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ESTUDO DIRIGIDO SOBRE O TEXTO “DERECHO DE OBLIGACIONES”

DE KARL LARENZ

1. Larenz trata no inicio do texto, entre outros temas, sobre a


responsabilidade decorrente das obrigações. O que ele chama de
“responsabilidad por risgo’? e em que hipótese ela é cabível?

O direito das obrigações se ocupa dos danos ou prejuízos imputáveis. Deles surge
uma relação de obrigação quando aquele que seja responsável pelo dano seja
legalmente obrigado a indenizar o prejudicado.

Essa obrigação de indenizar pode em parte originar-se do fato de que o obrigado


comportou-se de forma culpável e antijurídica, cometendo um ato ilícito. Mas também
pode derivar de uma responsabilidade por riscos.

Responsabilidade por riscos é aquela que deriva da obrigação em que o obrigado


tenha que responder, em virtude da lei, pelos riscos usualmente ligados a determinada
exploração ou a uma coisa determinada, mesmo que, não haja culpa alguma da sua
parte.

2. Por que, segundo o autor, não se deve considerar o direito das obrigações
exclusivamente como negocio de trafego em sua relação com a
distribuição de bens?

Frequentemente se qualifica o direito de obrigações como “direito do tráfego de


bens ou do intercâmbio de bens”, em contraposição ao direito das coisas, que seria o
direito do domínio ou senhoria permanente sobre as coisas. É certo que o direito das
obrigações regulamenta predominantemente os negócios característicos de
intercâmbios de bens, como a compra e venda; no entanto, nem todas as relações
obrigacionais se tratam de transferência de bens. Existem, por exemplo, alguns
negócios que se referem somente à cessão temporal do uso ou proveito da coisa,
ficando, dessa forma, inalterada a distribuição real da coisa. Ex.: arrendamento de uso,
mútuo. Outros negócios, por sua vez, se referem à prestação de um serviço. Ex.:
mandato, contrato de serviços.

3. Conceitue Relação obrigacional de acordo com o exposto pelo autor.

É a relação jurídica entre duas ou mais pessoas que se obrigam a cumprir e que
adquirem o direito de exigir determinadas prestações. É, por conseguinte, uma relação
jurídica que existe entre pessoas determinadas, duas ou mais, das quais pelo menos
uma é devedora e a outra é credora.

4. O que distingue a relação obrigacional das outras relações jurídicas?


O que distingue a relação obrigacional das demais relações jurídicas é o
significado primário do dever de prestação: prestação como ação ou omissão do
devedor, que concretamente pode ser a entrega de uma coisa ou direito, a concessão
de uma coisa ou de seus proveitos, ou qualquer outra atividade. A obrigação está
dirigida à prestação determinada do devedor (ou às prestações de ambas as partes) e
quando isso ocorre se alcança a finalidade da obrigação e esta, geralmente, se
extingue. Mas a relação obrigacional não se esgota com esse dever primário. Para toda
relação jurídica é necessário o cumprimento da prestação com fidelidade ao acordado,
ou seja, é cumprir a obrigação de acordo com a boa fé objetiva. Cada uma das partes
pode esperar da outra que tenha em conta seus interesses no que for possível e no que
possa ser exigido conforme as circunstâncias.

5. O que é “direito de crédito” e qual a sua diferença com o “ direito de


domínio”?

É o direito que o credor tem de receber ou ter cumprida a prestação. Significa esse
direito, em primeiro lugar, que a prestação corresponde ao credor, e que este está em
seu direito de exigi-la do devedor, sendo este juridicamente obrigado a realizar a
prestação. O direito de crédito possui um caráter relativo, pois se dirige unicamente
contra uma pessoa determinada. Diferencia-se assim do direito real, que confere um
senhorio protegido contra todos, absoluto. No direito de domínio há a submissão de
uma coisa ao senhorio de seu titular, sendo a vontade desse titular decisiva em relação
à coisa; e, além disso, esse senhorio exige a exclusão de terceiros. Por sua vez, o
direito de crédito não é um direito “sobre” uma coisa determinada, e sim “contra”
determinada pessoa. Não é direito “sobre” uma pessoa determinada, pois isso seria
contrário à liberdade e igualdade de direitos que constitui a base do direito de
obrigações.

6. Quem ou o que é responsável pela divida numa obrigação?

A regra é que responde pela dívida o patrimônio do devedor de modo ilimitado,


mas em determinados casos responderá limitadamente. Na responsabilidade
patrimonial ilimitada todo o patrimônio do credor responde perante os credores, salvo
os objetos e créditos inalienáveis, e na responsabilidade limitada só respondem
determinados objetos patrimoniais que constituem um “patrimônio separado”. Só há
responsabilidade limitada quando tal se pactuou expressamente ou quando está
expressamente estabelecido na lei. Ex.: responsabilidade limitada do herdeiro. A
possibilidade de satisfação do crédito encontra-se garantida, portanto no que seja
suficiente o patrimônio do devedor.

***Uma garantia maior ao credor seria a constituição de um direito real de garantia,


pois não teria que se preocupar com o adiantamento de outros credores.
7. Explique em que consiste a relação obrigacional como conjunto e como
processo.

O autor entende a relação obrigacional não só como é descrita na lei, ou seja,


como relação de prestação isolada (crédito + débito), mas também como relação
jurídica total (ex.: relação de compra e venda, de arrendamento, de trabalho),
fundamentada por um fato determinado e que se configura como uma relação jurídica
especial entre as partes. Nesse sentido, compreenderá uma série de deveres de
prestação e conduta, deveres de informação e outras situações jurídicas, não sendo
uma mera soma destes, mas um todo, um conjunto. O que conecta todos esses
elementos é a finalidade: toda relação obrigacional persegue a mais complete e
adequada satisfação do credor conforme um determinado interesse na prestação.

A relação obrigacional pode ser concebida como processo devido a esse fim de
satisfação do interesse na prestação do credor. Está encaminhada a alcançar um fim
determinado e a extinguir-se com a obtenção desse fim. E precisamente na obtenção
desse fim pode exigir alguma modificação: isso acontece, por exemplo, quando a
prestação devida se torna impossível, mas o interesse do credor na prestação pode ser
satisfeito de outra forma, mediante indenização. A relação de obrigação como
conjunto só se extingue quando o credor tenha sido plenamente satisfeito em seu
interesse.

8. Ao final do texto, o autor, em capitulo próprio, trata sobre o nascimento


das relações obrigacionais. Dessa forma, comente sucintamente sobre as
fontes das obrigações abordadas por ele.

I – obrigações derivadas dos negócios jurídicos: conforme o BGB, são negócios


jurídicos os atos, em especial as declarações, de uma pessoa pelo menos
limitadamente capaz, cuja finalidade seja produzir efeitos jurídicos. Negócios
jurídicos obrigatórios são aqueles que se dirigem a uma obrigação do ator. Deles nasce
uma relação obrigacional quando se assume um dever de prestação.

II – obrigações derivadas de conduta social típica: em alguns casos, se assumem


deveres, nascem obrigações, sem que se emitam declarações de vontade voltadas a tal
fim. Em vez de declarações, surge uma oferta pública, e a aceitação de fato de uma
prestação. Ambas implicam em uma conduta que por seu significado social típico tem
os mesmos efeitos típicos que a atuação jurídica negocial. Ex: utilização de um
veículo de transporte público. Aquele que utiliza o ônibus está obrigado ao pagamento
do preço da passagem e tem direito a ser transportado de acordo com as condições da
tarifa, sem levar-se em consideração se sua intenção consistia em emitir uma
declaração de vontade com esse conteúdo, se o passageiro tem ou não capacidade
negocial, etc. Ao contrário de quem firma um contrato, o passageiro não cogita em
aceitar, recursar ou contrapropor a oferta contratual; ele apenas cogita se vai ou não
fazer uso do serviço de transportes. Se faz uso, aceita como consequência o
nascimento da relação jurídica, e não por ter querido ou declarado ser sua vontade
essa consequência, mas sim porque sua conduta está unida a ela. O que atribui
significado jurídico a esses processos não é a vontade jurídica negocial dos
participantes, e sim a valoração jurídica que supõe uma conduta social típica.

III – relações obrigacionais nascidas de fatos legalmente regulamentados: o


ordenamento jurídico impõe ao sujeito o dever de cumprir uma prestação frente a
outro pelos mais diferentes motivos. Lista não exaustiva:

 Atos ilícitos e responsabilidade por risco: relações de obrigação originadas


na responsabilidade do sujeito por seus atos imputáveis e pelos prejuízos
que causou por um dano em si mesmo não ilícito, mas pelo qual o sujeito
haverá de suportar a responsabilidade social, ainda que não possua uma
culpabilidade pessoal.
 Enriquecimento injusto: obriga a restituir o que se recebeu sem
fundamento jurídico.
 Indenização dos gastos que se tenha feito voluntariamente em interesse de
outro. Ex.: atividade levada a cabo espontaneamente sem mandato,
administrador de patrimônio alheio.
 Obrigação de prestação e diligência entre o que encontrou e o que perdeu
uma coisa
 Copartícipes de um direito e co-herdeiros
 Deveres de alimentos
 Pretensão dos herdeiros legítimos contra os demais herdeiros

IV - relações obrigacionais nascidas da disposição estatal com caráter


constitutivo em matéria de direito privado: mediante uma disposição de soberania
estatal se estabelece entre duas pessoas uma relação jurídica de caráter privado, ainda
contra sua vontade, estabelecendo entre eles um contrato. Ex.: na Alemanha, se
outorgava aos organismos alemães a faculdade de exigir dos proprietários de espaço
habitacional livre a conclusão de uma relação jurídica com a pessoa que estes
organismos designassem como arrendatário, garantindo-se a esta pessoa a utilização
do espaço habitacional.

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