Sei sulla pagina 1di 43

CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU

TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE


PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Aula 5
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Olá amigos! Como é bom estar aqui!

É a nossa última aula. Espero de vocês animação e força de vontade nos


estudos! Sei que não é fácil conciliar a vida cotidiana com a gama de matérias
que se tem que estudar para um concurso. No final este sacrifício seu e de
todos que estão a seu redor será muito recompensador. Todos nós já somos
privilegiados simplesmente porque sabemos ler e porque temos objetivos na
vida. E, por meio do estudo de cada aula, estamos subindo mais um degrau
para alcançá-los.

"Estou agradecido.
Primeiro porque nunca fui roubado antes.
Segundo porque, apesar de terem levado minha carteira, eles não me tiraram
a vida.
Terceiro, porque, apesar de terem levado tudo, não perdi muita coisa.
E, quarto, porque não fui eu quem roubei".
(Matthew Henr)

Estudaremos nesta aula os temas descentralização orçamentária e financeira e


convênios e contratos de repasse. Serão abordados, no que se refere a esse
tema, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei 8.666/1993, o Decreto n°
6.170/2007, a Portaria Interministerial MP/MF/MCT n° 127/2008 e a Instrução
Normativa 01/97-STN e alterações.

As execuções orçamentária e financeira ocorrem concomitantemente. Estão


atreladas uma à outra, pois havendo orçamento e não existindo o financeiro,
não poderá ocorrer a despesa. Por outro lado, pode haver recurso financeiro,
mas não se poderá gastá-lo se não houver a disponibilidade orçamentária.

A execução orçamentária pode ser definida, em resumo, como sendo a


utilização das dotações dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual -
LOA. Já a execução financeira, por sua vez, representa a utilização de
recursos financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades
atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo Orçamento. Na técnica
orçamentária inclusive é habitual se fazer a distinção entre as palavras crédito
e recurso. Reserva-se o termo crédito para designar o lado orçamentário e
recurso para o lado financeiro. Crédito e recurso são duas faces de uma
mesma moeda. O crédito é orçamentário, possuidor de uma dotação ou
autorização de gasto ou sua descentralização; e recurso é financeiro, portanto,
dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária.

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

As execuções orçamentária e financeira devem estar em compasso com o


desempenho da meta física. Entretanto, a apresentação de resultados da meta
física pode ser inferior à execução financeira, ocasionando um descompasso, o
qual pode ocorrer por problemas em licitações, convênios ou contratos, por
pendências ambientais, ou até mesmo por deficiências no planejamento ou em
virtude do contingenciamento orçamentário.

1. PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

1.1 Competências

A programação orçamentária e financeira consiste na compatibilização do fluxo


dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos, visando o ajuste da despesa
fixada às novas projeções de resultados e da arrecadação.
Compreende um conjunto de atividades com o objetivo de ajustar o ritmo de
execução do orçamento ao fluxo provável de recursos financeiros, assegurando
a execução dos programas anuais de trabalho, realizados por meio do SIAFI,
com base nas diretrizes e regras estabelecidas pela legislação vigente.
A programação financeira se realiza em três níveis distintos: Secretaria do
Tesouro Nacional - STN, o órgão central; Subsecretarias de Planejamento,
Orçamento e Administração - SPOAs (ou equivalentes, os chamados órgãos
setoriais de programação financeira - OSPF); e as Unidades Gestoras
Executoras (UGE).

Compete ao Tesouro Nacional estabelecer as diretrizes para a elaboração e


formulação da programação financeira mensal e anual, bem como a adoção
dos procedimentos necessários a sua execução.
Aos órgãos setoriais compete a consolidação das propostas de programação
financeira dos órgãos vinculados (UGE) e a descentralização dos recursos
financeiros recebidos do órgão central. Às Unidades Gestoras Executoras cabe
a realização da despesa pública, ou seja: o empenho, a liquidação e o
pagamento.

1.2 Cotas Trimestrais na Lei 4320/64

De acordo com os artigos 47 a 50 da Lei 4320/1964, imediatamente após a


promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fixados, o Poder
Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a utilizar.

A fixação das cotas tem como objetivos assegurar às unidades orçamentárias,


em tempo útil a soma de recursos necessários e suficientes a melhor execução
do seu programa anual de trabalho; e manter, durante o exercício, na medida
do possível o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, de
modo a reduzir ao mínimo eventuais insuficiências de tesouraria. Além dos
créditos orçamentários previstos na LOA, a programação da despesa
orçamentária levará em conta os créditos adicionais e as operações
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

extraorçamentárias. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o


exercício, observados o limite da dotação e o comportamento da execução
orçamentária.

1.3 Decreto de Programação Orçamentária e Financeira

Logo após a sanção presidencial à Lei Orçamentária aprovada pelo Congresso


Nacional, o Poder Executivo mediante decreto estabelece em até trinta dias a
programação financeira e o cronograma de desembolso mensal por órgãos,
observadas as metas de resultados fiscais dispostas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

De acordo com o art. 8.° da LRF:


Art. 8.° Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do
inciso I do art. 4.°, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e
o cronograma de execução mensal de desembolso.

O mecanismo utilizado para limitação dos gastos do Governo Federal é o


Decreto de Programação Orçamentária e Financeira, mais conhecido como
"Decreto de Contingenciamento", juntamente com a Portaria Interministerial
que detalha os valores autorizados para movimentação e empenho e para
pagamentos no decorrer do exercício.

A base legal do Decreto decorre da Lei 4.320/1964 e da LRF, complementada


pelas LDOs a cada ano. A Lei 4.320/1964 trata da necessidade de estipular
cotas trimestrais para a execução da despesa, evidenciando a preocupação
com oscilações de arrecadação que acontecem no decorrer do exercício
financeiro. A LRF traz as metas de resultado fiscal, a busca do equilíbrio e a
necessidade de transparência. Já a LDO completa os dispositivos legais,
informando, entre outros parâmetros, qual será a base contingenciável, as
despesas que não são passíveis de contingenciamento, bem como o
estabelecimento de demonstrativos das metas de resultado primário e sua
periodicidade.

São objetivos do Decreto de Programação Orçamentária e Financeira:


• estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira
para o exercício;
• estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação
(pagamento) dos recursos financeiros para o Governo Federal;
• cumprir a Legislação Orçamentária (Lei 4.320/1964 e LRF); e
• assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício
financeiro e proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário.

1.4 Necessidades de Financiamento do Setor Público

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

O resultado fiscal do Governo, também conhecido como Necessidades de


Financiamento do Setor Público - NFSP, avalia o desempenho fiscal da
Administração Pública em um determinado período de tempo, geralmente
dentro de um exercício financeiro, ou seja, de 1° de janeiro a 31 de dezembro.
Este instrumento apura o montante de recursos que o Setor Público não-
financeiro necessita captar junto ao setor financeiro interno e/ou externo, além
de suas receitas fiscais, para fazer face aos seus gastos.

As Necessidades de Financiamento são apuradas nos três níveis de Governo.


Em nível Federal, as NFSP são apuradas separadamente pelos orçamentos
fiscal e da seguridade social e pelo orçamento de investimentos. O resultado
dos orçamentos fiscal e da seguridade social recebe o nome de "Necessidades
de Financiamento do Governo Central - NFGC", enquanto o resultado do
orçamento de investimentos recebe o nome de "Necessidades de
Financiamento das Empresas Estatais".

O monitoramento do cumprimento das metas fiscais é contínuo. Ocorre


durante todo o processo de elaboração e de execução orçamentária. Nesse
sentido, o cálculo da NFGC serve como referência para evidenciar a trajetória
dos principais itens de receita e despesa primárias. A ocorrência de fatos
supervenientes, que impliquem a alteração dos valores estimados, tem
repercussão em todo processo alocativo. Isso demanda, em muitos casos, uma
revisão dos limites orçamentários da programação da despesa.

É essencial para a elaboração do decreto de programação orçamentária e


financeira a definição das necessidades de financiamento do governo central.
No ciclo orçamentário, o cálculo NFGC serve como guia para acompanhamento
dos principais agregados de receita e despesa públicas primárias. Nesse
sentido, a meta de resultado primário, a previsão das receitas contabilizadas e
as estimativas das despesas primárias obrigatórias limitarão a fixação do nível
das demais despesas públicas.

Caiu na prova:
1) CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) No atual ordenamento
legal, o decreto de programação orçamentária e financeira não pode ser
elaborado sem a definição das necessidades de financiamento do governo
central.

É essencial para a elaboração do decreto de programação orçamentária e


financeira a definição das necessidades de financiamento do governo central.
No ciclo orçamentário, o cálculo NFGC serve como guia para acompanhamento
dos principais agregados de receita e despesa públicas primárias.
Resposta: Certa

2. DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

2.1 Descentralização de créditos


Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

A Lei Orçamentária Anual é organizada na forma de créditos orçamentários,


aos quais estão consignadas dotações. Relembro que o crédito orçamentário é
constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que
especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, enquanto
a dotação é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito
orçamentário. Assim, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta
constitui o limite de recurso financeiro autorizado.

Com a publicação da LOA, o seu consequente lançamento no SIAFI e o


detalhamento dos créditos autorizados, inicia-se a sua movimentação entre as
unidades gestoras, para que se viabilize a execução orçamentária
propriamente dita, já que só após o recebimento do crédito é que as UGs
estarão em condições de efetuar a realização das despesas públicas. Assim,
publicada a LOA e observadas as demais normas de execução orçamentária e
de programação financeira da União decretada para ao exercício, as unidades
orçamentárias podem movimentar os créditos que lhes tenham sido
consignados, independentemente da existência de saldo bancário ou de
recursos financeiros.

As descentralizações de créditos orçamentários ocorrem quando for efetuada


movimentação de parte do orçamento, mantidas as classificações institucional,
funcional, programática e econômica, para que outras unidades administrativas
possam executar a despesa orçamentária.

As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com


transferências e transposição, pois não modificam o valor da programação ou
de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); tampouco alteram a
unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito
orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.

Quando a descentralização envolver unidades gestoras de um mesmo órgão


tem-se a descentralização interna, também chamada de provisão. Se,
porventura, ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de
estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa, também
denominada de destaque.

Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e


integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de
trabalho pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional e a
estrutura programática. Portanto, a única diferença é que a execução da
despesa orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade.

As empresas públicas federais que não integrarem os orçamentos fiscal e da


seguridade social, mas que executarem as atividades de agente financeiro
governamental, poderão receber créditos em descentralização, para viabilizar
a consecução de objetivos previstos na lei orçamentária.
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Assim, a movimentação de créditos, a que chamamos habitualmente de


descentralização de créditos, consiste na transferência, de uma unidade
gestora para outra, do poder de utilizar créditos orçamentários que lhe tenham
sido consignados no Orçamento ou lhe venham a ser transferidos
posteriormente. A descentralização pode ser interna, se realizada entre UGs do
mesmo órgão (provisão); ou externa, se efetuada entre órgãos distintos
(destaque).

Caiu na prova:
2) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A descentralização de
créditos caracteriza-se pela cessão de crédito orçamentário entre unidades
orçamentárias ou unidades gestoras. A descentralização interna é denominada
destaque e a externa, provisão.

A descentralização de créditos caracteriza-se pela cessão de crédito


orçamentário entre unidades gestoras. A descentralização interna é
denominada provisão e a externa, destaque.
Resposta: Errada

2.2 Movimentação de recursos

A movimentação de recursos financeiros oriundos do Orçamento da União,


entre as UGs que compõem o Sistema de Programação Financeira, se dá sob a
forma de liberação de cotas, repasses e sub-repasses para o pagamento de
despesas, bem como por meio de concessão de limite de saque à Conta Única
do Tesouro.

Os limites de saque de recursos do Tesouro Nacional restringir-se-ão aos


cronogramas aprovados pelo órgão central de programação financeira.

A primeira fase da movimentação dos recursos é a liberação de cota e


também deve ser realizada em consonância com o cronograma de desembolso
aprovado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Assim, cota é o montante de
recursos colocados à disposição dos Órgãos Setoriais de Programação
Financeira - OSPF pela Coordenação-Geral de Programação Financeira -
COFIN/STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única
do Tesouro Nacional.

A segunda fase é a liberação de repasse ou sub-repasse.


Repasse é a movimentação de recursos realizada pelos OSPF para as
unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração
Indireta, bem como entre estes; e sub-repasse é a liberação de recursos dos
OSPF para as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo
órgão, ministério ou entidade.

A descentralização de recursos é realizada no SIAFI por meio da Nota de


Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Programação Financeira (NPF), que é o documento utilizado para registrar e


contabilizar as etapas da programação financeira. Assim, a NPF é o documento
que permite registrar os valores constantes da Proposta de Programação
Financeira (PPF) e da Programação Financeira Aprovada (PFA), envolvendo a
COFIN/STN e os OSPF. A partir daí, com recursos em caixa, ou seja, com
disponibilidades financeiras, as unidades podem dar início à fase de pagamento
de suas despesas.

Atenção: a UG que recebe créditos descentralizados por destaque, receberá


recursos por repasse. A UG que recebe créditos descentralizados por provisão,
receberá recursos por sub-repasse.

Assim, a dotação orçamentária está para a cota financeira; o destaque


orçamentário está para o repasse financeiro; e a provisão orçamentária está
para o subrepasse financeiro.

A abertura de créditos adicionais apresenta consequências em duas


programações: financeira e a orçamentária. No que se refere à primeira, o
efeito se fará sentir na medida em que a alteração efetuada interfira no
esquema de desembolso do exercício. Quanto à programação orçamentária, a
influência dos créditos se faz sentir quando interfere na concretização dos
objetivos e metas a serem alcançados pela Administração, e que são dispostas
na forma dos diferentes programas e ações. Desta forma, ainda que em
segmentos diferentes da Administração, as duas análises se completam no
sentido de dimensionar em sua totalidade as implicações de uma abertura de
crédito adicional.

ORÇAMENTÁRIO FINANCEIRO

DESCENTRALIZAÇÃO MOVIMENTAÇÃO
DE CRÉDITOS DE RECURSOS

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Caiu na prova:
3) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) Na execução
financeira, a liberação de recursos às unidades gestoras é realizada por
intermédio de cota, repasse e sub-repasse.

A movimentação de recursos financeiros oriundos do Orçamento da União,


entre as UGs que compõem o Sistema de Programação Financeira, se dá sob a
forma de liberação de cotas, repasses e sub-repasses para o pagamento de
despesas, bem como por meio de concessão de limite de saque à Conta Única
do Tesouro.
Resposta: Certa

3. TRANSFERÊNCIAS

3.1 Considerações iniciais

Compreendem a entrega de recursos de um ente transferidor a outro


beneficiário ou recebedor. Podem ser voluntárias ou obrigatórias, as quais são
decorrentes de determinação constitucional ou legal.

Atenção: as transferências intergovernamentais ocorrem entre esferas


distintas de governo, não guardando relação, portanto, com as operações
intraorçamentárias.

3.2 Transferências obrigatórias

São operações especiais de transferências intergovernamentais arrecadadas


por um ente, mas que devem ser transferidas a outros entes por disposição
constitucional ou legal. Exemplos de transferências constitucionais: Fundo de
Participação dos Municípios - FPM, Fundo de Compensação pela Exportação de
Produtos Industrializados - FPEX. Exemplos de transferências Legais:
transferências da Lei Complementar 87/1996 (Lei Kandir), transferências do
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), como as destinadas
ao Apoio ao Transporte Escolar para a Educação Básica.

3.3 Transferências voluntárias

3.3.1 Conceito e exigências

São operações especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes ou de


capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os
destinados ao Sistema Único de Saúde.

São exigências para a realização de transferência voluntária, além das


estabelecidas na LDO:
a) Existência de dotação específica;
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

b) Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF/1988, o qual veda a


transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo,
inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
c) Comprovação, por parte do beneficiário, de:
• que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e
financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à
prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;
• cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
• observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição
em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;
• previsão orçamentária de contrapartida.

É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da


pactuada. Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências
voluntárias constantes da LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de
educação, saúde e assistência social.

3.3.2 Transferências voluntárias e descentralização

A execução de despesas mediante descentralização a outro ente da


Federação processar-se-á de acordo com os mesmos procedimentos adotados
para as transferências voluntárias, ou seja, empenho, liquidação e pagamento
na unidade descentralizadora do crédito orçamentário e inclusão na receita e
na despesa do ente recebedor dos recursos objeto da descentralização,
identificando-se como recursos de convênios ou similares.

No entanto, ao contrário das transferências voluntárias realizadas aos demais


entes da Federação que, via de regra, devem ser classificadas como
operações especiais, as descentralizações de créditos orçamentários devem
ocorrer em projetos ou atividades. Assim, nas transferências voluntárias
devem ser utilizados os elementos de despesas típicos destas: 41-
Contribuições e 42-Auxílios; enquanto nas descentralizações devem ser usados
os elementos denominados típicos de gastos: 30-Material de Consumo, 39-
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica, 51-Obras e Instalações, 52-
Material Permanente, etc.

3.3.3 Transferências Voluntárias nas LDOs Federais

As transferências voluntárias da União para entes federados têm sido


disciplinadas pelas leis de diretrizes orçamentárias federais. Assim, a cada ano,
tais normas podem sofrer variações. É interessante uma compreensão da ideia
geral. Destaco os seguintes pontos:
• A contrapartida, exclusivamente financeira, será estabelecida em termos
percentuais do valor previsto no instrumento de transferência voluntária,
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

considerando-se a capacidade financeira da respectiva unidade


beneficiada e seu Índice de Desenvolvimento Humano - IDH. Quanto
menor o município, menor a exigência percentual de contrapartida. Da
mesma forma, os limites mínimos exigidos poderão ser reduzidos para
os entes que apresentarem os menores IDHs;
• O ato de entrega dos recursos correntes e de capital a outro ente da
Federação, a título de transferência voluntária, nos termos da LRF, é
caracterizado no momento da assinatura do respectivo convênio ou
contrato, bem como na assinatura dos correspondentes aditamentos de
valor, e não se confunde com as liberações financeiras de recurso, que
devem obedecer ao cronograma de desembolso previsto no convênio ou
contrato de repasse;
• A entrega de recursos a Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios
públicos em decorrência de delegação para a execução de ações de
responsabilidade exclusiva da União, das quais resulte preservação ou
acréscimo no valor de bens públicos federais, não se configura como
transferência voluntária e observará as modalidades de aplicação. Em tal
delegação, é facultativa a exigência de contrapartida.

Caiu na prova:
4) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010)
Nos convênios firmados entre órgãos ou entidades da União com municípios, a
contrapartida exigida deverá levar em conta sua capacidade financeira e o
índice de desenvolvimento humano (IDH). Desse modo, os limites mínimos
exigidos poderão ser reduzidos para os entes que apresentarem IDH mais
elevados.

A contrapartida, exclusivamente financeira, será estabelecida em termos


percentuais do valor previsto no instrumento de transferência voluntária,
considerando-se a capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada e
seu Índice de Desenvolvimento Humano - IDH. Quanto menor o município,
menor a exigência percentual de contrapartida. Da mesma forma, os limites
mínimos exigidos poderão ser reduzidos para os entes que apresentarem os
menores IDHs.
Resposta: Errada

4. CONVÊNIOS

4.1 Considerações Iniciais

O convênio é o principal instrumento de transferência utilizado pela


Administração Federal para descentralizar obrigações em cooperação com
Estados, Municípios ou iniciativa privada. É o instrumento que disciplina os
compromissos que devem reger as relações de dois ou mais participantes que
tenham interesse em atingir um objetivo comum, mediante a formação de
uma parceria. Assim, o convênio formaliza um acordo de vontades entre
entidades do setor público e, ocasionalmente, entre entidades do setor público
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

e instituições do setor privado, com vistas à realização de programas de


trabalho ou de eventos de interesse recíproco, em regime de mútua
cooperação.

Um dos artigos mais importantes relacionados aos convênios é o art. 116 da


Lei 8.666/1993, o qual determina que se apliquem as disposições da Lei
8.666/1993, no que couberem, aos convênios, acordos, ajustes e outros
instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.

A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da


Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de
trabalho proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no
mínimo, as seguintes informações:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases de execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão
das etapas ou fases programadas;
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de
que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair
sobre a entidade ou órgão descentralizador.

Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador dará ciência dele à


Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva. As parcelas do
convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação
aprovado, exceto nos casos a seguir, em que elas ficarão retidas até o
saneamento das impropriedades ocorrentes:
• quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da
parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável,
inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados
periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou
pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração
Pública;
• quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos
não justificados no cumprimento das etapas ou fases programadas,
práticas atentatórias aos princípios fundamentais de Administração
Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do
convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras
cláusulas conveniais básicas;
• quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas
pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo
sistema de controle interno.

A aplicação de saldos de convênio, enquanto não utilizados, varia com a


Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

previsão de sua utilização. Serão obrigatoriamente aplicados:


• Com previsão de seu uso igual ou superior a um mês: em cadernetas
de poupança de instituição financeira oficial;
• Com previsão de uso em prazos menores que um mês: em fundo de
aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto
lastreada em títulos da dívida pública.
As receitas financeiras auferidas com tais rendimentos serão obrigatoriamente
computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de
sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as
prestações de contas do ajuste.

Para o cálculo do débito correspondente a não aplicação de saldos de


convênios, deverá ser identificado o período em que os recursos ficaram
paralisados em conta corrente bancária e, a partir deste dado, apurado o valor
que deixou de ser auferido com a não aplicação, conforme o caso, levantando-
se os índices ocorridos no período.

Nos contratos, convênios, acordos ou ajustes, cuja duração ultrapasse um


exercício financeiro, indicar-se-á o crédito e respectivo empenho para
atender à despesa no exercício em curso, bem assim cada parcela da
despesa relativa à parte a ser executada em exercício futuro, com a declaração
de que, em termos aditivos, indicar-se-ão os créditos e empenhos para sua
cobertura. Logo, as despesas relativas a contratos ou convênios de vigência
plurianual serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte a ser
executada no referido exercício.

Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou


ajuste, os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das
receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à
entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de 30
(trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de contas
especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão
ou entidade titular dos recursos.

Caiu na prova:
5) (CESPE - Analista Ambiental- Administração e Planejamento- MMA - 2008)
Quando a vigência de convênios e contratos de repasse, em que há
transferência de recursos da União, for plurianual, deverá ser feito um
empenho global, correspondente ao total do convênio ou contrato, mas, a cada
ano, a execução dependerá da consignação de crédito específico.

Quando a vigência de convênios e contratos de repasse, em que há


transferência de recursos da União, for plurianual, deverá ser feito um
empenho global, correspondente à parte a ser executada no exercício.
Não deverá ser empenhado o valor correspondente ao total do convênio ou
contrato.
Resposta: Errada
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

4.2 Dedução de Receitas e Devolução de Saldos de Convênios

Vamos abordar o tema dedução de receitas, pois o assunto também interessa


ao estudo dos convênios.

Consoante o art. 14, parágrafo único, do Decreto 93.872/1986:


Art. 14. A restituição de receitas orçamentárias, descontadas ou recolhidas a
maior, e o ressarcimento em espécie a título de incentivo ou benefício fiscal,
dedutíveis da arrecadação, qualquer que tenha sido o ano da respectiva
cobrança, serão efetuados como anulação de receita, mediante expresso
reconhecimento do direito creditório contra a Fazenda Nacional, pela
autoridade competente, a qual, observado o limite de saques específicos
estabelecido na programação financeira de desembolso, autorizará a entrega
da respectiva importância em documento próprio.
Parágrafo único. A restituição de rendas extintas será efetuada com os
recursos das dotações consignadas na Lei de Orçamento ou em crédito
adicional, desde que não exista receita a anular.

Desta forma, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público recomenda


que a restituição de receitas orçamentárias recebidas em qualquer exercício
seja feita por dedução da respectiva natureza de receita orçamentária,
com o objetivo de possibilitar uma correta consolidação das contas públicas.
Para as rendas extintas, deve ser utilizado o mecanismo de dedução até o
montante de receita a anular. Somente o valor que ultrapassar o saldo da
receita a anular deve ser registrado como despesa. Entende-se por rendas
extintas aquelas cujo fato gerador da receita não representa mais situação
que gere arrecadações para o ente.

O referido Manual acrescenta que se houver parcelas a serem restituídas, em


regra, esses fatos não devem ser tratados como despesa orçamentária, mas
como dedução de receita orçamentária, pois correspondem a recursos
arrecadados que não pertencem à entidade pública e não são aplicáveis em
programas e ações governamentais sob a responsabilidade do ente
arrecadador, não necessitando, portanto, de autorização orçamentária para a
sua execução.

O critério geral utilizado para registro da receita orçamentária é o do ingresso


de disponibilidades. Se a receita arrecadada possuir parcelas a serem
destinadas a outros entes, a transferência deverá ser registrada como dedução
de receita ou como despesa orçamentária, de acordo com a legislação em
vigor.

Desta forma, no âmbito da administração pública, a dedução de receita


orçamentária é utilizada principalmente na restituição de tributos recebidos a
maior ou indevidamente, bem como em recursos que o ente tenha a
competência de arrecadar, mas que pertençam a outro ente, de acordo com a
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

lei vigente, sendo que, neste caso, a contabilização também pode ser como
despesa.

O registro das deduções de receitas com a utilização do mecanismo de conta-


corrente contábil pode ser operacionalizado, o que confere dinamismo,
flexibilidade e riqueza de informações gerenciais à contabilidade aplicada ao
setor público e é uma ferramenta muito utilizada na contabilidade da
Administração Pública Federal. Os entes que possuem sistemas contábeis
adaptados a esse mecanismo poderão utilizá-lo para divulgação das
informações relativas às deduções, criando dentro da classe de receitas
orçamentárias, um grupo de dígito "9", com contas de características
peculiares e utilizando a natureza da receita como conta-corrente.

A dedução de receita pode ser usada em também em convênios.

Em caso de devolução de saldos de convênios, contratos e congêneres, deve-


se adotar o seguinte procedimento:
• Restituição no mesmo exercício: deve-se contabilizar como dedução
de receita até o limite de valor das transferências recebidas no exercício;
se o montante ultrapassar esse valor, deve ser registrado como despesa
orçamentária;
• Restituição em exercício diverso: deve ser contabilizada como
despesa orçamentária.

Ainda, relacionado ao tema, o MCASP dispõe que as receitas tributárias são


os ingressos provenientes da arrecadação de impostos, taxas e contribuições
de melhoria. Dessa forma, é uma receita privativa das entidades investidas do
poder de tributar: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Algumas
peculiaridades do poder de tributar devem ser consideradas nessa
classificação. Destacam-se as seguintes:
• O poder de tributar pertence a um ente, mas a arrecadação e a aplicação
pertencem a outro ente: a classificação como receita tributária deve
ocorrer no ente arrecadador e aplicador e não deverá haver registro
no ente tributante. É o caso, por exemplo, do imposto da União sobre
renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte sobre
rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e
mantiverem;
• O poder de tributar, arrecadar e distribuir pertence a um ente, mas a
aplicação dos recursos correspondentes pertence a outro ente: a
classificação como receita tributária deverá ocorrer no ente tributante,
porém, observando os seguintes aspectos:
- No ente tributante: a transferência de recursos arrecadados
deverá ser registrada como dedução de receita ou como despesa
orçamentária, de acordo com a legislação em vigor;
- No ente beneficiário ou aplicador: deverá ser registrado o
recebimento dos recursos como receita tributária ou de transferência, de
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

acordo com a legislação em vigor; e


- Recursos compartilhados entre entes da federação: quando
um é beneficiado pelo tributo de outro, é necessária a compatibilidade entre os
registros dos respectivos entes.

Caiu na prova:
6) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) No
caso de devolução de saldos de convênios, se a restituição ocorrer no mesmo
exercício em que forem recebidas as transferências pelo convênio, a referida
restituição será contabilizada como dedução de receita até o limite dos valores
recebidos.

Em caso de devolução de saldos de convênios, contratos e congêneres, se a


restituição ocorrer no mesmo exercício deve-se contabilizar como dedução de
receita até o limite de valor das transferências recebidas no exercício; se o
montante ultrapassar esse valor, deve ser registrado como despesa
orçamentária.
Resposta: Certa

4.3 Legislação Específica

Vamos agora abordar os principais pontos da legislação específica. No entanto,


recomendo a leitura do Decreto n.° 6.170/2007, da Portaria Interministerial
MP/MF/MCT n.° 127/2008 e da Instrução Normativa STN n.° 1/1997 e
alterações.

0 Decreto n.° 6.170/2007 regulamenta os convênios, contratos de repasse e


termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da administração
pública federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins
lucrativos, para a execução de programas, projetos e atividades de interesse
recíproco que envolvam a transferência de recursos oriundos do Orçamento
Fiscal e da Seguridade Social da União. Assim, além de tratar dos convênios, o
referido Decreto também regulamenta os contratos de repasse e os termos de
cooperação.

A Portaria Interministerial MP/MF/MCT n° 127/2008 estabelece normas para


execução do disposto no Decreto n° 6.170/2007. Assim, a referida Portaria
também regula os convênios, os contratos de repasse e os termos de
cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da Administração Pública
Federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos para
a execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco que
envolvam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento Fiscal
e da Seguridade Social da União.

Não se aplicam as exigências da referida Portaria aos convênios e contratos de


repasse:
1 - cuja execução não envolva a transferência de recursos entre os partícipes;
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

II - celebrados anteriormente à data de sua publicação, devendo ser


observadas, neste caso, as prescrições normativas vigentes à época de sua
celebração, podendo, todavia, se lhes aplicar naquilo que beneficiar a
consecução do objeto do convênio;
III - destinados à execução descentralizada de programas federais de
atendimento direto ao público, nas áreas de assistência social, médica e
educacional, ressalvados os convênios em que for prevista a antecipação de
recursos;
IV - que tenham por objeto a delegação de competência ou a autorização a
órgãos ou entidades de outras esferas de governo para a execução de
atribuições determinadas em lei, regulamento ou regimento interno, com
geração de receita compartilhada;
V - homologados pelo Congresso Nacional ou autorizados pelo Senado Federal
naquilo em que as disposições dos tratados, acordos e convenções
internacionais, específicas, conflitarem com esta Portaria, quando os recursos
envolvidos forem integralmente oriundos de fonte externa de financiamento
(em caso de conflito, permanecem as normas internacionais);
VI - relativos aos casos em que lei específica discipline a transferência de
recursos para execução de programas em parceria do Governo Federal com
governos estaduais, municipais e do Distrito Federal; e
VII - relativos às transferências formalizadas sob a abrangência da Lei n°
9.807, de 13 de julho de 1999, e dos Decretos n° 3.518, de 20 de junho de
2000, n° 6.044 de 12 de fevereiro de 2007 e n° 6.231, de 11 de outubro de
2007.

Já a Instrução Normativa STN N° 1, de 15 de janeiro de 1997, alterada pelas


IN 1/2008, IN 9/2007, IN 7/2007, IN STN 4/2007, IN 1/2007, IN 2/2006, IN
5/2004, IN 1/2004, IN 4/2003, IN 3/2003, IN 2/2002, IN 1/2002, IN 6/2001,
IN 5/2001, IN 1/2000 e IN 1/1999, disciplina a celebração de convênios de
natureza financeira que tenham por objeto a execução de projetos ou
realização de eventos e dá outras providências.

4.4 Conceitos

Principais conceitos:
Convênio: acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a
transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado,
órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de
outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou
municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos,
visando a execução de programa de governo, envolvendo a realização de
projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco,
em regime de mútua cooperação;
Contrato de repasse: instrumento administrativo por meio do qual a
transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição
ou agente financeiro público federal, atuando como mandatário da União;
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Termo de cooperação: instrumento por meio do qual é ajustada a


transferência de crédito de órgão da administração pública federal direta,
autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente, para outro órgão
ou entidade federal da mesma natureza.

Participantes
Concedente: órgão da administração pública federal direta ou indireta,
responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela
descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução do objeto
do convênio;
Contratante: órgão ou entidade da administração pública direta e indireta da
União que pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento, por
intermédio de instituição financeira federal (mandatária) mediante a
celebração de contrato de repasse;
Convenente: órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de
qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos,
com o qual a administração federal pactua a execução de programa,
projeto/atividade ou evento mediante a celebração de convênio;
Contratado: órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de
qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos,
com a qual a administração federal pactua a execução de contrato de repasse;
Interveniente: órgão da administração pública direta e indireta de qualquer
esfera de governo, ou entidade privada que participa do convênio para
manifestar consentimento ou assumir obrigações em nome próprio;
Executor: órgão da administração pública federal direta, autárquica ou
fundacional, empresa pública ou sociedade de economia mista, de qualquer
esfera de governo, ou organização particular, responsável direta pela execução
do objeto do convênio.

Outros Conceitos:
Termo aditivo: instrumento que tenha por objetivo a modificação do convênio
já celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado;
Objeto: o produto do convênio ou contrato de repasse, observados o
programa de trabalho e as suas finalidades;
Meta: parcela quantificável do objeto;
Padronização: estabelecimento de critérios a serem seguidos nos convênios
ou contratos de repasse com o mesmo objeto, definidos pelo concedente ou
contratante, especialmente quanto às características do objeto e ao seu custo;
Contribuição: transferência corrente ou de capital concedida em virtude de
lei, destinada a pessoas de direito público ou privado sem finalidade lucrativa e
sem exigência de contraprestação direta em bens ou serviços;
Auxílio: transferência de capital derivada da lei orçamentária que se destina a
atender a ônus ou encargo assumido pela União e somente será concedida a
entidade sem finalidade lucrativa;
Subvenção social: transferência que independe de lei específica, a
instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem
finalidade lucrativa, com o objetivo de cobrir despesas de custeio;
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Nota de movimentação de crédito: instrumento que registra os eventos


vinculados à descentralização de créditos orçamentários.

Caiu na prova:
7) (CESPE - Técnico Administrativo - ANTAQ - 2009) O termo aditivo é o
instrumento que tem por objetivo a alteração do objeto do convênio já
celebrado.

0 termo aditivo é o instrumento que tenha por objetivo a modificação do


convênio já celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado.
Resposta: Errada

4.5 SICONV e Portal dos Convênios

A celebração, a liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a


prestação de contas de convênios, contratos de repasse e termos de parceria
serão registrados no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse
- SICONV, que será aberto ao público, via rede mundial de computadores -
Internet, por meio de página específica denominada Portal dos Convênios.

A Comissão Gestora do SICONV, que funcionará como órgão central do


sistema, será composta por representantes dos seguintes órgãos: Secretaria
do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda; Secretaria de Orçamento
Federal e Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão - SLTI/MP; e Secretaria Federal de
Controle Interno, da Controladoria-Geral da União. A SLTI funcionará como
secretaria-executiva da comissão.

Serão órgãos setoriais do SICONV todos os órgãos e entidades da


administração pública federal que realizem transferências voluntárias de
recursos, aos quais compete a gestão dos convênios e a alimentação dos
dados que forem de sua alçada. O Poder Legislativo, por meio das mesas da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o Ministério Público, o Tribunal de
Contas da União e a Controladoria Geral da União, bem como outros órgãos
que demonstrem necessidade, a critério do órgão central do sistema, terão
acesso ao SICONV, podendo incluir no referido Sistema informações que
tiverem conhecimento a respeito da execução dos convênios publicados.

Ao órgão central do SICONV compete exclusivamente:


1 - estabelecer as diretrizes e normas a serem seguidas pelos órgãos setoriais
e demais usuários do sistema;
II - sugerir alterações em Portaria; e
III - auxiliar os órgãos setoriais na execução das normas estabelecidas em
Decreto e Portaria.

4.5 Normas de Celebração, Acompanhamento e Prestação de Contas

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

4.5.1 Vedações

É vedada a celebração de convênios e contratos de repasse:


• Com órgãos e entidades da administração pública direta e indireta dos
Estados, Distrito Federal e Municípios cujo valor seja inferior a R$
100.000,00 (cem mil reais). Para fins de alcance do limite estabelecido, é
permitido consorciamento entre os órgãos e entidades da administração
pública direta e indireta dos Estados, Distrito Federal e Municípios; e
celebração de convênios ou contratos de repasse com objeto que
englobe vários programas e ações federais a serem executados de forma
descentralizada, devendo o objeto conter a descrição pormenorizada e
objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos
federais;
• Com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como dirigente
agente político de Poder ou do Ministério Público, dirigente de órgão ou
entidade da administração pública de qualquer esfera governamental, ou
respectivo cônjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o segundo grau; e
• Entre órgãos e entidades da administração pública federal, caso em que
deverá ser observado o termo de cooperação.

A execução descentralizada de ação a cargo de órgão ou entidade públicos


federais, mediante celebração e execução de convênio, somente se efetivará
para entes federativos (Estado, Município ou Distrito Federal) que comprovem
dispor de condições para consecução do objeto do Programa de Trabalho
relativo à ação e desenvolvam programas próprios idênticos ou assemelhados.

4.5.2 Cadastro no SICONV

As entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrar convênio ou


contrato de repasse com órgãos e entidades da administração pública federal
deverão realizar cadastro prévio no Sistema de Gestão de Convênios e
Contratos de Repasse - SICONV, conforme normas do órgão central do
sistema. O cadastramento poderá ser realizado em qualquer órgão ou entidade
concedente e permitirá a celebração de convênios ou contratos de repasse
enquanto estiver válido o cadastramento. A realização do cadastro prévio no
SICONV não era exigida até 1° de setembro de 2008.

No cadastramento serão exigidos, pelo menos:


I - cópia do estatuto social atualizado da entidade;
II - relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com Cadastro de
Pessoas Físicas - CPF;
III - declaração do dirigente da entidade acerca da não existência de dívida
com o Poder Público, bem como quanto à sua inscrição nos bancos de dados
públicos e privados de proteção ao crédito; e informando se os dirigentes
relacionados no inciso anterior ocupam cargo ou emprego público na
administração pública federal;
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

IV - prova de inscrição da entidade no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas -


CNPJ; e
V - prova de regularidade com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal e
com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, na forma da lei.

Verificada falsidade ou incorreção de informação em qualquer documento


apresentado, deve o convênio ou contrato de repasse ser imediatamente
denunciado pelo concedente ou contratado.

Caiu na prova:
8) (CESPE - Técnico Administrativo - ANTAQ - 2009) As entidades privadas
sem fins lucrativos que pretendam celebrar convênio ou contrato de repasse
com órgãos e entidades da administração pública federal deverão efetuar
cadastramento prévio no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de
Repasse (SICONV).

As entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrar convênio ou


contrato de repasse com órgãos e entidades da administração pública federal
deverão realizar cadastro prévio no Sistema de Gestão de Convênios e
Contratos de Repasse - SICONV, conforme normas do órgão central do
sistema.
Resposta: Certa

4.5.3 Publicidade

A celebração de convênio com entidades privadas sem fins lucrativos poderá


ser precedida de chamamento público, a critério do órgão ou entidade
concedente, visando à seleção de projetos ou entidades que tornem mais
eficaz o objeto do ajuste. Deverá ser dada publicidade ao chamamento público,
especialmente por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial
do órgão ou entidade concedente, bem como no Portal dos Convênios. Essa
providência está associada à publicidade, que é um dos princípios da
administração pública e, em particular, da licitação. O chamamento público
deverá estabelecer critérios objetivos visando à aferição da qualificação técnica
e capacidade operacional do convenente para a gestão do convênio.

Caiu na prova:
9) (CESPE - AFCE - TCU - 2009) Nos convênios com entidades privadas sem
fins lucrativos, pode-se adotar o chamamento público, visando à seleção dos
projetos ou entidades. Essa providência está associada à publicidade, que é um
dos princípios da administração pública e, em particular, da licitação.

A celebração de convênio com entidades privadas sem fins lucrativos poderá


ser precedida de chamamento público, a critério do órgão ou entidade
concedente, visando à seleção de projetos ou entidades que tornem mais
eficaz o objeto do ajuste. Deverá ser dada publicidade ao chamamento público,
especialmente por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

do órgão ou entidade concedente, bem como no Portal dos Convênios. Essa


providência está associada à publicidade, que é um dos princípios da
administração pública e, em particular, da licitação.
Resposta: Certa

4.5.4 Acompanhamento

Constitui cláusula necessária em qualquer convênio dispositivo que indique a


forma pela qual a execução do objeto será acompanhada pelo concedente. A
forma de acompanhamento deverá ser suficiente para garantir a plena
execução física do objeto.

A contrapartida do convenente poderá ser atendida por meio de recursos


financeiros, de bens e serviços, desde que economicamente mensuráveis.
Quando financeira, a contrapartida deverá ser depositada na conta bancária
específica do convênio em conformidade com os prazos estabelecidos no
cronograma de desembolso, ou depositada nos cofres da União, na hipótese de
o convênio ser executado por meio do Sistema Integrado de Administração
Financeira - SIAFI. Já quando atendida por meio de bens e serviços, constará
do convênio cláusula que indique a forma de aferição da contrapartida.

A execução de programa de trabalho que objetive a realização de obra será


feita por meio de contrato de repasse, salvo quando o concedente dispuser de
estrutura para acompanhar a execução do convênio.

Caso a instituição ou agente financeiro público federal não detenha capacidade


técnica necessária ao regular acompanhamento da aplicação dos recursos
transferidos, figurará, no contrato de repasse, na qualidade de interveniente,
outra instituição pública ou privada a quem caberá o mencionado
acompanhamento.

4.5.5 Outras normas

No ato de celebração do convênio ou contrato de repasse, o concedente deverá


empenhar o valor total a ser transferido no exercício e efetuar, no caso de
convênio ou contrato de repasse com vigência plurianual, o registro no SIAFI,
em conta contábil específica, dos valores programados para cada exercício
subsequente. Tal registro acarretará a obrigatoriedade de ser consignado
crédito nos orçamentos seguintes para garantir a execução do convênio.

As transferências financeiras para órgãos públicos e entidades públicas e


privadas, decorrentes da celebração de convênios e contratos de repasse,
serão feitas exclusivamente por intermédio de instituição financeira controlada
pela União, que poderá atuar como mandatária desta para execução e
fiscalização. Os pagamentos à conta de recursos recebidos da União estão
sujeitos à identificação do beneficiário final e à obrigatoriedade de depósito em
sua conta bancária. Excepcionalmente, mediante mecanismo que permita a
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

identificação, pelo banco, do beneficiário do pagamento, poderão ser


realizados pagamentos a beneficiários finais pessoas físicas que não possuam
conta bancária, observados os limites fixados em Portaria.

Toda movimentação de recursos, por parte dos convenentes, executores e


instituições financeiras autorizadas, será realizada observando-se os seguintes
preceitos:
I - movimentação mediante conta bancária específica para cada instrumento
de transferência (convênio ou contrato de repasse);
II - pagamentos realizados mediante crédito na conta bancária de titularidade
dos fornecedores e prestadores de serviços, facultada a dispensa deste
procedimento, por ato da autoridade máxima do concedente ou contratante,
devendo o convenente ou contratado identificar o destinatário da despesa, por
meio do registro dos dados no SICONV; e
III - transferência das informações mencionadas no inciso I ao SIAFI e ao
Portal de Convênios, em meio magnético, conforme normas expedidas em
Portaria.

O convenente ficará obrigado a prestar contas dos recursos recebidos. O


concedente terá prazo de noventa dias para apreciar a prestação de contas
apresentada, contados da data de seu recebimento.

O convênio poderá ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partícipes


responsáveis somente pelas obrigações e auferindo as vantagens do tempo em
que participaram voluntariamente do acordo, não sendo admissível cláusula
obrigatória de permanência ou sancionadora dos denunciantes.

Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, os saldos


financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das
aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão
repassador dos recursos, no prazo improrrogável de trinta dias do evento, sob
pena da imediata instauração de tomada de contas especial do responsável,
providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade titular dos
recursos.

4.6 Padronização dos Objetos

Os órgãos concedentes são responsáveis pela seleção e padronização dos


objetos mais frequentes nos convênios. Nos convênios em que o objeto
consista na aquisição de bens que possam ser padronizados, os próprios
órgãos e entidades da administração pública federal poderão adquiri-los e
distribuí-los aos convenentes.

4.7 Celebração de Convênios

4.7.1 Obrigatoriedade de Celebração de Convênios

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

A obrigatoriedade de celebração de convênio não se aplica aos casos em que


lei específica discipline a transferência de recursos para execução de
programas em parceria do Governo Federal com governos estaduais e
municipais, que regulamente critérios de habilitação, transferir montante e
forma de transferência, e a forma de aplicação e dos recursos recebidos. Esse
é o caso de transferências legais.

Na hipótese de o convênio vir a ser formalizado com órgão ou entidade


dependente de ente da Federação, o estado, Distrito Federal ou município
deverá participar como interveniente e seu representante também assinará o
termo de convênio.

4.7.2 Requisitos para Celebração

0 convênio será proposto pelo interessado ao titular do Ministério, órgão ou


entidade responsável pelo programa, mediante a apresentação do Plano de
Trabalho, que conterá, no mínimo, as seguintes informações:
1 - razões que justifiquem a celebração do convênio;
II - descrição completa do objeto a ser executado;
III - descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente;
III-A - licença ambiental prévia, quando o convênio envolver obras, instalações
ou serviços que exijam estudos ambientais,
IV - etapas ou fases da execução do objeto, com previsão de início e fim;
V - plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo concedente e
a contrapartida financeira do proponente, se for o caso, para cada projeto ou
evento;
VI - cronograma de desembolso;
VII - comprovação pelo convenente de que não se encontra em situação de
mora ou inadimplência perante órgão ou entidade da Administração Pública
Federal Direta e Indireta;
VIII - comprovação do exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do
imóvel, mediante certidão emitida pelo cartório de registro de imóveis
competente, quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou
benfeitorias no imóvel.

Admite-se, por interesse público ou social, condicionadas à garantia subjacente


de uso pelo prazo mínimo de vinte anos, diversas hipóteses alternativas
previstas na Instrução Normativa 01/97-STN e alterações à comprovação do
exercício pleno dos poderes inerentes à propriedade do imóvel.

A contrapartida, de responsabilidade dos Estados, Municípios e do Distrito


Federal, bem como das respectivas entidades autárquicas, fundacionais ou de
direito privado (empresas públicas ou sociedades de economia mista), será
estabelecida de modo compatível com a capacidade financeira do ente
federativo beneficiado, observados os limites (percentuais) e as ressalvas
estabelecidos na lei federal anual de diretrizes orçamentárias. O ente
federativo beneficiado deverá comprovar que os recursos referentes à
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

contrapartida para complementar a consecução do objeto do convênio estão


devidamente assegurados, ressalvada a hipótese prevista no inciso VII do § 1°
do art. 116 da Lei n° 8.666/1993 (se o ajuste compreender obra ou serviço de
engenharia, comprovação de que os recursos próprios para complementar a
execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total
do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão
descentralizador).

Os beneficiários das transferências, quando integrantes da Administração


Pública de qualquer esfera de governo, deverão incluí-las em seus orçamentos.

A celebração de convênio visando à realização de serviços ou execução de


obras a serem custeadas, ainda que apenas parcialmente, com recursos
externos dependerá da prévia contratação da operação de crédito externo.

O Estado, o Município ou Distrito Federal, bem como seus respectivos órgãos


ou entidades, somente poderá figurar como convenente se atender a todas as
exigências discriminadas na Constituição Federal, na Lei de Responsabilidade
Fiscal - LRF, na lei federal anual de diretrizes orçamentárias (LDO), na
Instrução Normativa 01/97-STN e alterações e demais normas pertinentes.

Caiu na prova:
10) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010)
Na celebração de convênios entre órgãos ou entidades da União com estados e
municípios, caso haja previsão de recursos externos, será necessária a
contratação prévia da operação de crédito correspondente.

A celebração de convênio visando à realização de serviços ou execução de


obras a serem custeadas, ainda que apenas parcialmente, com recursos
externos dependerá da prévia contratação da operação de crédito externo.
Resposta: Certa

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

MAIS QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE

11) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) As descentralizações, a exemplo das


transferências e transposições, modificam o valor da programação ou de suas
dotações orçamentárias.

As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com


transferências e transposição, pois não modificam o valor da programação ou
de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); tampouco alteram a
unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito
orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.
Resposta: Errada

12) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) A unidade beneficiária da


descentralização passa a ser a detentora do crédito orçamentário ou adicional.

As descentralizações de créditos orçamentários não se confundem com


transferências e transposição, pois não modificam o valor da programação ou
de suas dotações orçamentárias (créditos adicionais); tampouco alteram a
unidade orçamentária (classificação institucional) detentora do crédito
orçamentário aprovado na lei orçamentária ou em créditos adicionais.
Resposta: Errada

13) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A cota, o destaque e o sub-


repasse representam a disponibilidade financeira.

O destaque se refere à movimentação de créditos.


Resposta: Errada

14) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) A movimentação de crédito efetuada


entre unidades gestoras de diferentes órgãos da administração constitui
destaque.

Quando a descentralização envolver unidades gestoras de órgãos ou entidades


de estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa, também
denominada de destaque.
Resposta: Certa

15) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) As transferências de


limite de saque — cota, repasse, sub-repasse e pagamentos diversos — entre
as unidades gestoras integrantes da conta única do Tesouro Nacional devem
ser efetuadas por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal (SIAFI), independentemente de qualquer autorização.

Os limites de saque de recursos do Tesouro Nacional restringir-se-ão aos


cronogramas aprovados pelo órgão central de programação financeira.
Resposta: Errada
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

16) (CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) As empresas


públicas federais que não integram os orçamentos fiscal e da seguridade
social, ainda que executem as atividades de agente financeiro governamental,
não podem receber créditos em descentralização para viabilizar a consecução
de objetivos previstos na lei orçamentária.

As empresas públicas federais que não integrarem os orçamentos fiscal e da


seguridade social, mas que executarem as atividades de agente financeiro
governamental, poderão receber créditos em descentralização, para viabilizar
a consecução de objetivos previstos na lei orçamentária.
Resposta: Errada

(CESPE - Assistente - CNPq - 2011) A portaria interministerial MPOG/MF/CGU


n.° 127/2008 estabelece normas para execução do disposto no Decreto n.°
6.170/2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de
recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, entre outras
providências. Acerca da aplicação das exigências da portaria, julgue os itens
subsequentes.
17) As exigências dessa portaria não serão aplicadas aos convênios e contratos
que tenham por objeto a delegação de competência ou a autorização a órgãos
ou entidades de outras esferas de governo para a execução de atribuições
determinadas em lei, regulamento ou regimento interno, com geração de
receita compartilhada.

Não se aplicam as exigências da referida Portaria aos convênios e contratos de


repasse que tenham por objeto a delegação de competência ou a autorização a
órgãos ou entidades de outras esferas de governo para a execução de
atribuições determinadas em lei, regulamento ou regimento interno, com
geração de receita compartilhada.
Resposta: Certa

18) Quando as disposições de tratados, acordos e convenções internacionais


específicas conflitarem com essa portaria e os projetos deles decorrentes
forem financiados com recursos integralmente oriundos de fonte externa de
financiamento, homologados pelo Congresso Nacional ou autorizados pelo
Senado Federal, prevalecerá o disposto nas normas internacionais.

Não se aplicam as exigências da referida Portaria aos convênios e contratos de


repasse homologados pelo Congresso Nacional ou autorizados pelo Senado
Federal naquilo em que as disposições dos tratados, acordos e convenções
internacionais, específicas, conflitarem com a Portaria, quando os recursos
envolvidos forem integralmente oriundos de fonte externa de financiamento
(em caso de conflito, permanecem as normas internacionais).
Resposta: Certa

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

19) Essa portaria deve ser aplicada aos convênios e contratos de repasse
destinados à execução descentralizada de programas federais de atendimento
direto ao público, nas áreas de assistência social, médica e educacional, exceto
os convênios em que tenha sido prevista a antecipação de recursos.

Não se aplicam as exigências da referida Portaria aos convênios e contratos de


repasse destinados à execução descentralizada de programas federais de
atendimento direto ao público, nas áreas de assistência social, médica e
educacional, ressalvados os convênios em que for prevista a antecipação de
recursos.
Resposta: Errada

20) (CESPE - Assistente - CNPq - 2011) Caracteriza-se como convenente o


órgão da administração pública federal, direta ou indireta, responsável pela
transferência dos recursos financeiros ou pela descentralização dos créditos
orçamentários destinados à execução do objeto do convênio pactuado com a
administração federal.

Concedente é o órgão da administração pública federal direta ou indireta,


responsável pela transferência dos recursos financeiros ou pela
descentralização dos créditos orçamentários destinados à execução do objeto
do convênio.
Resposta: Errada

21) (CESPE - Assistente - CNPq - 2011) Considere que uma instituição pública
federal que não apresenta capacidade técnica necessária para acompanhar a
execução do repasse em programa de trabalho que objetiva a realização de
obra figure como interveniente. Nessa situação, caberá a outra instituição
privada realizar este acompanhamento.

Caso a instituição ou agente financeiro público federal não detenha capacidade


técnica necessária ao regular acompanhamento da aplicação dos recursos
transferidos, figurará, no contrato de repasse, na qualidade de interveniente,
outra instituição pública ou privada a quem caberá o mencionado
acompanhamento.
Resposta: Errada

22) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A programação periódica


dos desembolsos (saídas de caixa) é atividade unilateral do órgão central do
sistema de programação financeira, da qual não participam os órgãos setoriais.

A Programação Financeira se realiza em três níveis distintos: Secretaria do


Tesouro Nacional, o órgão central; Subsecretarias de Planejamento,
Orçamento e Administração (ou equivalentes, os chamados órgãos setoriais de
programação financeira - OSPF); e as Unidades Gestoras Executoras (UGE).
Resposta: Errada

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

23) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A movimentação dos


recursos entre as unidades do sistema de programação financeira é executada
por meio de cota, repasse e sub-repasse. A cota é a movimentação intra-SIAFI
dos recursos da conta única do órgão central para o setorial de programação
financeira, enquanto o repasse é a liberação de recursos do órgão setorial de
programação financeira para entidades da administração indireta.

A movimentação de recursos financeiros oriundos do Orçamento da União,


entre as UGs que compõem o Sistema de Programação Financeira, se dá sob a
forma de liberação de cotas, repasses e sub-repasses para o pagamento de
despesas, bem como por meio de concessão de limite de saque à Conta Única
do Tesouro. A cota é o montante de recursos colocados à disposição dos OSPF
pela COFIN/STN mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta
Única do Tesouro Nacional. O repasse é a movimentação de recursos realizada
pelos OSPF para as unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da
Administração Indireta, bem como entre estes.
Resposta: Certa

24) (CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) As dotações


descentralizadas são empregadas obrigatoriamente e integralmente na
consecução do objeto previsto pelo programa de trabalho pertinente,
respeitada fielmente a classificação funcional programática.

Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e


integralmente na consecução do objetivo previsto pelo programa de trabalho
pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcional e a estrutura
programática. Portanto, a única diferença é que a execução da despesa
orçamentária será realizada por outro órgão ou entidade.
Resposta: Certa

25) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) É correto afirmar que


dotação orçamentária está para cota financeira e destaque orçamentário está
para repasse financeiro, assim como provisão orçamentária está para
subrepasse financeiro.

A dotação orçamentária está para cota financeira; destaque orçamentário está


para repasse financeiro; provisão orçamentária está para subrepasse
financeiro.
Resposta: Certa

26) (CESPE - Assistente - CNPq - 2011) É vedada a celebração de convênio no


valor de R$ 50.000,00 entre órgão da administração direta federal e o Distrito
Federal.

É vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com órgãos e


entidades da administração pública direta e indireta dos Estados, Distrito

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Federal e Municípios cujo valor seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil


reais). Logo, um hipotético convênio de R$ 50.000,00 seria vedado.
Resposta: Certa

27) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A dotação, o destaque e a


provisão representam disponibilidade financeira.

A dotação e o destaque se referem à movimentação de créditos.


Resposta: Errada

28) (CESPE - Contador - DPU - 2010) O repasse ocorre quando a liberação de


recursos se efetua entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidade.

Repasse é a movimentação de recursos realizada pelos OSPF para as unidades


de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração Indireta, bem
como entre estes; e sub-repasse é a liberação de recursos dos OSPF para
as unidades sob sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo órgão,
ministério ou entidade.
Resposta: Errada

29) (CESPE - Contador - Min Saúde - 2010) A celebração de convênios de


natureza financeira que permita a execução de ação que esteja sob
responsabilidade do Ministério da Saúde somente será realizada com entes
federativos que comprovem dispor de condições para a consecução do objeto
do programa de trabalho relativo à ação e, ainda, que desenvolvam programas
próprios idênticos ou assemelhados.

A execução descentralizada de ação a cargo de órgão ou entidade públicos


federais, mediante celebração e execução de convênio, somente se efetivará
para entes federativos (Estado, Município ou Distrito Federal) que comprovem
dispor de condições para consecução do objeto do Programa de Trabalho
relativo à ação e desenvolvam programas próprios idênticos ou assemelhados.
Resposta: Certa

30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) Cota, repasse e sub-


repasse são figuras de descentralização financeira de natureza orçamentária.

Pegadinha! Cota, repasse e sub-repasse são figuras de descentralização


financeira de natureza orçamentária. Repare que a questão não diz que são
figuras de descentralização orçamentária, o que estaria errado. São figuras de
descentralização financeira, de natureza orçamentária, pois se referem a
recursos que possuem dotação na LOA.
Resposta: Certa

31) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) Caso o Estado avance no patrimônio


do contribuinte em um valor maior do que a lei permite, há a necessidade de

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

autorização orçamentária para sua devolução. Por isso, na União, a restituição


não é tratada como dedução de receita.

Se houver parcelas a serem restituídas, em regra, esses fatos não devem ser
tratados como despesa orçamentária, mas como dedução de receita
orçamentária, pois correspondem a recursos arrecadados que não pertencem à
entidade pública e não são aplicáveis em programas e ações governamentais
sob a responsabilidade do ente arrecadador, não necessitando, portanto, de
autorização orçamentária para a sua execução.
Resposta: Errada

32) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Entre as chamadas transferências legais,


incluem-se aquelas realizadas fundo a fundo, destinadas à educação, que se
caracterizam pela descentralização de recursos mediante convênios.

Os convênios são transferências voluntárias.


Resposta: Errada

33) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) Caso haja devolução de


saldos de convênios no mesmo exercício em que sejam recebidas
transferências de convênio ou contrato, deve-se contabilizar o valor restituído
como despesa orçamentária, sendo o valor limitado ao de transferências
recebidas no exercício.

Em caso de devolução de saldos de convênios, contratos e congêneres no


mesmo exercício, deve-se contabilizar como dedução de receita até o limite
de valor das transferências recebidas no exercício. Apenas se o montante
ultrapassar esse valor é que deve ser registrado como despesa orçamentária.
Resposta: Errada

34) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)


No estabelecimento da programação da despesa orçamentária, devem-se levar
em conta não apenas os recursos provenientes dos créditos orçamentários e
adicionais, mas também os recebidos por conta de operações extra-
orçamentárias.

Além dos créditos orçamentários, a programação da despesa orçamentária


levará em conta os créditos adicionais e as operações extraorçamentárias.
Resposta: Certa

35) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) Em rendas extintas, o


fato gerador da receita não representa mais situação que gere arrecadações
para o ente. Em casos de devolução de saldos de convênios e de contratos,
quando o valor da restituição ultrapassar o valor das transferências recebidas
no exercício, deve-se registrar esse valor como despesa orçamentária.

Entende-se por rendas extintas aquelas cujo fato gerador da receita não
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

representa mais situação que gere arrecadações para o ente.


Em caso de devolução de saldos de convênios, contratos e congêneres com
restituição no mesmo exercício deve-se contabilizar como dedução de receita
até o limite de valor das transferências recebidas no exercício; se o montante
ultrapassar esse valor, deve ser registrado como despesa orçamentária.
Resposta: Certa

(CESPE - Analista - SERPRO - 2008) Com a publicação da LOA, o seu


consequente lançamento no SIAFI e o detalhamento dos créditos autorizados,
inicia-se a sua movimentação entre as unidades gestoras. Acerca da
movimentação de créditos orçamentários e recursos financeiros, julgue os
seguintes itens.
36) São operações descentralizadoras de créditos orçamentários a cota, o
repasse e o sub-repasse.

São operações descentralizadoras de créditos orçamentários: a dotação, a


provisão e o destaque.
Resposta: Errada

37) A movimentação de recursos financeiros deve ser realizada em


consonância com o cronograma de desembolso aprovado pela Secretaria de
Orçamento Federal.

A movimentação de recursos financeiros deve ser realizada em consonância


com o cronograma de desembolso aprovado pela Secretaria do Tesouro
Nacional.
Resposta: Errada

38) (CESPE - AFCE - TCU - 2008) A execução financeira dos programas do PPA
pode apresentar um descompasso entre o desempenho de metas físicas e a
execução orçamentária e financeira. Em geral, a apresentação de resultados
inferiores de metas físicas, em relação à execução financeira, pode decorrer de
deficiência no planejamento, dificuldades na condução de licitações ou na
celebração de convênios e contratos, pendências ambientais e efeitos do
contingenciamento orçamentário sobre a programação das despesas.

As execuções orçamentária e financeira devem estar em compasso com o


desempenho da meta física. Entretanto, a apresentação de resultados da meta
física pode ser inferior à execução financeira, ocasionando um descompasso, o
qual pode ocorrer por problemas em licitações, convênios ou contratos, por
pendências ambientais, ou até mesmo por deficiências no planejamento ou em
virtude do contingenciamento orçamentário.
Resposta: Certa

39) (CESPE - Técnico Administrativo - ANTAQ - 2009) Contrato de repasse é o


instrumento administrativo por meio do qual a transferência dos recursos

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

financeiros se processa por intermédio de instituição ou agente público federal,


que atua como mandatário da União.

O contrato de repasse é o instrumento administrativo por meio do qual a


transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição
ou agente financeiro público federal, atuando como mandatário da União.
Resposta: Certa

40) (CESPE - Contador - UNIPAMPA - 2009) O convênio disciplina a


transferência de recursos públicos envolvendo órgão da administração pública
federal direta, autárquica ou fundacional, que esteja gerindo recursos dos
orçamentos da União, visando à execução de programas de trabalho, entre
outras finalidades. A transferência de recursos financeiros está condicionada à
existência de plano de trabalho previamente aprovado e contendo cronograma
de desembolso.

O convênio formaliza um acordo de vontades entre entidades do setor público


e, ocasionalmente, entre entidades do setor público e instituições do setor
privado, com vistas à realização de programas de trabalho ou de eventos de
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação. A celebração de
convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública
depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela
organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, entre outras
informações, o cronograma de desembolso.
Resposta: Certa

E assim terminamos nossa última aula. E você que chegou aqui já é um


vitorioso, pela persistência e força de vontade.

Segui estritamente o último edital para o TCU, aprofundando nos temas de


acordo com o que vem aparecendo nas provas, para levar ao estudante o que
há de mais importante e as maiores possibilidades de exigências.

Procurei ao longo dessas semanas trazer o que tinha de mais atualizado do


CESPE. Nestas 6 aulas (0 a 5), você teve a oportunidade de aprender a teoria
e ainda se exercitar com 300 questões comentadas. É um número muito
significativo para um curso teórico de 6 aulas. Sinta-se realmente confiante e
preparado!

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Agradeço sinceramente os elogios, as críticas e as sugestões. É dessa forma


que o professor aprimora seu trabalho, enfatizando o que está dando certo e
melhorando o que não está bom.

Desejo a você ótimos estudos e excelentes provas!

Para aqueles que querem se aprofundar ainda mais nos estudos, indico a
leitura dos meus artigos na parte aberta do site e os outros cursos on-line de
minha autoria no Ponto dos Concursos. Ainda, indico meu blog
www.portaldoorcamento.com.br.

E aguardo você no serviço público federal, buscando contribuir para o


desenvolvimento de nosso país. Lembro que estarei com você sempre que
necessitar no e-mail sergiomendes@pontodosconcursos.com.br.

Forte abraço!

Sérgio Mendes

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

MEMENTO V

DESCENTRALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Descentralização de Créditos

Transferência de uma UG para outra do poder de utilizar créditos orçamentários que lhe
tenham sido consignados no Orçamento ou lhe venham a ser transferidos
posteriormente.

Destaque: Descentralização externa de créditos, pois é efetuada entre órgãos


distintos.
Provisão: Descentralização interna de créditos, pois é realizada entre UGs do
mesmo órgão.

Movimentação de Recursos

Cota: é o montante de recursos colocados à disposição dos OSPF pela COFIN/STN


mediante movimentação intra-SIAFI dos recursos da Conta Única do Tesouro Nacional.

Repasse: é a movimentação "externa" de recursos realizada pelos OSPF para as


unidades de outros órgãos ou ministérios e entidades da Administração Indireta, bem
como entre estes.

Sub-repasse: é a liberação "interna" de recursos dos OSPF para as unidades sob


sua jurisdição e entre as unidades de um mesmo órgão, ministério ou entidade.

TRANSFERÊNCIAS

Obrigatórias: são operações especiais de transferências intergovernamentais que são


arrecadadas por um ente, mas devem ser transferidas a outros entes por disposição
constitucional ou legal.

Voluntárias: são operações especiais em que ocorre a entrega de recursos correntes


ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência
financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao
Sistema Único de Saúde.

São exigências para a realização de transferência voluntária, além das


estabelecidas na LDO:

Existência de dotação específica.

Observância do disposto no inciso X do art. 167 da CF/1988, o qual veda a


transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições
financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Comprovação, por parte do beneficiário, de:


• que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de


contas de recursos anteriormente dele recebidos;
• cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;
• observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de
crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de
despesa total com pessoal;
• previsão orçamentária de contrapartida.

É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. Para


fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes da
LRF, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência
social.

CONVÊNIOS

É o instrumento que disciplina os compromissos que devem reger as relações de dois


ou mais participantes que tenham interesse em atingir um objetivo comum, mediante
a formação de uma parceria.

A aplicação de saldos de convênio, enquanto não utilizados, varia com a previsão de


sua utilização. Serão obrigatoriamente aplicados:

Com previsão de seu uso > ou = 1 mês: em cadernetas de poupança de instituição


financeira oficial.

Com previsão de uso < 1 mês: em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou
operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública.

As receitas financeiras auferidas com tais rendimentos serão obrigatoriamente


computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua
finalidade, devendo constar de demonstrativo específico que integrará as prestações
de contas do ajuste.

Devolução

Em caso de devolução de saldos de convênios, contratos e congêneres, deve-se


adotar o seguinte procedimento:
• Restituição no mesmo exercício: deve-se contabilizar como dedução de
receita até o limite de valor das transferências recebidas no exercício; se o
montante ultrapassar esse valor, deve ser registrado como despesa
orçamentária;
• Restituição em exercício diverso: deve ser contabilizada como despesa
orçamentária.

Contrapartida nas LDOs Federais

A contrapartida, exclusivamente financeira, será estabelecida em termos percentuais do


valor previsto no instrumento de transferência voluntária, considerando-se a
capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada e seu Índice de
Desenvolvimento Humano - IDH. Quanto menor o município, menor a exigência
percentual de contrapartida. Da mesma forma, os limites mínimos exigidos poderão ser
reduzidos para os entes que apresentarem os menores IDHs.

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Conceitos

Convênio: acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência


de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da
administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da
administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda,
entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de governo,
envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;

Contrato de repasse: instrumento administrativo por meio do qual a transferência


dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição ou agente financeiro
público federal, atuando como mandatário da União;

Termo de cooperação: instrumento por meio do qual é ajustada a transferência de


crédito de órgão da administração pública federal direta, autarquia, fundação pública,
ou empresa estatal dependente, para outro órgão ou entidade federal da mesma
natureza;

Concedente: órgão da administração pública federal direta ou indireta, responsável


pela transferência dos recursos financeiros ou pela descentralização dos créditos
orçamentários destinados à execução do objeto do convênio;

Contratante: órgão ou entidade da administração pública direta e indireta da União


que pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento, por intermédio de
instituição financeira federal (mandatária) mediante a celebração de contrato de
repasse;

Convenente: órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer


esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a
administração federal pactua a execução de programa, projeto/atividade ou evento
mediante a celebração de convênio;

Contratado: órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer


esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com a qual a
administração federal pactua a execução de contrato de repasse;

Interveniente: órgão da administração pública direta e indireta de qualquer esfera de


governo, ou entidade privada que participa do convênio para manifestar consentimento
ou assumir obrigações em nome próprio;

Executor: órgão da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional,


empresa pública ou sociedade de economia mista, de qualquer esfera de governo, ou
organização particular, responsável direta pela execução do objeto do convênio;

Termo aditivo: instrumento que tenha por objetivo a modificação do convênio já


celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado;

Objeto: o produto do convênio ou contrato de repasse, observados o programa de


trabalho e as suas finalidades;

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

Meta: parcela quantificável do objeto;

Padronização: estabelecimento de critérios a serem seguidos nos convênios ou


contratos de repasse com o mesmo objeto, definidos pelo concedente ou contratante,
especialmente quanto às características do objeto e ao seu custo;

Contribuição: transferência corrente ou de capital concedida em virtude de lei,


destinada a pessoas de direito público ou privado sem finalidade lucrativa e sem
exigência de contraprestação direta em bens ou serviços;

Auxílio: transferência de capital derivada da lei orçamentária que se destina a atender


a ônus ou encargo assumido pela União e somente será concedida a entidade sem
finalidade lucrativa;

Subvenção social: transferência que independe de lei específica, a instituições


públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, com o
objetivo de cobrir despesas de custeio;

Nota de movimentação de crédito: instrumento que registra os eventos vinculados


à descentralização de créditos orçamentários.

Cadastro no SICONV

As entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrar convênio ou contrato
de repasse com órgãos e entidades da administração pública federal deverão realizar
cadastro prévio no SICONV, conforme normas do órgão central do sistema.

Publicidade

A celebração de convênio com entidades privadas sem fins lucrativos poderá ser
precedida de chamamento público, a critério do órgão ou entidade concedente, visando
à seleção de projetos ou entidades que tornem mais eficaz o objeto do ajuste.

Outras informações

A celebração de convênio visando à realização de serviços ou execução de obras a


serem custeadas, ainda que apenas parcialmente, com recursos externos dependerá da
prévia contratação da operação de crédito externo.

As empresas públicas federais que não integrarem os orçamentos fiscal e da seguridade


social, mas que executarem as atividades de agente financeiro governamental, poderão
receber créditos em descentralização, para viabilizar a consecução de objetivos
previstos na lei orçamentária.

Ainda, nos contratos, convênios, acordos ou ajustes, cuja duração ultrapasse um


exercício financeiro, indicar-se-á o crédito e respectivo empenho para atender à
despesa no exercício em curso, bem assim cada parcela da despesa relativa à parte a
ser executada em exercício futuro, com a declaração de que, em termos aditivos,
indicar-se-ão os créditos e empenhos para sua cobertura.

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1) CESPE - Técnico de Controle Interno - MPU - 2010) No atual ordenamento


legal, o decreto de programação orçamentária e financeira não pode ser
elaborado sem a definição das necessidades de financiamento do governo
central.

2) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) A descentralização de


créditos caracteriza-se pela cessão de crédito orçamentário entre unidades
orçamentárias ou unidades gestoras. A descentralização interna é denominada
destaque e a externa, provisão.

3) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) Na execução


financeira, a liberação de recursos às unidades gestoras é realizada por
intermédio de cota, repasse e sub-repasse.

4) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010)


Nos convênios firmados entre órgãos ou entidades da União com municípios, a
contrapartida exigida deverá levar em conta sua capacidade financeira e o
índice de desenvolvimento humano (IDH). Desse modo, os limites mínimos
exigidos poderão ser reduzidos para os entes que apresentarem IDH mais
elevados.

5) (CESPE - Analista Ambiental- Administração e Planejamento- MMA - 2008)


Quando a vigência de convênios e contratos de repasse, em que há
transferência de recursos da União, for plurianual, deverá ser feito um
empenho global, correspondente ao total do convênio ou contrato, mas, a cada
ano, a execução dependerá da consignação de crédito específico.

6) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010) No


caso de devolução de saldos de convênios, se a restituição ocorrer no mesmo
exercício em que forem recebidas as transferências pelo convênio, a referida
restituição será contabilizada como dedução de receita até o limite dos valores
recebidos.

7) (CESPE - Técnico Administrativo - ANTAQ - 2009) O termo aditivo é o


instrumento que tem por objetivo a alteração do objeto do convênio já
celebrado.

8) (CESPE - Técnico Administrativo - ANTAQ - 2009) As entidades privadas


sem fins lucrativos que pretendam celebrar convênio ou contrato de repasse
com órgãos e entidades da administração pública federal deverão efetuar
cadastramento prévio no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de
Repasse (SICONV).

9) (CESPE - AFCE - TCU - 2009) Nos convênios com entidades privadas sem
fins lucrativos, pode-se adotar o chamamento público, visando à seleção dos
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

projetos ou entidades. Essa providência está associada à publicidade, que é um


dos princípios da administração pública e, em particular, da licitação.

10) (CESPE - Oficial Técnico de Inteligência - Administração - ABIN - 2010)


Na celebração de convênios entre órgãos ou entidades da União com estados e
municípios, caso haja previsão de recursos externos, será necessária a
contratação prévia da operação de crédito correspondente.

11) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) As descentralizações, a exemplo das


transferências e transposições, modificam o valor da programação ou de suas
dotações orçamentárias.

12) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) A unidade beneficiária da


descentralização passa a ser a detentora do crédito orçamentário ou adicional.

13) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A cota, o destaque e o sub-


repasse representam a disponibilidade financeira.

14) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) A movimentação de crédito efetuada


entre unidades gestoras de diferentes órgãos da administração constitui
destaque.

15) (CESPE - Analista de Controle Interno - MPU - 2010) As transferências de


limite de saque — cota, repasse, sub-repasse e pagamentos diversos — entre
as unidades gestoras integrantes da conta única do Tesouro Nacional devem
ser efetuadas por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal (SIAFI), independentemente de qualquer autorização.

16) (CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) As empresas


públicas federais que não integram os orçamentos fiscal e da seguridade
social, ainda que executem as atividades de agente financeiro governamental,
não podem receber créditos em descentralização para viabilizar a consecução
de objetivos previstos na lei orçamentária.

(CESPE - Assistente - CNPq - 2011) A portaria interministerial MPOG/MF/CGU


n.° 127/2008 estabelece normas para execução do disposto no Decreto n.°
6.170/2007, que dispõe sobre as normas relativas às transferências de
recursos da União mediante convênios e contratos de repasse, entre outras
providências. Acerca da aplicação das exigências da portaria, julgue os itens
subsequentes.
17) As exigências dessa portaria não serão aplicadas aos convênios e contratos
que tenham por objeto a delegação de competência ou a autorização a órgãos
ou entidades de outras esferas de governo para a execução de atribuições
determinadas em lei, regulamento ou regimento interno, com geração de
receita compartilhada.
18) Quando as disposições de tratados, acordos e convenções internacionais
específicas conflitarem com essa portaria e os projetos deles decorrentes
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

forem financiados com recursos integralmente oriundos de fonte externa de


financiamento, homologados pelo Congresso Nacional ou autorizados pelo
Senado Federal, prevalecerá o disposto nas normas internacionais.
19) Essa portaria deve ser aplicada aos convênios e contratos de repasse
destinados à execução descentralizada de programas federais de atendimento
direto ao público, nas áreas de assistência social, médica e educacional, exceto
os convênios em que tenha sido prevista a antecipação de recursos.

20) (CESPE - Assistente - CNPq - 2011) Caracteriza-se como convenente o


órgão da administração pública federal, direta ou indireta, responsável pela
transferência dos recursos financeiros ou pela descentralização dos créditos
orçamentários destinados à execução do objeto do convênio pactuado com a
administração federal.

21) (CESPE - Assistente - CNPq - 2011) Considere que uma instituição pública
federal que não apresenta capacidade técnica necessária para acompanhar a
execução do repasse em programa de trabalho que objetiva a realização de
obra figure como interveniente. Nessa situação, caberá a outra instituição
privada realizar este acompanhamento.

22) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A programação periódica


dos desembolsos (saídas de caixa) é atividade unilateral do órgão central do
sistema de programação financeira, da qual não participam os órgãos setoriais.

23) (CESPE - Analista de Contabilidade - MPU - 2010) A movimentação dos


recursos entre as unidades do sistema de programação financeira é executada
por meio de cota, repasse e sub-repasse. A cota é a movimentação intra-SIAFI
dos recursos da conta única do órgão central para o setorial de programação
financeira, enquanto o repasse é a liberação de recursos do órgão setorial de
programação financeira para entidades da administração indireta.

24) (CESPE - Consultor do Executivo - SEFAZ/ES - 2010) As dotações


descentralizadas são empregadas obrigatoriamente e integralmente na
consecução do objeto previsto pelo programa de trabalho pertinente,
respeitada fielmente a classificação funcional programática.

25) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) É correto afirmar que


dotação orçamentária está para cota financeira e destaque orçamentário está
para repasse financeiro, assim como provisão orçamentária está para
subrepasse financeiro.

26) (CESPE - Assistente - CNPq - 2011) É vedada a celebração de convênio no


valor de R$ 50.000,00 entre órgão da administração direta federal e o Distrito
Federal.

27) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) A dotação, o destaque e a


provisão representam disponibilidade financeira.
Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br
CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

28) (CESPE - Contador - DPU - 2010) O repasse ocorre quando a liberação de


recursos se efetua entre unidades gestoras de um mesmo órgão ou entidade.

29) (CESPE - Contador - Min Saúde - 2010) A celebração de convênios de


natureza financeira que permita a execução de ação que esteja sob
responsabilidade do Ministério da Saúde somente será realizada com entes
federativos que comprovem dispor de condições para a consecução do objeto
do programa de trabalho relativo à ação e, ainda, que desenvolvam programas
próprios idênticos ou assemelhados.

30) (CESPE - Analista de Orçamento - MPU - 2010) Cota, repasse e sub-


repasse são figuras de descentralização financeira de natureza orçamentária.

31) (CESPE - Contador - IPAJM - 2010) Caso o Estado avance no patrimônio


do contribuinte em um valor maior do que a lei permite, há a necessidade de
autorização orçamentária para sua devolução. Por isso, na União, a restituição
não é tratada como dedução de receita.

32) (CESPE - TFCE - TCU - 2009) Entre as chamadas transferências legais,


incluem-se aquelas realizadas fundo a fundo, destinadas à educação, que se
caracterizam pela descentralização de recursos mediante convênios.

33) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) Caso haja devolução de


saldos de convênios no mesmo exercício em que sejam recebidas
transferências de convênio ou contrato, deve-se contabilizar o valor restituído
como despesa orçamentária, sendo o valor limitado ao de transferências
recebidas no exercício.

34) (CESPE - Planejamento e Execução Orçamentária - Min. da Saúde - 2008)


No estabelecimento da programação da despesa orçamentária, devem-se levar
em conta não apenas os recursos provenientes dos créditos orçamentários e
adicionais, mas também os recebidos por conta de operações extra-
orçamentárias.

35) (CESPE - Analista Administrativo - ANAC - 2009) Em rendas extintas, o


fato gerador da receita não representa mais situação que gere arrecadações
para o ente. Em casos de devolução de saldos de convênios e de contratos,
quando o valor da restituição ultrapassar o valor das transferências recebidas
no exercício, deve-se registrar esse valor como despesa orçamentária.

(CESPE - Analista - SERPRO - 2008) Com a publicação da LOA, o seu


consequente lançamento no SIAFI e o detalhamento dos créditos autorizados,
inicia-se a sua movimentação entre as unidades gestoras. Acerca da
movimentação de créditos orçamentários e recursos financeiros, julgue os
seguintes itens.

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

36) São operações descentralizadoras de créditos orçamentários a cota, o


repasse e o sub-repasse.
37) A movimentação de recursos financeiros deve ser realizada em
consonância com o cronograma de desembolso aprovado pela Secretaria de
Orçamento Federal.

38) (CESPE - AFCE - TCU - 2008) A execução financeira dos programas do PPA
pode apresentar um descompasso entre o desempenho de metas físicas e a
execução orçamentária e financeira. Em geral, a apresentação de resultados
inferiores de metas físicas, em relação à execução financeira, pode decorrer de
deficiência no planejamento, dificuldades na condução de licitações ou na
celebração de convênios e contratos, pendências ambientais e efeitos do
contingenciamento orçamentário sobre a programação das despesas.

39) (CESPE - Técnico Administrativo - ANTAQ - 2009) Contrato de repasse é o


instrumento administrativo por meio do qual a transferência dos recursos
financeiros se processa por intermédio de instituição ou agente público federal,
que atua como mandatário da União.

40) (CESPE - Contador - UNIPAMPA - 2009) O convênio disciplina a


transferência de recursos públicos envolvendo órgão da administração pública
federal direta, autárquica ou fundacional, que esteja gerindo recursos dos
orçamentos da União, visando à execução de programas de trabalho, entre
outras finalidades. A transferência de recursos financeiros está condicionada à
existência de plano de trabalho previamente aprovado e contendo cronograma
de desembolso.

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br


CURSO ON-LINE - AFO PARA TCU
TEORIA E 300 QUESTÕES COMENTADAS DO CESPE
PROFESSOR: SÉRGIO MENDES

GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E C E E C E C C C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E E C E E C C E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E E C C C C E E C C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E E C C E E C C C

Prof. Sérgio Mendes www.pontodosconcursos.com.br

Potrebbero piacerti anche