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Classificação e Estadiamento
Sistema de Gleason
GRAU 1 Bem diferenciado
GRAU 2, 3, 4 Situados entre os graus 1 e 5
Não apresentam diferenciação
GRAU 5 glandular, as células tumorais
infiltram o estroma.
- Quadro Clínico:
(1) Doença Localizada: Ausência de sintomas
urinários, nódulo suspeito ao exame retal, PSA elevado
e prognóstico variado de acordo com a escala Gleason.
(2) Doença Localmente Avançada: Invasão de
cápsula, invasão de meato uretral, colo vesical, sintomas
irritativos e obstrutivos, hemoespermia e hematúria.
(3) Doença Metastática: Dor lombar – metástases
vertebrais, compressão medular, fratura, astenia e
emagrecimento e prognóstico ruim.
II. Trato Urinário Inferior e Rins - Fatores de Risco: Obstrução do sistema urinário,
Cistite congênita ou adquirida, instrumentação do sistema
urinário, refluxo vesicoureteral, gravidez, diabetes, etc.
Inflamação aguda ou crônica inespecífica da
bexiga. Apresenta hiperemia, as vezes com exsudato e
Três complicações da pielonefrite aguda são
fibrina.
encontradas em circunstâncias especiais:
- Clínica: Polaciúria; dor suprapúbica; disúria; odor forte
da urina; urina turva; hematúria Complicações – Pielonefrite Aguda
Ø Sintomas com início há 24 horas, com duração - Necrose de Papila: Na superfície de corte, as pontas
de 3 a 5 dias. ou os dois terços distais das pirâmides apresentam
áreas de necrose branco-acinzentadas a amareladas.
Diferenças Morfológicas Ao exame microscópico, o tecido necrótico demonstra
necrose coagulativa característica.
- Cistite Hemorrágica: Pacientes
recebendo medicamento antitumorais - Pionefrose: O exsudato supurativo é incapaz de
Cistite drenar, e portanto, preenche a pelve renal, cálices e
citotóxicos; ou infecção por adenovírus.
Aguda ureter, produzindo pionefrose.
- Cistite Supurativa.
- Cistite Ulcerativa. - Abscesso Perinéfrico: Extensão da inflamação
- Cistite Eosinofílica: Infiltração de supurativa para o tecido perinéfrico.
eosinófilos submucosos e fibrose.
Cistite Pielonefrite Crônica
- Cistite Folicular: Hiperplasia folicular
Crônica Deriva de infecções bacterianas constantes
linfoide.
- Cistite Viral: Atipias epiteliais (pielonefrites agudas de repetição) que podem ser mais
ou menos graves, e que ocorrem, frequentemente,
durante um período alargado. Existe uma destruição
Crônicas Especiais generalizada de néfrons, que são substituídos por tecido
- Cistite Intersticial (Úlcera de Hunner): Fissuras em de cicatrização. Isto pode levar à uma insuficiência renal
mucosas, inflamação transmural com mastócitos e crônica terminal (IRCT).
fibrose. É um transtorno renal tubulointersticial crônico em
- Cistite Glandular ou Cística: Transformação cística dos que a inflamação tubulointersticial e a cicatrização renal
ninhos de urotélio (Ninhos de Von Brunn) e estão associados ao envolvimento patológico dos cálices
transformação glandular cística com células caliciformes e da pelve.
(metaplasia intestinal).
- Cistite Polipóide: Projeções polipoides como resultado - Quadro Clínico: Pode ter inicio insidioso ou se
do edema submucoso, lesão irritativa. apresentar com manifestações clínicas de pielonefrite
- Malacoplaquia: Placas amarelas elevadas (3-4 cm) e recorrente aguda, com dor lombar, febre, piúria frequente
macrófagos granulosos, com depósitos de cálcio e bacteriúria.
citoplasmáticos. - Morfologia: As alterações características da pielonefrite
Etiologia: Infecção bacteriana crônica (E. coli). crônica são vistas ao exame macroscópico. Os rins
Ø Mais frequente em imunossuprimidos. geralmente se encontram irregularmente cicatrizados. A
Diagnóstico: Exame de urina, acompanhado da marca característica é a cicatriz corticomedular áspera e
cultura da urina (urocultura). Além de citoscopia, RX ou discreta sobreposta a um cálice dilatado, plano ou
ultrassonografia. deformado. As alterações microscópicas envolvem
predominantemente os túbulos e o interstício. Os túbulos
Pielonefrite demonstram atrofia em algumas áreas e hipertrofia ou
Causada por infecção bacteriana e é a principal dilatação em outras, que podem ser preenchidas com
lesão renal associada à infecção do sistema urinário. cilindros coloides. Há graus variáveis de inflamação
intersticial crônica e fibrose no córtex e medula.
Pielonefrite Aguda Frequentemente há fibrose ao redor do epitélio dos
É causada por uma infecção bacteriana aguda, cálices, bem como um infiltrado inflamatório crônico
nomeadamente por bactérias gram-negativas, que fazem acentuado, podem estar presentes diversas alterações
parte da microbiota intestinal (E. coli; Klebsiella; Proteus). glomerulares.
Oncocitoma
Tumor epitelial benigno composto de grandes
células eosinofílicas, e com núcleos pequenos e
redondos com um nucléolo grande. São originados das
células intercaladas dos ductos coletores. Incidem
principalmente na faixa de 50 a 80 anos, acometendo
3H/1M.
Diagnóstico
TSH Baixo < 0,1 mU/L
T4 Livre Aumentado
TSH Baixo
Tireotoxicose Factícia T4 Livre Baixo
T3 Livre Aumentado
Hipertireoidismo Subclínico
- TSH diminuído com T3 e T4 normais
- Prevalência estimada em 2% nos adultos,
principalmente em mulheres idosas.
- Causas: Doença de Graves, Plummer; Uso de
levotiroxina para hipotireoidismo (doses excessivas).
- Riscos: Disfunção cardíaca; Fibrilação atrial; e perda de
massa óssea em mulheres na menopausa.
Tireoidite
Tireoidite Granulomatosa Sub-Aguda
- É menos frequente que a de Hashimoto.
- Patogenia: Infecção viral; Ocorre entre 30-50 anos;
Principalmente mulheres.
- Relacionados à infecção por vírus do sarampo caxumba
e outras doenças virais.
- Macroscopia: Aumento do volume da glândula.
- Microscopia: As lesões iniciais ocorrem com a ruptura
dos folículos da tireoide, com presença de infiltrado
neutrofílico. As lesões avançadas são caracterizadas
pela presença de linfócitos, histiócitos e plasmócitos em
volta dos folículos gigantes multinucleadas.
- Clínica: Dor cervical que irradia para a mandíbula,
garganta e ouvido, febre, fadiga, anorexia e mialgia. As
manifestações clinicas diminuem após duas a seis
semanas do curso da doença.
Glioblastoma Caráter
- Necrose com degeneração cística e hemorrágica. Pode - Existem neoplasias benignas com comportamento
se propagar pelo corpo caloso (forma o tumor em asa de maligno.
borboleta). - A localização influencia muito, pois pode ter um
- Não há metástase fora do SNC. tumor benigno em um local importante, como o tronco
- Há anaplasia, áreas de necrose e pseudopaliçada. encefálico, podendo causar uma sintomatologia pior.
- Existem tumores benignos que estão em locais de
Oligodendroglioma difícil acesso ou com grande risco cirúrgico.
- Afeta os hemisférios cerebrais, com crises convulsivas Carolina Rezende Sotto-Maior
40 a 50 anos de idade.
- Grau de malignidade II da OMS, e pode aumentar nas
recidivas, passando a grau III, ou
oligodendrogliomaanaplásico.
- Morfologia: É acinzentado, gelatinoso e bem
circunscrito.
Ependioma
- Afeta medula espinhal e sistema ventricular.
- Ocorrência: 2 primeiras décadas de vida.
- Macroscopia: Massas sólidas no assoalho do
ventrículo; Pseudorosetas perivasculares (pele de
leopardo’), cromatina abundante.
- Tendência a repetidas recidivas pós-cirúrgicas e o
prognóstico final é sombrio. Ependimomas comuns são
grau II da OMS Ependimomas anaplásicos,
considerados grau III Hidrocefalia secundária por
obstrução do quarto ventrículo.
- Disseminação Liquórica piora prognóstico.
Ganglioglioma
- Provem do componente glial. Gera crises convulsivas
no lobo temporal.
- Macroscopia: Sem mitoses, sem necrose e componente
cístico.
- Crises convulsivas mais comumente encontrado no
lobo temporal.
- Componente glial anaplásico piora prognóstico pois
aumenta o crescimento.
VI. Patologias do TGI - Morfologia: Varia conforme a etiologia. Infiltrados
Esôfago densos de neutrófilos estão presentes na maioria dos
casos, mas podem estar ausentes nas injurias induzidas
por químicos, o que pode gerar necrose total da parede
Acalasia
esofágica.
Desordem do peristaltismo que leva a alteração da
- A esofagite induzida por pílula ocorre no local dos
abertura do EEI (esfíncter esofágico inferior) e o mesmo
estrangulamentos, que impedem a passagem dos
não relaxa adequadamente, o alimento fica aprisionado
conteúdos luminais. Quando presente, a ulceração é
na porção distal. A acalasia é caracterizada pela tríade
acompanhada pela necrose superficial com tecido de
de relaxamento incompleto do EEI, tônus aumentado do
granulação e fibrose eventual.
EEI e o peristaltismo do esôfago.
- A infecção por fungos ou bactéria pode tanto causar
danos quanto complicar uma úlcera existente.
Ø Primária: Causada pela falha de neurônios
inibitórios esofágicos distais e é, por
Esofagite Eosinofílica
definição, idiopática; Podendo ser causada,
- Clínica: Nos adultos causa impactação dos alimentos e
também, por alterações degenerativas na
disfagia. Nas crianças causa intolerância à alimentação
inervação neural.
ou sintomas semelhantes aos da DRGE.
Ø Secundária: Pode ser causada por Doença
- Histologia: Grande número de eosinófilos intraepiteliais,
de Chagas, degeneração neural e
particularmente superficialmente. Sua abundância pode
aperistalse.
ajudar a diferenciar a esofagia eosinofilica de DRGE, da
Doença de Crohn e de outras causas de esofagite.
- Clínica: Disfagia para alimentos sólidos e líquidos, com
dor retroesternal – “Mal do Engasgo”; Pirose; Alívio com
Ø Obs.: RGE de difícil controle, não responde a
ingesta líquida e manobras (posição em pé e braços
inibidores de secreção gástrica; pHmetria pouco
elevados); Regurgitação; Halitose; Vômitos; Tosse;
alterada ou normal; Histopatologia apresenta
Broncoaspiração noturna; Perda ponderal leve-
mais de 20 eosinófilos por campo; Provavelmente
moderada insidiosa; Odinofagia; e Cólicas Esofageanas.
correlacionados à alergias alimentares.
- Tratamento: miotomia laparoscópica e dilatação por
balão pneumático. A injeção de neurotoxina botulínica
- Complicações: Úlceras esofagianas – submucosa;
(inibição dos neurônios colinérgicos do EEI) também
Hemorragia; Estenose; Perfuração; Desgaste do esmalte
pode ser efetiva.
dentário; Faringite/Laringite; Câncer (laringe e cárdia);
- Diagnóstico: Esofagograma; Esofagoscopia;
Broncoaspiração – Asma em adultos sem história prévia,
Manometria.
tosse inexplicada, rouquidão e pigarro matinal, sibilos
noturnos e infiltrado no pulmão direito.
Doença do Refluxo Gastroesofágico – DRGE
Afecção crônica decorrente do refluxo gástrico (ácido
Esôfago de Barret
e/ou biliar), podendo acometer órgãos adjacentes e
É uma complicação da DRGE crônica, que é
gerando sintomatologia variável, com ou sem lesões
caracterizada por metaplasia intestinal dentro da mucosa
esofágicas. Prevalência maior a partir dos 45-50 anos.
escamosa esofágica. A incidência está aumentando e é
mais comum entre homens de idade entre 40-60 anos. A
RGE / DRGE
maior preocupação do Esôfago de Barret é que ele
Refluxo Fisiológico
confere risco de adenocarcinoma esofágico.
- Rápido e assintomático que ocorre ao longo do dia.
Refluxo Patológico - Macroscopia: Pode ser reconhecido como uma ou
- Episódios de longa duração e/ou recorrentes. várias línguas ou manchas vermelhas de mucosa
- Esofagite aveludada, se estendendo para cima a partir da junção
- Pirose retroesternal e/ou regurgitação ácida. gastroesofágica.
- Pode ser assintomático. - Microscopia: Infiltrado inflamatório; Erosões e
ulcerações; Epitélio colunar metaplásico geralmente
- Clínica: Pirose; Dor epigástrica; Disfagia; Hematêmese; contendo células mucosas.
Disfagia progressiva; Emagrecimento; Responsividade - Subdivisões:
brônquica; Faringite/Laringite. Ø Segmento Longo: 3 ou mais centímetros do
- Diagnóstico: Manometria; pHmetria; Endoscopia esôfago estão envolvidos.
digestiva alta. Ø Segmento Curto: Menos de 3 centímetros do
esôfago está envolvido.
Esofagite
Esofagite Química e Infecciosa - Clínica: Só pode ser identificado por meio de
- A mucosa pode ser danificada por intubação gástrica, endoscopia e biópsia, investigadas pela ocorrência dos
ingestão de irritantes (álcool, bebidas excessivamente sintomas de DRGE.
quentes e tabagismo), uremia, infecção bacteriana, viral - Tratamento: Ressecção cirúrgica, ou esofagectomia;
(herpes), fúngica (candidíase), quimioterapia e Terapia fotodinâmica, ablação à laser. Mucosectomia
radioterapia. Pode ser causada, também, pela endoscópica.
dissolução de pílulas medicinais no esôfago, antes de Ø A ressecção cirúrgica está indicada na
chegar no estomago, sendo chamadas de esofagites impossibilidade de realização de tratamento
induzidas por pílula. Hemorragias, estrangulamento ou clinico recorrente, ou na sua falha. Além de casos
perfurações também podem ocorrer em casos graves. em que tenham ocorrido complicações.
Neoplasias Esofagianas Gastrite Aguda
- Morfologia: Edema, hiperemia, hemorragia, neutrófilos
Adenocarcinoma invadem o epitélio, esfacelamento do epitélio de
Tipicamente surge em segundo plano do Esôfago superfície.
de Barret e da DRGE de longa duração. O risco de - Clínica: Assintomático; dor epigástrica; hematêmese.
adenocarcinoma é maior naqueles com displasia
documentada e é aumentado ainda mais pelo uso do Gastrite Crônica
tabaco e pela obesidade. Ao contrário, o risco é reduzido - Clínica: usualmente assintomática, náusea, vômito,
em dietas ricas de frutas e vegetais frescos. Alguns desconforto abdômen superior, risco de câncer a longo
subtipos de H. pylori estão associados a diminuição no prazo (2-4%).
risco de adenocarcinoma, talvez por causa de uma
atrofia gástrica e por reduzir o fluxo ácido. É 7 vezes mais Associada ao H.
Gastrite pylori
Autoimune
comum em homens. Localização
Antro Piloro
- Morfologia: Geralmente ocorre no terço distal do Infiltrado Neutrófilos, plasmócitos Linfócitos, macrófagos
esôfago e pode invadir a cárdia gástrica adjacente. inflamatório e subepiteliais Atrofia mucosa e
histopatologia Metaplasia intestinal metaplasia intestinal
Inicialmente aparecendo como manchas chatas e
Produção de Aumentada a
elevadas na mucosa anteriormente intacta, grandes Ácido ligeiramente reduzida
Reduzida
massas de 5cm ou mais de diâmetro podem se Gastrina Normal a reduzida Aumentada
desenvolver. Úlcera péptica,
Atrofia, anemia
- Microscopia: O Esôfago de Barret frequentemente perniciosa,
Sequelas adenocarcinoma,
adenocarcinoma,
aparece adjacente ao tumor. linfoma de célula B
tumor carcinoide
- Clínica: Se apresenta mais comumente com dor ou Doença autoimune,
Baixo nível socio-
dificuldade de deglutição, perda de peso progressiva, Associações
econômico, área rural
tireoidite, doença de
hematêmese, dor torácica e vômitos. Quando os Graves
sintomas aparecem, geralmente o tumor já se espalhou
para os vasos linfáticos submucosos. Estômago – Úlcera Péptica
Carcinoma de Células Escamosas - Etiologias: H. pylori; hiperacidez gástrica; AINES (pois
- Ocorre com mais frequência em homens com mais de suprime a síntese de prostaglandina); úlcera de Curling
45 anos. Sendo mais prevalente em afro-americanos. e úlcera de Cushing; tabaco; cirrose alcoólica.
- Fatores de Risco: Álcool, tabaco, pobreza, injúria - Morfologia: ’’cerca de 98% das úlceras localizam-se na
esofágica cáustica, acalasia, consumo frequente de primeira porção duodenal ou do estômago’’.
bebidas muito quentes, HPV e irradiação prévia. - Macroscopia: Lesão ulcerada arredondada, bem
- Morfologia: Ocorrem no terço médio do esôfago. Se delimitada, tem paredes lisas e com mucosa gástrica
inicia na forma de uma lesão in situ chamada de adjacente avermelhada e com pregas que se irradiam a
carcinoma de displasia escamosa, formando partir da lesão.
espessamentos pequenos e acinzentados, semelhantes - Microscopia: Nas úlceras ativas, quatro áreas são
a placas. Ao longo dos anos, tornam-se massas tumorais demonstráveis:
polipoides ou exofíticas e se projetam para dentro do 1) A base e as margens têm uma delgada camada
lúmen, obstruindo-o. superficial de restos fibrinóides necróticos.
2) Abaixo desta camada, existe uma zona de
Ø A maioria dos carcinomas de células escamosas infiltrado inflamatório inespecífico, com predomínio de
vai de moderadamente à bem diferenciados. neutrófilos.
Ø Variantes histológicos menos comuns incluem o 3) Existe um tecido de granulação ativo.
carcinoma de células escamosas verrugoso, 4) Restos de tecidos de granulação, numa cicatriz
fusiforme e basaloide. colágena. As paredes dos vasos dentro da área
cicatricial são tipicamente espessadas, e os vasos estão
- Independente da histologia, os tumores sintomáticos ocasionalmente trombosados.
são geralmente muito grandes no momento do
diagnóstico e já invadiram a parede esofágica. - Clínica: Desconforto epigástrico, Dor aguda, que piora
- Clínica: Possui início insidioso e, por fim, produz a noite e após as refeições diárias, Náuseas, Vômitos e
disfagia, odinofagia, obstrução, perda ponderal extrema, Perda de peso.
debilitação, hemorragia e sepse também podem - Diagnóstico: Endoscopia digestiva alta (EDA).
acompanhar a ulceração do tumor.
Úlceras de Chushing e Curling
Estômago - Gastrites Úlcera de Cushing é geralmente vista no revestimento do
estômago e é raramente encontrada no duodeno,
- Etiologias: H. pylori; AINES; tabagismo; aumento da enquanto que o inverso é verdadeiro de úlcera de
ingestão de ácidos; diminuição do fluxo sanguíneo; Curling. Cushing, na maioria das vezes é diagnosticada
estresse isquêmico; síndrome de Zollinger-Ellison; em pacientes que tiveram algum tipo de lesão cerebral
hiperfunção de células G; infecções bacterianas traumática. Curling é visto com mais frequência em
sistêmicas; quimioterapia; leucemias basofílicas. pessoas que sofreram “queimaduras”, lesões
intracranianas ou lesão corporal grave. Contribuem para
a formação dessa úlcera a isquemia de mucosa, a
presença do ácido e a difusão de ureia no estômago.
VII. Neoplasia do Estômago Adenocarcinomas
Neoplasia Gástrica - Histologia:
Ø Cânceres Intestinais tendem a ser volumosos e
são compostos por estruturas glandulares
Pólipo: É qualquer nódulo ou massa que se projete
semelhantes a adenocarcinoma esofágico e do
acima do nível da mucosa circundante; geralmente
cólon. Os adenocarcinomas do tipo intestinal
refere-se a lesões que surgem na mucosa.
tipicamente crescem ao longo de frentes coesivas
Ø Os pólipos podem ser neoplásicos (5-10%) ou
amplas formando uma massa exofítica ou um tumor
não.
ulcerado. As células neoplásicas frequentemente
contêm vacúolos apicais de mucina, e mucina
Pólipos Não Neoplásicos
abundante pode estar presente na luz das glândulas.
Pólipos Hiperplásicos ou Inflamatórios: Constituem
Ø Cânceres Gástricos Difusos exibem um
75% dos pólipos gástricos, sésseis ou pedunculados.
padrão de crescimento infiltrativo e são compostos
por células desconexas com vacúolos grandes de
- Morfologia: Constituídos por túbulos e cistos epiteliais
mucina que ampliam o citoplasma e empurram o
entremeados com um estroma inflamado, são comuns na
núcleo para a periferia, criando uma morfologia de
gastrite crônica (H. pylori), Múltiplos, não tem potencial
célula de anel em sinete.
maligno por si próprio.
Pólipos Neoplásicos
- Adenomas Gástricos: Constituídos por epitélio
displásico proliferativo (com potencial maligno); 3H:1M;
Incidência aumenta com a idade (50 anos); 40% podem
abrigar carcinoma; geralmente único séssil ou
pediculado; originam com um fundo de gastrite crônica
ou síndrome de polipose genética.
- Prognóstico: Embora não sejam vistos com muita
frequência (representam apenas 10% dos pólipos
gástricos), os adenomas são importantes pois
apresentam um potencial de malignização, podendo
preceder ou coexistir com uma neoplasia maligna do
estômago.
Carcinoma Gástrico
- Etiologias: Infecção pelo H. pylori com gastrite crônica;
Gastrite autoimune; Gastrectomias parciais permitem o
refluxo gastroduodenal.
- Profundidade e invasão: Carcinoma gástrico (inicial)
precoce: limitado à mucosa e à submucosa,
independentemente da presença ou ausência da
metástase linfonodais.
- Carcinoma Gástrico Avançado: Já o avançado é uma
neoplasia que se estendeu abaixo da submucosa até a
parede muscular.
Adenocarcinomas
Intestinal: Epitélio colunar formador de glândulas;
produtor de mucina; padrão de crescimento expansivo
polipoide; associado à metaplasia intestinal da
mucosa; > 55 anos; proporção H:M = 2:1.
Difuso: Células isoladas em anel de sinete, pouco
diferenciadas; produtor de mucina; padrão de
crescimento infiltrativo; > 48 anos; proporção H:M =
1:1; não parece ser relacionado a fatores ambientais.
VIII. Dermatopatologia - Clínica: As queratoses actínicas são muito comuns em
Dermatopatologia pessoas de pele clara, e sua incidência aumenta com a
idade e exposição ao sol. Como esperado, existe
predileção por áreas expostas ao sol (rosto, braços e
Termos Macroscópicos
dorso das mãos). As lesões podem ser tratadas com
MÁCULA – Lesão de até 5 mm de diâmetro, plana e
crioterapia local (congelação superficial) ou com agentes
distinta da pele ao redor por sua coloração.
tópicos.
PÁPULA – Lesão elevada, de até 5mm de diâmetro. - Etiologia: A causa exógena mais comum é a exposição
VESÍCULA – Lesão elevada, preenchida por fluido, de à raios UV, com subsequentes danos ao DNA. A
até 5 mm de diâmetro. incidência é maior em homens (exceto nos membros
PÚSTULA – Lesão elevada, discreta, preenchida por inferiores). Exposição à luz solar.
pús. - Prognóstico: Bom, quando descobertos pequenos e
BOLHA – Lesão elevada, de conteúdo líquido, com ressecáveis.
diâmetro maior que 3 mm.
Termos Microscópicos Carcinoma de Células Escamosas Invasivo
HIPERCERATOSE – Espessamento do estrato - Macroscopia: Lesão nodular hiperqueratótica , o tumor
córneo. invade a derme infiltrando o colágeno, como projeções
PARACERATOSE – Retenção de núcleos celulares irregulares de células escamosas atípicas.
no estrato córneo. - Microscopia: Os tumores invasivos, definidos pela
ACANTOSE – Hiperplasia epidérmica. invasão da membrana basal exibem graus variáveis de
ACANTÓLISE – Perda das conexões celulares. diferenciação, variando de tumores com células
ESPONGIÓLISE – Edema intercelular na epiderme. arranjadas em lóbulos ordenados que exibem
DISCERATOSE – Queratinização anormal que ocorre queratinização extensa até neoplasias que apresentam
prematuramente dentro de um grupo individual de células altamente anaplásicas com focos de necrose e
células ou grupo de células abaixo do estrato disqueratose.
granuloso. - Clínica: Os carcinomas de células escamosas invasivos
de pele muitas vezes são descobertos quando pequenos
Ceratose Actínica e podem ser excisados. Menos de 5% desses tumores
Antes da malignidade epidérmica ocorre uma série apresentam metástases para os linfonodos regionais ao
de alterações displásicas. Essas alterações displásicas diagnóstico. A probabilidade de metástases está
são resultado da exposição crônica à luz solar e estão relacionada com a espessura da lesão e o grau de
associadas ao crescimento excessivo da camada de invasão subcutâneo. Os tumores originados a partir das
queratina. queratoses actínicas podem ser localmente agressivos,
mas geralmente sofrem metástases somente após
- Clínica: São geralmente menores que 1 cm de diâmetro; longos períodos de tempo, enquanto aqueles
marrom-acastanhadas, vermelhas ou cor-de-pele; e com provenientes de cicatrizes de queimaduras, úlceras e
consistência áspera por produção de queratina. Áreas do áreas de pele não expostas ao sol se comportam de
corpo expostas ao sol são mais frequentemente forma menos previsível. Os carcinomas de células
afetadas. Mais comum em pessoas de pele clara. escamosas em mucosas (bucal, pulmonar, esofágica
- Histologia: Atipia citológica nas camadas mais basais; etc.) geralmente são muito mais agressivos.
Hiperplasia de células basais ou atrofia precoce; Células - Etiologia: A causa exógena mais comum é a exposição
atípicas são disceratóticas e apresentam citoplasma à raios UV, com subsequentes danos ao DNA. A
róseo ou avermelhado; Pontes intercelulares estão incidência é maior em homens (exceto nos membros
preservadas; Elastose (derme com fibras elásticas inferiores). Exposição à luz solar.
espessadas, azul-acinzentadas); estrato córneo - Prognóstico: Bom, quando descobertos pequenos e
espesso; Paraceratose. ressecáveis. Pior quando encontrados indiferenciados e
- Etiologia: Exposição à radiação ionizante, mais invasivos, nos planos profundos, e acometendo
hidrocarbonetos e arsenicais podem induzir a lesões tecido ósseo facial e/ou linfonodos.
similares.
- Prognóstico: Bom prognóstico se tratado. No entanto a Carcinoma de Células Basocelular
ceratose actínica não tratada ou tratada tardiamente - Macroscopia: Os carcinomas de células basais se
pode causar evolução para transformação manifestam como pápulas peroladas, que muitas vezes
carcinomatose. contêm vasos sanguíneos subepidérmicos dilatados e
proeminentes (telangiectasias). Alguns tumores contêm
Carcinoma de Células Escamosas in situ melanina e, por isso, podem ser semelhantes aos nevos
- Macroscopia: Carcinomas in situ ou doença de Bowen melanocíticos ou melanoma.
aparecem como uma placa bem definida, vermelha, - Microscopia: As células tumorais se assemelham às
áspera (semelhante a lixa), e descamativa. células normais da camada basal da epiderme, da qual
- Microscopia: O carcinoma de células escamosas in situ foram derivadas.
é caracterizado por atipia celular intensa em todas as - Etiologia: Câncer de pele mais comum nos humanos;
camadas da epiderme, com aglomeração e Homens em geral têm uma razão de risco maior de CBC
desorganização nuclear. Apresentando células com do que mulheres; Ocorre mais frequentemente na
núcleo atípico (aumentado e hipercromático). cabeça e no pescoço em ambos os sexos; As mulheres
têm uma frequência maior de CBC em extremidades
inferiores; Homens têm mais lesões na orelha.
- Padrões de Crescimento:
Ø Crescimentos Multifocais (originam-se na
epiderme e estendem-se por muitos cm² da
superfície da pele)
Ø Lesões Nodulares (desenvolvem-se para baixo e
profundamente para dentro da derme como cordões
de células basofílicas com núcleo hipercromático) e
envolvidas por linfócitos e fibroblastos.
Melanoma
- Padrões de Crescimento: Podem ser vertical ou radial.
O crescimento radial descreve a disseminação horizontal
do melanoma na epiderme e na derme superficial. Após
um período variável (e imprevisível) de tempo, o
melanoma muda da fase radial para a vertical, durante a
qual, as células tumorais invadem em direção às
camadas dérmicas mais profundas, como uma massa
expansível.
- Clínica: O melanoma de pele é geralmente
assintomático, embora o prurido ou a dor possam ser
manifestações precoces. A maioria das lesões apresenta
diâmetro superior a 10mm ao diagnóstico. Os sinais
clínicos mais consistentes são as alterações de cor,
tamanho ou formar da lesão pigmentada.
Ø ABCD
A – Assimetria
B – Borda Irregular
C – Coloração
D – Diâmetro (Maior que 6mm)
Ø Níveis de Clark:
Nível I – in situ
Nível II – Invasão além da membrana basal,
mas somente na derme papilar.
Nível III – Invasão ocupando a derme papilar,
sem ocupar toda a derme reticular.
Nível IV – Invasão de toda a derme reticular.
Nível V – Invasão do tecido celular
subcutâneo.