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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Melissa Schmidt
Santa Maria, RS
2016
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Melissa Schmidt
Santa Maria, RS
2016
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Melissa Schmidt
Santa Maria, RS
2016
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DEDICATÓRIA
À Deus e à minha família, em especial aos meus pais Gilberto e Marilde, que sempre
me apoiaram e acreditaram no meu potencial, e que são exemplos constantes de força,
persistência, coragem, amor incondicional e fé.
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AGRADECIMENTOS
-As amigas-irmãs que o intercâmbio me deu, Drielle e Camila. Vocês foram a melhor
parte do meu ano. Amizade, apoio, empatia, força e histórias para contar. Vocês
mostraram que para ser família, não precisa ter laços de sangue. Obrigada!
-Aos amigos queridos, Fernando Dotto, Camila Freitas, Gabriela Cechin, Vinícius Del
Fabro, Bruno Leal, Lucas Franke, Lucas Tassinari, Ronildo Rodrigues, Paola
Lucshese e Ana Carolina Feleiro Fabrim. Por seus abraços e palavras de incentivo
quando a ansiedade ganhava espaço. Pela parceria, pelas risadas, pela
compreensão, pelos brindes, pelo companheirismo, por lembrarem que nem tudo
estava perdido, afinal “relaxa, qualquer coisa, ainda tem o exame”, por explicarem
aquela matéria difícil, entendendo a minha constante “falta de tempo”, por se
importarem. Obrigada por serem vocês.
-Ao Dr. Odirlei e a querida Jéssica, pelo suporte, atenção e acompanhamento
constante ao longo dos últimos anos. Obrigada!
- Aos amigos, amigos-colegas e colegas que a engenharia me deu. Pela
convivência, pelas risadas trocadas, pela motivação, pelos materiais emprestados,
pelos cadernos xerocados, pelas conversas descontraídas no corredor, que sempre
foram um ótimo remédio contra o estresse. Obrigada!
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RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo das patologias em uma via pavimentada de grande fluxo na cidade
de Santa Maria, RS, com objetivo de analisar e classificar o estado de deterioração do pavimento
estudado. Por ser geograficamente importante dentro da cidade de Santa Maria, foi determinado como
objeto de estudo o trecho referente as Avenidas Nossa Senhora Medianeira e Nossa Senhora das
Dores. Como base para a fundamentação das conclusões aqui apresentadas, foram abordadas
referências teóricas e normativas relevantes para o estudo do caso, sendo que, uma vez que grande
parte das vias pavimentadas da cidade são em pavimento asfáltico, as referências citadas referem-se
apenas a esse tipo de pavimento. A partir de dados do Projeto Sinuelo, 1979, fornecidos pelo Instituto
de Planejamento de Santa Maria, foi possível entender que as vias, embora contínuas, possuem três
tipos de estruturas diferentes, logo, para efeitos de análise, a via foi dividida em trechos conforme cada
tipo de estrutura. Baseado no Procedimento DNIT-PRO 006/2003, foram realizados os levantamentos
de campo em sub-trechos amostrais de 300,00m, com estacas a cada 20,00m, que objetivaram fazer
uma análise visual das patologias encontradas. Com os dados de campo, pode-se calcular o Índice de
Gravidade Individual (IGI) e o Índice de Gravidade Geral (IGG) de cada trecho, classificando assim o
nível e deterioração dos pavimentos. Os resultados indicaram que os trechos então em péssimo estado
de conservação, contudo, levando-se em consideração os 37 anos desde a data de execução, os
pavimentos resistiram satisfatoriamente, principalmente por nunca terem sido restaurados.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................13
1.1. OBJETIVO GERAL............................................................................... 14
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................14
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................ 15
2.1. PAVIMENTAÇÃO ASFÁLTICA ........................................................... 16
2.2. TIPOS DE PAVIMENTOS ASFÁLTICOS ............................................. 16
2.2.1. Misturas usinadas ..............................................................................17
2.2.1.1. Misturas a quente ................................................................................. 17
2.2.1.1.1. Graduação densa ................................................................................. 17
2.2.1.1.2. Graduação aberta................................................................................. 17
2.2.1.1.3. Graduação descontínua .......................................................................18
2.2.1.2. Mistura a frio ........................................................................................ 18
2.2.2. Mistura in situ em usinas móveis ...................................................... 19
2.2.2.1. Lama asfáltica. .................................................................................... 19
2.2.2.2. Microrrevestimento asfáltico. ................................................................ 19
2.2.2.3. Mistura asfáltica recicladas................................................................... 19
2.2.2.4. Tratamentos superficiais ..................................................................... 20
2.3. FORMAS DE RUPTURA E PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS ............ 20
2.3.1. Processos de ruptura......................................................................... 21
2.3.1.1. Ruptura por resistência ......................................................................... 21
2.3.1.2. Ruptura por fadiga................................................................................ 21
2.3.1.3. Ruptura por deformação plástica .......................................................... 21
2.3.1.4. Ruptura por retração hidráulica ............................................................ 22
2.3.1.5. Ruptura por retração térmica. ............................................................... 22
2.3.1.6. Ruptura por propagação de trinca ........................................................ 22
2.3.1.7. Ruptura funcional. ............................................................................... 23
2.3.2. Patologias em pavimentos asfálticos ............................................... 23
2.3.2.1. Fendas, tricas e fissuras ....................................................................... 23
2.3.2.1.1. Trincas transversais. ........................................................................... 23
2.3.2.1.2. Trincas longitudinais............................................................................. 24
2.3.2.1.3. Trincas couro de jacaré ........................................................................ 25
2.3.2.1.4. Trincas em bloco ..................................................................................25
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1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Uma das mais antigas estradas pavimentadas que se tem registros na história
da humanidade localizava-se no Egito (2600-2400 a.C.) e era utilizada para
transportar, através de trenós, os materiais necessários para a construção das
pirâmides. Essas estradas se resumiam a vias de lajões justapostos, que por ter boa
capacidade de suporte serviam como base, onde, para diminuir o atrito, a via era
constantemente umedecida através do uso de água, musgos molhados ou azeites.
No Brasil, uma das primeiras estradas que se tem registro data seu início em
1560, durante o mandato do terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá, e ligava
São Vicente ao Planalto Piratininga.
Os pavimentos podem ser executados de diversas formas e fazendo uso de
diversos materiais, sendo que, independente dos materiais envolvidos a finalidade da
pavimentação é sempre a mesma, conforme Balbo (2007, p. 16),
Entende-se por pavimento toda a estrutura formada pelo terreno, que age como
fundação, destinado a resistir às cargas aplicadas a via, o qual denomina-se subleito,
e pelas demais camadas, cada uma com sua finalidade específica, as quais
denomina-se base, sub-base, reforço do subleito (nem sempre necessário) e camada
de revestimento.
Existem diversos tipos de pavimentações, classificados de acordo com o
revestimento utilizado. Os mais usuais são revestimentos em pavimento asfáltico,
pavimento de concreto, blocos de concreto intertravados e paralelepípedos. Nesse
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de finos (materiais com granulometria menor que 0,075mm). Dessa forma, obtém-se
uma mistura com muitos vazios interconectados preenchidos por ar. Esse tipo de
mistura tem como objetivo ser um material drenante, facilitando a percolação da água
através do revestimento.
Essa mistura pode ser realizada em usina, a quente e a frio, in situ a quente e
a frio ou in situ com espuma de asfalto.
Segundo Balbo (1997), um pavimento pode sofrer com sete tipos de rupturas
diversas. Podendo ser causadas por deficiências de projeto ou execução, pelo tempo
e alto índice de uso, ou ainda pelo clima.
São trincas interligadas em forma de blocos irregulares que podem ser caudas
por processo avançado de fadiga em bases cimentadas, bem como por reflexão de
fissuras quando a camada de revestimento for aplicada sobre um pavimento de blocos
pré-existente.
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2.3.2.2. Afundamentos
2.3.2.4. Escorregamento
2.3.2.5. Exsudação
Figura 11 – Exsudação
2.3.2.6. Desgaste
Figura 12 – Desgaste
2.3.2.7. Panelas
Figura 13 – Panela
2.3.2.8. Remendos
2.3.2.9. Polimento
3. METODOLOGIA
Foi usado como referência para fazer o levantamento e a análise dos dados o
Procedimento DNIT-PRO 006/2003, que consiste em fazer uma avaliação da condição
de deterioração do pavimento através da análise e contagem visual de patologias,
atribuindo fatores de ponderação para salientar a gravidade de cada patologia
considerada, a fim de, através de uma escala pré-determinada, definir se o pavimento
está bem conservado ou não.
Para se fazer possível a adequação das características levantadas à esta
escala pré-determinada é necessário calcular o Índice de Gravidade Individual (IGI)
das patologias e o Índice de Gravidade Global (IGG) do pavimento.
Em função da grande extensão do trecho total analisado, foi adotado, conforme
metodologia usual do Grupo de Estudos e Pesquisas em Pavimentação e Segurança
Viária (GEPPASV – UFSM), dois sub-trechos de 300,00m de comprimento, um
referente ao Trecho 1 e outro ao Trecho 2 anteriormente citados. Para assegurar uma
amostra menos tendenciosa à pontos mais ou menos críticos, optou-se por delimitar
esses 300,00m na região central de cada trecho (Figuras 25 e 26).
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Uma vez que as Avenidas Nossa Senhora Medianeira e Nossa Senhora das
Dores possuem na maior parte de sua extensão duas faixas de rolagem em cada
sentido e, em alguns pontos, chegam a possuir até três faixas de rolagem com o
mesmo sentido, foi considerado para análise uma faixa em cada sentido, sendo essas
sempre as faixas mais externas, pois são as mais solicitadas uma vez que servem
também como corredor de ônibus.
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Logo, considerando como faixas de análise as duas faixas mais externas, cada
sub-trecho foi dividido em 16 estacas, distando 20,00m uma da outra, intercalando
entre as duas faixas, ou seja, foram marcadas 8 estacas em cada lado da pista,
distando entre as estacas do mesmo lado 40,00m entre elas. No total foram
consideradas amostras de 32 estacas.
Em cada estaca foi delimitada uma área de análise com as dimensões
correspondentes a 3,00m para cada lado da estaca na direção de fluxo (Figura 27) da
via pela largura da faixa analisada. Conforme o projeto geométrico das vias (Projeto
Sinuelo (1979), a largura das faixas não são padrão ao longo das avenidas em função
do alinhamento das edificações que já existiam na época da execução do projeto.
Para cada uma das estacas ao longo dos sub-trechos foi feita uma análise
visual na área demarcada verificando os aspectos do pavimento. Foi levado em
consideração a presença ou não de trincas, bem como as dimensões e classificações
dessas (Figura 28), a presença ou não de panelas, afundamentos, remendos,
ondulações, escorregamentos, exsudações e desgaste superficial. Além disso,
alinhado com a posição da estaca, foram medidas as flechas na trilha de roda interna
(TRI) e na trilha de roda externa (TER) em cada um dos 32 pontos (Figura 29), usando
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4.
INVENTÁRIO DE ESTADO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO
RESULTADOS E ANÁLISES
RODOVIA: Avenida Nossa Senhora Medianeira OPERADOR: Melissa Schmidt FOLHA: 1
TRECHO: 1 REVESTIMENTO TIPO: Asfáltico ESTACA ESTACA
Fonte: (Arquivo próprio da autora).
50
trecho.
Quadros 6 e 7. A partir desses resultados, foi possível classificar o pavimento de cada
INVENTÁRIO DE ESTADO DA SUPERFÍCIE DO PAVIMENTO
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PLANILHA DE CÁLCULO D ÍNDICE DE GRAVIDDE GLOBAL (IGG)
FREQUÊNCIA
FREQUÊNCIA FATOR DE ÍNDICE DE GRAVIDADE
ITEM NATUREZA DO DEFEITO ABSOLUTA FREQUÊNCIA RELATIVA OBSERVAÇÕES
ABSOLUTA PONDERAÇÃO INDIVIDUAL
CONSIDERADA
1 TRINCAS ISOLADAS FI, TTC, TTL, TLC, TLL, TRR 13 9 56,25 0,2 11,25
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PLANILHA DE CÁLCULO D ÍNDICE DE GRAVIDDE GLOBAL (IGG)
1 TRINCAS ISOLADAS FI, TTC, TTL, TLC, TLL, TRR 35 22 137,5 0,2 27,5
5 O, P, E 12 75 1,0 75,0
53
54
16
14
Frequência Registrada
12
10
8
6
4
2
0
Trinca Trinca Trinca Trinca Trinca Couro Trinca Couro
Travsnversal Travsnversal Longitudinal Longitudinal de Jacaré de Jacaré com
Curta Longa Curta Longa Erosão
Tipos de Trincas
Trecho 1 Trecho 2
Pelo gráfico (Figura 30) um pode-se notar que o Trecho 2 de um modo geral
tem maior incidência de trincas de todos os tipos, com exceção da trinca couro de
jacaré com erosão que indica um processo de ruptura por fadiga acentuado no ponto
de ocorrência (Figura 31).
b)
12
10
8
6
4
2
0
Panelas Remendos
Defeitos Considerados
Trecho 1 Trecho 2
16
14
Frequência Registrada
12
10
8
6
4
2
0
Exsudação Desgaste
Defeitos
Trecho 1 Trecho 2
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS