Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Resumo
O Instituto Federal do Paraná – IFPR é uma instituição pública federal que tem como objetivo oferecer educação
pública, gratuita e de qualidade, buscando o desenvolvimento social, tecnológico e econômico do país e da
região. É nesse contexto que propusemos o curso de Agente Cultural. A perspectiva de reconhecimento da
cidade, permite dialogar e refletir sobre questões de pertencimento, além das construções materiais e imateriais
que constituem a bagagem desse local, dessa comunidade. Faz-se necessário problematizar uma determinada (e
ainda recorrente) visão eurocêntrica de cultura, que é hierárquica, classificatória, além disso, baseada na falsa
visão linear de evolução das sociedades. Nesse panorama conhecer apenas o que "não representa" a nossa
localidade engendra o desafio para se pensar a desobediência pelo giro decolonial, reconhecendo a escola, como
primeiro espaço democrático de produção de conhecimentos, epistemes outras, e, pela via antropofágica, deglutir
essa não-representação das raízes culturais locais e regionais. Esse diálogo permite interrelações e conexões com
diferentes áreas de conhecimento, viabilizando uma formação inicial e continuada amplamente contextualizada
com a contemporaneidade. A sociedade contemporânea é o campo preparado para a discussão de novos
conceitos que balizem as relações econômicas e culturais, o momento propício para o cultivo e florescimento da
economia criativa e da economia solidária. Nesse contexto, repensar a organização econômica da sociedade é
determinante. Conhecer elementos da história, buscar soluções para o problema da escassez, ou seja, de como
produzir a satisfação das demandas das pessoas, sempre infinitas, a partir dos sempre finitos recursos que a
comunidade dispõe, nos permite problematizar: O que produzir? Quanto produzir? Como produzir? Para quem
produzir? O curso propõe dessa forma, resgatar o debate acerca da compreensão, criação e produção de
demanda, com foco no desenvolvimento social, cultural e humano. Pensando as relações econômicas diferentes
conceitos sobre a lógica da demanda, valorizando o capital humano.
Palavras-chave: Cultura; Educação; Pertencimento.
Resumen
El Instituto Federal de Paraná - IFPR es una institución pública federal que tiene como objetivo ofrecer
educación pública, gratuita y de calidad, buscando el desarrollo social, tecnológico y económico del país y de la
región. Es en ese contexto que propusimos el curso de Agente Cultural. La perspectiva de reconocimiento de la
ciudad, permite dialogar y reflexionar sobre cuestiones de pertenencia, además de las construcciones materiales e
inmateriales que constituyen el equipaje de ese local, de esa comunidad. Se hace necesario problematizar una
determinada (y aún recurrente) visión eurocéntrica de cultura, que es jerárquica, clasificatoria, además, basada en
la falsa visión lineal de evolución de las sociedades. En este panorama conocer sólo lo que "no representa"
nuestra localidad engendra el desafío para pensar la desobediencia por el giro decolonial, reconociendo la
escuela, como primer espacio democrático de producción de conocimientos, epistemías otras, y, por la vía
antropofágica, deglutir esa no. -representación de las raíces culturales locales y regionales. Este diálogo permite
1
Doutoranda em Tecnologia e Sociedade, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR; Docente do
Ensino Básico Técnico e Tecnológico no Instituto Federal do Paraná – IFPR; Astorga, Paraná, Brasil;
rosa.amelia.educ@gmail.com.
2
Pós doutora em Educação; Docente do Ensino Básico Técnico e Tecnológico no Instituto Federal do Paraná –
IFPR; Astorga, Paraná, Brasil; jackeline.guinoza@ifpr.edu.br
3
Doutor em Ciência Política; Docente do Ensino Básico Técnico e Tecnológico no Instituto Federal do Paraná –
IFPR; Astorga, Paraná, Brasil; amir.limana@ifpr.edu.br
1
Anais | II Seminário Latino-Americano de Estudos em Cultura - SEMLACult
Actas | II Seminario Latinoamericano de Estudios en Cultura - SEMLACult
26, 27 e 28 de setembro de 2018, Foz do Iguaçu/PR, Brasil | claec.org/semlacult
Resumos Expandidos
interrelaciones y conexiones con diferentes áreas de conocimiento, viabilizando una formación inicial y
continuada ampliamente contextualizada con la contemporaneidad. La sociedad contemporánea es el campo
preparado para la discusión de nuevos conceptos que balizan las relaciones económicas y culturales, el momento
propicio para el cultivo y florecimiento de la economía creativa y de la economía solidaria. En ese contexto,
repensar la organización económica de la sociedad es determinante. Conocer elementos de la historia, buscar
soluciones al problema de la escasez, es decir, de cómo producir la satisfacción de las demandas de las personas,
siempre infinitas, a partir de los siempre finitos recursos que la comunidad dispone, nos permite problematizar:
¿Qué producir? ¿Cuánto producir? ¿Cómo producir? ¿Para quién producir? El curso propone de esta forma,
rescatar el debate acerca de la comprensión, creación y producción de demanda, con foco en el desarrollo social,
cultural y humano. Pensando las relaciones económicas diferentes conceptos sobre la lógica de la demanda,
valorizando el capital humano.
Este curso objetiva auxiliar no caminho para o encontro desta "arma", que segundo
Ribeiro (2009) promoveria a capacidade de um povo em interpretar a sua própria situação,
descobrindo e reelaborando a sua cultura, como instrumento simbólico para atuação na
história, no mundo em que vive, mediante o resgate do seu pertencimento. A perspectiva de
reconhecimento da cidade, permite dialogar e refletir sobre questões de pertencimento, além
das construções materiais e imateriais que constituem a bagagem desse local, dessa
comunidade. Faz-se necessário problematizar uma determinada (e ainda recorrente) visão
eurocêntrica de cultura, que é hierárquica, classificatória, além disso, baseada na falsa visão
linear de evolução das sociedades.
O campo da educação é o lócus onde os ideais opressores (FREIRE, 2005) são
reproduzidos e ganham legitimidade. Para Moura (2016) nos espaços escolares, por meio, não
exclusivo, dos docentes, historicamente erigiu-se uma cegueira em relação aos produtores da
cultura, assim como a consequente ausência de discussões contextualizadas aos saberes locais
nos ditos conteúdos escolares, contribuindo para o desconhecimento das visualidades latino-
americanas, bem como as representações artísticas e culturais, a partir das heranças ancestrais
indígenas e africanas, sendo, estas, suplantadas pelos olhares europeu e estadunidense,
excludentes.
Nesse panorama conhecer apenas o que "não representa" a nossa localidade engendra
o desafio para se pensar a desobediência pelo giro decolonial, reconhecendo a escola, como
primeiro espaço democrático de produção de conhecimentos, epistemes outras, e, pela via
antropofágica, deglutir essa não-representação das raízes culturais locais e regionais. Esse
diálogo permite interrelações e conexões com diferentes áreas de conhecimento, viabilizando
4
Ver Raymond Williams, CEVASCO, 2001.
2
Anais | II Seminário Latino-Americano de Estudos em Cultura - SEMLACult
Actas | II Seminario Latinoamericano de Estudios en Cultura - SEMLACult
26, 27 e 28 de setembro de 2018, Foz do Iguaçu/PR, Brasil | claec.org/semlacult
Resumos Expandidos
3
Anais | II Seminário Latino-Americano de Estudos em Cultura - SEMLACult
Actas | II Seminario Latinoamericano de Estudios en Cultura - SEMLACult
26, 27 e 28 de setembro de 2018, Foz do Iguaçu/PR, Brasil | claec.org/semlacult
Resumos Expandidos
4
Anais | II Seminário Latino-Americano de Estudos em Cultura - SEMLACult
Actas | II Seminario Latinoamericano de Estudios en Cultura - SEMLACult
26, 27 e 28 de setembro de 2018, Foz do Iguaçu/PR, Brasil | claec.org/semlacult
Resumos Expandidos
“Eurocentrismo não dá nome a um local geográfico, mas à hegemonia de uma forma de
pensar” (MIGNOLO, 2007, p. 301).
Pensar a cultura identificada - a partir dos referenciais teóricos da antrolologia cultural
identificar e recodificar onde alocamos essas experiências culturais, o aporte cultural local.
A perspectiva desse projeto/área relaciona-se à necessidade de fortalecer os processos
de gestão e participação social, baseando-se em três dimensões da cultura, norteadoras do
atual Plano Nacional de Cultura (PNC, Lei nº 12.343/2010) que se complementam: a cultura
como expressão simbólica; a cultura como direito de cidadania; a cultura como potencial para
o desenvolvimento econômico.
Assim, é imprescindível reconhecer que a cultura faz parte da dinâmica de inovação
social, econômica e tecnológica. Da complexidade do campo cultural derivam distintos
modelos de produção e circulação de bens, serviços e conteúdos, que devem ser identificados
e estimulados, com vistas na geração de riqueza, trabalho, renda e oportunidades de
empreendimento, desenvolvimento local e responsabilidade social. Nessa perspectiva, a
cultura é vetor essencial para a construção e qualificação de um modelo de desenvolvimento
sustentável, como preconizado pelas diretrizes, estratégias e ações do PNC vigente.
Construir possibilidades - superar o mercantilismo redescobrindo o entrelaço cultural da
comunidade possibilitando que as pessoas reconheçam sua cultura, suas experiências, dando
voz aos saberes e culturas astorguenses.
O acesso à arte e à cultura, à memória e ao conhecimento é um direito constitucional e
condição fundamental para o exercício pleno da cidadania e para a formação da subjetividade
e dos valores sociais. É necessário, para tanto, ultrapassar o estado de carência e falta de
contato com os bens simbólicos e conteúdos culturais que as acentuadas desigualdades
socioeconômicas produziram nas cidades brasileiras, nos meios rurais e nos demais territórios
em que vivem as populações.
É necessário ampliar o horizonte de contato de nossa população com os bens
simbólicos e os valores culturais do passado e do presente, diversificando as
fontes de informação. Isso requer a qualificação dos ambientes e
equipamentos culturais em patamares contemporâneos, aumento e
diversificação da oferta de programações e exposições, atualização das
fontes e canais de conexão com os produtos culturais e a ampliação das
opções de consumo cultural doméstico. (BRASIL, 2013, p. 189)
O PNC ainda prevê que faz-se premente diversificar a ação pública, gerando suporte
aos produtores das diversas manifestações criativas e expressões simbólicas, alargando as
possibilidades de experimentação e criação estética, inovação e resultado. Isso pressupõe
novas conexões, formas de cooperação e relação institucional entre artistas, criadores,
mestres, produtores, gestores culturais, organizações sociais e instituições locais.
É fundamental pactuar esforços para garantir as condições necessárias à realização dos
ciclos que constituem os fenômenos culturais, fazendo com que sejam disponibilizados para
quem os demanda e necessita.
Por abranger saberes e possibilidades diversas na proposta de construção de
conhecimentos, a perspectiva de atuação docente prevê equipes de trabalho que viabilizem a
integração de atividades teóricas/práticas e ainda, como proposto por Larrosa (2017) a
ressignificação e construção de vivências promotoras de experiência/sentido. Serão destinadas
quatro horas semanais como explicitado na tabela a seguir:
6. Referências
BRASIL. Plano Nacional de Cultura - Lei no 12.343/2010. PNC/Ministério da Cultura.
5
Anais | II Seminário Latino-Americano de Estudos em Cultura - SEMLACult
Actas | II Seminario Latinoamericano de Estudios en Cultura - SEMLACult
26, 27 e 28 de setembro de 2018, Foz do Iguaçu/PR, Brasil | claec.org/semlacult
Resumos Expandidos
CUNHA, Maria Helena. Recursos humanos da Cultura. In: Políticas culturais: reflexões e
ações. Org. Lia Calabre. São Paulo: Itaú Cultural; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui
Barbosa, 2009.
LARROSA, Jorge. Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. 6. ed. rev. amp. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2017.
______. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2015. Coleção:
Experiência e Sentido.
PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade de ensino. São Paulo: Ática,
2007.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.