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Texto: 1Coríntios 1:1-3

Introdução
 Essa Epístola foi escrita por Paulo na cidade de Éfeso por ocasião da sua
Terceira Viagem Missionária. Isso nos situa aproximadamente no ano 55 d.C.
seis anos após Cláudio assumir o trono do Império Romano. À parte de algumas
discussões, os estudiosos têm concordado que essa Epístola foi escrita e
direcionada especificamente para os crentes de Corinto.
 Quanto ao objetivo de Paulo ao escrever essa 1ª Epístola o estudioso Robert H.
Gundry diz o seguinte: “A primeira epístola de Paulo aos Coríntios demonstra
o fato de que condições lamentáveis não são características exclusivas da igreja
pós-apostólica. Crenças e práticas aberrantes e da mais espantosa variedade e
vulgaridade floresciam na igreja de Corinto. Foi para resolver esses problemas
que Paulo escreveu a epístola”.
 Quanto ao trecho que nós lemos há alguns instantes, ele nos mostra claramente o
prólogo de uma Epístola (a primeira parte) tal como eram escrita uma epístola na
antiguidade. Nós temos a identificação do autor (“Paulo”), os destinatários (“À
Igreja de Deus que está em Corinto”), e uma saudação (“Graça a vós outros e
paz”). E muito embora esse prólogo seja um trecho curto (são apenas três
versos), ele nos ajuda a entender algumas características do que é a Igreja.

Tema: A Igreja

O que é a Igreja?
1º A Igreja é propriedade de Deus (v.2 “À igreja de Deus”).
 Aqui é possível indagar o porquê de Paulo ter iniciado essa Epístola afirmando
ser a Igreja propriedade de Deus. Paulo inicia a Epístola já atacando um dos
problemas fundamentais da Igreja de Corinto, a saber: o problema das facções.
Na Igreja de Corinto havia pelo menos quatro grupos: os de Paulo, os de Apolo,
os de Cefas, e os de Cristo. Ao preconizar a Igreja como sendo de Deus, Paulo
estava afirmando que a Igreja não tem um dono humano, ou seja, ela não é dos
ricos, patronos, abastados, apóstolos, ela é de Deus e ele não a divide com
ninguém. Sendo seu proprietário, Deus a controla e dirime por meio do Espírito
Santo e do ensino fiel das Escrituras.
 Uma análise das cartas paulinas nos revela que essa é a única ocasião em que
Paulo usa a expressão “À Igreja de Deus” para se dirigir a Igreja. Isso nos faz
recordar as palavras de Jesus em Mateus 16:18 e até mesmo entendê-las de
modo mais contundente. Quando Jesus afirmou que “as portas do inferno” não
prevalecerão contra a Igreja, isso se torna compreensível quando nós
entendemos que a Igreja é propriedade de Deus, e sua existência depende dele.
Ou seja, o fato de que a Igreja pertence a Deus também implica na certeza de
que o próprio Deus será o responsável pelo bem estar espiritual da Igreja.
 O que podemos aprender aqui? Aprendemos que Deus como dono da Igreja
cuida, zela, e dispensa amparo para aqueles que lhe pertencem. A mais explícita
evidência de que a Igreja enquanto propriedade de Deus recebe dele amparo e
cuidado aparece em Efésios 5:25. Ali nos é dito: “Maridos, amai vossa, como
também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. Ou seja, é
apenas por ser propriedade de Deus que a Igreja herdou as bênçãos derramadas
do alto da cruz.

O que é a Igreja?
2º A Igreja é a comunidade dos vocacionados para um viver santo (v.2
“Santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos”).
 Essa vocação para ser santo pode e deve ser interpretada de duas formas: a
primeira vinculada ao termo “Santificados” e a segunda vinculada ao termo
“chamados para ser santos”. “Santificados” aqui tem o sentido de
“consagrados”. Isso significa que ser cristão é ser um homem ou uma mulher
por quem Jesus Cristo morreu, e dar-se conta de que esse sacrifício de uma
maneira muito especial nos faz pertencer a Deus (ao morrer na cruz Cristo nos
comprou para Deus). “chamados para ser santos” aqui descreve os cristãos
como aqueles que foram chamados para ser o povo dedicado a Deus (dedicação
exclusiva).
 Isso nos mostra que a nossa vocação não se restringe a dádiva da salvação, ela
também envolve um vida consagrada a Deus. Textos como Salmo 100:3 “Sabei
que o Senhor é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e
rebanho do seu pastoreio”, Gálatas 6:14 “Mas longe esteja de mim gloriar-me,
senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado
para mim, e eu, para o mundo”, e Apocalipse 5:9 “E entoavam novo cântico,
dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e
com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua,
povo e nação”. Em todos esses textos ver-se claramente a imagem de Deus
formando para si um povo que lhe sirva (o ímpio não vive a santificação porque
não é povo de Deus).
 O que podemos aprender aqui? Aprendemos que assim como o Israel antigo
foi escolhido para servir a Deus em dedicação exclusiva, a igreja também o foi.
Por isso mesmo a igreja é chamada por Paulo de o “Israel de Deus”. E assim
como o Israel antigo recebeu de Deus os mandamentos e estatutos, a Igreja
recebeu de Deus por meio de Cristo a vocação para um viver que seja
consagrado e voltado para Deus. A Igreja foi chamada para viver na contramão
do mundo que lhe cerca e assedia.

O que é a Igreja?
3º A Igreja é um corpo com duas dimensões: uma local e uma católica (“À Igreja de
Deus que está em Corinto... com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso
Senhor Jesus Cristo”).
 Aqui é possível verificar duas coisas fundamentais: é mister viver a experiência
da fé no seio da igreja local. Isso implica em contribuir moral, espiritual, e
financeiramente para seu crescimento e edificação. Também implica que
devemos nutrir interesse pelo bem estar das igrejas espalhadas pela face da terra.
Se temos a consciência de que em Cristo somos um corpo, logo, aquilo que
acontece com nossas igreja irmãs também nos diz respeito. Ou seja, precisamos
desenvolver uma mentalidade integrativa e acolhedora dos desafios e
necessidades não apenas da nossa igreja local, mas também das nossas igrejas
irmãs (orar pelos perseguidos).
 Um fato a ser observado com lamento e até mesmo repúdio vincula-se ao fato de
algumas igrejas praticarem a chamada Ceia fechada e restrita. Essas igrejas
maculam um princípio fundamental: “O Princípio da Catolicidade da Igreja”.
Esse princípio está fundamentado no fato de que onde houver um cristão sincero
e fiel às Escrituras ali também estará a Igreja. Ao falar da Igreja do Senhor Jesus,
o Credo Niceno a descreve nos seguintes termos: “Cremos na Igreja uma,
santa, universal e apostólica”. Essa compreensão atesta o fato inequívoco de
que a Igreja do Senhor Jesus está espalhada pela face da terra. E mais: cada
Igreja local é na verdade uma célula desse grande corpo que é a igreja de Cristo.
 O que podemos aprender aqui? Aprendemos que o sentimento de unidade
deve reinar em nossos corações e motivações. Somente assim poderemos
ampliar nossa contribuição para o crescimento da Igreja e do Reino de Deus.
Quanto maior for o nosso senso de unidade, maior será a nossa a nossa
motivação quanto ao que eu como indivíduo e igreja posso fazer em benefício da
minha igreja e da igreja como um todo.

O que é a Igreja?
4º A Igreja é aquela que invoca a Cristo como o seu Senhor (“com todos os que em
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”).
 Antes de mais nada é preciso definir o que o termo invocar vinculado a pessoa
de Jesus Cristo quer dizer aqui. Uma rápida pesquisa nos leva a afirmar que
invocar aqui tem o sentido de estar voltado para Cristo por meio da adoração e
também da oração. No fundo, invocar aqui tem a ver com o fato de Cristo ser a
grande referência das nossas vidas, ou numa melhor perspectiva, Cristo ser a
razão da nossa existência. Isso nos leva mais uma vez para a razão para a qual
fomos criados. Fomos criados para adorar a Deus. E sendo Cristo Deus
encarnado e Senhor da Igreja, nossa experiência cristã deve ser caracterizada
pela adoração a Cristo. É isso que a verdadeira Igreja vem fazendo desde o
primeiro século.
 Assumir Cristo como Senhor de nossas vidas é uma consequência natural do
fato de sermos propriedade de Deus. A luz do Novo Testamento, não há
nenhuma dúvida de que a Igreja é uma herança que Cristo comprou por ocasião
de seu sacrifício na cruz. Ou seja, a Igreja é de Cristo. Sendo sua, ele reina
soberanamente e a dirige a seu modo. Por isso mesmo ele enviou o seu Espírito
a fim de que o mesmo regenerasse nossos corações e nos habilitasse a dizer
“Senhor Jesus” e “Abba Pai”. Quer dizer, a Igreja tem um único objeto de
adoração e um único soberano a quem responder: Jesus Cristo.
 O que podemos aprender aqui? Aprendemos que a experiência da idolatria
não pode ter a primazia em nossas vidas. Idolatria como os irmãos sabem muito
bem, significa colocar no lugar que deve ser ocupado por Cristo qualquer outra
coisa. Aqui somos desafiados a fazer de Cristo o centro das nossas vidas, e o
alvo de nossa adoração. Mesmo que isso nos custe a vida.
Aplicações:
1ª Aplicação Final: A igreja não é apenas um grupo religioso entre muitos. Ela é única.
Ela é a manifestação do Reino de Deus na terra.

2ª Aplicação Final: Se pensarmos na igreja como um corpo lembraremos mais na


realidade que nos une e menos nas diferenças locais que nos dividem.

3ª Aplicação Final: A catolicidade não anula a dimensão local da Igreja, e a dimensão


local não anula a dimensão católica da Igreja.

4ª Aplicação Final: Cristo como Soberano e Senhor das nossas vidas exige de nós
adoração integral.

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