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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Direito Comunitário
Aula do dia 16/1COMERCIAL
NOÇÕES DO DIREITO COMUNITÁRIO
CONCEITO: O Direito Comunitário tem um conceito que abrange um
conjunto de normas provenientes de Tratados constitutivos da UMOA e
UEMOA, as deliberações dos respetivos órgãos e os seus protocolos
adicionais.
- UMOA significa Organização Monetária Oeste Africana, foi fundada em
1962
-UEMOA significa Organização Económica e Monetária Oeste Africana,
fundada em 10 de janeiro de 1994 em Dakar capital do Senegal.
SISCOA- sistema contabilístico oeste africano.
O DIREITO COMUNITÁRIO- é uma ordem jurídica que lhe aplicam os
princípios estruturadores de toda ordem jurídica :
- fontes
-contenciosos
-interpretação
- integração de lacunas etc…
O DIREITO COMUNITÁRIO É FORMADO POR:
 Direito comunitário institucional e Direito comunitário material.
- Direito comunitário institucional que engloba os aspetos de estruturação
das comunidades ou seja o estatuto e as competências dos órgãos
comunitários e as relações entre a ordem jurídica comunitária e as ordens
jurídicas dos Estados membros.
- O DIREITO COMUNITÁRIO MATERIAL:
Que é constituído pelas disposições dos tratados e pelos Atos adotados pelos
órgãos comunitários que regem ( disciplinam) as atividades que se incluem
no campo de aplicação dos Tratados.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

AUTONOMIA CIENTIFICA , DIDÁTICA DO DIREITO


COMUNITARIO:
O Direito Comunitário apesar de na sua génese (origem) ser Direito
Internacional uma vez que as comunidades são criadas por Tratado
Internacional, acaba por se autonomizar e adquirir caraterísticas especificas
……
O Direito Comunitário vive subsidiariamente do Direito Internacional
(DIP).
A autonomia do Direito Comunitário pretende significar que a ordem
jurídica comunitária é diferente das nacionais ( NORMAS INTERNAS)
apresentando regras e princípios específicos.( porque o direito comunitário
possui as próprias regras e princípios diferentes dos das normas nacionais
que existem nos Estados membros de uma comunidade).
- DIREITO COMUNITÁRIO NA RELAÇÃO COM DIREITO
PUBLICO- DIREITO PRIVADO
O Direito Comunitário não se enquadra bem na dicotomia (divisão em duas
partes contrárias e complementares)– do Direito Público ou Direito Privado
uma vez que algumas matérias fazem parte do Direito Público enquanto
outras fazem parte do Direito Privado.
- O Direito Comunitário é Direito Publico pois as próprias comunidades são
sujeitos de Direito Publico mas há certas áreas que fazem parte do Direito
Privado, tais como: O DIREITO DA CONCORENCIA, O DIREITO DA
SOCIEDADE E O DIREITO COMERCIAL...( em relação abertura de um
banco nos Estados membros da comunidade é da competência da união
atribuir licença)
Direito comercial é mitigado isto é, não é só Direito Público e nem é só
Direito Privado.

- AS CARTERISTICAS DO DIREITO COMUNITARIO


- o Direto Comunitário apresenta as seguintes caraterísticas :
 Aplicabilidade Direta;
 Efeito direto;

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

 A integração do direito comunitário nos Direitos internos


(nacionais);
 A COMPLEMENTARIEDADE DOS DIREITOS NACIONAIS
RELATIVAMENTE AO DIREITO COMUNITÁRIO;
 O PRIMADO DO DIREITO COMUNmITÁRIO.

1ª- Aplicabilidade Direta- a aplicabilidade direta consiste em tais normas
(normas provenientes do tratado) se aplicarem aos Estados membros
independentemente de qualquer ato de receção nos Direitos Internos.
A norma é suscetível de aplicação imediata ( na data da sua entrada em
vigor) nos outros Estados membros da Comunidade, sem necessidade de
qualquer ato por parte do Estado. Por outro lado, não se pode impedir a
vigência da norma no ordenamento jurídico interno.
AS NORMAS COMUNITÁRIAS QUE GOZAM DE
APLICABILIDADE DIRETA SÃO:
1. As Normas do regulamento Comunitário,
2. As Normas das Decisões comunitárias que não se dirigem aos Estados
ou seja que se dirigem aos particulares,
2ª Efeito direto- Consiste em tais normas serem fontes imediatas de direitos
e obrigações, podendo ser invocados no Tribunal.
DISTINÇÃO ENTRE EFEITO DIRETO E APLICABILIDADE
DIRETA:
Em primeiro lugar há que distinguir o efeito direto da aplicabilidade direta.
Enquanto a aplicabilidade direta é a suscetibilidade de a norma jurídica
comunitária vigorar na ordem jurídica interna sem necessidade de
transposições (mecanismo jurídico interno de fazer encaixar a norma
comunitária na ordem jurídica interna) o efeito direto é a suscetibilidade
que um particular tem para invocar no Tribunal uma norma comunitária
para afastar a norma nacional que lhe é desfavorável.

!!! Mestre isto não poria em causa a soberania dos


estados membros mesmo sabendo que com a

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

integração na comunidade o Estado Aliena parte da


sua soberania, mas isso em relação a certas matérias.
A distinção entre Aplicabilidade direta e o Efeito direto faz sentido dado que
há normas comunitárias que não dispõem de aplicabilidade direta ( AS
DIRETIVAS COMUNITARIAS) mas mesmo assim são invocáveis no
Tribunal nacional.
Que efeito uma diretiva comunitária poderia ter se não for alvo de
transposição caso for invocado no tribunal nacional por um particular??

FUNDAMENTO (ou razão de ser) DO EFEITO DIRETO.


O fundamento do efeito direto é de assegurar o primado ( prevalência) do
Direito Comunitario sobre a ordem jurídica Estadual e, do modo geral,
garantir a Uniformidade (igualdade perante a lei) na aplicação do Direito
Comunitário.
A TEORIA DO EFEITO DIRETO fundamenta-se numa interpretação
GLOBAL DO TRATADO.

-EFEITO DIRETO VERTICAL E EFEITO DIRETO HORIZONTAL:


O efeito direto vertical- é a possibilidade de o particular invocar no Tribunal
nacional a norma comunitária contra qualquer autoridade publica.
O efeito direto horizontal- é a possibilidade de o particular invocar a norma
comunitária no tribunal nacional contra qualquer outro particular.
3ª A INTEGRAÇÃO DO DIREITO COMUNITÁRIO NOS
DIREITOS INTERNOS ( NACIONAIS):
- a integração do Direito Comunitário nos Direitos internos ou nacionais
decorre do facto de os sujeitos da ordem jurídica comunitária não serem
apenas os Estados membros mas também os seus nacionais.
 4ª A COMPLEMENTARIDADE DOS DIREITOS NACIONAIS
RELATIVAMENTE AO DIREITO COMUNITÁRIO:

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- A complementaridade dos direitos nacionais relativamente ao direito


comunitário resulta essencialmente do carater incompleto caraterística deste
(DIREITO COMUNITARIO). Esta complementaridade reflete-se em
inúmeros aspetos:
- o Tribunal recorre na interpretação e na aplicação do Direito Comunitário
aos PRINCÍPIOS COMUNS às ordens jurídicas dos Estados membros.
- a execução das decisões do Tribunal das Comunidades cabe aos Estados
membros segundo as regras nacionais respetivas.
-São habituais as remissões do Direito Comunitário para as ordens jurídicas
nacionais especialmente em matéria de LIVRE- CIRCULAÇÃO DE
TRABALHADORES E DO direito DE ESTABELICIMENTO (direito de
criar empresas).
5ª O PRIMADO DO DIREITO COMUNITÁRIO:
- o primado do Direito comunitário sobre todos e cada um dos direitos dos
Estados membros da comunidade é essencial, absoluto, incondicional, (Sine
qua non) uma verdadeira exigência existencial das comunidades.
A força executiva do Direito comunitário não pode, com efeito variar de um
Estado para outro em resultado de legislação internas ulteriores, sem colocar
em perigo a realização dos fins dos Tratados nem provocar uma
discriminação.
A transferência operada (realizada) pelos Estados da ordem jurídica da
comunidade e sua ordem jurídica interna em proveito, ( beneficio) da ordem
jurídica comunitária dos direitos e obrigações correspondentes às
disposições dos Tratados, implica assim uma limitação definitiva dos seus
direitos soberanos, contra a qual, não pode prevalecer um ato unilateral,
ulterior ou incompatível com a noção da comunidade .

PoQde dizer-se que do ponto do Tribunal das comunidades, o primado do


Direito Comunitário não está expressamente consagrado. – Por demasiado
obvio em nenhuma disposição dos Tratados resulta da própria natureza das
comunidades criadas porque era da autolimitação dos poderes soberanos dos

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Estados membros ao transferirem para aquelas algumas das suas


competências porque a autolimitação da soberania foi reciproca e
concertada, questionar o primado do Direito Comunitário sobre os
direitos nacionais é ameaçar a sobrevivência das comunidades.
o princípio do primado do Direito Comunitário comporta um resultado de
diversa importância:
- A norma Nacional que contrariar a regra comunitária é inaplicável. Este
princípio da Primazia do Direito Comunitário sobre o Direito interno, aliás
direito nacional, dos Estados membros da comunidade é expresso no art.º 6º
do Tratado da UEMOA.
Nota: os atos praticados pelos órgãos da União para realização dos objetivos
do presente Tratado e em conformidade com as regras e procedimento por
este instituídos (acordos são aplicados em cada Estado membro, não obstante
toda legislação comunitária anterior ou posterior).
EX. Nos domínios Económicos, fiscais e de contas.

AS RELAÇÕES ENTRE O DIREITO COMUNITÁRIO COM


OUTROS RAMOS DE DIREITO
- DIREITO COMUNITÁRIO COM DIREITO INTERNACIONAL- as
comunidades foram instituídas por Tratados aos quais se aplicam o Direito
internacional.
- DIREITO COMUNITÁRIO COM O DIREITO ADMINISTRATIVO-
o Direito Administrativo é o grande inspirador do Direito comunitário
nomeadamente da Diretiva comunitária ( poder discricionário ) e da
decisão comunitária bem como de alguns princípios da ordem jurídica
comunitária.
o contencioso administrativo inspira o contencioso comunitário.
A DIRETIVA COMUNITÁRIA nº 3/ 2007 ( Harmonização de currículo
Escolar no espaço da UEMOA/ CEDEAO).
Obs.: competência- conjunto de poderes funcionais;
Desvio de poderes- no ámbito da sua competência mas não atingiu a
sua finalidade.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

No nosso caso, o contencioso administrativo é apreciado pelo tribunal


regional de Bissau.
- DIREITO COMUNITÁRIO COM O DIREITO
CONSTITUCIONAL- Os Tratados são a constituição das comunidades,
não no sentido de constituição do Estado mas no sentido de que os Tratados
contêm os princípios informadores da ordem jurídica comunitária (como tal
faz a constituição a nível interno) a competência do Tribunal das
comunidades é inspirada na competência de Tribunais constitucionais.
Aula do dia 29/10/2018

Atenção!! Para exames

1. PRINCÍPIOS DO DIREITO COMUNITÁRIO: Aspestos gerais

O Dieito comunitário contém oito princípios são eles:

 Princípio da i

a. Principio da igualdade - este principio proíbe o tratamento desigual em


razão da nacionaldade.

b. O princípio da liberadade- o princípio da liberdade não expressamente


formulado nos tratados determina que o direito comunitário deve ser
interpretado da forma mais favorável às liberdades garantidas pelos tratados
(ou, o mesmo é dizer que, as limitações a estas liberdades devem ser
interpretadas restritivamente).

C. O principio da solidariedade ou lealdade comunitária ?( art 7º


Tratado da UEMOA) - este princípio afirma que os Estados membros não
devem, a mesmo tempo que se aproveitam das vantagens da integração
comunitária, sobrepor o seu conceito de interesse nacional à satisfação dos
encargos decorrentes de tal integração- este princípio decorre da igualdade
dos Estados membros face ao direito comunitário, que determina uma
equilibrada distribuição das vantagens e encargos resultantes da integração.

-Conteudo deste princípio

Conteúdo positivo- os Estados devem adotar todas as medidas necessarias


ao cumprimento do Direito comunitário.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Conteúdo negativo- Os Estados devem abster-se de praticar atos que


ponham em causa o Direito comunitário.

d. O princípio da unidade ou o da uniformidade - este princípio impõe a


interpretação e aplicação uniforme do Direito comunitário em todo o
território dos Estados membros no sentido mais favorável à construção de
um verdadeiro mercado único ou mercado comum (mercado sem fronteiras).

Este princípio tem que ver apenas com a preocupacão da construção de um


verdadeiro mercado sem fronteiras ou também abrange outras realidades???

MEIOS (formas) DE ASSEGURAR O PRINCÍPIO DA


UNIFORMIDADE:

1. Princípio do primado- prevalência do direito comunitário sobre todo o


direito nacional é uma forma de assegurar a uniformidade na medida em que
a legislação nacional divergente é afastada pelo direito comunitário.

2. Princípio da aplicabilidade direta- a suscetibilidade de o direito


comunitário se aplicar sem necessidade de qualquer ato de transposição
nacional também contribui para uma aplicação idêntica do direito
comunitário nos Estados membros .

3. princípio do efeito direto- a susceptibilidade de um particular invocar


uma norma comunitária independentemente da sua transposição vai implicar
uma aplicação uniforme do direito comunitário.

4. A harmonização das ordens jurídicas nacionais com a ordem jurídica


comunitária

a harmonização das legislações contribui para a uniformidade do direito.


Também é um dos objetivos da organização comunitária como ex. HOADA

Aula do dia 30/10/2018


e. Princípio do adquerido comunitário- as instituições comunitárias
defendem que a adesão às comunidades implica a aceitação de todo o Direito
Comunitário no estádio (fase) em que se encontra de momento. Os Estados
que aderem às comunidades devem respeitar todo o Direito comunitário
preexistente: - O Direito Comunitário originário.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

O direito comunitário derivado.


-Os acordos internacionais de que a comunidade é parte;
- os Estados devem respeitar ainda todas as decisões políticas tomadas até às
suas adesões.
Exceção à este princípio: período Transitório
Para Estado poder se adaptar as realidades da comunidade.... (Língua,
produção legislativa interna para se harmonizar com a da comunidade).
Será que durante o período transitório o particular pode invocar uma norma
do Direito comunitário que lhe é favorável em detrimento duma norma do
direito nacional desfavorável.
f. O princípio de equilíbrio institucional- o princípio do equilíbrio
institucional significa que a distribuição de competências não é casual, ou
seja, existe uma certa separação de poderes que vai conduzir a um
equilíbrio. Isto implica que cada órgão comunitário deve exercer as
competências que lhe estão atribuídas pelo Tratado.
g. Princípio da subsidiariedade- o princípio da subsidiariedade é um
princípio regulador do exercício das atribuições e competências
comunitárias. A comunidade intervém apenas se e na medida em que os
objetivos da ação encarrada não possam ser suficientemente realizados pelos
Estados membros, e possam pois, devido à dimensao ou aos efeitos da acao
prevista, ser melhor alcançados ao nivel comunitario. O princípio pode
aplicar-se sempre que se verifique uma situação em que duas entidades de
niveis diferentes sejam potencialmente aptas para desempenhar uma mesma
tarefa, ou seja, o princípio deve aplicar-se sempre que exista uma repartição
horizontal e vertical de atribuições e competências entre entidades superiores
e inferiores. Atualmente o princípio é definido como visando confiar as
competências das instituições políticas a um nível de decisão que assegure o
máximo de eficácia da decisão por referência ao objetivo pretendido (
criterio de eficacia) ou ao nivel mais próximo do cidadão (criterio
democrático). O principio da subsidiariedade só se aplica às atribuições
e competências comunitárias concorrentes, o que exclui à partida a sua
aplicação às atribuições e competências exclusivas da comunidade ( ex.
Politica monetaria e de credito) , bem como às atribuicoes e competencias
reservadas aos Estados membros.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

h. O PRINCIPIO DA COESÃO ECONOMICA E SOCIAL- a coesao


economica e social foi o preço (custo) que os Estados mais favorecidos
tiveram de pagar pela liberalização (abertura) do mercado como são eles que
mais contribuem para o orçamento comunitario, indiretamente acabam por
financiar as ações comunitarias nos Estados membros menos favorecidos.
Mas, por outro lado, são eles que maiores vantagens vão retirar do mercado
interno, pois detêm infrastruturas economicas melhores preparadas para tal.
Aula do dia 05/11/2018
NOAV
EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO ECONOMICA SUB REGIONAL
- A COMUNIDADE ECONOMICA DOS ESTADOS DA AFRICA
OCIDENTAL ( CEDEAO)
- O Tratado constitutivo a CEDEAO foi assinado a 28 de maio em 1975 em
Lagos. É o mais importante Tratado assinado em Africa do Oeste. O Tratado
da CEDEAO foi revisto em julho de 1993 na cimeira dos chefes dos Estados
e do governo realizada em Cotounoun( Benin).
A Comunidade reagrupa 15 Estados da região.
As diferenças Economicas na CEDEAO são acentuadas por diferenças
culturais, historicas e politicas. Os laços coloniais com diferentes potencias
colonizadoras estão na origem da existencia de 3 linguas diferentes: o
francês, Inglês e Português.
Diferentes moedas e estruturas administrativas publicas.
O objetivo da comunidade é de promover a cooperaçao e o desenvolvimento
em todos os dominios de atividade economica com o objetivo de elevar o
nivel de vida das suas populaçoes, manter a estabilidade economica e o
desenvolvimento do continente africano.
Tambem tem como objetivo a promoçao de integraçao, atraves do
estabelicimento de uma uniao economica de africa ocidental.
Entre os objetivos da CEDEAO seria a adoçao de uma politica comercial
comum em relaçao aos países terceiros. A supressão entre os Estados
membros, dos obstaculos a livre circulaçao das pessoas, bens, serviços,
capitais, bem como a harmonizaçao necessaria ao bom funcionamento de
uma politica monetaria comum. Pretende- se com isso a constituiçao de um

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

vasto mercado comum oeste africano e a criaçao de uma uniao monetaria


que favoreça o crescimento economico e o desenvolvimento da africa do
Oeste.

Aula do dia 06/11/18


NOAV
UNIÃO EUROPEIA
- Aspectos historicos
- A historia da integraçao europeia é uma historia recente: começou logo
após o termo do segundo conflito mundial. É em 1946 que Sir WINSTON
CHURCHILL profere o celebre " discurso de Zurique" lançando a ideia de "
uma especie de Estados unidos de Europa" em 1947 a guerra "Fria" dá os
seus primeiros passos com a consilidaçao dos dois blocos geopoliticos.
Desencadeia-se Plano MARCHAL e no ano seguinte são criadas a
organizaçao europeia de cooperaçao economica (OCECE) para gerir os
fundos destinados a concretizçao daquele Plano, e a União da Europa
ocidental. Entretanto a ideia de integraçao encontra-se no francês JEAN
MONET. Inspirado nas suas ideias o ministro dos negocios estrangeiro de
então francês ROBERT SCHUMAN, torna publico em discurso proferido
no dia 9 de maio de 1950, o Plano que haveria de ficar ligado ao seu nome.
No Plano Robert Schuma, propunha se que o carvão e o Aço produzidos pela
frança pela Alemanha federal e pelos demais países europeios ineteressados
fossem colocados em comum sob o controlo de uma alta
autoridadeautoridade.
O plano R S apresentava, claramente, dois objetivos:
- um objetivo politico, a pacificaçao Franco- Alemã ( curto prazo) com vista
ao lançamento das bases da futura federaçao europeia ( longo prazo)
- um objetivo Economico ja que a reconstruçao europeia exigia uma rapida
recuperçao do sector metalurgico. O plano Schuman foi concebido com
entusiasmo na europa ocidental. Em 20 de junho de 1950 começam as
negociaçoes. Pouco depois em 1 de agosto do mesmo ano, a assembleia
construtiva do Conselho de Europa propoe a criaçao de uma comunidade
europeia de defesa( CED).

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Tratava- se de criar um exercito europeio, sob comando unificado de um


ministro europeio de defesa. Em 18 de abril de 1951 é assinado em paris o
tratado que institui a comunidade europeia do Carvao e do Aço (CECA).
Subescrevem-no a França, Italia, Alemanha federal, Belgica,Holanda e
luxemburgo. O primeiro passo efetivo na historia ba integração europeia
estava dado.
Em 25 de Março de 1957 foram assinados em Roma os Tratados que criam
a Comunidade Economica Europeia (CE) e de uma organizacao setorial- a
comunidae Europeia de Eneriga Atômica, conhecida por EUROTOM.
AULA DO DIA 12/11/2018
Estava dado o segundo grande passo no processo de integraçao,
consolidandando-se" europa dos 6"(tratado de paris).

Em 4 de jan3iro de 1960, é assinado em Estocolmo a conveçao que cria a


associaçao europeia de comercio livre( EFTA), formada pelo reino unido,
portugal, suecia, Austria, Dinamarca, Neruegue e Suiça.em 1967, o reino
unido renova o seu pedido de adesao á uniao europeia:pedido que confronta
com a posiçao de De Goulle, firmime convencido que os ingleses pretender
entrar nas comunidades para melhor as destruirem.Em resultado de um
referendo mal sucedido, o general De goulle afastace do poder.

O presedente Georges ponpidoi, que lhe sucede, é menos desconfiado


relativamente as inteçoes britanicas.

Em resultado, da reuniao dos chefes dos estados e do governo teve lugar em


aia, de 1 a 2 de dezemnro de 1969, aprova á adesao do reino unido, da
Irlanda, de Dinamarca e da nuruega.é o primeiro alargamento das
comunidade que está a vista.Mais quando nao haveria de chegar ao fim sem
que os defensores da integracao conheçam um novo precalso:os Nerogeuses,
pronunciando-se atraves do referendo, recusam entegraçao do seu pais na
comunidades "europa dos 6"tornava-se "europa dos 9"concretizada em 1973.

O tratado de adesao da grecia é assinado em atenas de 28 de maio de 1979,


concretizando-se efetiva entegraçao em 1 de janeiro de 1981 (2 alargamento)

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

"Europa do 10"dprou ate 1 de janeiro de 1986, altura em que cedeu o lugar


a nova "europa dos 12", merce da entegraçao de Portugal e Espanha, cujos
tratados de adesao foram assinidos, respetivamente, em lisnoa e Madrid em
12 de junho 1985.

Em 7 de janeiro de 1992, assinou-se em Maastricht, o tratado que institui a


uniao europeia.

Mais tarde, concretamente em Janeiro de 1995, em resultado dos tratados de


adesao do ano anterior, a Austria, Suecia e Filandia passaram a fazer parte
da uniao europeia (designaçao que, de 1993, em diante, substitui a de
comunidade) constituida apartir de entao o 15 estados membros. Em maio
de 1998, constitui verdadeiramente, a data histórica do lançamento da uniao
economica e monetaria.com base na recpmemdaçao do conselho"economia
e finanças ecofin" e em resultado de parecer do Parlamento europeu, o
conselho, reunido anivel dos chefes dos estados e de governo, decidiu, por
unamidade, que os 11 estados membros, no, nomeadamente a
Bélgica,alemanha, Espanha, frança, irlandia, italia, lucherbungo,paises
de baixo, austria, portugal e Filandia, respeitavam as condiçoes
necessarias para a adoçao da moeda unica em 1 de janeiro de 1999.

AULA DO DIA 13/11/2018


- Em maio de 2004, a UE viu-se alargada a 25 Estados, com a adesão dos
Estados do Báltico(Estonia, Letonia e Lituania) 4 país de Europa central (
Eslovaquia, Hungria, polonia e Republica Checa), um Estado que fazia parte
da antiga Cheguslavia ( eslovenia) Ainda dois Paises do Medirltaranio(
chipre e Malta).
Em 1 de Janeiro de 2007, com entrada da Bulgaria e Romenia a UE Passou
a ser constituida por 27 Estados.
Em 1 de julho de 2013 a Croacia torna-se 28º.
Em 24 /6/2016, o reino unido atraves do Referendum retira - se da UE. A UE
atua atraves do sistema de Instituições supranacionais independentes e de
Decisões intergovernamentais nogociadas entre os Estados membros.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

MERCOSUL- NOAV
ASPETOS HISTORICOS
O Tratado de assunsao ( que estabeleceu o.mercado comum d sul a
26/03/1991, entre o Brasil, Argentina, O Paraguai e o Uruguai, que entrou
em vigor em 29/11/1991.
O Mercosul representa um espaço Economico na America d sul, que envolve
alguns setores estratégicos, nomeadamente a Agro-Industria, em vertude dos
paises integrados terem uma importante base agrícola, que constitui uma
vantagens comercial a nivel internacional. Em 17/12/1994 , foi assinado o
protocolo de OURO PRETO, (Brasil) que dá personalidade juridica
internacional ao mercosul e define a sua estrutura institucional. Em
1/01/1995, entrou em vigor a União Aduaneira do Mercsul( é uma zona de
livre comercio com a harmonizaçao de politica comercial em relaçao aos
países terceiros, o que implica uma pauta extrior comum).
De 30/06/1991 a 31/12/1994, foi uma zona de livre comercio, constituindo o
chamado periodo de transicão. Apartir de 1/01/1995 o Mercosul passou a ter
uma mesma Tarifa exterior Comum, demonstrando o compromisso politico
dos países com o Mercosul, já que srndo comum só de comum acordo
poderia ser alterada.
A construção do Mercado comum, ultrapassada a fase de livre comercio e
instituida a União aduaneira que se deveria aperfeiçoar para outras fases de
integraçã. Muitos sul americanos vêm o Mercosul como uma influência dos
EUA na região.

ZONA FRANCO
Generalidades
O SISTEMA MONETÁRIO FRANCO-Africano
- A Zona Franco, é uma zona monetaria que é alem disto um espço de
utilização de uma mesma moeda. A zona franco é um vedardeiro sistema que
se baseia em regras fundamentadas e nos principios bem estabelecidos e
aceites pelos países em termos de um acordo ratificado por todos.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

O sistema monetário franco-africano é em primeiro lugar um sistema de


cambios, no seio do qual a estabilidade é perfeita. E é o duplamente porque
os oito(8) Paises africanos têm a mesma moeda.
O Franco CFA, e porque esse franco CFA é igual, desde a quarenta anso(40)
a dois centimo(2) francês.
- Houve desvalorização em 1948, 1958 e no dia 12/01/1994.
O franco CFA foi instituida no dia 26/12/1945. Nesta altura o franco CFA
significava " franco das colonias francesas de africa", em 1958 passou a ser
chamado " o franco da comunidade francesa de africa", hoje, o franco CFA
significa " franco da comunidade financeira da africa" para os paises da
UEMOA, e franco da cooperaçao financeira da africa para os paises da
comunidade economica monetaria da Africa Central (CEMAC) P/ex.: congo
brazaville, Gabon, Guiné equatorial, RCA, Tchad e Camarões).
O Sistema Monetaria franco africano é tambem um sistema de pagamento
que se baseia numa convertibilidade total do franco CFA. O sistema
Monetaria franco africano é finalmente um sistema de creditos que se enraiza
numa dupla solidariedade.
A CONTA de OPERAÇÕES nao está aberta a todos os Estados mas sim aos
bancos centrais. O seu Saldo resulta portanto, das posições excedentarias de
certos países e das posições deficitarias dos outros. Todos se financiam
mutuamente, e da mesma forma, a conta de operações , quando está credora,
representa uma cessação pelos Estados africanos das suas reservas a frança;
quando está devedora, representa credito consentido pela frança aos países
africanos.

Aula do dia 20/11/2018


A COOPERAÇÃO MONETARIA: A UNIAO MONETARIA OESTE
AFRICANA (UMOA)
2. ANTECEDENTES HISTORICOS, O TRATADO
CONSTITUTIVO, A REFORMA DO TRATADO E OS ESTATUTOS
DE BCEAO
Historicamente, a Uniao Monetaria oeste africana (UMOA) foi instituida
pelo Tratado de 12 de maio de 1962, ao qual foram anexados os Estatutos

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

do Banco Central dos Estados de Africa ocidental. Os membros constitutivos


ou originarios da UMOA, foram: COSTA DE MARFIM, BENIN, (EX.
DAHOMEY) BRUKINA FASO ( ALTO VOLTA) , A MAURITANIA,
NIGER E O SENEGAL. O processo de integração monetária, conheceu a
sua reforma com a assinatura do novo Tratado, concluido a 14 de novembro
de 1973 constituindo a UMOA e aos novos estatuts de BCEAO. Este Tratado
representa a versao ocidental da zona da comunidade financeira african cfa
onde opera atualmente no dominio monetario os 8 estados membros da
UMOA.
Pode ser definada como um espaço monetario omogenio no qual os
estados membros sao levados a adotar uma politica comum no que
concerne a moeda e o credito, assim como a regulamentação Uniforme
em materia monetaria e Bancaria.
Apois 10anos de funcionamento do BCEAO tornou se necessario adaptar a
politica e as estruturas das instituicoes monetarias da Uniaoàs necessidades
de desenvolvimento economico dos Estados membros e a evolução da
situação internacional. Nesta otica, apartir de 1972 , o conselho da união
confiou o estudo da reforma das instituiçoes monetarias a um comité
composto pelos ministros das finanças dos Estados membros. A reforma foi
realizada no seio da UMOA em 1973 e obdecia a varios obejtivos:
- assegurar uma participaçao mais ativa da politica monetaria para o
desenvolvimento e a integraçao dos Estados membros;
- promover a africanização da gestão do instituto da emissão ( banco emissor)
- permitir ao banco central exercer mais eficazmente as suas funçoes,
realizando uma maior descentralzacao das suas atividades em proveito das
agencias e dos comités nacionais de Credito.
Essas orientaçoes levaram a uma reforma compeleta do conjunto dos textos
que regiam as instituiçoes, as politicas e o modo de funcionamento da uniao
monetaria.

UNIAO ECONOMICA E MONETARIA OESTE AFRICANA-


UEMOA
2.GENERALIDADES, TRATADO CONSTITUTIVO, O
ALARGAMENTO E A ADESÃO DA GUINÉ- BISSAU

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

A uniao economica e monetaria oeste africana uemoa foi criada pelo


TRATADO assinado em Dakar, Republica do senegal a 10/de janeiro de
1994 pelos chefes de Estado e do Governo dos 7 paises da africa do oeste
que vinham usando uma moeda comum, o franco da Comunidade financeira
africana. O referido TRATADO entrou em vigor a 1 de Agosto de 1994, apos
ratificação pelos estados membros. Este ato vinha concretizar a vontade
manifestada a longa data pelas autoridades da união de reforçar a
comunidade da moeda por uma coordenação das suas politicas.
O processo que em 1990 foi bem conduzido graças a vontade conjugada das
autoridades políticas e monetárias da união. Com efeito, os chefes de Estado
mandataram o governador de BCEao para lhes propor uma estrategia de
reforço da integracao economica dos Estados membros, explorando as
expriencias da sua comunidade monetaria e que fosse suscetivel de contribuir
para o relance do processo da integraçao sub- regional.
Concebido como um complemento do TRATADO da UMOA, o
TRATADO da UEMOA consagra o principio para os Estados membros, de
uma transferencia explicita de soberania, em proveito de instituiçoes comuns
supranacionais.
Em maio de 1997 a Guiné-Bissau aderiu à uniao constituindo se no seu
oitavo Estado membro. Antes da criação da UEMOA ja os Sete Estados
constituintes se tinham agrupado numa outra organização de carater
meramente monetaria por usarem uma moeda unica com paridade fixa
relativamente ao franco frances por forma a obter convertibilidade
intenacional. Esta org denominava se UMOA. Precisamente em decorencia
da desvalorizacao do franco cfa na ordem de cinquenta porcento a 12 de
janeiro de 1994 face a.moeda francesa, por razaos atinentes aos
desequilíbrios econ e cambiais. Dai a frança e os paises da UMOA
decidiram avançar para uma fase de integração mais desenvolvida, que
possibilitasse uma maior coordenação de politicas económicas, por
forma a sustentar a moeda unica e assim criar o mercado comum
baseado na livre circulação de pessoas, bens, serviços , capitais e no
Direito de estabelicimento de pessoas que exercem atividade
independente ou assalariada. A institucionalização de uma tarifa exterior
comum e adoção de uma mesma política comercial entre os Estados
membros.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Diversas fases da integração econômica


Aspetos gerais:
A expressão integração econômica passou a ser usada mais especificamente
para designar uma situação ou um processo envolvendo a combinação de
economias separadas em regiões econômicas mais alargadas, e é neste
sentido mais limitado que em geral esta expressão se emprega hoje.
A integração econômica pode tomar várias fases que podem ser classificadas
segundo o grau de envolvimento das economias participantes, entre si, se
torne cada vez maior. É inegável que a intensificação do comercio
internacional é simultaneamente causa e efeito da eliminação de entraves às
trocas. Valorizando a vantagem comparativo de cada país na produção de
certos bens, estimulando a especialização produtiva, favorecendo a divisão
internacional do trabalho e gerando inter dependência crescente, a
liberalização do comercio contrubui, sem duvida, para a integração
espontânea da economia internacional.
Esta integração pode, no entanto, ser o resultado de um processo
deliberadamente desencadeado com base num acordo internacional que
eliminando restrições quantitativas e barreiras alfândegarias as trocas
comerciais, completa o sistema de integração funcional dos mercados com
formulas instituicionais que permitam orientar, disciplinar impulsionar e
aprofundar o processo de integração.
Taís formulas, correspodentes a fases ou estádios mais ou menos dinâmicos
da integração econômica, reconduzem-se, essêncilmente às seguintes:
° Zona de comercio livre;
° União aduaneira;
° Mercado comum;
° União econômica;
° União econômica e monetária.
Zona de comercio livre - o art° XXIV (24º), paragrafo 8° alinea b) acordo
geral sobre tarifas aduaneiras e comercio (GATT) definir a zona do comercio
livre como "um grupo de dois ou mais territórios aduaneiros entre os
quais os direitos aduaneiros e outras regulamentações comerciais são
eliminados para o essencial das trocas comerciais relativas aos produtos

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

originarios dos territórios constitutivos da zona do comercio livre". Na


conformidade com esta noção, geralmente aceite, a zona do comercio livre
comporta livre circulação das mercadorias - isto é, da supressão de
restrições quantitativas e de imposição aduaneiras nas trocas entre os países
participantes na zona. Mas, a instituição da zona de troca livre não impede
que nas suas relações com terceiros países cada um dos Estados participantes
reserve a sua completa liberdade de ação, designadamente no tocante à
definição do nível de proteção aduaneiras que em relação aos produtos
originarios desses países queira praticar. É claro que esta liberdade que os
participantes na zona do comercio livre decidem manter dá lugar as séries
dificuldades:
• se os produtos importados de terceiros países pudessem circular livremente
no interior da zona, ficaria consideravelmente favorecido o Estado membro
que adotasse, em relação à taís países, a tarifa aduaneiras mais baixa, já que
haveria tendência para fazer entrar pelas fronteiras desses Estados, assim
transformando em interposto comercial, as mercadorias destinadas a
abastecer os diversos mercados nacionais da zona do comercio livre o que
provocaria os chamados desvios de traficos. É pois evidente que os produtos
importados de terceiros países não podem circular livremente no interior da
zona, sob pena de provocar situações graves das produções nacionais,
privadas da proteção que o governo respetivo pretende dispensar-lhes ao
manter uma pauta aduaneira autônoma. Mas, assim, impõe-se fazer a
distinção entre os produtos originarios da zona (isto é, aí produzidos) e os
importados de terceiros países, para lhes despensar um diferente tratamento,
ficando livre a circulação de mercadorias condicionadas à prova da sua
origem.
União aduaneira
A união aduaneira é uma formula ou uma fase mais avançada que a zona do
comércio livre; comporta a livre circulação das mercadorias em geral -
originarias dos Estados membros ou legalmente importadas de terceiros
países e colocadas em livre prática em qualquer delas; e, eliminando os
complexos problemas da definição das regras de origem à que acabamos de
aludir, implica a proteção do espaço aduaneiro da união, em relação a
terceiros países, mediante uma pauta aduaneira comum - o que significa que
os produtos importados do exterior estão sujeitos à uma imposição no mesmo

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

nível, seja qual for a fronteira da união aduaneira pela qual penetre no
respetivo território.
Mercado comum
Noção:
A noção do mercado comum foi introduzida no léxico jurídico e económico
por força dos tratados.
A noção do mercado comum comporta a de união aduaneira, isto é, a livre
circulação das mercadorias em geral e uma pauta aduaneira comum no
quadro da política comercial comum, mais abraça, além disso, a livre
circulação dos fatores de produção - a liberdade de deslocação das pessoas
no espaço comunitáro, a livre circulação dos capitais, a liberdade de
estabelecimento dos produtores e comerciantes, a livre prestação de
serviços pelas empresas ou pelos profissionais independentes e certas
políticas comuns nos domínios econômico e social.
União econômica
Noção
A união econômica é algo mais do que o mercado comum emergente dos
tratados comunitários: exige que as legislações nacionais com incidencia
direta ou indireta no sistema econômico sejam, senão uniformizadas, pelo
menos convenientemente harmonizadas ( tal é o caso, por exemplo, da
legislação aduaneira do direito das sociedades, da legislação fiscal etc.) ; que
as políticas econômicas, financeiras e monetarias dos Estados membros
sejam coordenadas sob a egide da autoridade comunitaria; e que as certas
políticas nacionais que interessam ao dominio econômico se substituam
regras e políticas comuns elaboradas no quadro comunitário (tal é o caso da
política agrícola, da política industrial e energética, da política de
transportes, da política regional, etc.).
No fim de contas a concretização de uma união econômica geral implica a
transformação de vários mercados nacionais no mercado único - o que impõe
para além da livre circulação das mercadorias e dos fatores de produção, que
se garanta no espaço que tal abarca, a liberdade, em condições de perfeita
igualdade, das operações econômicas de produção, de distribuição e de
consumo que concorrem para o funcionamento do mercado.
União econômica e monetária

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Noção
O regular funcionamento da união econômica geral implica a instituição
entre os diversos Estados participantes de uma união monetária que além do
mais retire aos Estados a possibilidade de, mediante o recurso à manipulação
da sua moeda, isto é, a alteração do seu valor poderem unilateramente
modificar as condições das trocas.
A união monetária não significa necessariamente, moeda única emitida por
um banco central da união sob a forma de moedas ou notas do banco com
igual valor, identifica expressão facial e curso forçado em todos os países
membros. Em rigor, a noção de união monetária implica tão somente
câmbios fixos e covertibilidade obrigatória das diferentes moedas nacionais.
Mas impõem-se reconhecer que a existência duma moeda única facilita
consideravelmente as transações que se processam no quadro da união e
reduz o custo da operação de monetária
O alargamento dos mercados e a liberdade de circulação de pessoas, bens,
serviços e capitais.
A instituição do mercado comum ou duma união econômica implica a
liberdade de movimento. De maneira evidente, as duas grandes organizações
internacionais em África do oeste fixam, nos seus tratados constitutivos esses
objetivos. O tratado da CEDEAO na sua nova versão, visa entre outras "a
criação do mercado comum" e "a criação de uma união econômica pela
adoção de politicas comuns nos domínios de economia, finanças, de assuntos
sociais e culturais e a criação de uma união monetária" (art°3° n°2 alinea d)
e e).
Paralelamente à livre circulação de bens e mercadorias, os fundamentos da
comunidade compreendemos a livre circulação de pessoas (livre circulação
dos trabalhadores e o direito de estabelecimento), a livre prestação de
serviços e a livre circulação de capitais. Estes fundamentos constituem o
elemento essencial e necessário do mercado comum concebido sobre o
modelo de economia liberal.

Aula do dia 11 de Dezembro de 2018


Formas de integração

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

O fenómeno da integração apresenta uma dimensão politica, jurídica, e


económica.
A dimensão politica da integração traduz-se num modo pacifico de
resolução de conflitos e tem subjacente a ideia de convergência.
A integração política corresponde a convergência de entidades politicas
autónomas num sentido estrutural e de decisões comuns, que dê lugar a um
sistema politico composto, sobreposto às suas partes componentes.
A dimensão Jurídica da integração traduz-se no enquadramento normativo
da ação dos sujeitos políticos e na determinação dos seus resultados.
A integração jurídica entendida como processo de transferência de
competências normativas Estaduais para uma organização internacional
dotada de poderes de decisão supranacionais, visando a construção do
mesmo ordenamento jurídico. Pode operar por duas vias distintas,
harmonização ou uniformização.
Por harmonização (aproximar as semelhanças e diferenças), entende-se
processo de aproximacao entre sistemas jurídicos de origem e inspiração
diferentes que, embora respeitando os particularismos das legislações
nacionais, procura reduzir as diferenças entre si, conferindo-lhes coerência
mediante a supressão de contradições, de modo a alcançar os objetivos
comunitários visados. As diretivas comunitárias e as recomendações são as
típicas técnicas jurídicas a que recorre, enunciando os resultados a atingir,
sem impor os meios ou as formas a utilizar.
A uniformização consiste, antes, no método mais radical de integração
jurídica, substituindo as legislações nacionais por um texto único (ou
instaurando ex-novo), igual para todos os Estados membros, vinculando
automática e obrigatóriamente. É o caso dos regulamentos comunitários.

A dimensão económica da integração parte do reconhecimento de que os


espaços económicos nacionais são insuficientes para a prossecução das
actividades produtivas com o maximo de eficiência no aproveitamento dos
recursos.
A integração económica (tem a ver com os mercados, a questão de
competição) consite na convirgencia de componentes económicas nacionais,

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

com o objetivo de fusão numa entidade económica mais vasta, através de um


processo politicamente conduzido e juridicamente ordenado.
Obs: OHADA tem apenas três órgãos.
- Escola para a formação dos magistrados em porto novo;
- Tribunal de comercio, com sete magistrados

Aula do dia 14.01.2019


Quadro institucional da UEMOA
A estrutura orgânica da UEMOA compreende órgãos de Direção
(conferencia dos chefes de Estados e do governo, artigos 17 à 19, conselho
de ministros da UEMOA artigos 20 à 25 e a comissão da UEMOA artigos
26 à 34), órgãos de controlo jurisdicional (tribunal comum de justiça artigos
38-39, tribunal de contas artigos idem), órgão de controlo demográfico
(comité interparlamentar da UEMOA artigos 35 a 37), órgão consultivo
(câmara consular regional da UEMOA artigo 40);
Instituições especializadas autónomas (bceao artigo 41; BOAD artigo idem,
comissão bancária da UEMOA, conselho regional de poupança pública e dos
mercados financeiros);
Conferencia dos chefes de Estado e do governo: esta instância foi criada pelo
tratado de 14.11.1973 que constitui a UMOA (vertente monetária). É a
autoridade suprema da união, as suas decisões são tomadas por unanimidade.
Reúne-se, pelo menos, uma vez por ano, em cada Estado membro, por
sistema rotativo e a presidência é assumida pelo chefe de Estado onde se
reúne a conferência.
A conferencia pode reunir quantas vezes for necessária, por iniciativa do
presidente em exercício ou a pedido de varios chefes de Estados membros
da União. A conferencia toma atos adicionais que podem completar o
tratado, sem contudo poder modificá-lo.
A conferência decide sobre todas as questões que não encontrem uma
solução unânime no conselho de ministros da UEMOA. A conferencia
decide igualmente, sobre a adesão, retirada ou a exclusão dos membros da

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

união. A conferencia designa os membros da comissão da UEMOA e dentre


estes, presidente da comissão da UEMOA.
Cabe à conferência dos chefes de Estados determinar as grandes linhas de
orientação económica e politicas da comunidade.

Aula do dia 15.01.2019


Conselho de Ministros da UEMOA
É o órgão que representa os interesses dos governos nacionais dos Estados
membros e o cerne de todo o sistema institucional comunitário.
O conselho de ministros define a politica monetária e de credito da união a
fim de assegurar a protecção da moeda comum e prover o financiamento de
actividade e o desenvolvimento economico dos Estados membros. O
conselho de ministros da UEMOA tem ainda a competência de definir a
unidade monetária, sob reserva de respeitar os engajamentos internacionais
contraídos pelos Estados membros da união e de determinar os resultados da
declaracao de paridade da moeda da união à efectuar junto do Fundo
Monetário Internacional. O conselho de ministros assegura a execução das
orientações gerais definidas pela conferencia dos chefes de Estado e do
governo.
O conselho aprova o orçamento da União que ainda não existe. O conselho,
cujas deliberações são preparadas por um comite de técnicos dos Estados
membros, edita os regulamentos, as diretivas e as decisões comunitárias.
O conselho pode igualmente formular recomendações e os pareceres. Cada
um dos Estados membros da UEMOA é representado por dois ministros, mas
só o ministro das finanças tem o direito de voto. O conselho de ministros é
presidido por um ministro das finanças alternadamente, podem ser
convidados os representantes das instituições internacionais ou dos Estados
com os quais foi assinado um acordo de cooperação. O conselho de ministros
reune-se pelo menos duas vezes por ano.
Toma as suas decisões por unanimidade e assegura a direção da UEMOA. O
governador do BCEAO participa nas suas reuniões com papel o meramente
consultivo (não tem o direito a voto, pode apenas sugerir). O conselho de
minintros define a unidade monetária, a politica monetária e de credito.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Comissão da UEMOA (sede em Ouagadougou Burquina Faso)


A comissão de UEMOA exerce o poder de execução delegada pelo conselho
de ministros. Na pratica, os poderes de execução da comissão da UEMOA
são muito amplos, dado que na maior parte dos seus atos normativos o
conselho de ministros lhe atribui esses poderes.
Ela transmite à conferencia dos chefes de Estado e ao conselho de ministros
as recomendações julgadas úteis à preservação e ao desenvolvimento da
união.
A comissão da UEMOA executa o orçamento da união, que ainda não existe
efectivamente. A comissão da UEMOA é composto de oito membros
designados “comissário” os quais são nomeados pela conferencia dos chefes
de estados ( um comissário por Estado membro) por um mandato de 4 anos
renováveis uma vez.
Os membros da comissão devem agir no interesse exclusivo da comunidade
com toda a independencia perante os governos que os designam de comum
Acordo. Como órgão executivo da união, aplica os atos do conselho de
ministros, edita (elabora) as decisões comunitarias e formula as
recomendações e os pareceres.

Aula do dia 22.01.2019


Órgão de controlo parlamentar (sede em Bamako Mali)
O comité inter-parlamentar da união aguardando a criação de um parlamento
da comunidade, é criado um comité inter-parlamentar, constituído por cinco
membros por Estado, indigitado pelo órgão legislativo de cada Estado
membro.
O parlamento da união recebe o relatório anual da comissão da UEMOA e
se exprime (delibera) sob forma de relatórios ou de resolução. Reune-se pelo
menos duas vezes por ano, aconselha e anima debates sobre a integração.
O parlamento da UEMOA encarregar-se-á do controlo democrático dos
órgãos da união. É a instituição da UEMOA que representa os povos da
comunidade.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Órgãos do controlo jurisdicional (Ouagadogou Burquina)


Foram criados ao nível da união dois órgãos do controlo jurisdicional
denominados:
Tribunal comum de justiça e tribunal de contas.
O tribunal de justiça da cumunidade é, nos termos do artigo 1º «o tribunal de
justiça vela pelo respeito do direito quanto à interpretação e à aplicação do
tratado da união».
O tribunal da justiça da UEMOA é composto por oito membros nomeados
para um mandato de seis anos, podendo, porém ser reconduzidos para um
novo mandato, pela conferência dos chefes de Estado e do governo.
A competência do tribunal é de mera atribuição uma vez que o seu poder
jurisdicional se esgota das matérias consagradas nos tratados. Julga os
Estados membros por incumprimento das suas obrigações comunitárias.
Arbitra os conflitos entre os Estados membros ou entre a união e os seus
agentes.
O tribunal de justiça conhece, através do recurso da comissão da UEMOA
ou de qualquer outro Estado, do não cumprimento, por parte dos Estados
membros, das suas obrigações em virtude do tratado da união.
Este órgão é quem Interpreta fielmente e oficiosamente o tratado.
IGV=Imposto Geral sobre vendas e serviços

Tribunal de contas da UEMOA


O tribunal de contas assegura o controlo do conjunto de contas da união. Esse
controlo encide nomeadamente sobre a regularidade e eficiência de
utliização dos seus recursos financeiros. Constituído por “3 conselheiros”
nomeados pela conferencia dos chefes de Estado e do governo por ordem
alfabética dos Estados membros por um mandato de seis anos, renovável
uma única vez. O tribunal de contas contribui, mediante pedido dos Estados
membros, para fiabilidade dos dados orçamentais necessários ao exercício
da vigilância multilateral, para o controlo e o respeito dos critérios de
convergência pelos Estados membros.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Os conselheiros podem fazer-se assistir por colaboradores (assessores),


podem recorrer no exercício das suas funções à um sistema de auditoria
externa (fora do órgão).

Órgão consultivo
A câmara consular regional
A camara consular regional é um órgão consultivo. A camara órgão
consultivo, criado pelo tratado da união, é o lugar privilegiado de diálogo
entre UEMOA e os principais operadores económicos.
A câmara consular é encarregue de alcançar a implicação efectiva do sector
privado no processo de integração da UEMOA. A promoção de trocas
comercias e os investimentos na união.
Da sua iniciativa ou a pedido da comissão da UEMOA a camara consular dá
opiniões e sugestões em toda a matéria relativa a realização de objetivos da
união, nomeadamente:
- legislação comercial, fiscal, alfandegária e nos aspectos sociais na qual
participa a união;
- a criação e o funcionamento do mercado de valores, a politica económica e
monetária;
A câmara consolar regional reagrupa as câmaras consulares nacionais, as
associações profissionais e patronais dos Estados membros.
Cada Estado membro designa para essa câmara sete representantes. É o
órgão que ajuda a união a encontrar investidores.

Aula do dia 28.01.2019


Instituições especializadas autónomas
O BCEAO
O Banco Central dos Estados da Africa do Oeste (Bceao) é uma instituição
publica internacional, constituída entre os Estados membros da união
monetária da Africa Ocidental. O BCEAO é um instituto de emissão da
UEMOA e o órgão de gestão da politica monetária e de crédito o que confere

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

o poder de efectuar e favorecer o exercício de atividades ligadas, a milhoria


de eficácia dos sistemas de pagamento, a concessão de créditos aos Estados
e a economia, bem como a harmonização das legislações monetárias e
bancarias a nível da zona monetária, a centralização dos riscos bancários e a
promoção de mercado de capitais.
O BCEAO foi criado em 1962, para substituir o instituto de emissão da
africa ocidental francesa. Fundado em 1955. O BCEAO possui uma agencia
nacional em todas as capitais dos oito países membros da UEMOA e um
escritório de representação em Paris (Franca).
O Banco Central é administrado por um governador, nomeado pela
conferencia dos chefes de Estado e do governo, cuja duração do mandato é
de seis anos renováveis, um conselho administrativo de 12 comités nacionais
de credito ( também designado hoje de conselho consultivo de credito).
O governador é assistido por dois vice-governadores, nomeados pelo
conselho de administração, por um período de cinco anos renováveis. Este
conselho de administração é composto de dois membros oriundos de cada
um dos países membros da união.
O conselho de administração é encarregue de boa execução das diretivas
dadas pelo conselho de ministros, determina as operações do Banco Central,
fixa as suas taxas e condições de execução. Define as regras que se impõem
aos comités nacionais de crédito, no exercício das suas competências. Define
as regras aplicáveis aos bancos e aos estabelecimentos financeiros no seio do
BCEAO, que tem uma comissão bancaria encarregue de fiscalizar
organização do controlo dos sistemas bancários no espaço da UEMOA.
A comissão bancaria da UEMOA é o órgão encarregue do controlo dos
estabelecimentos financeiros e a aplicação das sanções no caso da infracção
ao regulamento bancário.
Os comités nacionais de crédito apreciam os montantes das necessidades de
financiamento de atividades do desenvolvimento dos Estados bem como os
recursos disponíveis para os afetar. Os comités nacionais de crédito têm a
nível da competência de limitar os montantes globais de créditos que podem
ser acordados (concedidos) aos bancos comerciais e aos Estados.
Governador de BCEAO é Tirmoko Koné Voriense.
O BCEAO controla a política monetária de inflação comunitária.

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

Aula do dia 29.01.2019


O Banco Oeste Africano do Desenvolvimento (BOAD- Lomé, Togo)
O Banco Oeste Africano do Desenvolvimento foi criasdo por um acordo
assinado, em 14 de Novembro de 1973, tendo as suas operacoes começado
em 1976, com a sede em Lomé - Togo.
BOAD financia o desenvolvimento dos projectos comunitários. É uma
instituição especializada autónoma, tem por objetivo promover o
desenvolvimento equilibrado dos Estados membros e de favorecer a sua
integração. Com o propósito de recolher capitais externos por meio de
empréstimo ou pela obtenção de fundos não reembolsáveis para a promoção
da integração subregional e o desenvolvimento equilibrado dos Estados
membros da união.
O BOAD, contribui nomeadamente no financiamento, sob várias formas, de
infraestruturas de apoio para o desenvolvimento, da melhoria de condições
e meios de produção, de estabelecimento das novas actividades. A
transferência de propriedade de meios de produção e de distribuição dos bens
e serviços à pessoas coletivas públicas e privadas residentes no espaço da
união. O BOAD concorre à integração das economias dos Estados da união.
Facilita também o desenvolvimento dos Estados membros da união mais
desfavorecidos pelas condições naturais.
BOAD intervém, diretamente ou por meio de filiais, através de fundos
especiais que ele próprio constitui ou por meio de instituições financeiras
nacionais. Os Estados membros, as coletividades e os estabelecimentos
público, as instituições finasnceiras, os organismos, as empresas, e os
particulares podem beneficiar dos seus financiamentos.
O BOAD é um banco de investimento comunitário.

Princípios constitucionais da ordem económica


NOAV
Os princípios constitucionais da ordem económica comunitária da disciplina
inerente à uma economia de mercado resulta, claramente, dos princípios e

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

disposições jurídicas que organizam e regem o funcionamento do mercado


comum e que dão expressao concreta a “cinco liberdades”:
- a livre circulação de mercadorias, favorecida pela instituição no quadro da
união aduaneira da pauta exterior comum; Art 77º parágrafo segundo alínea
a) do tratado da UEMOA;
- A livre circulação das pessoas; art 4º alínea c); art 76º alínea d);
- A livre prestação de serviços; art 91º
- A liberdade de estabelecimento e a liberdade de concorrência leal; art 76
alínea c); art 87 parágrafo 4º;
- A livre circulação dos capitais no quadro de uma união económica e
monetária.
O principio constitucional da liberdade economica reflete, precisamente, a
realidade de que o mercado comum é expressão (significado) de uma de
mercado (economia liberal), de inspiração neoliberal - o que explica a
importância que os tratados atribui ao principio da livre concorrência. Tal
princio comporta, por isso mesmo, a propriedade privada dos meios de
produção. A liberdade económica implica ainda, mais concretamente, o
direito reconhecido aos operadores ou agentes económicos do mercado
comum de circular livremente no espaço comunitário para aí se dedicarem a
um trabalho assalariado ou independente, para se estabelecerem como
comerciantes ou produtores em qualquer domínio da vida económica e para
prestarem livremente os serviços correspondentes do seu ramo de atividade.

Aula do dia 05.02.2019


Princípio da concorrência leal
O principio da concorrência era essencial para o funcionamento regular do
mercado que se pretendia instituir pois só a liberdade de concorrência
poderia assegurar a protecção das empresas e dos consumidores e impedir as
barreiras criadas pelo dirigismo dos monopólios se substituem às fronteiras
de Direito Publico que os Estados se dispõem a bater (eliminar). A filosofia
que presidiu ao sistema instituído foi a que se impunha criar um mercado
aberto à escala da comunidade, capaz de proporcionar aos nacionais dos
Estados membros- produtores, comerciantes e consumidores as vantagens

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

decorrentes de um vasto espaço economicamente integral. Trata-se de uma


concorrência que tem por finalidade garantir a presença no mercado de um
numero suficiente de empresas independentes funcionando em condições
adequadas a proporcionar aos consumidores e utilizadores uma razoável
possibilidade de escolhas. Poderemos assim concluir que existirá uma
concorrência efectiva e eficaz se as empresas for assegurada liberdade de
acesso ao mercado e se eles dispõem a liberdade de ação necessária para
autonomamente tomarem as suas decisões, e se, em correspondência com
esta liberdade das empresas, os consumidores e utilizadores poderem exercer
a liberdade de escolha em função do preço e da qualidade dos bens e serviços
que lhes são propostos.

Liberdade de circulação das pessoas


Liberdade de circulação de pessoas implica o principio geral da não
discriminação em função da nacionalidade. Este principio tem resultados em
matéria de livre circulação dos trabalhadores, a liberdade de estabelecimento
e a livre prestação de serviços. O principio da não discriminação aplica-se
aos nacionais dos Estados membros que exerçam actividade económica, a
tempo inteiro ou parcial, assalariados ou não, no outro Estado membro ou
mesmo no Estado terceiro, mas com base numa ligaçao à uma empresa
situada na comunidade. A liberdade de circulação implica o direito de
deslocação e o direito de permanência.

Direito de estabelecimento
a liberdade de estabelecimento implica a instalação proficional durável num
Estado membro a fim de aí exercer uma actividade não assalariada (não
pertence a função publica), quer se trate de uma atividade independente
(proficionais liberais) ou da constituição e gestão de empresas (individuais
ou sob a forma de sociedades). O estabelecimento pode ser, a titulo principal
ou a titulo secundário, através da criação duma filial ou duma sucursal.
Liberdade de circulação de capitais
A liberdade de circulacao de capitais acompanha a outras liberdades:
- a liberdade de pagamentos correntes - contrapartida financeira da liberdade
de circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais;

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Apontamentos do Direito Comunitário 2018/2019

- progressiva liberalização das transferências. Os pagamentos constituem


uma contraprestação no quadro de uma transacao subjacente; os movimentos
de capitais são operações fianceiras, visam essencialmente a colocação ou
investimento do montante em causa.

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