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HISTÓRIA E TEOLOGIA

DE MISSÕES

REV. FRANCIVALDO F. PINHEIRO

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Curso: Médio de Teologia; Ano: 2018; Etapa: 1º semestre; Aula: terça-feira; Local: IBAA

Disciplina: Missões – História e Teologia de Missões

Prof. Rev. Murilo Assis Silva Brandão

- Pré-requisito: Não há

- Ementa: Estudar o conceito teológico de missões e a missão da igreja, como,


os porquês e o movimento missionário nas diferentes épocas da História bíblica
e da igreja.

Justificativa da Disciplina no Curso - Muitos têm falado em missões, escrito


sobre este assunto, mas, por outro lado, não se tem passado uma visão correta
de missões, e por isso, temos tantos vícios missiológicos. Às vezes se tem
passado uma visão romântica da tarefa missionária, por isso, temos visto tantas
frustrações daqueles que tentam fazer a missão. Portanto, nosso curso vai
mostrar que o desejo de Deus para sua igreja é que faça a sua missão, mas, por
outro lado, da maneira Dele, e seguir a sua maneira, muitas vezes, pode trazer
crises e dificuldades.

Objetivo do Curso - Oferecer uma visão bíblica sobre missões e ao mesmo


tempo desfazer alguns mitos missiológicos, para que o aluno desenvolva um
ministério dinâmico e integral no seu campo missionário. Nosso objetivo é levar
o aluno a ter a visão correta de missões.

Metodologia - Aulas expositivas e interativas; grupos de discussão, pesquisas,


trabalhos acadêmicos, leituras obrigatórias e provas.

Avaliação:
a) Leitura obrigatória: Livro de Ronaldo Lidório: Missões, o desafio continua –
entrega dia 24 de Abril de 2018.
b) Realizar entrevista com um missionário (Relatório) – Entrega dia 29 de Maio
de 2018.
c) Provas nas datas estabelecidas pela secretaria do IBAA

Conteúdo programático

HISTÓRIA DE MISSÕES
Aula 1 – Apresentação
- Auto-apresentação e apresentação da turma.
- Apresentação de conteúdo, entrega de ementário e apostila.
- Definição de trabalhos (tipo de trabalho e data de entrega).

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Aula 2 – Missões nos tempos bíblicos
- Definição de missões
- A grande comissão
- As viagens missionárias de Paulo
- Missões realizadas por outros apóstolos e discípulos

Aula 3 – O início das missões modernas


- Calvino e as missões
- Os morávios
- Conde Zinzendorf

Aula 4 – Missões no sul da Ásia Central


- William Carey
- Adoniram Judson
- Henry Martin

Aula 5 – Missões na África negra


- David Livingstone
- Robert e Mary Moffat

Aula 6 – Missões no Extremo Oriente


- Hudson Taylor
- Robert Morrison

Aula 7 – Atuação missionária no Brasil 1


- Tentativa missionária calvinista no Rio de Janeiro
- Calvinismo no Nordeste
- Primeiros missionários protestantes

Aula 8 – Atuação missionários no Brasil 2


- Missionários pentecostais
- Expansão pentecostal

Obs.: A primeira parte buscar no livro: Missões até os confins da Terra de Ruth
Tucker. Vida Nova, 2010 (Essencial). Não tem na apostila.

Aula 9 – Avaliação

TEOLOGIA DE MISSÕES
Aula 10 – O significado de História e Teologia de Missões

Aula 11 – Por que a Igreja deve fazer a missão de Deus?

Aula 12 – Missões e símbolos de fé

Aula 13 – A Base Teológica da Missão; O enfoque teológico da missão; E a


motivação histórica e teológica da missão.

Aula 14 – Eleição e missão

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Aula 15 – A Missão de Jesus nos Evangelhos e Atos

Aula 16 – História de missões na Igreja Primitiva

Aula 17 – O lugar da oração na obra missionária

Aula 18 - Avaliação

Bibliografia

CARRIKER, C. Timóteo, Missões e a Bíblia – Princípios Gerais; São Paulo, Vida


Nova, 1992.

GEORGE, Timothy. Fiel Testemunha: Vida e Obra de William Carey. Vida Nova,
1998.

GONZALES, Justo L.; Orlandi, Carlos C. História do Movimento missionário.


Hagnos, 2010.

GREEN, Michael. Evangelização na Igreja Primitiva, 2 ed. Vida Nova, 1989.

LIDÓRIO, Ronaldo, Missões, o desafio continua, JME da IPB, 1992 (Essencial)

NEILL, Stephen. História das Missões. Vida Nova, 1989.

NOLL, Mark A. Momentos Decisivos na História do Cristianismo. Cultura Cristã,


2000.

TUCKER, Ruth. Missões até os confins da Terra. Vida Nova, 2010 (Essencial)

WINTER, Ralph D., Steven C. Hawthorne e Kevin D. Bradford (org.).


Perspectivas no movimento cristão mundial. São Paulo: Vida Nova, 2009.

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HISTÓRIA E TEOLOGIA DE MISSÕES
1.1 - Significado
Antes de mais nada vamos entender o que significa história e teologia
de missões1. Vamos começar com o termo teologia até para tirar alguns mal
entendidos que no decorrer da história tem havido, pois para alguns, teologia
não tem relação 2com missões e missões não tem nada haver com teologia,
pois isso muitos querem ser teólogos, mas não querem ser missionários e muitos
missionários não querem ser teólogos. Mas, quando olhamos para a Escritura e
para a história, vamos perceber que, os grandes teólogos foram os maiores
missionários e os grandes missionários sempre foram grandes teólogos. Então
vamos lá:

Teologia - Para algumas pessoas, teologia é coisa do diabo e no mínimo,


coisa do homem. Para tirar este mal entendido, daremos o significado desta
palavra. Teologia vem de duas palavras grega – Teo que Significa Deus - Logia:
que significa estudo, instrução, conceitos. Então, teologia é o estudo de Deus ou
ensino das coisas relacionadas a Deus ou teologia é a matéria que estuda as
doutrinas (ensinos) acerca de Deus reveladas na Escritura sagrada.

Portanto:
1) A teologia é Divina; isto é, ela compartilha com a divindade. A verdade
básica em Teologia é a realidade de Deus ativamente comunicando Sua vontade
na história; quem ocupa o lugar central no estudo da teologia é o próprio Deus.
A teologia tem como meta a verdade de Deus. Devemos lembrar também que o
objetivo final da teologia é levar os homens ao conhecimento de Deus, de si
mesmo, sua queda e sua redenção;
2) A teologia é Bíblica Porque só podemos conhecer Deus de fato
através da Sua revelação nas Escrituras. Não poderíamos conhecer Deus se Ele
não houvesse se revelado na Sua Palavra. A Teologia deriva seu conhecimento
da vontade do Deus da Bíblia. Ela reivindica somente uma fonte de informação:
a Escritura, os sessenta e seis livros canônicos do Antigo e Novo Testamento.
Como o profeta Daniel diz: "Entendi pelos livros..." (Dn. 9:2).
Calvino disse: Devemos "falar onde a Escritura fala e silenciar onde ela silencia”.
A fonte principal da teologia reformada é a Escritura. A Escritura sempre deve
ter a primazia no estudo da Teologia. Ela é a única regra de fé e prática para o
teólogo Reformado. Ela é a fonte primária e final no julgamento da Teologia,
porque ela é a Palavra inspirada de Deus. De acordo com a Teologia Reformada

1 Deve-se entender que o termo missão não se encontra nas Escrituras. É um termo latino que vem dos
verbos “mittere” e “missum” cujo sentido é deixar ir, partir, soltar. Posteriormente veio a significar mandar,
enviar, licenciar, despedir. O substantivo masculino “missus” tem o sentido próprio de deixar ir ou enviar. E
o substantivo feminino “missiones” tem o sentido próprio de despedida, soltura, libertação, que é
exatamente a missão daquele que foi enviado. Quando olhamos para o novo testamento, vamos encontra
a palavra apóstolos (enviados), que vem do verbo apostello ), que significa enviar. É por isso
que para Charles Van Engen no seu livro “Povo missionário, povo de Deus”, missão é o apostolado
transferido a Igreja. (Jesus enviou os apóstolos, agora esta tarefa é da igreja). Para Charles Van Engen “A
Igreja torna-se missão ao seguir o Senhor como comunidade apostólica em movimento dinâmico constante,
anunciando o evangelho do reino da luz em meio ao reino das trevas (Vê pg. 98, 99).
2 Teologia e missões tem relação sim senhor, porque se você não souber de Deus, dos feitos e das

maravilhas de Deus você não pode realizar a missão que Ele te confiou, que foi exatamente anunciar Deus
e os seus grandes feitos ou sua grande missão em relação ao homem caído (rev. Fran).

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o campo de pesquisa e a norma da Teologia, portanto, é a Escritura (Sola
Scriptura).
3) A teologia é Histórica por que estuda o Deus que se revelou e se manifestou
na história da humanidade progressivamente;

4) A teologia é Redentiva – Porque vemos Deus se revelando na condição


perdida do homem. Deus se preocupando com a situação de desespero do
gênero humano. Vemos que o propósito de Deus na história é trazer os homens
de volta a Si mesmo através de Jesus Cristo (2Co. 5:19); e, historicamente, a
revelação de Deus aparece somente em conjunção com a Sua redenção. A
Teologia preocupa-se com a auto-revelação de Deus e com a Redenção desse
Deus em relação ao homem perdido. Em outras palavras, a teologia constitui-se
basicamente da descrição e interpretação da atividade divina na redenção do
homem. É por isso, que a Bíblia resume–se em três momentos históricos:
Criação – Rebelião e Redenção.

Outra coisa que deve ficar claro é que e a Missão3 de redimir, salvar, libertar
e governar é de Deus porque a salvação do ser humano bem como a iniciativa
de produzir uma salvação concreta pertence exclusivamente a Deus e é uma
manifestação clara e marcante do seu amor, misericórdia e de sua graça (Ef.2:1-
4). É por isso que a missão4 da igreja é proclamar a salvação do Senhor dia
a pós dia diz o Salmo 9;2. A missão da igreja é anunciar, é espelhar a sua
glória5 e espalhar a sua glória; (Sl.96:3). A missão da Igreja é anunciar as suas
maravilhas (96:3). A missão da igreja é anunciar os grandes feitos históricos
de Deus em relação ao homem que se rebelou; A missão da igreja é mostra a
suprema riqueza da sua graça (Ef.2:7); A grande missão da igreja é divulgar é
ser testemunha dos grandes feitos e das maravilhas que Deus fez para libertar,
trazer de volta esse homem que se rebelou com Deus e as suas coisas.

3 No livro “A missão da igreja no mundo de hoje”, John Cut expõe o seu conceito de missão dizendo:
“Missão” quer dizer atividade divina que emerge da própria natureza de Deus. Ora, o Deus vivo da Bíblia é
um Deus que “envia”, eis aí, portanto o significado da palavra. Ele enviou os seus profetas a Israel e enviou
seu filho ao mundo. Este por sua vez enviou os apóstolos, os setenta e a igreja. Assim a missão da Igreja
resulta da própria missão de Deus, e nela tem de ser modelada (vê STOTT, John, Artigo “A Base bíblica da
evangelização”, In: A missão da igreja no mundo de hoje
4 Missão é uma incumbência, é uma tarefa, é uma função específica que se confere a alguém para fazer

algo. O missionário é aquele que tem a missão ou a função - tarefa de divulgar espalhar, propagar Deus e
seus feitos através da palavra de Deus. (http://www.significados.com.br/missao)
5 Glorificar -  é fazer uma pessoa ter boa opinião sobre alguém - é por isso que o Sl.19:1 diz que

os céus proclamam a glória de Deus. É tarefa da igreja manifestar a glória de Deus. Um dos propósitos da
igreja é ser luz no meio das trevas (Ef.5:)

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Entendendo a missão da igreja
Devemos entender ainda que o ensinamento do NT quanto à tarefa da
igreja6 se resume em três relações:

1) Para cima: em direção a Deus em culto e glorificação (profeta);

2) Para dentro: de si mesma em edificação, purificação, educação e


disciplina, pleno conhecimento de Cristo (rei);

3) Para fora: em direção ao mundo, em evangelização e serviço. E


nessa missão ela tem como tarefa principal conduzir o homem a um
conhecimento de Cristo como único salvador, e um compromisso resoluto com
Ele como Senhor. Temos que entender que assim como Jesus, nossa tarefa é a
de construir uma ponte entre Deus e homens, tornar-se mediador entre um Deus
Santo e um pecador arruinado. Assim a missão da Igreja resulta da própria
missão de Deus. (sacerdote)

Ou em outras palavras a missão da igreja é tríplice como tríplice são os


ofícios de Cristo; é por isso, que Jesus disse: “assim como o pai me enviou ao
mundo, assim eu envio vocês ao mundo” (João 17:18).
Precisamos saber que recebemos
• 3 MANDATOS:
• UM MANDATO ESPIRITUAL - RELACIONAMENTO COM DEUS
• UM MANDATO SOCIAL - RELACIONAMENTO COM AS PESSOAS
• UM MANDATO CULTURAL - RELACIONAMENTO COM AS COISAS
CRIADAS

A Igreja também tem a missão de ser profeta,


sacerdote e rei.
Ofício
Profeta Revelar a vontade de Deus às
Palavra verdadeiramente pessoas. Clamar por justiça e
pregada trabalhar para esse fim – desafiar,
alertar
Chamar á reconciliação das
Sacerdote Sacramentos devidamente pessoas com Deus, umas com as
ministrados outras e com elas mesmas.
Consolar, confortar, aconselhar
Por em ordem o caos. Conclamar
Disciplina mantida – padrão ao compromisso sério e organizar-
do reino – governo se – administrar com sabedoria os
Rei
recursos que Deus concede a ela

6a) Henry C. Thiessen elabora a missão da igreja em sete itens: Ele diz que o propósito da igreja é: glorificar
Deus, edificar-se, purificar-se, educar seu círculo, evangelizar o mundo, agir como força que impõe limites
e ilumina o mundo, promover tudo o que é bom (Vê p. 255, Teologia Bíblica de Missões de George W.
Perters, CPAD,2000). b) George W Pertrs diz que a tarefa principal da igreja é comunicar, inteligivelmente
e de forma eficaz, uma mensagem divina ao mundo, a fim de atrair o homem para uma relação viva com
Deus pela fé. (Ibid. p.256)

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Agora, como a igreja sendo de Deus (comunidade de discípulos de
Cristo), recebe a missão de Deus, por isso a igreja deve ser uma igreja
missionária, pois se assim não for, ela perde o direito à autenticidade e não pode
se considerar parte da verdadeira Igreja de Cristo. “A igreja só é igreja enquanto
missionária, do contrário ela se descaracteriza em seu real sentido de existir”.
Como afirmou NEWBIGIN: “Não se pode entender missão sem visualizar
a natureza da Igreja, e não se pode entender sem enxergar sua missão”.

Portanto percebemos que é responsabilidade da igreja levar as boas


novas de Jesus aos confins da terra. Ela recebeu a tarefa de fazer Jesus
conhecido em toda a terra.

Por isso a igreja deve entender:

1) Que Esta tarefa tem que ser prioridade da Igreja. Porque é uma
tarefa dada a igreja7. Mas para isso, Jesus tem que ocupar o centro da minha
vida. Se Cristo estiver em primeiro lugar de sua vida. missões também estará em
primeiro lugar. Se Jesus realmente ocupa o centro da minha vida, naturalmente
missões estará na frente. Se realmente estamos sendo sensíveis à voz do
Espírito, se Ele de fato está dirigindo as nossas vidas, naturalmente missões
ocupará o primeiro lugar, porque o Espírito nunca lhe dirá para dar seus restos
para missões (At.13:1-2). Agora Como Saber se missões ocupa o primeiro
lugar? - Quanto tempo de oração você tem investido na obra missionária? O que
você tem feito para ajudar que vidas sejam salvas? O que você tem dado? O
pior ou o melhor de você?

2) A Igreja Necessita do poder de Deus para cumprir sua missão. O


pré-requisito para o cumprimento da tarefa é o poder do Espírito Santo (1:8) O
Espírito não é apenas o capacitador (1Co.12:11), mas também é o realizador de
missões (Jo.16:8). Devemos entender que é claramente deduzido e entendido
pelo teor geral da Bíblia que tal tarefa só pode ser realizada através do poder do
Espírito Santo. Ele é o grande Superintendente, aquele que fortalece e sustenta
sua igreja. a tarefa, na última parte, é uma tarefa sobrenatural que exige recursos
sobrenaturais. A missão só é possível e eficaz se realizada no e através do
Espírito Santo.

3) Deus já estabeleceu a Estratégia da Igreja para realizar esta tarefa


- A Igreja realiza sua missão através da unidade dos fiéis (Jo. 13:34-35; 17:21-
23; At.2:44-47 9:31):
Sobre esta unidade devemos compreender:
1) A unidade da igreja já foi conquistada por Jesus (ef. 2:13-19). Foi em Cristo
que nos tornamos um. Portanto, sem Cristo, não há unidade!

2) A unidade é produzida pelo Espírito (Ef. 4:3). Já falamos que a unidade só


é possível em Cristo, agora, quem te leva a Cristo é o Espírito. Quem produz
esta unidade é o Espírito. Unidade é obra do Espírito;

7 Perters diz que: A evangelização do mundo é o imperativo do NT. O evangelho deve ser proclamado entre
todas as nações (MC.13:10). O advogado a realizar a tarefa é Espírito Santo, enquanto que a instituição
escolhida para a proclamação é a igreja de Jesus Cristo (Ibid. p.244).

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3) A unidade da igreja é essencial (1co.12:12-13) - se vivermos em comunhão
com Cristo, também viveremos em comunhão com aqueles que estão em
comunhão com Cristo. Somos chamados de igreja de Jesus. Por definição igreja
é a comunhão dos santos, é comunhão dos remidos, comunhão dos separados,
igreja é a comunidade dos chamados para viverem juntos, estarem juntos a
realidade essencial da igreja é comunhão. De modo que, se tirarmos comunhão
da igreja, não temos igreja. Por isso não tem jeito de viver só, pois: o próprio
Jesus orou para que fossemos um (jo.17:20-21), Paulo disse em 1co.12:27 que
somos membros uns dos outros

4) A unidade da igreja é uma luta - A nossa tarefa é lutarmos para mantermos


a unidade (Ef 4:3). Ela já foi conquistada por Jesus o que cabe a nós é lutarmos
pela unidade;

5) A unidade tem propósito (Jo.17:21) - qual o objetivo da oração de Jesus


pela unidade? a) para que o mundo creia que tu me enviaste (21); b) para que
o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como também amaste a
mim. (23)

Por isso, você que causa divisão; que traz confusão para a igreja de Cristo; que
semeia contenda entre os irmãos.

Lembre-se disso
1) Deus abomina a sua atitude (Pv.6:19)
2) Você está sendo instrumento do inimigo
3) Você está prejudicando a missão de Jesus na terra

Vejamos de maneira prática o papel da igreja


Henry C. Thiessen elabora a missão da igreja em sete itens: Ele diz que
o propósito da igreja é: glorificar Deus, edificar-se, purificar-se, educar seu
círculo, evangelizar o mundo, agir como força que impõe limites e ilumina o
mundo, promover tudo o que é bom (Vê p. 255, Teologia Bíblica de Missões de
George W. Perters, CPAD,2000).

George W Pertrs diz que a tarefa principal da igreja é comunicar,


inteligivelmente e de forma eficaz, uma mensagem divina ao mundo, a fim de
atrair o homem para uma relação viva com Deus pela fé. (Ibid. p.256)

Vamos falar da missão para fora: da missão em direção ao mundo; da


missão em relação à evangelização e seu serviço.

1º papel da igreja é: Proclamar perante todo o mundo, o amor de Jesus


Cristo; Proclamar o Deus encarnado, que por amor e misericórdia, entrou na
nossa história; proclamar Jesus como Senhor e Salvador, e anunciar o convite
de Deus aos pecadores para que entre na vida, através de Cristo.

2º Papel da igreja é: Responder com generosidade e compaixão a todas


as formas de necessidade humana – os que são novas criaturas em Cristo
devem pôr em prática a mesma compaixão que Cristo teve. Ao agirem assim,

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darão credibilidade ao evangelho que pregam a respeito de um salvador cujo
amor transforma pecadores naqueles que amam a Deus e ao próximo (Mt. 5:16).

• CAMINHADA HISTÓRICA

Igreja na era apostólica – os do caminho que é o primeiro nome dado


para os discípulos de Jesus entenderam os ensinos de Jesus e pregaram um
evangelho integral (no começo). Eles ensinavam as pessoas: (At.5.42) - Sobre
a necessidade de Cristo em suas vidas - como deveriam tratar as autoridades:
(Rm.13); Oravam pelas autoridades - Lutava contra a exploração dos mais
fracos, os oprimidos e explorados pelos ricos (Ef.6:5-9), E cuidava dos
necessitados (At. 2:45,47). Eles estavam transtornando o mundo (At.17:6) -
Estava no mundo, mas não se isolavam e nem se conformavam.

Patrística:- Sec. II – é um período de lutas, de sofrimento, de morte, onde


os cristãos são odiados pelo mundo – é o período apologético da fé cristã; –
Constantino (306-337 d.C.) Tornou-se Cristão - Teodósio - (378-395 d.C) Fez do
Cristianismo a religião oficial do império. Agora a igreja não só mais está no
mundo, não só abraça o mundo, mas se torna igual ao mundo – se corrompe
e ela perde totalmente o seu referencial, porque se apartaram do modelo do NT.
Agora começa a era das trevas – o período negro da igreja.

Na Idade Média –
- Período monástico – durante este período tudo da igreja foi
amplamente confinado aos mosteiros. Este é o período em que a igreja se isolou
do mundo. Tudo estava numa atmosfera de internamento e a abordagem era de
contemplação. Só para se ter ideia as 3 principais ocupações de um monge
era: trabalhos manuais; divina leitura, e o culto litúrgico. Veja que tudo isso
dentro do mosteiro – este é o período de vida de contemplação a qual Tiago já
havia rejeitado.

- Escolasticismo: onde o alvo era o conhecimento intelectual; Era do


questionamento, da especulação e debate. Este é o período onde todos querem
ser filósofos e não “piedosos”

Ai está o problema: De um lado a especulação – Escolasticismo. Do


outro a contemplação – Monasticismo. Perceba que tomaram dois extremos –
dois caminhos - Quando o correto é está no equilíbrio. Não existe dissociação
entre o que crê e o que se vive. A minha crença determina o meu viver ou o meu
viver é fruto da minha crença.

Ai vem a reforma
E O Grande Reformador João Calvino disse que a Igreja era responsável
em restaurar a sociedade e, por isso, tinha um ministério didático, um ministério
político e um ministério social.

1) Ministério Didático - Para Calvino, era responsabilidade da igreja


instruir, pela pregação da palavra, acerca dos princípios bíblicos sobre o
trabalho, descanso e os outros aspectos da vida (p.13) ·.

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2) Para Calvino A igreja tem responsabilidade política. E Ele divide
esta responsabilidade em três partes: Em primeiro lugar: A igreja como povo
de Deus deve orar pelas autoridades constituídas; Em segundo lugar. A igreja
deve advertir as autoridades, quando esquecerem o senso divino; Quando
abusassem do seu poder, quando cometessem injustiça, quando tolerassem
injustiça contra os pobres, os fracos e os oprimidos. Para Calvino as autoridades
representam Deus e quando estas estão falhando é papel da igreja exortá-las.
Por que para Calvino Igreja e estado são duas instituições procedentes de Deus
(Rm.13:1-2); Para Calvino Igreja e Estado são instrumentos de Deus para a
vinda do Seu reino na terra (ambos representam Deus). Mas a igreja é a
primícias de Deus e como primícias ela deveria exortar as autoridades a voltarem
aos princípios daquele que as representam (P.14-16). Em terceiro lugar, A
igreja também deveria, como parte de sua tarefa, tomar defesa dos pobres
e fracos contra os ricos e poderosos. Ela deveria constantemente alertar o
Estado a que proteja os fracos, os oprimidos e explorados pelos ricos, os que
não possuem poder político ou econômico, e que não tem proteção social. Neste
sentido, a igreja deve sempre denunciar ao estado os ricos que exploram a
miséria alheia em tempo de calamidade. Isto refletia o ensino da lei de Moisés e
do ministério profético, ao denunciarem a opressão social em Israel;
3) Para Calvino a Igreja tem uma tarefa Social - A igreja, segundo a
teologia social de Calvino, deveria envolver-se ela mesma no cuidado dos
pobres, dos órfãos e das viúvas – enfim dos necessitados – é isso sem fazer
distinção entre os da igreja e os de fora. É necessário observar que no
pensamento de Calvino o ministério social da Igreja era de apoio ao Estado. Para
Calvino, cabia ao governo civil, cuidar dos pobres, doentes e necessitados. Mas,
como se tratava de uma tarefa de enormes proporções, a igreja vinha como
apoio e auxilio, dando ela mesma assistência social onde necessário. Por isso,
disse que o Papel da igreja é: Responder com generosidade e compaixão a
todas as formas de necessidade humana os que são novas criaturas em
Cristo devem pôr em prática a mesma compaixão que Cristo teve. Porque
ao agirem assim, darão credibilidade ao evangelho que pregam a respeito de um
salvador cujo amor transforma pecadores naqueles que amam a Deus e ao
próximo (Mt.5:16). Por que a lei área de Cristo é: Vocês devem fazer aos outros
aquilo que gostariam que os outros fizessem a vocês porque esta é a lei e os
profetas (Mt.7:12)

Conclusão
- Uma das coisas que a igreja mais necessita hoje é ter uma consciência
sensível para o mundo que o cerca e apresentar soluções para esta sociedade
pós-moderna. Devemos tornar visível o Deus invisível que pregamos. Devemos
deixar de preguiça. Devemos nos levantar e partirmos ao trabalho, pois há
muitas coisas que precisam ser feitas e que podemos fazer. Há muitas pessoas
por aí precisando de nós! Que Deus nos ajude, nos acorde, nos desperte e nos
capacite, em nome de Jesus. Amém!

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POR QUE A IGREJA DEVE FAZER A MISSÃO DE
DEUS?
Existe um por que de Missões? Porque se fala tanto em missões? Por que
levantamos ofertas para a obra missionária? Muitas são as indagações, mas se
formos analisar de perto, vale apena fazer a missão que Deus deixou para a
igreja fazer e existem várias razões porque devemos realizar a missão de Deus.

A Primeira razão é porque Devemos ser imitadores de Deus. Ele diz que
devemos ser imitadores dele (Ef. 5:1) Deus fez missões: O Deus do VT é um
Deus Missionário (Jo.3:16, Jo.17:18). Jesus foi um missionário - Ele foi
enviado ao mundo para reconciliar os homens com Deus Pai e enviou os seus
discípulos; e a igreja precisa ser missionária, porque Missões fazem parte da
essência da igreja. Porque assim como Jesus foi um missionário e fez missões,
ele nos salvou e nos deu uma ordem missionária. Temos que entender que
Jesus faz um convite: vinde a mim e nos dá uma ordem: saiam por mim.

A Segunda razão é porque evangelizar é o melhor serviço que prestamos a


Deus aqui no mundo. No céu continuaremos louvando, adorando exaltando e
falando com Deus. Agora, evangelizar, ganhar vidas para Cristo, não podemos
fazer no céu. Este é um trabalho daqui e agora.

A Terceira razão é porque evangelizar é o melhor serviço que podemos


prestar as pessoas. Saibam disso; as pessoas não só precisam de roupas,
saúde, abrigos, conhecimentos e convívio. Elas precisam principalmente de
Deus. Essas outras coisas são passageiras e você pode até dar a elas, mas não
durará para sempre, mas ajudar levá-las a Deus, isto é para sempre e só os
discípulos de Jesus podem e devem fazer (1Pe. 1:12);

A quarta razão é porque fomos salvos para proclamar as maravilhas de


Jesus (1Pe. 2:9). Somos salvos para salvar outros, fomos chamados para
chamar outros, fomos resgatados para resgatar outros, fomos libertos para
libertar outros. Esta é nossa missão: “fazer Jesus conhecido de todos os povos”;

A Quinta razão é porque evangelizar é um imperativo Divino – evangelizar é


uma ordem de Jesus – evangelizar é mandamento de Jesus. Não é uma opção
para o crente (Mc. 16:15) e mais, não obedecer é pecado;

Sexto, Porque eles8 não ouvirão se não há quem pregue (Rm. 10:13);

Sétimo, Porque é um privilégio (1Pe. 1:12). Pedro vai dizer que os anjos
queriam fazer esta tarefa, mas Deus confiou esta tarefa a mim e a você;

8-Existem 24.000 povos espalhados pela terra. De todos os obreiros evangélicos no mundo cerca de 97%
(1992) estão atuando hoje dentro os 12,000 povos já alcançados pelo evangelho e apenas 3% de todos os
obreiros atuam hoje entre os 12,000 povos não alcançados pelo evangelho e como ouvirão se ninguém vai
pregar? (Vê p.43 do livro Missões o desafio Continua de Ronaldo Lidório, Editora Fronteira – JME/IPB,
1992)

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Oitava razão é porque glorificamos a Deus e levamos outros a glorificar o
seu nome. Essa deve ser a nossa maior motivação para evangelizar: a glória de
Deus (Rm. 16:27 e Sl. 67).
Veja que o principal motivo para missões se encontra no v.27 de Rm. 16:
Deus chama um povo para proclamar no mundo o Messias prometido a todas
as etnias, revelar-lhes as Escrituras proféticas, falar-lhes do Seu
Mandamento eterno e levar-lhes à obediência por fé, e isto em todas as
nações, motivados por um desejo profundo de Glorificar o Seu Nome. Somente
olhando para a glória de Deus é que entenderemos os mártires, as lutas, os
sacrifícios, as vitórias e os chamados missionários. A glória de Deus. Este é o
maior e mais importante motivo para entregarmos nossos filhos, nossas
finanças, nossos joelhos no chão e lutarmos com todo o nosso ser e
empreendermos todo o nosso esforço para que as nações ouçam de Jesus: A
glória de Deus! (Depois teremos uma aula só desse tópico – a motivação da
missão)

A Quem Devemos Ir?


Aquém devemos levar a mensagem das boas novas? A quem devemos
proclamar as maravilhas de Jesus? A resposta para esta pergunta se encontra
em Marcos 16:15 que diz: “disse Jesus as seus discípulos vão (ou à medida que
vão) ao mundo todo e preguem o evangelho a toda criatura”. Portanto, meu
querido, o evangelho deve ser comunicado a Toda Criatura. O evangelho (boas
novas) deve ser levado não a alguns poucos, mas a todo mundo – e a toda
criatura do mundo todo. Á todas as pessoas, a todos os povos. O evangelho
deve ser anunciado a todas as pessoas independente de sexo, raça, cultura, cor
e condição socioeconômica. A ordem de Jesus aos seus discípulos é ir a todas
as classes, a todas as cidades, vilas, a todos os países e a todos os continentes.
Para os discípulos de Jesus não existem fronteiras, porque sua missão é
universal; é missão até os confins da terra. O testemunho do evangelho deve
abranger todos os homens. A nós cabe a responsabilidade de levar o evangelho
a todas as pessoas da terra, porque a ordem de Jesus é para todas as pessoas
(Rm. 1:14). Precisamos entender que o evangelho que pregamos é poderoso
para transformar vidas (Rm.1:16), por isso nosso testemunho abrange a todos
os homens: a) Judeus, Gentios, Intelectuais ou Não (At. 17:16-18; 1Co.1:26-31);
b) Todas as Nações (Mc.13:10; Mat.28:18-20; At.1:8); c) Samaritanos (inimigos
mortais) [At.8:5,25]; d) Pobres e Simples (Mat.11:25; Lc.4:18); e) Pessoas
Influentes (Gl.2:2). A nós cabe a responsabilidade de pregar o evangelho a todas
as pessoas da terra. E devemos fazer assim porque a mira de Deus é todos os
povos. A visão da missão de Deus é todas as nações. O palco da missão
de Deus é toda terra9. O relato bíblico estabelece o palco de missões o mundo
todo. O escopo de Deus é o mundo criado. Nele, a mira de Deus está fixada. A
esfera da preocupação de Deus é universal. Para provar isto vamos fazer uma
caminhada na Escritura:

9- Stott nos diz uma coisa interessante: O AT começa não com Abraão, mas com Adão (que é o pai da raça
humana); não com a aliança, mas com a criação; não com a raça escolhida, mas com a raça humana. O
AT declara que Javé, o Deus de Israel, não era um deusinho tribal de estimação como Camos, o deus dos
moabitas, ou Milcom, o deus dos amonitas, mas o criador dos céus e da terra, o Senhor das nações, o
Autor e Conservador da Vida (Vê p.364, Ouça o Espírito, Ouça o Mundo, ABU, 1998)

13
1 – Em Adão - Na criação – disse Deus a Adão: “sede fecundos, multiplicai-
vos, enchei a terra (Gn.1:26-28);

2 – Em Noé – Depois o homem se corrompe, Deus o destrói e começa tudo


de novo com Noé. Agora veja o que Deus disse a Noé: “Sede fecundos,
multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn.9:1). O mandamento de Deus a Adão
continua o mesmo para Noé e sua família. Eles deveriam ser os novos
embaixadores - missionários de Deus por todo o mundo, por toda terra.

3 – Na torre de babel – a torre foi construída para ser um símbolo de


unidade, um lugar onde as pessoas pudessem se reunir. Buscava-se segurança
com essa união, tendo em vista os perigos desconhecidos da terra despovoada.
Eles disseram: “Não queremos nos espalhar por toda a terra. Não vamos
obedecer ao primeiro mandamento de Deus e espalhar seu domínio por todo o
mundo”. O que Deus Fez? Deus os forçou a isto, confundindo-lhes as línguas,
exigindo, assim, a separação entre povos e nações,

4 – Em Abrão - Foi chamado para sê benção a todas as famílias da terra


(Gn.12:3); neste texto vemos o propósito salvífico de Deus, ou seja; de abençoar
o mundo inteiro através de Cristo que seria semente de Abrão. Nós somos
beneficiário da promessa feita a Abrão. “Se sós de Cristo”, escreveu Paulo,
“também sóis descendentes de Abraão, e herdeiro segundo a promessa”
(Gl.3:29)

5 – Em Israel – Esta nação seria instrumento de Deus10 para atingir seu


alvo, que continuaria a ser o mundo todo.

Por Exemplo:
a. Josué – Js. 4:23-24: Para que todos os povos da terra
conheçam que a mão do Senhor é forte; a fim de que temais
ao Senhor vosso Deus todos os dias;
b. Davi: Sl.66:4,7,8; 67;72:11,17; 86:9;96:3;98:2,4;117:1
c. Salomão – 1Rs.8:43; Is.56:6-8
d. Os Profetas: Eles viviam lembrando e tentando ampliar a
visão do povo de Israel quanto à questão do propósito da
eleição deste povo- ser testemunha às nações, atrair às
nações ao Deus verdadeiro.
Isaías. 45.22,23;
Sofonias 3: 9
Malaquias 1:11
Zacarias 9:10

10- Stott diz que o trágico no AT é que Israel vivia se esquecendo do escopo universal da promessa de
Deus. Eles negligenciavam o fato de que Deus havia escolhido uma família a fim de abençoar todas as
famílias. Passaram a preocupar-se consigo mesmos e com sua própria história. Chegaram ao ponto de
perverter a verdade da eleição divina, interpretando-a erroneamente como favoritismo divino, o que os levou
a se vangloriarem de seu status privilegiado e a suporem que eram imunes ao juízo de Deus. Assim os
profetas tinham que viver tentando ampliar a visão deles, lembrando-os de que o propósito de Deus através
dos descendentes de Abraão era abençoar as nações (Sl.2:8;72:11;Is.49:6;Is.2:2) (Vê ibid.p.365-366).

14
Assim, conforme o AT, desde a criação do mundo, alcançando a história
de Israel e as profecias dos antigos profetas, Deus tem preparado seu povo para
a grande missão de levar seu domínio a todo canto e a todos os povos da terra.

Resumindo: Desde o início, o chamado de Israel foi para alcançar todas


as famílias, nações da terra. O propósito no chamar Israel era mostrar ao mundo,
pela história deste povo, o caminho da salvação, onde todos pudessem gozar
esta benção.
O foco no mundo se destacou. Uma ênfase que nunca se perdeu na leitura
do VT foi:
Na história de Israel, a atuação de Deus para com seu povo tinha um
propósito maior: alcançar as nações! Um exemplo vemos em Js. 4.23,24.
Os milagres de Deus não eram para Israel, era uma forma de conduzir as
nações à salvação. Temer significa ter fé na aliança. Davi compreendeu este
propósito maior de Deus, diante de Golias disse: “toda terra saberá que há
Deus em Israel” (1 Sm 17.45,46)

6 – Nos Evangelhos - No Evangelho de Mateus encontramos o


maravilhoso convite de Jesus: “Vinde a mim todos os que estão cansados e
sobrecarregados....
No Evangelho de marcos está expresso o mandado de anunciar o
evangelho para toda criatura, porque a mensagem de Jesus deve ser divulgada
em todo o mundo (Mc.13:10)11;
No Evangelho de Lucas vemos o autor dizendo que Jesus veio salvar e
buscar o perdido (Lc.19:10);
No Evangelho de João, Cristo é a luz que ilumina todos os homens (1:4).
É em João que somos informados de que: Deus amou o mundo. (3:16); Deus
enviou o seu Filho ao mundo..... (Jo.3:17); Cristo é o cordeiro que tira o pecado
do mundo, (1:29), em 10:16 Cristo disse que “ainda tenho outras ovelhas, não
deste aprisco”; Vemos também João dizendo que Cristo disse que quando o
Espírito Santo fosse enviado, Ele convenceria o mundo (16:8)12

Portanto devemos entender que no evangelho, chegamos a um ponto


culminante e decisivo, aonde mostra como Jesus cumpriu a visão missionária do
A. T. Ele foi o grande Missionário enviado pelo Pai. O evangelho relata a missão
de Jesus, e a ordem aos seus discípulos de continuar a obra que ele começou
(Jo.17:18), portanto a obra missionária não terminou com Ele. Um dos
evangelistas, Lucas, continua a história num segundo volume, atos, que relata o
nascimento e a missão da Igreja primitiva. A Igreja primitiva fundamentou seu
chamado à missão nas palavras de Jesus aos seus discípulos, após a sua
ressurreição.

7 – Atos dos Apóstolos - Em Atos dos apóstolos temos a famosa


declaração que os discípulos de Jesus deveriam ser testemunha de Jesus
começando de Jerusalém, onde eles estavam, até os confins da terra (1:8); É
interessante notar que os evangelhos terminam, e Atos começa com esta
comissão (Mt.28:19 e At.1:8). E Atos relata o nascimento e o crescimento duma
11Vê p. 46, Teologia Bíblica de Missões, George W. Peters)
12George W. Peters falando de João 16:8 e 12:31-32 diz: “O Espírito está condenando os homens em todos
os lugares, e Ele (o Espírito) está escolhendo homens dentre todas as nações para Cristo” (Vê Ibid, p.48).

15
igreja em missão, por entender que igreja por natureza é uma igreja Missionária
– que expande o domínio (reino) de Deus por todo a terra.

8 – Nas cartas - Vemos as igrejas das Epistolas sendo igrejas missionárias


(Cl.1:6; atos.1:8), onde a grande preocupação dos apóstolos é ensinar a igreja a
alcançar os não alcançados (Rm.16;20-21)

9 – Apocalipses. Terminamos com Apocalipse, onde o clímax é um clímax


missionário e ali estão reunidas diante do cordeiro gente de todas as nações,
todas as raças e tribos (Ap.5:9). Desta forma percebemos que Cristo é o Cristo
de toda humanidade e o Senhor de todo o cosmos. E diante disto fica evidente
que não há nada particularista no ensinamento focal de Cristo.

Por isso, não devemos esquecer que, a visão da missão de Deus é


todos os povos. O relato bíblico estabelece o palco de missões o mundo todo.
O escopo de Deus é o mundo criado. Nele, a mira de Deus está fixada. A esfera
da preocupação de Deus é universal13.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE. Devemos entender que quando


aparecem os textos contendo as expressões mundo, todos, humanidade, toda
criatura, todas as nações, todos os homens, tais frases foram usadas pelos
escritores do NT, não para dizer que todo do mundo creria em Jesus ou que
seriam salvos, mas para, enfaticamente, corrigir a falsa noção dos judeus, que
pensavam que a salvação fosse destinada apenas a eles. Estas expressões
pretendem mostrar que Cristo morreu por todos os homens, sem distinção (tanto
judeus como gentios, igualmente).
Nem sempre o termo todos (  ) quer dizer todos do mundo inteiro
(Col.1: 6, 23,28; Rm.1:8). Ex.: se eu dissesse: todos irão fazer isto, eu estaria
falando de todos os do mundo, ou de todos os da sala? Mas os todos quer dizer
que não há distinção, acepção (nunca exceção). Todo o mundo quer dizer que
em cada parte deste mundo (planeta, cosmo) existem aqueles que são de Deus
é por isso que Ap.5:9 não diz todas as pessoas de todas as nações, mas que
Jesus foi morto o com o seu sangue compraste para Deus os que procedem de
toda tribo, língua, povo e nação. Ou seja, todos os povos, línguas e nações terão
representantes. Quero trabalhar com vocês Mt.11:28. Agora volta para os v.25-
27. Quem são esses todos?
Portanto percebemos que é responsabilidade da igreja levar as boas
novas de Jesus aos confins da terra. Ela recebeu a missão de fazer Jesus
conhecido em toda a terra. Mas parece que nisto temos falhado, assim como os
judeus do VT, pois queremos fazer distinção de pessoas, cor, raça e posição.
Mas não podemos esquecer que a ordem de Jesus é para todas as pessoas.
Esta é nossa missão: “fazer Jesus conhecido de todos”. Precisamos anunciar as
boas novas de salvação a todas as pessoas! Não podemos negligenciar! Agora
eu preciso entender que evangelizar é expressar o que eu possuo em Cristo e
explicar como vim a possui-lo. No sentido mais real, evangelização é exibir o
todo do caráter de Deus - Seu amor, Sua justiça, Sua integridade e a Sua
fidelidade através das particularidades da vida cotidiana. Portanto, a

13 - É universal no sentido de que o evangelho deve ser pregado a todas as nações e que a igreja deve ser
constituída de indivíduos de todas as nações diz George W. Peters em seu livro Teologia de Missões. (Vê
ibid p. 51)

16
evangelização não é uma atividade especial a ser realizada numa hora
determinada ou num final de semana. É o curso, o caminho espontâneo e
constante de nossa experiência individual e coletiva em Cristo. Evangelização é
o que Cristo faz através das atividades de seus servos à medida que eles são
envolvidos na proclamação, comunhão e serviço e a onde estão ou foram
colocados.

Por causa de quem devemos evangelizar? Por causa de quem


devemos ir. Sobre isso temos algumas respostas:

Em primeiro lugar, devemos pregar o evangelho por causa do amor de


Deus e a Deus. A palavra de Deus nos diz que Deus é amor e o seu amor deve
ser conhecido em toda terra. Ela também diz que devemos amar a Deus e uma
das maneiras de dizer que amamos a Deus é fazer o que Ele mandou- ser
obediente (Jo.14:15;21;15:14);

Em segundo lugar, devemos evangelizar por causa da situação do pecador.


E Lc.19:10 diz que a real situação do homem sem Deus é que ele está perdido,
se está perdido, então: ele não sabe de onde veio; ele não sabe onde está; ele
não sabe para onde vai; ele não sabe que vai lhe acontecer. Por isso entra em
pane, se desespera (mete uma bala na cabeça);

Em terceiro lugar, devemos evangelizar por causa do tempo limitado do


pecador. Não sabemos quando o nosso amigo, parente vai morrer e não
sabemos quando Jesus voltará. Mas de uma coisa sabemos: se eles não
estiverem com Cristo, eles continuarão sem Cristo por toda a eternidade. É por
isso que a palavra de Deus nos exorta: prega a palavra (2 Tm.4:2), aproveite as
oportunidades (Cl.4:5). Não perca tempo (Ef.5:16). Hoje é dia de salvação
(2Co.6:2). O amanhã não lhe pertence. Salvação é urgente. Devemos pregar
porque eles não têm mais tempo- o tempo deles é limitado.

E em quarto lugar, devemos pregar por causa de nós mesmo – por causa
da nossa responsabilidade. Deus nos deu esta tarefa e temos que prestar conta
desta tarefa que Ele nos confiou. É por isso que a palavra de Deus nos exorta:
Se não fizer vou você é culpado (Ez.3:1814). É sua obrigação falar de Jesus
(1Co.9:16). James Kennedy disse: 95% dos cristãos hoje em dia, jamais
ganharam uma só vida para Cristo. Quero terminar perguntando: Você já levou
alguém a Cristo? Você deseja levar alguém a Jesus? Você já levou Cristo a
alguém? Você tem orado pela salvação de uma determinada pessoa? Gostaria
de fazer? Então comece hoje mesmo.

14- Deus aponta Ezequiel como um atalaia da casa de Israel e lhe dá a responsabilidade de advertir o povo
quanto ao juízo vindouro. Se ele deixar de dar ao perverso a advertência apropriada, e não tentar dissuadi-
lo dos seus maus caminhos, diz Deus o seu sangue eu o demandarei de ti. Aqui não se trata, evidentemente
do juízo universal quanto ao nosso destino eterno, mas de um julgamento particular do povo de Deus,
relacionado com a nossa vida e ministério cristão (2Co.5:10). ...Ou seja; a razão pelo qual nós procuramos
persuadir as pessoas quanto à verde do evangelho é que nós estamos diante do tribunal de Cristo, perante
o qual teremos de prestar conta um dia (2Co.5:11Cf.2Tm.4:1-2) (Vê p. 417, Ouça o Espírito,Ouça o Mundo,
Stott, ABU, 1998)

17
COMO UMA IGREJA PEQUENA E DE POUCOS RECURSOS PODE
REALIZAR A MISSÃO DE DEUS?
Às vezes olhamos para nossa incapacidade, fraqueza, tamanho de nossa igreja,
situação financeira, e ficamos desanimados, dizendo que é impossível. Ai vem a
pergunta: como podemos realizar a Missão de Deus? A resposta para esta
pergunta é: Confie no grande Deus da igreja. Porque o que faz a diferença não
é se a igreja é grande ou rica. Aliás não existe um só verso na Escritura dizendo
que só igreja grande e rica pode realizar a missão de Deus. A diferença, e o que
faz a diferença é o tamanho do Deus que a igreja serve. Precisamos entender
que o Deus da Igreja é o todo Poderoso. É aquele que é “poderoso para fazer
infinitamente mais do que tudo que pedimos ou pensamos, conforme o seu
poder que opera em nós” (Ef.3:20). Precisamos olhar para Deus e crer em seu
poder. Ele do nada fez tudo. Precisamos orar como o Rei Josafá orou quando
enfrentou um grande exercito. Veja o que ele disse: “Ah nosso Deus, acaso não
executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não força para
resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o
que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti” (2Cr.20:12). Aqui está
o segredo: tire os olhos das circunstâncias, e coloque-os no grande Deus! Se
tirar os olhos do Senhor e olhar para as circunstâncias você vai começar afundar
como Pedro (Mt.14:30). Agora veja a resposta de Deus no verso 15. Disse Deus:
“Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja
não é vossa, mas de Deus”. Precisamos entender que a obra é de Deus. A
missão é de Deus. Os recursos é Deus que manda. É Deus que sustenta a sua
obra. Somos apenas o instrumento de Deus. O que cabe a nós é rogar ao
Senhor da Seara. Veja o que Deus disse ao profeta Jeremias: “Invoca-me, e te
responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas que não sabes”
(Jr.33:3). O que cabe a nós é depender de Deus! É clamar a Deus. É falar com
Deus! Oração e missão seguem de mãos dadas. Só podemos avançar de
joelhos. Não é a tecnologia, mas a joelhologia é que faz a obra de Deus avançar.
Não podemos remover barreiras espirituais só com as estratégias e estruturas,
é preciso oração. A igreja trabalha mais rápido de joelhos do que de pé.
Devemos orar para que vidas sejam transformadas por Deus, portas abertas,
missionários abençoados e vidas salvas. Quando Jesus estava andando por vila
e cidade e vendo as multidões aflitas e exaustas e poucos trabalhadores disse
aos seus discípulos: rogai ao Senhor da seara MT (9:35-38). Perceba mais
uma vez que oração e missão seguem de mãos dadas e muitos na história da
igreja entenderam isso (ex. os irmãos Moravianos realizaram uma reunião de
oração que durou 100 anos interruptamente).
Treine os Crentes para a evangelização pessoal – você vai descobrir
coisas maravilhosas e pessoas dispostas a fazer a obra, às vezes eles não
fazem porque não sabem;

Desafie pessoas para o campo missionário – mediante pregação,


recomendações de livros, revistas (JNM; JME) e etc;

Desafie os crentes a contribuírem financeiramente - mesmo que seja


pequena a sua oferta e seu dízimo, desafie os crentes a serem fieis.

Associe sua igreja a outras, para enviar missionários – talvez a sua


sozinha não dê conta de fazer missões, una força com outra (s) ou junta, agência

18
e envie missionários aos campos que já estão prontos para a colheita, só são
poucos os trabalhadores e os que têm, alguns são ruins.

Portanto, meu querido, se seu desejo é ver a obra de Deus sendo realizada,
então confie no Deus da Igreja e se coloque a disposição dele, indo, contribuindo,
intercedendo e unindo a outros que deseja o mesmo que você. Por isso, de
maneira pratica, sozinho ou em grupo separe tempo (na sua casa, no templo e
etc.) no seu dia a dia para estar diante de Deus intercedendo, de forma
sistemática, pelos missionários (Ef.6:19) e suas famílias e equipes (Col. 4: 2 -4;
2Ts.3:1 e 2), pelas pessoas não alcançadas, pelos os já alcançados (Cl.1:9-12) e
pela igreja do Senhor para que ela avance sempre abundante na obra do Senhor.
Que Deus em Cristo nos ajude a não negligenciarmos a tarefa que Ele nos
confiou. Em nome de Jesus. Amém.

19
A BASE TEOLÓGICA DA MISSÃO
Uma Teologia de Missões é necessária porque precisamos entender que
a base teológica da missão se centra na Bíblia. Não se pode fazer missões sem
Bíblia porque:
1 – A Bíblia é o Fundamento. Precisamos, antes de qualquer atividade
missionária, ouvir o que a Bíblia diz. Missões tem fundamento em toda a Bíblia:
A Bíblia é básica na Evangelização e no conceito de Missões. A Bíblia é também
fundamental para a elaboração de uma teologia de missões. John Stott faz a
seguinte declaração: “Sem a Bíblia a evangelização do mundo seria não apenas
impossível, mas também inconcebível... John Stott apresenta quatro razões por
que a Bíblia é fundamental na evangelização. “Primeiramente, a Bíblia nos dá o
mandato de evangelização. Em segundo lugar, a Bíblia nos dá a mensagem. Em
terceiro lugar, a Bíblia nos dá o modelo para a evangelização. Em quarto lugar,
nos dá o poder para evangelizar”15. A Bíblia é básica na Evangelização e na
Teologia, porque ela é antes de tudo uma revelação de Deus. Por isso, os
missionários e os teólogos precisam fundamentar seu pensamento sobre a
palavra de autoridade, que é a Palavra de Deus.
2 – A Bíblia nos revela a nossa responsabilidade de fazer missões - John
Stott diz que a Bíblia coloca sobre nós a responsabilidade de evangelizar o
mundo; É a Bíblia que nos diz que somos exclusivamente “povo de propriedade
exclusiva” de Deus, a fim de proclamar as suas virtudes (Tt 2.14b e 1 Pe 2.9b).
A Bíblia contém textos que nos desafiam a evangelizar, como Mateus 28:18-20;
João 15:16 e At.1:8. É da Bíblia que saem os apelos evangelísticos, que são
expressões da vontade de Deus. Por exemplo: “Eu, eu sou o Senhor, e fora de
mim não há salvador” (Is. 43. 11). “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os
termos da terra; eu sou Deus, e não há outro” (Is 45.22). “Ah! Todos vós, os que
tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai
e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1).
“Buscai o Senhor enquanto se pode invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6).
“Vinde a mim, todos que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”
(Mt 11.28).
É na Bíblia que existe apelo missionário. Há na Bíblia apelo à salvação! O
imperativo missionário é encontrado na Bíblia.
3 – A Bíblia nos fornece o evangelho para fazer a missão - A Bíblia nos dá o
evangelho para proclamar - A Bíblia nos informa os poderosos atos de Deus e
nos dá uma interpretação fidedigna desses atos. As palavras e os atos de Deus
expressam o conteúdo da teologia de Missões. Nela encontramos respostas às
questões que são levantadas na evangelização, tais como: para que fim Deus
nos chama, que mensagem tem ele para hoje e como expressa-la. A mensagem
que ela proclama é autêntica, positiva e sem igual.

4 – A Bíblia nos mostra as estratégias de como realizar a missão - John Stott


diz que a Bíblia nos diz como fazer a missão e declara-se o poder de Deus para
a salvação daquele que crê (Rm.1:16). A Bíblia nos dá exemplo de como a
evangelização deve ser efetuada. Ela fornece a base, os métodos, os princípios,
os objetivos. Ela fornece a mensagem. De fato, sem a Bíblia não há missões!

15Ralphe D. Winter, Missões Transculturais, Editora Mundo Cristão, p.1 onde há uma mensagem de R.W.
J.Stott.

20
ENFOQUE TEOLÓGICO DE MISSÕES

Uma Teologia histórica de Missões é necessária porque precisamos entender


que O enfoque Missionário não pode ser antropocêntrico – Não podemos
dar margem a uma soteriologia a onde o homem esteja no centro. Mas o nosso
enfoque deve ser Teocêntrico16- É necessário que o pecador sinta que é ele
que precisa de Deus, e que Deus não é seu servo. Só podemos entender o
mandamento missionário a partir da perspectiva de Deus e à luz dos seus atos
redentivas na história desde a fundação do mundo.
Devemos entender que Deus na salvação do pecador requer a
evangelização sim (Ef. 2:8; Rm.10:13-17). Que As missões são necessárias
sim. E que a Igreja precisa realizar a sua tarefa evangelística, anunciando os
propósitos de Deus ao mundo, como responsabilidade sua, porque o Senhor
assim o quis, mas não como Deus sendo dependente disto. Como já vimos na
obra de redenção não há espaço para a ação humana. A obra redentora é
de Deus. A Redenção é obra de Deus e não do homem. Até a missão é Deus,
a igreja é apenas o seu agente.
Quando olho para o Salmo 100 aprendo que o meu culto, minha
adoração, meu serviço não pode ser antropocêntrico. O homem não pode
tomar o lugar de destaque no culto.
No culto não há lugar para se falar dos feitos dos homens ou do diabo.
Na nossa celebração o homem não pode ser o centro, não é do homem
que se deve falar mais (ou do diabo). Mas Deus deve ser o centro do nosso culto.
Primeiro porque celebrar é uma solenidade para enaltecer os feitos
heroicos de Deus; é uma solenidade que exalta a Deus; celebrar é uma
solenidade que engrandece o nome de Deus; celebrar é uma solenidade que
fazemos para elogiar o Senhor. Por isso no culto é Deus que deve ser celebrado.
O nosso culto deve ser focalizado na pessoa de Deus. O nosso culto deve
focalizar a dignidade de Deus, a beleza da sua pessoa e a perfeição do Seu
caráter. é por isso que o salmo diz que devemos bendizer o nome do Senhor e
bendizer. é dizer bem, falar bem do nome do Senhor;
Segundo, Note que no salmo, Deus é o centro; Note que a reivindicação
e a totalidade do serviço – o culto – a adoração é ao Senhor e a ninguém mais.
Veja que devemos celebrar ao Senhor – Servir ao Senhor – apresentar ao
Senhor – devemos dá graças ao Senhor e louvar o nome do Senhor;
Aprendo também que o salmista vai colocar sua ênfase no Senhor dando
as razões do por que devemos celebrar e servir ao Senhor. Veja que ele diz: 1)
Porque Ele é Deus; 2) Porque Ele nos criou; 3) Porque somos dele; 4) Porque
Ele tem cuidado de nós (- pastoreio); 5) Porque temos experimentado a bondade
de Deus; 6) Porque temos experimentado as misericórdias do Senhor; 7) Porque
temos experimentado a fidelidade do Senhor – que dura de geração a geração.
Perceba que a verdadeira adoração passa pelo entendimento de quem estou
adorando. O meu serviço ao Senhor é sempre associado ao reconhecimento de
sua graça.
O Senhorio do Senhor é o primeiro passo nas missões”. Os lemas da

16Com muita frequência focaliza-se mais a personalidade, a eloquência, a arte de argumentar e a conversão
do pecador, do que o evangelho de Deus. Outras vezes, o bem – estar do homem tem sido a única finalidade
da evangelização. A glória de Deus não tem sido levada em consideração (At.11:23) a salvação é resultado
de uma operação objetiva e subjetiva de Deus. Não é ação do homem. (vê. P. 22-23 Teologia de Missões,
A. W de Macedo, Cultura Cristã).

21
Reforma: Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fides, Sola Cristus devem ser o
fundamento de nossa fé evangélica e de nossa missão.
Portanto, Igreja não pode pensar em missões e evangelização partindo
do homem, mas do próprio Deus e a motivação dela também tem que ser Deus
e a sua glória. É isso que veremos a seguir!

22
MOTIVAÇÃO HISTÓRICA E TEOLÓGICA DA MISSÃO
O Missionário Ronaldo Lidório falando da motivação missiológica
pergunta:
Será que existem motivos para entregarmos nossos filhos, nossas finanças,
nossos joelhos no chão e lutarmos com todo o nosso ser e empreendermos todo
o nosso esforço para que as nações ouçam de Jesus? E ele responde: Somente
olhando para a glória de Deus é que entenderemos os mártires, as lutas e os
sacrifícios e vitórias dos servos de Deus na história! Aqui está o maior e mais
importante motivo para entregarmos nossos filhos, nossas finanças, nossos
joelhos no chão e lutarmos com todo o nosso ser e empreendermos todo o nosso
esforço para que as nações ouçam de Jesus: A glória de Deus!
Também no livro Evangelização & Missões de John Piper na
apresentação há uma citação de Tom Wells que diz: “A maior motivação para a
ação missionária é tornar Deus conhecido e levar todos os homens a adorá-lo”.
É isso que move todo esforço missionário, todo chamado e sacrifício. É o senso
da glória e majestade de Deus que deve levar homens e mulheres a deixarem
tudo, seu lar, família, conforto, pais cultura, para lançarem-se na tarefa de
anunciar entre as nações a sua glória e entre todos os povos, as suas
maravilhas”.
Essa de fato deve ser a nossa maior motivação para evangelizar: a glória
de Deus.
Paulo em Rm.16:27 nos diz que devemos anunciar o messias prometido.
Devemos anunciar os eternos mandamentos de Deus aos povos todos para que
eles, por meio de Cristo, glorifiquem o Deus único!
Veja que o principal motivo para missões se encontra no v.27 de Rm. 16:
Deus chama um povo para proclamar no mundo o Messias prometido a todas as
etnias, revelar-lhes as Escrituras proféticas, falar-lhes do Seu Mandamento
eterno e levar-lhes à obediência por fé, e isto em todas as nações, motivados
por um desejo profundo de Glorificar o Seu Nome.
Precisamos entender que a gloria de Deus deve ser a nossa maior
motivação para evangelizar!
O nosso principal motivo para anunciar o evangelho, para fazer missões
está aqui: A Glória de Deus.
A igreja precisa entender que proclamando a mensagem ela vai levar
outros a glorificar o nome de Deus.
Eu como membro da igreja de Deus devo evangelizar porque fazendo
isso, eu glorifico o Nome do Senhor e levo outras pessoas a glorificar o nome
do Senhor.
Eu devo entender, como diz o nosso catecismo, que a minha principal
finalidade é a glória de Deus! O nosso maior objetivo é glorificar o nome de Deus
Eu devo evangelizar para que as pessoas, os povos, as nações, as
famílias dos povos deem ao Deus verdadeiro a GLÓRIA que é devida ao Seu
Nome!
No salmo 96 vemos o salmista dizendo que deveríamos - v3 Anunciar
entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas Para que
as famílias dos povos tributem ao Senhor glória e força! Para que elas
tributem ao Senhor a glória devida ao seu nome
Perceba que para elas tributarem ao Senhor glória e força, elas precisam
ouvir das maravilhas de Deus.

23
Paulo diz que devemos fazer tudo para a glória de Deus! (1co.10:31) Por
isso, devemos anunciar o evangelho para que o nome de Deus seja glorificado
em toda terra! Esta deve ser a nossa motivação para realizar a missão de Deus17!

17Missões então só trará glória a Deus, se insistir em promulgar e estimular, plena fidelidade a amor ao
Mestre maravilhoso. A glória de qualquer projeto missionário, não poderá ser medida por nós, pois, só Deus,
tem esta prerrogativa, mas, a glorificação do Pai e do Filho, na direção do Espírito Santo, deverá ser sempre
nosso alvo, e neste capítulo, ela somente, poderá acontecer se pecadores, se tornarem discípulos de Cristo;
não meros ouvintes da Palavra, mas com certeza praticantes da mesma.

24
ELEIÇÃO e MISSÃO

A primeira coisa que devemos saber é que a doutrina da Eleição está em toda
Bíblia e não tem como se tirar eleição da bíblia 1Ts.1:4; Rm.9:11; Rm 11:5; Rm. 11: 7;
Rm.11:28; 2Pe.1:10). Quando olhamos para a Escritura vamos perceber que a Bíblia
fala de um povo eleito Mt.24:22, Mt. 24: 24; Rm.8:33). Spurgeon disse certa vez: “Nem
as mais Violentas deturpações das passagens da Bíblia vão ser capazes de exterminar,
das Escrituras, a doutrina da eleição”. Portanto, A BÍBLIA FALA DA DOUTRINA DA
ELEIÇÃO. Mas também fala que os salvos precisam anunciar o evangelho, pregar o
evangelho. Vejamos alguns textos para entendermos isso:
O texto de II Tess.2:13 diz: "por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação".
Aqui precisamos entender algumas coisas: Primeiro, a salvação depende da eleição 18 de
Deus19; Segundo, a eleição precede a salvação, a eleição não é salvação, mas é para a
salvação. Em outras palavras, os homens são salvos quando creem em Cristo, não quando são
eleitos. Portanto, devemos entender que a eleição não salva ninguém. O decreto da eleição em
si e de si mesmo, não causa qualquer mudança na vida do pecador. É por isso que Paulo em
2Tm.2:10 diz que havia no seu tempo muitos eleitos que ainda não eram salvos. Portanto, deve
ficar claro que a eleição não salva, ela somente marca pecadores particulares para a salvação
(a eleição é a raiz da salvação). Perceba que aqueles escolhidos pelo Pai e dados ao Filho
tinham de ser redimidos para serem salvos (Jo.6:37,44,45,65). Para assegurar a redenção deles,
Jesus veio ao mundo e tomou os pecados deles. E eles são salvos, não por aquilo que eles
fizeram ou farão, mas sobre a base da obra redentora de Cristo.
Para você entender o trabalho da Trindade na salvação:
O Pai – planeja a salvação;
O Filho – paga pela salvação;
O Espírito Santo – aplica a salvação no coração.

A obra de cada pessoa da trindade na salvação:


Quem O que fez Onde
Pai Eleição Eternidade
Filho Redenção Cruz
Espírito Regeneração Coração

Em outras palavras, para que o pecador fosse salvo, três coisas se fizeram indispensáveis: Deus Pai
teve que determinar sua salvação; Deus Filho teve que adquiri-la e Deus Espírito Santo teve que
aplicá-la. Deus faz mais do que simplesmente propor-nos a salvação. Se Deus nos convidasse,
apenas, estaríamos todos perdidos!20.
Outra coisa, a saber, é que a eleição não salva, (porque é para a salvação), mas todos os
escolhidos pelo Pai e dados a Cristo, serão salvos. O texto de Jo. 6:37 diz: “Todo aqueles que o
Pai me deu, estes virão a mim e os que vem a mim de modo algum lançarei fora”. Perceba que o
texto diz que, só virá a Cristo os que foram dados a Ele, e nenhum deles se perderão. Ou seja, todas
as pessoas por quem Cristo sacrificou-se serão salvas infalivelmente21. E eles virão porque primeiro o
texto diz que Todos os que o Pai deu a Jesus virão a Ele. Segundo, nenhum deles se perderá, ou seja;
todos os eleitos serão salvos; Em terceiro lugar, uma das características da eleição é que ela é
Irresistível22 ou eficaz. É por isso que o texto de Jo.6:37 é claro em dizer que aqueles que foram dados
pelo pai a Jesus, esses virão. Não tem jeito de não vir. Devemos lembrar também que, a Bíblia declara
inequivocamente que nada e ninguém podem frustrar os propósitos/planos de Deus (Jó. 42:2; Is. 14:24;

18
O texto de II Tess.2:13 diz: "por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação". Ou seja, a eleição precede a
salvação, a eleição é para a salvação
19
o Rev. Arival19 Dias Casimiro diz: A salvação começa com Deus e todo o plano da salvação nasceu no coração do pai;
20
Vê p.115, Deus é Soberano, A W Pink, Fiel)
21
Porque a morte de Cristo foi no lugar deles – foi substitutiva.
22
É irresistível porque nada se opõe à vontade divina.

25
46:10). Portanto, a eleição não salva, mas assegura a salvação 23 porque todos os eleitos serão salvos.
Todos os eleitos virão a Cristo24!
Outra coisa, a saber, é que a Eleição é obra de Deus Pai. É Deus Pai que escolhe
quem vai ser salvo e quem vai os salvar, e qual serão os meios de salvar. Vejamos estas
verdades em seus pormenores:
Quando olhamos para a Escritura vamos perceber que o Pai é autor da
Eleição. A eleição é uma bênção procedente do Deus Pai:
1) Em Ef. 1 4 diz que foi o Deus Pai que nos escolheu. Portanto, não fomos
nós quem escolhemos a Deus Pai, Ele é quem nos escolheu; Marcos 13:20 fala do
ELEITO, a quem Ele ESCOLHEU". Perceba que a palavra eleição está associada com
Deus Pai e não com o homem. A base da eleição não está nos escolhidos, mas em
Deus. Deus é quem escolhe – o texto é claro em dizer que fomos escolhidos por Deus
Pai. Seu povo são os escolhidos. Eleição é trabalho de Deus Pai, e de acordo com o
Seu plano25 que existe antes da fundação do mundo (Jo.6:37;44,65; Ef.1:4);
2) Em Ef. 1:5 diz que Deus Pai nos escolheu26 para Si, de acordo com o
seu beneplácito. Portanto, eleição é um ato da sua benevolência soberana; eleição é
uma expressão da vontade livre27 e soberana e do beneplácito28 divino.
3) Ef.1:4 diz que Deus Pai nos elegeu em Cristo. Deus Pai nos escolheu
em Cristo antes da fundação do mundo – na eternidade.
Portanto, o texto deixa claro que é Deus Pai que escolhe quem vai ser salvo
e quem vai os salvar29. Perceba então que, a escolha foi dupla:
Primeiro, o Pai nos escolheu para sermos salvos (Ef. 1:5; 1Pe.1:2);
E segundo, Ele escolheu Cristo para torna-se homem e ser o salvador dos
seus eleitos (veja também 1 Pe.1:20);
4) Também vemos claramente que é Deus Pai quem escolhe os métodos
30
(meios ) pelo qual haverá de salvar os escolhidos.
Paulo em 2Ts.2:13-14 (nova versão internacional) diz: “Mas nós devemos
sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque desde o
princípio Deus os escolheu para serem salvos mediante a obra santificadora do Espírito
e a fé na verdade. Ele os chamou para isso por meio de nosso evangelho...”
Nesse texto vemos que:
1) Foi Deus Pai quem os escolheu
2) Ele os escolheu para serem salvos
3) Mas também escolheu os meios: Veja que o eleito vai ser salvo mediante
a obra do Espírito e a fé na verdade – veja que ele também será chamado por meio do
23
A Bíblia ensina que Cristo veio ao mundo para salvar todos aqueles que crêem (Jo.3:15-16). E todas as pessoas que
nEle crêem são aquelas que o Pai tem dado a Cristo (Jo.6:37,44;17:2,6,9,12 (veja também quem vai crer: 2Ts.3:2;Tt.1:1;
Jd.1:3; At.13:48; Jo.10:26 Cf.8:42-44,47). Jesus foi enviado ao mundo pelo Pai para salvar as pessoas que o Pai lhE deu
(Jo.17:2, 6, 9,12,19,20,24,25).
24
O rev. Hernandes Dias Lopes trabalhado este ponto diz: “O chamado para a salvação é irresistível – Todos os eleitos,
por quem Cristo deu a sua vida, são chamados, justificados e glorificados. As ovelhas de Cristo ouvem a sua voz e o
seguem. Todo aquele que o Pai dá a Jesus vem a Ele”.
25- O dr. A . A. Hodge diz o seguinte: Se Deus governa o universo, Ele deve também, como um ser inteligente, governá-lo de
acordo com um plano previamente estabelecido (p.32 - veja também Mt.11:20-26; At.2:22,23). E o dr. Benjamin Wartield diz:
Este plano é sábio porque está de acordo com o conselho de Deus. Um plano bom porque é para a sua glória. Um plano eterno
porque foi concedido antes da fundação do mundo e é um plano poderoso porque ninguém pode anular. (vê p. 31 do livro
predestinação). E é um plano só, por isso, não pode ser alterado ou haver adições (p.56).
26 Ef.1.6. Diz que Deus Pai nos escolheu em Cristo para sermos santos26 e irrepreensíveis; Fomos eleitos para a santidade e

obediência (1Pe.1:2) – o v.6 fala também do propósito final da eleição que é: o louvor da sua glória; teremos uma lição só sobre
os propósitos da eleição
27-Deus age inteiramente independente em seu Ser e seus Atos (p.64- predestinação, Samuel Falcão, CEP)
28 Veja que a eleição está baseada nos mistérios insondáveis da vontade de Deus;
29 Aqui a Escritura é clara em dizer que fomos escolhidos em Cristo, isto é, para sermos salvos pela mediação de Cristo.
30 Não se vá supor que o soberano decreto de Deus só se refere aos fins, com a exclusão dos meios. Por mais ênfase que se

dê, não será suficiente para expressar que Deus pré-ordenou tudo que sucede. Tudo abrange meios, bem como os fins. Para
ilustrar, Deus não somente pré-determinou que dado fazendeiro colhesse este ano dez mil arrobas de trigo; pré-determinou
também que colhesse aquela quantidade como resultado de muito trabalho duro. Do mesmo modo, Deus não decretou apenas
que certo pecador herde a vida eterna, mas decretou que esse pecador receba a vida eterna por meio da fé em Cristo, e que
obtenha a fé em Cristo por meio do Evangelho.

26
evangelho.
Vemos ai o Deus que escolheu as pessoas, também foi quem escolheu o método - os
meios - pelo qual haveria de salvar os escolhidos.
Para seu entendimento:
Pai Filho - Espírito Fé na Palavra
Te elegeu e Planejou Encarnação Faz a obra Você iria ouvir e
os meios para sua Morte expiatória Regeneração, entender o
salvação, que são: Ressurreição Santificação e evangelho e teria fé
Espírito e o Evangelho Inspiração da palavra

É por isso que devemos pregar a palavra, por que os eleitos serão salvos
mediante a pregação da palavra de Deus31. Paulo diz que a fé vem pelo ouvir a palavra
de Cristo (Rm.10:17). Paulo também disse que Deus resolveu salvar pecadores através
da pregação da Palavra (1Co.1:21); É por isso que Paulo diz no verso 14 de 2Ts, que
Deus chamou32 os seu eleito para a salvação por meio do evangelho.
Mas, algumas pessoas, não entendendo isso, às vezes dizem: para que
pregar se eles foram eleitos33?
O rev. Samuel Falcão falando contra esta objeção de não pregar porque já
foram eleitos mesmos, ele diz: Esta ideia é tola porque a) não sabemos quem são os
eleitos; b) a ordem de Cristo é pregar a toda criatura (Mc.16:15); c) Aquele que decretou
a eleição, também decretou os meios, e os meios que Ele estabeleceu para alcançar os
eleitos foram: a pregação, a intercessão e todos os meios de Graça. Por isso, o pregador
precisa anunciar a mensagem, o pecador precisa ouvir e crer (mediante a operação do
espírito), depois o processo continua na obra de nossa santificação (2Ts.2:13) e até
mesmo nossas boas obras foram preparadas de antemão para que andássemos nelas
(Ef.2:10). Portanto, não sabemos quem são os eleitos, mas sabemos que a pregação
do evangelho e nossas orações intercessórias são meios que Deus incluiu em seu
decreto para a realização dos seus planos. (ver p. 142, Predestinação). Perceba que
eleger pertence a Deus e a nós o pregar, o proclamar e tudo mais porque somos os
seus agentes. Portanto, a eleição não solapa o evangelismo, pelo contrário, reforça,
pois a eleição provê a única esperança do evangelismo ser bem sucedido em seu alvo.
Arival Dias Casimiro diz: A doutrina da Eleição não produz apatia missionária, mas
motivação para pregarmos o evangelho a toda pessoa (p.97, Plante Igrejas, Socep).

31R. B. Kuiper diz: Em vez de tornar supérflua a evangelização, a eleição requer a evangelização. Todos os eleitos de Deus
têm que ser salvos. Nenhum deles pode perecer. E o Evangelho é o meio pelo qual Deus lhes comunica a fé salvadora. De fato,
é o único meio que Deus emprega para esse fim. "A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus" (Romanos 10:17).
32Em Rm.8:30 Paulo diz: “aos que predestinou, a esses também chamou-(chamou mediante o evangelho -2Ts.2:13). Portanto,

se não houvesse eleição, não haveria chamamento, não haveria conversões, e toda atividade evangelística fracassaria;
33Vez por outra se ouve a idéia de que a eleição torna supérflua a ação evangelizadora. Pergunta-se "Se o decreto da eleição é

imutável e, portanto, torna absolutamente certa a salvação dos eleitos, que necessidade têm elas do Evangelho? Os eleitos não
vão ser salvos mesmo, ouçam ou não o Evangelho?

27
A MISSÃO DE JESUS NOS EVANGELHOS E ATOS

Para entendermos a missão de Jesus e seus apóstolos, devemos


examinar o evangelho e o livro de atos dos apóstolos. E quando olhamos para a
missão de Jesus e dos seus apóstolos nos evangelhos e Atos vamos perceber
que na realização da missão eles sempre:

Em primeiro lugar usavam o evangelismo pessoal (Nicodemus e a


mulher samaritana). Mesmo quando estava no meio da multidão ele tratava
pessoalmente (Mt.8:1-2). Obs. Devemos entender que o evangelismo pessoal é
o que dá maior resultado, olhe para o testemunho da história, e também para o
que Jesus mandou fazer: discípulos. E não se esqueça de que também na
história não foi a multidão que a mudou, mas um, ou um pequeno grupo de
pessoas autênticas. Mas vale um bem feito do que uma multidão de qualquer
jeito.
Em segundo lugar vemos Jesus e seus discípulos sempre indo às
pessoas. Jesus sempre buscava as pessoas onde elas se encontravam:
Zaqueu – (Lc.19), Levi ou Mateus o coletor de imposto - lá na coletoria (Mc.2:13-
17). Os discípulos falavam de Jesus na estrada - carruagem (At.8:27-39); no
templo e de casa em casa (At.5:42); Depois vemos Paulo pregando o evangelho
no rio (At.16:11-15); No Areópago (At.17:22-34); na prisão (At.16:25-32).
Em terceiro lugar eles sempre Iam de dois em dois (Lc.10:1) ou
equipe:
Olhando para o NT e para a história da missão da igreja observamos que:
Jesus preparou uma equipe e mandou sair de dois em dois; Pedro e João saíram
para evangelizar (At.2-4); Paulo e Barnabé saíram da igreja de Antioquia para a
primeira viagem missionária (At.13:2). Depois nas outras viagens missionárias
vemos Paulo com uma equipe de missionários (At.16).

Na História da Igreja os missionários que ficaram na história nunca foram


sozinhos, mas sempre tiveram uma equipe. Por exemplo,
Na evangelização da Irlanda temos o famoso missionário chamado
Patrício. Veja só as palavras de Ekstrom sobre este homem: “estima-se que ele
tenha fundado cerca de 200 igrejas com mais de 100,000 convertidos. A
evangelização da Irlanda por Patrício e outros companheiros seus, resultou em
um dos empreendimentos missionários mais esplendidos da Idade média”;
Na Britânia – Vemos o primeiro grande missionário chamado Colombo,
o qual sai da Irlanda para a Escócia e Britânia com doze companheiros para ser
o maior missionário daquele período.
Na Frísia - Holanda e Bélgica - O Professor Antônio José no conta que:
“Em 692 o missionário Willibrord, que tinha sido treinado por Wilfrid, cruzou o
mar do norte juntamente com onze companheiros para se tornar o primeiro
missionário entre os Frísios. Depois temos Bonifácio (680 –755) que foi
reconhecido por muitos como o maior de todos os missionários da Idade Média.
A história nos conta que Bonifácio era um nobre inglês, e um missionário de
grande piedade, vasto conhecimento e ardor evangelístico e lançou os
fundamentos da Igreja na Alemanha. Em seus últimos dias deixou a Alemanha
e foi para uma região da Holanda, onde os frisos ainda não tinham sido
alcançados. Em 05 de Junho de 755 Bonifácio e cinquenta de seus
companheiros foram mortos. O que precisamos entender é que todos nós somos

28
missionários, mas o missionário sozinho não pode fazer a obra. A obra não pode
ser feita por uma pessoa só. E Eu e você precisamos de alguém. Precisamos
atenta para estas palavras:” não é bom que o homem esteja só (Gn.2:18).. è
melhor serem dois do que um (Ec.4:9). Por isso, Jesus ordenou que fossem de
dois em dois (Lc.10:1)”. Que Deus em Cristo nos ajude a não negligenciarmos a
tarefa que Ele nos confiou, mas do jeito dele. Em nome de Jesus. Amém.

29
16. HISTÓRIA DE MISSÕES NA IGREJA PRIMITIVA
As viagens de Paulo

Depois de sua conversão Paulo entendeu que Jesus era o único mediador,
reconciliador, salvador, redentor e o único que pode dá esperança e vida eterna.
Sabendo disso Paulo anunciava Cristo e entendia que foi chamado, que foi salvo para
fazer o nome de Cristo conhecido aos gentios, aos reis e ao povo de Israel (At.9:15-16).
Paulo entendeu que seu chamado era para pregar o evangelho (Rm.1:15-16; 15:15-21;
Gl.1:15-16; At.20:24). Paulo entendeu que foi escolhido por Deus para expandir o reino
de Deus na terra. Deus o chamou para ser um missionário, por isso não desobedeceu,
mas viajou por vários lugares anunciando o evangelho de Cristo. È sobre isso que
falaremos. As viagens Missionárias34 de Paulo.

Atentemos para alguns fatos interessantes e importantes sobre as viagens


missionárias35 de Paulo.

O primeiro fato importante sobre as viagens missionárias de Paulo é quanto a


quantidade. O que sabemos com certeza e com todos os detalhes são três36 viagens
missionárias de Paulo (sem contar com a viagem de Paulo a Roma) e todas elas
narradas por Lucas, o médico amado, discípulo e companheiro inseparável de Paulo;

O segundo fato é que essas três viagens estão todas narradas em Atos dos
apóstolos do capitulo 13 ao capitulo 21. A primeira viagem encontra-se nos capítulos
13 e 14; A segunda encontra-se nos capítulos 15:36 -18:23. E a terceira do capitulo
18:24 ao capitulo 21. Daqui para frente narra a viagem de Paulo para Roma (preso, mas
fazendo a obra);

O terceiro fato importante, a saber, é que para Paulo realizar a sua primeira viagem
missionária, leva cerca de catorze (14) anos depois de sua conversão. O rev.
Hernandez Dias Lopes em seu livro, Paulo, o maior líder do cristianismo nos diz que da
conversão de Paulo até a sua primeira viagem missionária, levou-se cerca de 14 anos37;
34 Obs. A primeira viagem foi feita, em sua maior parte, através de navios (veja as provas – Lucas narra
dizendo que eles navegaram (At.13:4,13;14:26). Na segunda viagem Lucas diz que Barnabé navegou com
Marcos para Chipre, mas em relação a Paulo e seus companheiros agora o termo é tendo passado,
atravessado, percorrendo - só de Trôade a Filipos é que diz que eles navegando.. (At.16:11).E se
observares no mapa verá que a maior parte da viagem foi feita por terra! Depois de volta é dito que ele de
corinto embarca para Éfeso de Éfeso ele embarca para Cesareia (At.17:21-22) Nessa segunda viagem, o
apóstolo dos gentios viajou por terra, atravessou a Cilícia, região onde se situava Tarso, sua terra natal, e
seguiu direto para Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, a fim de fortalecer as igrejas
35 Atos caps. 13-14 contém o relato do primeiro período de atividade missionária de Paulo, levado a efeito

juntamente com Barnabé. De toda a obra missionária de Paulo, este período tem mais direito de ser
chamado uma ''viagem missionária", conforme é o costume em mapas bíblicos. Os períodos posteriores
foram muito mais dedicados às extensas atividades nas cidades-chaves importantes do mundo antigo, e
recebemos um quadro falso da estratégia de Paulo se imaginamos que ele corria rapidamente em viagens
missionárias de um lugar para outro, deixando por detrás dele pequenos grupos de convertidos semi-
instruídos; era sua política geral permanecer numa só localidade até que tivesse estabelecido os alicerces
firmes de uma comunidade cristã, ou até que fosse forçado a ir embora por circunstâncias além do seu
controle.
36 Paulo teve três viagens missionárias para proclamar a mensagem de Cristo na Ásia Menor e na Europa.

Em três viagens missionárias, cada uma com vários anos de duração, Paulo compartilhou as boas novas
de Jesus em muitas cidades costeiras e cidades de rota comercial (cidades importantes);
37 Seqüências de fatos para seu entendimento. Da conversão na estrada de Damasco (32-35), Paulo ficou

um breve período em damasco, antes de partir para Arábia (3 anos), depois voltou para damasco, depois
vai pela primeira vez a Jerusalém a onde permanece 15 dias – ali foi rejeitado pelos seus antigos colegas
que quiseram matá-lo ai ele é levado para damasco (a onde fica cerca de10 anos) depois é chamado por
Barnabé para ajudar em Antioquia (fica um ano) depois foi pela segunda vez a Jerusalém com barnabé
socorrer os famintos (At.11:30 – 14 anos depois da primeira – Gl.2:1- [ano 45ou 46 Flavio Jofefo]). Voltam
para Antioquia e fazem a primeira viagem missionária. Depois vai pela 3 vez a Jerusalém (concilio - ).

30
O quarto fato importante, a saber, é que essas viagens missionárias foram
dirigidas pelo Espírito Santo38 – veja que eles foram separados e enviados pelo
Espírito Santo. Veja o texto: “o Espírito Santo disse: "separai-me agora a Barnabé e a
Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At.13:2).

O quinto fato é que os missionários: Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito
Santo, mas também com a benção e participação da igreja39. Tanto é verdade que
eles vão, mas voltam e dão os seus relatórios a igreja que os sustenta e os apóiam.

O sexto fato importante é que no começo das viagens missionárias, Paulo não foi
o líder40, mas Barnabé. Lendo estes textos perceberemos que Paulo ficou na tutela de
Barnabé um tempão (At.11:25;30; 12:25; 13:1; 13: 2; 13:7). Barnabé foi o grande
discipulador de Paulo. Só a partir do cap.13:13;43,46; 14:1) é que vemos Paulo
assumindo a liderança da obra missionária.

O sétimo fato importante, a saber, é que essas viagens (principalmente a primeira)


foram marcadas por muitos incidentes41 e acidentes42 e sofrimento43. Não podemos
esquecer que Paulo enfrentou oposição, açoites44, perseguição, rejeição45, prisão,
Expulsão46 e até apedrejamento47.

38 Missão começa com o Espírito Santo. É Ele o chefe de missões. Porque é quem dirige, motiva, impulsiona
e leva a cumprir sua tarefa missionária. É impossível a obra de missões sem o Espírito Santo. Se olharmos
para a história da igreja, veremos que todas às vezes em que houve derramamento do Espírito, o resultado
final foi um grande movimento de missões mundiais. Se quisermos ver nossas igrejas crescendo, o reino
de Deus implantado e o evangelho sendo pregado a todas as nações, precisamos do Espírito Santo. O
Espírito Santo e’ o “General” do movimento Missionário. Tudo depende da iniciativa d’Ele. a) Ele
convence e converte o pecador — A cidade orgulhosa e conservadora de Jerusalém, o lugar da morte de
Jesus, pouca depois foi o cenário de milhares de conversões... Porque o Espírito foi derramado. (Veja AT.
2:41; 4:4, 32; 5:14; 6:6—7; 9:31,42; 11: 21,24; 12:24; 13:44; 14:1; 16:5; 17:4,12).b) Ele faz obras da graça
nos crentes — At. 4:32—37; c). Ele disciplina a Igreja — At. 5:1,11; d) Ele preside a Igreja — At. 15:28; e)
Ele inicia a obra do missionário — At. 13:1—2; f) Ele inspira as palavras do missionário — AT. 2:14—41;
7:1—53; At. 10:19—20; g) Ele guia o missionário — At. 8:26—40; 10:6—10; 18: 9—11; 22:18; O Espírito
Santo é o chefe de missões, pois é ele que: separa, prepara, capacita e impulsiona a igreja a enviar
(sustentar) obreiros para a obra missionária (Apostila de Missões I, rev. Fran).
39 Sobre esta parceria do Espírito e a Igreja, Stott afirma: “Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos.

O primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e direta do
Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência para o institucionalismo, pelo qual todas
as decisões são tomadas pela igreja sem nenhuma referência ao Espírito”.
40 O rev. Hernandes nos chama atenção para o fato que o Espírito não chamou Paulo e Barnabé, Mas

Barnabé e Paulo. Paulo não foi o líder. Ele precisava aprender a ser liderado para poder liderar. Ele
precisava estar sob a autoridade de Alguém antes de poder exercer autoridade sobre alguém. Ele precisava
ser reserva antes de ocupar o lugar de titular. Deus estava trabalhando, lapidando, moldando a vida de
Paulo. Estava preparando para ser o grande Líder, o grande missionário, o homem usado poderosamente
nas mãos de Deus para levar o evangelho aos mais distantes rincões do mundo (p.41-42).
41 Um desacordo entre Barnabé e Paulo por causa de João marcos e isto causou divisão entre eles, mas

Deus transformou esta disputa em algo positivo, pois agora havia duas equipes missionárias. Barnabé foi
para Chipre e Paulo foi com Silas para a Ásia Menor.
42 Em Listra Paulo foi apedrejado e lançado fora da cidade como morto (At 14:19). Em Filipos, Paulo e Silas

foram espancados e presos (At.16)


43
O rev. Hernandes diz: “O sucesso dessa viagem passa pelo sofrimento dos obreiros”. Por exemplo, em
Filipos43 foi despido e apanhou publicamente e foi preso no tronco (At.16:22-23). Em Tessalônica e Bereia
a inveja e oposição foram imediatas (17:5)- teve que sair as pressa. Em Atenas sofreram escárnio, rejeição
e desprezo (17:32). Em Corinto sofreu oposição e blasfêmia (18:6)
44 Em Filipos, apesar de ser um cidadão romano, foi despido e apanhou publicamente e foi preso no tronco

(At.16:22-23).
45 Em Atenas, Paulo pregou para um público curioso em Areópago. Ele proclamou o único Deus verdadeiro

que podia ser conhecido e adorado sem ídolos feitos por mãos humanas. Ali, alguns desprezaram,
enquanto alguns creram
46 Paulo e Barnabé foram expulsos de Antioquia da Pisídia (At.13.50)
47 Em Listra Paulo foi apedrejado e lançado fora da cidade como morto (At 14:19)

31
O Oitavo fato importante é que eles começaram a primeira viagem missionária
pela terra Natal48 de Barnabé (At 4.36) e usando as pontes que eles tinham.
Observe que eles começaram pregando a palavra de Deus na cidade de Salamina,
cidade marítima na costa oriental da ilha e lugar onde residiam muitos judeus e onde
havia mais de uma sinagoga (At 13.4,5). E ali Judeus e gentios prosélitos se reuniam
para estudar a lei. Ali havia pessoas tementes a Deus e estavam esperando o messias
e por isto diz o rev. Hernandes49, já estavam preparadas para receber a revelação de
Deus por meio do evangelho.

O Nono fato importante é que estas viagens missionárias foram à causa da


conversão de muitas pessoas e a causa do estabelecimento de muitas igrejas
(muitas igrejas surgira em decorrência dessas viagens missionárias) e a causa da
expansão do reino de Deus na terra50. Os resultados das viagens missionárias de
Paulo foram: a) Muitos discípulos de Cristo; b) Muitos creram e foram ensinados sobre
o evangelho de Cristo; c) Foi por causa destas viagens que muitos abandonaram os
seus ídolos51 e serviram o Deus verdadeiro - tiveram o privilégio de serem alcançados
pelo evangelho;

O décimo fato importante, a saber, sobre as viagens missionárias de Paulo é que


elas aconteceram nos anos de 46 a 58. Atentemos para os detalhes: A primeira
viagem missionária do apóstolo Paulo ocorreu entre 46 e 48 d.C. ou 47-49 e durou cerca
de quase três anos. A Segunda52 Viagem Missionária do Apóstolo Paulo ocorreu entre
49 e 51 d.C. e durou cerca de três anos. E a terceira ocorreu no início de 52 a 58 e
durou seis anos.

Outro fato importante é que a partir da segunda viagem missionária Paulo escolhe
as cidades53 estratégicas (tanto historicamente com geograficamente -Filipo,
Tessalonica, Atena, Corinto e Éfeso) para pregar o evangelho, mas não mudou a
estratégia da pregação e nem a mensagem54;

E ainda outro fato é que eles nunca foram só – Na primeira estava Barnabé, Paulo e
João Marcos; Na segunda, Paulo escolhe para esta viagem Silas55 (At.15:40), no

48 Devemos lembrar que a primeira cidade onde Paulo ficou dez anos e seu primeiro ministério longo foi a
sua cidade natal – Tarso. Carson diz que o ministério de Paulo em Tarso, após a sua conversão durou
cerca de 10 anos (Vê p.243 e 255, INT. NT, Carson, Moo, Morris, Ed. Vida Nova).
49 O rev. Hernandes nos fala de atentarmos para as pontes de contatos. Ele diz: precisamos de pontes de

conto para atingir com eficácia as pessoas. Precisamos ler a Bíblia e o Povo. É sábio aproveitar as portas
abertas da cultura religiosa para anunciar o evangelho (P.44)
50 Como resultado das viagens de Paulo, surgiram igrejas na Ásia e Europa, e com elas apareceram às

epístolas, que ocupam um terço do Novo Testamento, e o Cristianismo se tornou universal. È com elas que
aprendemos a receita de missões e de todas as atividades de um missionário. Por essas razões, Atos é o
livro de missões.
51 Em Éfeso aqueles que entenderam o evangelho abandonaram a deusa Diana e queimaram seus livros

mágicos para servir o Deus verdadeiro (At..


52 A segunda viagem ocorreu depois do Concílio de Jerusalém (At.15:1-2,4,6)- Entre a primeira e segunda

viagem missionária, Paulo participou de uma reunião em Jerusalém com os apóstolos e os presbíteros para
discutir o caminho da salvação. É nessa reunião que ocorre a famosa discussão sobre o que deveria ser
exigido dos gentios convertidos no que se refere à observância da lei mosaica. (At.15). O consenso final foi
que agora a mensagem que devia ser anunciada aos gentios é que a graça de Cristo é absolutamente
suficiente para a salvação – a fé em Cristo (o Jesus da cruz e do túmulo vazio) é a única condição para a
salvação (At.15:11).
53 Perceba que ele passa rapidinho em outras cidades (Neápolis, Anfípolis e Apolônia), mas finca estaca

nas cidades estratégicas para a expansão do evangelho - (Nota do Fran).


54 Como na primeira viagem ele começou falando nas sinagogas, na segunda da mesma forma. Por

exemplo: Em Filipos, começou pregando num lugar de oração; Em Tessalônica, começou pregando numa
sinagoga (17.1,2) e da mesma forma em Beréia (17.10-12). Em Atenas o trabalho começou numa sinagoga
(17:17). E em Corinto também a igreja teve início na sinagoga (18:4)
55
Atos 15:22 diz que Silas era um homem notável entre os irmãos – Silas também é chamado de Silvano (1Pe.5:12)

32
caminho integra a equipe o jovem Timóteo (16:1-3) e o médico Lucas (At.16:1056); já na
terceira a equipe missionária de Paulo cresceu. Agora temos57: Paulo, Timóteo, Arasto
(19:22) Sópatro (de Bereia), Aristarco e Secudo (de Tessalônica), Gaio (de Derbe),
Tiquico e Trófimo (da Ásia) e o grande companheiro Lucas; (At.20:5)

Aplicação para nossas vidas

O que aprendemos com as viagens missionárias de Paulo.

1. É Preciso evangelizar. Pregar as boas novas de salvação em Jesus Cristo a toda


criatura. Mas é bom notar o sentido de urgência da obra de evangelização. “Separai-me
agora”, disse o Espírito Santo. A decisão não pode ser postergada. Hoje é dia de
salvação. E temos que começar com os nossos – de nossa terra (Paulo, Barnabé, O
endemoniado de Gadara e não podemos esquecer-nos do Jesus disse: “Serei
testemunhas em Jerusalém, Judéias, Samaria e até os confins da terra” (At.1:8).

2. Evangelizar não é tarefa para os outros, mas para aquele que foram chamados.
A tarefa é minha e sua. Devemos entender que fomos chamados para chamar ouros.
Abençoados para abençoar. Somos os libertos que vamos libertar outros! A
evangelização é a respiração da Igreja. Quem não respira, morre. Da mesma forma,
Igreja que não evangeliza, morre. Você vai deixar a Igreja Morada da Serra morrer?

3. Não adianta muito, como semeadores, apenas plantar a semente da fé no coração


das pessoas. Assim como as plantas necessitam de cuidados especiais, nós não
podemos nos esquecer delas. Foi o que Paulo e Barnabé fizeram em sua primeira
viagem missionária. Voltaram pelo mesmo caminho, mesmo com sacrifícios, para cuidar
dos crentes em cujos corações eles plantaram as sementes da fé em Cristo.

4) Não podemos esquecer que nessa tarefa teremos oposição, perseguição,


rejeição, dificuldades e muito sofrimento. Mas também não podemos esquecer que
quem sai andando e chorando enquanto semeia voltará com jubilo trazendo os seus
feixes (Sl.126.6). Em Cristo somos mais que vencedores e no Senhor o nosso trabalho
não é vão (1Co.15:58)!

5) A igreja é a base da missão – Existe uma relação estreita entre igreja e missões.
Aliás, a missão de Deus foi confiada a igreja. De sorte que não existe missão sem Igreja,
assim como, não existe igreja sem missão (Jo.15:16, 1Pe.2:9, Mc.16:15, Mt.28:19-20)!
Não cremos na eficácia de missões isoladas, mas atreladas à igreja. A igreja é à base
de apoio de quem vai;
6) Deus está no controle de sua Missão - Veja que os missionários tiveram
desavenças ao ponto de não caminharem junto na segunda viagem, mas por causa
dessa desavença, em vez de uma caravana missionária, temos duas. Veja aqui que os
obreiros podem errar, mas o propósito de Deus jamais pode ser frustrado. A lição aqui
é que a providencia de Deus é maior do que nossos fracassos e a graça de Deus, maior
que nossos pecados. É Deus quem impede58 ou faz progredir a obra dele;

56
A partir de At.16:10 vemos claramente Lucas se colocando na narrativa – isso nos prova que ele também está na
equipe. Agora ele narra – procuramos (v.10), seguimos (v.11), permanecemos (v.12), saímos - falamos (v.13), nos
escutava (v.14), nos rogou (v.15), indo nós (v.16), seguindo Paulo e a nós (16:17) e assim por diante e agora Lucas
nunca mais vai se afastar de Paulo-2Tm.4:11.(Observação do Fran
5757Observação: nesta viagem nada se fala de Silas. Não temos nada sobre Silas
58Perceba que o apóstolo não pretendia ir para a Europa; sua intenção era ir para Ásia: “foram impedidos
pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra na Ásia” (16.6). Depois Paulo intentou ir para a Bitínia, mas
novamente foi impedido (16.7), sendo em seguida impulsionado a rumar para Trôade .

33
7) A Missão de Deus é maior que o missionário. Devemos entender que a obra de
Deus é perfeita, mas os seus obreiros, não. Os obreiros podem ser expulsos, mas a
palavra de Deus não pode ser banida. Os missionários podem ser presos, mas a palavra
não pode ser algemada. Os pregadores podem ser perseguidos, enxotado e mortos,
mas a palavra não pode ser detida;

8) Devemos seguir a direção de Deus e não a nossa - Devemos entender que sendo
a missão de Deus, é Ele que determina o que vou fazer e como fazer. Devemos também
entender que é Deus quem dirige a obra e o obreiro. Por isso Devemos ir para onde
Deus estabelece. Devemos seguir a agenda de Deus e não a minha. Nossos planos
devem estar debaixo dos planos de Deus. Devemos seguir a estratégia de Deus e não
a nossas.

9) Como missionários devemos ser dedicados, zelosos, perseverantes, firmes,


mas também amável e amado. Vemos que Paulo foi um homem inteiramente
dedicado e obediente ao Senhor; aliás, O motivo do seu sucesso ministerial foi sem
dúvidas, a submissão à voz do Espírito Santo que o guiou por todos os caminhos; Paulo
era um missionário zeloso, invencível e incansável. Nenhum sacrifício era grande
demais para ele. Paulo não se deixava abater pelas dificuldades e nem pelas ameaças
e perseguições; Para Paulo o importante era que a vontade de Deus fosse realizada e
as pessoas ouvissem o evangelho. Não importando se para isso vivesse ou morresse.
Em suas palavras: “estou pronto não só para ser preso, mas até morrer pelo nome de
Cristo”; (At.21:13); Paulo fazia tudo com abnegação. Preferia dar a receber. Aliás, ele
disse que Jesus ensinou: “Mais bem aventurado é dar que receber”! (At.20:35); Paulo
era um homem querido pelos seus irmãos. Atos 20:36-38; 21:5 e 12 mostram isso!
E na quarta viagem, a viagem para Roma aprendemos que
1) Deus cuida dos seus servos. Diante de todas as dificuldades enfrentadas pelo
apóstolo, percebemos o cuidado de Deus para com seu servo:
a) Deus concedeu-lhe amigos fieis como diz Provérbios, “na angústia nasce o
irmão” (Pv 17.17; 18.24);
b) Além disto, vemos Deus usando o centurião no cuidado de Paulo
- trata o “prisioneiro do Senhor” com humanidade e lhe permite visitar a igreja
em Sidom (27:3)
- sempre o centurião esteve preocupado com a vida de Paulo (27:42)
2) Deus está no controle59 de todas as coisas e nada e nem ninguém consegue
frustrar os planos de Deus. Jesus disse que ele iria testemunhar em Roma (27:24).
Você ver no caminho destes planos: conspiração (At.23:12-15; 25:3), naufrágios
(27:29), sugestões de matar todos os prisioneiros (27:42). Mas nada e nem ninguém
impediu Paulo de chegar a Roma como disse o Senhor;
3) Mesmo em meio às dificuldades não podemos perder a oportunidade de
testemunhar de Cristo:
Paulo testemunhou de Cristo para Félix
Paulo testemunhou de Cristo para Festo
Paulo testemunhou de Cristo para Agripa
Paulo testemunhou de Cristo para os tripulantes dos Navios
Paulo testemunha de Cristo para os habitantes da ilha de Malta
Por onde passava, apesar da situação, testemunhava de Cristo
Que Deus nos ensine a confiar nele e nos ajude a ser cada dia mais testemunha do seu
nome.

59 Veja Lucas 21:18

34
O LUGAR DA ORAÇÃO NA OBRA MISSIONÁRIA60
Em primeiro lugar, quero dizer que, como discípulo de Jesus, você tem o
privilégio de contar tudo para seu Pai celeste, e ter comunhão com ele, através da
oração. Pv 15:29 diz: O Senhor está longe do perverso, mas atende a oração do justo”.
E o Sl.66:20 diz: “Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração nem a fasta de mim a
sua graça”. Por isso, ore constantemente. “A oração é como cálcio necessário ao
crescimento e fortalecimento dos ossos”. Para crescer e desenvolver-se espiritualmente
sadio e forte, é preciso exercitar-se na oração. A oração é meio de graça.
Em segundo lugar, a oração ocupa lugar de destaque no contexto bíblico, como
um instrumento que retrata o reconhecimento61 da soberania de Deus, que demonstra
a dependência que temos em Deus e que cumpre os propósitos Dele na vida da igreja.
E como qualquer obra que possamos fazer no reino de Deus a oração tem um lugar
especial. Alias, oração no reino de Deus vem em primeiro lugar de qualquer coisa a
fazer (1Tm.2:1). A oração ocupa um lugar vital e prioritário na vida dos súditos do reino!
Em terceiro lugar, a oração na obra missionária tem seu papel fundamental.
Aliás, Precisamos entender que oração e missões seguem de mãos dadas62. A maior
ajuda possível à obra missionária é a intercessão63. Só podemos avançar de joelhos.
Não é a tecnologia, mas a joelhologia64 é que faz a obra de Deus avançar.

Vejamos como missões e orações andam de mãos dadas:

Jesus disse: Rogai ao Senhor da Seara para que mande mais trabalhador...
(Mt.9:38);
O próprio Jesus orava antes de qualquer coisa a fazer - Lucas 22:39 diz que Jesus
tinha o hábito de se retirar e estar a sós com o pai. Mesmo sendo o Filho de Deus,
jamais, abriu mão de está a sós com o Pai. De estar em íntima comunhão. Lucas 6:12
também nos diz que na escolha dos discípulos, Jesus passou a noite orando. Nos
evangelhos somos informados que a oração na vida e ministério de Jesus, vinha antes
de qualquer coisa e de qualquer tarefa sua (Mt.14:23; 26:36; Mc.6:46; Lc.18:1);
Atos 13 2- no envio de Paulo e Barnabé para a sua primeira viagem missionária
a igreja ora e os despedem;

- Paulo não hesitou em pedir para a igreja de Roma: “Rogo-vos, irmãos, por
nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas
vossas orações por mim a Deus.” (Romanos 15:30)

- Paulo convocou a igreja de Éfeso para orar por ele para que lhe fosse dado no
abri da boca dele a palavra para que com intrepidez, se fizesse conhecido o mistério do
Evangelho, que é Cristo (Ef.6:19)

60 Objetivo deste tema: Ao final da aula, o aluno estará consciente da relevância da oração para o trabalho
missionário.
61 Quando a igreja intercede por missões é porque reconhece que a realidade dos que vivem sem Jesus

precisa e pode mudar.


62 José Martins disse corretamente: “A oração é a essência da obra missionária. Não é só uma atividade

necessária ao sucesso da obra – é a obra em si. É a prática mais missionária possível, quando vivida de
maneira bíblica”. É evidente que Martins não quer dizer que oração e missões são a mesma coisa, e sim,
que essas duas atividades devem vir interligadas uma na outra. Nunca é demais enfatizar a importância da
prática da oração na obra missionária. (http://adoracaodiaria.wordpress.com/2008/07/25/missao-se-faz-
com-oracao-e-jejum-tambem/)
63 Valmir Barbosa diz que: “A oração é uma das formas mais fácil colocada por Deus ao nosso alcance para

contribuir para a obra missionária”. Você pode não ir, nem contribuir financeiramente, mas você pode orar
a favor da obra missionária (http://valmirbarbosa09.blogspot.com.br/2009/09/o-lugar-da-oracao-na-obra-
missionaria.html).
64 Não podemos remover barreiras espirituais só com as estratégias e estruturas, é preciso oração. Sempre

afirmo que a igreja trabalha mais rápido de joelhos do que de pé

35
- Paulo também convocou a igreja de Colossense a orar pela equipe missionária
de Paulo para que Deus nos abra porta á palavra, a fim de falarmos do mistério de
Cristo. e para que eu o manifeste como devo fazer.. (Col. 4: 2 -4)

- Paulo ainda convocou a igreja de Tessalônica a orar pela equipe missionária


de Paulo para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada e para que eles
fossem livres dos homens maus e perversos (2Ts.3:1 e 2)
- Na história, os Irmãos Moravianos entenderam que só podemos avançar
de joelhos, por isso, oraram 100 anos interruptamente e da sua vila enviaram
missionários para os cinco continentes do mundo;

Precisamos entender mais do que nunca que obra missionária consiste em tirar
as pessoas do reino das trevas e do poder de Satanás e levá-las para o Reino da Luz e
para o poder de Deus. A pergunta que surge é: Satanás vai ficar feliz? Claro que não.
Ele levantará uma forte oposição para não perder as vidas que estão sob seu domínio.
Aqui entra a importância da intercessão. Devemos orar65, jejuar, interceder pelos
missionários, pelas nações sem Cristo, pelos povos ainda não alcançados pelo
Evangelho.
Por isso, a nossa a nossa tarefa é clamar:
- Para que Deus levante mais missionário - Ore para que Deus envie mais
obreiros para a obra;

- Pela salvação dos perdidos - Ore pelos povos ainda não alcançados pela
mensagem de salvação. Ainda existem muitos povos que pouco ou nunca ouviram o
Evangelho de Cristo. Ore pelas nações. Adquira um mapa-múndi ou um globo. Veja as
nações. Ore para que Deus lhe ajude a ver o mundo como Ele vê. Recomendamos o
livro Intercessão Mundial, de Patrick Johnstone, que tem informações sobre todas as
nações da Terra. Ore como Paulo orava pelos já alcançados para que eles:
 Transbordem do conhecimento da vontade de Deus.
 Vivam por modo digno do Senhor.
 Frutifiquem em toda boa obra.
 Fortaleçam-se no poder do Espírito Santo.
 E que sejam gratos a Deus por ser considerados dignos de participar da herança
no céu. (Cl.1:9-12);

- Pelos missionários e sua família ou sua equipe - por sua saúde, pela família,
para que tenham unção do Espírito Santo, por estratégias divinas, por autoridade e
sabedoria espirituais, para que dêem muito fruto e pelo sustento da família.

- Devemos pedir a Deus que capacite e fortaleça os missionários; (Ef.6:19;


Col. 4: 2 -4);
- Ore pelo relacionamento entre os missionários e líderes no campo. Esta é
uma área difícil e que precisa muito da nossa intercessão.
- Ore pelos pastores e igrejas, para que tenham visão missionária.
Infelizmente há pastores e igrejas que têm uma pequena visão local, e precisam
conhecer a estratégia de Atos 1.8: Jerusalém, Judéia, Samaria e confins da
Terra.

65 O nosso catecismo maior responde (183) que devemos orar por toda Igreja de Cristo na Terra (Ef.6:18);
pelos magistrados (1Tm.2:1-2); e outras autoridades (2Ts.3:1); por nós mesmos (Gn.4:3), pelos nossos
irmãos (Tg.5:16) e até pelos os que nos perseguem (Mt. 5:44); pelos homens de todas as classes (1Tm.2:1),
pelos vivos e pelos que hão de nascer (Jo.17:20; porém, não devemos orar pelos mortos.

36
• Ore pela Junta de Missões Nacionais e transcultural para que tenha
sabedoria no trato e cuidado dos missionários, bem como estratégias específicas e
recursos para alcançar o Brasil e mundo;
Devemos suplicar para que os obstáculos sejam derrubados; Ore para que Deus
derrube todas as barreiras espirituais que o inimigo levanta contra a expansão do Reino
de Deus.
Sem duvida, pela oração vidas serão movidas por Deus, portas abertas, nossas
igrejas crescerão, muitos missionários serão enviados e abençoados, e vidas serão
salvas, igrejas serão plantadas e Cristo será glorificado em todas as nações
Daremos algumas orientações que poderão ajudar nesta tarefa.
1. Na vida pessoal. Separe um tempo do seu dia para estar diante de Deus em
intercessão, munido de informações sobre o movimento missionário ao redor do mundo.

2.Formação de grupos na igreja local66. Levante um grupo de intercessores que, se


unirão a você para intercessão missionária de forma sistemática e programada. Devemos
desafiar os membros a orarem em suas casas, no trabalho e etc.

3.Trios de oração. Convide três pessoas que poderão se encontrar uma vez por
semana, pelo menos por 15 minutos só para orar. Cada uma separa três pessoas não
crentes para estar apresentando diante de Deus até que seja salva. A escritora Evelyn
Christenson chama este tipo de oração, de "Oração Evangelística". Ore e esteja atento
as oportunidades que o Senhor abrirá para a comunicação do amor de Jesus a essas
pessoas.

4. Eventos de oração. Programe junto a seu pastor retiros de oração, sempre com o alvo
de estar em intercessão pela evangelização do Brasil e de todas as nações.

Portanto, concluo dizendo que, a oração tem um lugar preponderante na obra


missionária. Aceitemos este desafio, pois a responsabilidade de orar para a obra
missionária nos é incumbida pelo Senhor Jesus. Ele disse: “...Rogai, pois, ao Senhor da
seara que envie obreiros para a sua seara”. (Lucas 10:2).

66 O compromisso com a oração é a demonstração de que a igreja não se conforma com o estado de
perdição e degradação da sociedade. Quando a igreja tem o hábito de interceder por missões é certo que
irá além, envolvendo-se na busca de informações, que levarão à contribuição financeira e muitas vezes ao
envio de novos vocacionados. A oração é instrumento para o envolvimento da igreja com a obra missionária.
Através da oração, a igreja pode fazer um movimento missionário e atingir nações.

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Bibliografia
LIDÓRIO, Ronaldo, Missões, o desafio continua, JME da IPB, 1992 (Essencial)

TUCKER, Ruth. Missões até os confins da Terra. Vida Nova, 2010 (Essencial)

NEILL, Stephen. História das Missões. Vida Nova, 1989.

GREEN, Michael. Evangelização na Igreja Primitiva, 2 ed. Vida Nova, 1989.

CARRIKER, C. Timóteo, Missões e a Bíblia – Princípios Gerais; São Paulo, Vida


Nova, 1992

GEORGE, Timothy. Fiel Testemunha: Vida e Obra de William Carey. Vida Nova,
1998.

GONZALES, Justo L.; Orlandi, Carlos C. História do Movimento missionário.


Hagnos, 2010.

NOLL, Mark A. Momentos Decisivos na História do Cristianismo. Cultura Cristã,


2000.

WINTER, Ralph D., Steven C. Hawthorne e Kevin D. Bradford (org.).


Perspectivas no movimento cristão mundial. São Paulo: Vida Nova, 2009.

OS filmes: As primícias; Uma luz na escuridão e Hudson Taylor, um missionário


para a China;

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