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Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais


Pastor Presidente: Aílton José Alves
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LIÇÃO 12 – A NUVEM DE GLÓRIA – 2º TRIMESTRE DE 2019


(Êx 40.34-38; Nm 9.15,16)

INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos a definição exegética e etimológica das palavras “glória” e “shekhinah” de Deus;
pontuaremos a glória de Deus revelada plenamente na pessoa de Jesus Cristo; e por fim, falaremos da glória do Senhor
revelada na vida do crente fiel.
I – DEFINIÇÃO O TERMO GLÓRIA
1.1 Definição exegética do termo. O vocábulo mais comum para glória é “kavôd” que significa: “glória, peso, esplendor,
copiosidade, majestade, riqueza” dando a ideia de alguma coisa muito importante (Êx 33.18; Sl 72.19; Is 3.8; Ez 1.28). A
glória de Deus é a revelação de Seu próprio ser, da natureza e da Sua presença para a humanidade e leva o homem a
reconhecer a grandeza de Deus e a sua pequenez e indignidade (Is 42.8; 48.9-11; 60.2). A palavra “glória” é uma das mais
ricas e diversas no contexto linguístico do AT e são encontrados pelo menos oito termos para designá-la no AT (Êx 40.35;
1Sm 4.22; 1Sm 6.5; 1Rs 3.13; 8.11; 1Cr 16.28; 29.12; Is 11.10; 24.23; 42.12; Dn 2.37; 1Cr 29.11,13). Na Bíblia, a glória
de Deus está muitas vezes associada a brilho, esplendor e a majestade do Todo-Poderoso (Ez 1.28; Lc 2.9; Mt 17.5). Ela
descreve a presença visível de Deus como uma nuvem escura, trovões, relâmpagos (Êx 19.9,16,18; 20.18). A manifestação
física de que a presença de Deus estava chegando (a glória de Deus) poderia ser a aparência de um fogo consumidor (Êx
24.17; Dt 4.24; Hb 12.29), no caso de Sua autoridade e Seu poder serem vistos. Em outros casos, quando Seu propósito era
outro e Ele desejava mostrar outro aspecto do Seu caráter, ao invés de fogo (Êx 13.21; Nm 9.15-16) aparecia nuvem,
fumaça, vento ou, então, o cicio suave (BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRAS CHAVES: HEBRAICO E GREGO, 2011, p.
1700).
1.2 Definição etimológica do termo. A nuvem que aparecia durante o dia sobre o Tabernáculo era uma forma da “glória
visível de Deus” sobre o Santuário. Moisés viu parcialmente esta “glória” na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em
Êxodo 29.43 ela é chamada “minha glória” (Is 60.2). A majestade da glória de Deus é tão grandiosa que nenhum ser
humano pode vê-la de maneira plena e continuar vivo (Êx 33.18-23). Quando muito, pode-se ver apenas um
“aparecimento parcial da glória do Senhor” (Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de Deus designa Sua singularidade, Sua
santidade e sua transcendência (Is 6.1-3; Rm 11.36; Hb 13.21). Ela cobriu o Sinai quando Deus outorgou a Lei (Êx
24.16,17), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no deserto (Êx 40.36-38) e posteriormente encheu o templo de
Salomão (2Cr 7.1; 1Rs 8.11-13). Mais precisamente, Deus habitava entre os querubins no Lugar Santíssimo do templo
(1Sm 4.4; 2 Sm 6.2; Sl 80.1). Ezequiel a sua glória levantar-se e afastar-se do templo por causa da idolatria presente ali (Ez
10.4,18,19) (STAMPS, 1995, p. 1183).

II – DEFINIÇÃO O TERMO SHEKHINAH


2.1 Definição exegética do termo. O termo “shekhinah” significa: “avizinhar, habitar, residir, morar, armar tenda” (Êx
24.16; 25.8; 29.45; 40.34,35; Dt 12.11; Sl 37.3; 85.9; Jr 33.16; Is 8.18; Zc 8.3). Para alguns teólogos a tradução que mais
se aproxima da palavra “shekhinah” é: “a presença de Deus vista entre o seu povo” (Dt 12.11; 14.23; 16.2,6,11; 26.2).
De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do AT (1998, p. 1743), os verbos hebraico “shakhan” e “shekhen”
possuem a mesma raiz da palavra “shekhinah”. Por isso, que quando a glória “kavôd” de Deus era manifestada em forma
visível entre o povo de Israel, os rabinos posteriormente através de sua tradição literária (Talmude e Targuns) a chamaram
de “shekhinah” porque o Senhor estava “vizinho” dos homens (Êx 13.21; 16.10; 19,9.16; 24.16; 33.18-20; 40.34,35).
Deus prometeu habitar entre (no meio) o povo de Israel (Êx 13.20-22; 19.17-19; 40.34-35; 1R 8.10-12). A glória de Deus
também se refere a Sua presença visível entre o seu povo, ou seja, “shekhinah”, na verdade, é a habitação da glória
“kavod” de Deus entre nós (Sl 85.9). Há muitas pessoas que fazem confusão com o termo; umas usam-no sem a noção;
outras pessoas têm uma visão radical de que o termo não deveria ser usado porque “ele não existe na Bíblia” […]. Há
palavras na cultura judaica que, por causa de sua sacralidade, ou perda dos fonemas hebraicos, foram reformulados […].
Portanto, não há nada que proíba usar o termo “shekhinah” (CABRAL, 2019, pp. 85, 86 151 – grifo nosso).
2.2 Definição etimológica do termo. A palavra “shekhinah” não apareça na Bíblia judaica (Tanakh – Lei, Profetas e
Escritos) nem no NT. O termo é uma expressão extrabíblica, mas não antibíblica, pois, seu princípio é encontrado em
toda Escritura Sagrada. Apesar de não aparecer na Bíblia, podemos dizer que é bíblico por aquilo que significa: “a
presença de Deus visível”. Esta palavra normalmente está associada aos casos quando Deus se apresentou de forma
perceptível ao seu povo. O vocábulo ainda aponta para “residir ao lado” (Êx 25.8; 1Rs 8.10-11; 2Cr 6.1,2; Sl 74.2), e, é
empregado para designar a presença de Deus (Êx 24.16,17; 29.43; 60.2). Quando o Senhor mandou que Moisés construísse
a Arca da Aliança, Ele disse que a Sua presença iria com o povo. Então a Arca do Senhor representava a “presença do
Senhor no meio do povo” (STAMPS, 1995, p. 1183). De acordo com a compreensão dos exegetas do judaísmo a
“shekhinah” era uma forma de teofania (aparição ou revelação da manifestação de Deus) muito frequente no
relacionamento entre Deus e Israel. Querer atribuir o termo “shekhinah” unicamente a Cabala (parte mística do
judaísmo) é esquecer que este termo já era usado pelos rabinos muito antes do cabalismo surgir na história judaica.

III - A GLÓRIA DE DEUS REVELADA EM JESUS CRISTO


3.1 A glória de Deus revelada na pessoa de Jesus. Em linguagem metafórica, a “shekhinah” no NT representa a
presença majestosa de Deus e sua decisão de “habitar” (shakhan) entre os homens (Jo 1.14). O verbo shakhan, que deu
origem ao termo shekhinah, ressalta a ideia de vizinhança e também proximidade de Deus com os homens. O equivalente
da glória de Deus, ou seja, a presença Dele no NT é a pessoa de Jesus Cristo como a “glória de Deus em carne humana”
(Cl 1.15,19), que veio habitar entre nós (Mt 1.23). Ele é a maior manifestação visível da presença de Deus entre nós (Mt
1.22-23). O apóstolo Pedro emprega a expressão “a magnífica glória” como um nome de Deus (2Pd 1.17). Os pastores de
Belém viram a glória do Senhor no nascimento de Cristo (Lc 2.9), os discípulos a viram na transfiguração de Cristo (Mt
17.2; 2Pd 1.16-18). Cristo como o Logos e Filho de Deus, sempre existiu em glória antes de sua encarnação (Jo
17.5,22,24). Ele é o mistério glorioso de Deus (Cl 1.27). O resplendor de Cristo é a sua g1ória divina (Hb 1.3). Ele é
glorioso por ser a própria imagem de Deus (Jo 1.14). Jesus manifestou a sua glória no princípio de seu ministério (Jo 2.11)
(STAMPS, 1995, p. 1183 – grifo nosso).
3.2 A glória de Deus revelada no ministério de Jesus. Todo o ministério de Cristo na terra redundou em glória ao nosso
Deus (Jo 14.13; 17.1,4,5). Quando Isaías falou da vinda de Jesus Cristo, profetizou que nEle seria “revelada a glória de
Deus” para que toda a raça humana a visse (Is 40.5). Tanto João (Jo 1.14) como o escritor aos Hebreus (Hb 1.3) testificam
que Jesus Cristo cumpriu essa profecia. A glória de Cristo era a mesma glória que Ele tinha com seu Pai antes que
houvesse mundo (Jo 1.14; 17.5). A glória do seu ministério ultrapassou em muito a glória do ministério dos profetas do AT
(2Co 3.7-11). Paulo chama Jesus de “o Senhor da glória” (1Co 2.8), e Tiago o chama de “nosso Senhor Jesus Cristo,
Senhor da glória” (Tg 2.1). Repetidas vezes, o NT refere-se ao vínculo entre Jesus Cristo e a glória de Deus. Seus
milagres revelavam a sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). Cristo transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5),
onde Ele recebeu glória (2Pd 1.16-19) (STAMPS, 1995, p. 1183 – grifo nosso).
3.3 A glória de Deus revelada na morte e ressurreição de Jesus. Estêvão a viu na ocasião do seu martírio a glória de
Jesus (At 7.55). A hora da morte de Jesus foi o momento da sua glorificação (Jo 12.23,24; 17.4,5). Ele subiu ao céu em
glória (At 1.9; 1Tm 3.16), agora está exaltado nos céus em glória (Ap 5.12,13), e um dia voltará “sobre as nuvens do céu,
com poder e grande glória” (Mt 24.30; 25.31; Mc 14.62; 1Ts 4.17) (STAMPS, 1995, p. 1183).

IV - A GLÓRIA DE DEUS REVELADA NA VIDA DO CRENTE


Como a glória de Deus relaciona-se ao crente pessoalmente?
4.1 Deus revela Sua glória mediante a habitação do Espírito Santo. Deus nos escolheu para sermos sua habitação
ambulante aqui na terra, e através de nós manifestar a sua glória “kavôd” ao mundo. O apóstolo João registrou as palavras
de Jesus sobre a manifestação da glória de Deus quando disse: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste […] para que
o mundo reconheça que tu me enviaste e que os amaste, como amaste a mim” (Jo 17.22,23). Através do Espírito Santo
repousa sobre o verdadeiro crente a glória de Deus (Jo 14.16-17; 1Pd 4.14). Paulo também nos revela que a glória de Deus
habita em nós pelo seu Espírito Santo (2Co 3.18; Ef 3.16-19), e Pedro também afirma esta mesma verdade (1Pd 4.14).
Concernente que à glória celestial e majestosa de Deus de maneira plena ninguém pode contemplar (Jo 1.18-a); mas,
sabemos que ela existe. O apóstolo Paulo afirma que Deus habita em “uma luz [glória] inacessíveis”, que nenhum ser
humano pode ver (1Tm 6.16). O Espírito Santo nos aproxima da presença de Deus e de Jesus (2Co 3.16,17; 1Pd 4.14).
4.2 Deus revelará Sua glória mediante consumação da salvação. A experiência da glória de Deus é algo que todos os
crentes terão na consumação da salvação: “[…] com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Seremos levados
à presença gloriosa de Deus (Hb 2.10; 1Pd 5.10; Jd 24), compartilharemos da glória de Cristo: “[…] para que também
com ele sejamos glorificados” (Rm 8.17). Paulo ainda disse que: “[…] somos transformados de glória em glória, na
mesma imagem, como pelo Espírito Santo” (2Co 3.18-c) e receberemos uma coroa de glória (1Pd 5.4). Até mesmo o
nosso corpo ressurreto terá a glória do Cristo ressuscitado: “que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme
o seu corpo glorioso [...]” (Fp 3.21 ver ainda 1Co 15.42,43).
CONCLUSÃO
Concluímos que a glória de Deus transcende a qualquer coisa que o ser humano venha a produzir. A glória do
Senhor esteve com Israel, no Antigo Testamento, com a Igreja Primitiva, em Atos, e também está em nossa vida através do
seu Espírito Santo.
REFERÊNCIAS
 HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. 1 ed. RJ: OBJETIVA, 2001.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. 1 ed. RJ: CPAD, 1995.
 MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
 COLE, Alan. Êxodo, Introdução e Comentário. 1 ed. SP: Vida Nova, 1963.
 CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. 1 ed. SP: HAGNOS, 2004.

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