desenvolvimento do Poder
Judiciário, tendo como principais trabalhos: o planejamento estratégico e a proposição de políticas
judiciárias; a modernização tecnológica do Judiciário; a ampliação do acesso à Justiça, pacificação e
responsabilidade social; a garantia do efetivo respeito às liberdades públicas e execuções penais.

A competência do CNJ foi estabelecida no artigo 103-B, § 4º da Constituição Federal, que lhe conferiu
atribuições para o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos
deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo
Estatuto da Magistratura:

a. Na Política Judiciária: zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do Estatuto da
Magistratura, expedindo atos normativos e recomendações;

b. Na Gestão: definir o planejamento estratégico, os planos de metas e os programas de avaliação


institucional do Poder Judiciário;

c. Na prestação de Serviços ao Cidadão: receber reclamações, petições eletrônicas e representações contra


membros ou órgãos do Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos prestadores
de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou oficializado;

d. Na Moralidade: julgar processos disciplinares, assegurada ampla defesa, podendo determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço, e aplicar
outras sanções administrativas;

e. Na Eficiência dos Serviços Judiciais: melhores práticas e celeridade: elaborar e publicar semestralmente
relatório estatístico sobre movimentação processual e outros indicadores pertinentes à atividade jurisdicional
em todo o País.

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