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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MATERIAIS

AMANDA CATARINA BRANDES


ANA CAROLINE DEMENGEON
YASMIM CAROLINE BRITO

ENSAIO JOMINY, TRATAMENTO TÉRMICO E TESTE DE DUREZA EM


AMOSTRAS SAE 1045,4340 E 4140

PONTA GROSSA
2018
AMANDA CATARINA BRANDES
ANA CAROLINE DEMENGEON
YASMIM CAROLINE BRITO

ENSAIO JOMINY, TRATAMENTO TÉRMICO E TESTE DE DUREZA EM


AMOSTRAS SAE 1045,4340 E 4140

Relatório apresentado a disciplina de


Ensaios e Caracterização de Materiais
Metálicos do Curso de Engenharia de
Materiais, 3º ano, da Universidade
Estadual de Ponta Grossa – UEPG.

Profª Dr. Osvaldo Mitsuyuki Cintho

PONTA GROSSA
2018
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Ilustração do suporte para ensaio Jominy. ................................................. 9
Figura 2 – Representação do método para levantar a curva de dureza do ensaio
Jominy. ...................................................................................................................... 10
Figura 3 – Curvas de dureza do ensaio Jominy das amostras de aço SAE 1045, SAE
4140 e SAE 4340. ..................................................................................................... 13
Figura 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 1045 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 15
Figura 5 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 1045 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 15
Figura 6 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4140 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 17
Figura 7 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4140 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 18
Figura 8 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4340 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 19
Figura 9 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4340 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 20
Figura 10 – Aço SAE 1045 recozido. ........................................................................ 21
Figura 11 – Aço SAE 1045 temperado. ..................................................................... 22
Figura 12 – Aço SAE 1045 temperado e revenido. ................................................... 23
Figura 13 – Aço SAE 4140 recozido. ....................................................................... 24
Figura 14 – Aço SAE 4140 temperado. ..................................................................... 25
Figura 15 – Aço SAE 4140 temperado e revenido. ................................................... 26
Figura 16 – Aço SAE 4340 recozido. ....................................................................... 27
Figura 17 – Aço SAE 4340 temperado. .................................................................... 27
Figura 18 – Aço SAE 4340 temperado e revenido. ................................................... 28
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Composição nominal das ligas. ............................................................... 12
Tabela 2 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE
1045 nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................ 14
Tabela 3 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE
4140 nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................ 17
Tabela 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE
4340 nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................ 19
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2 OBJETIVOS ................................................................................................... 7
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 8
3.1 MATERIAIS .................................................................................................... 8
3.2 MÉTODOS ..................................................................................................... 8
3.2.1 Ensaio Jominy ................................................................................................ 8
3.2.2 Tratamento Térmico e caracterização das amostras .................................... 10

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 12


4.1 ENSAIO JOMINY ......................................................................................... 12
4.2 DUREZA ...................................................................................................... 14
4.2.1 Aço SAE 1045 .............................................................................................. 14
4.2.2 Aço SAE 4140 .............................................................................................. 16
4.3 MICROGRAFIAS.......................................................................................... 20
4.3.1 Aço SAE 1045 .............................................................................................. 20
4.3.2 Aço SAE 4140 .............................................................................................. 23
4.3.3 Aço SAE 4340 .............................................................................................. 26
4.4 VERIFICAÇÃO DAS NORMAS .................................................................... 28
5 CONCLUSÃO............................................................................................... 30
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 32
5

1 INTRODUÇÃO

Os testes de dureza são amplamente empregados na indústria e expressam


a resistência do material em estudo quando solicitado por uma carga permanente em
um único ponto (indentação) e pode ser considerado também como resistência do
material a cargas compressivas. Os indentadores possuem propriedades mecânicas
e geométricas conhecidas, assim, a dureza do material é quantificada por meio de
escalas que indicam a pressão de contato envolvida na deformação da superfície do
material. Podem ser feitos os testes dureza Brinell, Vickers e Rockwell, os quais
utilizam indentadores esféricos, piramidais e cônicos (podendo ser também esférico
para o Rockwell), respectivamente. 1
No teste de dureza Brinell, descrito pela norma ASTM E 10, um indentador
esférico de carbeto de tungstênio é colocado em contato com a amostra em uma
direção perpendicular à sua superfície plana e então uma força é aplicada por um
tempo de 10 a 30 segundos de acordo com a norma, deixando uma impressão
esférica. Os diâmetros do indentador variam de 1, 2,5 ,5 ou 10 mm, neste caso,
escolhe-se a mais adequada que permita uma melhor visualização.2
Por meio da equação 1 determina-se a dureza Brinell do material em função
da força aplicada e os diâmetros.2

2Fkgf
HBW= (1)
πD(D-√D2 -d2 )

Logo, para esta equação tem-se: F: força aplicada (kgf), D: diâmetro da esfera
de indentação (mm) e d: a média das medidas do diâmetro da indentação (mm). 2
Neste ensaio a indentação é mais profunda e larga facilitando a medição e
tornando-a mais precisa, porém, causam danos ao material e, não são aplicados em
peças duras ou muito finas, como chapas.2
Já no teste de dureza Vickers, descrito pela norma ASTM E 92, é obtido por
meio de uma máquina calibrada que transmite uma força para o indentador de
diamante piramidal de base quadrada com ângulo de 136º entre as faces opostas.
Primeiramente, aplica-se um carregamento pré-estabelecido por um determinado
período de tempo, formando uma indentação quadrada. Na máquina é necessário um
microscópio de medição acoplado de modo a auxiliar na leitura da indentação. 3
6

Para obtenção do valor da dureza Vickers, mede-se as diagonais da


indentação e então a partir da média das medidas das diagonais determina-se o valor
da dureza e relacionando com a tabela que relaciona a média das medidas das
diagonais com o valor da dureza correspondente, descrita norma ASTM E 92. Por
meio da equação 2 também pode-se calcular a dureza Vickers relacionando a carga,
o ângulo e a média das diagonais.3

a
IPsin ( ) 1.8544
HV= 2 = (2)
d² yd²

Logo, para esta equação tem-se: P: carga aplicada, a: o ângulo da face do


diamante e d: a média das medidas das diagonais.3
O teste de dureza Vickers possui ampla variedade e pode ser aplicado desde
barras grandes e seções roladas até pedaços minúsculos em montagens
metalográficas.3
E o teste de dureza Rockwell, descrito pela norma ASTM E 18, utiliza a técnica
de aplicação constante de carga para se obter a profundidade de penetração.
Inicialmente um ponto de referência zero é definido, onde uma pequena carga é
aplicada e em seguida, aplica-se uma carga maior por um certo período de tempo,
causando uma profundidade no material além do ponto de referência zero. Após o
tempo determinado, retira-se a carga enquanto a carga menor continua aplicada.
Assim, o número de Rockwell é a diferença em profundidade da posição zero e a
posição com aplicação de uma carga maior.4
Os valores de dureza Rockwell podem ser lidos diretamente no equipamento
de dureza, o durômetro, que depende do tipo do indentador. Se for esfera de aço,
neste caso a leitura da medida é realizada na escala vermelha e, se for de diamante,
a leitura deve ser feita na escala de cor preta.4
Para obter resultados mais precisos as superfícies de teste como a superfície
inferior da peça devem ser lisas, uniformes e livres de óxido, matéria estranha e
lubrificantes. Há exceção para alguns materiais como metais reativos que podem
aderir ao indentador. Em alguns casos, utiliza-se um lubrificante adequado, como o
querosene. Logo, a preparação da amostra deve ser feita de modo que, qualquer
alteração da dureza superficial da superfície de teste seja minimizada.4
7

2 OBJETIVOS

Realizar o ensaio jominy e tratamentos térmicos nas amostras SAE 1045,


4140 e 4340 e analisar em relação aos valores de dureza obtidos nas amostras e
compreender seus mecanismos por meio dos testes de dureza Rockwell C e Vickers
e avaliar a curva obtida para cada material.
8

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS
Utilizou-se amostras de aço SAE 1045, 4140 e 4340; para a realização do
tratamento térmico utilizou-se três amostras de cada material. Para o ensaio jominy
utilizou-se uma amostra de cada material com formato de um corpo de prova cilíndrico
de dimensões padrão.
Também utilizou-se um forno e um sistema para resfriamento do corpo de
prova. Fez-se as durezas utilizando os durômetros para dureza Vickers e Rockwell C
e paquímetro para medições das medidas. Já para a obtenção das imagens utilizou-
se o microscópio óptico Olympus BX-51 juntamente com o auxílio de um software.

3.2 MÉTODOS
3.2.1 Ensaio Jominy
Os corpos de prova de aço SAE 4140, SAE 4340 e SAE 1045 com formato
cilíndrico de 25mm de diâmetro e 100mm de comprimento foram entregues com a
primeira parte do procedimento do ensaio Jominy previamente realizado. Realizou-se,
para fim demonstrativo, a primeira parte do procedimento com apenas um corpo de
prova, onde foi submetido ao recozimento, em um forno, a uma temperatura de 840°C
por 30 minutos, submerso em um bloco com grafite em pó. Em seguida, a amostra foi
retirada rapidamente do forno, posicionada no suporte para o ensaio Jominy e
resfriada com um jato de água na sua extremidade inferior. A altura do jato de água
livre utilizada para a prática foi de 100mm e à temperatura ambiente. A Figura 1
representa o esquema do suporte para ensaio Jominy.
9

Figura 1 – Ilustração do suporte para ensaio Jominy.

Fonte: Adaptado de ASM Metals Handbook, vol. 8, p. 610.

Posteriormente, realizou-se a segunda parte do procedimento que consiste


em obter as medidas de dureza ao longo do comprimento da barra do corpo de prova.
Utilizou-se um durômetro em escala Rockwell C com carga de 160kgf e as
indentações foram realizadas em trilha na face lixada do corpo de prova. Para cada
indentação realizou-se uma pré carga de 10kgf e em seguida utilizou-se a carga total
com 15 segundos de penetração. Posicionou-se a amostra verticalmente em um
suporte com uma manivela na extremidade, em que cada giro completo da manivela
desloca o corpo de prova e obtém as indentações distanciadas em aproximadamente
1,5mm até gerar um total de 60 pontos.
A última parte do procedimento consistiu em construir uma curva de perfil de
dureza ao longo do comprimento do corpo de prova para cada aço. A Figura 2 ilustra
o método para a construção da curva.
10

Figura 2 – Representação do método para levantar a curva de dureza do ensaio Jominy.

Fonte: Adaptado de ASM Metals Handbook, vol. 8, p. 613.

3.2.2 Tratamento Térmico e caracterização das amostras


Para o tratamento térmico colocou-se as amostras dentro de uma caixa com
grafite em pó para evitar a descarbonetação da amostra.
Inicialmente os corpos de prova foram aquecidos até uma temperatura de 840
°C por 30 minutos. Com relação ao resfriamento das amostras as recozidas
permaneceram em um forno desligado, ou seja, seu resfriamento foi lento. Já as
amostras temperadas foram resfriadas a óleo e as amostras temperadas e revenidas
foram colocadas em outro forno a 350 °C por 1 h para revenir.
Após esses tratamentos, seguiu-se para a preparação metalográfica de todas
as amostras, ou seja, fez-se o lixamento com lixas de granulometria de 80 à 1500
mesh e, para o polimento utilizou-se suspensões de alumina 1 e 0,3 µm seguido de
ataque com nital 2%.
Para medias as durezas, fez-se 5 medidas de dureza Vickers e 5 medidas de
dureza Rockwell C com cargas de 20 kgf por 15 segundos e 160 kgf por 15 segundos
(150 kg + 10 kg pré carga), respectivamente.
11

No ensaio de dureza Vickers, posicionaram-se os corpos de prova no suporte


no durômetro. A amostra foi elevada até que fosse possível visualizar a superfície da
amostra, e em seguida substituía a lente pelo perfurador e ao elevar a alavanca a
carga era aplicada. Desta forma, foi possível observar a impressão deixada sob a
superfície da amostra, um quadrado, assim, mediu-se as suas diagonais posicionando
uma das linhas verticais sobre um dos vértices do quadrado e o vértice oposto sobre
uma escala menor, e ainda, um terceiro valor foi determinado referente ao número
visualizado no tambor do micrômetro. Após determinar as duas diagonais, realizou-se
a média dos valores e o valor obtido foi relacionado a medida de dureza Vickers por
meio da consulta de uma tabela disposta na norma ASTM E 92. O mesmo
procedimento foi repetido para todas as amostras.
Por fim, as micrografias foram obtidas por meio da microscopia óptica das
amostras em diferentes condições.
12

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os aços SAE 1045, 4140 e 4340 possuem porcentagens de carbono próximas


na sua composição, sendo que o que as difere é o tipo de elemento de liga presente.
A Tabela 1 expressa a composição nominal de cada liga fornecido pelo ASM Metals
Handbook.5

Tabela 1 – Composição nominal das ligas.

SAE Composição nominal limite, %


C Mn P S Si Ni Cr Mo
1045 0,43 0,60 0,04 0,05 - - - -
-0,5
4140 0,38 0,75 - 0,035 0,04 0,15 - - 0,80 - 0,15 -
-0,43 100 0,35 1,10 0,25
4340 0,38 0,60 - 0,035 0,04 0,15 - 1,65 - 0,70 - 0,20 -
- 0,80 0,35 2,00 0,90 0,30
0,43
Fonte: Hanbook vol 1 pg 366-372.

Para cada aço foi realizado o ensaio Jominy, durezas Rockwell e Vickers e
micrografias para os diferentes tratamentos térmicos submetidos.

4.1 ENSAIO JOMINY


As curvas de dureza, em escala Rockwell (HRC), em função da distância da
extremidade resfriada, em milímetros, para os aços SAE 4140, 4340 e 1045 estão
representadas na Figura 3.
13

Figura 3 – Curvas de dureza do ensaio Jominy das amostras de aço SAE 1045, SAE 4140 e SAE
4340.

Fonte: Os autores.

Destaca-se alguns picos de dureza em determinadas regiões das curvas dos


três aços. No aço SAE 4140 houve picos entre 15 e 20mm e entre 40 e 45mm. No aço
SAE 4340 houve picos entre 45 e 50mm, e no aço SAE 1045 houve erro nas medidas
a partir de 18mm de distância da extremidade da barra. Isso ocorreu devido a um erro
experimental, onde houve um estrangulamento durante a aplicação da pré carga,
gerando erros de leitura de dureza naqueles pontos.
Contudo, é possível observar uma queda gradual na dureza à medida que se
distancia da extremidade resfriada para os aços SAE 4340 e 4140, sendo que a queda
é um pouco mais acentuada para o SAE 4140. Os elementos de liga adicionados
nessas duas ligas possuem a função de aumentar a temperabilidade dessas ligas, ou
seja, a capacidade de formar martensita, pois retardam a reação de decomposição da
austenita, deslocando curvas TTT para tempos mais longos. Entretanto, a maior
capacidade de endurecimento presente no aço SAE 4340 se deve ao fato de conter
níquel na sua composição, que é classificado como um elemento estabilizador de
austenita do tipo A1 que contribui para o aumento do campo austenítico estável,
aumentando mais ainda a temperabilidade dessa liga pois necessitará mais tempo
para ocorrer as reações de decomposição da austenita, gerando mais facilmente
martensita na sua microestrutura. 6,7
Para o aço SAE 1045 ocorre uma brusca queda de dureza até 17mm de
distância da extremidade. Isso ocorre porque essa liga tem uma baixa
14

temperabilidade, ou seja, baixa capacidade de formar martensita a uma dada


profundidade da amostra. 6,7

4.2 DUREZA
4.2.1 Aço SAE 1045
As amostras do aço SAE 1045 foram submetidas a diferentes tratamentos
térmicos, sendo eles o recozimento, têmpera e revenimento. Estes que servem para
mudar alguma propriedade do material, entre elas a dureza.
Os resultados obtidos para as diferentes durezas estão apresentados na Tabela 2 e
na Figura 4 e Figura 5.

Tabela 2 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE 1045 nas condições
recozida, temperada, e temperado e revenido.

Rockwell (HRC)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
15 51,5 46
1045 17 52 44
16 52 44,5
15 51,2 43
15 57 42
Média 15,6 52,7 43,9
Desvio 0,9 2,4 1,5
Vickers (HV20)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
188,9 429 351
1045 183,1 494 231
182,3 435 271
196,9 435 283
183,1 444 288
Média 186,9 447,4 284,8
Desvio 6,2 26,6 43,2
Fonte: Os autores.
15

Figura 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 1045 nas condições recozida,
temperada, e temperado e revenido.

Fonte: Os autores.

Figura 5 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 1045 nas condições recozida,
temperada, e temperado e revenido.

Fonte: Os autores.

Analisando a Tabela 2 e a Figura 4 e a Figura 5, nota-se que as amostras


temperadas apresentam os maiores valores de dureza em relação às recozidas e
revenidas. Isso é justificado pela microestrutura obtida final na têmpera, que teve a
martensita como principal constituinte, e sabe-se que a martensita tem uma
característica de alta dureza, assim influenciando na dureza do aço.
16

De acordo com a literatura, a dureza do aço SAE 1045 temperado varia entre
20 e 62 HRC de acordo com a distância da extremidade da amostra. Dessa forma,
pode-se considerar que os valores encontrados estão deixo da faixa esperada. 5
Já ao comparar as durezas entre os aços recozidos, temperado e, temperado
e revenido. Observa-se uma grande diferença, principalmente em relação ao recozido
e temperado, nas durezas. Isso se deve ao fato da grande diferença de microestrutura
de ambos, sendo o recozido com perlita e ferrita, e o temperado com martensita,
consequentemente há diferença entre a dureza de um constituinte do outro. Sendo a
martensita considerada mais dura. Já quando a amostra é revenida, há a intensão de
diminuir a dureza do aço com um determinado aquecimento e diminuir a quantidade
de tensões internas. Isso faz com que sua dureza seja menor que a temperada,
porém, como ainda há presença de martensita, sua dureza é maior do que a da
amostra recozida.

4.2.2 Aço SAE 4140


As amostras do aço SAE 4140 foram submetidas a diferentes tratamentos
térmicos, sendo eles o recozimento, têmpera e revenimento. Estes que servem para
mudar alguma propriedade do material, entre elas a dureza.
Os resultados obtidos para as diferentes durezas estão apresentados na
Tabela 3 e nas Figuras 6 e 7.
17

Tabela 3 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE 4140 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido.
Rockwell
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
8 53,5 30
4140 10 51,5 38,5
15 51,9 39
11,5 53 43
14,5 51,5 41,5
Média 11,8 52,3 38,4
Desvio 2,7 0,8 4,5
Vickers (HV20)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
179,9 544 444
4140 171,5 536 399
151,3 566 351
168,6 509 378
166,4 544 343
Média 167,5 539,8 383,6
Desvio 10,2 18,4 36,4
Fonte: Os autores.

Figura 6 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4140 nas condições recozida,
temperada, e temperado e revenido.

Fonte: Os autores.
18

Figura 7 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4140 nas condições
recozida, temperada, e temperado e revenido.

Fonte: Os autores.

Analisando a Tabela 3 e a Figuras 6 e 7, nota-se que as amostras temperadas


apresentam os maiores valores de dureza em relação às recozidas e revenidas, assim
como ocorreu com o aço SAE 1045. Isso é justificado pela grande presença de
martensita na microestrutura final da têmpera, e a martensita é possui uma
característica de alta dureza.
De acordo com a literatura, a dureza do aço SAE 4140 temperado varia entre
29 e 59 HRC de acordo com a distância da extremidade da amostra. Dessa forma,
pode-se considerar que os valores encontrados estão deixo da faixa esperada.5
Da mesma forma que ocorreu com o aço SAE 1045 e SAE 4340, observa-se
uma grande diferença entre as durezas para os diferentes tipos de tratamento térmico.
Isso está diretamente relacionado com as microestruturas finais obtidas em cada um
dos casos. Quanto maior a quantidade de matertensita, maior será a dureza do aço.
Por isso que o temperado que possui uma grande quantidade possui a maior dureza,
e o recozido que não possui martensita, possui a menor dureza.

4.2.3 Aço SAE 4340


As amostras do aço SAE 4340 foram submetidas a diferentes tratamentos
térmicos, sendo eles o recozimento, têmpera e revenimento. Estes que servem para
mudar alguma propriedade do material, entre elas a dureza.
Os resultados obtidos para as diferentes durezas estão apresentados na Tabela 4 e
na Figuras 8 e 9.
19

Tabela 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE 4340
nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido.

Rockwell
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
23 69 45
4340 23 62,5 46
23 77,5 47,5
24 76,5 44,5
22 67,2 44,5
Média 23,0 70,5 45,5
Desvio 0,7 6,4 1,3
Vickers (HV20)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
278 570 426
4340 286 553 435
286 540 423
291 516 460
285 544 438
Média 285,2 544,6 436,4
Desvio 4,7 19,7 14,6
Fonte: Os autores.

Figura 8 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4340 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido.

Fonte: Os autores.
20

Figura 9 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4340 nas condições
recozida, temperada, e temperado e revenido.

Fonte: Os autores.

Analisando a Tabela 3 e a Figuras 8 e 9, nota-se que as amostras temperadas


apresentam os maiores valores de dureza em relação às recozidas e revenidas, assim
como ocorreu com o aço SAE 1045 e com o SAE 4140. Isso, também, é justificado
pela grande presença de martensita na microestrutura final da têmpera.
De acordo com a literatura, a dureza do aço SAE 4340 temperado varia entre
40 e 60 HRC de acordo com a distância da extremidade da amostra. Então analisando
os valores obtidos, vemos que eles não estão dentro da faixa de dureza esperado.
Isso deve ter ocorrido por talvez pela quantidade de martensita que o material
apresentou e sabe-se que a martensita tem uma elevada dureza. Ou também pela
quantidade de tensões internas que também fazem com que haja um aumento na
dureza do aço. 5
Assim como ocorreu com os outros aços, observa-se uma grande diferença
entre as durezas para os diferentes tipos de tratamento térmico e isso está
diretamente relacionado com as microestruturas finais obtidas em cada um dos casos.

4.3 MICROGRAFIAS
4.3.1 Aço SAE 1045
O aço SAE 1045 é composto por 0,43-0,50% de carbono, 0,60-0,90% de
manganês, ou seja, não possui elementos de liga na sua composição. 5,6
21

Uma das formas de modificar as propriedades dos materiais é a realização de


tratamentos térmicos, entre eles o recozimento, a têmpera e o revenimento.
O recozimento é utilizado para aumentar a usinabilidade dos aços e formar
uma microestrutura bem definida sem qualquer memória/efeito de tratamentos
térmicos e mecânicos já realizados. Em aços hipoeutetóides, como é o caso do aço
SAE 1045, esse tratamento é realizado com um aquecimento com uma temperatura
acima da linha de transformação A3, que é apresentada no diagrama TTT dos aços,
isso é realizado para que haja uma austenitização completa do material. A partir disso
se pode observar o comportamento do aço SAE 1045 recozido na Figura 10.

Figura 10 – Aço SAE 1045 recozido.

Fonte: Os autores.

Por meio da Figura 10, nota-se uma microestrutura com bandas de perlita e
ferrita, como esperado. 6
Já a têmpera é realizada com a intensão de aumentar a dureza do aço. Esse
aumento de dureza é obtido pela transformação de austenita em martensita por meio
de um aquecimento seguido de um resfriamento rápido. A partir da Figura 11 pode-se
observar o comportamento do aço SAE 1045 temperado.
22

Figura 11 – Aço SAE 1045 temperado.

Analisando a Figura 11, não é possível ver muito bem a microestrutura


formada, isso deve ter ocorrido por conta de um ataque não efetivo. Percebe-se alguns
contornos de grão e uma matriz ferrítica com possíveis quantidade do
microconstituinte bainita entre os contornos de perlita. De acordo com a teoria, o
esperado era uma microestrutura com a presença de ferrita, perlita, bainita superior e
quantidades de martensita. 6
Considerando que os materiais são resfriados rapidamente, estes esfriam de
uma maneira não homogênea, de forma que a superfície e extremidades das
amostras atingem a temperatura ambiente mais rapidamente que o seu centro. Isso
faz com que existam tensões internas de compressão na região central e tensões de
tração nas regiões de extremidade e superfície. Uma forma de atenuar essas tensões
é a realização do reaquecimento do aço temperado, esse processo é chamado de
revenimento.
O revenimento em si tem finalidade de eliminar qualquer inconveniente
produzido pela têmpera. Corrige durezas muito elevadas e aumenta a ductilidade dos
aços. Por meio da Figura 12 se pode analisar o comportamento do aço SAE 1045 na
condição temperada e revenida.
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Figura 12 – Aço SAE 1045 temperado e revenido.

Fonte: Os autores.

Analisando a Figura 12, nota-se que ouve um refinamento da microestrutura


martensitica do aço, isso se deve ao fato de ter diminuído as tensões internas do
material. Segundo a literatura, a miscroestrutura pode apresentar martensita, e
regiões com ferrita e perlita.6

4.3.2 Aço SAE 4140

O aço SAE 4140 é composto por 0,38-0,43% de carbono, 0,60-0,80% de


manganês, 0,20-0,35% de silício, 0,80-1,10% de cromo e 0,15-0,25% de molibdênio.
Assim como o aço SAE 1045, o aço SAE 4140 também é um aço hipoeutetóide e
também passou pelos tratamentos térmicos de recozimento, têmpera e revenimento.5
A Figura 13 apresenta o comportamento do aço SAE 4140 na condição
recozida.
24

Figura 13 – Aço SAE 4140 recozido.

Fonte: Os autores.
Por meio da Figura 13, pode-se observar a existência de colônias de perlita
lamerar, que são as regiões mais escuras da microestrutura e também a presença de
ferrita que são as regiões mais claras. Dessa forma, estando de acordo com o
esperado na literatura. 6
Já a Figura 14 apresenta o comportamento do aço SAE 4140 na condição
temperada.
25

Figura 14 – Aço SAE 4140 temperado.

Fonte: Os autores.
Observando a Figura 14, pode-se analisar que houve um refinamento na
microestrutura com predominância de martensita, que são as regiões mais escuras
da microestrutura. As regiões mais claras são porções de austenita retida que o
material apresenta. Essa microestrutura martensitica também está de acordo com a
literatura. 6
Essa diferença entre a microestrutura do aço SAE 1045 e SAE 4140 se deve
ao fato de que o aço SAE 1045 não apresenta elementos de liga, já o SAE 4140
apresenta porções de cromo e molibdênio, fazendo com que sua curva do diagrama
TTT seja deslocada para a direita em relação à curva TTT do aço SAE 1045.
Mostrando assim, uma maior temperabilidade para o aço SAE 4140 do que para o
SAE 1045, dessa forma, mais fácil é a formação de martensita.
Já a Figura 15 apresenta o comportamento do aço SAE 4140 na condição
temperada e revenido.
26

Figura 15 – Aço SAE 4140 temperado e revenido.

Fonte: Os autores.
Analisando a Figura 15, nota-se que houve um refinamento ainda maior da
microestrutura do material. De acordo com a literatura, é suposto formar um agregado
de carboneto de ferrita-martensita. Observando a imagem, é bem visível a presença
da martensita na microestrutura.

4.3.3 Aço SAE 4340


O aço SAE 4340 é formado por 0,38-0,43% de carbono, 0,60-0,80% de
manganês, 0,20-0,35 de silício, 1,65-2,00% de níquel, 0,70-0,90 de cromo e 0,20-0,30
de molibdênio. Assim como o aço SAE 1045 e SAE 4140, o aço SAE 4340 também é
um aço hipoeutetóide e também passou pelos tratamentos térmicos de recozimento,
têmpera e revenimento.
A Figura 16 apresenta o comportamento do aço SAE 4340 na condição
recozida.
27

Figura 16 – Aço SAE 4340 recozido.

Fonte: Os autores.
Observando a Figura 16 nota-se uma microestrutura com presença do
microconstituinte perlita em forma de lamelas e da fase ferrita em forma poligonal,
assim como esperado pela literatura.
Já a Figura 17 apresenta o comportamento do aço SAE 4340 na condição
temperada.
Figura 17 – Aço SAE 4340 temperado.

Fonte: Os autores.
Analisando a figura 17, nota-se que assim como com o aço SAE 4140, houve
um refinamento com predominância martensitica na microestrutura do material. Neste
28

caso com muito mais martensita e menos austenira retida. Isso se deve ao fato da
presença do elemento de liga níquel, que o aço SAE 4140 não possui. Esse elemento
faz com que a curva do diagrama TTT do SAE 4340 seja deslocada ainda mais para
a esquerda, estabilizando a austenita e fazendo com que ele necessite de menores
taxas de para a formação de martensita, ou seja, a sua temperabilidade é maior do
que a do aço SAE 4140.
Já a Figura 18 apresenta o comportamento do aço SAE 4340 na condição
temperada e revenida.
Figura 18 – Aço SAE 4340 temperado e revenido.

Fonte: Os autores.
Por meio da Figura 18, percebe-se que houve um refinamento ainda maior na
microestrutura do material, possuindo predominância martensitica, mas podendo
haver porções de cementita e ferrita, de acordo com a teoria.

4.4 VERIFICAÇÃO DAS NORMAS


Verificando a norma ASTM A 255, a dimensão dos corpos de prova usados
para o ensaio Jominy não estão de acordo com a norma, em que especifica o uso de
25,4mm de diâmetro e 101,6mm de comprimento. A altura, em milímetros, do jato de
água livre usado na prática também não atende ao requisito da norma de 63,5mm de
altura. Outra especificação é quanto à distância entre as indentações realizadas no
durômetro, que deve ser de 1,5mm, e os deslocamentos submetidos na amostra
variaram entre 0,5 e 2,5mm.8
29

De acordo com a norma ASTM E 92, não há um modelo ideal de amostra para
a realização do teste de dureza Vickers, ele pode ser utilizado para qualquer estilo de
amostra. O que realmente deve ser seguido é o método de medição, cujo corresponde
na medição das duas diagonais formadas pela indentação e então encontrar o valor
da dureza, como foi realizado no experimento. Além disso, é muito importante o
indentador manter suas medidas padrões, que seria em forma de pirâmide com
ângulos de 136º sem ultrapassar 0,001mm de comprimento. Porém, não há uma
fiscalização desse quesito. 3
Já na norma ASTM E 18 diz que a distância mínima entre as durezas deve
ser o valor de três vezes o diâmetro a indentação, conforme foi realizado em sala de
aula. Também diz que a espessura da amostra não deve ser menor que 6mm e a sua
área superficial deve ter pelo menos 2581 mm2, assim como as utilizadas. Além disso,
houveram algumas estrangulações no equipamento enquanto as medidas estavam
sendo realizadas, isso fez com que tivesse uma variação em algumas medidas de
dureza. 4
30

5 CONCLUSÃO

Pelo ensaio Jominy é possível observar que, para ligas com teores próximos
de carbono, os tipos de elementos de liga presente na composição afetam a
temperabilidade do aço, retardando as reações de decomposição da austenita,
facilitando assim a formação de martensita na microestrutura. O elemento de liga que
diferenciou a temperabilidade entre o aço SAE 4340 e SAE 4140 foi o níquel,
classificado como um estabilizador de austenita e que gera maior endurecimento na
liga, justificando uma menor queda de dureza ao longo do comprimento do corpo de
prova. Apesar dos erros experimentais presentes que afetaram a obtenção de
algumas medidas, foi possível observar a característica de cada curva de dureza,
onde destaca-se uma queda brusca no aço SAE 1045, justamente pela sua baixa
capacidade em formar martensita.
Os tratamentos térmicos são utilizados com intenção de mudar alguma
propriedade específica do material. Por meio da análise das durezas Vickers e
Rockwell C, juntamente com as microestruturas obtidas pelos tratamentos, percebe-
se a relação existente entre os dois.
As maiores durezas foram obtidas nos materiais temperados, isso ocorreu por
causa da maior existência de martensita na microestrutura de todos os aços. Ao
compararmos as durezas dos aços SAE 1045, SAE 4140 e SAE 4340 na condição
temperada, nota-se que as durezas das amostras do SAE 4140 e SAE 4340 são bem
superiores que as do SAE 1045, isso está relacionado com a não existência de
elementos de liga na sua composição, fazendo com que sua temperabilidade seja
menos, ou seja, há uma menor transformação martensítica. Já as durezas do SAE
4140 e SAE 4340 são bem próximas uma da outra, teoricamente os valores do SAE
4340 devem ser maiores pela presença de níquel na sua composição, fazendo com
que a sua curva TTT seja deslocada à esquerda, consequentemente possuindo uma
transformação martensítica maior que o SAE 4140.
Nas amostras temperadas e revenidas houve uma diminuição na dureza em
relação as apenas temperadas, o que era esperado, considerando que o revenimento
serve para a diminuição de tensões internas e um para fazer refinamento da
microestrutura. Isso faz com que a dureza diminua.
O recozimento é utilizado para a diminuição da dureza dos aços e dar uma
maior usinabilidade a eles. Isso é analisado por meio da microestrutura de cada
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amostra, que, em geral, apresentou ferrita e perlita como principais constituintes, e


sem a existência de martensita.
Por tanto, percebe-se a importância da análise microestrutural do material
para ter uma explicação concreta sobre a dureza dele.
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REFERÊNCIAS

1. REVANKAR, G. Introduction to Hardness Testing. In: ASM Metals Handbook –


Mechanical Testing and Evaluation, ASM INTERNATIONAL, v. 8, p.416-613, 2000.

2. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. E 10 – 17: Standard Test


Method for Brinell Hardess of Metallic Materials. West Conshohocken: ASTM,
2017. 32 p.

3. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. E 92 – 17: Standard Test


Methods for Vickers Hardness and Knoop Hardness of Metallic Materials. West
Conshohocken: ASTM, 2017. 27 p.

4. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. E 18 – 17: Standard Test


Methods for Rockwell Hardness of Metallic Materials West Conshohocken: ASTM,
2017. 38 p.
5. Properties and Selection: Irons, Steels, and High Performance Alloys In: ASM
Handbook, v.1, 10th, 1990.
6. Metallography and Microstructures, Vol 9, ASM Handbook, ASM International,
2004.
7. ERICSSON, T. Principles of heat treating of steels. ASM Handbook, ASM
International, vol. 4, 1991.
8. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. A 255: Standard test
methods for determining hardneability of steel. ASTM 2017.

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