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TÉCNICAS DE ESTUDO 1

“COMO LER UM TEXTO”

1. A questão da leitura será abordada, especificamente, como o processo de apropriação do


conteúdo de um texto. Pela leitura, toma-se conhecimento dos vários elementos que compõem o
texto, distinguindo-os, interpretando-os e articulando-os, de modo a “utilizá-los como fonte de
novas idéias e do saber, através dos processos de busca, assimilação, retenção, crítica,
comparação, verificação e integração do conhecimento”. 2

2. Uma “leitura proveitosa” 3, segundo Lakatos, requer:


a- Atenção: aplicação cuidadosa e profunda da mente ou do espírito em determinado objeto,
buscando o entendimento, a assimilação e apreensão dos conteúdos básicos do texto;
b- Intenção: interesse ou propósito de conseguir algum proveito intelectual por meio da leitura;
c- Reflexão: consideração e ponderação sobre o que se lê, observando todos os ângulos,
tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e relações; desse modo,
favorece-se a assimilação das idéias do autor, assim como o esclarecimento e o
aperfeiçoamento delas, o que ajuda a aprofundar o conhecimento;
d- Espírito crítico: avaliação do texto. Implica julgamento, comparação, aprovação ou não,
aceitação ou refutação das diferentes colocações e pontos de vista. Ler com espírito crítico
significa fazê-lo com reflexão, não admitindo idéias sem analisar ou ponderar, proposições
sem discutir, nem raciocínio sem examinar; consiste em emitir juízo de valor, percebendo no
texto o bom e o verdadeiro, da mesma forma que o fraco, o medíocre ou o falso;
e- Análise: divisão do tema em partes, determinação das relações existentes entre elas,
seguidas do entendimento de toda sua organização;
f- Síntese: reconstituição das partes decompostas pela análise, procedendo-se ao resumo dos
aspectos essenciais, deixando de lado tudo que for secundário ou acessório, sem perder a
seqüência lógica do pensamento.

Resumindo, uma leitura de estudo nunca deve ser realizada sem se determinar de antemão seu
objetivo, sem entender parte do que se lê (mesmo que seja uma ou outra palavra), sem avaliar,
discutir e aplicar o conhecimento emanado da análise e síntese do texto lido.

1
Síntese extraída de Lakatos, Eva M. e Marconi, Marina A. Fundamentos de Metodologia Científica, 3a ed. São
Paulo: Atlas, 1995.
2
Idem, p. 19.
3
Idem, p. 20/21.

1
3. No que se refere às fases da leitura, interessa-nos diretamente as seguintes etapas 4:
- Reflexiva: refere-se ao reconhecimento e à avaliação das informações, das intenções e dos
propósitos do autor. Procede-se à identificação das frases-chave para saber o que o autor afirma
e por que o faz.
- Crítica: avalia as informações do autor. Implica saber escolher e diferenciar as idéias principais
das secundárias, hierarquizando-as pela ordem de importância. O propósito é obter, de um lado,
uma visão sincrética e global do texto e, de outro, descobrir as intenções do autor. No primeiro
momento da fase crítica deve-se entender o que o autor quis transmitir e, para tal, a análise e o
julgamento das idéias dele devem ser feitos em função de seus próprios propósitos, e não dos do
pesquisador; é no segundo momento que devemos, com base na compreensão do quê e do
porquê de suas proposições, retificar ou ratificar nossos próprios argumentos e conclusões.
- Interpretativa: relaciona as afirmações do autor com os problemas para os quais, através da
leitura de textos, está-se buscando uma solução. Se, de um lado, o estudo aprofundado das
idéias principais de uma obra é realizado em função dos propósitos que nortearam seu autor, de
outro, o aproveitamento integral ou parcial de tais proposições está subordinado às metas de
quem estuda ou pesquisa: trata-se de uma associação de idéias, transferência de situações e
comparação de propósitos, mediante os quais seleciona-se apenas o que é pertinente e útil, o que
contribui para resolver os problemas propostos por quem efetua a leitura. Assim, é pertinente e
útil, tudo aquilo que tem a função de provar, retificar ou negar, definir, delimitar e dividir conceitos,
justificar ou desqualificar e auxiliar a interpretação de proposições, questões, métodos, técnicas,
resultados e conclusões.
- Explicativa: leitura com o intuito de verificar os fundamentos de verdade enfocados pelo autor
(geralmente necessária para a redação de monografias ou teses).

4. Técnicas básicas para leitura:


a- “(...) cada texto, capítulo, subdivisão ou mesmo parágrafo têm uma idéia principal, um
conceito fundamental, uma palavra-chave que se apresenta como o fio condutor do
pensamento. Como geralmente não se destaca do restante, descobri-lo é a base de toda a
aprendizagem. Na realidade, em cada parágrafo, deve-se captar esse fator essencial, pois a
leitura que conduz à compreensão é feita de tal modo que as idéias expressas são
organizadas numa hierarquia para se descobrir a palavra-chave. Ao descobrir, concretizar e

4
Idem, p. 22/23.

2
formular as idéias diretrizes dos parágrafos, encontra-se todo o fio condutor que dá unidade
ao texto, que desenvolve o raciocínio, que demonstra as proposições.” 5
b- “Por sua vez, a idéia mestra não se apresenta desprovida de outras, que revelam pormenores
importantes, gravitando ao seu redor, como miniatura do sistema solar. Nas proximidades da
idéia principal aparecem argumentos que a justificam, analogias que as esclarecem, exemplos
que as elucidam e fatos aos quais ela se aplica. É necessário discernir este ‘sistema
planetário’ ao redor do ‘sol’, separando-o de fatores menos importantes, caso contrário perde-
se a unidade de pensamento. É por isso que o bom leitor utiliza o recurso de sublinhar (...)
cada parte importante do todo”. 6
c- Esquema: “Depois de assinalar (...) as várias partes constitutivas de texto, após sucessivas
leituras, devemos proceder à elaboração de um esquema que respeite a hierarquia emanada
do fato de que, em cada frase, a idéia expressa pode ser condensada em palavras-chave; em
um parágrafo, a idéia principal é geralmente expressa numa frase-mestra; e, finalmente, na
exposição, a sucessão das principais idéias concretiza-se nos parágrafos chave. No esquema,
devemos levar em consideração também que: se as idéias secundárias têm de ser
diferenciadas entre si, depois de desprezar as não importantes, deve-se procurar as ligações
que unem as idéias sucessivas, quer seja paralelas, opostas, coordenadas ou subordinadas,
analisando-se sua seqüência, encadeamento lógico e raciocínio desenvolvido”. 7
d- Resumo: “um resumo consiste na capacidade de condensação de um texto, parágrafo, frase,
reduzindo-o a seus elementos de maior importância. Diferentemente do esquema, o resumo
forma parágrafos com sentido completo: não indica apenas os tópicos, mas condensa sua
apresentação”. 8

5. Análise de Texto: “Analisar significa estudar, decompor, dissecar, dividir, interpretar. A análise de
um texto refere-se ao processo de conhecimento de determinada realidade e implica o exame
sistemático dos elementos; portanto, é decompor um todo em suas partes, a fim de poder efetuar
um estudo mais completo, encontrando o elemento-chave do autor, determinar as relações que
prevalecem nas partes constitutivas, compreendendo a maneira pela qual estão organizadas, e
estruturar as idéias de maneira hierárquica”.
É a análise que vai permitir observar os componentes de um conjunto, perceber suas possíveis
relações, ou seja, passar de uma idéia-chave para um conjunto de idéias mais específicas, passar
à generalização e, finalmente, à crítica”.9

5
Idem, p. 24.
6
Id. Ib.
7
Idem, p. 25.
8
Id. Ib.

3
Procedimentos para análise de texto:
a- Proceder a leitura integral do texto, com o objetivo de se obter uma visão do todo;
b- Reler o texto, assinalando palavras e expressões desconhecidas e esclarecer seus
significados;
c- Dirimidas as dúvidas, fazer nova leitura, visando à compreensão do todo;
d- Tornar a ler, procurando a idéia principal ou palavra-chave;
e- Localizar acontecimentos e idéias, comparando-os, procurando semelhanças e diferenças;
f- Agrupá-los por semelhança e organizá-los em ordem hierárquica de importância;
g- Interpretar as idéias e/ou fenômenos, tentando descobrir conclusões a que o autor chegou e
depreender possíveis ilações;
h- Proceder à crítica do material como um todo e principalmente das conclusões.

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