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Cadernos PDE
II
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Ponta Grossa
2014
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Turma 2014
Resumo:
Este Caderno Temático tem como objetivo expor
as principais características dos indivíduos com
dislexia e discuti-las a partir da teoria, bem como
oferecer elementos que permitam a orientação do
trabalho pedagógico com esses alunos. O Caderno
Temático justifica-se na medida em que
verificamos que a dislexia é uma transtorno da
aprendizagem cada vez mais presente no contexto
escolar, o que torna necessário que sejam
oferecidos subsídios teórico-práticos que auxiliem
os professores nessa mediação. Ao elaborarmos o
presente trabalho, temos o propósito de que ele seja
aplicado como material para a formação
continuada de professores, no que tange às
necessidades educativas especiais, particularmente,
ao discutir a dislexia como transtorno da
aprendizagem. Nele são abordadas a definição, as
causas, as características, bem como a legislação e
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Considerações Iniciais...............................................................................................p. 05
7. Relatos de casos.....................................................................................................p. 24
Considerações finais..................................................................................................p. 25
Referências.................................................................................................................p. 28
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nesse quadro, a escola, enquanto instituição que tem entre suas finalidades a
transmissão às novas gerações dos saberes produzidos e acumulados historicamente
pela humanidade, cumpre um papel decisivo no sentido da superação das dificuldades
dos alunos disléxicos. A aquisição da leitura e da escrita costumam gerar expectativas e
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entusiasmo, tanto nos alunos quanto em suas famílias, no entanto, apesar disso, observa-
se no ensino fundamental, elevado número de crianças que apresentam dificuldades na
aquisição dessas habilidades. Guimarães (2005) nos indica que:
uma visão global do paciente, sua contextualização familiar, na escola e no meio social
que está inserido.
O laudo tem como finalidade resumir as conclusões a que se chegou na busca de
respostas, diante da visão global do paciente ante a questão da aprendizagem e da
produção escolar, formulando o diagnóstico final. Por fim, são elaboradas
recomendações e indicações, reunindo as orientações aos pais e a escola, tais como:
troca de turma ou de escola; posição do educando em sala de aula; como trabalhar com
ele em casa/escola; reformulação de exigências; atribuição de responsabilidades;
metodologia a ser usada. Também são indicadas as modalidades de atendimento
profissional especializado recomendadas (Psicopedagogia, Fonoaudiologia, Psicologia,
entre outros profissionais).
Zorzi (2008) fala da necessidade de identificar para cuidar. Para ele, é
importante que esta regra seja seguida à risca. Esperar para ver o que vai acontecer
resulta muitas vezes na manutenção e agravamento dos problemas. O autor elenca que,
quem tem dificuldade precisa de ajuda e não de castigo. Em um estudo de caso ele
descreve:
Recomendações e Estratégias
1. Trate o educando com naturalidade e respeite sua dificuldade, ele é um aluno
como qualquer outro, apenas possui dislexia;
2. Muitos disléxicos tem dificuldade para compreender uma linguagem simbólica
(mais elaborada), sendo necessário o uso de uma linguagem objetiva, clara e
direta. Usando frases, textos curtos e simples para passar instruções;
3. Forneça uma instrução por vez. Os disléxicos possuem dificuldade em guardar
mais de uma ordem;
4. Prefira ficar olhando direto para o aluno, isto facilita e ajuda a comunicação;
5. Certifique-se que o educando entendeu suas explicações e sempre que necessário
repita-o, muitas vezes eles falam que entenderam, mas pela sua expressão
(fisionomia), percebemos que não houve um entendimento, sendo necessário
repeti-lo quantas vezes for necessário, ou de maneiras diferentes;
6. Observar se o educando faz as anotações da lousa antes de que ela seja apagada,
ajude ele a se organizar;
7. Estimule o educando naquilo em que ele é tem maior facilidade. Procurando
descobrir quais são suas outras habilidades, contribuindo para que ele se sinta mais
confiante e capaz. Fortaleça sempre a sua autoestima, ele necessita muito disso;
8. Não coloque o aluno em evidência, pedindo para que ele leia em voz alta. Às
vezes em separado é melhor;
9. O disléxico tende a lidar melhor com as partes do que com o todo, abordagens e
métodos globais e dedutivos são de difícil compreensão. Apresente-lhe o
conhecimento em partes de maneira indutiva;
9.1 - Ao realizar atividades/avaliações utilize letra com um tamanho
razoável e com um espaçamento nítido;
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Cabe a nós educadores atuarmos como mediadores, pois os disléxicos tem ritmo
diferente dos demais educandos. Enfim, trabalhar com o aluno disléxico exige um
pouco mais de atenção para esses detalhes, ciente que com estes cuidados faremos um
trabalho mais efetivo e com maior impacto em sua vida.
Outro item importante a se destacar, refere-se aos cuidados na avaliação que
precisam estar presentes nesse processo, com a necessidade de promover avaliações
contínuas – em maior número e com menos conteúdos acumulados. Sempre que
necessário, antes da avaliação, o conteúdo estudado pode ser retomado, por meio de
uma linguagem clara e objetiva. A estratégia de subdividir o texto também costuma ser
eficiente. Nesse sentido, ainda se recomenda oferecer ao aluno a opção de fazer prova
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oral ou atividade que utilize diferentes expressões e linguagens; uma maior tempo para
realizar as tarefas avaliativas de um modo geral.
Durante a avaliação prestar assistência auxiliando sempre que necessário,
oferecendo oportunidades para que o aluno explique oralmente o que por ventura não
tenha ficado claro por escrito, respeitando seu ritmo. Após a avaliação pode ser
necessário retomar os conteúdos que tiverem um índices mais elevados de erros.
O Relatório da Comissão Internacional da UNESCO, coloca quatro eixos
fundamentais que devem nortear a educação do século XXI: Aprender a aprender;
Aprender a fazer; Aprender a conviver juntos; Aprender a ser. Esses pontos nos levam à
reflexão acerca do sentido amplo do ato de educar, e nos sugere que o essencial é
oferecer condições para que o educando supere as suas dificuldades e se torne cada vez
mais responsável e autônomo por sua aprendizagem, e, por consequência, tenha
instrumentos para atingir seus objetivos.
Ainda, estipula por educação especial o processo definido por uma proposta
pedagógica que:
Artigo 3°.
- Assegure recursos e serviços educacionais especiais;
- sejam organizados institucionalmente para apoiar, complementar,
suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais
comuns;
- garanta a educação escolar;
- promova o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e
modalidades da educação básica.
7. RELATOS DE CASOS
Os casos nos levam à reflexão de que cada criança tem uma história de vida,
com diferentes oportunidades e ações diferenciadas por parte da família. No entanto,
quando a criança/escola/família são orientados todos ganham. Apesar de ter um quadro
inicial, muitas vezes desanimador as atitudes terapêuticas podem trazer avanços e
resultados positivos, que farão a diferença na vida de muitos indivíduos com
necessidades educativas especiais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ELLIS, Andrew W. Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2. ed. Porto
Alegre: Artes Médicas,1995.
MANTOAN, Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? por quê? como fazer? 2. ed. São
Paulo: Moderna, 2006.
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WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos
problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: Dp&a, 2001