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RESUMO PATOLOGIA II – P2 (TEÓRICA)

Lucas Magalhães de Oliveira – 2017/2 - FAGOC


I. Trato Genital Masculino Seminoma Espermatocítico
Pênis - Tumor raro, de idade mais tardia (> 65 anos). Tem
crecimento lento, não produz metástases. Tem
1. Tumores Benignos prognostico excelente.
Condiloma Acuminado - Em contraste com o seminoma típico, não possuem
- Sexualmente transmissível, causado pelo HPV. linfócitos, granulomas, sinciciotrofoblastos, locais de
- Verruga em qualquer superfície monocutânea úmida da origem extratesticular, mistura com os outros tumores de
genitália externa. células germinativas e tem associação com ITGCN.
- HPV tipos 6 e 11 são os mais comuns. - Macroscopia: Tende a apresentar superfície de corte
- Morfologia: Excrescências papilares vermelhas únicas mole, acinzentada e pálida que algumas vezes revela
ou múltiplas, sésseis ou pedunculadas, variam de 1 a cistos mucoides.
vários milímetros. Tendem a recorrer, raramente - Microscopia: 3 tipos celulares (Células de tamanho
progridem para cânceres in situ ou invasivos. médio – principalmente; Células pequenas; e Células
gigantes – uni ou multinucleadas).
2. Tumores Malignos
Lesões pré-neoplásicas: Carcinoma in situ – Carcinoma Embrionário
Doença de Bowen e Papulose Bowenoide. - São mais agressivos que os seminomas, se
apresentam entre a 2ª e a 3ª década de vida, 75%
Carcinoma Invasivo produzem alfa-feto-proteína, 80% produzem Beta-HCG,
- Entre 40 e 70 anos. Antecedido de má higiene; Infecção e os marcadores mais comuns com seminoma são
pelo HPV (50%) – tipos 16 e 18. OCT3/4 e PLAP.
- Macroscopia: Geralmente começa na glande ou na - Se diferem por citoqueratina positiva e CD30 positivo, e
superfície interna do prepúcio. Pode aparecer na forma c-KIT negativo.
papilar, onde as lesões papilares simulam o condiloma - Macroscopia: É menor que o seminoma e geralmente
acuminado, podendo produzir uma massa vegetante não substitui o testículo inteiro; É de coloração pardo-
com aspecto de couve-flor; ou na forma plana, onde acinzentado e possui focos de hemorragia e necrose. Se
surgem áreas de espessamento epitelial acompanhadas estende atrás da túnica albugínea para o epidídimo ou o
por áreas acinzentadas e formação de fissuras na cordão espermático frequentemente.
superfície mucosa. - Microscopia: Células crescem em padrões alveolares
- Microscopia: Carcinoma de células escamosas com ou tubulares, algumas vezes com convoluções papilares.
graus variáveis de diferenciação. Possuem elementos epiteliais e embrionários imaturos.
Apresentam células pleomórficas, de bordas irregulares,
Testículo núcleos hipercromáticos com nucléolos evidentes.
- Tipos Histológicos: Germinativos (90-95%); Não- Mitoses frequentes.
Germinativos (5-10%).
- Tipos de Tumores Testiculares: Tumores de células Tumor de Saco Vitelino
germinativas (seminoma; seminoma espermatocítico; - Carninoma embrionário infantil. Ocorre em crianças de
carcinoma embrionário; teratoma; conocorcinoma; tumor até 3 anos, tendo bom prognóstico.
do saco vitelino – seio endodérmico); Formas mistas - Macroscopia: O tumor não é encapsulado. Possui
(tumores de células de Leydig; tumores de células de aspecto amarelado-esbranquiçado, homogêneo e
Sertoli). mucinoso.
1. Tumores Germinativos - Microscopia: Rede reticular de células cuboides ou
achatadas, de tamanho médio. Em 50% dos tumores
Tumores de Células Germinativas
podem apresentar estruturas semelhantes ao seios
- Fatores de Risco: Criptorquidia; Atrofia testicular; Tumor
endodérmicos – Corpos Schiller-Duval (estruturas
prévio unilateral; Disgenesia gonadal; Histórico Familiar;
semelhantes ao saco vitelino circundando vasos).
Uso materno de estrógenos na gravidez; Traumatismo.
Teratoma
Seminoma Clássico
- Derivado de 3 tecidos embrionários, apresentam vários
- Tipo mais comum de tumor de células germinativas
componentes celulares ou organoides semelhantes ao
(50%). Ocorrência na 3ª década de vida. Semelhante à
derivados normais de mais de uma camada germinativa.
disgermonoma (que ocorre no ovário). Crescimento
- 40% produzem alfa-feto-proteína, 25% produzem Beta-
lento, comparado aos não seminomatosos.
HCG.
- Macroscopia: Produzem massas volumosas, algumas
- Se apresentam na forma de tecidos maduros, bem
vezes correspondendo a dez vezes do tamanho normal,
diferenciados (Teratomas Maduros) – comuns em
superfície com aspecto lobulado, homogêneo, cinza
lactentes e crianças; ou na forma de tecidos imaturos,
esbranquiçado, geralmente isento de hemorragia ou
pouco diferenciados (Teratomas Imaturos) – frequente
necrose.
em adultos, tendo prognóstico reservado.
- Microscopia: Célula é grande, redonda-poliédrica,
- Macro/Microscopia (aspecto heterogêneo): Pode se
possuindo uma membrana celular distinta, um
apresentar nas formas de epitélio escamoso, cabelo,
citoplasma claro ou de aspecto aquoso e um núcleo
glândulas sebáceas, tecido neural, músculo, ilhas de
grande e central com um ou dois núcleos proeminentes,
cartilagem, estruturas remanescentes de glândula
separados por feixes conjuntivos com infiltrado
tireoide, epitélio brônquico e parede do intestino.
leucocitário.
Coriocarcinoma III – Metástases fora dos linfonodos
- Forma altamente maligna de tumor testicular. Faz retroperitoniais acima do diafragma.
metástases pulmonares precoces, possuindo
prognóstico ruim. É raro (< 1% dos tumores Os seminomas tendem a permanecer nos
germinativos). Produz Beta-HCG. testículos por um longo tempo, por isso 70% dos casos
- Macroscopia: Frequentemente não causam aumento se apresentam no estágio clínico I. 60% dos homens com
testicular e são detectados apenas como um pequenp tumores de células germinativas não seminomatosos
nódulo palpável. Raramente possuem diâmetro superior (NSGCTs) apresentam doença clínica avançada
à 5cm. É extremamente comum apresentarem necrose e (estágios II e III). NSCGTs sofrem metástases antes,
hemorragia. como utilizam a via hematogênica com maior frequência.
- Microscopia: Se apresentam na forma de dois tipos
celulares: (1) Células Sinciciotrofoblásticas – São Resumindo: Em comparação aos seminomas,
grandes e possuem núcleos hipercromáticos irregulares NSCGTs são biologicamente mais agressivos e em geral
ou lobulares, e citoplasma vacuolado eosinofilico apresentam um prognóstico mais limitado.
abundante; (2) Células Citotrofoblásticas – Células claras
mais regulares, com núcleos centrais, únicos. Sinais e Sintomas
Aumento de volume testicular 51-61%
2. Tumores Mistos Dor local 10%
Aproximadamente mais de 60% dos tumores Nódulo testicular 23-31%
testiculares são compostos por mais de um padrão Dor lombar 6%
“puro”. As misturas incluem: (1) Teratomas com Dor abdominal 6%
Carcinomas Embrionários e Tumores do Saco Vitelino; História de trauma 4-5%
(2) Seminoma com Carcinoma Embrionário; e (3) Hidrocele 10-20%
Carcinoma Embrionário com Teratoma – Massa abdominal 4%
Teratocarcinoma. Ginecomastia 2%
Na maioria dos casos o prognostico é agravado pela Gânglios inguinais 2%
inclusão de um elemento mais agressivo. Gânglios supraclaviculares 2-3%
Os tumores testiculares possuem disseminação
linfática. A disseminação hematogênica ocorre
primariamente para os pulmões, porém fígado, cérebro e
3. Tumores do Estroma Gonadal
Cordão Sexual – Não Germinativos
ossos também podem ser envolvidos.
Marcadores Tumorais: Esses tumores
Tumores de Célula de Leydig
frequentemente secretam hormônios polipeptídicos e
- Corresponde de 1-3% das neoplasias testiculares. A
algumas enzimas que podem ser detectadas no sangue,
maioria dos casos ocorre na faixa de 20-50 anos. Tem
como por exemplo o HCG, AFP e Lactato desidrogenase.
como característica mais comum de apresentação a
Ø Oncofetais: Alfa-feto-proteína e beta-HCG
tumefação testicular, porém em alguns pacientes a
Ø Enzimas Celulares: Desidrogenase do Ácido
Lático (DHL) e Fosfatase Alcalina Placentária. ginecomastia pode ser o primeiro sintoma.
- Em crianças a precocidade sexual é a característica
mais dominante, podendo apresentar produção
Estadiamento dos Tumores de Testículo
hormonal com virilização/feminização.
Tis Carcinoma in situ (intralobular)
- Tratamento: Cirúrgico.
Circunscrito ao testículo, sem invasão
T1
vásculo-linfática
Tumores de Células de Sertoli
Com invasão vásculo-linfática, invade a - Menos de 1% das neoplasias testiculares.
T2
túnica vaginal Aparecimento ocorre em qualquer idade. Pode
T3 Invade o cordão espermático apresentar ginecomastia.
T4 Invade o escroto - Tratamento: Cirúrgico.

Metástases Linfáticas Metástases Próstata


Retroperitoneais Hematogênicas No adulto normal a próstata pesa aproximadamente
N0 / N1 / N2 / N3 M0 / M1a / M1b 20g, medindo 3cm de comprimento e 4cm de largura. É
um órgão retroperitoneal que envolve o colo da bexiga e
- Prognóstico: Depende do tipo histológico dos tecidos. a uretra, não possuindo cápsula distinta.
No adulto, o parênquima prostático pode ser
- Tipo Histológico: dividido em 4 zonas ou regiões: (1) Zona Periférica –
Seminomas: Radiossensíveis, melhor Carcinomas; (2) Zona Central – Hiperplasias; (3) Zona
prognóstico (95% em estágio I e II, cura). de Transição – Hiperplasias; e (4) Região do Estroma
Não-Seminomatosos: Radioresistentes, Fibromuscular Anterior.
quimioterapia agressiva (cura em 90%). Histologicamente, é composta por glândulas
Coriocarcinoma: Prognóstico desfavorável. revestidas por duas camadas de células: (1) Camada
basal de epitélio cuboide baixo; e (2) Camada de células
- Estágios Clínicos: colunares secretória. Sendo a camada 1 coberta pela 2.
I – Confinado ao testículo, epidídimo e cordão Em muitas áreas existem pequenas dobras
espermático; papilares do epitélio (Invaginações). Estas glândulas são
II – Disseminação para linfonodos retroperitoniais separadas por um estroma fibromuscular abundante.
abaixo do diafragma;
Três processos acometem a glândula prostática: que modula a proliferação e a função do epitélio
Inflamação, aumento nodular benigno e tumores. glandular, resulta da conversão de testosterona (T) pela
enzima 5-alfa-redutase, principalmente nas células do
1. Inflamações (Prostatites) estroma prostático.
A causa mais frequente de prostatite aguda são as Ligação da DHT ao receptor andrógeno induz a
bactérias. Os microrganismos chegam à próstata por expressão de genes que codificam fatores de
meio de refluxo intraprostático de urina infectada ou, crescimento (p. ex. FGF, TGF-beta), que promovem a
ocasionalmente por via linfática/hematogênica, a partir proliferação de células epiteliais e do estroma prostático.
de focos de infecção distantes. Manipulação cirúrgica é Receptores alfa-adrenérgicos: Estímulo
um fator predisponente importante. aumentado, leva à maior contração do componente
Prostatites bacterianas agudas tratadas fibromuscular.
inadequadamente ou não tratadas, podem evoluir para Envolve Componentes: Estático, dinâmico e vesical
prostatites crônicas. (falência do músculo).

Prostatite Bacteriana Aguda - Morfologia: Formação de nódulos bem definidos;


- Em sua maioria causada por E. coli. Tem difícil Lúmen em fenda; e Cor e consistência variados.
diagnóstico e tratamento. Ao exame retal é macia e Em caso de aumento prostático, a próstata atinge
dolorosa. 60-100g. Varia conforme os lobos acometidos e a
- Clínica: Febre, calafrios e disúria. constituição histológica do nódulo. Na maioria das vezes,
- Diagnóstico: Por características clínicas e cultura de tanto os lobos laterais como o médio estão
urina. comprometidos; Com menor frequência, somente os
- Microscopia: Infiltrado rico em neutrófilos, podendo lobos laterais estão afetados.
haver ou não formação de abscessos, áreas focais de - Microscopia: Presença de nódulos; Proliferação
necrose, edema difuso, congestão e supuração glandular; Proliferação fibromuscular do estroma;
(resultado de formação de pus). Glândulas dilatadas, com tamanho variado e revestidas
por duas camadas (interna – epitélio colunar; e externa –
Prostatite Bacteriana Crônica epitélio cuboide).
- Causada por E. coli. Tem difícil diagnóstico e
tratamento. A característica típica da Hiperplasia Prostática
- Clínica: Pode apresentar dor lombar, disúria e Benigna é a nodularidade; Nódulos apresentando:
desconforto perineal e suprapúbico. Pode ser Ø Proliferação principalmente glandular: Tecido
assintomática. História de infecções recorrentes do trato rosa-amarelado; consistência macia; e presença de
urinário (cistite; uretrite). líquido prostático branco leitoso.
- Diagnóstico: Depende da demonstração de leucocitose Ø Proliferação fibromuscular: Tecido cinza
em secreções prostáticas, juntamente com culturas pálido; sem exsudação de líquido prostático brando
bacterianas positivas. leitoso; e consistência endurecida.
- Microscopia: Reação inflamatória, presença de
numerosos linfócitos e PMN. - Clínica: Maior tamanho da glândula e a contração
mediada pelos músculos lisos da próstata causando
Aumento Benigno (Hiperplasia Prostática Benigna) obstrução uretral; Aumento da resistência ao fluxo
Consiste em crescimento nodular do órgão urinário levando à hipertrofia e distensão da bexiga,
resultante de proliferação não neoplásica do estroma e acompanhada por retenção urinária; e incapacidade de
das glândulas prostáticas. esvaziar a bexiga, criando um reservatório residual
Extremamente comum em homens acima de 50 propenso a desenvolver infecções.
anos. 20% dos homens de 40 anos de idade; 70% aos
60 anos de idade; e 90% aos 70 anos de idade. Pacientes vão apresentar aumento da frequência
urinária, noctúria e disúria, urgência miccional, jato
Etiopatogenia (Há duas hipóteses) urinário fraco, hesitação, intermitência, gotejamento
1 – Ação de Fatores de Crescimento Locais urinário, esvaziamento incompleto e micção em dois
Interações entre estroma e epitélio glandular tempos.
parecem cruciais na patogênese da hiperplasia. No
início, os nódulos são estromatosos por ação de provável - Diagnóstico: Toque retal, observando tamanho,
produção local de fatores de crescimento. Com o tempo, consistência e presença de nódulos. Exame de urina,
as células estromais da região periuretral induzem ureia, creatinina e PSA. Como exame complementar
proliferação intranodular de ductos e ácinos, surgindo, pode se realizar uma ultrassonografia.
assim, os nódulos estromatoglandulares. - Diagnóstico Diferencial: Estenose de uretra; Uretrite;
Provável ação de fatores de crescimento => Divertículo da uretra; Prostatite; Adenocarcinoma;
nódulos estromatosos => proliferação intranodular de Carcinoma urotelial; e Cistite.
ductos e ácinos => nódulos estromatoglandulares - Tratamento: (1) Conservador – diminuição da ingesta
hídrica, álcool e cafeína; (2) Clínico – alfa-bloqueadores
2 – Ação de Fatores Hormonais adrenérgicos e inibidores da alfa-redutase; e (3)
Envelhecimento: a frequência de HPB aumenta com Cirúrgico – ressecção transuretral ou ressecção
a idade. transuretral com green laser ou prostatectomia aberta
Na senilidade há redução progressiva da com enucleação.
testosterona. Apesar dessa redução, os valores de di- - Avaliar: Retenção urinária; Infecção de Repetição;
hidrotestosterona (DHT) permanecem normais. A DHT, Calculose vesical; Hematúria recorrente; outros.
2. Tumores – Neoplasia de Próstata - Complicações da Prostatectomia: Incontinência urinária
Adenocarcinoma de Próstata (5-20%); e Disfunção erétil (50-80%).
- É a forma mais comum de câncer em homens. Segunda - Tratamento: Depende do estadiamento, idade e estado
maior causa de morte. O câncer de próstata tipicamente de saúde geral do paciente.
é uma doença de homens acima de 50 anos de idade. (1) Doença Localizada: Prostatavesilectomia radial.
80% são androgênio-dependentes. (2) Doença Avançada e Metastática: Radioterapia e
- Fatores de Risco: Histórico familiar; idade; raça; PSA 4- Terapia hormonal.
10 ng/mL mostra risco de 25%; PSA > 10 ng/mL mostra (3) Dosagens de PSA e acompanhamento
risco superior à 50%.
- Alterações Genéticas: Mutações do gene p53 – pouco
comum; Hipermetilação do gene promotor da glutationa- 3. Tumores Diversos
S-transferase (GSTP1), presente em 90% dos casos. Adenocarcinomas Ductais
- Macroscopia: Em 70% dos casos o carcinoma Ductos Prostáticos Periféricos: Clinicamente
prostático surge na zona periférica, classicamente na semelhante ao câncer de próstata comum.
porção posterior da glândula, onde poderá ser palpável Ductos Prostáticos Periuretrais: Clinicamente
no exame retal. O tecido neoplásico é granuloso e firma, semelhante ao câncer urotelial (hematúria, sintomas
massa sólida e branca. obstrutivos da bexiga).
Disseminação Local: Vesícula seminal e base da
bexiga. - Prognóstico: Ruim. Quando a detecção é precoce pode
Disseminação à Distância: Ossos (Coluna lombar, ser curado.
fêmur proximal, pelve, coluna torácica e costelas). - Tratamento: Cirúrgico e Radiológico.

- Microscopia: Glândulas pequenas e amontoadas.


Núcleos aumentados e nucléolos proeminentes.
Ausência de Invaginações. Citoplasma escuro.
Revestimento único, com ausência de células basais.
Importante: Invasão perineural (bainha de tecido
conjuntivo que envolve casa fascículo nervoso).

- Diagnóstico: Biópsia por agulha guiada por


ultrassonografia transretal. Exame retal. USG,
ressonância e cintilografia (avaliação e estadiamento).

Classificação e Estadiamento
Sistema de Gleason
GRAU 1 Bem diferenciado
GRAU 2, 3, 4 Situados entre os graus 1 e 5
Não apresentam diferenciação
GRAU 5 glandular, as células tumorais
infiltram o estroma.

Escore de Gleason Combinado


Padrão
Grau Primário
Dominante
Padrão
Grau Secundário
Subdominante
- Baixo Grau: 2 a 4
- Grau Intermediário: 5 e 6
Grau Primário
- Mod. / Fraca diferenciação: 7
+
- Alto Grau: Não apresentam
Grau Secundário
diferenciação glandular, as
células se infiltram no estroma

- Quadro Clínico:
(1) Doença Localizada: Ausência de sintomas
urinários, nódulo suspeito ao exame retal, PSA elevado
e prognóstico variado de acordo com a escala Gleason.
(2) Doença Localmente Avançada: Invasão de
cápsula, invasão de meato uretral, colo vesical, sintomas
irritativos e obstrutivos, hemoespermia e hematúria.
(3) Doença Metastática: Dor lombar – metástases
vertebrais, compressão medular, fratura, astenia e
emagrecimento e prognóstico ruim.
II. Trato Urinário Inferior e Rins - Fatores de Risco: Obstrução do sistema urinário,
Cistite congênita ou adquirida, instrumentação do sistema
urinário, refluxo vesicoureteral, gravidez, diabetes, etc.
Inflamação aguda ou crônica inespecífica da
bexiga. Apresenta hiperemia, as vezes com exsudato e
Três complicações da pielonefrite aguda são
fibrina.
encontradas em circunstâncias especiais:
- Clínica: Polaciúria; dor suprapúbica; disúria; odor forte
da urina; urina turva; hematúria Complicações – Pielonefrite Aguda
Ø Sintomas com início há 24 horas, com duração - Necrose de Papila: Na superfície de corte, as pontas
de 3 a 5 dias. ou os dois terços distais das pirâmides apresentam
áreas de necrose branco-acinzentadas a amareladas.
Diferenças Morfológicas Ao exame microscópico, o tecido necrótico demonstra
necrose coagulativa característica.
- Cistite Hemorrágica: Pacientes
recebendo medicamento antitumorais - Pionefrose: O exsudato supurativo é incapaz de
Cistite drenar, e portanto, preenche a pelve renal, cálices e
citotóxicos; ou infecção por adenovírus.
Aguda ureter, produzindo pionefrose.
- Cistite Supurativa.
- Cistite Ulcerativa. - Abscesso Perinéfrico: Extensão da inflamação
- Cistite Eosinofílica: Infiltração de supurativa para o tecido perinéfrico.
eosinófilos submucosos e fibrose.
Cistite Pielonefrite Crônica
- Cistite Folicular: Hiperplasia folicular
Crônica Deriva de infecções bacterianas constantes
linfoide.
- Cistite Viral: Atipias epiteliais (pielonefrites agudas de repetição) que podem ser mais
ou menos graves, e que ocorrem, frequentemente,
durante um período alargado. Existe uma destruição
Crônicas Especiais generalizada de néfrons, que são substituídos por tecido
- Cistite Intersticial (Úlcera de Hunner): Fissuras em de cicatrização. Isto pode levar à uma insuficiência renal
mucosas, inflamação transmural com mastócitos e crônica terminal (IRCT).
fibrose. É um transtorno renal tubulointersticial crônico em
- Cistite Glandular ou Cística: Transformação cística dos que a inflamação tubulointersticial e a cicatrização renal
ninhos de urotélio (Ninhos de Von Brunn) e estão associados ao envolvimento patológico dos cálices
transformação glandular cística com células caliciformes e da pelve.
(metaplasia intestinal).
- Cistite Polipóide: Projeções polipoides como resultado - Quadro Clínico: Pode ter inicio insidioso ou se
do edema submucoso, lesão irritativa. apresentar com manifestações clínicas de pielonefrite
- Malacoplaquia: Placas amarelas elevadas (3-4 cm) e recorrente aguda, com dor lombar, febre, piúria frequente
macrófagos granulosos, com depósitos de cálcio e bacteriúria.
citoplasmáticos. - Morfologia: As alterações características da pielonefrite
Etiologia: Infecção bacteriana crônica (E. coli). crônica são vistas ao exame macroscópico. Os rins
Ø Mais frequente em imunossuprimidos. geralmente se encontram irregularmente cicatrizados. A
Diagnóstico: Exame de urina, acompanhado da marca característica é a cicatriz corticomedular áspera e
cultura da urina (urocultura). Além de citoscopia, RX ou discreta sobreposta a um cálice dilatado, plano ou
ultrassonografia. deformado. As alterações microscópicas envolvem
predominantemente os túbulos e o interstício. Os túbulos
Pielonefrite demonstram atrofia em algumas áreas e hipertrofia ou
Causada por infecção bacteriana e é a principal dilatação em outras, que podem ser preenchidas com
lesão renal associada à infecção do sistema urinário. cilindros coloides. Há graus variáveis de inflamação
intersticial crônica e fibrose no córtex e medula.
Pielonefrite Aguda Frequentemente há fibrose ao redor do epitélio dos
É causada por uma infecção bacteriana aguda, cálices, bem como um infiltrado inflamatório crônico
nomeadamente por bactérias gram-negativas, que fazem acentuado, podem estar presentes diversas alterações
parte da microbiota intestinal (E. coli; Klebsiella; Proteus). glomerulares.

- Morfologia: Tem como principais características a Classificação


inflamação intersticial focal, agregados intretubulares de - Nefropatia de Refluxo: O envolvimento renal na
neutrófilos e necrose tubular. A supuração pode ocorrer nefropatia de refluxo ocorre precocemente na infância
como abscessos focais discretos. A distribuição destas como resultado de sobreposição de infecção urinária
lesões é irregular, mas na pielonefrite associada à ao refluxo vesicoureteral congênito e refluxo intra-
refluxo, ocorrem mais comumente nos polos superior e renal, este condicionado pelo numero de papilas
inferior. Em pouco tempo o infiltrado de neutrófilos potencialmente suscetíveis ao refluxo.
envolve os túbulos e produz um abscesso característico,
com a destruição dos túbulos englobados. - Pielonefrite Obstrutiva Crônica: A obstrução
- Quadro Clínico: Geralmente de início súbito, com dor no predispõe o rim à infecção. Infecções recorrentes
ângulo costovertebral e evidências sistêmicas de sobrepostas a lesões obstrutivas difusas ou
infecção, como febre e astenia. Normalmente há localizadas levam à episódios recorrentes de
indicações de irritação vesical e uretral. inflamação e cicatrização renal.
- Diagnóstico: Para um diagnóstico conclusivo é feito um
exame de urina simples e um exame de sangue que irá Lesões Glomerulares Primárias
confirmar a infecção. Através da urocultura, será I. Nefropatia Membranosa
elucidado o tipo de bactéria que está causando a - É a causa mais comum.
infecção, deste modo, é feito um antibiograma para - Se caracteriza pelo espessamento difuso da parede
identificar quais antibióticos serão efetivos no tratamento capilar glomerular devido ao acúmulo de deposito
da infecção em questão. Caso o paciente tenha alguma eletrodenso contendo IgG, ao longo do lado
obstrução ou anormalidade anatômica no trato urinário, subepitelial da membrana basal.
podem ser solicitados exames complementares como - Causas: Drogas (AINES), tumor maligno, lúpus,
uma ultrassonografia, uma tomografia computadorizada, doenças autoimunes e infecções (hepatite B e C, e
uma urografia excretora ou uma citoscopia. sífilis).
Ø Para a pielonefrite aguda, o diagnóstico de - Microscopia: Caracterizada pelo espessamento
infecção é estabelecido por urinocultura uniforme e difuso da parede capilar glomerular.
quantitativa.
II. Doença da Lesão Mínima
Ø Para a pielonefrite crônica, estudos
radiográficos demonstram rins - É mais frequente em crianças.
assimetricamente diminuídos, com cicatrizes - Se caracteriza pela destruição difusa dos podócitos
ásperas características e aplainamento e nos glomérulos que aparecem normais em
deformidade do sistema calicial. Pode haver microscopia.
bacteriúria significativa. O surgimento de - Responde bem à corticoterapia.
proteinúria e glomerulosclerose segmentar e - Associada à infecções respiratórias, imunizações e
focal é um mau sinal prognóstico. rinite.
- Lesão das células epiteliais viscerais, uniforme e
Síndrome Nefrítica difusa.
É decorrente de uma doença glomerular e é - NÃO há hipertensão e hematúria.
denominada por um inicio agudo de uma hematúria III. Glomeruloesclerose Segmentar Focal
geralmente muito visível (células sanguíneas vermelhas - Tem origem idiopática e fatores de risco são HIV e
na urina), proteinúria branda a moderada e hipertensão; anemia falciforme.
esta é a apresentação clássica da glomerulonefrite pós- - Se caracteriza pela esclerose de alguns glomérulos
estreptocócica aguda. A proteinúria e o edema são e somente uma porção do tufo está envolvida.
comuns, mas não são tão graves quanto aqueles - Hematúria, proteinúria massiva, hipertensão, fraca
encontrados em síndrome nefrótica. resposta à corticoterapia.
- Lesão dos glomérulos justamedulares, hialinose,
- Clínica: Hematúria; Azotemia; Proteinúria variável; espessamento das arteríolas aferentes, levando à
Oligúria; Edema; e Hipertensão. fibrose intersticial.
- Patogenia: Mediada por complexos imunológicos;
IV. Glomerulonefrite Membranoploriferativa
Antígenos circulantes ou plantados.
- Ocorre alterações na membrana basal glomerular,
Manifestações Clínicas infiltração leucocítica com ativação do complemento.
Síndrome Nefrótica Síndrome Nefrítica - Glomérulos grandes e hipercelulares
- Membrana basal espessa com contorno duplo.
Edema insidioso, intenso, Edema nulo/discreto, de
- GNMP I: Maioria; depósito eletrodenso subepitelial
mole, frio e depressível. aparecimento recente.
de C3 e IgG.
PA normal (pode haver PA elevada.
- GNMP II: Depósito denso. Membrana basal é
elevação ocasional e
transformada em uma estrutura irregular fina.
temporária.
Pode se associar à Cursa cefaleia, náuseas,
cefaleia, dor abdominal, vômitos, anorexia. Dor no Angiomiolipoma e Adenoma Papilar
câimbras, convulsões. flanco ou lombalgia.
Complicações: Trombose Em quadros graves: Angiomiolipoma
arterial ou venosa congestão cardíaca, Constitui cerca de 0,7-2% dos tumores renais,
periférica, trombose de encefalopatia estando associado à esclerose tuberosa em cerca de
veia renal e embolia hipertensiva, insuficiência 50% dos casos, os quais são mais comuns em mulheres
pulmonar. aguda. entre 25 e 35 anos. Em casos esporádicos incidem
igualmente em ambos os gêneros, sendo mais
encontrados entre 45 e 55 anos.
Síndrome Nefrótica
- Morfologia: Se apresenta em nódulos únicos ou
É o desarranjo nas paredes capilares glomerulares
múltiplos, quase sempre menores do que 1cm, quando
resultando em aumento da permeabilidade para capsulares, e com 3-20cm, quando intrarrenais. Os
proteínas plasmáticas (pequenas rachaduras que não nódulos são amarelados e lobulados, com hemorragia
sangram). frequente. O tumor é constituído por tecido adiposo,
vasos sanguíneos e células musculares lisas. É devido
- Clínica: Proteinúria massiva, hipoalbuminemia, edema ao componente de gordura que o diagnóstico pode
generalizado, hiperlipidemia e lipiduria. muitas vezes ser sugerido por uma tumografia
- Causas: Diabetes Mellitus, lúpus, amiloidose. computadorizada.
- A variante epitelióide do angiomiolipoma, associada em Tumor de Células Claras
50% dos casos a esclerose tubulosa e diagnosticada em - Tumor maligno que mais acomete o rim (70-80%).
torno dos 40 anos de idade, pode dar metástase e é - Morfologia: Apresenta-se em cor amarelada por
considerada potencialmente maligna. Portanto, neste acúmulo de lipídeos, dando lhe aspecto claro; São bem
caso o tumor forma uma massa volumosa, infiltrativa e delimitados. Possuem citoplasma amplo e incolor,
com áreas de necrose. As células são epitelióides e tem recheado de lipídeos, núcleos uniformes e com certo
citoplasma amplo, eosinofílico ou claro, núcleos grau de atipia. São ricamente vascularizados e as células
aumentados, nucléolos evidentes, sendo neoplásicas estão em cordões entre os vasos.
ocasionalmente multinucleadas. - Fatores de Risco: O principal é o tabagismo, mas
- Características: Apresentam lesões no córtex cerebral fatores como obesidade, hereditariedade e o mal de Von
que produzem epilepsia e retardo mental, uma variedade Hippel-Lindau – VHL – também podem influenciar.
de anormalidades da pele e tumores benignos incomuns - 98% dos casos estão associados a defeitos no gene
em outros locais, como no coração. A sua importância VHL, que é um gene supressor tumoral (a proteína
clínica dos angiomiolipomas é amplamente decorrente codificada por esse gene tem papel importante na
de sua suscetibilidade à hemorragia espontânea. regulação do ciclo celular e na angiogênese).
- Principal foco de metástases são os pulmões e os
Adenoma Papilar ossos.
Trata-se de tumor pequeno, medindo em geral 0,1
a 0,5 cm, assintomático e de achado acidental. É
frequente, sendo encontrado em mais de 10% dos Tumor de Wilms
indivíduos com menos de 40 anos e em cerca de 40% Câncer maligno mais comum em crianças (cerca de
daqueles com mais de 70 anos. Ocorre particularmente 90% na infância), tendo a maior incidência na faixa entre
em rins contraídos e, de modo especial, em indivíduos 2-3 anos.
submetidos a diálise por longo período.
- Podem estar localizados em qualquer local dos rins;
- Características: Atualmente consideram-se adenoma Faz metástases principalmente para pulmões, linfonodos
os tumores com menos de 0,5 cm de diâmetro. No regionais e fígado.
entanto, tumores com mais de 0,5 cm de diâmetro podem - Clínica: Os sintomas são, principalmente, dor
ter comportamento benigno. Independentemente do abdominal, hematúria indolor e febre, ocorre
tamanho, o adenoma e o carcinoma têm características aparecimento de massa abdominal palpável.
histogenéticas, histológicas, ultraestruturais, - O índice de cura é de cerca de 90%
histoquímicas e imunológicas comuns. Além disso, os
adenomas ocorrem mais frequentemente em rins com Possui três componentes:
carcinoma, podendo ambos incidir na mesma faixa
Componentes
etária. Esses e outros fatores complicam o diagnóstico
Células pequenas, indiferenciadas,
diferencial. Ao mesmo tempo, é sabido que o carcinoma
formando ilhotas, podendo
renal pode se originar de um adenoma. Aliás, alguns Blastematoso
apresentar focos de necrose no
consideram que o adenoma é um carcinoma renal que
centro da lesão.
ainda não deu metástases. O adenoma, porém, é muito
É a diferenciação das células
mais frequente do que o carcinoma renal.
Epitelial blastemerosas em túbulos ou
- Morfologia: O adenoma renal localiza-se na cortical e
glomérulos.
não possui cápsula, embora seja bem distinto do
parênquima adjacente; Possuem coloração cinza ou Sofre diferenciação em tecidos
Estromal
amarelo-clara, discretos e circunscritos. Em geral, suas cartilaginoso, muscular e adiposo.
células formam papilas ramificadas ou túbulos e são
pequenas, cuboides ou poligonais, de citoplasma claro e
núcleos centrais, de tamanho uniforme; Mitoses são
incomuns.

Oncocitoma
Tumor epitelial benigno composto de grandes
células eosinofílicas, e com núcleos pequenos e
redondos com um nucléolo grande. São originados das
células intercaladas dos ductos coletores. Incidem
principalmente na faixa de 50 a 80 anos, acometendo
3H/1M.

- Morfologia: Na macroscopia são castanhos,


relativamente homogêneo e encapsulado; Raramente
apresenta massa palpável e hematúria.

As células eosinofílicas apresentam


inúmeras mitocôndrias
III. Patologias da Glândula Tireoide Hipertireoidismo
Hipotireoidismo
Tireoidite de Hashimoto Tireotoxicose: Síndrome clínica devido ao excesso de
Doença autoimune na qual o próprio organismo hormônio tireoidiano.
produz anticorpos contra a glândula tireoide, levando a Ø Tireotoxicose Factícia (exógena): Uso de
uma inflamação crônica que pode acarretar o aumento hormônios tireoidianos.
do volume da glândula (Bócio) e diminuição do seu Hipertireoidismo: Excesso de produção de hormônios
funcionamento (Hipotireoidismo). Geralmente esses tireoidianos pela tireoide (hiperfunção da glândula).
anticorpos são contra a tireoglobulina. Ocorre a Tireoidite: Rompe folículos e aumenta a liberação de
destruição do parênquima glandular, o que leva a uma hormônios.
deficiência hormonal. Predomina entre os 45-65 anos de Tecido Tireoidiano Ectópico: Teratoma; Metastases.
idade e afeta mais as mulheres do que os homens.
Doença de Graves
- Macroscopia: A glândula se apresenta em tamanho - Tireoidite crônica autoimune mediada por uma resposta
aumentado, com volume difuso e irregular. humoral (preferencial).
- Microscopia: Extenso infiltrado de linfócitos, - 60-80% dos casos; Mais comum na terceira e quarta
plasmócitos e macrófagos; Presença de células com década de vida.
citoplasma abundante e eosinofílico (Hurthle); Apresenta - TSH-Receptor Antibody (TSHRabs).
delicada fibrose; E folículos tireoidianos atróficos. - Ação estimulatória (mimetiza TSH).
- Patogênese: Há insuficiência tireoidiana gradual devido
a destruição das células foliculares, ação mediada pela Bócio Multinodular Tóxico
resposta imune. - Derivam de bócios simples, de longa duração.
- São nódulos constituídos por células hiperfuncionantes,
Deficiência de Iodo – Bócio Endêmico que apresentam propriedades de sintetizar e secretar os
Bócios volumosos que, em quadros severos, pode hormônios tireoidianos.
causar retardo mental. - Hiperprodução hormonal inibe a secreção de TSH,
ocorre supressão funcional do parênquima adjacente à
Hipotireoidismo Central área nodular.
Os sintomas de hipotireoidismo central (causado - Exame cintilográfico revela captação exclusiva aos
por doenças da hipófise ou do hipotálamo) incluem os do tecidos hiperfuncionantes, de vários nódulos
hipotireoidismo periférico (fragilidade, intolerância ao frio, hipercaptantes, entremeado às regiões não
ganho de peso), com ou sem outros sintomas de concentrantes do radioisótopo.
hipopituitarismo, incluindo hipogonadismo e insuficiência - Etiologia: Deficiência de Iodo (mais jovem); Mutações
adrenal secundaria. no receptor do TSH ou na subunidade alfa estimuladora
da proteína ligadora guanina-nucleotídeo (que promove
- Os sinais ao exame físico que podem indicar a ativação do receptor ou seu efeito quando estimulado,
hipotireoidismo incluem alterações cutâneas, queda de mesmo sem a presença do TSH).
cabelos e bradicardia. - Tem evolução longa e inicialmente é atóxica (primeiros
- Diagnóstico: Avaliação do TSH sérico (pode estar 30-40 anos).
baixo, normal ou minimamente elevado), e do T4 Livre - A conversão de atóxico (eutireideo) para tóxico
(deve estar baixo). (tireotóxico) é mais comum em bócios mais volumosos.
- Causas: Adenomas hipofisários; TCE; Cirurgia ou
Irradiação da hipófise e/ou hipotálamo; Tratamento com Hipertireoidismo Familiar Não-Autoimune
iodo radioativo; Infecções por tuberculose e sífilis; - Mutação em ativadores de receptor de TSH.
Hipopituitarismo; e Deficiência isolada e TSH. - Herança autossômica dominante.
- Clínica: Redução da atividade metabólica; Abatimento, - Anticorpos negativos.
depressão, fadiga, perda da memória, raciocínio lento, - Inicio precoce.
sono, hipotermia, perda de apetite, ganho de peso,
edema mixedematoso, macroglossia (lígua ampliada), Características do Hipertireoidismo
alopecia (perda de cabelo), síndrome do túnel do carpo, Ocorre hiperatividade adrenérgica, o que leva à:
bradicardia, aumento da resistência vascular periférica e Perda de peso e de Vasodilatação ->
mixedema. massa magra; Aumento Redução da RVP ->
- Diagnostico: Baseado nos níveis de TSH (04-4,0mUl/L). do apetite Queda de PAD
Hiperdefecação Queda de cabelo
Pequenas variações de T4 livre geram grandes Sudorese excessiva;
Agitação psicomotora
alterações no TSH: Mãos úmidas e quentes
Níveis de TSH e T4 Taquicardia em repouso Irritabilidade/Insônia
Hipotireoidismo
Livre Intolerância ao exercicío Taquicinese/Psicose
TSH – Alto Aumento do inotropismo,
Clínico Globo ocular saliente /
T4 – Baixo o que leva ao aumento de
Onicólise
TSH – Pouco Elevado PAS e PP
Subclínico
T4 – Normal
TSH – Normal/Baixo
Central
T4 – Baixo
- Clínica: Aumento difuso e moderado da glândula, que
tem característica firme à palpação. Ocorre aumento
difuso da vascularização (frêmito vascular e sopro
audível na glândula hiperplásica). Ocorre retração
palpebral (aumento da fenda palpebral).
Ø Oftalmopatia da Doença de Graves:
Inflamação, causando edema e hiperemia;
Alteração da musculatura retrorbital
(motoras); Exoftalmia (edema do conjuntivo
retrorbitário).
Ø Palpação: Nódulo único (> 3cm) – Considerar
adenoma; Dor à palpação – Considerar
tireoidite subaguda; Ausência de bócio –
Considerar tireotoxicose factícia ou teratoma.

Diagnóstico
TSH Baixo < 0,1 mU/L
T4 Livre Aumentado
TSH Baixo
Tireotoxicose Factícia T4 Livre Baixo
T3 Livre Aumentado

- Tratamento: Medicamento anti-tireoidianos que inibem


a TPO; Iodo radioativo; E cirurgia.

Hipertireoidismo Subclínico
- TSH diminuído com T3 e T4 normais
- Prevalência estimada em 2% nos adultos,
principalmente em mulheres idosas.
- Causas: Doença de Graves, Plummer; Uso de
levotiroxina para hipotireoidismo (doses excessivas).
- Riscos: Disfunção cardíaca; Fibrilação atrial; e perda de
massa óssea em mulheres na menopausa.

Tireoidite
Tireoidite Granulomatosa Sub-Aguda
- É menos frequente que a de Hashimoto.
- Patogenia: Infecção viral; Ocorre entre 30-50 anos;
Principalmente mulheres.
- Relacionados à infecção por vírus do sarampo caxumba
e outras doenças virais.
- Macroscopia: Aumento do volume da glândula.
- Microscopia: As lesões iniciais ocorrem com a ruptura
dos folículos da tireoide, com presença de infiltrado
neutrofílico. As lesões avançadas são caracterizadas
pela presença de linfócitos, histiócitos e plasmócitos em
volta dos folículos gigantes multinucleadas.
- Clínica: Dor cervical que irradia para a mandíbula,
garganta e ouvido, febre, fadiga, anorexia e mialgia. As
manifestações clinicas diminuem após duas a seis
semanas do curso da doença.

Tireoidite Linfocítica Sub-Aguda (Indolor)


- Causa rara de aumento da glândula.
- Patogenia: Causa desconhecida; Período pós-parto.
- Macroscopia: Aumento do volume da glândula.
- Microscopia: Extenso infiltrado de linfócitos, sem
presença de centro germinativo.
- Manifestações Clínicas: Principal manifestação é o
hipertireoidismo.
IV. Neoplasias da Tireoide - Macroscopia: São nódulos isolados, bem circunscritos.
Neoplasia da Tireoide - Microscopia: Tem padrão histológico microfolicular,
cheio de coliode; Pode apresentar, ao contrário,
arquitetura trabecular.
Neoplasia - Caráter de Malignidade: Invasão de cápsula e parede
- Adenoma
Benigna de vaso.
- Carcinoma Papilífero (> 85%) Ø Carcinoma papilífero pode ter padrão folicular.
Neoplasias - Carcinoma Folicular (5-15%)
Malignas - Carcinoma Medular (5%) - Clínica: Nódulos frios e indolores aumentados que
- Carcinoma Anaplasico (< 5%) crescem lentamente; Linfonodos raramente envolvidos;
Disseminação hematogênica; 70-80% dos pacientes
Adenoma Folicular desenvolvem metástases, principalmente para ossos,
- Macroscopia: Lesão solitária, bem demarcada, pulmões e fígado; 50% dos pacientes morrem num
separada do parênquima por capsula fibrosa. período de 10 anos.
- Microscopia: As células do adenoma formam folículos
de aparência uniforme e com coloide. O adenoma Carcinoma Papilífero
diferencia-se do carcinoma folicular por não conter - Patogenia: É o mais comum da tireoide, é mais
vascular e de cápsula. frequente em mulheres, ocorre em qualquer faixa de
- Clínica: Massa indolor solitária; Na cintilografia aparece idade, sendo mais comum entre 20-50 anos. Está
como nódulos frios, exceto nos adenomas tóxicos. associado a exposição prévia à radiação ionizante.
- Macroscopia: Solitário ou multifocal.
Adenoma Folicular Tóxico - Microscopia: Lesões papilares; Variante folicular.
- Nódulo único (>3 cm); Mutação de ganho de função Ø Obs.: O diagnóstico do carcinoma
(receptor de TSH); Autonomia tireoidiana. papilífero é baseado em aspectos
- Células foliculares mutantes se proliferam. nucleares (citológicos).
- Não é considerada precursora de carcinomas.
- Cintilografia: Aumento da captação de iodo radioativo - Aspectos Citológicos e Histológicos: Núcleos vazios e
pelo nódulo. hipocromaticos, desprovidos de nucléolos; Presença de
sulcos nucleares; Inclusões intranucleares eosinofílicas.
Quando Suspeitar de Lesão Maligna - Clínica: Nódulos assintomáticos na tireoide; Linfonodos
- Sexo Masculino; cervicais aumentados de tamanho; Rouquidão; Fadiga;
- Idade <20 e >70 anos; Tosse; Dispneia. Prognostico excelente (>90%) e
- História de exposição à radiação ionizante ou Metástases raras (5-15%) especialmente por via
radioterapia cervical na infância ou adolescência; hematogênica, acometendo principalmente os pulmões.
- Diagnóstico prévio de câncer de tireoide tratado com
tireoidectomia parcial; Carcinoma Medular
- História familiar (em parente de primeiro grau) de - Patogenia: É uma neoplasia neuroendócrina derivada
neoplasia tireoidiana, em especial se houver mais de das células parafoliculares (células C), que podem
dois membros afetados, no caso de carcinoma secretar calcitonina (detectada na IHC), não cursam com
diferenciado; hipocalcemia. Incidência maior na faixa de 40-60 anos.
- Síndromes hereditárias, como neoplasia endócrina - Macroscopia: Pode ser solitário ou múltiplo.
múltipla tipo II (NEM2), polipose adenomatosa familiar - Microscopia: É constituído por células poligonais ou
e outras; fusiformes, distribuídas na forma de ninhos. Em muitos
- Nódulo volumoso ou com rápido crescimento, com casos há presença de depósito amiloide.
sintomas compressivos; - Clínica: Massa que pode ser acompanhada de disfagia,
- Lesão endurecida, pouco móvel e aderida a planos rouquidão, tosse, síndrome de Cushing e diarreia.
profundos;
- Nódulo associado à paralisia ipsilateral de corda Carcinoma Anaplásico
vocal; - Microscopia: Composto por células altamente
- Linfodenomegalia cervical. anaplásicas, contendo células gigantes pleomórficas,
células fusiformes, células pequenas; Positivo para
Indicação de PAAF citoqueratina e negativo para tireoglobulina.
- Basear na história clínica. - Clínica: Representa 5% dos carcinomas tireoidianos, é
- Tamanho da lesão e nos achados ultrassonográficos, mais comum em pacientes idosos, possui crescimento
excluindo-se o nódulo hipercaptante ou puramente rápido, sendo tumores altamente agressivos e
cístico. indiferenciados. Não há tratamento efetivo, e, portanto, o
- Resultados do estudo citológico seguem os critérios prognóstico é ruim, com metástases frequentes,
da classificação de Bethesda, de 2009, que, além de mortalidade é de 100% em menos de um ano. Há
qualificar os achados em seis categorias diferentes, comprometimento das estruturas vitais no pescoço.
sugere uma conduta para cada uma delas.
PAAF
Carcinoma Folicular - Tem limitações no diagnostico de carcinoma folicular,
- Patogenia: 10-20% dos tumores tireoidianos; assim o diagnostico é feito pela parafina.
Predomina no sexo feminino; Maior incidência ente 40- Tratamento
60 anos; Relacionada à áreas endêmicas para carência - Tireoidectomia; Ablação com iodo radioativo; Outros.
de iodo.
V. Neoplasias do SNC Meduloblastoma
Neoplasias do SNC - Localizado no cerebelo. Comum em crianças.
- Morfologia: Bem delimitado, infiltrativo, bem
- Não existe TNM para SNC. Estadiamento é feito a partir
circunscrito, sem hemorragia.
das características histológicas.
- Clínica: Hipertensão intracraniana causada pela lesão
- Células da Glia = Função de sustentação do sistema
expansiva e pela obstrução do IV ventrículo. Ataxia
nervoso central.
cerebelar, caracterizada por distúrbios na marcha e
-São graduados de grau I ao IV.
quedas frequentes.
-Podem ser infiltrativos (como o glioma) ou expansivos
(meningioma).
Meningioma
- Metastático: Não geram metástase fora do SNC.
- Insidiosos, ligados a dura-máter. Frequente em adultos.
- Podem disseminar dentro do SNC pelo líquor ou pelo
- Macroscopia: Sem necrose ou hemorragia,
corpo caloso, que une os dois hemisférios.
consistência fibrosa. Corpos psmamomatosos.
Crescimento lento. Compressão de estruturas
Astrocitoma pilocítico
subajacentes do encéfalo.
- É benigno, bom prognóstico.
- Afeta o cerebelo; Crianças e adultos jovens.
- Microscopia: Fibras de Rosenthal e corpúsculos Padrões de Crescimento (Geral)
granulares eosinofílicos. Não há necrose, nem mitoses. - Expansivo: Não invadiu o tecido. Cresce
comprimindo o parênquima cerebral. Quanto maior o
Astrocitoma infiltrativo tamanho, pior a sintomatologia.
- Maior parte dos tumores do encéfalo nos adultos. - Infiltrativo: Destruiu o parênquima. O crescimento
- Afeta o tronco, o cérebro e a medula. tem origem dentro do parênquima cerebral.
- Gera convulsões, cefaleia e déficit cognitivo. - Não invade o sistema linfático ou sistema sanguíneo.
- Histologicamente: Difuso, anaplásico e o glioblastoma. - A disseminação é dentro do próprio SNC, pelo corpo
Ø Difuso: Mal delimitado, há degeneração cística. caloso ou pela circulação do líquor.
Ø Anaplásico: Elevadas figuras de mitose, - Meduloblastoma: Mais agressivo, com pior
pleomorfismo. prognóstico.
Carolina Rezende Sotto-Maior

Glioblastoma Caráter
- Necrose com degeneração cística e hemorrágica. Pode - Existem neoplasias benignas com comportamento
se propagar pelo corpo caloso (forma o tumor em asa de maligno.
borboleta). - A localização influencia muito, pois pode ter um
- Não há metástase fora do SNC. tumor benigno em um local importante, como o tronco
- Há anaplasia, áreas de necrose e pseudopaliçada. encefálico, podendo causar uma sintomatologia pior.
- Existem tumores benignos que estão em locais de
Oligodendroglioma difícil acesso ou com grande risco cirúrgico.
- Afeta os hemisférios cerebrais, com crises convulsivas Carolina Rezende Sotto-Maior
40 a 50 anos de idade.
- Grau de malignidade II da OMS, e pode aumentar nas
recidivas, passando a grau III, ou
oligodendrogliomaanaplásico.
- Morfologia: É acinzentado, gelatinoso e bem
circunscrito.

Ependioma
- Afeta medula espinhal e sistema ventricular.
- Ocorrência: 2 primeiras décadas de vida.
- Macroscopia: Massas sólidas no assoalho do
ventrículo; Pseudorosetas perivasculares (pele de
leopardo’), cromatina abundante.
- Tendência a repetidas recidivas pós-cirúrgicas e o
prognóstico final é sombrio. Ependimomas comuns são
grau II da OMS Ependimomas anaplásicos,
considerados grau III Hidrocefalia secundária por
obstrução do quarto ventrículo.
- Disseminação Liquórica piora prognóstico.

Ganglioglioma
- Provem do componente glial. Gera crises convulsivas
no lobo temporal.
- Macroscopia: Sem mitoses, sem necrose e componente
cístico.
- Crises convulsivas mais comumente encontrado no
lobo temporal.
- Componente glial anaplásico piora prognóstico pois
aumenta o crescimento.
VI. Patologias do TGI - Morfologia: Varia conforme a etiologia. Infiltrados
Esôfago densos de neutrófilos estão presentes na maioria dos
casos, mas podem estar ausentes nas injurias induzidas
por químicos, o que pode gerar necrose total da parede
Acalasia
esofágica.
Desordem do peristaltismo que leva a alteração da
- A esofagite induzida por pílula ocorre no local dos
abertura do EEI (esfíncter esofágico inferior) e o mesmo
estrangulamentos, que impedem a passagem dos
não relaxa adequadamente, o alimento fica aprisionado
conteúdos luminais. Quando presente, a ulceração é
na porção distal. A acalasia é caracterizada pela tríade
acompanhada pela necrose superficial com tecido de
de relaxamento incompleto do EEI, tônus aumentado do
granulação e fibrose eventual.
EEI e o peristaltismo do esôfago.
- A infecção por fungos ou bactéria pode tanto causar
danos quanto complicar uma úlcera existente.
Ø Primária: Causada pela falha de neurônios
inibitórios esofágicos distais e é, por
Esofagite Eosinofílica
definição, idiopática; Podendo ser causada,
- Clínica: Nos adultos causa impactação dos alimentos e
também, por alterações degenerativas na
disfagia. Nas crianças causa intolerância à alimentação
inervação neural.
ou sintomas semelhantes aos da DRGE.
Ø Secundária: Pode ser causada por Doença
- Histologia: Grande número de eosinófilos intraepiteliais,
de Chagas, degeneração neural e
particularmente superficialmente. Sua abundância pode
aperistalse.
ajudar a diferenciar a esofagia eosinofilica de DRGE, da
Doença de Crohn e de outras causas de esofagite.
- Clínica: Disfagia para alimentos sólidos e líquidos, com
dor retroesternal – “Mal do Engasgo”; Pirose; Alívio com
Ø Obs.: RGE de difícil controle, não responde a
ingesta líquida e manobras (posição em pé e braços
inibidores de secreção gástrica; pHmetria pouco
elevados); Regurgitação; Halitose; Vômitos; Tosse;
alterada ou normal; Histopatologia apresenta
Broncoaspiração noturna; Perda ponderal leve-
mais de 20 eosinófilos por campo; Provavelmente
moderada insidiosa; Odinofagia; e Cólicas Esofageanas.
correlacionados à alergias alimentares.
- Tratamento: miotomia laparoscópica e dilatação por
balão pneumático. A injeção de neurotoxina botulínica
- Complicações: Úlceras esofagianas – submucosa;
(inibição dos neurônios colinérgicos do EEI) também
Hemorragia; Estenose; Perfuração; Desgaste do esmalte
pode ser efetiva.
dentário; Faringite/Laringite; Câncer (laringe e cárdia);
- Diagnóstico: Esofagograma; Esofagoscopia;
Broncoaspiração – Asma em adultos sem história prévia,
Manometria.
tosse inexplicada, rouquidão e pigarro matinal, sibilos
noturnos e infiltrado no pulmão direito.
Doença do Refluxo Gastroesofágico – DRGE
Afecção crônica decorrente do refluxo gástrico (ácido
Esôfago de Barret
e/ou biliar), podendo acometer órgãos adjacentes e
É uma complicação da DRGE crônica, que é
gerando sintomatologia variável, com ou sem lesões
caracterizada por metaplasia intestinal dentro da mucosa
esofágicas. Prevalência maior a partir dos 45-50 anos.
escamosa esofágica. A incidência está aumentando e é
mais comum entre homens de idade entre 40-60 anos. A
RGE / DRGE
maior preocupação do Esôfago de Barret é que ele
Refluxo Fisiológico
confere risco de adenocarcinoma esofágico.
- Rápido e assintomático que ocorre ao longo do dia.
Refluxo Patológico - Macroscopia: Pode ser reconhecido como uma ou
- Episódios de longa duração e/ou recorrentes. várias línguas ou manchas vermelhas de mucosa
- Esofagite aveludada, se estendendo para cima a partir da junção
- Pirose retroesternal e/ou regurgitação ácida. gastroesofágica.
- Pode ser assintomático. - Microscopia: Infiltrado inflamatório; Erosões e
ulcerações; Epitélio colunar metaplásico geralmente
- Clínica: Pirose; Dor epigástrica; Disfagia; Hematêmese; contendo células mucosas.
Disfagia progressiva; Emagrecimento; Responsividade - Subdivisões:
brônquica; Faringite/Laringite. Ø Segmento Longo: 3 ou mais centímetros do
- Diagnóstico: Manometria; pHmetria; Endoscopia esôfago estão envolvidos.
digestiva alta. Ø Segmento Curto: Menos de 3 centímetros do
esôfago está envolvido.
Esofagite
Esofagite Química e Infecciosa - Clínica: Só pode ser identificado por meio de
- A mucosa pode ser danificada por intubação gástrica, endoscopia e biópsia, investigadas pela ocorrência dos
ingestão de irritantes (álcool, bebidas excessivamente sintomas de DRGE.
quentes e tabagismo), uremia, infecção bacteriana, viral - Tratamento: Ressecção cirúrgica, ou esofagectomia;
(herpes), fúngica (candidíase), quimioterapia e Terapia fotodinâmica, ablação à laser. Mucosectomia
radioterapia. Pode ser causada, também, pela endoscópica.
dissolução de pílulas medicinais no esôfago, antes de Ø A ressecção cirúrgica está indicada na
chegar no estomago, sendo chamadas de esofagites impossibilidade de realização de tratamento
induzidas por pílula. Hemorragias, estrangulamento ou clinico recorrente, ou na sua falha. Além de casos
perfurações também podem ocorrer em casos graves. em que tenham ocorrido complicações.
Neoplasias Esofagianas Gastrite Aguda
- Morfologia: Edema, hiperemia, hemorragia, neutrófilos
Adenocarcinoma invadem o epitélio, esfacelamento do epitélio de
Tipicamente surge em segundo plano do Esôfago superfície.
de Barret e da DRGE de longa duração. O risco de - Clínica: Assintomático; dor epigástrica; hematêmese.
adenocarcinoma é maior naqueles com displasia
documentada e é aumentado ainda mais pelo uso do Gastrite Crônica
tabaco e pela obesidade. Ao contrário, o risco é reduzido - Clínica: usualmente assintomática, náusea, vômito,
em dietas ricas de frutas e vegetais frescos. Alguns desconforto abdômen superior, risco de câncer a longo
subtipos de H. pylori estão associados a diminuição no prazo (2-4%).
risco de adenocarcinoma, talvez por causa de uma
atrofia gástrica e por reduzir o fluxo ácido. É 7 vezes mais Associada ao H.
Gastrite pylori
Autoimune
comum em homens. Localização
Antro Piloro
- Morfologia: Geralmente ocorre no terço distal do Infiltrado Neutrófilos, plasmócitos Linfócitos, macrófagos
esôfago e pode invadir a cárdia gástrica adjacente. inflamatório e subepiteliais Atrofia mucosa e
histopatologia Metaplasia intestinal metaplasia intestinal
Inicialmente aparecendo como manchas chatas e
Produção de Aumentada a
elevadas na mucosa anteriormente intacta, grandes Ácido ligeiramente reduzida
Reduzida
massas de 5cm ou mais de diâmetro podem se Gastrina Normal a reduzida Aumentada
desenvolver. Úlcera péptica,
Atrofia, anemia
- Microscopia: O Esôfago de Barret frequentemente perniciosa,
Sequelas adenocarcinoma,
adenocarcinoma,
aparece adjacente ao tumor. linfoma de célula B
tumor carcinoide
- Clínica: Se apresenta mais comumente com dor ou Doença autoimune,
Baixo nível socio-
dificuldade de deglutição, perda de peso progressiva, Associações
econômico, área rural
tireoidite, doença de
hematêmese, dor torácica e vômitos. Quando os Graves
sintomas aparecem, geralmente o tumor já se espalhou
para os vasos linfáticos submucosos. Estômago – Úlcera Péptica
Carcinoma de Células Escamosas - Etiologias: H. pylori; hiperacidez gástrica; AINES (pois
- Ocorre com mais frequência em homens com mais de suprime a síntese de prostaglandina); úlcera de Curling
45 anos. Sendo mais prevalente em afro-americanos. e úlcera de Cushing; tabaco; cirrose alcoólica.
- Fatores de Risco: Álcool, tabaco, pobreza, injúria - Morfologia: ’’cerca de 98% das úlceras localizam-se na
esofágica cáustica, acalasia, consumo frequente de primeira porção duodenal ou do estômago’’.
bebidas muito quentes, HPV e irradiação prévia. - Macroscopia: Lesão ulcerada arredondada, bem
- Morfologia: Ocorrem no terço médio do esôfago. Se delimitada, tem paredes lisas e com mucosa gástrica
inicia na forma de uma lesão in situ chamada de adjacente avermelhada e com pregas que se irradiam a
carcinoma de displasia escamosa, formando partir da lesão.
espessamentos pequenos e acinzentados, semelhantes - Microscopia: Nas úlceras ativas, quatro áreas são
a placas. Ao longo dos anos, tornam-se massas tumorais demonstráveis:
polipoides ou exofíticas e se projetam para dentro do 1) A base e as margens têm uma delgada camada
lúmen, obstruindo-o. superficial de restos fibrinóides necróticos.
2) Abaixo desta camada, existe uma zona de
Ø A maioria dos carcinomas de células escamosas infiltrado inflamatório inespecífico, com predomínio de
vai de moderadamente à bem diferenciados. neutrófilos.
Ø Variantes histológicos menos comuns incluem o 3) Existe um tecido de granulação ativo.
carcinoma de células escamosas verrugoso, 4) Restos de tecidos de granulação, numa cicatriz
fusiforme e basaloide. colágena. As paredes dos vasos dentro da área
cicatricial são tipicamente espessadas, e os vasos estão
- Independente da histologia, os tumores sintomáticos ocasionalmente trombosados.
são geralmente muito grandes no momento do
diagnóstico e já invadiram a parede esofágica. - Clínica: Desconforto epigástrico, Dor aguda, que piora
- Clínica: Possui início insidioso e, por fim, produz a noite e após as refeições diárias, Náuseas, Vômitos e
disfagia, odinofagia, obstrução, perda ponderal extrema, Perda de peso.
debilitação, hemorragia e sepse também podem - Diagnóstico: Endoscopia digestiva alta (EDA).
acompanhar a ulceração do tumor.
Úlceras de Chushing e Curling
Estômago - Gastrites Úlcera de Cushing é geralmente vista no revestimento do
estômago e é raramente encontrada no duodeno,
- Etiologias: H. pylori; AINES; tabagismo; aumento da enquanto que o inverso é verdadeiro de úlcera de
ingestão de ácidos; diminuição do fluxo sanguíneo; Curling. Cushing, na maioria das vezes é diagnosticada
estresse isquêmico; síndrome de Zollinger-Ellison; em pacientes que tiveram algum tipo de lesão cerebral
hiperfunção de células G; infecções bacterianas traumática. Curling é visto com mais frequência em
sistêmicas; quimioterapia; leucemias basofílicas. pessoas que sofreram “queimaduras”, lesões
intracranianas ou lesão corporal grave. Contribuem para
a formação dessa úlcera a isquemia de mucosa, a
presença do ácido e a difusão de ureia no estômago.
VII. Neoplasia do Estômago Adenocarcinomas
Neoplasia Gástrica - Histologia:
Ø Cânceres Intestinais tendem a ser volumosos e
são compostos por estruturas glandulares
Pólipo: É qualquer nódulo ou massa que se projete
semelhantes a adenocarcinoma esofágico e do
acima do nível da mucosa circundante; geralmente
cólon. Os adenocarcinomas do tipo intestinal
refere-se a lesões que surgem na mucosa.
tipicamente crescem ao longo de frentes coesivas
Ø Os pólipos podem ser neoplásicos (5-10%) ou
amplas formando uma massa exofítica ou um tumor
não.
ulcerado. As células neoplásicas frequentemente
contêm vacúolos apicais de mucina, e mucina
Pólipos Não Neoplásicos
abundante pode estar presente na luz das glândulas.
Pólipos Hiperplásicos ou Inflamatórios: Constituem
Ø Cânceres Gástricos Difusos exibem um
75% dos pólipos gástricos, sésseis ou pedunculados.
padrão de crescimento infiltrativo e são compostos
por células desconexas com vacúolos grandes de
- Morfologia: Constituídos por túbulos e cistos epiteliais
mucina que ampliam o citoplasma e empurram o
entremeados com um estroma inflamado, são comuns na
núcleo para a periferia, criando uma morfologia de
gastrite crônica (H. pylori), Múltiplos, não tem potencial
célula de anel em sinete.
maligno por si próprio.

Pólipos de Glândulas Fúndicas: Apresentam


dilatação inócua de glândulas fúndicas; ocorrem
esporadicamente ou no contexto da polipose
adenomatosa familiar (PAF).

Pólipos Fibróides Inflamatórios: Originam-se da


submucosa; constituído por proliferação de fibroblastos
com infiltrado de células inflamatórias (especialmente
eosinófilos).

Pólipos Neoplásicos
- Adenomas Gástricos: Constituídos por epitélio
displásico proliferativo (com potencial maligno); 3H:1M;
Incidência aumenta com a idade (50 anos); 40% podem
abrigar carcinoma; geralmente único séssil ou
pediculado; originam com um fundo de gastrite crônica
ou síndrome de polipose genética.
- Prognóstico: Embora não sejam vistos com muita
frequência (representam apenas 10% dos pólipos
gástricos), os adenomas são importantes pois
apresentam um potencial de malignização, podendo
preceder ou coexistir com uma neoplasia maligna do
estômago.

Carcinoma Gástrico
- Etiologias: Infecção pelo H. pylori com gastrite crônica;
Gastrite autoimune; Gastrectomias parciais permitem o
refluxo gastroduodenal.
- Profundidade e invasão: Carcinoma gástrico (inicial)
precoce: limitado à mucosa e à submucosa,
independentemente da presença ou ausência da
metástase linfonodais.
- Carcinoma Gástrico Avançado: Já o avançado é uma
neoplasia que se estendeu abaixo da submucosa até a
parede muscular.

Adenocarcinomas
Intestinal: Epitélio colunar formador de glândulas;
produtor de mucina; padrão de crescimento expansivo
polipoide; associado à metaplasia intestinal da
mucosa; > 55 anos; proporção H:M = 2:1.
Difuso: Células isoladas em anel de sinete, pouco
diferenciadas; produtor de mucina; padrão de
crescimento infiltrativo; > 48 anos; proporção H:M =
1:1; não parece ser relacionado a fatores ambientais.
VIII. Dermatopatologia - Clínica: As queratoses actínicas são muito comuns em
Dermatopatologia pessoas de pele clara, e sua incidência aumenta com a
idade e exposição ao sol. Como esperado, existe
predileção por áreas expostas ao sol (rosto, braços e
Termos Macroscópicos
dorso das mãos). As lesões podem ser tratadas com
MÁCULA – Lesão de até 5 mm de diâmetro, plana e
crioterapia local (congelação superficial) ou com agentes
distinta da pele ao redor por sua coloração.
tópicos.
PÁPULA – Lesão elevada, de até 5mm de diâmetro. - Etiologia: A causa exógena mais comum é a exposição
VESÍCULA – Lesão elevada, preenchida por fluido, de à raios UV, com subsequentes danos ao DNA. A
até 5 mm de diâmetro. incidência é maior em homens (exceto nos membros
PÚSTULA – Lesão elevada, discreta, preenchida por inferiores). Exposição à luz solar.
pús. - Prognóstico: Bom, quando descobertos pequenos e
BOLHA – Lesão elevada, de conteúdo líquido, com ressecáveis.
diâmetro maior que 3 mm.
Termos Microscópicos Carcinoma de Células Escamosas Invasivo
HIPERCERATOSE – Espessamento do estrato - Macroscopia: Lesão nodular hiperqueratótica , o tumor
córneo. invade a derme infiltrando o colágeno, como projeções
PARACERATOSE – Retenção de núcleos celulares irregulares de células escamosas atípicas.
no estrato córneo. - Microscopia: Os tumores invasivos, definidos pela
ACANTOSE – Hiperplasia epidérmica. invasão da membrana basal exibem graus variáveis de
ACANTÓLISE – Perda das conexões celulares. diferenciação, variando de tumores com células
ESPONGIÓLISE – Edema intercelular na epiderme. arranjadas em lóbulos ordenados que exibem
DISCERATOSE – Queratinização anormal que ocorre queratinização extensa até neoplasias que apresentam
prematuramente dentro de um grupo individual de células altamente anaplásicas com focos de necrose e
células ou grupo de células abaixo do estrato disqueratose.
granuloso. - Clínica: Os carcinomas de células escamosas invasivos
de pele muitas vezes são descobertos quando pequenos
Ceratose Actínica e podem ser excisados. Menos de 5% desses tumores
Antes da malignidade epidérmica ocorre uma série apresentam metástases para os linfonodos regionais ao
de alterações displásicas. Essas alterações displásicas diagnóstico. A probabilidade de metástases está
são resultado da exposição crônica à luz solar e estão relacionada com a espessura da lesão e o grau de
associadas ao crescimento excessivo da camada de invasão subcutâneo. Os tumores originados a partir das
queratina. queratoses actínicas podem ser localmente agressivos,
mas geralmente sofrem metástases somente após
- Clínica: São geralmente menores que 1 cm de diâmetro; longos períodos de tempo, enquanto aqueles
marrom-acastanhadas, vermelhas ou cor-de-pele; e com provenientes de cicatrizes de queimaduras, úlceras e
consistência áspera por produção de queratina. Áreas do áreas de pele não expostas ao sol se comportam de
corpo expostas ao sol são mais frequentemente forma menos previsível. Os carcinomas de células
afetadas. Mais comum em pessoas de pele clara. escamosas em mucosas (bucal, pulmonar, esofágica
- Histologia: Atipia citológica nas camadas mais basais; etc.) geralmente são muito mais agressivos.
Hiperplasia de células basais ou atrofia precoce; Células - Etiologia: A causa exógena mais comum é a exposição
atípicas são disceratóticas e apresentam citoplasma à raios UV, com subsequentes danos ao DNA. A
róseo ou avermelhado; Pontes intercelulares estão incidência é maior em homens (exceto nos membros
preservadas; Elastose (derme com fibras elásticas inferiores). Exposição à luz solar.
espessadas, azul-acinzentadas); estrato córneo - Prognóstico: Bom, quando descobertos pequenos e
espesso; Paraceratose. ressecáveis. Pior quando encontrados indiferenciados e
- Etiologia: Exposição à radiação ionizante, mais invasivos, nos planos profundos, e acometendo
hidrocarbonetos e arsenicais podem induzir a lesões tecido ósseo facial e/ou linfonodos.
similares.
- Prognóstico: Bom prognóstico se tratado. No entanto a Carcinoma de Células Basocelular
ceratose actínica não tratada ou tratada tardiamente - Macroscopia: Os carcinomas de células basais se
pode causar evolução para transformação manifestam como pápulas peroladas, que muitas vezes
carcinomatose. contêm vasos sanguíneos subepidérmicos dilatados e
proeminentes (telangiectasias). Alguns tumores contêm
Carcinoma de Células Escamosas in situ melanina e, por isso, podem ser semelhantes aos nevos
- Macroscopia: Carcinomas in situ ou doença de Bowen melanocíticos ou melanoma.
aparecem como uma placa bem definida, vermelha, - Microscopia: As células tumorais se assemelham às
áspera (semelhante a lixa), e descamativa. células normais da camada basal da epiderme, da qual
- Microscopia: O carcinoma de células escamosas in situ foram derivadas.
é caracterizado por atipia celular intensa em todas as - Etiologia: Câncer de pele mais comum nos humanos;
camadas da epiderme, com aglomeração e Homens em geral têm uma razão de risco maior de CBC
desorganização nuclear. Apresentando células com do que mulheres; Ocorre mais frequentemente na
núcleo atípico (aumentado e hipercromático). cabeça e no pescoço em ambos os sexos; As mulheres
têm uma frequência maior de CBC em extremidades
inferiores; Homens têm mais lesões na orelha.
- Padrões de Crescimento:
Ø Crescimentos Multifocais (originam-se na
epiderme e estendem-se por muitos cm² da
superfície da pele)
Ø Lesões Nodulares (desenvolvem-se para baixo e
profundamente para dentro da derme como cordões
de células basofílicas com núcleo hipercromático) e
envolvidas por linfócitos e fibroblastos.

- Clínica: Tumores comuns; crescimento lento; raramente


metastatizam. Ocorrem em pessoas de pele mais clara e
em áreas de exposição ao sol.
- Prognóstico: O carcinoma de células escamosas de
pele apresenta potencial metastático, mas é muito menos
agressivo do que o carcinoma de células escamosas
localizado nas mucosas. O carcinoma de células basais
é a neoplasia maligna mais comum em todo o mundo,
esses tumores são localmente agressivos e estão
associados a mutações na via de Hedgehog. A
ocorrência de metástases é muito rara.

Melanoma
- Padrões de Crescimento: Podem ser vertical ou radial.
O crescimento radial descreve a disseminação horizontal
do melanoma na epiderme e na derme superficial. Após
um período variável (e imprevisível) de tempo, o
melanoma muda da fase radial para a vertical, durante a
qual, as células tumorais invadem em direção às
camadas dérmicas mais profundas, como uma massa
expansível.
- Clínica: O melanoma de pele é geralmente
assintomático, embora o prurido ou a dor possam ser
manifestações precoces. A maioria das lesões apresenta
diâmetro superior a 10mm ao diagnóstico. Os sinais
clínicos mais consistentes são as alterações de cor,
tamanho ou formar da lesão pigmentada.

Ø ABCD
A – Assimetria
B – Borda Irregular
C – Coloração
D – Diâmetro (Maior que 6mm)

Ø Níveis de Clark:
Nível I – in situ
Nível II – Invasão além da membrana basal,
mas somente na derme papilar.
Nível III – Invasão ocupando a derme papilar,
sem ocupar toda a derme reticular.
Nível IV – Invasão de toda a derme reticular.
Nível V – Invasão do tecido celular
subcutâneo.

Obs: NÃO se utiliza a classificação TNM para


melanomas, se utiliza os Níveis de Clark (Níveis de
Profundidade).

Lucas Magalhães de Oliveira


FAGOC – Faculdade Governador Ozanam Coelho
Ubá – MG (2017)

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