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DE KARL LARENZ
O direito das obrigações se ocupa dos danos ou prejuízos imputáveis. Deles surge
uma relação de obrigação quando aquele que seja responsável pelo dano seja
legalmente obrigado a indenizar o prejudicado.
2. Por que, segundo o autor, não se deve considerar o direito das obrigações
exclusivamente como negocio de trafego em sua relação com a
distribuição de bens?
É a relação jurídica entre duas ou mais pessoas que se obrigam a cumprir e que
adquirem o direito de exigir determinadas prestações. É, por conseguinte, uma relação
jurídica que existe entre pessoas determinadas, duas ou mais, das quais pelo menos
uma é devedora e a outra é credora.
É o direito que o credor tem de receber ou ter cumprida a prestação. Significa esse
direito, em primeiro lugar, que a prestação corresponde ao credor, e que este está em
seu direito de exigi-la do devedor, sendo este juridicamente obrigado a realizar a
prestação. O direito de crédito possui um caráter relativo, pois se dirige unicamente
contra uma pessoa determinada. Diferencia-se assim do direito real, que confere um
senhorio protegido contra todos, absoluto. No direito de domínio há a submissão de
uma coisa ao senhorio de seu titular, sendo a vontade desse titular decisiva em relação
à coisa; e, além disso, esse senhorio exige a exclusão de terceiros. Por sua vez, o
direito de crédito não é um direito “sobre” uma coisa determinada, e sim “contra”
determinada pessoa. Não é direito “sobre” uma pessoa determinada, pois isso seria
contrário à liberdade e igualdade de direitos que constitui a base do direito de
obrigações.
A relação obrigacional pode ser concebida como processo devido a esse fim de
satisfação do interesse na prestação do credor. Está encaminhada a alcançar um fim
determinado e a extinguir-se com a obtenção desse fim. E precisamente na obtenção
desse fim pode exigir alguma modificação: isso acontece, por exemplo, quando a
prestação devida se torna impossível, mas o interesse do credor na prestação pode ser
satisfeito de outra forma, mediante indenização. A relação de obrigação como
conjunto só se extingue quando o credor tenha sido plenamente satisfeito em seu
interesse.