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Teoria do
Conhecimento:
Investigando o Saber
“Oque sou eu? Uma substância
que pensa. O que é uma
substância que pensa? É uma
coisa que duvida, que concebe,
que afirma, que nega, que quer,
que não quer, que imagina e que
sente”.(Descartes)
“O que é a verdade?” Esta é a famosa
pergunta feita por Pilatos a Jesus (João, 18,
38). Uma pergunta que insiste em incomodar
o homem, exigindo soluções que, quando
surgem, parecem sempre insatisfatórias e
acabam trazendo à luz outras questões, tais
como: qual o alcance do intelecto humano no
que se refere ao conhecimento das coisas?
Que segurança ele pode nos dar? Dúvidas
que se estendem também às relações entre
os homens: como saber se aquilo que alguém
nos fala é verdade?
Como ter certeza de que as teorias que os
cientistas nos apresentam são verdadeiras?
Afinal, por que confiar nas pessoas se elas
muitas vezes já mentiram para nós, e por
que confiar nos homens da ciência se eles
nem ficam ruborizados ao terem de
reconhecer que as verdades aceitas e
reverenciadas até certo momento por eles
são negadas veementemente em seguida
pela própria ciência?
O fato é que essas indagações – se existem
verdades e se o nosso intelecto pode chegar
a elas – apresentam-se como um enigma a
ser desvendado por alguém que pretenda
conhecer um pouco melhor o homem, e esse
enigma parece tornar-se ainda mais
interessante quando se acrescenta mais
uma pergunta: por que o homem possui essa
necessidade de acreditar em verdades e de
aceitar certas coisas como verdadeiras? O
que caracteriza no homem esse “impulso à
verdade”?
O Que é Teoria do Conhecimento?
O campo de investigação filosófica que abarca as
questões sobre o conhecer chama-se Teoria do
Conhecimento.
Tradicionalmente costuma-se definir conhecimento
como o modo pelo qual o sujeito se apropria
intelectualmente do objeto.
A teoria do conhecimento pode ser definida como a
investigação acerca das condições do
acontecimento verdadeiro.
Etimologia: do latim cognoscere, “ato de conhecer”.
Em português derivaram termos como cognoscente,
cognoscente
“o sujeito que conhece”, e cognoscível,
cognoscível “o que pode
ser conhecido”.
Dentre as principais questões tematizadas
na teoria do conhecimento podemos citar:
Fontes primeiras de todo o conhecimento ou o
ponto de partida para o conhecimento;
Processo que faz com que os dados se
transformem em juízos ou afirmações acerca de
algo;
Maneira como é considerada a atividade do
sujeito frente ao objeto a ser conhecido;
Âmbito do que pode ser conhecido segundo as
regras da verdade, etc.
Diferentes reflexões filosóficas:
as origens;
as possibilidades;
os fundamentos;
a extensão;
e o valor do conhecimento.
Idade Moderna:
A partir desse período é que a Teoria do
Conhecimento passou a ser tratada como uma
das disciplinas centrais da Filosofia.
Importantes colaborações dos pensadores e
suas obras na valorização da Teoria do
Conhecimento:
Renê Descartes, filósofo francês (1596-1650);
John Locke, filósofo inglês (1632-1704);
Immanuel Kant, filósofo alemão (1724-1804).
Sujeito e objeto: elementos do
processo de conhecer
O que é, afinal, conhecer?
Conforme analisa o filósofo norte-
americano contemporâneo, Richard Rorty,
na concepção de grande parte dos
filósofos, “conhecer é representar
cuidadosamente o que é exterior à mente”,
isto é, uma “imagem” ou “ reprodução
mental da coisa conhecida.
Exemplo: pássaro
Dependendo da corrente filosófica, será
dada, no processo de conhecimento,
maior importância ao sujeito (é o caso do
idealismo) ou ao objeto (é o caso do
realismo ou materialismo).
Realismo
De acordo com as teorias realistas do
conhecimento, as percepções que temos
dos objetos são reais, ou seja,
correspondem de fato às características
presentes nesses objetos, na realidade.
Por exemplo: as formas e cores que o
sujeito percebe no pássaro são cores e
formas que o pássaro realmente tem em
si.
No realismo “mais” ingênuo...
Isto é, menos crítico, o conhecimento ocorre
por uma apreensão imediata das
características dos objetos, isto é, os objetos
mostram como realmente são ao sujeito que o
percebe, determinando o conhecimento que
então se estabelece.
Há no entanto, outras formas mais críticas de
realismo, que problematizam a relação sujeito-
objeto, mas que mantêm a ideia básica de que
o objeto é determinante no processo de
conhecimento.
Idealismo
Segundo as teorias idealistas do conhecimento, o sujeito
é que predomina em relação ao objeto, isto é, a
percepção da realidade é construída pelas nossas ideias,
pela nossa consciência. Assim, os objetos seriam
“construídos” de acordo com a capacidade de percepção
do sujeito.
Por exemplo:
As formas e cores que o sujeito percebe no pássaro são
apenas ideias ou representações desses atributos; não
entra em questão se elas realmente estão no pássaro.
Também no Idealismo, há posições mais ou menos
radicais em relação à afirmação do sujeito como
elemento determinante na relação de conhecimento.
Possibilidades do conhecimento: a
capacidade de conhecer a verdade
1ª) Ceticismo: que diagnostica a
impossibilidade de conhecermos a verdade.
2ª) Dogmatismo: que defende a
possibilidade de conhecermos a verdade.
Mas o que queremos dizer por verdade?
Se eu digo “o pássaro é azul” e o pássaro é
realmente azul, então isso é uma verdade, um
conhecimento verdadeiro.
No entanto, quando os diversos filósofos que
tratam da temática do conhecimento falam em
“conhecer a verdade” estão se referindo não
só a esse sentido básico, mas também, e
principalmente, à ideia de conhecer como o
objeto é na sua essência, ou seja, a realidade
mesma, intrínseca, daquilo que se quer
conhecer.
Nesse sentido, eles também usam a
expressão o ser das coisas, ou seja,
sua realidade essencial.
O que se discute aqui é que, por
exemplo: o pássaro pode parecer azul a
muitas pessoas, mas ser de um verde-
azulado para outras, talvez ter outra cor
totalmente diferente ou mesmo não ter
cor nenhuma. Qual será a cor
verdadeira desse pássaro? Será
possível conhecer a verdade?
Principais correntes do Ceticismo,
do Dogmatismo e do Criticismo:
A partir do Empirismo, do
Racionalismo e da Inspirado por Hume sintetiza
Física Newtoniana Kant a questão do conhecimento
pretende superar a dicotomia
RACIONALISMO
EMPIRISMO
Conhecemos as coisas não como
mesmas (essência) coisas em si senão
Essa superação busca elucidar como elas se nos aparecem (fenômenos)
o papel da razão nos assuntos
humanos e fazer com que o
homem saia da ignorância
para chegar a tomar Este conhecimento de KANT é uma
a direção da sua existência formulação radicalmente moderna
em suas próprias mãos. no sentido histórico
Nossa razão filtra a realidade porque só
temos acesso a ela dentro do que ela permite.
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FORMAS OU FILTROS A priori do conhecimento