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Estruturas em Concreto Armado

Lajes Nervuradas – Unidirecional


Prof. Esp. Elker Lucas Garroni
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• O pavimento de uma edificação, tem grande superfície;
• É a parte da estrutura que mais se consome concreto;
• Reduzir um centímetro na altura da laje, pode conduzir a
um economia considerável de concreto;
• Considerando uma casa térrea com um forro em laje de
150,0 m2 , uma redução de 1,0 cm na espessura da laje,
corresponde a uma economia de:
– 0,01 m x 150,0 m2 = 1,50 m3 de concreto
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• A busca por menores dimensões das estruturas do pavimento tem
levado ao uso de:
– Concretos cada vez mais resistentes;
– Melhoria dos processos de dimensionamento da estrutura;
• O dimensionamento de pavimentos de edificações, considerando
a interação de todos os seus elementos, já está consagrado no
meio técnico, obtendo-se, em princípio, resultados mais próximos
da realidade, principalmente no que concerne ao estado de
deformação;
• Isto decorre do grande avanço que os programas de
computadores têm apresentado;
• Além do maior conhecimento na modelagem do comportamento
das estruturas
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• No desenvolvimento de projetos com a utilização de programas
automáticos;
• Porém, é preciso lembrar que cabe sempre ao projetista estrutural
conceber e definir a melhor estrutura para cada situação de projeto;
• Para tanto, necessita conhecer com profundidade seu
comportamento estrutural;
• Fazer previsões de dimensões para que o desenvolvimento do
projeto auxiliado por um programa de computador resulte em uma
estrutura:
– Segura;
– Racional;
– Funcional e
– Econômica.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Além das condições no estado limite último (ELU), pode ser
preponderante, a verificação do estado limite de serviço (ELS),
principalmente o estado de deformação excessiva;
• Deve-se ainda considerar no concreto, os seguintes efeitos:
– Fissuração e
– Fluência.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• A escolha do sistema estrutural mais adequado para um
determinado pavimento, assim como a definição do processo
construtivo a ser utilizado, deve considerar alguns parâmetros
básicos:
– Finalidade da edificação;
– Projeto arquitetônico;
– Cargas de utilização;
– Tamanho dos vãos a vencer;
– Disponibilidade de equipamentos;
– Materiais e mão de obra;
– Custos e interação com os demais subsistemas construtivos da edificação.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Pavimentos em que o menor vão a ser vencido pelas lajes é pequeno
ou médio (lajes com o menor vão não maior que 5,0 m);
• As cargas a serem suportadas não são muito elevadas;
• Normalmente têm-se empregado as lajes maciças apoiadas em vigas
(sistema tradicional), principalmente se houver repetição, uma vez
que a espessura demandada pelas lajes, nesta situação é pequena;
• Para este tipo de sistema, é grande a rigidez quanto aos
deslocamentos verticais;
• Por outro lado, para grandes vãos, as lajes maciças podem ser
antieconômicas, pois a espessura necessária da laje, para atender ao
estado limite último e ao critério de pequenos deslocamentos
transversais, certamente será elevada;
• A utilização da pré-laje evita formas e pouco escoramento;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Para grandes vãos, as lajes maciças podem ser antieconômicas,
pois a espessura necessária da laje, para atender ao estado limite
último e ao critério de pequenos deslocamentos transversais,
certamente será elevada;
• Para grandes vãos é interessante utilizar um sistema estrutural
que tenha comportamento semelhante aos das placas (lajes
maciças), porém com a eficiência das vigas na flexão, ou seja,
grande inércia e peso próprio relativamente pequeno;
• As lajes de concreto armado com nervuras quase sempre
atendem a esses requisitos;
• Essas lajes representam um avanço em relação às maciças por
necessitarem menor quantidade de material, principalmente
quando os vãos são grandes.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Dentre as vantagens que as lajes nervuradas apresentam, algumas
merecem ser destacadas:
– Permitem vencer grandes vãos, liberando espaços, o que é vantajoso em locais
como garagens, onde os pilares, além de dificultarem as manobras dos
veículos, ocupam regiões que serviriam para as vagas;
– Podem ser construídas com a mesma tecnologia empregada nas lajes maciças;
– Tem grande versatilidade de aplicações, podendo ser utilizadas em pavimentos
de edificações comerciais, residenciais, educacionais, hospitalares, garagens,
etc;
– São também adequadas aos sistemas de lajes sem vigas, em que podem ser
necessárias regiões maciças apenas nas regiões dos pilares, onde há grande
concentração de tensões;
– Consomem menos concreto e aço que outros sistemas similares, diminuindo o
peso próprio e aliviando as fundações pelas suas características (grande altura
e pequeno peso próprio), pode suportar cargas mais elevadas que as demais.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• As lajes nervuradas apresentam também algumas
pequenas desvantagens:
– Dificuldade na passagem de tubulações;
– Demanda por alturas maiores do edifício e de cada
pavimento;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Considerando-se que a laje maciça quadrada de 4,0 m de vão e
espessura de 7,0 cm, conforme figura abaixo, esteja submetida a
uma ação de carga acidental de 2,0 kN/m2, determinar a
armadura necessária para a mesma.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Com a laje agora apoiada em vigas, embora considere-se ainda,
para efeito de dimensionamento que os contorno da lajes, (as
vigas), são indeslocáveis na vertical;
p.lx 2 (0,07  25  2)  4 2
Mx  μx.  4,41 x100  264,6 kN.cm
100 100
Considerando um concreto fck=20 MPa, aço CA50 e altura útil de 4,7 cm e usando o formulário
do capítulo 3 do livro de CARVALHO e FIGUEIREDO (2004), obtém-se:

Md 1,4  264,6
kmd    0,117 kx  0,187
bw  d  fcd 100  4,7 2  2,0
2

1,4 kz  0,925

1,4  264,6
 1,96 cm2 x  kx  d  0,187 4,7  0,879 cm
Md
As  
kz  d  fyd 0,925 4,7  50
1,15
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Da laje anterior, surge a idéia de considerar nervuras, ou seja, retirar
ou substituir parte da região de concreto abaixo da linha neutra por
material leve. Imaginando a seção indicada na figura abaixo:
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
 hmédio = 0,0364 m Mx  p  lx  (0,0364 25  2)  4 100  582,0 kN  cm
2 2
Laje nervurada
Laje maciça  h = 0,07 m 8 8

Considerando a linha neutra na mesa (toda a mesa trabalha como largura colaborante)

Md 1,4  582 kx  0,466


kmd    0,258
bw  d  fcd 100  4,7 2  2,0
2
kz  0,814
1,4 s  3,93%
x  kx  d  0,466 4,7  2,19 cm  hf  3,0 cm
(linha neutra encontra - se na mesa)
Md 1,4  582 cm2
As    4,90
kz  d  fyd 0,814 4,7  50 m
1,15
Usando a solução de laje nervurada unidirecional haveria uma economia de
concreto, mas com um ligeiro aumento do consumo da armadura.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas

As  1,96 cm2  4,90 cm2


hc  0,07 m  0,036 m

• A laje maciça tem menor consumo de armadura;


• A laje maciça tem maior consumo de concreto;
• A laje maciça tem menor flecha;
• A laje nervurada tem maior flecha – (a laje nervurada
necessita de maior altura para ter flechas pequenas);
• A laje maciça perde as vantagens de menor armadura e flecha
em paineis retangulares;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Neste módulo, será dado ênfase nas lajes nervuradas moldadas
in-loco;
• As lajes poderão ser em uma ou em duas direções;
• Será mostrado o comportamento desses pisos e apresentados os
principais tipos:
– Prescrições normativas;
– Modelos de dimensionamento;
– Indicações de projetos;
– Exemplos práticos;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Definições:
– Lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja
zona de tração para momentos positivos está localizada nas
nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte;
– As lajes nervuradas pré-moldadas devem atender
adicionalmente normas específicas;
– Todas as prescrições relativas às estruturas de elementos de
placas (lajes maciças) são válidas desde que sejam obedecidas
as condições referentes às dimensões limites estabelecidas no
item 13.2.4.2 da NBR 6118:2014;
– Quando essas hipóteses não forem verificadas, deve-se analisar
a laje nervurada considerando a capa como laje maciça apoiada
em grelha de vigas;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
TIPOS
Pré-moldadas parcialmente

trilho treliça

Pré-moldadas totalmente

alveolar Duplo tê ou pi
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Tipos

molde

Com cambotas aba barretes horizontais

travessa

chapuz pontalete

Com enchimentos
Seções transversais de lajes nervuradas com materiais inertes

a) isopor b) blocos de concreto


a)
celular
b)
a) b)

a) b) a) b)

c) blocos de d) tijolos cerâmicos


concreto comum; furados. c) d)
c) d)

c) d) c) d)
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
mesa
Nomenclatura

Normais

armadura longitudinal nervura

nervura
armadura longitudinal
Invertidas

mesa

seção do apoio seção do meio do vão

nervura armadura longitudinal nervura mesa de compressão

Nervurada dupla

mesa de compressão armadura longitudinal


Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado – volume 2
Pavimentos de edifícios com a utilização
Capítulo 1 – Pavimentos de edifícios com lajes nervuradas
de lajes nervuradas
f
a h
Nervuradas com abobadas a) a f
f h
a) a h
a)

hf
h h
b) hff h
b) h
Alveolares b)
a
a
a hf
h
c) h
hff h
c) h
c)
Com cambotas
Inclinação (para retirada da forma)

Inclinação (para retirada da forma)


Inclinação (para retirada da forma)
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Dimensões limites (item 13.2.4.2)
• a) Espessura da mesa (hf):
– quando não houver tubulações horizontais embutidas, hf deve ser maior ou
igual a 1/15 da distância entre nervuras e não menor que 4,0 cm.
– O valor mínimo absoluto da espessura da mesa deve ser de 5,0 cm, quando
existirem tubulações embutidas de diâmetro menor ou igual a 10,0 mm;
– Para tubulações de diâmetro  maior que 10,0 mm a mesa deve ter a
espessura mínima de 4,0 cm + , ou 4,0 cm + 2. no caso de haver
cruzamento destas tubulações;
• b) Espessura das nervuras (bw):
– a espessura bw das nervuras não deve ser inferior a 5,0 cm.
– Nervuras com espessura menor que 8,0 cm não devem conter armadura de
compressão;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas

4,0 cm
hf   a  sem tubulação horizontal
 15
 5,0 cm  tubulação de   10,0 mm
hf  
(4,0 cm   ) ou (4,0 cm  2   )  tubulação de   10,0 mm
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• c) Espaçamento entre nervuras
– para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a
65 cm, pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a
verificação do cisalhamento da região das nervuras, permite-se utilizar os
critérios de laje;
– para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 cm e 110 cm,
exige-se a verificação da flexão da mesa e as nervuras devem ser verificadas
ao cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação como lajes se o
espaçamento entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura média das
nervuras for maior que 12 cm;
– para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que
110 cm, a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de
vigas, respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Dois tipos:
Unidirecional.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Dois tipos
Bidirecional
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• As lajes em uma direção são usadas quando se deseja executar um pavimento de
concreto em que uma das direções é bem maior que a outra, mas a menor direção
também é de valor elevado ou mesmo se a carga é de grande intensidade. Um
exemplo típico pode ser observado na figura abaixo em que as nervuras foram
dispostas na direção dos 5 m.
P1 V1 P1 P3 V1 P4 P3 P4
V3

V4
V3

V4
500

500

P5 V2 P6 P7 P8
1300 P5 V2 P6 P7 P8
1300
a)
a)

b)

b)
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Unidirecional – Modelo de Cálculo:
– Cada laje nervurada seja simplesmente apoiada em seu contorno, no caso de
lajes vizinhas, na região da face comum, deve ser colocada apenas uma
armadura construtiva, negativa, para evitar fissuração exagerada da mesa de
concreto;
P1P1 P1 V1V1V1 P2P2 P2 P3P3P3

AA A

Não é bem assim,


para grandes alturas

bordas com giro livre


bordas com giro livre
bordas com giro livre
de laje é possível
AA A L1L1L1 L2L2L2 trabalhar c/
P4P4 P4 L1L1L1 P5P5 P5 L2L2L2P6P6P6
continuidade
V3
V3
V3

V4
V4
V4

V5
V5
V5

P7P7 P7 V2V2V2 P8P8 P8 P9P9P9

Na figura acima, indica-se um trecho de piso composto de duas lajes nervuradas (L1, L2) e como
são consideradas estruturalmente quando discretizadas (isoladas), para serem calculadas.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Para que uma laje nervurada possa ser admitida engastada no
contorno (ou contínua), é necessário criar uma mesa de compressão
inferior;
• Porém, nesse caso será necessário efetuar a concretagem em pelo
menos duas etapas;
• Outra solução é, simplesmente eliminar, nas regiões do contorno
engastadas, o material de enchimento, criando uma região maciça;
CORTE AA
CORTE AA CORTE AA
CORTE AA
nervuras nervuras

material de enchimento
material V4
de enchimento V4 V4 V4

a) a) b) b)
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Estado Limite Último de flexão – (ELU)
– O dimensionamento à flexão deve ser feito como os demais elementos
fletidos, como se encontra do capítulo 3 de CARVALHO E FIGUEIREDO FILHO
(2014), respeitando-se as recomendações quanto às dimensões limites, vãos,
etc;
– Deve-se iniciar com o dimensionamento da armadura longitudinal de flexão,
pois as outras verificações dependerão da taxa dessa armadura;
• Estado Limite de Serviço – (ELS) – Fissuração e Deformação
– A verificação do estado limite de deformação (item 19.3.1 – NBR 6118:2014),
deve ser efetuada segundo os critérios do item 17.3.2, considerando a
possibilidade de fissuração (estádio II) e os efeitos de fluência do concreto;
– A verificação do estado limite de fissuração (item 19.3.2), de acordo com os
itens 17.3.3 e 17.3.4;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Lajes nervuradas se subdividem em:
– Armadas em uma direção;
– Armadas em duas direções;
• As lajes nervuradas armadas em uma direção apresentam
normalmente nervuras na direção do menor vão;
• Nas armadas em duas direções, as nervuras formam uma malha,
quase sempre retangular;
• Nas armadas em uma direção, as nervuras tem comportamento
estrutural de vigas simplesmente apoiadas e independentes, como
indica a NBR 6118:2014, no seu item 14.7.7, quando prescreve que
as lajes nervuradas unidirecionais devem ser calculadas segundo a
direção das nervuras e desprezadas a rigidez transversal e a rigidez
a torção;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• No dimensionamento à flexão e verificação das flechas, admite-se
para as lajes nervuradas em uma direção, seção transversal em
forma de T, e para o cálculo ao cisalhamento elas podem ser
consideradas como vigas ou como lajes, conforme seja o
espaçamento entre as nervuras, como visto no volume 1;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Exemplo 01 - Calcular e detalhar a armadura para uma laje nervurada
unidirecional utilizando blocos cerâmicos de 91919 cm (no caso 4 blocos),
para o trecho de pavimento dado na abaixo. Considerar ambiente com
agressividade fraca, carga de revestimento, contrapiso e piso igual a 1,0 kN/m2 e
carga acidental de 3,0 kN/m2. Utilizar aço CA-50, concreto com fck = 20,0 MPa e
cobrimento das armaduras igual a 2,0 cm. Adotar para peso específico do tijolo
13,0 kN/m3 e agregado graúdo como sendo granito.
P1 V1 P3 P4
V3

V4
500

P5 V2 P6 P7 P8
2000
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• A) Esquema estrutural e dimensões da seção transversal:
– Como se trata de ambiente pouco agressivo, os valores da resistência
característica do concreto e cobrimento das armaduras estão compatíveis;
– Como uma das dimensões é maior que o dobro da outra, os vãos e as cargas
são de valores apreciáveis, opta-se pela solução de laje nervurada armada em
uma direção;
– A seção transversal da mesma será arbitrada com as seguintes dimensões,
principalemente em função das dimensões dos blocos e para evitar a
verificação à flexão da mesa de cisalhamento das nervuras como vigas (como
laje é possível não colocar qualquer armadura transversal);
– bw = 9,0 cm (largura das nervuras);
– hf = 6,0 cm (maior que 4,0 cm e 45/15 = 3,0 cm)
– a = 36,0 cm (distância livre entre nervuras pode o cisalhamento ser analisado
como laje);
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Assim, as prescrições mínimas estabelecidas pela NBR 6118:2014,
estão atendidas;
• O valor da altura foi simplesmente arbitrado, pois na NBR
6118:2014 não há altura mínima (como havia na versão de 1980)
que permitia desconsiderar o estado limite de deformação
excessiva;
• Empregando uma altura total para a laje de 25,0 cm (hf = 6,0 cm
mais a altura do bloco de 19,0 cm), a altura útil será de 22,4 cm
(25,0 – 2,0 – 0,6 = 22,4 cm), admitindo-se diâmetro da barra
longitudinal de 12,5 mm;
• A seção transversal da laje é mostrada a seguir:
Carregamento atuante por nervura
P1 V1 P3 P4 9 9
6
V3

V4
500

19

9 9 9 9
P5 V2 P6 P7 P8
2000 45

• Carregamento atuante por nervura:


– g1 – peso próprio:
• Concreto = (0,09x0,19+0,45x0,06)x25 = 1,103 kN/m/nervura
• Tijolo = 0,36x0,19x13 = 0,890 kN/m/nervura
– g2 – sobrecarga permanente:
• Revestimento = 1,0x0,45 = 0,45 kN/m/nervura
– Total da Carga permanente: = 2,443 kN/m/nervura
– Ação Variável:
• Carga Acidental = 3,0x0,45 = 1,35 kN/m/nervura
– Carregamento Total: = 3,793 kN/m/nervura
Determinação da Armadura Longituinal ELU

Largura colaborante, segundo a NBR 6118:2014 (considerando a nervura


como seção T);
0,10  a  0,10  500  50,0 cm
b1   bf  bw  2  b1  9  2  18  45,0 cm
 0,5  b2  0,5  36  18,0 cm
Determinação do máximo momento fletor atuante por nervura:
p   2 3,793 52
M   11,85 kN  m/nervura  1185 kN  cm/nervura
8 8
kmd  0,052
Md 1,4 1185
kmd    0,051 kx  0,078  0,45  0k!
bw  d  fcd 45  22,4 
2 2 2,0
1,4 kz  0,969
x  kx  d  0,078 22,4  1,75 cm  hf  6,0 cm  ok!

Md 1,4 1185
As    1,76 cm2 /nervura Armadura Adotada:
kz  d  fyd 0,969 22,4  50 1 # 12,5 + 1 # 8,0 mm
1,15
As-efet = 1,75 cm2/nervura
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Verificação do estado de deformação excessiva (ELS)
9 9
Características da seção transversal:
6
Eci  αE  5600 fck  1,0  5600 20,0  25.044 MPa
19
Ecs  αi  Eci
fck
αi  0,8  0,2   1,0  αi  0,85 9 9 9 9
80 45
Ecs  0,85  25044  21.287,4 MPa
Coeficiente de homogeneização da seção (relação entre os módulos de elasticidade
do aço e do concreto; Es 210000
e    9,866
Ec 21287
Momento de inércia da nervura (considerada como viga T), em relação a um eixo
horizontal no centro de gravidade da seção (Estádio I, seção bruta);
45  6  3  9 19 15,5
ycg   7,85 cm Medido a partir da
45  6  9 19 borda superior
45  63 9 193
Ib   45  6  (7,85 - 3) 
2
 9 19  (15,5 - 7,85)2  22313,0cm4
12 12
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Determinação do momento de fissuração e comparação como o momento atuante
devido ao peso proprio: O momento de fissuração é dado por:
sendo :
α  fct, m  I yt  25 - 7,85  17,15 cm (tração na borda inferior)
Mr 
yt
fct, m  0,3  3 fck 2  0,3  3 202  2,21 MPa
α  1,2 (seção em T)
  fct, m  I 1,2  0,221 22313
Mr    345,0 kN.cm/nervura
yt 17,15
Considerando apenas o peso próprio da laje, a carga é: p = 1,99 kN/m/nervura e o
momento fletor atuante Mg1 vale:
p   2 0,02  5002
Mg1    625,0 kN  cm/nervura
8 8
Como Mg1 > Mr, conclui-se que já após a retirada do escoramento a seção no meio
do vão estará trabalhando no estádio II, sendo necessário calcular a inércia no estádio
II puro e utilizar a expressão para cálculo da inércia equivalente, definida no item
17.3.2.1.1 da NBR 6118:2014;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas 9 9
Determinação da inérica no estádio II puro: 6

- a2  a2 2  4  a1  a3 a1 
bf 45
  22,5 cm
19
xII  2 2
2  a1
9 9 9 9
a2  e  As  9,8651,76  17,36 cm2 45

a3  - d  e  As  - 22,4  9,8651,76  - 388,52 cm2

- 17,34  17,342  4  22,5  (388,52)


xII   3,79 cm
2  22,5

Como xII = 3,79 cm < hf = 6,0 cm, a linha neutra passa pela mesa, assim o momento
de inércia no estádio II puro vale:

bf  xII  45  3,79
3 3
III0   e  As  d - xII    9,86 1,76  22,4  3,78  6823,63cm4
2 2

3 3
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
A expressão para o cálculo da flecha para uma nervura simplesmente apoiada e sob
carga uniforme p, é dada por:
5  q  4
a
384  Ecs  Im
A inércia média ou equivalente Im é dado pela expressão de BRANSON 6118:2014;

 Mr 
3
  Mr  
3

Im  II     III0  1 -   
 Mat    Mat  
Para cada momento fletor (considerado o do meio do vão), obtido de uma combinação
de ações, resulta em um valor de inércia Im e a expressão da flecha pode ser escrita
da seguinte maneira:
Carga (kN/m) MF (kN.cm) Ieq (cm4) a (cm) aLimite (cm) Verificação
Carga Permanente 2,44 763,0 8550,61 1,09 2,00 ok
Quase Permanente 2,98 931,8 7771,99 1,47 2,00 ok
Rara 3,79 1184,9 7284,80 1,99 x-x-x x-x-x
Acidental 0,90 1,43 ok
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
A condição para evitar vibração, devida a carga acidental é dada pela diferença
entre as flechas obtidas para a combinação rara menos a combinação permanente;

 500
aq  a(g1  g2  q) - a(g1  g2)  1,99 - 1,09  0,90 cm  alimite   1,43 cm
350 350

Tabela 13.3 – Limites para deslocamentos (NBR 6118:2014);


Pavimentos de edifícios com a utilização
A condição para evitar vibração, devida a carga acidental, éAdada
flechas obtidas para a combinação quase permanente e permanente:
pelapara
condição diferença entre asdevida a carga acidental, é dada pel
evitar vibração,
flechas obtidas para a combinação quase permanente e permanente:
a q  a g1g 20,3q
a  1,42 de
1,14  lajes
g1g 20,28 cm  nervuradas
a a  / 350
a  1,43 cm
a  1,42  1,14  0,28 cm
lim ite q g1g 20,3q g1g 2  a lim ite   / 350  1,43 c

Efeito
d3) da
Efeito dafluência:
fluência
d3) Efeito da fluência
O efeito da fluência é obtido, multiplicando-se asda flechas
O efeito imediatas
fluência é obtido pelo
multiplicando as flechas imediatas pelo
coeficiente f,
coeficie
O efeito da fluência é obtido multiplicando as flechas imediatas pelo
finais coeficiente
(tempo  f , e as flechas
infinito) ficam:
assim as flechas finais
finais (tempo infinito) ficam: (no tempo infinito), ficam:
a t , a t ,0 .1   f 
a t , a t ,0 .1   f   1  f 
at,   at,0com:
com: a t ,0 = flecha imediata devido a cargas permanentes
a t ,0 = flecha imediata devido a cargas permanentes a t , = flecha total no tempo infinito

a t , = flecha total no tempo infinito 


f 
1  50  '

f  '  A s'
1  50  '
bd
A s'
'  A s' = área da armadura de compressão no trecho considerado
No exemplo emb  d questão, como ’ = 0  = coeficiente função do tempo, sendo   ( t )  ( t 0 )
(não háAarmadura
' comprimida)
= área da armadura e a retirada
de compressão do
no trecho considerado
0,68  0,996  t
s t 0,32
para t  70 meses
escoramento é realizada com 14 dias, (t) = 
 = coeficiente função do tempo, sendo   ( t )  ( t 0 )  2 para t  70 meses
chega-se à: t= tempo, em meses, onde se deseja o valor da flecha diferida
0,68  0,996t  t 0,32 para t  70 meses
(t) = 
 2 para t  70 meses Com ’ = 0 (não
Δξ  ξ t   ξ t0   2 - 0,68  0,996
meses),  0,4670,32
0,467há armadura
chega-se a:  1,468
comprimida) e a retirada do escoramento com
t = tempo, em meses, onde se deseja o valor da flecha diferida
Δξ 1,468  (t )  (t 0 )  2  0,68  0,9960,2  0,250,32  1,56
αf    1,468
1  50
Com ’ = 0 (não há armadura comprimida) e a ρ'  do1 escoramento
retirada  f   /(1  com
50   ' uma semana
)  1,56 / 1  1,56(0,25
meses), chega-se a:
 500
a a (1   )  1,42  (1  1,56)  3,63 cm  a    2,0
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas

at,   at,0  1  f   1,47  1  1,468  3,62 cm  alimite 
500
  2,0 cm
250 250
Entretanto, existe ainda o recurso de aplicar uma contra-flecha (-acf);
Considerando a limitação visual após a entrada da carga g2, deve obedecer:
Para o tempo infinito:

 acf  a(g1  g2  0,4.q) 
250
 acf  at  2,0  - acf  3,62  2,0  resultando  - acf  - 1,62 cm

Assim, uma contra-flecha de 1,62 cm, resolve o problema, como verificado a seguir:
-Logo após a entrada da sobrecarga permanente: a = 1,09 – 1,62 = -0,53, que em
módulo é menor que o limite de 2,0 cm;
-No tempo “infinito”, depois de transcorrida a fluência e atuando a flecha da ação
quase permanente: a = 3,62 – 1,62 = 2,0 cm, que é o limite de flecha;
Verificação da necessidade de armadura de
cisalhamento
Como já foi dito, o ideal é que a laje nervurada não necessite de armadura de
cisalhamento (desde que não haja cargas concentradas ou lineares); isso é obtido
se: Sd ≤ Rd1, ou seja, se a tensão de cisalhamento devida a VSd for menor que
aquela resistida apenas pelo concreto;

VSd é igual a reação de cada nervura nas vigas de apoio; para o carregamento total
de 3,80 kN/m em uma nervura e vão de 5,0 m o que resulta em:
1,4  3,8  5,0
VSd   13,3 kN
2
A resistência de projeto ao cisalhamento é dada por:

VRd1  τRd.k.1,2  40.ρ1  0,15.σcp .bw.d


Verificação da necessidade de armadura de
cisalhamento
fctk, inf 0,25
Rd  0,25  fctd  0,25    0,7  0,3  3 fck 2
γf γf
0,25 kN
τRd   0,21 20  0,276 MPa  0,0276 2
3 2

1,4 cm
cp = 0 - (não há força de compressão longitudinal na seção)

k  1,6 - d  1,6 - (0,25 - 0,026)  1,376  1,0

Asl 1,75 cm2


ρ1    0,0087 2  0,02
bw  d 9  (25 - 2,6) cm
VRd1  0,02761,376 1,2  40  0,0087  0,15 0 9  (25 - 2,6)  11,85 kN

Como VSd = 13,3 kN é maior que VRd1 = 11,85 kN, há necessidade de armadura
transversal, neste caso, para evitá-la, o melhor é aumentar a largura da nervura
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Fazendo VRd1 = VSd = 13,3 kN 11,85 kN, tem-se:

13,3  0,02761,376 1,2  40  0,0087  0,15 0 bw  (25 - 2,6)


bw  10,06 cm
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Observações:
– A espessura média de concreto neste exemplo é de 10,5 cm;
– No caso de se utilizar uma laje maciça com a mesma espessura
(10,5 cm), o consumo de armadura para atender o ELU seria de
6,76 cm2 (por faixa de 0,54 m);
– Foi considerado na verificação do ELS de deformação excessiva o
contorno da laje indeslocável na vertical, no caso de haver vigas
deformáveis neste contorno as flechas das mesmas deveriam ser
consideradas no dimensionamento;
– Havendo continuidade na laje (considerando faixa maciça junto
aos apoios e lajes vizinhas), o valor da flecha inicial (imediata)
cairia drasticamente;
– Um programa de grelha equivalente não linear obteria a flecha
mais próxima da realidade;

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