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Conceito de título: é regido por três princípios, estes três princípios estão previstos no conceito
de título de crédito. Título de crédito é o documento literal e autônomo que representa a obrigação
nele contida. Este é um conceito vazio tem em si os três princípios que regem os títulos de
crédito.
Princípio da cartularidade: significa que o título de crédito deve estar expresso em papel. Este
princípio tem uma outra acepção muito importante que é acepção prática processual e que diz
que quem tem a posse do título presume-se credor. Ninguém é obrigado a receber ou aceitar
título de crédito. Para emitir a duplicata, precisa de um negócio que é uma compra e venda ou
uma prestação de serviços.
Princípio da literalidade: os títulos de credito devem ser literais, na exata medida em que nele
está contido. Ele tem que traduzir todas as reações existentes olhando para o titulo. Todos os
atos cambiários devem ser praticados no próprio titulo.
Principio da autonomia: havendo mais de uma relação jurídica em um titulo de credito,
eventuais riscos de uma delas não atingem as demais. Cada uma das reações presentes no
títulos são independentes uma das outras.
Os vícios de uma não atingem as demais.
Ninguém é obrigado a emitir ou aceitar titulo de credito, porém a partir do momento em que se
emite ou aceita, se aceita também as regras do jogo.
Inoponibilidade é o sinônimo do principio da autonomia.
Inoponibilidade das exceções pessoais de terceiros de boa-fé.
Perde a presunção de boa fé o terceiro que teve conhecimento prévio do vicio na relação
originaria. E mais, também perde a presunção de boa fé o terceiro que não pode negar
conhecimento prévio do vicio na relação originaria por sua relação como um credor primitivo.
O principio da autonomia se subdivide em dois:
O primeiro é e abstração – a partir do momento em que o titulo sai da relação originaria,
ele circula, ele se torna abstrato. Ou seja, ele se desvincula por completo da relação que
originou o credito.
Tem autores que dizem que existe um titulo que não se aplica a autonomia. Mas o
professor diz que esta errado, segundo ele esse principio e relativizado na duplicata.
O cheque é titulo não causal, não depende de causa. Já a duplicata tem que ter um
negocio pré existente, tem que ter uma causa.
- Classificações:
Atualmente nos temos dois grandes grupos de títulos: Os títulos próprios e o impróprios. Os
próprios são efetivamente os títulos de credito, são aqueles criados e regulamentados como
títulos de credito. Só existem 4 títulos próprios no Brasil: e são eles, a letra de cambio que esta
em desuso; a nota promissória; cheque e duplicata. Os impróprio são documentos que se
assemelham ao titulo de credito e que são portanto parcialmente regidos pelo direito cambiário. O
numero de títulos impróprio é ilimitado.
SACADOR
TOMADOR
SACADOR
SACADO TOMADOR
Circulação:
Ele pode ser portador, nominativo, nominativo não é ordem. Ao portador não indica de
modo expresso o beneficiário, e ele circula por mera tradição. O titulo nominativo é aquele
que indica de modo expresso o beneficiário, é o na rua chamado de nominal, e ele circula
por meio do endosso. E o nominativo não a ordem, é aquele que índia de modo expresso o
beneficiário mas não circula por tradição e nem por endosso, é um titulo que em teoria não
pode circular.
Emissão:
Ele pode ser não causal, limitado e causal. O não causal não precisa de motivo para ser
emitido, basta a vontade, como acontece com o cheque a nota promissória. Os títulos
limitados são aqueles que não podem ser emitidos nas hipóteses expressamente previstas
em lei, como é o caso da letra de cambio que não pode ser emitida para representar
prestação de serviço. Já o causal é aquele que só pode ser emitido nas hipóteses
expressamente previstas em lei, é o contrario do titulo limitado, é a chamada duplicata. A
causa é requisito de existência no titulo, e não de validade. É quando ocorre a nota fria. A
duplicata é o único titulo causal presente no Brasil.
- AVAL:
É uma garantia típica de titulo de credito. Só existe aval em titulo de credito próprio ou
impróprio.
Se não for titulo de credito, não te aval.
É uma garantia pessoal.
Quem presta o aval é chamado de avalista e aquele cujo a obrigação é garantida é
chamado de avalizado.
O aval ele é representado pela assinatura do avalista no anverso (frente) do titulo.
Como se trata de uma garantia pessoal de obrigação, o aval é comumente confundido com
a fiança, porém eles são institutos diferentes.
Primeiro, o aval é típico do direito cambiário e a fiança, porém eles são institutos distintos.
Primeiro, o aval é típico do direito cambiário e a fiança é garantia de obrigação civil.
Segundo, a fiança contem beneficio de ordem e o aval não, ou seja, o avalista pode ser
demandado antes mesmo do avalizado, independente de ordem. Terceiro, na fiança a
outorga conjugal é requisito de validade e no aval é requisito de eficácia (se o cônjuge não
anuir, não atinge o patrimônio daquele que não anuiu porque contra ele o aval não produz
efeitos). A pessoa vive com o companheiro e se declara como solteiro, é caso clássico de
má fé.
A fiança é instituto principal, o aval é acessório.
Não existe aval em contrato, somente no titulo.
O aval é uma garantia muito mais dura que a fiança.
Existe aval em branco e em preto. O em branco, é aquele no qual o avalista não indica o
seu avalizado. O em preto, é quando o avalista indica de modo expresso o seu avalizado.
O aval em branco presume-se em beneficio do devedor principal.
Aval total e aval parcial. O total é aquele em que o avalista garante a totalidade da
obrigação contida no titulo. O parcial, garante apenas parte da obrigação contida no titulo.
Art. 897, parágrafo único do CC. É vedado o aval parcial.
O art. 30 da Lei Uniforme, que é um decreto nº 57663/96, a obrigação assumida no titulo
pode ser garantido no todo ou em parte por aval.
Existe um conflito, porém prevalece a lei especifica.
Então é possível ter aval parcial, porém não é comum.
Existe o aval simultâneo e o aval sucessivo. O simultâneo é quando se tem mais de um
avalista garantindo ao mesmo tempo a obrigação de um avalizado. E o aval sucessivo, é
quando um avalista garante a obrigação de avalista anterior, também chamado de aval do
aval.
O aval simultâneo o regresso pode ser feito pelo todo em face do devedor principal e pela
quota parte em face dos demais avalistas simultâneos.
No aval sucessivo o regresso pode ser exercido pelo todo em face do devedor principal e
dos avalistas antecedentes.
- Vencimento:
O vencimento do titulo de credito pode ser dividido em dois grupos. O ordinário e o
extraordinário.
Dentro do ordinário existem 4 tipos diferentes de vencimento. Tem o a vista, certo termo
de vista, certo termo de data e a data certa.
A vista é quando ele vence você da vista, apresenta o titulo ao devedor, naquele momento
o titulo considera-se vencido. O vencimento se da quando da apresentação ao devedor.
Certo termo de vista, é aquele que vence após um prazo da apresentação ao devedor.
Esta em desuso porque precisa encontrar o devedor duas vezes. Tem que constar a data
de quando apresentou ao devedor para começar a contar.
Certo termo de data, também está em desuso. É um prazo de uma data especifica. A data
precisa ser certa para que se possa contar o termo.
Data certa
A duplicado só aceita com data certa ou a vista.
As duas primeiras tem o vencimento incerto, depende de um ato. Os outros dois, da
emissão já se sabe quando estará vencido.
Já o vencimento extraordinário é o vencimento antecipado. E isso pode ocorrer por duas
razoes. Por forca de lei, ou por convenção entre as partes.
Sustação do cheque:
- NOTA PROMISSÓRIA:
Tem o sacador e o tomador.
É uma relação direta.
O sacador também é chamado de promitente ou emitente. Está pessoa é o devedor principal da
nota promissória.
O tomador é o credor da nota promissória.
Está regulada pela lei uniforme. Decreto 57663/96.
É um titulo livre, não existe um padrão determinado.
Clausula cambiaria nada mais é do que o nome do titulo, vem escrito em algum lugar do titulo, e é
um requisito.
Promessa incondicional de pagar quantia determinada. Não pode haver condição do titulo. A
promessa deve ser desvinculada de qualquer tipo de condição.
Identificação do sacador. É a pessoa que emite a promissória, é o seu devedor principal.
Local e data de emissão também devem constar do titulo.
O local é indiferente para a prescrição do titulo.
Esses listados acima são os requisitos essenciais da nota promissória.
Existem outros requisitos que são facultativos, porque cada um deles na ausência traz uma
presunção.
Vencimento é requisito facultativo. Porque se não houver vencimento se presume que o titulo é a
vista.
O segundo requisito que é facultativo, é o local de pagamento. Porém, apesar de facultativo é um
dos requisitos mais importantes da nota promissória. Na ausência de local de pagamento, vamos
usar a presunção, se presume que seja o domicilio do devedor. A promissória é o que nos
chamamos de titulo de resgate. O local de pagamento é que indica quem deve procurar para
pagar. Se for no domicilio do credor, quem vai atrás é o devedor, e vice e versa. Também vai ser
considerado para levar o titulo a protesto, e a execução.
O ultimo requisito que também não deve ser tratado de modo acessório é a indicação do credor.
Você também pode emitir a nota sem dizer quem é o credor, e é o chamado titulo ao portador.
A nota promissória pode circular, mas ela não nasceu para isso.
Ela é não causal, não depende de causa legal, você pode emitir sem qualquer razão, mas pela
sua simples vontade.
A função primaria de qualquer titulo é o cumprimento de uma obrigação pecuniária.
Mas nos aplicamos a nota promissória com uma função secundaria, como uma garantia do
cumprimento de uma obrigação.
A promissória quando emitida em sua função secundaria, de garantia, ela só é exigível com o
descumprimento da obrigação garantida, do contrario ela é um titulo que não pode ser exigido.
Existe 3 anos para executar o devedor principal e seus avalistas. Eles são contados do
vencimento do titulo. O protesto é facultativo aqui.
Tem o prazo de 1 ano para executar o co-devedor e seus avalistas. Contado a partir do protesto
do titulo. O protesto tem prazo para ser realizado, de 1 dia útil do vencimento. O protesto é
obrigatório aqui. Você pode protestar daqui 2 anos e meio, mas você não poderá executar o co-
devedor, somente o devedor. O titulo pode ser protestado até ele ser prescrito.
E tem o prazo de 6 meses que é para o exercício do direito de regresso. Quando qualquer um
que não seja o credor principal, cumprir com a obrigação, podendo ser um avalista, ou até mesmo
um terceiro, ele se sub-roga. Começa a contar segundo a lei, do pagamento, ou, do ajuizamento
da ação. A jurisprudência a muito anos, já afastou o ajuizamento, atualmente só se considera do
cumprimento da obrigação.
A nota promissória circular por tradição.
Ela pode ser garantida por aval.
Ela admite o vencimento a vista, com data certa. A certo termo de vista ou a certo termo de data.
Ela é um titulo livre do ponto de vista formal, e não causal do ponto de vista de emissão.
É um titulo muito útil no Brasil.
- DUPLICATA:
é o título mais importante que temos hoje. É um título de crédito de natureza causal emitido por
empresário em benefício próprio em desfavor de comprador de mercadoria ou tomador de
serviços. Só pode ser emitida para representar compra e venda empresarial ou prestação de
serviços. A duplicata emitida sem causa também chamada de simulada ou fria é crime, previsto
no Código Penal como uma espécie de estelionato e, um dos crimes mais praticados no Brasil.
A duplicata nada mais é do que uma duplicação dos elementos essenciais de uma fatura. É um
título de crédito que representa um crédito surgido de uma relação de compra e venda ou
prestação de serviços que seja preexistente.
Hoje em dia, em sua maioria, ela foi constituída de modo eletrônico. O emitente é o credor porque
emite em benefício próprio e permanece de posse do credor, ao menos até que ele seja
transferido. Via de regra, os demais títulos são emitidos pelo devedor. Ela independe, no
momento da emissão, da presença do devedor.
Quando ela é chamada de mercantil ou de compra e venda mercantil é a duplicata que
representa a compra e venda. Quando ela é chamada de prestação de serviços que representa
uma prestação de serviços.
Requisitos
Cláusula cambiária: nome do título.
Identificação do sacador: sacador é a pessoa que emite o título e que, neste caso, será também
o credor. Esses dados, quando a duplicata é física, já vem preenchidos.
Ordem incondicional de pagar quantia determinada: não pode ter condição no título.
Identificação do sacado: sacado é o devedor. Em teoria, a pessoa que comprou a mercadoria
ou contratou os serviços.
Local e data de emissão
Local de pagamento
Número da nota fiscal: a duplicata deve trazer referência expressa da nota fiscal que a originou.
Número da duplicata:é um título de emissão facultativo, ao passo que a nota fiscal é obrigatória,
não é possível que tenha um número de duplicata superior ao da nota fiscal. Se tiver número
superior, é indício de fraude, porque logisticamente é impossível.
Uma nota fiscal pode ser desmembrada em várias duplicatas. Uma duplicata não pode
representar mais de uma fatura, é uma vedação legal.
Vencimento: é um requisito facultativo tal qual ocorre na nota promissória. Se não tiver
vencimento, presume-se à vista. Na duplicata só se admite duas espécies de vencimento: à vista
e em data certa.
A duplicata é uma ordem de pagamento e esta ordem depende de um requisito chamado de
aceite. O aceite é requisito da duplicata. Aceite é o ato cambiário pelo qual o sacado aceita
cumprir a ordem que lhe foi dada pelo sacador. O aceite, na duplicata, é obrigatório, mas não é
irrecusável. A duplicata só pode ser emitida em duas hipóteses: compra e venda e prestação de
serviços, porque a obrigação de pagar não nasceu no título, mas sim antes porque comprou ou
contratou um serviço, por isso é obrigatório. Não é irrecusável porque a lei de duplicata traz três
hipóteses no qual pode ser recusado. A primeira hipótese: é a não entrega de mercadoria ou
não prestação do serviço. A segunda hipótese: avaria, vício, defeito, divergência de quantidade
ou qualidade. Avaria tem sentido técnico de dano causado pelo transporte. A terceira hipótese: é
a divergência de preço ou prazo. A recusa deve ser expressa e fundamentada em uma dessas
hipóteses. Se não fizer a recusa expressa, o aceite é presumido.
Toda vez que recebe a duplicata, tem um prazo de 10 dias para fazer a recusa expressa, do
contrário o aceite será presumido.
Aceite: Ordem do sacador que deve ser cumprida pelo sacado necessita do ACEITE. (requisito)
Aceite é o ato cambiário pelo qual o sacado aceita cumprir a ordem que lhe foi dada pelo sacador.
Na duplicata o aceite é OBRIGATÓRIO, mas não é irrecusável.
É obrigatório.
Hipóteses de recusa de aceite:
1 hipótese: não entrega da mercadoria ou não prestação do serviço.
2hipótese: avalia (dano causado por transporte), vicio, defeito, divergência de quantidade ou
qualidade.
3 hipótese: divergência de preço ou prazo.
Recusa deve ser expressa e fundamentada em uma dessas três hipóteses.
Título executivo pleno – aceite expresso. Quando descumprida não precisa de nada para
executá-la.
Título nasce sem papel, é transmitido ao banco sem papel e pode ser protestado sem papel.
Exemplo: empresário que fez a venda de um produto para retirada em 30 dias.
Característica mais relevante é o fato dela ser causal e requisito de existência.
Princípio pelo qual terceiro tem seu direito de crédito estabelecido: princípio da autonomia. Esse
princípio é relativizado na duplicata já que o terceiro, para manter sua presunção, precisa exigir
prova do negócio originário.
- Recuperação Judicial:
Na lei anterior nos tínhamos a Concordata, que era também chamada como “Favor
Legal”. Existiam duas espécies tinha a remissiva e a dilatória. Na remissiva tinha que
pagar 50% da divida a vista. E na dilatória ele pagava 100% da divida, em dois anos
em duas parcelas anuais. A concordata nunca funcionou, por inúmeros problemas,
primeiro para identificar qual era essa divida, que era somente para quem não tinha
ordem especial, ou seja, o credor quirografário, também era ruim porque na hipótese da
remissiva, o estado se sobrepunha e perdoava 50% da divida, o credor ficava sem voz.
A concordata era o maior instrumento de corrupção, de lavagem de dinheiro do
judiciário brasileiro.
A mentalidade da recuperação judicial é totalmente diferente, quem decide não é o
Estado, mas sim os credores.
Aqui você tira o que era considerado um “Favor Legal”, e coloca no âmbito de
negociação onde quem decide quem aceita ou não são os próprios credores. O juiz tem
pouca atuação nesse ponto.
Legitimidade ativa – empresários. Mas precisa ser regularmente constituído. Apenas o
empresário devedor é que pode pleitear a sua própria recuperação judicial. Não pode
os credores pedirem, a legitimidade é exclusiva do devedor.
Legitimidade passiva – os credores. Quais credores? São os créditos existentes,
vencidos e vincendos da data do pedido.
Ou seja, não será incluído na recuperação judicial, o crédito gerado posterior ao pedido.
Também não serão incluídos os créditos tributários. Ou credito que não é incluído está
no art. 49, nos parágrafos §3º e §4º, o credor de alienação fiduciária, arrendamento
mercantil, compra e venda com reserva de domínio, adiantamento de contrato de
câmbio, e os compromissos de compra e venda com clausula de irrevogabilidade ou
inalienabilidade.
Nesse momento é possível analisar se é o seu caso ou não de pedir a recuperação,
dependendo dos seus créditos.
Art. 49. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido,
ainda que não vencidos.
§ 1o Os credores do devedor em recuperação judicial conservam seus direitos e privilégios
contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso.
§ 2o As obrigações anteriores à recuperação judicial observarão as condições originalmente
contratadas ou definidas em lei, inclusive no que diz respeito aos encargos, salvo se de modo
diverso ficar estabelecido no plano de recuperação judicial.
§ 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou
imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos
respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em
incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu
crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de
propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se
permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4 o do art. 6o desta Lei, a
venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua
atividade empresarial.
§ 4o Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o
inciso II do art. 86 desta Lei.
§ 5o Tratando-se de crédito garantido por penhor sobre títulos de crédito, direitos creditórios,
aplicações financeiras ou valores mobiliários, poderão ser substituídas ou renovadas as garantias
liquidadas ou vencidas durante a recuperação judicial e, enquanto não renovadas ou substituídas,
o valor eventualmente recebido em pagamento das garantias permanecerá em conta vinculada
durante o período de suspensão de que trata o § 4 o do art. 6o desta Lei.
Apenas o primeiro requisito é positivo, e tem quer ser juntada a certidão na inicial. Os
demais requisitos não tem como provar, mas você pode escrever na inicial, pois eles são
requisitos negativos. Esses últimos são muito mais para os credores virem desmentir.
Procedimento da Recuperação Judicial:
Se distribuída a inicial, a parte formal está tudo certo e o juiz entender pela legitimidade e
interesse do empresário para pleitear a recuperação. Assim se ele entender que a petição
inicial estiver ok vai ter o despacho de processamento. Agora, se tiver faltando alguma
coisa, o juiz extingue sem julgamento de mérito.
O despacho de processamento é a decisão que produz mais efeitos na RJ. O primeiro
efeito, é a nomeação do administrador judicial, o juiz nomeia o administrador que vai cuidar
dessa RJ. O administrador conforme previsto em lei deve ser profissional idôneo, e traz
algumas profissões que servem apenas como sugestão, não é obrigatório. O profissional
precisa ser pessoa jurídica especializada. A nomeação do administrador é livre, geralmente
são pessoas de confiança do juiz. Existem alguns impedimentos para o exercício da
função, sendo o primeiro é que o administrador não tenha sido destituído ou deixado de
prestar contas em outra administração nos últimos cinco anos, aqui temos um impeditivo
junto com uma sanção. O segundo impedimento, amigo ou então inimigo do devedor
(sócio/diretor/gerente – qualquer pessoa que tenha poder decisório ou de administração no
recuperando), aqui é amizade intima ou então fidagal (quero matar tal pessoa). O terceiro
impedimento é parente em linha reta ou colateral até o 3º
grau do devedor. Cabe impugnação da nomeação por qualquer interessado, ou seja,
credor, devedor e até mesmo o MP. A impugnação tem que ser bastante cuidadosa, se
você estiver falando de impedimento é uma coisa, e idoneidade é outra coisa.
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à
penhora bens suficientes dentro do prazo legal;EXECUÇÃO FRUSTRADA
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação
judicial:POR ATOS DE FALÊNCIA
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade
de seu ativo a terceiro, credor ou não;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com
bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
O art. 83 traz a ordem de credores concursais, aqueles que concorrem entre si.
A lei organiza os credores em classes, a fim de igualar.
Na lei anterior, a ordem era diferente.
A definição da ordem, nada mais é do que uma política econômica.
O credito trabalhista está limitado a 150 salários mínimos, se esse valor fosse ilimitado não
seria possível atender todos os trabalhadores, para atender o limite social. Com o limite, é
possível pagar para mais trabalhadores.
O art. 84 traz outra relação dos creditos extra concursais, não concorrem entre si, eles
recebem antes. Um deles, que sempre vai existir por exemplo é a remuneração do
administrador judicial.
Antes dos extras são pagas as restituições em dinheiro.
E antes dele tem o credito famélico, do art. 151, que é pago antes de todos os demais.
Tomar cuidado para diferenciar, porque a ordem diverge entre créditos e credores.