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The Old Jazz

Sobre escrita

Música basicamente improvisada que desafia a notação, na qual o recurso à pauta escrita é
impossível e – se existir pauta – irrelevante.

Uma pauta de Beethoven ou Schoenberg constitui um documento definitivo, uma planta, da


qual interpretações ligeiramente diferentes podem ser derivadas. O registro de uma execução
improvisada de jazz, por outro lado, é a expressão de um único momento, em muitos casos o
único, e, por conseguinte a versão “definitiva” de algo que jamais quis ser definitivo. Que seja
ou não definitiva – inspirada ou não, é, por outro lado, uma segunda questão – é inerente à
própria natureza e definição de improvisação. O historiador de jazz, por conseguinte, vê-se
forçado a examinar criticamente o único meio de que dispõe: a gravação. Ao passo que na
Eroica interessamo-nos, sobretudo pela música, e apenas secundariamente pela interpretação,
no jazz inverte-se a relação. Interessamo-nos muito pouco o West End Blues como música ou
composição; o que conta, acima de tudo, é a maneira como Armstrong a interpretou. Além
disso, somos obrigados a especular sobre as centenas de vezes em que ele a executou,
nenhuma das quais, exatamente igual à precedente, algumas inferiores à gravação, outras
talvez mais inspiradas. A improvisação jazzística constitui “trabalho em andamento”, e deve
levar o historiador de jazz a pensar que certos artistas jamais fizeram a melhor execução de
uma determinada peça em um estúdio de gravação.

Jazz x Música Erudita

Os fatos europeus (...) foram gerados pelas visões de indivíduos isolados – aquilo que o século
romântico gostava de denominar de inspiração dos “gênios criadores”. O jazz, por outro lado,
não era, na mesma ocasião, produto de um punhado de inovadores estilísticos, mas uma
música quase popular relativamente simples – mais manifestação sociológica do que música.

Origens

Africanas

Generalizações que afirmam que – o ritmo veio da África, enquanto as harmonias baseiam-se
exclusivamente em práticas européias.

A música africana nativa e o velho jazz americano, ambos originam-se de uma visão total da
vida, na qual a música, ao contrário da “música artística” da Europa, não constitui um domínio
social separado, autônomo. A africana, como as artes co-irmãs – a escultura, desenhos murais,
e assim por diante – é condicionada pelos mesmos estímulos que animam não apenas a
filosofia e religião, mas toda a estrutura social. Na medida em que não foi influenciada pelos
costumes europeus e americanos, a música africana não possui ainda hoje uma função
separada, abstrata. (...) O folclore, a música, a dança, a escultura e a pintura, funcionam como
uma unidade genérica total, servindo não apenas à religião, mas a todas as fases da vida diária,
abrangendo nascimento, morte, trabalho e diversão.
As palavras e seus significados se relacionam no sistema de vida africano com sons musicais. O
nativo praticamente desconhece a música instrumental independente das funções verbais no
sentido na música européia “absoluta”. Ela existe apenas na forma de pequenos prelúdios e
poslúdios. Não constitui mera coincidência que as línguas e dialetos do negro africano amiúde
sejam em si mesmos uma forma de música, na extensão em que certas sílabas possuem níveis
específicos de intensidade, duração e mesmo altura.

A extraordinária riqueza de som e timbre dessas línguas possui uma musicalidade intrínseca
que não nos surpreende encontrar, de forma atenuada, nas improvisações instrumentais e nas
letras do jazz americano.

Relação recíproca entre língua e música em diversas manifestações, tais como nos
instrumentos que imitam palavras em resposta às linhas vocais do blues.

Instrumentalização do jazz vocal – Billie Holiday, influenciada pelos conceitos instrumentais de


Lester Young.

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